É neste ponto que entra a discussão sobre o sentido da produção humana. O homem
aparece, portanto como um ser que gera cultura. Ou seja, diferentemente de outras
criaturas, o homem se autoproduz reproduzindo o meio que o circunda. Mais do que isso,
recria o mundo natural que o circunda e ao mesmo tempo recria o já criado, dando-lhe novo
significado. Não se prende ao que está pronto, mas está sempre re-significando as
realidades mesmo as que já possuem significado; recria a utilização e a utilidade das
realidades mesmo aquelas que já tem significado e utilidade consagrada.
É graças a essa capacidade re-criadora que o homem pode produzir o mundo e reproduzir o
que existe. Com isso dinamiza não só sua existência como as realidades que o circundam e a
seus concidadãos. E assim está sempre criando ou re-criando a cultura. A cultura que,
talvez, esta sim, seja uma das marcas mais tipicamente humanas, pois é principalmente pela
sua capacidade de recriar o mundo e a cultura que o homem se diferencia dos demais
existentes. Pela cultura e como manifestação cultural, ocorre, também, o processo
associativo que é a vida social ou a sociedade.
O ser humano e a pluralidade das relações
Referências
ARANHA, Maria L. Arruda; MARTINS, Maria Helena P. Filosofoando: introdução à filosofia. 2
ed. São Paulo: Moderna, 1997
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo. Há 10 mil anos atrás, Guanabara: Philips, 1976. 1 disco
(39:40 min) 33 1/3 rpm, microssulco, estéreo, 6349 300.