O termo hipertexto foi criado por Theodore Nelson, na década de sessenta, para
denominar a forma de escrita/leitura não linear na informática, pelo sistema “Xanadu”. Até
então a idéia de hipertextualidade havia sido apenas manifestada pelo matemático e físico
Vannevar Bush através do dispositivo “Memex”.
Por muitos anos interagir com o computador exigiu uma base de conhecimento em
alguns sistemas de hardware, mas com a evolução de softwares hipertextuais, cada vez mais
têm sido aperfeiçoados mecanismos de interatividade através do mouse e de outros
periféricos, como câmera, scanner, etc. A tela de um monitor apresenta-se hoje fragmentada
e personalizada, proporcionando ao usuário a facilidade de acesso às informações e a forma
lúdica de utilização das ferramentas.
Ele não está presente apenas no campo da informática, mas encontra-se também
nos livros de formatos convencionais, onde os autores buscam facilitar a compreensão de
cada capítulo na sua individualidade, sem que perca a essência que compõe o todo, a idéia
central do autor. Hoje é muito comum encontrarmos livros organizados por um autor e
escritos por vários. Estes livros não lineares são exemplos de hipertextos.
O hipertexto permite ao leitor decidir o rumo a seguir na sua viagem pela leitura,
tornando o tempo e o espaço, em relação à construção textual, flexível.
A televisão, o cinema, e outras áreas das artes e do entretenimento também vêm
trabalhando com a idéia do hipertexto, até mesmo para alcançar o público hoje mais
hiperativo, que vive uma contemporaneidade fragmentada, numa contagem regressiva do
tempo de seus afazeres. Há filmes que apresentam algumas pequenas histórias, que
parecem independentes umas das outras, porém a essência de cada uma faz parte de um
único enredo desenvolvido pelo autor.
Fontes
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. O futuro dom pensamento na era da informática.
Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2002.