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PROGETTO SUD UIL/BRASIL

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CAPÍTULO I – NOÇÕES DE SOLO

CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Coleção de corpos naturais constituídos por parte sólida, líquida e gasosa,


tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e orgânicos, que ocupam a
maior parte do manto superficial das extensões continentais. Contém matéria viva e
podem ser vegetados (EMBRAPA, 1999).

IMPORTÂNCIA E FUNÇÃO

Os solos constituem sistemas complexos formados pela interseção da litosfera,


biosfera e a atmosfera terrestre. Apresentam funções estruturais enquanto suporte físico
dos ecossistemas, além de constituir diversas funcionalidades ecológicas, como a
produção biológica e a regulação do ciclo hidrológico de superfície.

FORMAÇÃO DE SOLOS

A formação dos solos ou a gênese dos solos decorre de processos físicos,


químicos e biológicos que transformam os materiais parental, mineral ou orgânica, que
lhes dão origem, e, recebe o nome de “pedogênese” – do prefixo e sufixo gregos:
“pedon” = solos + “gênesis” = criação. Portanto: criação ou formação dos solos.

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PERFIL DO SOLO

Chama-se de perfil do solo a seção vertical que,


partindo da superfície, aprofunda-se até o contato lítico ou
rocha intemperizada, mostrando uma série de subseções
dispostas paralelamente à superfície do terreno, que possuem
atributos morfológicos resultantes dos efeitos combinados dos
processos de formação do solo.
Os horizontes são subseções do perfil do solo,
aproximadamente paralelas a superfície do solo, que
apresentam características morfológicas e atributos físicos,
químicos e mineralógicos suficientemente distintos para individualizá-las segundo
critérios morfogenéticos, que estabelecem a base conceitual dos horizontes.

PROPRIEDADES E ATRIBUTOS FÍSICOS

COR DO SOLO

A cor do solo é a sensação visual causada pela reflexão da radiação


eletromagnética, deve-se ter em mente, que a cor percebida pela vista humana é
resultante do conjunto de raios refletidos pelos diversos materiais minerais e orgânicos
com diferentes cores que constituem o referido solo. Além disso, o teor de umidade
encontrado no solo e o poder de revestimento e pigmentação de determinados
constituintes minerais ou orgânicos podem influenciar a cor do solo, mascarando a
natureza dos constituintes do solo.
A cor é um dos principais atributos considerados na classificação dos solos,
indicando a riqueza em matéria orgânica e a natureza mineralógica dos óxidos de ferro
presentes.

TEXTURA DO SOLO

O solo é constituído de partículas minerais de diferentes tamanhos, chamadas de


frações granulométricas. A textura do solo consiste na proporção relativa das frações


granulométricas existentes em um solo. Ou seja, o quanto se tem de areia, silte e argila
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em uma amostra de solo.


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Frações granulométricas do solo (Sistema de Atterberg) Gr


FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS INTERVALO DIMENSIONAL
Argila < 0,002 mm
Silte 0,002 - 0,05 mm
Areia 0,05 - 2 mm
Cascalho 2 mm - 2 cm
Calhau 2 - 20 cm
Matacão > 20 cm
Fonte: OLIVEIRA et al., 1992

ESTRUTURA DO SOLO

A estrutura do solo consiste na organização ou arranjo tridimensional dos


compostos de partículas minerais - areia, silte e argila - e material de natureza orgânica,
em função de fenômenos físicos, químicos e biológicos.

CONSISTÊNCIA DO SOLO

A consistência do solo diz respeito ao comportamento do material constituinte


em função da variação da umidade. Esta, correlacionada com a textura e atividade da
fração argila, que ocorre por atuação das forças de adesão e coesão entre as partículas
do solo, variando em função do grau de umidade do solo. Assim, podemos observar a
consistência para o solo seco, úmido e molhado que determinam, respectivamente, as
propriedades da dureza ou tenacidade, da friabilidade e da plasticidade e
pegajosidade.

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CAPÍTULO II – ADUBAÇÃO E CALAGEM DE


SOLO

PROPRIEDADES E ATRIBUTOS QUÍMICOS


ORIGEM DAS CARGAS ELÉTRICAS NO SOLO

As superfícies das partículas dos solos desenvolvem carga elétrica de duas


maneiras principais: (i) através de substituição isomórfica (Cargas Negativas
Permanentes) e (ii) através de reações entre os grupos funcionais das superfícies com os
íons da solução do solo (Cargas Negativas Variáveis).

CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA – CTC

A capacidade de troca catiônica (CTC) constitui


um fenômeno relacionado a química de superfície dos
colóides minerais (minerais de argila, a sílica coloidal)
e orgânicos (húmus).

RECOMENDAÇÃO EQUILIBRADA, QUALITATIVA E QUANTITATIVA

Na prática da adubação é amplamente conhecida a famosa “lei


do mínimo” de Liebig, isto é, a produção fica limitada pelo nutriente
que se encontra em menor disponibilidade. Essa lei pode ser
entendida representando-a por um recipiente de bordas irregulares na
altura: a capacidade do recipiente fica limitada à menor altura da
borda.

REAÇÃO DO SOLO – ACIDEZ DO SOLO E CALAGEM

Limites dos níveis de acidez do solo:

A calagem é a prática utilizada para neutralizar a acidez, aumentar a


disponibilidade de nutrientes, diminuir o teor de elementos tóxicos, melhorar o
ambiente radicular e restaurar a capacidade produtiva dos solos (CAIRES et al., 2005).

Muitos materiais podem ser utilizados como corretivos da acidez do solo. Os


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principais são: cal virgem, cal apagada, calcário calcinado, conchas marinhas moídas;
cinzas; calcário.
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ACIDEZ DO SOLO E CALAGEM

A calagem é considerada como uma das práticas que mais contribui para o
aumento da eficiência dos adubos e conseqüentemente, da produtividade e da
rentabilidade agropecuária.
A escala de pH varia de 0 a 14. Em solos podem ser encontrados valores de 3 a
10, com variações mais comuns em solos brasileiros entre 4,0 a 7,5. Solos com pH
abaixo de 7 são considerados ácidos; os com pH acima de 7 são alcalinos.

BENEFÍCIOS DA CALAGEM

A calagem adequada é uma das práticas que mais benefícios traz ao agricultor,
sendo uma combinação favorável de vários efeitos, dentre os quais mencionam-se os
seguintes:
• eleva o pH;
• fornece Ca e Mg como nutrientes;
• diminui ou elimina os efeitos tóxicos do Al, Mn e Fe;
• diminui a “fixação” de P;
• aumenta a disponibilidade do N, P, K, Ca, Mg, S e Mo no solo;
• aumenta e eficiência dos fertilizantes;
• aumenta a atividade microbiana e a liberação de nutrientes, tais como N, P, S e
B, pela decomposição da matéria orgânica;
• melhora as propriedades físicas do solo, proporcionando melhor aeração,
circulação de água, favorecendo o desenvolvimento das raízes das plantas;
• aumenta a produtividade das culturas como resultado de um ou mais dos
efeitos anteriormente citados.

ÉPOCA E MODO DE APLICAÇÃO

Devido a baixa solubilidade dos calcários, vários fatores, além da qualidade do


produto, devem ser considerados para maximizar a eficiência da calagem.
- Época de aplicação – a calagem pode ser feita em qualquer época do ano,
contudo é importante que a aplicação do calcário seja realizada com a maior
antecedência possível ao plantio e/ou adubação.
- Distribuição – o calcário deve ser espalhado o mais uniformemente possível,
com adequada regulagem da distribuidora, que permita aplicação correta da dose
necessária.
- Incorporação – o calcário deve ser incorporado à maior profundidade possível
de modo a permitir o melhor contato do corretivo com as partículas do solo. No caso de
culturas anuais, recomenda-se aplicar metade da dose antes da aração e a outra metade
após a aração, antes da gradagem.

LEMBRE-SE: A ADUBAÇÃO COMEÇA COM A ANÁLISE DE SOLO,


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CONTINUA COM A CALAGEM E TERMINA COM A APLICAÇÃO DO ADUBO


ADEQUADO.
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CAPÍTULO III – NUTRIÇÃO E NUTRIENTES


DAS PLANTAS – SINTOMAS DE
DEFICIÊNCIAS

DEZESSETE ELEMENTOS QUÍMICOS SÃO CONSIDERADOS ESSENCIAIS


PARA AS PLANTAS

As plantas são organismos autotróficos, ou seja, que fabricam seu próprio


alimento. No entanto, é evidente que as plantas e os demais seres vivos são constituídos
por alguns dos 89 elementos químicos existentes na natureza, somente pouco mais de
uma dezena é realmente essencial para os mesmos. Contudo, faz-se necessário saber o
que torna um elemento químico essencial para os vegetais. Podemos dizer que um
elemento é essencial quando perfaz dois critérios:
1) Faz parte de uma molécula que por si mesma já é essencial;
2) O vegetal não consegue completar seu ciclo de vida (que é formar semente
viável) na ausência desse elemento.
Os elementos químicos considerados essenciais podem ser denominados
nutrientes. Atualmente conhecemos 17 nutrientes para as plantas. São eles:

Quando analisamos a quantidade dos nutrientes minerais nos tecidos vegetais,


observamos que alguns deles estão presentes em maiores proporções que os outros.
Essas proporções dividem os nutrientes minerais em duas categorias:

• macronutrientes ou nutrientes necessários em grandes quantidades e


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• micronutrientes ou aqueles necessários em pequenas quantidades.

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FUNÇÃO DOS NUTRIENTES MINERAIS

Os nutrientes minerais podem ter uma função estrutural ou regulatória.


Uma explicação para os macronutrientes serem requeridos em quantidades
elevadas é o fato deles fazem parte de moléculas essenciais para o vegetal, ou seja,
possuem um papel estrutural. Por outro lado, os micronutrientes estão mais relacionados
à ativação de certas enzimas, sendo esse um papel regulatório.
O nitrogênio e o fósforo possuem forte papel estrutural fazendo parte dos
nucleotídeos, os quais formam os ácidos nucléicos (DNA e RNA).
O potássio apesar de ser um macronutriente não é um componente estrutural.
Contudo ele está presente em altas concentrações no suco celular regulando o potencial
osmótico e o balanço iônico.
O cálcio possui um papel estrutural e um grande papel na regulação do
metabolismo da planta. Ele normalmente atua como mensageiro secundário ativando
uma proteína chamada calmodulina, a qual, por sua vez, ativa uma série de enzimas.
O magnésio está presente na molécula da clorofila, juntamente com o nitrogênio.
O magnésio também faz parte de muitas metaloenzimas, ou seja, as enzimas que
possuem um metal em sua estrutura.
Os micronutrientes possuem um papel mais regulatório que estrutural. Desse
modo, o ferro faz parte de enzimas relacionadas com os processos de oxidação e
redução e das enzimas responsáveis pela síntese da clorofila. O molibdênio é cofator da
enzima nitrato redutase. O zinco também faz parte de várias enzimas e inclusive
daquelas relacionadas com a síntese do aminoácido triptofano. O boro é importante para
os processos de divisão e alongamento celular. Por fim, os outros micronutrientes como
o manganês, o cobre, o cloro e o níquel também estão envolvidos na regulação da
atividade de várias enzimas.

DEFICIÊNCIA DE NUTRIENTES MINERAIS

Os sintomas de deficiência de um nutriente dependem de sua função e


mobilidade no Vegetal.
Como os nutrientes inorgânicos possuem funções específicas nos vegetais, os
sintomas correspondentes à sua falta podem ser deduzidos levando-se em conta o não
cumprimento de tais funções. A exemplo disso, tanto o nitrogênio quanto o ferro e o
magnésio estão envolvidos na formação da molécula de clorofila. Em conseqüência, a
falta de qualquer um desses nutrientes pode levar a um sintoma de clorose
(amarelecimento), ou seja, falta de clorofila. Como o ferro é pouco móvel no floema2 e
o nitrogênio é bastante móvel, a clorose provocada por esses dois nutrientes difere do
seguinte modo: na deficiência de nitrogênio as folhas maduras ficam cloróticas, pois o
nitrogênio é mobilizado para as folhas jovens. De modo inverso, na deficiência de ferro
as folhas jovens é que se tornam cloróticas, pois esse nutriente não possui mobilidade
suficiente para ser suprido a partir das folhas maduras.
Assim como a deficiência de N, folhas deficientes em P acumulam antocianinas.
A diferença é que esse arroxeamento não está associado com clorose, como ocorre em
deficiência de N.
A deficiência de Mg também provoca clorose, porém esta ocorre entre as
nervuras das folhas. Esse padrão de clorose se dá porque a clorofila nas nervuras

permanece inalterada por longos períodos quando comparada à clorofila das células ao
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redor das nervuras. Além da clorose, outros sintomas bastante comuns são o
subdesenvolvimento (enfezamento) e as lesões necróticas (morte dos tecidos).
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Como as reações metabólicas são bastante integradas, uma perturbação


específica causada por um determinado nutriente pode desencadear uma série de
reações que levam a uma sintomatologia geral como o enfezamento, a clorose ou a
necrose. Desse modo, é muito difícil diagnosticar qual nutriente está em falta a partir da
observação de sintomas de deficiência. A análise de solos é uma das maneiras de se
determinar se uma cultura está bem nutrida ou se algum nutriente está em carência.
Contudo esta apenas fornece a quantidade de nutrientes que pode ser absorvido
pelas raízes, mas não fornece informações se isso realmente irá ocorrer já que a
absorção depende de outros fatores. A alternativa mais correta para se descobrir qual
nutriente está em carência é a chamada análise foliar. Através da quantificação dos
nutrientes presentes nos tecidos vegetais podemos saber qual deles está presente em
quantidades consideradas subótimas e assim corrigir sua deficiência no solo (Malavolta
et al., 1989).
Por fim, é importante ressaltar que os micronutrientes em excesso também
podem causar necroses e enfezamentos. Além disso, o excesso de certos
macronutrientes pode provocar a deficiência de alguns micronutrientes. Um exemplo
clássico é a interação negativa entre o fósforo e o zinco.


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A falta ou insuficiência de nutrientes debilita e atrasa o desenvolvimento das


plantas, que passam a apresentar sintomas de deficiência nutricional.
Os principais sintomas de deficiência nutricional (NPK) do tomateiro são:
1. Falta de Nitrogênio: amarelamento das folhas.
2. Falta de Fósforo: folhas ficam arroxeadas.
3. Falta de Potássio: queima das bordas das folhas.


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CAPÍTULO IV - AMOSTRAGEM DO SOLO


PARA FINS DE AVALIAÇÃO DA
FERTILIDADE
A análise de solo é um dos requisitos básicos do manejo
de sua fertilidade, como instrumento de fundamental
importância para a orientação correta das doses de corretivos e
fertilizantes a serem utilizadas em uma lavoura. Logo, a coleta
de amostras representativa do solo de uma determinada área,
gleba ou talhão, é fator determinante para o uso eficiente de
corretivos e adubos (orgânicos e/ou inorgânicos).
Assim, o volume de terra a ser coletado e a forma da
coleta de amostra simples para compor uma amostra composta
e representativa (aproximadamente 300 a 500 g), obedece aos
critérios das ilustrações seguintes:

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CAPÍTULO V - RECUPERAÇÃO DE ÁREA


DEGRADADA - RAD

O conhecimento das propriedades físicas do solo é usado para verificar o


momento adequado para o preparo do solo, em função do teor de água, evitando assim a
degradação da sua estrutura. Neste sentido, solos arenosos em geral, são mais
susceptíveis a erosão que argilosos, devendo ter um cuidado maior para não deixar o
solo exposto ao impacto direto da gota de chuva.
A compactação que é a redução de volume do solo por ação de pressão externa,
por exemplo: tráfego de máquinas, implementos agrícolas (arado, grade) e pressão de
casco de animais, é uma das preocupações que se deve ter no manejo dos solos.

EROSÃO DO SOLO

A erosão do solo agrícola é entendida como o arrastamento das camadas


superficiais das áreas cultivadas para outros locais, através das águas das chuvas ou dos
ventos.
O processo de erosão pela água, como foi visto anteriormente, engloba as fases
ou subprocessos de desagregação, transporte e deposição das partículas de solo pelos
agentes erosivos.
Na erosão hídrica, os principais agentes erosivos são: o impacto das gotas da
chuva e o escorrimento superficial da água (enxurrada) sobre a superfície do solo
descoberto.
Existem quatro principais formas de erosão hídrica do solo: erosão em
entressulcos ou laminar, erosão em sulcos, erosão em voçorocas ou ravinas e erosão dos
taludes dos cursos de água.
Erosão laminar:
Ocorrem nas porções mais ou menos lisas do terreno, em
que há a ocorrência de um fluxo delgado de água (fluxo
laminar). A desagregação do solo é feita pelo impacto das gotas
da chuva e o transporte pelo fluxo laminar, principalmente.

Erosão em sulcos
Ocorre nos pequenos canais existentes na superfície do
terreno, em que há a concentração do fluxo de água, causando o
fluxo em sulcos ou concentrado. A desagregação e o transporte de
solo são ambos realizados pelo escorrimento superficial da água nos
sulcos, principalmente.

Erosão em voçorocas
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É mais ou menos semelhante à erosão em sulcos, exceto o


tamanho dos sulcos e, conseqüentemente, o volume do fluxo em canal
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é muito maior. Uma voçoroca pode alcançar dimensões gigantescas.

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PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS

As práticas conservacionistas constituem um conjunto de operações realizadas


com o objetivo de conservar o solo, principalmente através do controle da erosão.
Pela conceituação ampla de práticas conservacionistas, uma série bastante
abrangente de operações podem ser consideradas como práticas conservacionistas, desta
forma, poder-se-ia citar: - controle de queimadas, - aproveitamento de resíduos
culturais,- cobertura morta,- plantas de cobertura verde, - adubação orgânica,- adubação
verde,- rotação de culturas, - plantio direto,- cultivo em contorno, - subsolagem, -
correção da acidez e da fertilidade do solo, - pastagens, - reflorestamento, - distribuição
dos cultivos de acordo com a capacidade de uso do solo, e muitas outras. Algumas
destas serão abordadas neste capítulo.

PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS DE CARÁTER MECÂNICO –


VEGETATIVAS
CULTIVO EM CONTORNO

Prática conservacionista que consiste em realizar os


trabalhos de preparo do solo, plantio ou semeadura das
culturas e todos os tratos culturais, em contorno, isto é, em
curva de nível, seguindo os pontos de mesma cota do
terreno.
As fileiras das culturas e os sulcos resultantes do
preparo do solo, semeadura e tratos culturais, funcionarão
como barreiras parciais que tendem a quebrar a velocidade
da água de escorrimento.
O cultivo em contorno é uma das mais simples e eficientes práticas
conservacionistas. É recomendável como prática isolada até declividade de 3% e com
comprimentos de declives não muito grandes.

PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS COMPLEMENTARES DE CARÁTER


MECÂNICO
CORDÕES DE PEDRAS
Consiste em amontoar pedras que estiverem na superfície do solo, em cordões
em nível, formando uma taipa, que servirá para reter o solo transportado pela erosão e
diminuir a velocidade da água de escorrimento superficial.
Esta prática é empregada em solos pedregosos. A largura da taipa é de 0.5 a 1.0
m e a distância entre cordões é a mesma do espaçamento entre terraços.
BANQUETAS INDIVIDUAIS
Prática mais utilizada em fruticultura. Consiste em efetuar
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um camalhão de terra no formato de meia lua, em torno de cada Banquetas

árvore e na parte de baixo. O terreno, em perfil ficaria


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aproximadamente com a seguinte forma:

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PATAMAR
Prática que consiste em transformar a declividade do
solo em escadas. É uma prática muito cara e só utilizadas
em áreas com declividade bastante altas (30 - 40%) e para Declividade
natural Patamares
utilizar o solo com culturas de alto valor econômico. Esta
prática exige uma grande movimentação de terra,
provocando profundas alterações nas características físicas, químicas e biológicas
originais do solo.
TERRACEAMENTO Canal

É um sistema de práticas conservacionistas, formado Camalhão

por um conjunto de terraços e, muitas vezes, por canais


escoadouros. TERRAÇO
Terraço é uma estrutura mecânica construída no terreno,
formada pelo conjunto de um sulco e um camalhão (dique), dispostos
transversalmente ao declive e construídos espaçadamente a distâncias que variam
conforme a declividade e o tipo de solo.
A sua finalidade é seccionar o comprimento da rampa, formando obstáculos
físicos ao livre escorrimento.

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CAPÍTULO VI – MATERIAIS,
EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS PARA O
CULTIVO AGRÍCOLA
 

A mecanização na agricultura visa melhorar as


condições e a produtividade de trabalho das tarefas destinadas à
produção. Entretanto, como qualquer atividade que envolve
custos elevados e que altera o ambiente natural, só deve ser
executada após planejamento criterioso e detalhado.

TRATORES AGRÍCOLAS

Os primeiros equipamentos agrícolas utilizavam a potência do ser humano e,


durante o período dos séculos 19 e 20, os animais passaram a fornecer a potência
requerida para os equipamentos agrícolas. Porém, com a necessidade de aperfeiçoar o
trabalho agrícola aumentando a produtividade e eficiência e reduzindo os custos,
passou-se a utilizar máquinas com potência fornecida por motores de combustão
interna.

Os tratores são máquinas dotadas de motor de combustão interna Diesel ou Otto,


e foram projetados para puxar ou empurrar máquinas ou implementos especiais ou
cargas pesadas sobre a terra.
São largamente utilizados na agricultura, construção civil e de estradas, e em
serviços especializados em projetos industriais, entre outras aplicações.
A classificação dos tratores agrícolas pode ser feita segundo dois critérios
básicos:
- de acordo com o tipo de rodado, uma vez que esses órgãos conferem ao trator
importantes características diferenciadoras de desempenho operacional;
- de acordo com a conformação geral do chassi, pois a disposição das partes
constituintes deve estar de acordo com o tipo de aplicação principal a que se destinam.
De acordo com o tipo de roda distinguem-se três categorias de tratores:
a) tratores de rodas:
- de duas rodas;
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- triciclos (de três ou quatro rodas);


- de quatro rodas;
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b) tratores de esteiras; e
c) tratores de semi-esteiras.
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PREPARO DO SOLO

Compreende um conjunto de práticas que tem como objetivo a preservação das


características físicas, químicas e biológicas do solo, oferecendo condições ideais para
semeadura, germinação e desenvolvimento das plantas.
Esta operação é considerada uma das mais importantes no manejo do solo, pois
o uso excessivo de implementos inadequados rapidamente degrada o solo. Portanto, é
necessário planejar o uso racional com implementos adaptados às condições e tipos de
solo, procurando manter ou aumentar o seu potencial produtivo.

PREPARO INICIAL DO SOLO

O preparo inicial do solo compreende as operações necessárias para criar as


condições de implantação de culturas, em áreas não utilizadas anteriormente, podendo
estas estar cobertas por vegetação nativa ou regenerada e serem localizadas em
topografia acidentada. Consideram-se o preparo inicial do solo as operações de
desmatamento e movimentação de terra.
Aspectos a serem considerados para o preparo inicial do solo:
a) vegetação – é o principal fator a ser considerado, pois o tipo de vegetação a
ser desmatado que indicará o método a ser utilizado, além do tempo de serviço e dos
custos envolvidos na operação. Normalmente se encontra mata virgem (ou regenerada),
de elevado porte e uniforme, ou vegetação típica de cerrado, de caules tortos e altura e
disposição variáveis;
b) solo – as condições que mais afetam o desmatamento são a profundidade do
perfil do solo, tipo e teor de umidade do solo e topografia;
c) condições climáticas – as condições climáticas, como chuva intensa, afetam o
tempo e custo da operação; e
d) finalidade da operação – o método de desmatamento variará em função da
finalidade da área a ser desmatada.

PREPARO PERIÓDICO DO SOLO

Dá-se o nome de preparo periódico do solo às operações


de movimentação do solo, com a finalidade de instalação
periódica de culturas, dando a elas as melhores condições de
sobrevivência e desenvolvimento.
Na agricultura, os objetivos do preparo periódico do solo
são:
- desenvolver uma estrutura de solo que forneça boas condições para sementes e
raízes;
- controlar pragas ou remover plantas indesejáveis;
- manipular resíduos culturais, onde a retenção destes resíduos reduza a erosão;
- minimizar a erosão do solo através de práticas conservacionistas como preparo
do solo em curva de nível e construção de terraços;
- estabelecer as formas do solo específicas para o plantio, irrigação, drenagem ou
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operações de colheita;
- incorporar e misturar produtos como fertilizantes, adubos ou pesticidas ao solo;
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- realizar a limpeza do solo, como sua movimentação, remoção de pedras e


raízes ou outros objetos estranhos.
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PREPARO PRIMÁRIO

Dentre as operações de preparo periódico do


solo, o preparo primário pode ser definido como
operação de aração. É realizado com arados de
discos, de aivecas ou grades pesadas.
A aração consiste em cortar as camadas
superficiais do solo em faixas, ou leivas, eleva- las e
inverte- las de maneira a colocar sua face superior
voltada para baixo. Esta operação expõe o solo em
demasia, tornando-o susceptível as intempéries que promovem sua desagregação,
arraste de partículas, diminuição da porosidade e surgimento de crosta superficial, o que
dificulta as trocas gasosas e infiltração e facilita o surgimento de erosões.
Assim, a aração deve ser realizada de forma criteriosa, após um perfeito
conhecimento da estrutura do solo, de sua relação com as plantas e a movimentação das
águas. Por ser uma operação de elevado custo, a prática deve ser bem avaliada e
planejada para que se possa obter das máquinas o maior rendimento possível.

TERMINOLOGIA DA LAVOURA EXECUTADA POR UM ARADO.


1 - Terra crua; 2 – Aresta da leiva; 3 – Parede do sulco; 4 – Fundo do sulco; 5 – Sulco; 6 – Fundo do sulco; 7 – Leiva.

PREPARO SECUNDÁRIO

O preparo secundário pode ser definido como as operações subseqüentes ao


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preparo primário que visam o destorroamento e nivelamento do terreno, incorporação de


produtos, eliminação de plantas não desejáveis e permitir a fácil implantação das
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sementes, plantas ou partes de plantas no solo produzindo um ambiente favorável ao seu


desenvolvimento inicial.
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IMPLEMENTOS

Estão divididos em de tração animal e mecânica. são eles:


- Arado (aiveca e disco mecanizado)
- Grade
- Roçadeira
- Distribuidor de cálcario
- Pulverizador
- Subsolador
- Cultivador

RISCOS NO USO DO TRATOR AGRÍCOLA

O risco relacionado ao AMBIENTE onde opera o trator diz respeito:


acionamento do motor em ambientes fechados; piso contendo óleo derramado e graxa; e
operação em terrenos declivosos ou com depressões.
Quando o motor é ligado em ambientes fechados, como nas oficinas e galpões,
desprende monóxido de carbono e outros gases tóxicos, que podem envenenar quem
estiver no recinto.
O piso onde é guardado o trator deve ser mantido livre de óleo derramado e de
graxas, que podem provocar escorregões e contusões, devido a quedas.
Cuidado! Pisos oleosos e molhados são escorregadiços e os trapos sujos de graxa são
materiais fáceis de provocar incêndio.
A operação de tratores em terrenos muito inclinados pode provocar o seu
tombamento, pois o centro de gravidade dessas máquinas é muito alto.

  
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CAPÍTULO VII – NOÇÕES DE BOTÂNICA

ORGANOGRAFIA VEGETAL

RAIZ

É o órgão geralmente aclorofilado de geotropismo positivo, que fixa o vegetal ao


solo de onde retira por absorção a água e os sais minerais nela dissolvidos.
A raiz de uma planta terrestre subdivide-se a partir da extremidade em:

A - Coifa ou Caliptra ou Pileorriza


B - Região Lisa
C - Região Pilífera
D - Região Suberosa
Coifa ou Caliptra ou Pileorriza. A
principal função da coifa é proteger a
extremidade da raiz, células meristemáticas,
contra o atrito com as partículas do solo,
durante o crescimento.
Região lisa ou de crescimento acima da
coifa; nessa região verifica-se o maior
crescimento da raiz devido à distensão de suas
células.
Região pilífera possuem pêlos
absorventes que se alargam entre as partículas
terrosas das quais absorvem os alimentos.
Região Suberosa - Com a queda dos pelos absorventes o tecido periférico se
suberiza, resultado a região suberosa que se torna imprópria para absorção.


 

CAULE
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O caule é órgão que liga o sistema radicular ao sistema foliar, que se desenvolve
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na atmosfera, com geotropismo negativo, geralmente clorofilado e que sustenta as


gemas, os ramos, as folhas, as flores e os frutos. Em sua extremidade encontra-se a
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gema apical e em sua base a raiz. A região que separa a base do caule da raiz chama-se
colo ou nó vital.
Partes do caule: O caule consta, principalmente de: nós, entre-nós ou meritalos,
gemas.
Nós: Os nós são pequenas elevações no caule, onde se
inserem os órgãos apendiculares tais como as folhas, as
estípulas, as brácteas, as escamas, as gavinhas foliares, etc.
Entre-nós: Os entre-nós são os intervalos entre dois
nós sucessivos. Ao longo do caule, o comprimento dos
entrenós é constante, entretanto, na região do crescimento,
próxima á extremidade, os intervalos diminuem,
progressivamente, de tamanho na direção apical.
Gemas: As gemas, também chamadas botões, são um
esboço de órgão vegetal, susceptível de evoluir de forma e
que dá origem ou a um ramo dotado de folhas ou a uma flor.
A própria flor não passa de um ramo rudimentar provido de
folhas modificadas, que podem ser acompanhados ou não de órgãos protetores.
Quanto a localização: As gemas podem ser apicais ou terminais, laterais axilares
e laterais adventícias.
Gema Apical ou Terminal - localizada na
extremidade do caule ou dos ramos, é constituída pelo
ponto vegetativo (meristema apical) e de vários primórdios
foliares. Assim, a gema apical é conjunto dos pontos
vegetativos localizado na porção terminal jovem do caule
ou do ramo folhoso.
Gemas Laterais Axilares - são exógenas e se
desenvolve na axila das folhas, ou seja, onde a face
superior do primórdio foliar se confunde com o tecido do
caule. A folha, em cuja axila se forma a gema, chama-se
folha tectriz.
Gemas Laterais Adventícias - são endógenas e se
originam nas vizinhanças de feridas resultantes da poda de
ramos grossos ou de troncos de árvores ou arbustos.

FOLHAS
Os organismos que apresentam clorofila. São capazes de converter a energia
luminosa em energia química, através da fotossíntese. Essa energia é acumulada nas
ligações dos compostos orgânicos. Esses organismos são chamados autótrofos

Apesar das folhas de uma gimnosperma e


angiosperma poderem apresentar diferenças entre
si, elas apresentam as seguintes partes: lâmina ou
limbo, pecíolo e base, que freqüentemente
desenvolve uma bainha e/ou estípulas. As formas
e os tamanhos das folhas são muito variáveis.
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As folhas podem ser simples (grande parte delas) e compostas. Neste caso, a
nervura principal é chamada de raque e as divisões da folha são denominadas folíolos.
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Uma folha apresenta as seguintes partes:


a) Lâmina ou limbo foliar. Caracteriza-se
por ser uma superfície achatada e ampla,
possibilitando maior área para captação da luz
solar e do CO2.
b) Pecíolo. É a parte mais estreita e
alongada da folha e que une o limbo ao caule. Ele
esta preso, geralmente, à base do limbo, mas pode
também iniciar-se no meio deste.
c) Base foliar. É a porção terminal do
pecíolo, que o une ao caule. Em monocotiledôneas
ela é geralmente bem desenvolvida e denominada
bainha. Em algumas famílias pode existir uma
dilatação ou entumescimento na base da folha ou folíolos chamados respectivamente de
pulvinos e pulvínulos.
d) Estípulas. São estruturas geralmente laminares, presentes na base das folhas.
Têm importância na taxonomia. As estípulas também podem estar transformadas em
espinhos, como em coroa-de-cristo (Euphorbia milii, Euphorbiaceae).
e) Venação ou nervação. Corresponde ao arcabouço das folhas, responsável
pela nutrição, sustentação e hidratação, representado pelas nervuras ou veias.
Geralmente, a nervura mediana é proeminente e corresponde à nervura principal, que
termina no ápice da folha. As nervuras menores que se originam na nervura principal
são as nervuras secundárias.

FLORES

As peças florais estão dispostas, como as rosetas foliares, em verticilos


protetores e reprodutores, logo, são resultados de intensa modificação foliar,
diferenciam-se em:
1. Cálice e corola, formando o perianto;
2. Estames, cujo conjunto é denominado androceu, onde serão formados
os grãos de pólen.
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3. Carpelos, cujo conjunto é denominado gineceu, onde estão contidos


os óvulos.
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Numa flor típica são formados 4 tipos de estruturas:


a) sépalas, cujo conjunto forma o cálice;
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b) pétalas, que constituem a corola. Ambas são estruturas


estéreis, cujo conjunto forma o perianto.
c) estames, representando as estruturas reprodutivas masculinas, e
que forma no conjunto o androceu;
d) carpelos, constituindo o gineceu.
Em algumas flores, os verticilos de sépalas, pétalas e estames estão fundidos,
formando uma estrutura denominada hipanto.
As sépalas, na maioria das vezes, são clorofiladas e as pétalas são coloridas.

INFLORESCÊNCIAS

Denomina-se inflorescência os diversos modos


de agrupamento das flores sobre os ramos. Entretanto,
há plantas que apresentam uma flor em cada ramo ou
eixo, separadas de outras por folhas normais, como na
violeteira, craveiro, tulipa, etc.
Na grande maioria das angiospermas, as flores
são produzidas em agrupamentos denominados
inflorescências, embora ocorram também flores
isoladas. Morfologicamente, uma inflorescência é um
ramo ou um sistema de ramos caulinares que portam
flores.

FRUTOS E SEMENTES
No sentido morfológico, o fruto é
o ovário amadurecido de uma flor que se
modificará a fim de proteger a semente e
auxiliar a sua dispersão. É uma estrutura
exclusiva das angiospermas.

Classificação:
Simples: derivados de um único
ovário, súpero ou ínfero, de uma flor.
Pode ser seco ou carnoso, uni a
pluricarpelar, deiscente ou indeiscente.
Agregados ou múltiplos: são
derivados de muitos ovários de uma única flor dialicarpela. Ex.: fruta-do-conde,
morango (receptáculo comestível).
Compostos: são derivados da concrescência de ovários de flores diferentes,
formando uma infrutescência. Ex.: amora, abacaxi, figo.
Pseudofrutos: são resultantes da diferenciação de outras partes florais, além do
ovário da flor. Todos estes tecidos não carpelares são referidos como partes acessórias
do fruto. Ex. caju (pedúnculo), maçã (hipanto).
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Capítulo VIII – Técnicas de Germinação e de


Propagação Vegetativa
Propagação é um conjunto de práticas destinadas a perpetuar as espécies de
forma controlada, cujo objetivo é aumentar o número de plantas, garantindo a
manutenção das características agronômicas das cultivares.
O estudo de propagação necessita de três áreas de conhecimento:
HABILIDADE: Domínio das manipulações mecânicas e habilidades técnicas;
FISIOLOGIA / BOTÂNICA: Conhecimento e crescimento das partes
envolvidas;
CONHECIMENTO: Das espécies e dos métodos de propagação.

FORMAS DE PROPAGAÇÃO:
• PROPAGAÇÃO SEXUADA: Uso de sementes.
• PROPAGAÇÃO ASSEXUADA: Uso de estruturas vegetativas.
A preferência pela reprodução sexuada ou assexuada é dada conforme:
− A facilidade de germinação da semente;
− O número de plantas que podem ser reproduzidas pelo método de
propagação;
− A importância da preservação dos caracteres agronômicos das
plantas matrizes.

PROPAGAÇÃO SEXUADA (Uso de sementes)

É o processo onde ocorre a fusão dos


gametas masculinos e femininos para formar a
célula, denominada zigoto, no interior do ovário,
após a polinização.
Pode ocorrer com gametas de uma mesma
flor; de flores diferentes de uma mesma planta
(autopolinização); ou de flores pertencentes a
plantas diferentes (polinização cruzada).
Portanto, a população de plantas
provenientes da reprodução sexuada apresenta variabilidade genética, devido a
segregação e à recombinação de genes.
Em fruticultura, a propagação por sementes tem as seguintes finalidades:
− Obter porta enxertos ou cavalos;
− Criar novas cultivares;
− Formar mudas de espécies que suportem bem a propagação sexuada,
conservando suas características.
Para algumas espécies frutíferas a propagação sexuada é ainda útil nos seguintes
22 

casos:
− Na obtenção de clones nucleares (ou cultivares revigoradas), o que é
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comum em espécies cítricas; Ex: Vírus presentes nas plantas não passam através das
sementes – obtêm-se a mesma variedade, livre de vírus.
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− Na obtenção de plantas homozigotas;


− Na propagação de plantas que não podem ser multiplicadas por outro
meio.
DESVANTAGENS:
– Segregação genética nas plantas heterozigóticas, que provoca dissociação de
caracteres levando a uma heterogeneidade.
– As plantas apresentam juvenilidade (longo período para iniciar a produção);
– Irregularidade de produção, cor, características organolépticas e tamanho;
– Plantas com porte elevado.
VANTAGENS:
– Sistema radicular mais vigoroso e profundo;
– Maior longevidade;
– Desenvolvimento mais vigoroso;
– Produção de novas variedades.
EMPREGO DE SEMENTES
POR QUÊ?
• Melhoramento genético
vegetal – obtenção de novas
variedades;
• Produção de porta enxertos
– obtidos em muitos casos a partir de
sementes, como em citros, abacate,
caju, manga, caqui;
• Espécies que não se
propagam vegetativamente ou que
possuem dificuldades (ex: mamão, côco);
• Espécies em que não se tem o hábito da enxertia (ex: maracujá).

SELEÇÃO DA PLANTA MATRIZ, DOS FRUTOS E SEMENTES

MATRIZES – Árvores selecionadas de onde deverão ser retirados os frutos e as


sementes.
CRITÉRIOS DE ESCOLHA DA MATRIZ:
• VIGOR: – relacionado a sanidade e produtividade;
• REGULARIDADE DE PRODUÇÃO: – característica de importância
econômica; – há árvores que apresentam produção alternada e
outras constantes; – maior estabilidade ao fruticultor;
• QUALIDADE DO FRUTO;
• IDADE DA PLANTA: – plantas em idade média;
– Plantas muito jovens estão gastando energia para crescer; –
Plantas mais velhas já estão em processo degenerativo.
CRITÉRIOS DE ESCOLHA DAS SEMENTES:
Sendo as sementes o material básico na propagação, devem ser selecionadas
com critério, levando-se em consideração:
• TAMANHO: Sementes maiores possuem sempre maior quantidade de
reservas – melhor germinação;
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• SANIDADE: Eliminar todas as sementes que apresentam aspecto


diferente do normal;
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• PODER GERMINATIVO: Em algumas espécies o poder germinativo


dura apenas algumas semanas em outra vários anos.
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CRITÉRIOS DE ESCOLHA DE FRUTOS:


• Representativo da espécie;
• Sadio;
• Maturidade fisiológica – importante na conservação do poder
germinativo das sementes;
Devem ser colhidos de preferência na periferia da copa, evitando os poucos
expostos a luz.
PREPARO DAS SEMENTES
SEMENTES DE POLPA ADERENTE:
− Extração;
− Lavagem;
− Secagem a sombra.
SEMENTES COM MUCILAGEM:
− Fermentação;
− Areia;
− Liquidificador.
SECAGEM
CONSERVAÇÃO DAS SEMENTES (armazenamento)
A viabilidade das sementes depende de
características genéticas do material e do ambiente de
armazenamento.

GERMINAÇÃO DAS SEMENTES

O intervalo entre a maturação fisiológica e a germinação


pode ser de alguns dias até vários meses.

DORMÊNCIA X QUIESCÊNCIA

DORMÊNCIA: oferece as condições ideais para a germinação mas ela não


germina.
− Dormência primária – devida aos envoltórios ou ao embrião;
− Dormência secundária – ligada às condições
externas (solo, TºC, UR, luz)
QUIESCÊNCIA: oferece as condições ideais e ela germina.
MÉTODOS PARA QUEBRAR A DOMÊNCIA
A) DOS ENVOLTÓRIOS DUROS OU IMPERMEÁVEIS:
FÍSICO
Imersão das sementes em água a 65 – 85ºC por 5 a
10 minutos (abacate, manga);
QUÍMICO
− Ácido sulfúrico, soda cáustica 4% por 30 a 60 minutos;
− Ácido clorídrico, hidróxido de K, formol, com posterior banho de água
corrente.
MECÂNICO
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Escarificação, eliminação, perfuração dos envoltórios.


B) REGULADORES VEGETAIS
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BALANÇO HORMONAL – (GA - Giberelinas, ET- Etileno)


C) ESTRATIFICAÇÃO
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Tem por finalidade provocar a maturação das sementes e colocá-las em


condições para germinar – Baixa TºC e alta Umidade. Ex: Pêssego – colhe-se a
semente, quebra a casca e põe em camadas com jornal ou areia umedecida na geladeira.

LOCAIS DE SEMEADURA E SUBSTRATOS

LOCAL PARA SEMEADURA


− Bandeja de isopor – facilita a formação das
mudas e impede o enovelamento das raízes;
− Sacolas de polietileno;
− Sacolas de polietileno;
− Canteiros;
− Alfobres ( canteiros de tijolo);
− Tubetes;
− Caixas de plástico.
SUBSTRATOS:
− Sustentação, fornecimento de água e nutrientes;
− Misturas (solo + areia + esterco de curral);
− Substratos comerciais (vermiculita, cascas);
− Analisar a relação custo benefício;
− Qualidade voltada para a fitossanidade.

SEMEADURA, REPICAGEM E TRANSPLANTE

SEMEADURA E REPICAGEM:
− Mais de uma semente por unidade;
− Com posterior repicagem;
− Cortar logo acima do solo quando não for repicar.
TRANSPANTE:
Poda das raízes – manter o equilíbrio hídrico e evitar o enovelamento.

PROPAGAÇÃO ASSEXUADA (Uso de estruturas vegetativas)

A propagação ASSEXUADA OU VEGETATIVA é o processo de multiplicação


que ocorre por mecanismos de divisão e diferenciação celular, por meio da regeneração
de partes da planta mãe. Baseia-se nos princípios da:
POTENCIALIDADE: As células das plantas contêm toda a informação genética
necessária para a perpetuação da espécie.
REGENERAÇÃO DE CÉLULAS (diferenciação): As células somáticas e os
tecidos apresentam a capacidade de regeneração de órgãos adventícios, ou seja, é a
capacidade de células maduras retornarem as condições meristemáticas e desenvolver
um novo ponto de crescimento.
Principais razões para se utilizar a propagação vegetativa
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VANTAGENS:
- Fixação de genótipos superiores:
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A maioria das cultivares selecionadas em programas de melhoramento


são altamente heterozigotas e suas características seriam rapidamente perdidas se
fossem propagadas via sementes.
- Única forma de propagação de algumas espécies:
As quais não produzem sementes (limão tahiti, banana, uvas, figo,
abacaxi).
- Produção de populações uniformes:
Uma das maiores vantagens, considerando-se a propagação comercial.
- Facilidade de propagação:
Muitas espécies podem ser propagadas com muita facilidade e baixo
custo pela propagação vegetativa (amora).
- Diminuição do tempo para florescimento:
Florescem mais cedo do que plantas propagadas por sementes.
- Possibilidade de incluir mais de um genótipo em uma só planta (enxertia):
É possível realizar enxertia de diferentes cultivares em diferentes ramos
de uma mesma planta (laranja, mexerica e limão em uma mesma planta).
- Redução na altura das plantas:
Uso de porta enxertos ananicantes (maçã).
DESVANTAGENS:
− Transmissão de doenças (viroses e fitoplasmas);
− Contaminação do material utilizado através das ferramentas utilizadas;
− Uso prolongado da planta matriz aumenta o risco de propagação de doenças.
PRINCÍPIO BÁSICO:
A escolha das matrizes é fundamental para o sucesso da propagação e para a
qualidade da muda.
MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO:
»Estaquia;
»Mergulhia;
»Enxertia;
»Micropropagação

TÉCNICAS AGRÍCOLAS DE PROPAGAÇÃO VEGETATIVA OU ASSEXUADA

ESTAQUIA
Por meio dessa técnica, um pedaço de ramo vegetal
(estaca) é destacado e enterrado no solo. Em alguns dias, a estaca
começa a enraizar e a desenvolver a nova planta, que será
geneticamente idêntica à planta mãe.

MERGULHIA
É um processo natural (ou mesmo induzido) por
meio do qual um ramo ainda ligado à planta enterra-se no
solo e se enraíza. A partir desse momento, pode ser
separado da planta mãe e transferido para o local onde
será plantado. Ocorre de forma natural em cajueiros.
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ENXERTIA
É uma técnica comum na agricultura: fixa-se uma estaca no tronco de uma
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planta hospedeira que lhe servirá de suporte e lhe fornecerá seiva bruta.

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MICROPROPAGAÇÃO
A micropropagação consiste na produção rápida de milhares
de clones de uma planta, a partir de uma única célula vegetal
somática ou de um pequeno pedaço de tecido vegetal.
As técnicas a que a micropropagação recorre baseiam-se em
métodos modernos de cultura de tecidos vegetais in vitro. Deste
modo, a micropropagação é utilizada para multiplicar plantas jovens, produzidas pelos
métodos convencionais de produção de plantas, e mesmo plantas genéticamente
modificadas.
É também utilizada para fornecer um número elevado de
plântulas destinadas à plantação, que foram clonadas a partir de
uma planta em stock que não produza semente ou que não
responda bem à obtenção de clones por multiplicação vegetal.
No entanto, a micropropagação é utilizada sobretudo em
plantas ornamentais, como nas orquídeas, e em árvores para
madeira, como nos pinheiros.

MÉTODOS DE ENXERTIA

Método de multiplicação vegetativa que consiste na junção de partes de plantas


de tal maneira que irão unir-se e desenvolver-se formando uma única planta.
A razão principal para o uso das técnicas de enxertia consiste na perpetuação de
clones que não podem ser facilmente propagados por outros métodos.
Dentre os métodos de enxertia temos: - Borbulhia: o enxerto é reduzido a uma
única gema, no momento da enxertia; - Garfagem: o enxerto é constituído de uma
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porção do ramo contendo, normalmente, várias gemas; - Encostia: ocorre a junção de


duas plantas inteiras, que são mantidas dessa forma até a união dos tecidos.
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CAPÍTULO IX – NOÇÕES DE ETOMOLÓGIA


AGRÍCOLA
Entomologia é uma palavra que vem do idioma grego antigo. Éntomom significa
inseto e é derivado do radical entomos, que significa cortado, dividido. A maioria dos
insetos apresenta o corpo dividido em numerosos anéis ou segmentos. Logos significas
fala, discurso, estudo de algo. Sendo assim
Entomologia significa estudo dos insetos. Inseto é
outra palavra, derivada do latim Animale insectum,
significa animal segmentado.
Os insetos pertencem ao:
Reino Animal
Sub-reino Metazoa
Divisão Bilateria
Grupo Eucelomata
Filo Arthropoda
Classe Insecta
De maneira mais resumida podemos citar os insetos como Reino Animal, Filo
Arthropoda, Classe Insecta.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS INSETOS

Tamanho - Frações de mm até 30 cm.


Corpo - Dividido em cabeça, tórax e abdômen.
Respiração – Traqueal.
Desenvolvimento - Direto nas ordens primitivas
(Thysanura e Collembola), com metamorfose nas outras
ordens.
Metamorfose completa = ovo - larva - ninfa - pupa – adulto.
O desenvolvimento pós embrionário se inicia após a eclosão da larva ou ninfa e
termina após a última ecdise quando o inseto se torna adulto. Assim, quanto ao
desenvolvimento os insetos estão classificados em:
• Ametabolia: Não ocorre mudança de forma, o inseto de 1° instar tem a mesma
forma e aparência do inseto adulto, sendo a única diferença o seu tamanho.
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• Hemimetabolia: o inseto recém-eclodido assemelha-se ao adulto, com a


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diferença externa de tamanho, ausência de asas e órgãos imaturos. Portanto, ocorre uma

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metamorfose (transformação) parcial. Devido este fato são chamados de Hexopterigoto,


cujo desenvolvimento das asas é visível.

• Holometabolia: Ocorre metamorfose completa, que compreende as fases de


ovo, larva, pupa e adulto. As formas jovens são as larvas (fase móvel) e as pupas (fase
estacionária). As larvas possuem aparelho bucal mastigador e desfolham plantas para
crescer. A pupa como é uma fase estacionária não se alimenta. A alimentação do inseto
quando adulto tem hábito totalmente diferente da fase larval. Como não é possível ver o
desenvolvimento dos apêndices então é chamado de endopterigota, já que tal
desenvolvimento é interno.

ORDENS DA CLASSE INSECTA DE INTERESSE ECONÔMICO PARA A


AGRICULTURA

ORDEM NEUROPTERA (Formiga Leão)


A maioria são terrestre, ovíparos, com postura em areia ou solo. Alimentam-se de
outros insetos. Logo, são benéficos, pelos hábitos predatórios.

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ORDEM HOMOPTERA (Cigarras)

São exclusivamente fitófagos, alimentando-se da seiva vegetal, também, ovíparos,


com postura sobre folhas, galhos ou internamente nos tecidos das plantas. Prejudicam o
desenvolvimento da planta, sugando a seiva, além de ferirem os tecidos vegetais,
promovendo a ação de patôgenos.

ORDEM HEMIPTERA (Percevejos)

De maioria terrestre, alimentam-se de seiva vegetal (fitófagos), sangue


(hematófagos) e insetos (predadores), são ovíparos, com postura sobre galhos ou folhas.
Danificam as plantas, sugando a seiva e os cloroplastos. Abrem caminho para os
patôgenos transmissores de doenças ao homem. Porém, benéficos por seus hábitos
predatórios (algumas espécies).

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ORDEM ORTHOPTERA (Grilos, Gafanhotos, Esperanças, etc.)

Fitófagos (alguns são predadores), vivem no solo ou em galerias, solitariamente ou


agrupados, e produzem sons, também ovíparos, com postura no solo, sobre folhas ou
galhos secos.Devoram as folhas e os tecidos jovens das plantas.

ORDEM DIPTERA (Moscas, Mosquitos, Pernilongos)

Podem ser ectoparasitas de aves ou parasitas de outros insetos, mas a maioria


alimenta-se de matéria orgânica vegetal e animal em decomposição. As larvas ocorrem
em quase todos os tipos de habitats. Em geral, são ovíparos com postura próxima ou
sobre os alimentos, sendo transmissíveis de doenças. Danificam uma grande infinidade
frutos que alimenta o homem.

ORDEM ISOPTERA (Cupins)

Alimentam-se de madeira, papel e outros produtos


vegetais. Vivem subterraneamente ou acima do solo. Estão
agrupadas em colônias divididas em castas (operários,
soldados, reis e rainhas). Sendo os reis e rainhas os
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reprodutores. Provocam danos em madeira beneficiada


(móveis, tábuas, compensados, construções, etc.), também danificam a raiz e o colo de
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árvores vivas.

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ORDEM HYMENOPTERA (Formigas, Abelhas, etc.)

Vivem solitários ou em colônias, alimentando-se de fungos, néctar, pólen e outras


substâncias vegetais. São ovíparos, na maioria, a fecundação determina o sexo. Possuem
importância econômica, benéfica, pela produção de mel e maléfica, pela desfolha de
essências florestais e culturas agrícolas. São os mais ativos parasitas e exercem um
papel de extrema importância no controle biológico.

ORDEM COLEOPTERA (Besouros, Broca, etc.)

Sua alimentação e extremamente variada, praticamente comem tudo, exceto sangue,


tem peças bucais mastigadoras. São encontrados em praticamente todos os habitats, a
maioria são alados, podem viver sobre a vegetação, superfície do solo ou no seu
interior, outros são aquáticos ou semiaquáticos. São importantes pragas de produtos
armazenados, de plantas agrícolas e florestais, de madeira estocada, móveis e outros
materiais.

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ORDEM LEPIDOPTERA (Borboletas e Mariposas)

São de hábitos noturno ou diurnos, quando adultos alimentam-se de néctar ou não se


alimentam. As larvas alimentam-se de folhas, frutos, sementes ou madeira de troncos.
São ovíparos com postura sobre plantas. A grande maioria com hábitos fitófagos e
muito vorazes, porém, existindo as de importância comercial, como as produtoras de
seda (Bombix mori).

Segundo ZUNDIR & MIYAZAKI (1993), desde os primórdios da humanidade, os


insetos estiveram de uma maneira ou de outra relacionados com o homem, ao ponto de
se poder afirmar que a sobrevivência do homem depende do equilibro deste grupo de
animais, pois é de conhecimento público que o maior inimigo dos insetos são os
próprios insetos. Sendo assim, o desequilíbrio de uma parte do sistema formado pelos
insetos, pode afetar vários setores da nossa sociedade como a produção agrícola e
florestal, além de desencadear uma série de doenças como a malária.

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Coleta Diária de Campo
Ano:.............
Cultura: .................................................................. Espaçamento: .................................................
Data de Início de Plantio: ......./................./20........ Quantidade de Armadilhas: .............. /m²
Tipo de Armadilha Entomológica:.............................................................................................
Proprietário(a)/Agricultor(a): ........................................................................................................
Local/Comunidade:.............................................. Município:.............................. Estado: Bahia
Responsável:.....................................................................................................................................

TIPO DE NÚMERO DE INSETOS COLETADOS POR DIA (JANEIRO/2011)


01/01 02/01 03/01 04/01 05/01 06/01 07/01 08/01 09/01 10/01 11/01 12/01 13/01 14/01 15/01
INSETO 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00 09:00

Orthoptera

(Grilos,
gafanhotos,
esperanças,etc.)
Homoptera

(Cigarras)
Hemiptera

(Percevejos)
Coleoptera

(Besouros)
Lepidoptera

(Borboletas e
mariposas)
Diptera

(Moscas,
pernilongos,
mosquitos)
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CAPÍTULO X – NOÇÕES DE
FITOPATOLOGIA

Fitopatologia é uma palavra de origem grega (phyton = planta, pathos = doença


e logos = estudo) e indica a ciência que estuda as doenças das plantas em todos os seus
aspectos, desde a diagnose e sintomatologia, passando pela etiologia e epidemioloia, até
chegar ao controle.
Plantas doentes são caracterizadas por mudanças na sua estrutura ou processos
fisiológicos acarretadas por ambiente desfavorável ou por algum agente parasitário
(Walker, 1950).

FUNGOS

Os fungos constituem um grupo numeroso de organismos, bastante diversificado


filogeneticamente e de grande importância ecológica e econômica. Apesar de
heterogêneo, este grupo reune algumas carcterísticas básicas que permitem separá-lo de
outros seres vivos, formando um reino à parte.

BACTÉRIAS

As bactérias são classificadas como protistas inferiores e constituem o maior e


mais diversificado grupo desses microrganismos. São unicelulares e multiplicam-se por
fissão binária transversa ou cissiparidade. A célula bacteriana individualizada, se
esférica, mede cerca de 0,5 µm de diâmetro.

VIRUS

A palavra vírus, originária do latim, significa veneno. Esta palavra foi


constantemente utilizada nos primórdios da microbiologia quando se desejava fazer
referência à transmissão de uma doença infecciosa de um organismo doente para outro
sadio. Em razão de não se conseguir detectar o agente causal através dos métodos ou
equipamentos disponíveis na época, o mesmo era considerado um vírus.
A descoberta dos vírus foi feita a partir de plantas de fumo que apresentavam
uma doença conhecida por mosaico.
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CAPÍTULO XI - CONTROLE BIOLÓGICO DE


DOENÇAS DE PLANTAS
O incremento dos custos do controle químico, a perda de eficiência de alguns
desses produtos e os problemas ambientais advindos destas práticas, indicam a
necessidade da busca de alternativas para o controle de fitopatógenos, dentre os quais a
utilização de agentes biológicos se coloca em destaque.
No contexto do controle biológico, doença é o resultado de uma interação entre
hospedeiro, patógeno e diversos não patógenos que também habitam o sítio de infecção
e que apresentam potencial para limitar a atividade do patógeno ou aumentar a
resistência do hospedeiro. Deste modo, os componentes do controle biológico são o
patógeno, o hospedeiro e os antagonistas, sob a influência do ambiente, todos
interagindo num sistema biológico.
O termo antagonista é empregado para designar agentes biológicos com
potencial para interferir nos processos vitais dos fitopatógenos, estando estas raças ou
espécies adaptadas ecologicamente ao mesmo tecido das plantas que os ocupados pelos
patógenos, mas sendo apatogênicas às mesmas, enquanto que o termo "formas de
antagonismo" designam os mecanismos pelos quais os antagonistas agem sobre os
patógenos.

MECANISMOS DAS INTERAÇÕES ANTAGÔNICAS

O conhecimento dos mecanismos de antagonismo é essencial no


desenvolvimento de modelos racionais para a introdução de biocontroladores em
agroecossistemas. Os mecanismos básicos de antagonismo podem ser divididos em:
• Antibiose: interação entre organismos, na qual um ou mais metabólitos produzidos
pelo antagonista têm efeito negativo sobre o fitopatógeno, resultando na inibição do
crescimento e/ou germinação.
• Competição: interação entre dois ou mais organismos empenhados na mesma ação,
ocorrendo principalmente por alimentos (carbohidratos, nitrogênio e fatores de
crescimento), por espaço e por oxigênio.
• Parasitismo: fenômeno em que determinado microrganismo se nutre das estruturas
vegetativas e/ou reprodutivas do outro. Os hiperparasitas atacam hifas, estruturas de
resistência e de reprodução dos fitopatógenos.
• Hipovirulência: introdução de linhagem do patógeno menos agressiva ou não
patogênica, que pode transmitir esta característica para as linhagens patogênicas.
• Predação: quando um organismo obtém alimento a partir de fitopatógenos e de várias
38 

outras fontes.
• Indução de resistência: estímulo dos mecanismos de defesa do hospedeiro pela
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introdução de organismos não patogênicos e/ou seus metabólitos e/ou linhagens fracas
ou avirulentas do patógeno.
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Na Tabela 1 são apresentadas algumas doenças fúngicas que tem sido


pesquisadas visando o controle através de microrganismos antagonistas. Fungos dos
gêneros Trichoderma e Gliocladium, bem como bactérias do gênero Bacillus e
Pseudomonas do grupo fluorescente, destacam-se dentre os agentes de biocontrole mais
intensamente pesquisados e/ou utilizados.

O controle biológico, ao contrário do químico, não apresenta efeito imediato e


espetacular. O nível de controle obtido com o método biológico, isoladamente, pode
estar abaixo do necessário para que danos à produção não ocorram. Assim, há
necessidade de integração dos métodos, de modo a haver mínima interferência entre os
métodos aplicados.

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CAPÍTULO XII – TÉCNICAS


ALTERNATIVAS DE CONTROLE DE
PRAGAS E DOENÇAS

FUMO (NICOTINA)

A nicotina contida no fumo é um excelente inseticida, tendo ação de contato


contra pulgões, tripes e outras pragas. Quando aplicada como cobertura do solo, pode
prevenir o ataque de lesmas, caracóis e lagartas cortadeiras, porém, pode prejudicar
insetos benéficos ao solo como as minhocas. O fumo em pó sobre os vegetais é um
defensivo contra pragas de corpo mole, como lesmas e outras, sendo menos tóxico se
empregado nesta forma.
Controle de pulgões, cochonilhas, grilos, vagalumes
Ingredientes: 15 a 20 cm de fumo em corda e água.
Preparo: Coloque o fumo em corda deixando de molho durante 24 horas, com
água suficiente para cobrir o recipiente.
Aplicação: Para cada litro de água, use 5 colheres (de sopa) dessa mistura,
usando no mesmo dia.
Controle de vaquinhas, pulgões, cochonilhas, lagartas
Ingredientes: 1 pedaço de fumo em corda (10 - 15 cm); 0,5 litros de álcool; 0,5
litros de água e 100g de sabão em barra.
Preparo: corte o fumo em pequenos pedaços e junte a água e o álcool. Misture
em um recipiente deixando curtir durante 15 dias. Decorrido esse tempo, dissolva o
sabão em 10 litros de água e junte com a mistura já curtida de fumo e álcool.
Aplicação: pode ser aplicado com pulverizador ou regador. No caso de
hortaliças, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes da colheita.

CRAVO DE DEFUNTO

Cravo-de-defunto (Tagetes minuta) e ou Cravorana (Tagetes sp) silvestre.


As plantas inteiras, principalmente no florescimento, são boas repelentes de insetos e
nematóides (no solo). Usadas em bordadura das culturas ou em pulverizações na forma
de extratos alcoólicos, atuam tanto por ação direta contra as pragas, quanto por
"disfarce" das culturas pelo seu forte odor.
Fórmula Geral: 200 gramas de planta verde, mascerados por 12 (doze) horas em
álcool (aproximadamento 1 litro) e diluídos em 18 a 19 litros de água (20 litros para
pulverização)

MANIPUEIRA
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É o líquido de aspecto leitoso e cor amarelo-claro que escorre de raízes carnosas


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da mandioca (Manihot esculenta Crantz), por ocasião da prensagem das mesmas, com
vista à obtenção da fécula ou da farinha de mandioca. Recomendações de uso:
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Acaricida - manipueira diluída em água (uma parte de manipueira para duas partes de
água) – no mínimo, três pulverizações foliares, a intervalos semanais. Inseticida –
manipueira diluída em igual volume de água (uma parte de manipueira para uma parte
de água) - três pulverizações foliares, a intervalos semanais. Nematicida – controle de
nematóides formadores de galhas (Meloidogyne spp) – 1 litro de manipueira diluída
em igual volume de água para 6 litros de solo infestado. Deixar o solo em repouso no
mínimo por 8 dias e revolvê-lo para plantio.

PIMENTA MALAGUETA

Indicação - a pimenta (vermelha ou malagueta) pode ser empregada como um


defensivo natural em pequenas hortas e pomares. Tem boa eficiência quando
concentrada e misturada com outros defensivos naturais, no combate a pulgões,
vaquinhas, grilos e lagartas. Obedecer um período de carência mínima de 12 dias da
colheita, para evitar obter frutos com forte odores.
Receita 1 - ingredientes: 50 g de fumo de rolo, picado + 1 punhado de pimenta
vermelha + 1 litro de álcool + 250 g de sabão em pó. Preparo: dentro de 1 litro de
álcool, coloque o fumo e a pimenta, deixando essa mistura curtir durante 7 dias. Para
usar essa solução, dilua o conteúdo em 10 litros de água contendo 250 gramas de sabão
em pó dissolvido ou então, detergente, de modo que o inseto grude nas folhas e nos
frutos. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo
de 12 dias antes da colheita.
Receita 2 - ingredientes: 500 g de pimenta vermelha (malagueta) + 4 litros de
água + 5 colheres (sopa) de sabão de coco em pó. Preparo: bater as pimentas em um
liqüidificador com 2 litros de água até a maceração total. Coar o preparado e misturar
com 5 colheres (sopa) de sabão de coco em pó, acrescentando então os 2 litros de água
restantes. Aplicação: pulverizar sobre as plantas atacadas.

PRIMAVERA/MARAVILHA (Bougainvillea spectabilis / Mirabilis jalapa)

Indicação - método eficiente para imunizar mudas de tomate contra o vírus do


vira cabeça do tomateiro.
Preparo de aplicação - utilizar a quantidade de 1 litro de folhas maduras e
lavadas de primavera ou maravilha (rosa ou roxa) e 1 litro de água. Juntar estes
ingredientes e bater no liqüidificador. Coe com pano fino de gaze e dilua em 20 litros de
água. Pulverize imediatamente (em horas frescas). Não pode ser armazenado. Aplicar
em mudas de tomateiros 10 dias após a germinação (2 pares de folhas) e repetir a cada 2
a 3 dias até a idade de 45 dias.

URTIGA

Indicação - planta empregada na agricultura orgânica, prinicipalmente na


horticultura para aumentar a resistência e no combate a pulgões.
Preparo e aplicação - Ingredientes: 500 g de urtiga fresca ou 100g de urtiga
seca e 10 litros de água. Preparo: Colocar 500 gramas de urtiga fresca ou 100 gramas de
urtiga seca em 10 litros de água por dois dias ou então deixar curtir por quinze dias.
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Aplicação: a primeira forma de preparo para aplicação imediata sobre as plantas


atacadas. A segunda, deve ser diluída, sendo uma parte da solução concentrada para 10
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partes de água.

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NIM

O Nim ou Amargosa (Azadirachta indica A. Juss) é uma planta que pertence à


família Meliaceae, de origem asiática, muito resistente e de rápido crescimento,
alcançando normalmente de 10 a 15 m de altura e produzindo uma madeira
avermelhada, dura e resistente.
Contudo, não são as suas características botânicas as que mais despertam o
interesse de agricultores em todo o mundo. O que chama a atenção desses agricultores é
o conteúdo de azadirachtina da planta, um princípio ativo que vem demonstrando alta
eficácia no combate a diversas pragas e doenças que atacam plantas e animais.
Segundo o pesquisador Hélcio Abreu Jr., o alto poder inseticida da planta
permite alcançar até 90% de sucesso no controle agroecológico com os extratos de Nim,
com a vantagem de não se afetar os inimigos naturais (predadores, parasitas e
entomopatógenos). Desta forma, é possível manter a população de pragas em níveis
baixos, fora do nível de dano econômico.
No quadro a seguir, são apresentados alguns exemplos do potencial de controle
do Nim:
Cultura/Criação Produto do Nim Pragas Controladas
Acerola Óleo pulgão, cochonilha, ácaro
Café óleo / extrato da folha broca, bicho mineiro, ferrugem
Feijão extrato da folha ferrugem
Gado Leiteiro extrato da folha carrapato, berne e mosca do chifre
Milho extrato da folha lagarta do cartucho
Pepino Óleo trips, pulgões
Plantas
óleo brasileirinho mosca branca, pulgões, ácaros
Medicinais
mosca branca, trips, pulgão, broca
Tomate óleo / extrato da folha pequena, fungos do gênero
Phytophtora

CALDA SULFOCÁLCICA

Resultado de uma reação corretamente balanceada entre o cálcio e o enxofre


dissolvidos em água e submetidos à fervura, constituindo uma mistura de polissulfetos
de cálcio. Além do seu efeito fungicida, exerce ação sobre ácaros, cochonilhas e outros
insetos sugadores, tem também ação repelente sobre “brocas” que atacam tecidos
lenhosos.
Ingredientes (Para preparar 20 litros de calda)
• 5 kg de enxofre
• 2,5 kg de cal virgem
Modo de preparo - Em tambor de ferro ou latão sobre forno ou fogão, adicionar
vagarosamente a cal virgem a 10 litros de água, agitando constantemente com uma pá
de madeira. No início da fervura, misturar vigorosamente o enxofre previamente
42 

dissolvido em água quente e colocar o restante da água, também pré-aquecida. Ferver


uma hora e quando a calda passar da cor vermelha para a pardo-avermelhada estará
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pronta. Após o resfriamento, deverá ser coada em pano ou peneira fina para evitar

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entupimento dos pulverizadores, sendo que a borra restante poderá ser empregada para
caiação de troncos de arbóreas.
A calda pronta deve ser estocada em recipiente de plástico opaco ou vidro escuro
e armazenada em local escuro e fresco, por um período relativamente curto, sendo ideal
sua utilização até, no máximo, 60 dias após a preparação.
Recomendações de uso:
Hortaliças – pulverizações foliares quinzenais a 1% (10 ml /litro).
Culturas perenes – após manifestações de sintomas, realizar pulverizações
foliares quinzenais a 1%.
O uso rotineiro da calda Sulfocálcica requer certos cuidados que são a seguir
listados:
1 - a qualidade e a pureza dos componentes da calda determinam sua eficácia,
sendo que a cal não deve ter menos que 95% de CaO;
2 - a calda é alcalina e altamente corrosiva. Danifica recipientes de metal, roupas
e a pele. Após manuseá-la, é necessário lavar bem os recipientes e as mãos com uma
solução a 10% (100ml/l) de suco de limão ou de vinagre em água;
3 - a calda sulfocálcica pode ser fitotóxica para muitas plantas, principalmente
quando a temperatura ambiente é elevada, sendo conveniente testá-la antes de emprego
em maior escala e sempre preferir efetuar os tratamentos à tardinha;
4 - utilizar equipamento de proteção individual quando das realizações das
pulverizações;
5 - não descartar os excedentes em nascentes, cursos d’água, açudes ou poços;
6 - Após aplicação de caldas a base de cobre (Bordalesa e Viçosa), respeitar o
intervalo mínimo de 20 dias para tratamento com sulfocálcica.

CALDA BORDALESA

É uma suspensão coloidal, de cor azul celeste, obtida pela mistura de uma
solução de sulfato de cobre com uma suspensão de cal virgem ou hidratada.
Ingredientes (Para preparar 100 litros de calda a 1%)
• 1 kg de sulfato de cobre em pedra moída ou socada
• 1 kg de cal virgem
• 100 litros de água
Modo de preparo
O sulfato de cobre deve ser colocado em um saco de pano poroso, deixado
imerso em 50 litros de água por 24 horas, para que ocorra total dissolução dos cristais.
Em outro vasilhame procede-se a queima ou extinção da cal em pequeno volume
d’água; a medida que a cal reagir, vai-se acrescentando mais água até completar 50
litros. Em um terceiro recipiente de cimento-amianto ou plástico, devem ser misturados
vigorosamente os dois componentes ou acrescentar-se o leite de cal à solução de sulfato
de cobre, aos poucos, agitando fortemente com uma peça de madeira.
O uso rotineiro da calda bordalesa deve obedecer a certos requisitos, a seguir
relacionados:
1 - o sulfato de cobre deve possuir, no mínimo, 98% de pureza e a cal não deve
conter menos que 95% de CaO;
2 - a calda deve ser empregada logo após o seu preparo ou no máximo dentro de
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24 horas; quando estocada pronta, perde eficácia com rapidez;


3 - aplicar a calda somente com tempo claro e seco;
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4 - os recipientes de plástico, madeira ou alvenaria são os mais indicados, porque


não são atacados pelo cobre e pela cal;
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5 - utilizar equipamento de proteção individual quando da realização das


pulverizações;
6 - não descartar excedentes em nascentes, cursos d’água, açudes ou poços;
7 - obedecer intervalos de 15 a 25 dias entre aplicações de calda sulfocálcica e
de calda bordalesa.

ARMADILHAS PARA CAPTURA DE INSETOS

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CAPÍTULO XIII – COLHEITA,


BENEFICIAMENTO E EMBALAGEM DA
PRODUÇÃO
COLHEITA

Além de ser um passo importante e delicado, na colheita devemos tomar cuidado


no processo de retirada dos frutos, existem dois métodos o conhecido como de
arranquio e o da tesoura ou alicates de colheita. O arranquio é um método fácil e rápido,
porém, causam danos as plantas favorecendo a entrada de doenças e perda de água.
Então, o método mais aconselhável é com o alicate ou tesoura de colheita. Recomenda-
se o uso de caixas plásticas e sacos para a colheita. No caso das caixas plásticas é
necessário operações mecanizadas ou carroça dependendo do tamanho do pomar. Antes
de usarmos os utensílios para fazer a colheita é necessário higieniza-los.

ETAPAS ANTES DA EMBALAGEM

TRANSPORTE: O transporte deve ser feito em veiculo


adequado, com equipamento limpo e higienizado.
RECEPÇÃO: Na recepção todo
maquinário deve estar higienizado, e os
produtos devem ser identificados para
rastreamento.
LAVAGEM: É necessário o uso de
produtos neutros que sejam recomendados e
registrados segundo a legislação vigente.
SELEÇÃO: Serão selecionados os frutos
de acordo os critérios da legislação vigente.
CLASSIFICAÇÃO: A classificação é dada de acordo com a
coloração, classe (tamanho) e categoria do lote.

EMBALAGEM

Existem orgãos responsáveis pelas normas estabelecidas para a embalagem e


rotulagem de produtos, esses órgãos determinam alguns critérios que devem ser
respeitados durante o processo de embalagem da produção, como: as embalagens não
devem causar danos aos frutos e devem ter dimensões que permitam a paletização
conforme o PBR (Palete Padrão Brasileiro que é 1,00 x 1,20m). No caso da
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comercialização em sacos devem ser acondicionados em embalagem que atenda os


requisitos de paletização.
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CAPÍTULO XIV – MEDIDAS E


EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA E
HIGIENE
A origem do direito do trabalho está vinculada a um acontecimento marcante da
história, a “máquina a vapor”, descoberta por Thomas Newcomen em 1712 e
aperfeiçoado por James Watt em torno do século XVII.
Esse acontecimento posteriormente acarretou no processo denominado de
“revolução industrial”, que trouxe importantes conseqüências econômicas, que fizeram
modificações nas estruturas sociais dos povos. A partir daí iniciou-se, o movimento
operário, impulsionando o aparecimento do direito do trabalho, utilizado até hoje.
De acordo com o artigo 19° da lei n°. 8213 de 24 de julho de 1991:
‘’Acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho a serviço da
empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou
perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho’’.
Existe uma serie de normas regulamentadas, que se relacionam à segurança e
medicina do trabalho, que devem ser seguidas tanto pela empresa ou (empregador)
como pelo empregado.
A higiene e segurança no trabalho fazem parte do processo interno de Recursos
Humanos, cujo objetivo maior é reconhecer que o trabalhador é muito mais que uma
mão de obra, é um ser que pensa que tem sonhos, desejos, expectativas, inteligência e
vontade. Acredita que as pessoas são dotadas de entusiasmo e de desejo de crescimento
e novas responsabilidades; e que querem ser parceiras das organizações as quais fazem
parte.
O MEIO AMBIENTE E O TRABALHADOR
O meio ambiente deve ser entendido como o espaço, dentro e fora do local de
trabalho. O trabalhador é parte integrante desse meio.
Os resíduos da produção sejam sólidos ou líquidos, desde que não tenham um
destino adequado, entram em contato com os elementos da natureza e prejudicam a
qualidade do ar, da agricultura, da pecuária e das águas.
‘’O MEIO AMBIENTE DE TRABALHO SÓ TEM TOTAL HARMONIA
QUANDO SE TEM UMA VERDADEIRA EQUIPE’’
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
EPI é todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a integridade física
do trabalhador.

É OBRIGAÇÃO DO EMPREGADOR:
46 

Adquirir o EPI do tipo adequado à atividade do empregado;


Treinar o trabalhador sobre seu uso adequado;
Tornar obrigatório seu uso;
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Substituí-lo quando danificado ou extraviado.


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É OBRIGAÇÃO DO EMPREGADO:
Usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso.
Para fins de aplicação consideram-se obrigatórios os seguintes equipamentos
para o trabalho:

EPI – CLASSIFICAÇÃO
Os EPI’s podem ser classificados em 08 (oito) grupos:
• Proteção para cabeça (capacete, protetor facial e boné arabe);
• Proteção auditiva (protetor auricular, abafador de ruídos);
• Proteção respiratória (mascara descartável, respiradores);
• Proteção ocular (óculos de proteção e viseiras);
• Proteção de mãos e braços (luva de couro, pano e latex);
• Proteção de pés (botas, botinas, sapatos de segurança);
• Proteção de pernas (perneiras);
• Proteção do tórax (avental).

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CONSERVAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO

HIGIENE PESSOAL

Manter-se limpo lhe proporciona um conforto pessoal que ajuda na qualidade do


seu trabalho.

ORDEM E LIMPEZA NO LOCAL DE TRABALHO

ATENÇÃO SEMPRE!
Observe tudo ao seu redor, caso contrário poderá ser surpreendido por um
acidente. Por isso, fazer seus trabalhos com atenção lhe trará mais segurança.
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CAPÍTULO XV – PREVENÇÃO E LUTA


CONTRA OS INCENDIOS FLORESTAIS

INCÊNDIOS FLORESTAIS NO BRASIL

Os incêndios florestais são hoje um grande fator de emissão de CO² no planeta e


por conseqüência contribuintes importantes para a deterioração do efeito estufa e da
camada de ozônio. Além deste dano indireto, e que apresenta resultados a longo e médio
prazo, provocam também danos diretos, principalmente a perda de espécies da fauna e
flora, que muitas vezes nem são conhecidas pela ciência, bem como a modificação
rápida no clima de seus arredores, gerando um ambiente cada vez menos sadio para a
qualidade de vida para as populações locais, fator garantido pelo artigo 225 da
Constituição Federal Brasileira de 1988 - CF/88.

Segundo o artigo 20 do DECRETO nº 2.661, de 8 de julho de 1998, que


regulamenta o art. 27 do Código Florestal - Lei n° 4.771, de 15 de setembro de 1965-
"entende-se com incêndios florestais o fogo não controlado em florestas ou qualquer
outra forma de vegetação."

E em seu artigo 1º define:

É vetado o emprego do fogo:

I - Nas florestas e demais formas de vegetação

a) material lenhoso, quando seu aproveitamento for economicamente viável;

II - Numa faixa de:

a) cem metros ao redor da área de domínio de subestação de energia elétrica;

b) vinte e cinco metros ao redor da área de domínio de estações de


telecomunicações;

c) cinqüenta metros a partir de aceiro, que deve ser preparado, mantido limpo e
não cultivado, de dez metros de largura ao redor das Unidades de Conservação.
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INCÊNDIO FLORESTAL

O QUE É?

É a propagação do fogo, em áreas florestais e de savana (cerrados e caatingas)


normalmente ocorre com freqüência e intensidade nos períodos de estiagem e está
intrinsecamente relacionada com redução da umidade ambiental.

Os incêndios podem iniciar-se de forma espontânea ou ser


conseqüência de ações e/ou omissões humanas, mas mesmo nesse último
caso, os fatores climatológicos ambientais são decisivos para incrementá-
los, facilitando sua propagação e dificultando seu controle.

Os incêndios florestais podem ser causados por:

- Causas naturais, como raios, concentração de raios


solares por pedaços de quartzo ou cacos de vidros em forma de
lente;

- Imprudência e descuido de caçadores, mateiros ou pescadores, através da


propagação de pequenas fogueiras;

- Fagulhas provenientes de carvoeiras e


madeireiras;

- Queimadas, realizadas para “limpeza” de


campos e pastos;

- Fogos pirotécnicos e balões;

Os incêndios florestais causam danos materiais,


ambientais e humanos. Tais como:

- Destruição das árvores em fase de crescimento ou em fase de utilização


comercial, reduzindo a produção;

- Redução da fertilidade do solo, como conseqüência da destruição da matéria


orgânica reciclável obrigando a um maior consumo de fertilizantes;

- Redução da resistência das árvores ao ataque de pragas, obrigando a um maior


consumo de inseticidas;

- Redução da biodiversidade;

- Alterações drásticas dos biótipos;


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- Equilíbrio da fauna silvestre;


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- Abertura dos processos erosivos;

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- Redução da proteção dos olhos d’água e nascentes;

- Perdas humanas e traumatismos provocados pelo fogo ou por contusões;

- Desabrigados e desalojados;

- Redução das oportunidades de trabalho relacionados com manejos florestais.

O QUE SE DEVE FAZER PARA EVITAR UM INCÊNDIO FLORESTAL?

• Construção de aceiros, que devem ser mantidos limpos e sem materiais


Inflamaveis;

• Construção de faixas limpas e sem materiais combustíveis;

• Plantação de barreiras de segurança com vegetação menos inflamável;

• Construção de barragens de água que atuem como obstáculos à propagação do


fogo e como reserva de água para o combate ao incêndio;

• Construção de estradas de acesso, no interior de florestas, facilita a fiscalização e


favorecem a movimentação dos meios de controlar os incêndios;

• Utilização de medidas de vigilância: fixa, por meio de torres de observação;

• Aviso imediato, em caso de incêndio florestal, ao Corpo de Bombeiros, Defesa


Civil ou Policial.

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CAPÍTULO XVI – FRUTICULTURA

O plantio de espécies frutíferas é uma boa opção de diversificação para as


propriedades agrícolas, pois além de rentável, contribui para melhorar a qualidade da
alimentação do agricultor.
O sucesso de um pomar doméstico ou comercial está diretamente ligado à
escolha da variedade ou cultivar, à qualidade da muda e aos cuidados no plantio e
condução. A muda é, na verdade, o alicerce da fruticultura, pois dela depende o sucesso
ou o fracasso na implantação de um pomar.
As diversas espécies frutíferas têm diferentes exigências climáticas, sendo
importante que o agricultor, antes de implantar o pomar, consulte um técnico da área,
para adaptar as espécies a serem plantadas ao clima da região. O clima tem grande
importância na fruticultura, pois determina as espécies frutíferas a serem plantadas.
Algumas espécies necessitam de clima tropical (locais de temperaturas elevadas),
outras, de clima subtropical (temperaturas amenas) e há aquelas que se adaptam melhor
ao clima temperado (baixas temperaturas).

PLANEJAMENTO E ESCOLHA DO LOCAL

Deve-se ter em mente que a maioria das frutíferas são perenes ou semiperenes,
tendo assim o retorno econômico mais demorado (cerca de três a cinco anos pós-
plantio). Na fruticultura moderna, não se admitem improvisações, pois os erros
cometidos só surgirão após alguns anos, o que acarreta grandes prejuízos. Observa-se
então que uma das fases mais importantes na implantação do pomar é o planejamento.
Deve-se planejar a implantação com, no mínimo, um ano de antecedência. Esse
tempo permite ao fruticultor analisar todos os aspectos que envolvam um bom
planejamento. O bom planejamento garante o desenvolvimento de uma cultura rentável
e que deve levar em considerações inúmeros fatores, como, por exemplo:
a) clima - deve-se avaliar os vários aspectos climáticos do local, altas e baixas
52 

temperaturas, ventos fortes, quentes, secos ou frios, umidade relativa do ar, a quantidade
de chuvas e a sua distribuição;
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b) solo - analisar os aspectos químicos, físicos, biológicos, topografia,


compactação e uniformidade do relevo;
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c) localização do pomar - principalmente em relação ao mercado consumidor,


principais vias de acesso, ausência de problemas fitossanitários restritos à cultura,
existência de água abundante e de qualidade, proximidade de centros com mão-de-obra
suficiente e de preferência especializada;
d) fatores comerciais – locais de comercialização das frutas produzidas.

ESCOLHA DO TERRENO

Na escolha do terreno a ser instalado o pomar, o


agricultor deve dar preferência aos de solos profundos, bem
drenados e com exposição norte.
As áreas não devem ter sido cultivadas anteriormente
com frutíferas ou hortaliças; caso contrário, deve-se aguardar
pelo menos dois anos, cultivando-se na área culturas anuais, como arroz, milho, soja ou
feijão, para, em seguida, instalar o pomar. A área ainda deve permitir, se possível,
mecanização. 

AQUISIÇÃO DAS MUDAS

Uma vez selecionadas as espécies e variedades a serem cultivadas, o agricultor


deve procurar viveiristas credenciados que comercializem mudas certificadas ou
fiscalizadas com uma certa antecedência do plantio, pois geralmente as mudas frutíferas
são produzidas sob encomendas.
As mudas de frutíferas devem apresentar um
padrão, dado pela altura, diâmetro do caule, número de
ramos, tipo de enxertia, tipo de embalagem e estado
vegetativo, entre outros.
Esses padrões são definidos por legislação própria,
regulamentada para cada espécie pelas comissões estaduais
de sementes e mudas de cada estado. É importante que o
agricultor ou o responsável técnico pelo pomar conheça esses padrões, o que permitirá
selecionar mudas padronizadas e de boa qualidade.

TIPOS DE MUDAS

O sucesso do pomar dependerá de muitos fatores. A boa muda é como se fosse o


alicerce do pomar; por isso, sua escolha deve ser criteriosa.
Geralmente são adquiridas mudas de raiz nuas ou de torrão, dependendo da
época e da espécie.
As mudas de raiz nuas geralmente são de espécies de
clima temperado e normalmente são comercializadas no final do
inverno, antes de sua brotação. Essas mudas devem ser
comercializadas individualmente ou em feixes, tendo suas raízes
acondicionadas em material inerte úmido, como a serragem.
Devem ser plantadas imediatamente após sua aquisição, para
evitar a desidratação. Esse tipo de muda permite uma melhor
53 

seleção quanto ao sistema radicular, evitando a infestação do


pomar com plantas invasoras, o que pode ocorrer com mudas de
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torrão.

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As mudas de torrão, características de espécies tropicais e subtropicais, podem


ser comercializadas o ano inteiro, pois apresentam melhor pegamento no plantio, pelo
fato de o sistema radicular estar protegido pelo torrão. A desvantagem desse tipo de
muda é que ela pode disseminar, pelo torrão, plantas invasoras, além de não permitir um
melhor exame do sistema radicular e precisar de transporte mais espaçoso.

PREPARO DO TERRENO

A primeira operação a ser realizada em um terreno a ser preparado para o plantio


de espécies frutíferas é uma análise criteriosa do solo, nas camadas de 0-20 e 20-40 cm,
para, assim, se conhecer as possíveis deficiências nutricionais, verificando-se as
exigências de calagem e adubações.
O preparo do solo deve obedecer às práticas conservacionistas. O terreno deve
ser limpo, retirando-se a vegetação nativa existente no local e incorporando os restos
culturais.
A distribuição do calcário deve ser na área total, feita metade junto à aração e a
outra metade com a gradagem, em uma profundidade de 20-25 cm, pelo menos 90 dias
antes da abertura das covas. Deve-se dar preferência para o calcário dolomítico.
Segue-se a marcação das covas e linhas de plantio, com estacas de bambu,
preferencialmente em nível, obedecendo ao espaçamento recomendado. Há várias
alternativas no esquema de distribuição das covas no terreno, dependendo da espécies e
da variedade com as quais se está trabalhando. Um bom exemplo é a distribuição na
54 

forma triangular, retangular ou quadrática.


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PREPARO DA COVA

Uma cova bem preparada garante um bom pegamento da muda e, assim, um


rápido estabelecimento do pomar.
A cova deve, de preferência, ser de formato cúbico com volume variando de 30
a 60 cm3, sendo seu tamanho dependente do tipo de solo, tamanho da muda,
disponibilidade de mão-de-obra e máquinas, declividade do terreno e tamanho do
pomar. Normalmente uma boa cova deve ter, no mínimo, 40 x 40 x 40 cm e, no
máximo, 60 x 60 x 60 cm.
Na abertura da cova, deve-se proceder à retirada da camada da superfície (solo)
até 30 cm de profundidade, colocando-se em um lado da cova e a camada mais profunda
(subsolo) de outro lado. Ao proceder ao enchimento da cova, já com adubação orgânica
e mineral, deve-se inverter as camadas, colocando a camada mais superficial, misturada
com os adubos, no fundo da cova e a camada de subsolo na parte superficial da cova.
Esse procedimento, além de incorporar um solo mais orgânico no fundo da cova,
contribui para a diminuição da necessidade de capina ao redor da muda, em vista de o
solo mais profundo trazer menos sementes de plantas invasoras.
Na adubação da cova, é recomendado o uso de matéria orgânica com húmus de
minhoca ou esterco curtido (de gado ou galinha) na base de 5 a 20 litros, além da
adubação mineral, principalmente a fosfatada. Nesta, utilizam-se fontes naturais, como a
apatita de Araxá ou farinha de ossos, que liberam o fósforo de forma mais lenta para as
plantas, e fontes mais solúveis, como o superfosfato simples, que rapidamente irão
suprir as exigências da muda em fósforo.
55 

O tipo e a quantidade de adubo a ser utilizado dependem do resultado da análise


de solo e da espécie a ser plantada. Completa-se o preparo da cova marcando-se o
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centro dessa com uma estaca, para orientar a operação de plantio.

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PLANTIO DA MUDA

A época mais recomendada para o


plantio é no início do período chuvoso.
Entretanto, se houver
disponibilidade de irrigação, pode ser
realizado em outras épocas, porém com
maiores cuidados. Deve-se ter maiores
cuidados, especialmente quando se tratar de
mudas em raiz nua.
Para conservação das mudas com
torrão, deve-se colocá-las durante 1 a 2 minutos em um recipiente com água, de maneira
que o nível da água cubra todo o torrão. Logo, a seguir, colocá-la em local sombreado.
Nesse caso, o plantio não deve ser feito imediatamente e essas mudas deverão ser
irrigadas diariamente. No recebimento de mudas de raízes nuas, que, de maneira geral,
são transportadas em feixes ou fardos, é necessária a retirada da embalagem
imediatamente. Faz-se, em seguida, a lavagem das raízes, e, caso algumas se
apresentem secas, recomenda-se colocá-las num tanque com água durante a noite e, no
dia seguinte, devem ser colocadas na posição vertical ou inclinadas em um sulco,
cobrindo as raízes por completo com uma camada de terra de 15 cm de altura. Em
seguida, irrigar as mudas durante uma semana, período em que estarão aptas para o
plantio.
No ato do plantio, no caso de mudas de torrão, deve-se cortar por volta de 1 a 2
cm do fundo do recipiente, para eliminar possíveis raízes defeituosas, além de se fazer
um corte longitudinal em toda extensão da embalagem. Em seguida, coloca-se a muda
em uma abertura no centro da cova, com tamanho suficiente para acomodar o torrão ou
o sistema radicular (raiz nua). A embalagem só deve ser retirada após a colocação da
muda na abertura, assegurando-se de que o torrão fique intacto.
A muda deve ser plantada de modo a que o nível do colo da planta ou do torrão
fique no mesmo nível ou 5-10 cm acima do nível do solo, para evitar possível
56 

“afogamento”.
Após o plantio, é importante que se comprima bem o solo junto ao sistema
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radicular ou ao torrão, para se evitar vazios junto às raízes e fixar bem a muda.

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A operação de plantio se completa com o estaqueamento ou tutoramento da


muda, bem como com o preparo de uma espécie de “bacia” ao redor dessa, de 50 cm de
cada lado, utilizando-se terra raspada da superfície. O preparo da bacia é importante
para receber a água de irrigação junto à muda. Uma prática recomendada é a colocação
de cobertura morta (capim seco, bagaço de cana ou similares), protegendo-se, assim, a
muda, com maior aproveitamento de água e já impedindo o crescimento de plantas
indesejáveis (invasoras). A irrigação deve ser feita com mangueira ou regador sem
crivo, colocando-se entre 20 e 30 litros de água por cova, de forma a se eliminar todos
os espaços vazios, fazendo com que haja um perfeito contato do solo com as raízes.
Essa irrigação inicial deve ser feita estando chovendo ou não.

CUIDADOS PÓS-PLANTIO

A irrigação deverá ser efetuada com gasto de 20 a 30 litros de água por planta,
duas vezes por semana, até o completo pegamento.
Conforme a necessidade, deve-se fazer o controle de pragas e doenças, capinas e
desbrotas, sempre seguindo recomendações técnicas. O ataque de formigas cortadeiras
pode causar sérios prejuízos a um pomar em formação. Para minimizar esse problema,
pode-se usar uma “mini-saia” feita com plástico (saco de adubo), colocando-a ao redor
do caule da muda a 20 cm do solo.
Após o pegamento da muda, deve-se fazer as adubações de cobertura,
principalmente as adubações nitrogenadas, segundo a análise do solo.
Nas plantas adultas, as adubações devem ser feitas na projeção da copa,
conforme fotos seguintes. 57 
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RECOMENDAÇÕES DE ESPAÇAMENTO PARA ALGUMAS FRUTÍFERAS

A determinação da distância adequada entre as plantas é de fundamental


importância para se aproveitar ao máximo a área e explorar da planta pelo maior tempo
possível. O espaçamento varia de acordo com espécie, variedade, clima, tipo de solo,
emprego de mecanização, tamanho da área, finalidade do pomar, bem como com o
sistema de condução adotado.
Na tabela abaixo, sugerem-se o menor e o maior espaçamento, entre plantas e
entre linhas de plantio, bem como a variação da área necessária para cada planta.
Sugere-se que o espaçamento entre plantas seja menor do que o espaçamento entre as
linhas.

Espaçamento em metros Área necessária


Espécie
Entre plantas Entre linhas por planta (m²)
Banana 2,5 a 4 3a4 7,5 a 16
Caju 6 a 10 8 a 10 48 a 100
Citros 4a7 7 a 10 28 a 70
Côco 8 a 10 6 a 10 48 a 100
Goiaba 5a6 5a6 25 a 36
Graviola 4a6 5a8 20 a 48
Mamão 2a4 3a5 6 a 20
Manga 8 a 10 8 a 10 64 a 100
Maracujá 2a3 4a5 8 a 15

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CAPÍTULO XVII – HORTICULTURA

A horta é o local de cultivo de vários tipos de verduras e legumes que são ricos
em sais minerais e vitaminas indispensáveis para o organismo humano. Nela também,
pode ser plantados temperos e ervas medicinal.

TIPOS DE HORTALIÇAS

Aqui está uma lista de várias categorias de hortaliças.

• Brássica
Gênero botânico que inclui o repolho, a couve-flor, o brócolis, o nabo e a couve,
entre outras plantas alimentícias. De sabor forte e textura densa, são substanciais que
tornam mais forte qualquer prato.
• Bulbos
Os vários tipos de cebola (espanhola, roxa, amarela ou pérola), o alho, o alho-
poró, a cebolinha verde e a chalota, vegetais da família do lírio, são usados
principalmente para acentuar os sabores do outros.
• Frutos
Berinjela, tomate, pimentão, pimenta e abacate, entre outros legumes, são
botanicamente classificados como frutos.
• Verduras
Alface, rúcula, agrião, espinafre e acelga são alguns dos ingredientes que
proporcionam textura e sabor às saladas, variando do suave ao apimentado.
• Cogumelos
Todos conhecem bem o cogumelo branco, conhecido como champinhom, mas
há muitas outras variedades a experimentar - porcini, portobello, shiitake. Os cogumelos
são particularmente valiosos na cozinha sem carne, pois muitas variedades têm alguma
59 

semelhança com ela.


• Vagens e Sementes
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Em geral, vagem(a francesa, mais longa, e a italiana, achatada), milho, ervilha-


torta, ervilha e fava são vegetais que quando frescos cozinham rapidamente, são ideais
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para saltear e refogar, usar em sopas e como guarnição final. Muitos têm alto teor de
açúcar, sendo portanto ricos em calorias.
• Brotos e Talos
Como o nome sugere, aspargos, salsão, endívia, erva-doce e alcachofra são
brotos, dos quais aproveitamos as folhas, os talos, os botões, ou como no caso da erva-
doce, as finas folhas.
• Abóboras
A enorme variedade inclui as que dão frutos no inverno, as de verão, como a
abobrinha amarela ou a italiana, além de pepino, moranga e abóbora-espaguete.
• Raízes e Tubérculos
Batata, cenoura, mandioca, pastinaca, batata-doce, beterraba e salsão de bulho
(ou aipo-rábano) são alguns dos representantes desse grupo de vegetais, ricos em
vitaminas.
• Leguminosas Secas
Incluem feijões, lentilhas, ervilha e fava secos. São ricas fontes de amido e agem
como aglutinante. Combinado com o arroz ou outros cereais, o feijão fornece uma
proteína completa, praticamente sem gordura.

LOCAL DA HORTA

Para plantar uma horta, você pode usar o


quintal, um cantinho qualquer e até mesmo vasos e
caixotes. Alguns cuidados devem ser tomados para
escolher e preparar o terreno, pois dele vai depender o
bom desenvolvimento das plantas e a boa produção da
sua horta:
Escolha do Terreno:
• Se possível, o local deve tomar sol o dia inteiro.
• Deve ser plano ou levemente inclinado.
• Não deve ser encharcado.
• A terra deve ser adubada.
• A água para molhar deve ser pura e limpa, para não contaminar as
verduras. Isto é importante porque você pode ter o hábito de comer
alguns alimentos crus.
• O terreno para a horta deve ficar afastado, no mínimo, 5 metros de
privadas, chiqueiros ou esgotos.
Preparo do Terreno:
Limpar ou capinar a área, ajuntando todo o mato em um canto. O material
retirado servirá, depois de apodrecido, como adubo orgânico (esterco).
Cavar o terreno na profundidade de 20 centímetros.
Desmanchar os torrões, usando enxada ou enxadão, deixando o terreno bem
fofo.

PREPARO DOS CANTEIROS


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Posição:
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Em terrenos inclinados, os canteiros devem ficar atravessados em relação à


queda do terreno para evitar que as águas das chuvas os destruam. Deve-se fazer uma
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cercadura, porque a regagem constante causa erosão nas beiradas do canteiro e diminui
a área útil a ser plantada. A cercadura pode se feita com a
própria terra do canteiro, tábuas, tijolos, madeira roliças ou
qualquer material que segure a terra.
Dimensões:
Altura: 15 a 20 centímetros.
Comprimento: 5 metros. Pode ser maior dependendo
da disponibilidade do terreno.
Largura: na beira da cerca, meio metro; no meio da horta, 1 metro.
Distância entre um canteiro e outro: de 30 a 50 centímetros.
As medidas ideais para um canteiro são as indicadas aqui. Mas, você deve fazer
os canteiros do tamanho que a sua área permitir e até mesmo usar caixote ou vaso.

FERRAMENTAS

As ferramentas mais comuns que podem ser usadas numa horta são: colher,
ancinho, enxadinha, regador, mangueira, enxada, enxadão. Se você não tem todas, pode
aproveitar algum material disponível que tem em casa e fazer suas próprias ferramentas,
ou mesmo substituir algumas.

SEMENTEIRA

É o local onde se planta as sementes de


algumas hortaliças para obter as mudas que serão
transferidas para o canteiro. A sementeira é muito
importante porque o bom desenvolvimento das
plantas vai depender da qualidade das mudas. A
sementeira de uma horta doméstica pode ser feita na
ponta de uma canteiro comum, geralmente 2 ou 3
m2 de canteiro são suficientes.
Veja alguns cuidados importantes para fazer uma sementeira:
Usar 1 parte de terra; 1 parte de esterco (composto orgânica) e 2
partes de areia.
Misturar bem e peneirar.
Não use adubo químico na sementeira .
Fazer sulcos ou reguinhos, com a terra já umedecida, de 10 em
10 centímetros de distância, com 1 a 2 centímetros de fundura para
colocar as sementes. Os reguinhos devem ficar atravessados na
sementeira.
61 

Semear a quantidade necessária de sementes, de acordo com o seu canteiro e o


número de mudas que deseja.
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Para cobrir as sementes nos reguinhos, peneirar em cima da sementeira uma


camada fina de terra.
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Cobrir a sementeira com saco ou capim.


Logo após as mudinhas nascerem, levantar esta
cobertura e firmar com forquilha de madeira.
A posição da sementeira deve ser atravessada em
relação ao sentido do sol.
Regar duas vezes ao dia, de manhã e à tarde.
Arrancar o mato sempre que for preciso.
Molhar bem a sementeira quando for retirar as mudas.
Tirar as mudas quando as plantinhas tiverem 4 a 6
folhas.
Usar uma colher comum ou colher de transplante para
tirar as mudas.
As raízes não devem ser prejudicadas.

PLANTIO

O plantio no canteiro pode ser feito de três formas. Veja as instruções para os
diferentes tipos de plantio:

PLANTIO DE MUDAS

Neste tipo de plantio são usadas as mudas de alface, couve, tomate, reponho,
almeirão, cebola, pimentão etc. Vindos da sementeira.
As mudas devem ser escolhidas sempre preferindo as mais fortes e sadias e
devem ser retiradas da sementeira, se possível, com a terra.
As mudas não devem ser enterradas de mais na terra, 30 centímetro de
espaçamento uma da outra e 2 a 3 centímetros de profundidade. Aperte um pouco para
ficar firme.
As raízes das mudas não podem ficar dobradas. Mudas com raízes tortas ou
quebradas não devem ser aproveitadas.
O transplantio deve ser feito à tardinha, com o tempo fresco.
Após o plantio, todas as mudas devem se regadas.

PLANTIO DIRETO NO CANTEIRO

Costuma-se plantar diretamente no canteiro as sementes de cenoura, rabanete e


beterraba. Este tipo de plantio é feito em metro corrido (linear), em fileiras, pelo
canteiro, mantendo distância de 20 a 30 centímetros entre as fileiras.
Antes de semear, abrir os sulcos ou linhas com a fundura de 2 a 3 (um)
centímetro.
É comum neste tipo de plantio nascer um número maior de plantas em um
mesmo local. Quando isto acontecer, fazer o desbaste, tirando as plantas mais fracas e
obedecendo o espaçamento.

PLANTIO EM COVAS
62 

- Costuma-se plantar nas covas as sementes de vagem, abobrinha, quiabo e


ervilha.
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Fazer covas com enxada ou enxadão, cavando até 20 (vinte) centímetros de


fundura.
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Plantar 3 sementes em cada cova.


Regar duas vezes por dia.
Quando as plantas tiverem 20 (vinte) a 30 (trinta) centímetros de altura, fazer o
desbaste, tirando a muda mais fraca.

TRATOS CULTURAIS

Aqui estão alguns tratos importantes numa horta, para que suas plantas cresçam
sadias e viçosas:
Regar, molhar ou aguar: Os canteiros devem
ser molhados duas vezes por dia, de manhã e à tarde.
Se não tiver condições de aguar duas vezes, regue pelo
menos uma vez, à tardinha. Este tipo de trato é
conhecido com irrigação.
Capinar: O mato que nascer nos canteiros deve
ser retirado toda semana para não prejudicar o
crescimento das verduras.
Fofar: Uma vez por semana, é preciso fofar bem a terra. Este cuidado é
conhecido também como escarificação.

CUIDADOS

¾ Sementes: Quando for comprar as sementes, é preciso verificar a


procedência , espécie , validade e variedade com cuidado.
¾ Cada tipo de semente deve ser semeada de acordo com a melhor época da
plantio.
¾ Os inseticidas: Os inseticidas químicos não devem ser usados na horta,
pois este pode trazer sérios problemas para a saúde humana, já que
muitos alimentos são comidos também crus.
¾ Água: Não use água suja (poluída) para regar os canteiros, porque isto
pode danificar as plantas e trazer problemas para sua saúde.
¾ Remédios: Sempre que aplicar remédios caseiros nos canteiros de
hortaliças, espere pelo menos 5 (cinco) dias para comê-las.
¾ Rotação de Cultura: Após cada colheita, você deve alternar, no canteiro,
o plantio de verduras de folhas por tubérculos, que são as hortaliças que
63 

dão batata debaixo da terra. Isto quer dizer que, no mesmo canteiro onde
você plantou couve, pode plantar, por exemplo, a beterraba. A alface
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pode ser substituída pela cenoura; o repolho por rabanete e assim por
diante, de acordo com a sua preferência.
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BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS

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Agricultura. [CD-ROM]. Brasília: Ministério da Agricultura,1998. BETTIOL, W.
Controle biológico de doenças de plantas. Jaguariúna: EMBRAPA/CNPDA, 1991.
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Conservação, Montagem e Identificação de Insetos. Ribeirão Preto, Ed. Holos, 78p.

BALASTREIRE, Luiz Antônio. Máquinas Agrícolas. São Paulo: Editora Manole


LTDA, 1987, 307p.

BARBOSA, L. M. Implantação de Mata Ciliar. In: Simpósio mata ciliar: Ciência e


Tecnologia, 1999, Belo Horizonte. Trabalhos. P. 11-35.

BARGER, E. L. et al. Tratores e seus Motores. São Paulo: Editora Edgard Blücher
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BENNEMA, J.; BEEK, K.J.; CAMARGO, M.N. Interpretação de levantamento de


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