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Estado de Pernambuco

Secretaria de Defesa Social


Academia Integrada de Defesa Social

GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS

EMENTA: Propor experiências de aprendizagem que proporcione ao aluno conhecimentos sobre a


Administração financeira, do orçamento geral do Estado, bem como, a aplicação dos recursos
orçamentários destinados à SDS, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE I - ORÇAMENTO PÚBLICO


1. Conceito
Ferramenta legal de planejamento do Estado onde são apresentadas as receitas previstas e
despesas fixadas que serão realizadas pelo ente, em um determinado período, objetivando a execução
de programas de governo (manutenção e investimentos), bem como as transferências legais e
voluntárias, os pagamentos de dívidas e outros encargos decorrentes da atividade estatal.” JOÃO
EUDES B. FILHO

2. Princípios Orçamentários
Para a real eficácia dos controles das atividades financeiras do governo, é necessário que o
orçamento se vincule a determinadas regras ou princípios orçamentários, o que resulta em inúmeras
definições. Entre os princípios defendidos pela corrente doutrinária dos tratadistas, destacam-se os
seguintes:
ANUALIDADE - de conformidade com o princípio da anualidade, também denominado princípio
da periodicidade, as previsões de receitas e despesa devem referir-se, sempre a um período limitado de
tempo. Ao período de vigência do orçamento denomina-se exercício financeiro. No nosso país, de
acordo com o art. 34 da Lei nr. 4.320, o exercício financeiro coincide com o ano civil: 1º de Janeiro a 31
de Dezembro.
UNIDADE - o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento e não mais que
um para cada exercício financeiro. Com isso visa-se eliminar a existência de orçamentos paralelos.
UNIVERSALIDADE - o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas referentes
aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. (Art. 165, §
5º da Constituição Federal).
EXCLUSIVIDADE - de acordo com este principio, o orçamento deve conter apenas matéria
orçamentária e não cuidar de assuntos estranhos, o que, aliás, está previsto no Art.165 da Constituição.
Exceção feita à autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito.
ESPECIFICAÇÃO - este princípio tem por escopo vedar as autorizações globais, ou seja, as
despesas devem ser classificadas com um nível de desagregação tal que facilite a análise por parte das
pessoas. De acordo com o Art.15 da Lei nº4.320, a discriminação da despesa far-se-á, no mínimo por
elemento (pessoal, material, serviços, obras, etc..).
PUBLICIDADE - define esse princípio que o conteúdo orçamentário deve ser divulgado através
dos veículos oficiais de comunicação/divulgação para conhecimento público e para a eficácia de sua
validade que é o princípio exigido para todos os atos oficiais do governo. No caso especifico a
publicação deve ser feita no Diário Oficial do Estado; e
EQUILIBRIO - pelo princípio do equilíbrio se entende que, em cada exercício financeiro, o
montante da despesa não deve ultrapassar a receita prevista para o período. O equilíbrio não é uma
regra rígida, embora a ideia de equilibrar receitas continue ainda sendo perseguida, principalmente a
médio ou longo prazos.

3. Ciclo Orçamentário
3.1. Conceito
O ciclo orçamentário, também conhecido como processo orçamentário, pode ser definido como
um processo de caráter contínuo e simultâneo, através do qual se elabora, aprova, executa, controla e
avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físicos e financeiro. Envolve um
período muito maior que o exercício financeiro, uma vez que abrange todas as fases do processo.
Exercício financeiro é o espaço de tempo compreendido entre primeiro de janeiro e trinta e um de
dezembro de cada ano, no qual se promove a execução orçamentária.
O art.34 da Lei nº 4.4320/64 determina que o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, e o
art.35 desse mesmo dispositivo legal trata que: “pertencem ao exercício financeiro as receitas nele
arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas”. É o regime misto da Contabilidade Pública,
de caixa para as Receitas e de competência para as Despesas.

3.2. Elaboração da Proposta Orçamentária


Preliminarmente, observa-se que o orçamento-programa anual é um instrumento de nível
operacional, ou seja, de curto prazo, do governo. Ressalte-se, no entanto, que ele se insere nas políticas
de médio e longo prazo do País.
A elaboração da proposta orçamentária leva em consideração, dentre outros aspectos, os
seguintes: as metas e prioridades da Administração Pública Estadual para o exercício; as orientações
para os orçamentos anuais do Estado; os limites para elaboração das propostas orçamentárias de cada
Poder; disposições relativas às despesas com pessoal; disposições sobre alterações na legislação
tributária; e política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Cada órgão deve orientar e consolidar as propostas orçamentárias de suas unidades em
conformidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e as instruções estabelecidas pela Secretaria de
Orçamento Federal – SOF, que definem os prazos para o seu recebimento e consolidação.
A Secretaria de Planejamento Estadual, tem a função de consolidar as propostas orçamentárias
de todos os órgãos dos Poderes do Estado e de elaborar o projeto de lei correspondente que será
submetido ao Governador para encaminhamento à Assembleia Legislativa para discussão e votação.

3.3. Condições para o Início da Execução Orçamentária


Existem alguns pré-requisitos básicos para o início da execução dos créditos orçamentários,
indicados a seguir:

3.3.1. Lei Orçamentária


A Lei-de-meios ou orçamento anual, publicado para o exercício, determina a dotação ou crédito de
cada unidade orçamentária, por projeto/atividade.
3.3.2. Quadro de Detalhamento de Despesas – QDD
Através de Portaria, publicada no DOE, a Secretaria de Planejamento Estadual detalha as
despesas constantes da Lei Orçamentária por projeto/atividade e por natureza da despesa.
Publicada a Lei Orçamentária, o respectivo QDD e observadas as normas de execução
orçamentária e de programação financeira do Estado para o exercício, tem-se o início da execução
orçamentária. Cumpridas essas formalidades, as Unidades Orçamentárias podem movimentar os
créditos que lhe tenham sido consignados, independentemente da existência de saldo bancário ou de
recursos financeiros.

4. Natureza Jurídica do Orçamento.


Apesar de todas as divergências existentes na doutrina, hoje é posição dominante, conforme já
decidiu reiteradas vezes o próprio STF, considerar o orçamento como uma lei formal, que apenas prevê
as receitas públicas e autoriza os gastos, não criando direitos subjetivos nem modificando as leis
tributárias e financeiras.
Sendo uma lei formal, a simples previsão de despesa na lei orçamentária anual não cria direito
subjetivo, não sendo possível se exigir, por via judicial, que uma despesa específica prevista no
orçamento seja realizada.
Podemos então dar as seguintes características para a lei orçamentária:
É uma lei formal – formalmente o orçamento é uma lei, mas, conforme vimos acima, em vários
casos ela não obriga o Poder Público, que pode, por exemplo, deixar de realizar uma despesa
autorizada pelo legislativo. Dizemos assim que o orçamento é uma lei formal, pois diversas vezes deixa
de possuir uma característica essencial das leis: a coercibilidade.
É uma lei temporária – a lei orçamentária tem vigência limitada (um ano).
É uma lei ordinária – todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias. Os
créditos suplementares e especiais também são aprovados como leis ordinárias.
É uma lei especial – possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria específica.

5. Espécies de Orçamento.
5.1. Orçamento Clássico ou Tradicional.
O orçamento tradicional ou clássico era aquele onde constavam apenas a fixação da despesa e a
previsão da receita, sem nenhuma espécie de planejamento das ações do governo. Era peça meramente
contábil – financeira, um documento de previsão de receita e de autorização de despesas.
Neste tipo de orçamento não havia preocupação com a realização dos programas de trabalho do
governo, preocupando-se apenas com as necessidades dos órgão públicos para realização das suas
tarefas, sem se questionar sobre objetivos e metas.

5.2. Orçamento de Desempenho ou por Realizações.


Uma evolução do orçamento clássico foi o chamado orçamento de desempenho ou por
realizações. Neste tipo de orçamento, o gestor começa a se preocupar com o resultado dos gasto e não
apenas com o gasto em si, ou seja, preocupa-se agora em saber “as coisas que o governo faz e não as
coisas que o governo compra”. Apesar de ser um passo importante, o orçamento de desempenho ainda
se encontra desvinculado de uma planejamento central das ações do governo.
5.3. Orçamento- Programa.
O orçamento - programa foi introduzido no Brasil através da Lei 4320/64 e do decreto – lei 200/67.
O orçamento – programa pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento de
planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e
atividades, além dos estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bem como a
previsão dos custos relacionados.
A CF/88 implantou definitivamente o orçamento - programa no Brasil, ao estabelecer a
normatização da matéria orçamentária através do PPA, da LDO e da LOA, ficando evidente o extremo
zelo do constituinte para com o planejamento das ações do governo.

5.4. Orçamento de Base Zero ou por Estratégia.


Técnica utilizada para a confecção do orçamento – programa, consiste basicamente em uma
análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Neste tipo de abordagem,
na fase de elaboração da proposta orçamentária, haverá um questionamento acerca das reais
necessidades de cada área, não havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotação.
Os órgão governamentais deverão justificar anualmente, na fase de elaboração da sua proposta
orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo.

5.5. Orçamento Participativo (OP).


É um mecanismo governamental de democracia participativa que permite aos cidadãos influenciar
ou decidir sobre os orçamentos públicos, geralmente o orçamento de investimentos de prefeituras
municipais, através de processos de participação cidadã. Esses processos costumam contar com
assembleias abertas e periódicas e etapas de negociação direta com o governo.
Com diferentes metodologias em cada município em que o OP é executado, suas assembleias
costumam ser realizadas em sub-regiões municipais, bairros ou distritos, em discussões temáticas e/ou
territoriais, elegendo também delegados que representarão um tema ou território nas negociações com o
governo.
Esses delegados formam um Conselho anual que além de dialogar diretamente com os
representantes da prefeitura sobre a viabilidade de executar as obras aprovadas nas assembleias,
também irão propor reformas nas regras de funcionamento do programa e definirão as prioridades para
os investimentos, de acordo com critérios técnicos de carência de serviço público em cada área do
município.

6. Instrumentos Orçamentários
6.1. Leis Orçamentárias
A Constituição Federal de 1988, em seu art.165, prevê 03 (três) leis orçamentárias:
• PPA – Plano Plurianual.
• LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias.
• LOA – Lei Orçamentária Anual.
A LOA, por sua vez, nos termos do art. 165, § 5º, compreenderá:
• OF – Orçamento Fiscal.
• OI – Orçamento de Investimentos.
• OSS – Orçamento da Seguridade Social.
6.1.1. PPA – PLANO PLURIANUAL
Art. 165, § 1º da CF/88 – “A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”.
Diretrizes são as orientações e os macro objetivos que indicam o caminho definido pelo Plano de
Governo responsável pela elaboração do PPA. Como exemplos podemos citar “A melhoria das
condições de Saúde no Município do Rio de Janeiro”.
Objetivos, sempre mensuráveis por um indicador, expressa um resultado sobre o público alvo,
descrevendo a finalidade de um programa, com concisão e precisão. O enunciado de um objetivo é
sempre caracterizado pela presença de um verbo de ação, no infinitivo, que complete a assertiva “Este
programa deverá ser capaz de ...” Exemplo: “Diminuir a mortalidade infantil na localidade X”.
Ações (Metas) são um conjunto de operações cujos produtos contribuem para os objetivos do
programa. Por exemplo: Para se reduzir a mortalidade infantil no bairro X, serão necessárias as
realizações de diversas ações, tais como “Execução da rede de esgoto do bairro”; “executar campanha
de vacinação em massa em crianças de 0 a 5 anos”; “Promover a construção de moradias dignas e
extinção de palafitas”, etc.

6.1.2. LDO – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS


Art. 165, § 2º da CF/88 – “A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agencias financeiras oficiais de fomento”.

6.1.3. LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL


Art. 165, § 5º da CF/88 – “a lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público.”

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Segue abaixo algumas considerações extraídas do livro Direito Financeiro e Controle Externo, do
Prof. Valdecir Pascoal, editora Impetus, relativas à LOA:
- A LOA deverá estar compatível com o PPA e com a LDO.
- A respectiva lei corresponde, na verdade, a 03 (três) suborçamentos (CF, artigo 165, 5º):
a) Orçamento fiscal de toda a Administração Pública, Direta e Indireta (todos os Poderes,
Ministério Público, Tribunal de Contas, órgãos, Autarquias, Fundações Públicas, Empresas
Públicas e Sociedades de economia Mista), englobando a despesa e a receita de toda a
Administração Pública para um exercício financeiro, menos os investimentos de empresas estatais
e as receitas e despesas relativas à seguridade social;
b) Orçamento de investimentos das empresas em que o Poder Público, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto (empresas públicas e sociedades de economia
mista);
c) Orçamento da seguridade social (saúde, previdência e assistência social), que abrangerá
todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração Direta ou Indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. A razão da desvinculação dessas
ações do orçamento fiscal para um suborçamento especifico da seguridade social é a garantia de
que esses recursos não serão desviados para qualquer fim, como aconteceu durante muitos anos
no Brasil, gerando o déficit na previdência pública. Visa, pois, a conferir transparência à gestão da
seguridade social.

UNIDADE II – RECEITA E DESPESA PÚBLICA


1. Conceitos Financeiros
ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO (OGE) – instrumento de Governo, de administração, de
efetivação e de execução dos planos gerais de desenvolvimento sócio-econômico.
ÓRGÃO - para fins de contabilidade pública é aquele cujo principal objetivo é a segregação das
informações no âmbito do Estado, sendo classificados em Superiores e Subordinados.
ÓRGÃO SUPERIOR - para efeito de sistema, é considerado Órgão Superior aquele pertencente a
administração direta que tenha entidades por ele supervisionadas ou outras unidades da administração
direta sob sua supervisão.
Exemplos: Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Ministério Público.
ÓRGÃO SUBORDINADO - são as entidades da administração indireta (autarquias, fundações,
empresas públicas e sociedades de economia mista).
Exemplo: Fundação Universidade de Pernambuco, DETRAN etc.
SUBÓRGÃO - tem por objetivo a agregação de informações para a obtenção de dados gerenciais
quando se tem o desdobramento de diversas unidades gestoras dentro de um mesmo órgão.
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA - repartição da Administração a quem o orçamento consigna
dotações específicas para a realização de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder
de disposição.
Exemplo: Secretaria de Defesa Social
UNIDADE ADMINISTRATIVA – repartição pública da Administração Direta não contemplada
nominalmente no Orçamento, dependendo, por isso, de provisão de créditos para execução dos projetos
ou atividades a seu cargo.
UNIDADE GESTORA - unidade investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros,
próprios ou sob descentralização.
Exemplo: Polícia Militar (390401), Corpo de Bombeiros, Polícia Civil etc.
GESTÃO - denomina-se gestão o ato de gerir a parcela do patrimônio de uma Unidade Gestora,
Entidade Supervisionada, Órgão ou Fundo que, tendo ou não personalidade jurídica própria, requeira
demonstrações, acompanhamentos e controles distintos.
Exemplo: 0001- Administração Direta
PROGRAMA DE TRABALHO - é representado por uma estrutura (funcional programática) que
permite a elaboração e a execução orçamentária, bem como o controle e acompanhamento dos planos
definidos pela instituição, para ser exercido em um determinado período. Essa estrutura, formada por 17
dígitos tem a seguinte composição:
Função: XX
Subfunção: XXX
Programa: XXXX
Projeto/Atividade/e Subtítulo: XXXX/XXXX.
Exemplo: 04 122 0750 2000 0001
04 > Função: Administração
122 > Subfunção: Administração Geral
0750 > Programa: Apoio Administrativo
2000 > Atividade:
0001 >
PROGRAMA DE TRABALHO RESUMIDO - PTRES - corresponde à codificação própria e
resumida do Programa de Trabalho, de forma a facilitar e agilizar sua utilização, sendo que a
combinação de cada PT se dá com a Unidade Orçamentária. Essa codificação é automaticamente
atribuída pelo sistema para cada Programa de Trabalho.
Exemplo: 962481
FONTE DE RECURSOS - indica a aplicação dos recursos orçamentários alocados em cada Órgão
e destinados à manutenção das atividades e projetos programados.
Ex: 0100 - Recursos do Tesouro Nacional:
0250 - Recursos Próprios.
PLANO INTERNO - é o instrumento de planejamento e de acompanhamento das ações do Órgão,
usado como forma de detalhamento específico para cada Projeto ou Atividade, de uso exclusivo de cada
Órgão. Um plano interno tem como características principais:
1. especificar quais Projetos ou Atividades deverão ter seus créditos detalhados a esse nível, de
acordo com autorização da STE - Secretaria do Tesouro Estadual, em atendimento ao pedido do
respectivo Órgão;
2. a inclusão de Plano Interno é efetuada pela Unidade Setorial de Orçamento de cada Órgão;
3. os códigos de Plano Interno poderão ter até 11 (onze) posições alfanuméricas.
ORDENADOR DE DESPESA – autoridade com atribuições definidas em ato próprio entre as quais
as de movimentar créditos orçamentários, empenhar despesas e efetuar pagamentos.
CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO – programação de utilização de recursos realizada pelos
órgãos setoriais do sistema de programação financeira, mediante previsão efetuada pelas Unidades
Orçamentárias, que evidencia as necessidades para o desenvolvimento dos respectivos programas, em
cotejo com o esperado comportamento da receita do Tesouro.

2. Programação Financeira (Lei Estadual 7.741)


Fica o Poder Executivo autorizado a elaborar a Programação Financeira do Estado, visando a
compatibilização da execução orçamentária da despesa do exercício e da liquidação de resíduos
passivos provenientes de exercícios anteriores, com o fluxo de ingresso das receitas (Art. 45).
Programação Financeira pode ser alterada em razão de modificações conjunturais que afetem a
receita ou a despesa, bem como, em face das necessidades de correção do processo de execução
orçamentária (Art. 46).
A Programação Financeira do Estado será elaborada anualmente com o objetivo de :
I - atender prioridades da programação governamental;
II - fixar as quotas mensais que cada unidade orçamentária poderá dispor para a realização de seu
orçamento;
III - impedir a realização de despesas acima das disponibilidades de caixa;
IV - disciplinar os pedidos de liberação de recursos por parte das unidades executoras dos
programas;
V - permitir o controle financeiro da execução orçamentária;
VI - manter, durante o exercício, o equilíbrio entre receita arrecadada e despesa realizada, visando
reduzir ao mínimo a geração de resíduos passivos.
§ 1º A Programação Financeira Anual será estabelecida mediante decreto do Poder Executivo,
contendo cronograma de ingressos e desembolsos de recursos, desagregada em quotas mensais.
§ 2º O cronograma de desembolso deverá estar aprovado até o dia 31 de dezembro do exercício
anterior.
§ 3º Fixada a Programação Financeira, a liberação das quotas será efetuada mensal ou
trimestralmente, a critério do Chefe do Poder Executivo (Art. 47).
Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá
a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. (Art. 8º da LRF).
§ único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente
para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o
ingresso.
Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os
Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de
diretrizes orçamentárias (Art. 9º da LRF).

3. Considerações sobre Receitas e Despesas Públicas


Considera-se Receita Pública todo recurso recebido pelo Estado.
Considera-se Despesa Pública todo recurso pago pelo Estado.
As Receitas e Despesas Públicas desdobram-se em:
• Orçamentárias; e
• Extra-orçamentárias
As Receitas Orçamentárias são os recebimentos previstos na legislação orçamentária, pertencem
ao Estado e destinam-se a atender às Despesas Orçamentárias autorizadas (Lei Orçamentária e
Créditos Adicionais).
A Receita Orçamentária pode ser classificada por fonte de recursos e pela classificação
econômica estabelecida na Lei nº 4.320/64.
As Receitas e Despesas Extra-orçamentárias são, respectivamente, os recebimentos e
pagamentos de recursos:
• que não pertencem ao Estado, tais como cauções, consignações, vencimentos não
reclamados, depósitos de terceiros, etc;
• ou que, pela sua natureza, não constituem receitas ou despesas orçamentárias, tais como
operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) e Restos a Pagar.
3.1. Classificação da Despesa Orçamentária
As Despesas Orçamentárias podem ser classificadas segundo vários critérios, de acordo com a
legislação pertinente, como veremos a seguir (Lei nº 4.320/64 e Portarias da Secretaria de Orçamento e
Finanças - SOF, do Governo Federal).
3.1.1. Institucional
A despesa é classificada por Órgãos e Unidades Orçamentárias, o que permite observar se os projetos e
atividades que lhe são atribuídos se ajustam à sua competência legal e estão condizentes com a sua
natureza jurídica e estrutura institucional e operacional. Adicionalmente, possibilita uma melhor visão da
distribuição das verbas orçamentárias.
Exemplo

Órgão: 1000 GOVERNADORIA DO ESTADO


Unidades Orçamentárias:
11010 Gabinete do Governador
11020 Governadoria do Estado - Administração Supervisionada
11030 Gabinete do Vice-Governador
11070 Assessoria Especial do Governador

3.1.2. Natureza
A despesa é classificada segundo as categorias econômicas e seus desdobramentos.
A especificação da despesa quanto a sua natureza, adotada pelo Estado de Pernambuco, é a
estabelecida pela Portaria SOF- nº 35, de 01/08/89, e alterações posteriores, que conjuga tabelas de
categorias econômicas, grupos de despesa, modalidades de aplicação e elementos de despesa.
De acordo com esse critério, a despesa é identificada por um conjunto de seis dígitos, assim
distribuídos:

Categoria econômica
Grupo de despesa
Modalidade de Aplicação
Elemento

X.X.XX.XX

Exemplo: A despesa referente à compra de combustível será assim classificada:


3.4.90.30 , onde:

3 significa despesa corrente (categoria econômica);


4, outras despesas correntes (grupo de despesa);
90, aplicações diretas (modalidade de aplicação);
30, material de consumo (elemento)

As tabelas para classificação da despesa por categoria econômica, grupo de despesa, modalidade
de aplicação, elemento e subelemento constam do manual Classificação da Despesa, periodicamente
revisto e atualizado pela Secretaria da Fazenda de Pernambuco-SEFAZ/PE.

3.1.3. Fonte de Recursos


A despesa é classificada de acordo com a fonte de receita que a financia, ou seja a origem dos
recursos. Entre as diversas fontes utilizadas, destacam-se as seguintes:
000 – Recursos do Tesouro;
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
010 – Recursos Ordinários: recursos do Tesouro Estadual, compreendendo receitas internas do
Estado, transferências federais de origem tributária e outras não incluídas nas demais fontes;
020 – Recursos de Convênios a Fundo Perdido: decorrentes de convênios a fundo perdido,
celebrados pelo Estado com outras entidades de direito público ou privado, sem contraprestação de
bens ou serviços;
030 – Recursos de Operações de Crédito: decorrentes de empréstimos internos ou externos
celebrados pelo Estado com outras entidades direito público ou privado;
040 – Recursos Diretamente Arrecadados (RDA): originários de arrecadação de órgãos estaduais
e que retornam às entidades arrecadadoras para aplicação em seus programas de trabalho (taxas,
aluguéis, receitas de serviço, dividendos, etc.);
050 – Recursos do Salário Educação – transferências da União, decorrentes da parte que cabe ao
Estado nas contribuições do Salário-Educação;
060 – Recursos de Compensações Financeiras – decorrentes de compensações financeiras pagas
pelas concessionárias ao Estado, pela utilização de recursos hídricos, exploração de recursos minerais e
extração de óleo bruto, xisto betuminoso e gás.
ADMINISTRAÇÃO SUPERVISIONADA (Transferências recebidas por Autarquias, Sociedades de
Economia Mista, Empresas Públicas, Órgãos Autonômos, Fundos e Fundações instituídas pelo Poder
Público) :
Idem, a mesma classificação da Administração Direta.

3.1.4. Funcional - Programática

A despesa é classificada por Função, Programa, Subprograma e Projeto ou Atividade, obedecendo


à seguinte estrutura de codificação:

Função
Programa

Subprograma

Projeto/Atividade

XX.XXX.XXXX.XXXX

onde,
Função – representa o maior nível de agregação das ações do Governo;
Programa – é o desdobramento da função, pelo qual se estabelecem produtos finais que
concorrem para a solução dos problemas da sociedade;
Subprograma – representa os objetivos parciais, identificáveis dentro de um programa; e
Projeto/atividade – são a materialização dos objetivos dos programas e subprogramas.

Exemplo:
Na classificação Funcional-Programática definida por 01.002.0021.1205,
01 representa a Função Legislativa;
002, o Programa Fiscalização Financeira e Orçamentária Externa;
0021, o Subprograma Controle Externo; e
1205, o Projeto Construção e Melhoria das Instalações do Órgão
Essa classificação, no entanto, será alterada já a partir do ano 2000 nos orçamentos da União,
dos Estados e do Distrito Federal, conforme estabelece a Portaria nº 42, de 14/4/99, do Ministro de
Estado do Orçamento e Gestão.
A nova classificação terá a seguinte estrutura:

Função

Subfunção

Programa
Projeto/Atividade/
Operações Especiais

XX.XXX.XXXX.XXXX

“Art. 1º As funções a que se refere o art. 2o, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964,
discriminadas no Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes
do Anexo que acompanha esta Portaria.
...................................
§ 1º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de
despesa que competem ao setor público.
...................................
§ 3º A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado
subconjunto de despesa do setor público.
..................................
Art. 2º Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por:
a) Programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização
dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual;
b) Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa,
envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que
concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo;
c) Atividade, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa,
envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das
quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo;
d) Operações Especiais, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de
governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de
bens ou serviços.” (Portaria Nº 42, de 14 de abril de 1999)

4. Estágios da Realização da Despesa

4.1. Empenho
“O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado
obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.” (Lei nº 4.320/64, art. 58)
“É vedada a realização de despesa sem prévio empenho ou acima do limite dos créditos
orçamentários concedidos” (Lei nº 7.741, art. 142).
O Empenho será formalizado por meio da emissão de um documento denominado Nota de
Empenho (NE), onde são especificados, entre outros, os seguintes campos:
• data de emissão, número da NE e código do evento;
• identificação da Unidade Gestora emitente;
• nome, CGC ou CPF, e endereço do credor;
• programa de trabalho, natureza da despesa, fonte dos recursos e valor da despesa;
• modalidade de Empenho;
• modalidade de Licitação, ou sua dispensa ou inexigibilidade, referência legal, número do
processo e especificação;
• NE de referência, no caso de reforço ou anulação;
• cronograma de desembolso;
• especificação do objeto da despesa, quantidade e preços unitários e total;
• tipo de Empenho;
• assinatura do servidor responsável pela emissão da NE;
• assinatura do Ordenador de Despesa/preposto;
• assinatura do responsável pelo atestado de recebimento do material/prestação do serviço.
Evento é o instrumento utilizado pelas Unidades Gestoras no preenchimento de telas e/ou
documentos de entrada no EFISCO, para transformar atos e fatos administrativos rotineiros em registros
contábeis automáticos.
O código do Evento é composto de seis algarismos, assim estruturados: XX.X.XXX , onde:
• os dois primeiros algarismos identificam a Classe, ou seja, o conjunto de Eventos de uma
mesma natureza de registro (exemplo: os Eventos da Classe 40 registram a emissão de
Empenhos; os da Classe 51, a apropriação da despesa no estágio da Liquidação; os da Classe
52, as obrigações e retenções para pagamento posterior; e os da Classe 53, a liquidação dessas
obrigações com o respectivo pagamento);
• o terceiro algarismo identifica o Tipo de Utilização do Evento (exemplo: 0 quando utilizado
diretamente pelo Gestor; 1, quando se tratar de Evento interno do próprio EFISCO, também
chamado Evento de máquina; e 5, para estorno de Evento do Gestor); e
• os três últimos algarismos indicam a numeração sequencial dos Eventos.
Exemplos:
52.0.214 - Evento utilizado pelo Gestor para o registro de obrigações com Fornecedores ;
52.0.314 – Idem, para a liquidação (pagamento) de obrigações com Fornecedores.

Modalidades do Empenho:
De acordo com as características da despesa, são definidas três modalidades de Empenho:
Empenho Ordinário
Destinado a despesa cujo valor se conhece e que será pago em uma única parcela.
Exemplo: Aquisição de um bebedouro, pago em uma única vez
Empenho Estimativo
É utilizado nos casos em que não é possível a determinação prévia do valor exato da despesa,
podendo o pagamento ser efetuado em uma única vez, ou parceladamente. Por essa razão, estima-se
um valor e se estabelece um cronograma de pagamento.
Exemplo: pagamento de contas de energia elétrica, água e telefone.
A cada parcela do Empenho Estimativo a ser paga, acontece uma transação de Liquidação Parcial
desse Empenho e a emissão de uma Ordem de Pagamento. Constatada a insuficiência do valor
estimado para atender à despesa empenhada, admite-se a sua complementação mediante o reforço do
Empenho. Trata-se de um novo Empenho cujo valor é acrescentado ao valor do Empenho Estimativo.
Convém ressaltar que, como em qualquer caso de reforço de Empenho, é obrigatória a existência de
saldo no Empenho a ser reforçado.
Empenho Global
Utilizado nos casos de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujo montante de
pagamento é previamente conhecido.
Exemplo: Despesa com locação de imóvel

4.2. Liquidação

A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os
títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, com o fim de apurar:
I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
II - a importância exata a pagar;
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação. (Lei nº 7.741/78, art. 146)
A liquidação da despesa terá por base:
I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II - a nota de empenho;
III - os comprovantes de entrega do material ou da prestação efetiva do serviço, que serão
apresentados no original.” (Lei nº 7.741/78, art. 147)
No EFISCO, a Liquidação é formalizada por meio de Nota de Lançamento (NL), com o Evento tipo
51.0.XXX. Neste procedimento, a despesa é classificada até o nível de subelemento, ou seja, com a
seguinte estrutura de codificação:
X.X.XX.XX.XX , onde:
O primeiro algarismo indica a Categoria Econômica;
O segundo indica o Grupo de Despesa;
O terceiro e o quarto indicam a Modalidade de Aplicação;
O quinto e o sexto indicam o Elemento; e
O sétimo e o oitavo indicam o Subelemento.
O Ordenador da Despesa aprovará a Liquidação assinando a Nota de Liquidação obtida por meio
de transação no EFISCO, após ter visado os documentos comprobatórios da despesa.

4.3. Pagamento
Consiste na quitação do valor devido ao credor, extinguindo dessa forma a obrigação. Antes de
sua efetivação, faz-se necessária a ordem de pagamento (PAGUE-SE) dada pelo Ordenador.
Nos pagamentos efetuados por meio de processamento eletrônico, a autorização para o
pagamento (PAGUE-SE) é formalizada pela assinatura do Ordenador da Despesa no campo Autorização
de Pagamento do documento obtido por meio de transação no EFISCO, antes de sua autorização na
Relação de Ordens Bancárias Externas (RE), a ser remetida ao banco.
Os pagamentos realizados pelas Unidades Gestoras (UG) por meio de Ordem Bancária emitida
por processamento eletrônico podem ser efetuados nas seguintes modalidades:
Ordem Bancária de Pagamento (OBP) - destinada a pagamentos ao portador, nas seguintes
hipóteses:
• para pagamentos até R$ 600,00 (seiscentos reais), podendo ser acatada pelo Banco Real a
partir da data de sua emissão;
• para pagamento até o limite de 20.000 (vinte mil) UFIR’s, devendo ser acatada pelo Banco
Real a partir de 24 (vinte e quatro) horas após a data de sua emissão;
• excepcionalmente, para pagamentos acima de 20.000 (vinte mil) UFIR’s, desde que seja
autorizada pelo Diretor de Controle do Tesouro Estadual (DCTE), ou pelo Diretor Executivo de
Administração Financeira do Estado - DAFE, devendo ser acatada pelo Banco Real a partir da
data de sua emissão” (Portaria SF nº 241/96).
Em qualquer caso, a validade da OBP é de 15 (quinze) dias a contar da data de sua emissão.
Findo esse prazo, será cancelada automaticamente.
Ordem Bancária de Crédito (OBC) - emitida para pagamentos a credores que são correntistas do
banco onde o Estado centraliza a movimentação financeira dos seus recursos (atualmente, o Banco
Real). Quando o credor não tem conta corrente no Banco Real, ou prefere receber seu pagamento em
outro banco, o Banco Real transfere o valor da OBC para o banco e agência por ele indicados,
deduzindo do total o valor correspondente à prestação do serviço bancário.
Ordem Bancária de Banco (OBB) - utilizada nos casos em que há necessidade de autenticação
mecânica no extrato de pagamento da despesa, como acontece com a quitação das contas de água, luz
e telefone.

5. Estágios da Realização da Receita


Para melhor compreensão do processo orçamentário, pode-se dividir a gestão da receita
orçamentária em três etapas:
• Planejamento;
• Execução; e
• Controle e avaliação.

5.1. Planejamento
Compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da Lei Orçamentária
Anual – LOA, resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições
constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

5.1.1. Metodologia de Projeção das Receitas Orçamentárias


No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas orçamentárias adotada está baseada na
série histórica de arrecadação das mesmas ao longo dos anos ou meses anteriores (base de cálculo),
corrigida por parâmetros de preço (efeito preço), de quantidade (efeito quantidade) e de alguma
mudança de aplicação de alíquota em sua base de cálculo (efeito legislação). Esta metodologia busca
traduzir matematicamente o comportamento da arrecadação de uma determinada receita ao longo dos
meses e anos anteriores e refleti-la para os meses ou anos seguintes, utilizando-se de modelos
matemáticos. A busca deste modelo dependerá em grande parte da série histórica de arrecadação e de
informações dos Órgãos ou Unidades Arrecadadoras, que estão diretamente envolvidas com a receita
que se pretende projetar.
De modo geral, a metodologia utilizada varia de acordo com a espécie de receita orçamentária que
se quer projetar. Assim, para cada receita deve ser avaliado o modelo matemático mais adequado para
projeção, de acordo com a série histórica da sua arrecadação. Se necessário, podem ser desenvolvidos
novos modelos.
A projeção das receitas é fundamental na determinação das despesas, pois é a base para a
fixação destas na Lei Orçamentária Anual, na execução do orçamento e para a determinação das
necessidades de financiamento do Governo. Além disso, é primordial sua análise na concessão de
créditos suplementares e especiais por excesso de arrecadação.
Uma das formas de projetar valores de arrecadação é a utilização de modelos incrementais na
estimativa das receitas orçamentárias. Esta metodologia corrige os valores arrecadados pelos índices de
preço, quantidade e legislação, da seguinte forma:
Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de quantidade) x (efeito legislação), onde:
Projeção - é o valor a ser projetado para uma determinada receita, de forma mensal para atender
à execução orçamentária, cuja programação é feita mensalmente.
Base de cálculo - É obtida por meio da série histórica de arrecadação da receita e dependerá do
seu comportamento mensal. A base de cálculo pode ser:
• a arrecadação de cada mês (arrecadação mensal) do ano anterior;
• a média de arrecadação mensal do ano anterior (arrecadação anual do ano anterior dividido
por doze);
• a média de arrecadação mensal dos últimos doze meses (média móvel dos últimos doze
meses, que corresponde à arrecadação total dos últimos doze meses dividido por doze);
• a média trimestral de arrecadação ao longo de cada trimestre do ano anterior;
• a média de arrecadação dos últimos meses do exercício;
A escolha dos modelos de projeção dependerá fortemente do comportamento da arrecadação ao
longo dos meses, isto é, dependerá da série histórica de arrecadação. Por exemplo: uma série histórica
sazonal perderá os efeitos de sazonalidades se for utilizada como base de cálculo a média de
arrecadação, já que esta última igualará todos os valores mensais projetados da receita, não refletindo
adequadamente o comportamento da sua série histórica. Neste caso, é preferível usar como base de
cálculo a arrecadação individualizada mês a mês e estimá-la para os meses respectivos do ano
seguinte, obtendo dessa forma uma projeção sazonalizada.
Em certos casos ocorrem atipicidades na arrecadação de determinada receita, que devem ser
eliminadas na projeção uma vez que são arrecadações não regulares. Este alinhamento da série deve
ocorrer também em casos de mudança de arrecadação de uma natureza de receita para outra. Por
exemplo, nos primeiros meses de um dado ano, uma receita era arrecadada na natureza 1321.00.00 –
“Juros de Títulos de Renda” e no mês de julho passa a ser arrecadada na natureza de receita
1325.00.00 – “Remuneração de Depósitos Bancários”. Na projeção do ano seguinte da natureza de
receita 1325.00.00 devem ser consideradas as arrecadações na natureza antiga, a fim de não se perder
a série histórica inicial.
Índice de preços – É o índice que fornece a variação média dos preços de uma determinada
cesta de produtos. Existem diversos índices de preços nacionais ou mesmo regionais como o IGP-DI, o
INPC, o IPCA, a variação cambial, a taxa de juros, a variação da taxa de juros, dentre outros. Estes
índices são divulgados mensalmente por órgãos oficiais como: IBGE, Fundação Getúlio Vargas e Banco
Central e são utilizados pelo Governo Central para projeção de índices futuros.
A escolha do índice dependerá do fato gerador da receita que se está projetando.
Por exemplo, ao se projetar uma receita de juros não é adequado o uso de um índice de inflação,
mas a variação anual ou mensal dos juros. Da mesma forma, ao se projetar uma receita contratual, seria
interessante verificar se a mesma depende de preços internacionais, ou não. Caso dependa, poderá ser
corrigida pela variação cambial, atrelada à moeda em que geralmente são feitos os contratos daquela
empresa ou cotados os produtos daquela empresa, por exemplo, o Dólar, ou o Euro. Isso ocorre, por
exemplo, com receitas industriais. Caso não dependa, como ocorre com as receitas de aluguéis, deve-se
verificar qual o índice adotado para a correção dos mesmos (IGP-DI, INPC, IPCA, etc.).
Uma das formas de se saber qual o melhor índice de preços é através do cálculo da correlação
entre a arrecadação da receita e do índice mensal. Se houver forte correlação, existem evidências de
que a arrecadação varia de acordo com aquele índice de preços. Pode acontecer, também, de inexistir
correlação entre o índice e a arrecadação da receita.
Índice de quantidade - É o índice que fornece a variação média na quantidade de bens de um
determinado segmento da economia. Está relacionado à variação física de um determinado fator de
produção. Como exemplos, pode-se citar o Produto Interno Bruto Real do Brasil – PIB real; o
crescimento real das importações ou das exportações; a variação real na produção mineral do país; a
variação real da produção industrial; a variação real da produção agrícola; o crescimento vegetativo da
folha de pagamento do funcionalismo público federal; o crescimento da massa salarial; o aumento da
arrecadação como função do aumento do número de fiscais no país; o aumento da arrecadação como
função do incremento tecnológico; o aumento do número de alunos matriculados em uma escola; e
assim por diante. Da mesma forma que o índice de preços, a escolha deste índice dependerá do fato
gerador da receita e da correlação entre a arrecadação e o índice a ser adotado.
Efeito legislação - Leva em consideração a mudança na alíquota ou na base de cálculo de alguma
receita, em geral, tarifas públicas e receitas tributárias, decorrentes de ajustes na legislação ou nos
contratos públicos. Por exemplo, se uma taxa de polícia aumentar a sua alíquota em 30% decorrente de
alteração na legislação, deve-se considerar este aumento como sendo o efeito legislação, e será parte
integrante da projeção da taxa para o ano seguinte. Deve-se verificar, nestes casos, se o aumento
obedecerá ou não o princípio da anterioridade, estabelecido na Constituição Federal, art. 150, inciso III,
alínea b.

5.1.2. Execução
A Lei nº 4.320/1964 estabelece como estágios da execução da receita orçamentária o
lançamento, a arrecadação e o recolhimento.

5.1.2.1. Lançamento
Segundo o Código Tributário Nacional, art. 142, lançamento é o procedimento administrativo
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a
aplicação da penalidade cabível.
Tendo ocorrido o fato gerador, há condições de se proceder ao registro contábil do direito da
fazenda pública em contrapartida a uma variação patrimonial aumentativa.
Algumas receitas não percorrem o estágio do lançamento, conforme se depreende do art. 52 da
Lei nº 4.320/1964:
“São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento
determinado em lei, regulamento ou contrato.”

5.1.2.2. Arrecadação
Realizada pelos contribuintes ou devedores, corresponde à entrega dos recursos devidos ao
Tesouro para os agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente.

5.1.2.3. Recolhimento
É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela
administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando-se o Princípio da
Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente.
5.1.3. Controle e Avaliação
Esta fase compreende a fiscalização realizada pela própria administração, pelos órgãos de
controle e pela sociedade.
O controle do desempenho da arrecadação deve ser realizado em consonância com a previsão da
receita, destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à
sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as
demais medidas para incremento das receitas tributárias e de contribuições.
O controle e a avaliação possuem cronologia própria, pois podem ocorrer de modo prévio,
concomitante, ou posterior às etapas de planejamento e execução.

5.1.4. Cronologia das Etapas da Receita Orçamentária


As etapas da receita orçamentária seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos,
levando-se em consideração o modelo de orçamento existente no país e a tecnologia utilizada. Dessa
forma, a ordem sistemática inicia-se com a previsão e termina com o recolhimento.
Em termos didáticos, a ordem das etapas da Receita Pública Orçamentária é a seguinte:

RECOLHIMENTO
PREVISÃO LANÇAMENTO ARRECADAÇÃO

METODOLOGIA CAIXA BANCOS UNIDADE DE CAIXA

CLASSIFICAÇÃO

DESTINAÇÃO

6. Regime de Execução da Despesa


6.1. Despesa Normal
É aquela em que a própria Unidade Orçamentária realiza todas as etapas do seu processamento.

6.2. Provisão de Crédito Orçamentário


“Art. 137. Em casos excepcionais, devidamente justificados pelo titular da unidade orçamentária,
poderá ser provisionado crédito orçamentário para uma unidade administrativa que lhe seja subordinada.
§ 1º Considera-se provisão de crédito orçamentário a transferência do poder de disposição do
crédito, a uma unidade administrativa pela unidade orçamentária.
§ 2º A justificativa prevista no "caput" deste artigo será feita perante a Secretaria da Fazenda.
§ 3º O titular da unidade orçamentária que provisionar crédito orçamentário será responsável pelo
controle de sua efetiva aplicação pela unidade administrativa.” (Lei nº 7.741)
O Regime de Provisão de Crédito Orçamentário é regulamentado pelo Decreto nº 20.416, de
25.03.98, e depende de autorização prévia do Secretário da Fazenda, em portaria publicada no Diário
Oficial do Estado.
Cada Provisão efetuar-se-á mediante uma Nota de Empenho/ EFISCO, tendo por credora a
Unidade Administrativa beneficiada.
Para cada despesa efetuada à conta da Provisão de Crédito Orçamentário será emitida uma Nota
de Empenho - Modelo Especial, em 3 (três) vias, que terão a seguinte destinação:
1ª via Credor;
2ª via Unidade Administrativa; e
3ª via Prestação de Contas.
O Repasse Financeiro é efetuado por meio de OBC, em conta específica, aberta em nome da
Unidade Administrativa na instituição financeira depositária das disponibilidades de caixa do Estado, nos
termos da legislação pertinente.
O pagamento de despesas pelo regime de Repasse Financeiro deverá ser efetuado por meio de
cheque nominativo contra a conta bancária da Unidade Administrativa provisionada. A emissão do
cheque será efetuada com duas cópias: uma cópia ficará arquivada na Unidade Administrativa, enquanto
a outra será destinada à Prestação de Contas.
“Observado o disposto no artigo 142, da Lei nº 7.741, é vedado à unidade administrativa o
comprometimento de qualquer despesa antes de efetuado o crédito bancário referente à provisão de
crédito orçamentário.” (Decreto nº 20.416, art. 14)
Quando a Unidade Administrativa provisionada não utilizar a totalidade dos recursos, o saldo
remanescente deverá ser recolhido por meio de Guia de Recebimento (GR).
Os recolhimentos realizados no mesmo exercício financeiro da concessão da Provisão deverão
ser efetuados na conta "C" da Unidade concedente, que providenciará a correspondente anulação do
Empenho. Os recolhimentos realizados no exercício seguinte deverão ser efetuados na conta "C" da
DAFE - DCTE da Secretaria da Fazenda.
As despesas realizadas com recursos oriundos de Provisão de Crédito Orçamentário estão
subordinadas às exigências da Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93 e alterações) e passarão
pelos estágios de Empenho, Liquidação e Pagamento.

6.3. Suprimento Individual


Consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de Empenho na dotação
orçamentária própria, a fim de realizar despesas que não possam se subordinar ao processo normal de
execução (Lei nº 7.741/78, art. 157).
São despesas especialmente processáveis pelo regime de Suprimento Individual:
• despesas extraordinárias decorrentes de casos de calamidade pública ou estado de
emergência, dependendo de autorização do Governador do Estado;
• despesas urgentes não compreendidas no item anterior, mas que, pela sua natureza, são
consideradas inadiáveis, dependentes também de autorização do Governador do Estado;
• despesas de custeio que tenham de ser efetuadas em local distante da Sede da unidade, sem
limite de valor;
• despesas de custeio realizadas na Sede, não superiores a 1.800 (hum mil e oitocentas) UFIRs
para a Secretaria da Educação, e não superiores a 600 (seiscentas) UFIRs para as demais
Secretarias. Entende-se como Sede a Região Metropolitana do Recife composta pelos municípios
de Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Itapissuma, Itamaracá, Camaragibe, São
Lourenço da Mata, Moreno, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca e Cabo;
• despesas com diligências policiais ou decorrentes da necessidade de restabelecimento da
ordem pública (Lei nº 7.741/78, art. 159 e incisos, alterada pelas Leis nº 10.664/91 e 11.231/95).
As despesas de custeio de pronto pagamento não superiores a 40 (quarenta) UFIRs estão
dispensadas da apresentação de comprovantes, necessitando apenas serem relacionadas na
Demonstração da Aplicação (contracapa do processo de Prestação de Contas);
Não será concedido Suprimento Individual:
• a servidor que esteja com dois processos de Suprimento pendentes de Prestação de Contas; a
servidor que esteja com processo em exigência na SECGE ou em fase de julgamento no Tribunal
de Contas do Estado (TCE);
• a servidor que, decorridos 90 (noventa) dias a contar da data do recebimento de Suprimento
Individual, ainda não tiver dado a entrada de sua Prestação de Contas na SECGE. Nesse caso,
mesmo que o servidor faça posteriormente a Prestação de Contas, ficará impedido de receber
novo Suprimento pelo prazo de 5 (cinco) anos;
• para despesas cuja Licitação não possa ser dispensada (Lei nº 7.741/78, art. 161, incisos I e
II);
• com recursos repassados por meio de Provisão de Crédito Orçamentário,
ressalvados os casos excepcionais justificados e autorizados em Portaria do
Secretário da Fazenda. (Decreto nº 20.416/98, art. 7º)
“O Suprimento feito para determinado elemento de despesa não poderá ser aplicado em outro
elemento” (Lei nº 7.741, art. 158).

7. Créditos Adicionais Complementares


A autorização legislativa para a realização da despesa constitui crédito orçamentário, que poderá
ser inicial ou adicional.
Por crédito orçamentário inicial, entende-se aquele aprovado pela lei orçamentária anual,
constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.
O orçamento anual consignará importância para atender determinada despesa a fim de executar
ações que lhe caiba realizar. Tal importância é denominada de dotação.
Na lei orçamentária anual, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no
mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação, conforme
estabelece o art. 6º da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2001.
A Lei nº 4.320/1964 apesar de não instituir formalmente o orçamento-programa, introduziu em
seus dispositivos a necessidade de o orçamento evidenciar os programas de governo.
“Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a
política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos aos princípios de
unidade, universalidade e anualidade.”
A partir da edição da Portaria MOG nº 42/1999 aplicada à União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, passou a ser obrigatória a identificação nas leis orçamentárias, das ações em termos de
funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais.
“Art. 4º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de
funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais.”
Dessa forma é consolidada a importância da elaboração do orçamento por resultado com a visão
de que é mais relevante o legislativo aprovar ações de governo buscando a aplicação efetiva do gasto,
do que aprovar itens de gastos. A ideia é mostrar à população e ao legislativo o que será realizado num
determinado período, por meio de programas e não o de apresentar objetos de gastos dissociados dos
programas.
A aprovação e a alteração da lei orçamentária elaborada até o nível de elemento de despesa é
menos eficiente, pois exige esforços para análise num nível de detalhe que nem sempre será o mais
eficaz para a administração pública. Por exemplo, se um ente tivesse no seu orçamento um gasto
previsto no elemento 39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica e pudesse realizar esse
serviço com uma pessoa física, por um preço inferior, para que a administração contratasse esse serviço
com a pessoa física necessitaria alterar a lei orçamentária, levando, em alguns casos, a contratação de
um serviço mais caro. Além disso, sob o enfoque de resultado, pouco deve interessar para a sociedade a
forma em que foi contratado o serviço, se com pessoa física ou jurídica, mas se o objetivo do gasto foi
alcançado de modo eficiente.
Observa-se que a identificação, nas leis orçamentárias, das funções, subfunções, programas,
projetos, atividades e operações especiais, em conjunto com a classificação do crédito orçamentário por
categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação, atende ao princípio
da especificação. Por meio dessa classificação, evidencia-se como a administração pública está
efetuando os gastos para atingir determinados fins.
O objetivo de desdobrar a despesa orçamentária por elementos, segundo a referida lei, é detalhar
a despesa de modo a evidenciar os meios de que se serve a administração para consecução de seus
fins.
O orçamento anual pode ser alterado por meio de créditos adicionais. Por crédito adicional,
entendem-se as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei
orçamentária.
Conforme o art. 41 da Lei nº 4.320/1964, os créditos adicionais são classificados em:
“I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.”
O crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se à dotação orçamentária que
deva reforçar, enquanto que os créditos especiais e extraordinários conservam sua especificidade,
demonstrando-se as despesas realizadas à conta dos mesmos, separadamente. Nesse sentido,
entende-se que o reforço de um crédito especial ou de um crédito extraordinário deve dar-se,
respectivamente, pela abertura de créditos especiais e extraordinários.
A Lei nº 4.320/1964 determina, em seus artigos 42 e 43, que os créditos suplementares e
especiais serão abertos por decreto do poder executivo, dependendo de prévia autorização legislativa,
necessitando da existência de recursos disponíveis e precedida de exposição justificada. No Estado,
para os casos onde haja necessidade de autorização legislativa para os créditos adicionais, estes são
considerados autorizados e abertos com a sanção e publicação da respectiva lei.
Consideram-se recursos disponíveis para fins de abertura de créditos suplementares e especiais,
conforme disposto no § 1º do art. 43 da Lei nº 4.320/1964:
“I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II - os provenientes de excesso de arrecadação;
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV - o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realizá-las.”
A Constituição Federal de 1988, no § 8º do art. 166, estabelece que os recursos objeto de veto,
emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária que ficarem sem destinação podem ser utilizados
como fonte hábil para abertura de créditos especiais e suplementares, mediante autorização legislativa.
A reserva de contingência destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos,
bem como eventos fiscais imprevistos, poderá ser utilizada para abertura de créditos adicionais, desde
que autorizada na LDO.
O art. 44 da Lei nº 4.320/1964 regulamenta que os créditos extraordinários devem ser abertos
por decreto do poder executivo e submetidos ao poder legislativo correspondente. No Estado, esse tipo
de crédito é aberto por decreto do Poder Executivo e comunicado posteriormente à Assembleia
Legislativa.
A vigência dos créditos adicionais restringe-se ao exercício financeiro em que foram autorizados,
exceto os créditos especiais e extraordinários, abertos nos últimos quatro meses do exercício financeiro,
que poderão ter seus saldos reabertos por instrumento legal apropriado, situação na qual a vigência fica
prorrogada até o término do exercício financeiro subsequente (art. 167, § 2º, Constituição Federal).

8. Tomadas e Prestações de Contas


8.1. Considerações da Lei Estadual 12.600/2004
Art. 19. Está sujeita à Tomada e Prestação de Contas qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores
públicos ou pelos quais o Estado ou Município responda, ou que, em nome destes, assuma
obrigações de natureza pecuniária, inclusive as Organizações Não Governamentais e as entidades
de direito privado qualificadas para a prestação de serviços públicos – Organizações Sociais e
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e as Agências Reguladoras e as Executivas.
§ 1º Tomada de Contas Ordinária é o procedimento administrativo de verificação das entradas e
saídas de dinheiros, bens e valores públicos que deve ocorrer por exercício ou período de gestão,
baseando-se na confrontação da escrita com os correspondentes documentos, levando-se em conta,
quando for o caso, a situação dos saldos no início e término do exercício ou período de gestão.
§ 2º Entende-se por Prestação de Contas anual ou por fim de gestão o demonstrativo da
movimentação de entrada e saída de dinheiros, bens e valores públicos elaborado pelo próprio
gestor ou seu sucessor, através dos seus serviços contábeis e com base na Tomada de Contas a que
alude o parágrafo anterior.
§ 3º Tomada de Contas Especial é o procedimento administrativo de verificação das entradas e
saídas de dinheiros, bens, e valores públicos efetuado pela autoridade competente quando da omissão
do dever de prestar contas pelo gestor ou responsável, por exercício ou período de gestão ou
responsável pela prática de qualquer dos atos definidos pelo caput do art. 36 desta Lei, baseando-se na
confrontação da escrita com os correspondentes documentos, levando-se em conta, quando for o caso,
a situação dos saldos no início e término do exercício ou período de gestão.
§ 4º Entende-se por Prestação de Contas Especial o demonstrativo da movimentação de entrada
e saída de dinheiros, bens e valores públicos elaborado pela autoridade competente através dos
serviços contábeis e com base na Tomada de Contas a que alude o parágrafo anterior, quando da
omissão do dever de prestar contas pelo gestor ou responsável ou pela prática de qualquer dos atos
definidos pelo caput do art. 36 desta Lei.
Art. 20. As contas dos administradores e responsáveis a que se refere o artigo anterior serão
anualmente submetidas a julgamento do Tribunal, organizadas com os elementos imprescindíveis à
sua análise, de acordo com normas estabelecidas no Regimento Interno.
§ 1º Serão consideradas não prestadas aquelas contas que, embora encaminhadas, não
reúnam a documentação especificada no Regimento Interno.
§ 2º Nas Prestações de Contas a que alude este artigo, devem ser incluídos todos os
recursos, orçamentários e extra-orçamentários, geridos pela unidade ou entidade.
§ 3º Os órgãos e entidades que utilizarem sistemas de processamento eletrônico de dados,
próprios ou de terceiros, ficam sujeitos a apresentá-los ao Tribunal de Contas em meio magnético ou
assemelhado, nos modelos ou padrões normatizados por este Tribunal, sem prejuízo de sua emissão
gráfica.
§ 4º Os órgãos e entidades de que trata este artigo deverão manter documentação completa e
atualizada dos sistemas informatizados de que se utilizam, a fim de possibilitar auditoria de sistemas
pelo Tribunal de Contas.
Art. 23. Na hipótese de mais de uma gestão, num mesmo exercício financeiro, as Prestações de
Contas deverão evidenciar a execução orçamentária, financeira e patrimonial dos períodos respectivos.
Parágrafo único. A Prestação de Contas do período de gestão de Interventoria deverá ser
apresentada à Assembleia Legislativa.
Art. 30. Todos os órgãos e entidades integrantes da Administração Direta e Indireta e Fundos
Especiais do Estado devem encaminhar ao Tribunal de Contas no prazo improrrogável de até 90
(noventa) dias após o término do exercício financeiro, suas prestações de contas na forma estabelecida
no Regimento Interno.
Art. 36. Diante da omissão no dever de prestar contas, da não comprovação da aplicação dos
recursos repassados pelo Estado ou Município, da existência de desfalque, desvio de bens ou valores ou
ainda da prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário, a
autoridade competente deverá, imediatamente, após vencidos os prazos regulamentares determinados
pela legislação pertinente, adotar providências com vistas à instauração da Tomada de Contas Especial
para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano.
§ 1º São competentes para instaurar Tomada de Contas Especial as seguintes autoridades:
…....
X – Secretários de Estado, quando a omissão no dever de prestar contas for de responsabilidade
de ordenadores de despesa da Administração Direta e Indireta do Estado que lhe são subordinados;
…....
XIII – Ordenador de despesa, quando a omissão no dever de prestar contas for de detentor de
Suprimento Individual;
…....
XV – pelo dirigente do órgão de contabilidade setorial de cada esfera de governo, sendo essa
Tomada de Contas certificada pelo Órgão Central de Contabilidade, e, na inexistência de órgãos
setoriais de contabilidade, pelo dirigente do Órgão Central de Contabilidade, em virtude da existência de
indícios de desfalque, desvio de bens ou valores ou irregularidades em gestão financeira e patrimonial,
ou ainda da prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário;
…......
§ 2º Os prazos para instauração e conclusão das Tomadas de Contas serão, a partir do
conhecimento dos fatos, respectivamente, de 15 (quinze) e 30 (trinta) dias para as autoridades
relacionadas nos incisos XIII e XIV, de 15 (quinze) e 60 (sessenta) dias para as autoridades
relacionadas nos incisos I a XII e de 15(quinze) e 90 (noventa) dias para a autoridade relacionada no
inciso XV, deste artigo, cujos processos conclusos deverão ser, de imediato, remetidos ao Tribunal de
Contas.
§ 3º A Tomada de Contas Especial de que trata este artigo, quando concluída, será encaminhada
ao Tribunal de Contas, que formalizará processo de prestação de contas especial, o qual tramitará,
quando for o caso, em separado das respectivas contas anuais ou por período de gestão.
§ 4º Sanadas, no prazo estabelecido para a instauração da Tomada de Contas Especial, as
omissões de que trata o caput deste artigo, o Tribunal de Contas por solicitação da respectiva autoridade
competente sustará a sua determinação.
Art. 37. Encerrados os prazos estabelecidos no § 2º do art. 36 e não instauradas ou não
concluídas as devidas Tomadas de Contas Especiais, o Tribunal de Contas provocará o Ministério
Público para adoção das medidas legais pertinentes, sem prejuízo da instauração de uma Auditoria
Especial, objetivando uma avaliação da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.
Art. 38. Quando no exercício da fiscalização for constatada a configuração de qualquer das
hipóteses a que alude o art. 36, de não comprovação da aplicação dos recursos repassados pelo Estado
ou Município, da existência de desfalque, desvio de bens ou valores ou ainda da prática de qualquer ato
ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário, e constatada a omissão da autoridade
competente para a instauração da Tomada de Contas Especial, o Tribunal de Contas determinará a
instauração de uma Auditoria Especial e ato contínuo o Relator decidirá sobre a formalização de
processo de Destaque, que lhe será distribuído, para a adoção das medidas cautelares pertinentes.
Para que os órgãos setoriais de contabilidade possam tomar as contas, as unidades orçamentárias
deverão manter arquivado por 5 (cinco) anos (§ 6º do Art. 204 da Lei Estadual 7.741):
I - o controle da execução orçamentária efetuado em fichas ou listagens produzidas por
computador a nível de elemento, atividade e projeto, de acordo com o quadro demonstrativo da despesa
orçamentária de cada exercício;
II - o controle da movimentação bancária das suas contas gráficas existentes na Conta única junto
ao Banco Oficial do Estado ou em outras junto a Bancos Oficiais por força de Contratos ou Convênios
que exijam essa condição, através de fichas apropriadas, as quais serão arquivadas em ordem
cronológica;
III - os extratos das contas a que se refere o inciso anterior, devidamente conciliados, os quais
serão também arquivados em ordem cronológica de mês e ano;
IV - as vias das notas de empenho-ordem de pagamento e das ordens de saque ou cópias de
cheques emitidos durante o exercício, arquivadas em ordem numérica cronológica e por origem de
recursos;
V - o controle dos descontos efetuados, através de fichas apropriadas.

8.2. Prestação de Contas


8.2.1. Definição
De acordo com o Código de Administração Financeira do Estado de Pernambuco (Lei nº 7.741/78,
art. 207), entende-se por Prestação de Contas o demonstrativo da aplicação de recursos organizado
pelo próprio responsável ou Entidade beneficiária, acompanhado dos documentos comprobatórios.
O processo de Prestação de Contas será constituído do conjunto desses documentos
comprobatórios organizados em pasta, onde estão dispostos os Empenhos das despesas realizadas,
acompanhados de toda a documentação exigida para a sua comprovação (Notas Fiscais, Recibos,
Guias de Recolhimentos de Impostos, Relações de Beneficiários de Diárias, etc).
A Prestação de Contas deverá ser efetuada:
• pelos responsáveis por regime especial de Suprimento Individual;
• pelos Diretores das Unidades de Ensino beneficiadas, no caso de Suprimento de Fundo
Institucional;
• pelas entidades favorecidas, nos casos de Subvenções e Auxílios;
• pelos Ordenadores, nos casos de processamento normal da despesa (Lei nº 7.741/78, art. 207,
§ 1º, incisos I, II e IV, e Lei nº 11.466/97, art. 7º).

8.2.2. Apresentação e Formalidades


Os processos de Prestação de Contas são formalmente entregues à SECGE mediante recibo.
Após registro no EFISCO - Módulo de Prestação de Contas, cada processo recebe um número de
recibo, que será anotado na capa e irá identificá-lo durante todo o trâmite no sistema.
As folhas do processo deverão ser numeradas, com os documentos dispostos na seguinte ordem:
• ofício de remessa à DCTE-SECGE devidamente numerado, datado e assinado;
• Demonstração da Aplicação dos recursos (contracapa) devidamente preenchida, datada e
assinada, nos casos de Suprimento Individual, Suprimento de Fundo Institucional e Provisão de Crédito
Orçamentário;
• folhas numeradas em ordem crescente;
• via da Nota de Empenho datada e assinada pelo responsável pela emissão, pelo
Ordenador/preposto e pelo responsável pelo "atesto" de recebimento do material ou execução do
serviço. Nos casos de Empenho Estimativo e Empenho Global, a via da NE acompanhará a última
parcela dos pagamentos, anexando-se cópia às demais;
• Nota de Liquidação assinada pelo Ordenador;
• documento obtido por meio da transação IMPLIQOB, assinado pelo Ordenador (Autorização de
Pagamento) e pelo credor no campo Recibo do Credor, quando o pagamento for efetuado por OBP;
• Relação Externa (RE) autorizada, datada e visada, com as assinaturas do Ordenador e do
responsável pelo pagamento, e com o carimbo de recepção do banco;
• documentos comprobatórios das despesas, que deverão atender aos seguintes requisitos:
− serem originais e em primeira via;
− estarem com todos os seus campos corretamente preenchidos;
− serem legíveis e sem rasuras;
− apresentarem a indicação do número da Nota de Liquidação;
− terem o “atesto” de recebimento do material ou da prestação dos serviços, datado e assinado;
− estarem visados e datados pelo Ordenador de Despesa;
− terem a anotação de pagamento efetuado (“PAGO”), datada e assinada;
− apresentarem autenticação bancária, nos casos de contas de água, luz e telefone; e de DAM;
DAE; GR; etc.
− no caso de notas fiscais, atenderem às normas da legislação tributária federal, estadual ou
municipal, ou seja, terem validade fiscal;
− no caso de recibos de pagamento à pessoa física, apresentarem a data de pagamento, a
assinatura do credor e a anotação do número do seu documento de identificação;
− no caso de recibos de pagamento à pessoa jurídica, serem emitidos em papel timbrado da
empresa quando não tiverem o carimbo desta com o nome, endereço e CGC/MF.

8.2.3. Prazo para Entrega da Prestação de Contas


8.2.3.1. Forma Geral de Contagem de Prazo
Os prazos são contínuos e na sua contagem exclui-se o primeiro dia (data do pagamento) e inclui-
se o dia do vencimento.
Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil subsequente, se o seu vencimento ocorrer
em sábado, domingo, feriado, dia de ponto facultativo ou em qualquer dia em que não haja expediente
normal na SECGE ou na Unidade Administrativa do responsável pela Prestação de Contas.

8.2.3.2. Prazo Para Cada Regime de Execução de Despesas


Na Despesa Normal
O prazo é de 30 (trinta) dias após a data do pagamento.
Na Provisão de Crédito Orçamentário
O prazo é de 60 (sessenta) dias após a data da efetivação do Repasse Financeiro.
No Suprimento Individual
O prazo para aplicação de Suprimento Individual e entrega da respectiva Prestação de Contas à
SECGE é de 60 (sessenta) dias contados a partir da data do pagamento. A inobservância deste prazo
sujeitará o suprido à multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor do Suprimento, corrigida pela
variação da UFIR a partir do 61º dia daquela data.
Considera-se como data de pagamento:
- no caso de OBC, a data do crédito na conta do suprido; e
- no caso de OBP, a data do saque.
O Ordenador de Despesa ficará sujeito à mesma penalidade se, até o primeiro dia útil após o 30º
dia de atraso na entrega da Prestação de Contas, não comunicar o motivo à SECGE por meio de ofício.
O saldo não utilizado deverá ser recolhido à conta "C" da UG ou à conta específica do convênio.
Caso o recolhimento ocorra no mesmo exercício, deverá ser feita a anulação de Empenho no valor
correspondente ao valor devolvido.
O valor devolvido deverá ser corrigido pela UFIR, quando o recolhimento do saldo ocorrer após o
prazo hábil para a Prestação de Contas.
O recolhimento de saldo de Suprimento não utilizado e de multa deverá ser feito em Guias de
Recebimento distintas. Uma guia será destinada ao recolhimento do saldo e a outra à correção do saldo
e à multa já corrigida.
Exemplo (de acordo com a Lei 7.741/78, arts.163 a 170, alterada pela Lei nº 10.664/91):
Um Suprimento no valor de R$ 1.000,00, pago em 30/09/95, teve um saldo não aplicado no valor
de R$ 100,00 e o Ordenador de Despesa não comunicou, por ofício, o atraso à SECGE.
Que valores deverão ser recolhidos em 03.01.96 na Guia de Recebimento de saldo e na Guia de
Recebimento da multa e correção do saldo?
Informações para o cálculo:
Data do pagamento: 30.09.95
Data limite para a entrega da Prestação de Contas à SECGE: 29.11.95 (60º dia);
Data a partir da qual a multa deverá ser corrigida: 30.11.95 (61º dia após a data do pagamento);
Valor da UFEPE em 30.11.95: 0,7315;
Valor da UFIR em 03.01.96: 0,8287;
No caso, serão penalizados com multa de 10% sobre o valor do Suprimento:
− o suprido, por inobservância do prazo de entrega da Prestação de Contas; e
− o Ordenador de Despesa, por não ter comunicado o atraso à SECGE
Cálculo das multas:
Valor não corrigido das multas do Responsável e do Ordenador: 2 x 0,10 x R$ 1.000,00 = R$
200,00.
Correção do valor das multas:
• Conversão de Reais em UFEPEs: R$ 200,00/0,7315 = R$ 273,4107 UFEPEs.
• Conversão de UFEPEs em UFIRs: 273,4107 x 0,9199 =251,5105 UFIRs
O valor corrigido das multas será: 251,5105 x 0,8287 = R$ 208,42.
Cálculo da correção do saldo:
Conversão de Reais em UFEPEs (em 30.11.95): R$ 100,00/0,7315 = 136,70 UFEPEs
Conversão de UFEPEs em UFIRs (em 03.01.96): 136,70 x 0,9199 = 125,75 UFIRs
O valor do saldo corrigido em 03.01.96: 125,75 x 0,8287 = R$ 104,20
Valor da correção do saldo: 104,20 - 100,00 = R$ 4,20
Resposta: o recolhimento deverá ser efetuado por intermédio de duas Guias de Recebimento,
uma correspondendo ao valor do saldo ( R$ 100,00) e a outra, ao valor da multa e da correção do saldo
( R$ 208,42 + R$ 4,20 = R$ 212,62 ).
A correção de valores com base na variação da Unidade Fiscal do Estado de Pernambuco
(UFEPE) foi utilizada no âmbito da administração pública estadual até o final do exercício de 1995. A
partir de 1º de janeiro de 1996, em decorrência da Lei nº 11.320/95, a UFEPE foi substituída pela
Unidade Fiscal de Referência (UFIR), criada pela Lei Federal nº 8.383/91.
A Portaria SF nº 008/96 estabeleceu:
“Os valores relativos a tributos, multas, juros e demais acréscimos legais expressos em UFEPEs
serão convertidos em UFIRs multiplicando-se o quantitativo de UFEPEs pelo fator 0,9199, conforme
abaixo:
quantidade de UFEPEs x 0,9199 = quantidade de UFIRs”

8.2.4. Composição dos Processos de Prestação de Contas


8.2.4.1. Na Despesa Normal
• ofício de encaminhamento da Prestação de Contas à SECGE;
• via da NE, no caso de Empenho Ordinário;
• Quando se tratar de Empenho Global ou Estimativo, a via da NE só deverá ser anexada à
Prestação de Contas da última parcela de pagamento, providenciando-se nas demais a anexação de
cópia desse documento;
• via da NE de Anulação, no caso de anulação parcial ou total realizada no mesmo exercício;
• GR dos depósitos efetuados na conta ¨C¨ da UG, ou guia de depósito em outro tipo de conta,
no caso de devolução de saldo, de reembolsos ou pagamentos indevidos, referentes, por exemplo, a
multas de trânsito, telefonemas interurbanos e internacionais não autorizados, ou que não tenham
finalidade pública, além de serviços não autorizados ou incompatíveis com o serviço público.
• GR dos depósitos efetuados na conta "C" da DAFE - DCTE da Secretaria da Fazenda, ou guia
de depósito em outro tipo de conta, quando o recolhimento do saldo de reembolsos ou de pagamentos
indevidos ocorrer no exercício seguinte;
• Nota de Liquidação obtida por meio da transação IMPLIQNL, assinada pelo Ordenador de
Despesa;
• documento obtido na transação IMPLIQOB, com assinatura do Ordenador de Despesa,
autorizando o pagamento. Quando o pagamento for feito por OBP, o recibo de pagamento deverá estar
devidamente preenchido, datado e assinado;
• cópia da RE, com carimbo de recepção bancária, data e visto. No caso de transferência para
banco diverso daquele em que o Estado centraliza seus pagamentos, anexar cópia do DOC e do recibo
do valor cobrado pela transferência desse valor;
• primeira via das notas fiscais com a anotação do número da NL, o “atesto” do recebimento do
material ou da prestação do serviço, e a anotação de que a despesa foi paga;
• recibos, faturas e outros documentos relativos à prestação de serviços executados por pessoas
físicas ou pessoas jurídicas com imunidade tributária;
• documentos autenticados, quando pagos por OBB, como no caso das contas de luz, água e
telefone;
• com relação ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre as despesas realizadas,
anexar “hard copy” da OB de transferência do IRRF à conta “C” da DAFE - DCTE da Secretaria da
Fazenda ou documento obtido da transação “IMPLIQOB”, referente àquela ordem bancária, para
comprovação do recolhimento;
• quando o IRRF não for retido, o Ordenador de Despesa fará, sob sua responsabilidade, o
recolhimento do valor devido por meio de DAE 10, com os acréscimos legais de multa, juros e correção
monetária, anexando este documento quitado para comprovação;
• quanto ao Imposto Sobre Serviços (ISS) de pessoas físicas que não estão inscritas em
cadastro municipal de contribuinte (no Recife, Cadastro Mercantil de Contribuinte - CMC), a retenção
deverá ser feita na Liquidação e o recolhimento efetuado por meio de Documento de Arrecadação
Municipal (DAM), que deverá ser anexado à Prestação de Contas;
• quando o prestador de serviços for inscrito em cadastro municipal de contribuinte, a UG deverá
anexar ao processo a cópia do documento de inscrição atualizado e quitado. Observar se a atividade
que consta no documento de inscrição corresponde ao serviço executado e se o imposto está sendo
recolhido no município certo;
• com relação à contribuição previdenciária (INSS sobre serviços prestados por pessoa física),
deve-se observar o disposto no Ofício Circular SECGE nº 61/96, estabelecendo que a contribuição ao
INSS, quando devida, é feita por meio de Empenho Estimativo específico. Deverá ser anexada ao
processo, cópia da relação de serviços prestados, juntamente com a cópia da respectiva Guia de
Recolhimento da Previdência Social (GRPS) quitada;
• quando se tratar de serviços executados mediante cessão de mão-de-obra (vigilância, limpeza,
segurança) deverá ser anexada ao processo cópia da GRPS devidamente quitada, em nome da
empresa contratada;
• “hard copy” do resultado da consulta CONREGSIT, ou autorização específica da Diretoria
Executiva da Receita Tributária (DRT) da Secretaria da Fazenda quando se tratar de contribuinte de
ICMS do Estado de Pernambuco;
• cópia de Contrato ou Convênio, ainda não cadastrado no Departamento de Acompanhamento
dos Órgãos Setoriais de Contabilidade (DEASC) da SECGE. Os Contratos ou Convênios deverão estar
com o visto da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Vale ressaltar que o cadastramento de Contratos no DEASC somente é exigido nos casos de
despesas com prestação de serviços ou fornecimentos parcelados, cujo valor global se enquadre na
modalidade de licitação Tomada de Preços ou Concorrência. Todos os Convênios e Contratos de
Aluguel, independentemente de valor, devem ser cadastrados;
• no caso de viagens e diárias, anexar folha de Solicitação de Diárias e, conforme o caso, cópia
da Portaria ou do Ato de autorização da viagem;
• relação de pagamento de estagiários ( FUNDAC, IEL, CIEE, etc);
• procuração do credor, no caso de recebimento do pagamento por terceiros;
• quando se tratar de Subvenção Social ou Auxílio, ofício da Entidade beneficiária solicitando os
recursos;
• cópia do Convênio, com o visto da PGE e com o correspondente plano de aplicação dos
recursos, assinado pelo titular da Secretaria concedente, nos casos de Subvenções ou Auxílios;
• quando se tratar de Convênios firmados entre Secretarias de Estado e Prefeituras Municipais,
recomenda-se a inclusão de cláusula de obrigatoriedade de comprovação das exigências da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO). Ainda em relação a transferências às Prefeituras Municipais, exige-se
que sejam anexados à Prestação de Contas os seguintes documentos:
− Certidão Negativa de Débito expedida pela Diretoria Financeira do Instituto de Previdência dos
Servidores do Estado de Pernambuco (IPSEP), ou declaração daquela unidade informando que a
Prefeitura não mantém Convênio com o IPSEP;
− Relatório Resumido da Execução Orçamentária do bimestre anterior à celebração do Convênio
(Constituição Estadual, Art. 123, § 3º);
− Declaração do Prefeito do Município, de acordo com o modelo que segue:

Declaração
Eu,
_________________________________________________________, CPF n°
__________________, RG n° _________________,expedido por ______________________, na
qualidade de Prefeito do Município de ______________________________, declaro que:
1. O Município instituiu, regulamentou e vem arrecadando todos os tributos que lhe cabem,
previstos nos artigos 145 e 156 da Constituição Federal, com alterações da Emenda Constitucional n°
3/93.
2. A receita tributária própria do Município corresponde a, no mínimo, 2% (dois por cento) do total
das receitas orçamentárias, excluídas as decorrentes de operações de crédito.
3. O Município tem realizado a cobrança dos tributos de sua competência, inclusive por meios
judiciais,.
4. As operações de crédito contratadas pelo Município não excedem o montante das despesas de
capital, nos termos do artigo 128, inciso IV da Constituição Estadual.
5 O município está cumprindo o disposto no artigo 185 da Constituição Estadual, ou seja, está
aplicando , no mínimo, 25% da receita de impostos, inclusive a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino.
__________________, _____ de _______________ de ________
8.2.4.2. Na Provisão de Crédito Orçamentário
• ofício de encaminhamento da Prestação de Contas à SECGE;
• Demonstração da Aplicação dos recursos, conforme modelo da contracapa do Processo,
datado e assinado pelo responsável;
• via da NE/SIAFEM do Repasse Financeiro;
• via da NE/SIAFEM de anulação e respectiva GR à conta “C” da Unidade concedente, ou guia
de depósito em outro tipo de conta, quando houver devolução de saldo não aplicado;
• Nota de Liquidação obtida por meio da transação IMPLIQNL, assinada pelo Ordenador de
Despesa. Quando a Liquidação ocorrer no item de gasto genérico (96), será anexado ao processo o
“hard copy” da Nota de Liquidação que reclassificou os itens de gasto, ou a impressão desta NL por meio
da transação IMPLIQNL;
• documento obtido por meio da transação IMPILIQOB com a assinatura do Ordenador de
Despesa, autorizando o pagamento;
• cópia da RE, com carimbo de recepção bancária, data e visto. No caso de transferência para
banco diverso daquele em que o Estado centraliza seus pagamentos, anexar cópia do DOC e do recibo
do valor cobrado pela transferência desse valor;
• 3ª via da NE - Especial, com recibo em seu verso preenchido, datado e assinado. Quando o
pagamento ao credor for feito mediante crédito bancário, anexar o comprovante de depósito;
• primeira via das notas fiscais com a anotação do número da NE - Especial, com o “atesto” do
recebimento do material ou da prestação de serviço, e com a anotação de que a despesa foi paga;
• DAE 10, no caso de IRRF sobre as despesas realizadas;
• DAM quitado, ou cópia do documento atualizado de inscrição do prestador de serviços no
cadastro municipal de contribuintes, no caso de serviços sujeitos ao recolhimento de ISS. Observar se o
serviço executado é compatível com a atividade da inscrição cadastral e se o imposto está sendo
recolhido ao município certo.
• NE - Especial com cópia da GRPS quitada e respectiva relação de serviços prestados, no caso
de recolhimento de contribuição ao INSS;
• folha de Solicitação de Diárias e cópia da Portaria ou Ato de autorização da viagem;
• folhas de Pagamento de Bolsas de Capacitação devidamente preenchidas, datadas e
assinadas pelos beneficiários, bem como folha de Autorização de Viagem visada pelo Secretário de
Educação, quando for o caso;
• cópia dos cheques nominativos emitidos para pagamento;
• procuração do credor, no caso de recebimento do pagamento por terceiros;
• cópia do Contrato ou Convênio ainda não cadastrado no DEASC - SECGE. Os Contratos ou
Convênios deverão estar com o visto da PGE.
Observação:
Vale ressaltar que o cadastramento de Contratos no DEPTC somente é exigido nos casos de
despesas com prestação de serviços ou fornecimentos parcelados, cujo valor global se enquadre na
modalidade de Licitação, Tomada de Preços ou Concorrência. Todos os Convênios ou Contratos de
Aluguel, independentemente de valor, devem ser cadastrados.

8.2.4.3. No Suprimento Individual


• ofício de encaminhamento da Prestação de Contas à SECGE;
• Demonstração da Aplicação dos recursos, conforme modelo da contracapa da Prestação de
Contas, datada e assinada pelo responsável;
• via da NE;
• via da NE de Anulação e respectiva GR à conta “C” da Unidade concedente, ou guia de
depósito em outro tipo de conta, quando houver devolução de saldo não aplicado, recolhido no mesmo
exercício da concessão do Suprimento.
• GR dos depósitos efetuados na conta "C" da DAFE - DCTE, ou guia de depósito em outro tipo
de conta, quando da devolução de saldo não aplicado, recolhido no exercício seguinte ao da concessão
do Suprimento.
• Nota de Liquidação obtida por meio da transação IMPLIQNL, assinada pelo Ordenador de
Despesa. Quando a Liquidação ocorrer no item de gasto genérico (97), será anexado o “hard copy” da
Nota de Liquidação que reclassificou os itens de gasto, ou “hard copy” desta NL por meio da transação
IMPLIQNL;
• documento obtido por meio da transação IMPLIQOB, com assinatura do Ordenador de
Despesa, autorizando o pagamento. Quando o pagamento for feito por OBP, o recibo de pagamento
deverá estar devidamente preenchido, datado e assinado;
• primeiras vias das notas fiscais e respectivos recibos, com o "atesto" do recebimento do
material ou da prestação do serviço, e com a anotação de que a respectiva despesa foi paga;
• recibo da pessoa física prestadora do serviço, com a discriminação dos descontos na fonte;
• DAE 10, no caso de IRRF sobre as despesas realizadas;
• DAM quitado, ou cópia do documento atualizado de inscrição do prestador de serviços no
cadastro municipal de contribuintes, no caso de serviços sujeitos ao recolhimento de ISS. Observar se o
serviço executado é compatível com a atividade da inscrição cadastral e se o imposto está sendo
recolhido ao município certo;
• cópia da GRPS quitada e respectiva Relação de Serviços Prestados, no caso de recolhimento
de contribuição ao INSS;
• recibos de táxi, nos casos em que o servidor estiver a serviço fora da Sede;
• procuração do credor, no caso de recebimento do pagamento por terceiros;
• folhas de Solicitação e de Pagamento de Diárias devidamente preenchidas, datadas e
assinadas pelos beneficiários, bem como autorizadas pelo Secretário, conforme anexos II e III do
Decreto nº 12.949/88;
• cópia da Portaria ou Ato de autorização de viagem para fora da Sede;
• cópia do Ato do Governador e do ofício por ele assinado, estabelecendo a quantidade e o valor
das diárias para viagens ao exterior do país;
• autorização do Governador do Estado, com apresentação do ofício original, para a concessão
de Suprimento acima do limite permitido para a Sede, no caso de despesa de caráter urgente e inadiável
(Lei nº 7.741, art. 159, inciso I; Decisão TCE nº 431/93);
• folhas de Pagamento de Bolsas de Capacitação devidamente preenchidas, datadas e
assinadas pelos beneficiários, bem como folha de Autorização de Viagem visada pelo Secretário de
Educação, quando for o caso.
8.2.5. Erros Mais Comuns Relacionados a Prestação de Contas - Análise de Prestação de Contas -
Aspectos a Examinar
8.2.5.1. Em Qualquer Regime de Despesa
8.2.5.1.1. No Empenho
• se a data de emissão do Empenho é anterior ou igual à data de emissão dos comprovantes de
despesa, salvo nos Empenhos de despesas de exercícios anteriores;
• se, quando o Empenho é do tipo 9 - Despesa Normal, os dados do credor (nome, CGC,
endereço) conferem com os que constam dos comprovantes de despesa;
• se a especificação da despesa é compatível com o programa de trabalho e se a despesa faz
parte das atribuições da Secretaria;
• se especificação da despesa é compatível com a sua natureza;
Exemplo:
A natureza da despesa é 349030 (Material de Consumo) e na especificação temos Serviços de
Terceiros - Pessoa Física, quando deveria ter sido especificado o material de consumo que será
adquirido;
• se a especificação da despesa é compatível com o tipo de Empenho;
Exemplo:
A especificação de uma despesa de Suprimento Individual, Provisão de Crédito Orçamentário ou
Subvenção Social não poderá constar de um Empenho do tipo 9 - Despesa Normal
• se a modalidade do Empenho é adequada ao tipo de despesa, ou seja:
− Ordinário, para despesa cujo valor exato é conhecido;
Exemplo:
aquisição de um veículo
− Estimativo, para despesa que não se pode determinar previamente o seu valor.
Exemplo:
contas de luz, água ou telefone
− Global, para despesa cujo valor exato é previamente conhecido, mas, por razões contratuais ou
por outros motivos, deve ser executada parceladamente.
Exemplo:
Aluguel de imóveis ou de máquinas.
• se a despesa encontra-se legalmente fundamentada no que se refere a dispensa,
inexigibilidade ou modalidade de licitação, e se os campos Licitação, Referência Legal, Número do
Processo e Especificação estão devidamente preenchidos na NE;
• se a despesa está bem especificada e corresponde aos comprovantes anexados.

8.2.5.1.2. Na Liquidação
• se a NL obtida por meio da transação IMPLIQNL está assinada pelo Ordenador de Despesa;
• se o número do Empenho que consta da NL como inscrição do evento corresponde ao número
da NE do processo;
• se os eventos utilizados estão corretos;
• se a classificação do item de gasto está compatível com o comprovante de despesa, quanto à
natureza da despesa e ao valor.
Quando a Liquidação tiver sido feita nos itens de gastos genéricos (97 - Repasse Financeiro, 96 -
Suprimento Individual ou 94 - Suprimento de Fundo Institucional), verificar se foram reclassificados
corretamente na NL de reclassificação;
• se as retenções (ISS, IR, INSS), quando devidas, estão corretas quanto ao valor e
devidamente comprovadas;
• se, em relação aos pagamentos de Restos a Pagar não processados, o evento de retenção do
IRRF é 520412 (Retenções do IRRF de terceiros descontado nos pagamentos de Restos a Pagar não
processados).
Na inscrição do evento deverão ser informados o número da NE original e a classificação da
despesa constante da NE, considerando o subelemento 99.
Com relação à retenção do ISS, utiliza-se o evento 520419, adotando-se na sua inscrição o
mesmo procedimento
• se a retenção de caução, quando devida, foi realizada no evento próprio.
8.2.5.1.3. No Pagamento
• se a Nota de Pagamento, documento obtido por meio da transação IMPLIQOB, está assinada
pelo Ordenador de Despesa;
• se o número do Empenho que consta da Nota de Pagamento como inscrição do evento
corresponde ao número da NE do processo;
• se, nos pagamentos por meio de OBC ou de OBB, o número da OB na Nota de Pagamento é o
mesmo que consta da RE. Esta RE deve apresentar a assinatura do Ordenador e do tesoureiro, bem
como a data e o visto no carimbo de recepção do banco autorizado;
• se o recibo do credor está corretamente preenchido (número e tipo de documento de
identificação, data em que se entregou a OBP ao credor e assinatura do credor), quando o pagamento
for efetuado por meio de OBP.

8.2.5.1.4. Nos Comprovantes de Despesas


• se os comprovantes são originais e em primeira via;
Quando houver extravio do documento original, a cópia de outra via será anexada ao processo,
juntamente com o ofício do Ordenador, justificando o extravio e responsabilizando-se pelo não
pagamento em duplicidade;
• se as despesas estão claramente especificadas e compatíveis com a NE e a NL, quanto à
natureza, ao objeto, ao período de realização e ao valor;
• se os documentos não apresentam rasuras ou entrelinhas;
• se os comprovantes têm a indicação do número da NL;
• se os comprovantes têm o "atesto" de recebimento do material ou de prestação de serviço,
datado e assinado por responsável pelo recebimento do material ou pelo controle da execução do
serviço;
• se os comprovantes estão visados e datados pelo Ordenador de Despesas;
• se os comprovantes apresentam a anotação de pagamento efetuado (Pago), datada e
assinada pelo responsável;
• se os comprovantes apresentam autenticação bancária, nos casos de contas de água, luz,
DAM, GR, etc;
• se o valor total dos comprovantes confere com o valor liquidado e pago. Caso a comprovação
esteja a menor, deverá ser anexada Guia de Recebimento no valor da diferença;
• se a nota fiscal de valor superior a 1.297 UFIRs foi emitida no Modelo 1 ou 1 A, não sendo
admitida nesses casos nota fiscal de venda a consumidor Modelo 2 (série D) ou cupom fiscal;
Os casos de erro na emissão de nota fiscal deverão ser corrigidos por meio da emissão de outra
nota fiscal, dita de correção.
• se a despesa requer Contrato, devendo-se nesses casos verificar se o mesmo:
− tem o visto da PGE;
− refere-se ao credor indicado na NE;
− tem como contratante a Unidade Orçamentária indicada na NE;
− tem vigência que abrange o período de realização das despesas;
− tem objeto que corresponde à despesa especificada na NE.

8.2.5.2. Na Despesa Normal


• se a data da emissão da NL é igual ou posterior às datas de emissão dos comprovantes de
despesa;
• se a data de emissão da NL é igual ou posterior à data indicada no campo “material
recebido/serviço executado” da NE;
• se os comprovantes de despesa foram emitidos em nome da Unidade Orçamentária da NE;
• se os dados do credor conferem com os dados especificados na NE;
• se o “hard copy” da consulta ao sistema de débitos fiscais (transação CONREGSIST) foi feito
antes do pagamento e o credor está regular, ou existe autorização específica de pagamento emitida pelo
DRT, no caso de contribuintes do Estado;
• havendo encargos decorrentes do pagamento em atraso de contas de luz, água ou telefone,
verificar se há hard copy da consulta do respectivo saldo financeiro que possa justificar a não existência
de disponibilidade de recursos na data de vencimento das faturas. Não havendo justificativa, a
responsabilidade pelo pagamento desses encargos caberá ao Ordenador de Despesa, devendo as GRs
de restituição serem anexadas à Prestação de Contas;
• se há GR de restituição correspondente aos valores porventura existentes nas contas
telefônicas, relativos a ligações alheias ao interesse do serviço público;
• se, nos pagamentos de multas por infração de trânsito, há GR de restituição do respectivo
valor, efetuada pelo condutor do veículo;
• se, nas despesas com Auxílio Funeral, há comprovação do valor e a Certidão de Óbito consta
do processo;
• se as despesas referentes à restituição de tributos estão de acordo com o “Processo de
Restituição”;
• quando se tratar de Empenho de tipo Subvenção Social, verificar:
− se há ofício da Entidade solicitando a Subvenção;
− se há plano de aplicação dos recursos e autorização do Secretário;
− se há Convênio (verificar o visto da PGE no Contrato e se este estava em vigor na época da
realização da despesa);
− se o objeto do Convênio é compatível com o plano de aplicação dos recursos;

8.2.5.3. Na Provisão de Crédito Orçamentário


• se as Notas de Empenho-Modelo Especial estão corretamente preenchidas e se são
compatíveis com a NE do Repasse;
• se a data da emissão da primeira Nota de Empenho-Modelo Especial é igual ou posterior à
data do crédito da OB na conta da Unidade Administrativa;
• se a atividade/projeto é a mesma da NE;
• se a classificação econômica da despesa (elemento/subelemento) é a mesma da NE e
corresponde aos comprovantes de despesa;
• se a identificação do credor é compatível com os comprovantes de despesa;
• se o controle do saldo anterior, do valor empenhado e do saldo atual está correto;
• se no campo Provisão Concedida consta o número da NE de repasse e a data do crédito da
OB na conta da Unidade Administrativa;
• se o processo de Licitação está legalmente fundamentado;
• se a despesa está claramente especificada e corresponde aos comprovantes apresentados;
• se, no rodapé do Empenho Especial, os campos Autorizado; Deduzido da Dotação Própria;
Material Recebido/Serviço Prestado; Liquidado em; Pague-se em e Pago estão corretamente datados e
assinados;
• se a data da emissão dos comprovantes de despesa é anterior ou igual à data que consta do
campo Material Recebido/Serviço Prestado;
• se as deduções, quando devidas, estão especificadas no verso da NE e devidamente
comprovadas;
• se os recibos estão corretamente preenchidos, com a identificação do credor ou de seu
representante legal (número do documento de identificação e órgão emissor), data e assinatura. Quando
o pagamento for feito por crédito em conta bancária, verificar se a guia de depósito está correta;
• se as cópias dos cheques correspondem aos Empenhos quanto ao credor, valor, número do
cheque e data de pagamento;
• se a Demonstração da Aplicação dos recursos está correta.

8.2.5.4. No Suprimento Individual


• se a data de emissão dos comprovantes de despesa é igual ou posterior à data de pagamento
indicada na NE;
• se as notas fiscais estão em nome da Unidade Gestora e os recibos em nome do responsável
pelo Suprimento e credor da Nota de Empenho;
• se, no caso de cupons fiscais sem discriminação das mercadorias adquiridas, foram as
mesmas relacionadas no respectivo recibo;
• se a data de recebimento da Prestação de Contas na SECGE ocorreu no prazo de 60
(sessenta) dias da data do pagamento. Na inobservância desse prazo, verificar se foi anexada a GR
correspondente à multa do credor, feita na conta C da DAFE-DCTE; Se o recebimento da Prestação de
Contas ocorreu após 90 (noventa) dias da data do pagamento e não existe ofício do Ordenador
comunicando o atraso, verificar se, além da GR da multa do credor, foi anexada também a GR da multa
do Ordenador, feitas na conta acima referida. Em todos os casos, verificar se os valores estão corretos e
se há necessidade de sua atualização;
• no caso de entrega da Prestação de Contas fora de prazo, com saldo não aplicado, se a GR de
recolhimento desse saldo foi feita no prazo de 60 (sessenta) dias. Se efetuada fora desse prazo, será
exigida uma outra GR de atualização do saldo, em favor da Conta C da DAFE-DCTE;
• quando o valor do Suprimento for superior ao limite previsto para gastos na Sede, verificar se
os comprovantes das despesas que ultrapassaram esse valor são realmente de locais fora da Sede;
• se foi anexado o original do ofício de Autorização do Governador, no caso de despesas
realizadas na Sede com recursos de Suprimento cujo valor seja próprio para despesas fora da Sede
(Decisão TCE nº 431/93);
• verificar se a Demonstração da Aplicação do recurso está correta.

9. Restos a Pagar
“Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até 31 de dezembro,
distinguindo-se as processadas das não processadas.
§ 1º Entende-se por despesas processadas as que tenham sido liquidadas até 31 de dezembro.
§ 2º As despesas processadas geram aos credores o direito líquido e certo ao recebimento; as
despesas não processadas não geram tal direito enquanto não liquidadas.
§ 3º As despesas empenhadas que corram a conta de créditos adicionais, com vigência plurianual
e que não tenham sido liquidadas, só serão computadas como Restos a Pagar no último ano da vigência
do crédito.
.................................” (Lei nº 7.741/78, art. 41).

10. Despesas de Exercícios Anteriores


“Poderão ser pagas por dotação para Despesas de Exercícios Anteriores, constantes dos Quadros
discriminativos de despesas das unidades orçamentárias, as dívidas de exercícios encerrados,
devidamente reconhecidas pela autoridade competente.
§ 1º As dívidas de que trata este artigo compreendem as seguintes categorias:
I - despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito
próprio, com saldo suficiente para atendê-los, que não se tenham processado na época própria;
II - despesas de Restos a Pagar com prescrição interrompida, desde que o crédito tenha se
convertido em renda; e
III - compromissos reconhecidos pela autoridade competente, ainda que não tenha sido prevista a
dotação orçamentária própria, ou não tenha esta deixado saldo no exercício respectivo, mas que
pudessem ser atendidos em face da legislação vigente.
§ 2º São competentes para reconhecer as dívidas de Exercícios Anteriores os titulares das
Unidades Orçamentárias, exceto as compreendidas no inciso III do §1º deste artigo, que deverão ser
reconhecidas pelo Secretário de Estado a que estiver vinculada a Unidade Orçamentária.” (Lei nº
7.741/78, art. 42)

UNIDADE IV – LICITAÇÕES E CONTRATOS


1. Licitações
Licitação é o procedimento administrativo destinado a selecionar, entre fornecedores qualificados,
aquele que apresentar a proposta mais vantajosa.
Regem a Licitação os princípios constitucionais básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório (edital), do julgamento objetivo e dos outros princípios que lhes são correlatos.
As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e
locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente
precedidas de Licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei nº 8.666/93.
1.1. Dos Princípios
A Lei nº 8.666/93, de 21 de junho de 1993 regulamentou o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal e instituiu normas para Licitações e Contratos da Administração Pública.
De acordo com o art. 1º, Parágrafo Único, subordinam-se ao regime ali estabelecido, além dos
órgãos da Administração Direta, os Fundos Especiais, as Autarquias, as Fundações Públicas, as
Empresas Públicas, as Sociedades de Economia Mista e as demais Entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
A Emenda Constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998, possibilitou entretanto que as empresas
públicas e sociedades de economia mista venham a se reger por normas próprias de Licitação e
Contrato, conforme disposto no Art. 22:
".............................................
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e
de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de
prestação de serviços, dispondo sobre:
..............................................
III licitação e contratação de obras, serviços compras e alienações, observados os
princípios da administração pública;
.............................................."
Entre os princípios a serem observados na Licitação, o da Igualdade mereceu destaque especial
na Lei nº 8.666/93, art. 3º, § 1º, incisos I e II, e § 2º, incisos I a III:
" § 1º É vedado aos agentes públicos:
I admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que
comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou
distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra
circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato;
II estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou
qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda,
modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências
internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro
de 1991.
§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços:
I produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional;
II produzidos no País;
III produzidos ou prestados por empresas brasileiras."
1.2. Das Modalidades
São modalidades de Licitação (Lei nº 8.666/93, art. 22, incisos I a V, §§ 1º ao 5º ):
• Concorrência
É a modalidade de Licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução
de seu objeto.
• Tomada de Preços
É a modalidade de Licitação entre interessados devidamente cadastrados, ou que atenderem a
todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das
propostas, observada a necessária qualificação.
• Convite
É a modalidade de Licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou
não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela Unidade Administrativa, a qual afixará,
em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte
quatro) horas da apresentação das propostas.
• Pregão
É a modalidade de Licitação para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor
estimado da contratação, em que a disputa é feita por meio de propostas e lances em sessão pública.
• Concurso
É a modalidade de Licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico,
científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme
critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e
cinco) dias.
• Leilão
É a modalidade de Licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis
inservíveis para a Administração, ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para
alienação de bens imóveis prevista no art. 19 da Lei nº 8.666/93, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.

“O Decreto Estadual nº 30.492, de 01 de junho de 2007 disciplinou o processo de aquisição e


locação de bens e serviços de informática, no âmbito da Administração Pública Estadual,
estabelecendo através de seu Art. 1º que os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, os
Programas instituídos e mantidos pelo Poder Público Estadual, bem como as demais organizações
sob controle direto ou indireto do Estado, na realização de processos de aquisição e locação de bens
e serviços de informática, deverão observar as disposições a seguir:
Para efeito do disposto neste Decreto, considera-se aquisição qualquer forma de obtenção,
onerosa ou não, de bens ou serviços, incluindo a cessão de direito de uso, comodato, regime
de parceria, empréstimo por tempo determinado ou indeterminado e o uso de programas livres.
Para fins previstos neste Decreto, consideram-se bens e serviços de informática, os
especificados na Lei nº 12.429, de 29 de setembro de 2003, com alteração introduzida pela Lei nº
12.502, de 16 de dezembro de 2003, e demais legislações tributárias estaduais, e ainda, os
especificados no Informativo Fiscal da Secretaria da Fazenda - SEFAZ-PE, "INFORMÁTICA -
PRODUTOS E SERVIÇOS", assim agrupados:
I - os bens e os respectivos acessórios, sobressalentes e ferramentas que, em quantidade
normal, acompanham tais bens, relacionados no Anexo Único deste Decreto, e os serviços de
informática;
II - os programas de computador;
III - a programação e a análise de sistemas de tratamento digital da informação;
IV - o processamento de dados;
V - a assistência e a manutenção técnica em informática;
VI - os sistemas integrados constituídos de bens e serviços de diversas naturezas em que pelo
menos 50% (cinquenta por cento) dos custos estimados sejam constituídos pelos itens
especificados nos incisos anteriores.
Art. 2º. Os processos licitatórios, inclusive dispensa de licitação, que tenham por objeto a
aquisição ou a locação de equipamentos, ou, ainda, a prestação de serviços especializados de
informática, deverão ser previamente submetidos à análise técnica da Agência Estadual de Tecnologia
da Informação - ATI, a qual emitirá, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, parecer conclusivo a
respeito da aceitabilidade ou normalidade das condições principais do processo, em especial para:
I - verificar a compatibilidade dos sistemas, programas e equipamentos, bem como a
acessibilidade dos recursos de informática com os sistemas centrais ou principais de processamento de
dados;
II - verificar a observância de um processo mínimo e progressivo de padronização de recursos e
sistemas de informática no âmbito da Administração Pública Estadual;
III - analisar os preços e valores estimados, comparando-os com os preços médios
praticados no mercado.
Nos casos de obtenção não onerosa de bens ou serviços de informática serão observados
apenas os incisos I e II do presente artigo.”

1.3. Da Dispensa
“É vedada a utilização da modalidade Convite ou Tomada de Preços, conforme o caso, para
parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no
mesmo local que possam ser realizados conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de
seus valores caracterizar o caso de Tomada de Preços ou Concorrência, respectivamente, nos termos
deste Artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou
empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço" (Lei nº 8.666/93, art. 23, §
5º).
É dispensável a Licitação (Lei n º 8.666/93, art. 24, atualizada pela Lei nº 8.883/94, com redação
dada pela Lei nº 9.648/98 nos seus incisos I e II):
“I para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto
para a modalidade Convite, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou
ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local, que possam ser realizados conjunta
e concomitantemente;
II para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto para a
modalidade Convite e para alienações, nos casos previstos na Lei nº 8.666/93, desde que não se refiram
a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma
só vez;
III nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam
ser concluídos no prazo máximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados da
ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos Contratos;
V quando não acudirem interessados à Licitação anterior e esta, justificadamente, não
puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas;
.......................................
VII quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos
praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais
competentes, casos em que, observado o Parágrafo Único do Art. 48 da Lei nº 8.666/93, e, persistindo a
situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante
do registro de preços ou dos serviços;
VIII para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou
serviços prestados por Órgão ou Entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado
para esse fim específico em data anterior à vigência da Lei nº 8.666/93, desde que o preço contratado
seja compatível com o praticado no mercado;
.....................................
X para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas
da Administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde
que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
XI na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência da
rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da Licitação anterior e aceitas as
mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;
XII nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo
necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com
base no preço do dia;
XIII na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da
pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social
do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético - profissional e não tenha fins
lucrativos;
XIV para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico,
aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas
para o Poder Público;
XV para a aquisição ou restauração de obras-de-arte e objetos históricos, de autenticidade
certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do Órgão ou Entidade;
XVI para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da
Administração e de edições técnicas oficiais, bem como para a prestação de serviços de informática a
pessoa jurídica de direito público interno, por Órgãos ou Entidades que integrem a Administração
Pública, criados para esse fim específico;
XVII para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira,
necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao
fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a
vigência da garantia;
......................................
XX na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e
de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de
serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado.
........................................”
As dispensas baseadas nos incisos III a XX, obrigatoriamente justificadas, deverão ser
comunicadas no prazo de 3 (três) dias à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa
oficial no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para eficácia dos atos. Nestes casos, os Empenhos
devem indicar a data da publicação da dispensa, cuja cópia será anexada à Prestação de Contas.

1.4. Da Inexigibilidade
O art. 25 da Lei nº 8.666/93 dispõe:
“É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por
produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio
do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou
Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II para a contratação de serviços técnicos enumerados no art.13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de
publicidade e divulgação;
III para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de
sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações,
organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades,
permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do
objeto do contrato.
A Lei nº 8.666/93 dispõe:
"Art.13 Para fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os
trabalhos relativos a:
• estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
• pareceres, perícias e avaliações em geral;
• assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
• fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras e serviços;
• patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
• treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
• restauração de obras de arte e bens de valor histórico."
As inexigibilidades, obrigatoriamente justificadas, deverão ser comunicadas dentro de 3 (três) dias
à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial no prazo de 5 (cinco) dias,
como condição para eficácia dos atos. Nestes casos, os Empenhos devem indicar a data da publicação
e uma cópia da publicação deve ser anexada à Prestação de Contas.
A inexigibilidade de Licitação na aquisição de alguns bens, como, por exemplo, veículos
integrantes de frotas oficiais, tem como principal justificativa o atendimento ao princípio da padronização.
O art. 15 da Lei nº 8.666/93, inciso I, dispõe:
“As compras, sempre que possível, deverão:
I- atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações
técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência
técnica e garantia oferecidas;
II - ..................................."

1.5. Das Modalidades e Valores Estimados da Contratação


• Para obras e serviços de engenharia:
Convite: até R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais)
Tomada de Preço: até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais)
Concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais)
• Para compras e serviços não referidos no item anterior:
Convite: até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)
Tomada de Preço: até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais)
Concorrência: acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais)

1.6. Limites de Dispensa de Licitação


• Para obras e serviços de engenharia: R$ 15.000,00 (quinze mil reais)
• Para compras e outros serviços: R$ 8.000,00 (oito mil reais)
Quando se tratar de Sociedade de Economia Mista e Empresas Públicas, bem como Autarquias e
Fundações qualificadas, na forma da Lei, como Agências Executivas:
• Para obras e serviços de engenharia: R$ 30.000,00 (trinta mil reais)
• Para compras e outros serviços: R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais)
O Decreto Estadual nº 31.058, de 23 de novembro de 2007, trouxe que o artigo 6º do Decreto nº
21.260, de 01 de janeiro de 1999, e alterações, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 6º Os processos de licitação, bem como as dispensas e inexigibilidades para contratação de
serviços, inclusive de consultoria, no âmbito da Administração Direta do Estado, cujos valores estimados
ultrapassem o limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), serão centralizados na Secretaria de
Administração do Estado -SAD, mantendo-se descentralizados os processos de contratação, liquidação
e pagamento.
§ 1º Serão centralizados pela SAD, independentemente do valor estimado da contratação, os
processos de licitação, dispensa e inexigibilidade para contratação, pelos órgãos da Administração
Direta, de serviços para os quais tenham sido elaborados os estudos técnicos a que se refere o § 1º do
artigo 2º do Decreto nº 30.286, de 21 de março de 2007.
§ 2º Dependerá de autorização prévia do Secretário de Administração a abertura dos processos
de que trata o parágrafo anterior pelas entidades da Administração Indireta do Estado.
§ 3° Dependerá, ainda, de autorização prévia do Secretário de Administração, a abertura de
processos de licitação, dispensa ou inexigibilidade para contratação de serviços, inclusive de consultoria,
que:
I – a cargo dos órgãos e entidades da Administração Direta, tenham valor estimado superior a R$
80.000,00 (oitenta mil reais) e inferior a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais;
II – a cargo das entidades da Administração Indireta que recebem repasse ou transferência de
recursos do Tesouro Estadual, tenham valor estimado superior a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
§ 4º O Conselho de Programação Financeira poderá, excepcionalmente, autorizar a realização
dos processos de que trata o caput deste artigo pelo órgão ou entidade da Administração Pública do
Estado responsável pela contratação.
§ 5º Os processos licitatórios, independentemente do valor e do objeto da contratação, poderão
ser realizados pela SAD, excepcionalmente, mediante solicitação devidamente justificada do titular do
órgão ou entidade interessada na contratação, mantendo-se descentralizado o processo de contratação,
liquidação e pagamento.
§ 6º Os órgãos e entidades da Administração Pública do Estado, quando do encaminhamento a
SAD dos processos de licitação, dispensa e inexigibilidade de que trata este artigo, deverão instruí-los
com todos os documentos necessários à sua formalização.
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica aos processos de licitação que:
I – ocorrerem por conta de recursos contemplados no orçamento estadual destinados aos
Programas definidos em Portaria do Secretário de Administração;
II - destinarem-se à aquisição de impressos, formulários e documentos para uso em atividades
exclusivamente de fiscalização e arrecadação tributárias;
III - destinarem-se à realização de obras e serviços de engenharia."

2. Portal de Compras
Com a difusão da Internet em diversos campos da sociedade, o Governo Federal viu-se diante da
tarefa de moldar seus mecanismos de contato com a sociedade à era virtual. Com isso, passou a investir
em projetos que efetivassem as compras de materiais e serviços por meio da Internet, o que foi então
denominado de Governo Eletrônico.
Conforme trata do assunto a advogada Rossana de Araújo Rocha³, “O Governo Eletrônico, e-
governo ou e-gov pode ser definido, segundo o seu site oficial, pelo uso da tecnologia para aumentar o
acesso e melhorar o fornecimento de serviços do governo para cidadãos, fornecedores e servidores.”
Nesse contexto, o Pregão Eletrônico está inserido no G2B (government-to-business), ou seja, a relação
entre o governo e os negócios, compreendido, destarte, as compras realizadas pelo ente público com os
particulares.
Em vista disso, criou-se a necessidade dos órgãos públicos possuírem sistemas adequados às
características do Pregão Eletrônico, bem como estarem de acordo com a legislação pertinente.
O Governo do Estado de Pernambuco contratou a Empresa Paradigma que criou o sistema WBC
PUBLIC, um portal de compras moderno, que consegue atender as necessidades de seus usuários,
proporcionar a segurança necessária e eficiente para evitar fraudas e, ainda, estar de acordo com a mais
atualizada legislação sobre a matéria, denominando-o REDECOMPRAS, que pode ser acessado através
do site: www.redecompras.pe.gov.br.
Maiores informações de como operacionalizar o sistema pode ser visto na apostila para
treinamento no módulo de pregão eletrônico disponibilizada na rede.

3. Pregão
3.1. Legislação Relativa ao Estado de Pernambuco
3.1.1. Lei nº 12.986, de 17 MAR 2006
Art. 1º. As aquisições de bens e serviços comuns através de licitação, na modalidade pregão,
instituída pela Lei Federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002, passam a ser regidas, no âmbito do Poder
Executivo Estadual, por esta Lei e seu respectivo regulamento.
Art. 2º. Consideram-se bens e serviços comuns, para os efeitos desta Lei, aqueles cujos padrões
de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações
usuais no mercado.
Art. 3º. A licitação na modalidade de pregão é juridicamente condicionada aos princípios da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa,
da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo, bem como aos princípios correlatos
da celeridade, finalidade, razoabilidade, proporcionalidade, competitividade, justo preço, seletividade e
comparação objetiva das propostas.
Art. 4º. Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade
pregão.
§ 1º. As licitações para a aquisição de bens comuns serão feitas, necessariamente, na sua forma
eletrônica.
§ 2º. A implantação da modalidade pregão, na forma eletrônica, para a aquisição de serviços
comuns, será feita de forma gradual, atendendo ao desenvolvimento dos estudos e viabilidade técnico-
operacional.
Art. 5º. A licitação na modalidade pregão, na forma eletrônica, não se aplica às contratações de
obras de engenharia, bem como às locações imobiliárias e alienações em geral.
Art. 6º. O Estado capacitará os seus servidores e empregados públicos para o exercício da função
de pregoeiro, atendendo à indicação dos seus respectivos órgãos e entidades.
Parágrafo único. A capacitação do pregoeiro poderá ser feita também por outro ente da
Administração Pública ou instituição civil qualificada, desde que atenda às exigências curriculares do
Estado.

3.1.2. Decreto Estadual nº 32.539/2008, de 24 OUT 2008 – Regula o Pregão Eletrônico


Art. 2º Os processos de licitação, na forma eletrônica, são condicionados aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, eficiência, probidade administrativa,
vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo, bem como aos correlatos da
razoabilidade, competitividade e proporcionalidade.
Parágrafo único. As normas disciplinadoras dos processos eletrônicos serão sempre interpretadas
em favor da ampliação da disputa entre os interessados, desde que não comprometam o interesse da
Administração, o princípio da isonomia, a finalidade e a segurança da contratação.
Art. 3º Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatória a modalidade
pregão.
Parágrafo único. As licitações para aquisição de bens comuns serão realizadas, obrigatoriamente,
através de pregão eletrônico, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela
autoridade competente.
Art. 4º O pregão, na forma eletrônica, é a modalidade de licitação do tipo menor preço, para o
fornecimento de bens ou serviços comuns, em que a disputa é feita por meio de propostas e lances, em
sessão pública virtual, por meio da internet.
§ 1º Consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais do mercado.
§ 2º Para o julgamento das propostas, serão fixados critérios objetivos que permitam aferir o
menor preço, devendo ser considerados os prazos para a execução do contrato e do fornecimento, as
especificações técnicas, os parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade e as demais condições
definidas no edital.
§ 3º O sistema utilizado para realização do pregão, na forma eletrônica, será dotado de recursos
de criptografia e de autenticação que garantam condições de segurança em todas as etapas do certame.
§ 4º O pregão, na forma eletrônica, será conduzido pelo órgão ou entidade promotora da licitação,
com apoio técnico e operacional da Secretaria de Administração do Estado, como órgão gestor do
sistema, cabendo-lhe prestar assistência, coordenação, treinamento, qualificação e acompanhamento
necessários à realização do processo.
§ 5º A Secretaria de Administração do Estado poderá disponibilizar o sistema para utilização de
órgãos ou entidades pertencentes a outras esferas da administração pública, mediante celebração de
termo de adesão, com a anuência do provedor do sistema eletrônico.
Art. 5º Para acesso ao sistema de pregão, na forma eletrônica, deverão ser previamente
credenciados, perante o provedor do sistema eletrônico, a autoridade competente do órgão promotor da
licitação, o pregoeiro e os licitantes.
§ 1º O credenciamento para acesso ao sistema de pregão, na forma eletrônica, dar-se-á pela
atribuição do login e da senha, pessoal e intransferível, encaminhada ao interessado, através do seu e-
mail informado pelo próprio interessado.
§ 2º Caberá aos órgãos e entidades participantes do pregão, na forma eletrônica, proceder à
atualização dos dados de seus servidores usuários do sistema, devendo encaminhar à Gerência de
Compras Eletrônicas da Secretaria de Administração do Estado as informações para inclusão ou
exclusão dos servidores usuários.
§ 3º Os fornecedores interessados em participar de licitações deverão previamente se credenciar
junto ao sistema eletrônico indicado no portal www.redecompras.pe.gov.br, e receberão login e a senha,
através dos seus e-mails declarados no ato do credenciamento.
§ 4º O login e a senha poderão ser utilizados em qualquer pregão, na forma eletrônica, salvo
quando cancelados por solicitação da autoridade ou do fornecedor credenciado, ou ainda, em virtude de
penalização junto ao Cadastro de Fornecedores do Estado de Pernambuco - CADFOR-PE.
§ 5º O uso da senha de acesso pelo licitante é de sua responsabilidade exclusiva, incluindo
qualquer transação efetuada diretamente ou por seu representante, não cabendo ao provedor do
sistema ou ao órgão promotor da licitação responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso
indevido do acesso, ainda que por terceiros.
§ 6º A perda da senha ou a quebra de sigilo deverá ser comunicada imediatamente ao provedor
do sistema de pregão, na forma eletrônica, para imediato bloqueio de acesso.
§ 7º O credenciamento junto ao provedor do sistema implica em responsabilidade legal do licitante
e a presunção de sua capacidade técnica e jurídica para realização das transações inerentes ao pregão,
na forma eletrônica.
§ 8º O login e a senha utilizados por qualquer usuário do sistema poderão ser substituídos por
certificados digitais vinculados à Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-BRASIL, desde que
o sistema esteja apto ao uso deste recurso.
Art. 6º Os interessados em acompanhar os processos de licitação, na forma eletrônica, têm direito
público subjetivo ao acesso às informações processuais em tempo real, por meio da internet.
Art. 7º Caberá à autoridade competente, de acordo com as atribuições previstas no regimento ou
estatuto do órgão ou da entidade licitante:
• solicitar à Gerencia de Compras Eletrônicas da Secretaria de Administração, os
credenciamentos que se fizerem necessários;
• indicar o sistema eletrônico a ser utilizado;
• designar o pregoeiro e os componentes da equipe de apoio;
• aprovar o Termo de Referência;
• determinar a abertura do processo licitatório;
• decidir os recursos contra atos do pregoeiro;
• adjudicar o objeto da licitação, quando houver recurso;
• homologar o processo;
• celebrar o contrato;
• revogar e anular a licitação.
Art. 8º Caberá ao pregoeiro, em especial:
• processar a licitação;
• elaborar e assinar o edital;
• receber, examinar e responder às consultas sobre o edital;
• receber, examinar e decidir as impugnações ao edital, dando conhecimento à assessoria
jurídica responsável pela aprovação do edital;
• conduzir a sessão pública na internet;
• verificar a conformidade da proposta com os requisitos estabelecidos no instrumento
convocatório, para fins de classificação ou desclassificação;
• dirigir a etapa de lances;
• verificar e julgar as condições de habilitação;
• declarar o vencedor do certame;
• receber, examinar e instruir os recursos, encaminhando-os devidamente informados à
autoridade competente para julgamento;
• adjudicar o objeto, quando não houver recurso;
• elaborar e manter atas no sistema;
• conduzir os trabalhos da equipe de apoio;
• encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade superior e propor a
homologação.
Art. 9º Caberá à equipe de apoio, dentre outras atribuições, auxiliar o pregoeiro em todas as fases
do processo licitatório.
Art. 10. As designações do pregoeiro e da equipe de apoio devem recair nos servidores do órgão
ou empregados da entidade promotora da licitação.
Parágrafo único: A equipe de apoio será integrada, em sua maioria, por servidores ou militares
ocupantes de cargo efetivo, ou empregado da administração pública pertencentes, preferencialmente, ao
quadro permanente do órgão ou entidade promotora da licitação.
Art. 11. Somente poderá exercer as funções de pregoeiro, o servidor, militar ou empregado público
que reúna perfil adequado e qualificação técnica aferida em curso de formação de pregoeiro, promovido
ou aprovado pela Secretaria de Administração do Estado.
Parágrafo único. Para obtenção do login e da senha de acesso ao sistema de pregão, na forma
eletrônica, o pregoeiro designado, nos termos deste regulamento, deverá ter certificação de treinamento
específico para uso no sistema.
Art 12. Caberá ao licitante interessado no pregão, na forma eletrônica:
• credenciar-se no sistema de pregão, na forma eletrônica;
• remeter, no prazo estabelecido no instrumento convocatório, exclusivamente por meio
eletrônico, via internet, a proposta e, quando for o caso, seus anexos;
• responsabilizar-se formalmente pelas transações efetuadas em seu nome, assumindo
como firmes e verdadeiras suas propostas e lances, inclusive os atos praticados diretamente ou por seu
representante, não cabendo ao provedor do sistema conveniado ou ao órgão promotor da licitação,
responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros;
• acompanhar as operações no sistema eletrônico durante o processo licitatório,
responsabilizando-se pelo ônus decorrente da perda de negócios diante da inobservância de quaisquer
mensagens emitidas pelo sistema ou de sua desconexão;
• comunicar imediatamente ao provedor do sistema eletrônico qualquer acontecimento que
possa comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso da senha, para imediato bloqueio de acesso;
• utilizar-se do seu login e da senha de acesso para participar do pregão, na forma
eletrônica; e
• solicitar o cancelamento do login e da senha de acesso.
Parágrafo único. O fornecedor suspenso no CADFOR-PE terá o seu login e senha bloqueados no
sistema imediatamente após a comunicação do órgão ou entidade responsável pela aplicação da
penalidade à Gerência de Cadastro de Fornecedores da Secretaria de Administração.
Art. 13. Na fase preparatória do pregão, na forma eletrônica, serão tomadas as seguintes
providências:
• elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante da licitação, e sua aprovação
pela autoridade competente;
• apresentação de justificativa da necessidade da contratação;
• elaboração do edital;
• aprovação do edital pela assessoria jurídica;
• designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio.
§ 1º O termo de referência deverá conter a especificação do objeto, de forma clara, concisa e
objetiva, o prazo de execução, prazo e forma de pagamento, as sanções aplicáveis, as obrigações do
contratado e do contratante e demais elementos essenciais à execução do contrato.
§ 2º O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, salvo disposição específica do
edital.
Art. 14. Para fins de habilitação do licitante, será exigida, exclusivamente, a documentação
relativa:
• à habilitação jurídica;
• à qualificação técnica;
• à qualificação econômico-financeira;
• à regularidade fiscal com a Fazenda Nacional, o sistema da seguridade social e o Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
• à regularidade fiscal com a Fazenda do Estado de Pernambuco;
• à regularidade fiscal perante as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso; e
• ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII, do artigo 7º , da Constituição Federal.
§ 1º Somente serão exigidos documentos de habilitação do licitante classificado em primeiro lugar,
vedada antecipação de qualquer documento que possa identificar os fornecedores interessados em
participar do certame.
§ 2º Para fins de habilitação, a verificação pelo órgão promotor do certame nos sítios oficiais de
órgãos e entidades emissores de certidões constitui meio legal de prova.
§ 3º Os licitantes poderão deixar de apresentar os documentos de habilitação que já constem do
CADFOR-PE, assegurado aos demais licitantes o direito ao acesso aos dados nele constantes.
§ 4º Os documentos e anexos exigidos, quando remetidos via fax, deverão ser apresentados em
original ou por sua cópia, no prazo estabelecido no edital.
Art. 15. Quando permitida a participação de empresas estrangeiras na licitação, as exigências de
habilitação serão atendidas mediante documentos equivalentes, autenticados pelos respectivos
consulados ou embaixadas e traduzidos por tradutor juramentado no Brasil.
Parágrafo único. O licitante estrangeiro deverá ter procurador residente e domiciliado no País, com
poderes para receber citação, notificação, intimação e responder administrativa e judicialmente por seus
atos, juntando o instrumento de mandato.
Art. 16. A participação de consórcio, quando permitida no instrumento convocatório, dar-se-á
conforme as disposições da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e alterações.
Art. 17. A fase externa do pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a convocação dos
interessados por meio de publicação de aviso do edital, observados os valores estimados para
contratação e os meios de divulgação a seguir indicados:
*até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais):
• Diário Oficial do Estado; e
• internet;
*acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) até R$ 1.300.000,00 (um milhão e
trezentos mil reais):
• Diário Oficial do Estado;
• internet; e
• jornal de grande circulação local;
*superiores a R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais):
• Diário Oficial do Estado;
• internet; e
• jornal de grande circulação regional ou nacional.
§ 1º Na divulgação do pregão realizado para registro de preços, independentemente do valor
estimado, será adotado o disposto no inciso III deste artigo.
§ 2º Os órgãos e entidades da administração estadual participantes do sistema deverão
disponibilizar a íntegra do edital de licitação e anexos, em meio eletrônico, através da internet, no Portal
de Compras do Governo Estadual–RedeCompras, no endereço www.redecompras.pe.gov.br.
§ 3º O aviso do edital conterá a definição precisa, suficiente e clara do objeto, a indicação dos
locais, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital, bem como o endereço
eletrônico onde ocorrerá a sessão pública, a data e hora de sua realização e a indicação de que o
pregão, na forma eletrônica, será realizado por meio da internet.
§ 4º O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso,
não será inferior a 08 (oito) dias úteis.
§ 5º Todas as referências de tempo estabelecidas no edital, no aviso e durante a sessão pública
observarão, para todos os efeitos, o horário de Brasília, Distrito Federal, inclusive para contagem de
tempo e registro no sistema eletrônico e na documentação relativa ao certame.
Art. 18. Os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados ao
pregoeiro, exclusivamente por meio eletrônico via internet, no endereço e prazo indicados no edital de
licitação.
Art. 19. Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação, devendo protocolar o
pedido, eletronicamente, em até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura da sessão
pública, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis.
Art. 20. Decairá do direito de impugnar o edital de licitação perante a administração o licitante que
não o fizer, na forma eletrônica, até o 2º (segundo) dia útil que anteceder a data fixada para abertura da
sessão pública.
§ 1º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo
licitatório até decisão definitiva a ela pertinente.
§ 2º A decisão do pregoeiro sobre o julgamento da impugnação será comunicada ao licitante
interessado, preferencialmente, até o dia anterior à data marcada para realização do pregão, podendo,
tal comunicação, ser feita na própria sessão de abertura, fazendo-se o registro na ata.
§ 3º Quando por razões de ordem técnica ou administrativa, não for possível julgar a impugnação
antes da data marcada para a sessão publica do pregão, deverá o pregoeiro justificar essas
circunstâncias, e comunicar aos licitantes o adiamento da licitação.
Art. 21. Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma de publicação em que
se deu a do texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
Art. 22. Após a divulgação do edital, no endereço eletrônico, os licitantes deverão encaminhar,
exclusivamente por meio do sistema eletrônico, as propostas com a descrição do objeto ofertado e o
preço e, se for o caso, o respectivo anexo, até a data e hora limites estabelecidas, quando, então,
encerrar-se-á, automaticamente, a fase de recebimento de propostas.
§ 1º Para fins de participação no pregão, na forma eletrônica, o licitante deverá manifestar, em
campo próprio do sistema eletrônico, que cumpre plenamente os requisitos de habilitação e que sua
proposta está em conformidade com as exigências do instrumento convocatório.
§ 2º A declaração falsa relativa ao cumprimento dos requisitos de habilitação e propostas sujeitará
o licitante às sanções previstas neste Decreto.
§ 3º Até o horário limite estabelecido para envio de propostas, os licitantes poderão retirar ou
substituir a proposta apresentada eletronicamente.
Art. 23. A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na internet será aberta por comando
do pregoeiro com a utilização de seu login e senha de acesso.
§ 1º Os licitantes poderão participar da sessão pública na internet, devendo utilizar o seu login e
senha de acesso.
§ 2º O pregoeiro verificará as propostas apresentadas, classificando aquelas que estejam em
conformidade com os requisitos estabelecidos no edital, e desclassificando as desconformes e
incompatíveis.
§ 3º As desclassificações de propostas serão sempre fundamentadas e registradas no sistema,
com exibição em tempo real das ações realizadas pelo pregoeiro.
§ 4º As propostas contendo a descrição do objeto, valor e eventuais anexos estarão disponíveis na
internet.
§ 5º O sistema disponibilizará campo próprio para troca de mensagens entre o pregoeiro e os
licitantes.
Art. 24. O sistema ordenará, automaticamente, as propostas classificadas pelo pregoeiro, sendo
que somente estas participarão da fase dos lances.
Art. 25. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, quando então os
licitantes poderão encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico.
§ 1º Os licitantes poderão oferecer lances sucessivos, observados o horário fixado para abertura
da sessão e as regras estabelecidas no edital.
§ 2º O licitante somente poderá oferecer lance inferior ao último por ele ofertado e registrado pelo
sistema.
§ 3º Não serão aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo aquele que for recebido e
registrado primeiro.
§ 4º Durante a sessão pública, os licitantes serão informados, em tempo real, do valor do seu
lance e do valor do menor lance registrado, vedada a identificação do licitante.
§ 5º A etapa de lances da sessão pública será encerrada por decisão do pregoeiro.
§ 6º O sistema eletrônico encaminhará aviso de fechamento iminente dos lances, após o que
transcorrerá período de tempo de até 30 (trinta) minutos, aleatoriamente determinado pelo sistema, findo
o qual será automaticamente encerrada a recepção de lances.
§ 7º Após o encerramento da etapa de lances, o pregoeiro poderá encaminhar, pelo sistema
eletrônico, contraproposta ao licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso, para que seja obtida
melhor proposta, observado o critério de julgamento, não se admitindo negociar condições diferentes
daquelas previstas no edital.
§ 8º A negociação será realizada por meio do sistema, podendo ser acompanhada pelos demais
licitantes.
§ 9º No caso de desconexão do pregoeiro, no decorrer da etapa de lances, se o sistema eletrônico
permanecer acessível aos licitantes, os lances continuarão sendo recebidos, sem prejuízo dos atos
realizados.
§ 10. Quando a desconexão do pregoeiro persistir por tempo superior a 10 (dez) minutos, a
sessão do pregão, na forma eletrônica, será suspensa e reiniciada somente após comunicação aos
participantes, no endereço eletrônico utilizado para divulgação.
Art. 26. Encerrada a etapa de lances, o pregoeiro examinará a proposta classificada em primeiro
lugar quanto à compatibilidade do objeto e aceitabilidade do preço, e verificará a habilitação do licitante
conforme documentação exigida na forma e prazos estabelecidos no edital.
§ 1º Na hipótese de participação de Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte, será observado
o procedimento de acordo com a legislação específica.
§ 2º No caso de licitação em que o edital exija apresentação de planilha de composição de preços,
esta deverá ser encaminhada pelo licitante, de imediato por meio eletrônico, ou conforme estabelecido
no edital, com os respectivos valores readequados ao lance ofertado, para exame da aceitabilidade do
preço pelo pregoeiro.
§ 3º No julgamento da habilitação e das propostas, o pregoeiro poderá sanar erros ou falhas que
não alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante despacho
fundamentado, registrado em ata e acessível a todos, atribuindo-lhes validade e eficácia para fins de
habilitação e classificação.
Art. 27. Constatado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado
vencedor.
Art.28. Se a oferta não for aceitável ou se o licitante não atender às exigências habilitatórias, o
pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classificação,
e assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o licitante declarado
vencedor.
Art.29. Se o licitante vencedor, convocado no prazo de validade de sua proposta, não celebrar o
contrato ou não assinar a ata de registro de preços, aplicar-se-á o disposto no artigo anterior.
Art. 30. Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante a sessão pública, de forma
imediata e motivada, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer, quando lhe será
concedido o prazo de 3 (três) dias para apresentar as razões de recurso, ficando os demais licitantes,
desde logo, intimados para apresentar contra-razões em igual prazo, que começará a contar do término
do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos.
§ 1º A falta de manifestação imediata e motivada do licitante quanto à intenção de recorrer, nos
termos do caput, importará na decadência do direito, ficando o pregoeiro autorizado a adjudicar o objeto
ao licitante declarado vencedor.
§ 2º O acolhimento de recurso importará na invalidação apenas dos atos insuscetíveis de
aproveitamento.
Art. 31. Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade
competente fará a adjudicação do objeto ao licitante vencedor, e homologará o processo licitatório.
§ 1º Após a homologação do processo, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato ou
a ata de registro de preços no prazo definido no edital.
§ 2º Para a assinatura do contrato ou da ata de registro de preços, será exigida a comprovação
das condições de habilitação estabelecidas no edital e registro no CADFOR-PE as quais deverão ser
mantidas pelo licitante durante a vigência do contrato ou da ata de registro de preços.
Art. 32. Aquele que, convocado dentro do prazo de validade de sua proposta, não assinar o
contrato ou ata de registro de preços, deixar de entregar documentação exigida no edital, apresentar
documentação falsa, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar
ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo, fizer declaração falsa ou cometer
fraude fiscal, garantido o direito à ampla defesa, ficará impedido de licitar e de contratar com o Estado e
demais entes aderentes ao sistema e, será descredenciado no CADFOR-PE, pelo prazo de até 05
(cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.
Art. 33. A autoridade competente para aprovação do procedimento licitatório somente poderá
revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente
comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-lo por ilegalidade, de ofício
ou por provocação de terceiro, mediante parecer escrito e fundamentado.
§ 1º A anulação do procedimento licitatório induz à do contrato ou da ata de registro de preços.
§ 2º A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de
indenizar, ressalvado o direito do contratado de boa-fé de ser ressarcido pelos encargos que tiver
suportado no cumprimento do contrato.
Art. 34. Para fins de emissão da Nota de Empenho, o vencedor da licitação deverá ser inscrito no
CADFOR-PE.
Art. 35. O processo licitatório do pregão, na forma eletrônica, será instruído com os seguintes
documentos:
• justificativa da contratação;
• termo de referência;
• pesquisas de preços e planilhas de custos, quando for o caso;
• previsão de recursos orçamentários, com a indicação das respectivas rubricas;
• autorização de abertura da licitação;
• ato de designação do pregoeiro e equipe de apoio;
• edital e respectivos anexos, quando for o caso;
• minuta do termo do contrato ou instrumento equivalente, e minuta da ata de registro de
preços, conforme o caso;
• parecer jurídico;
• documentos de habilitação e propostas;
• ata contendo os seguintes registros:
a) licitantes participantes;
b) propostas apresentadas;
c) lances ofertados na ordem de classificação;
d) aceitabilidade da proposta de preço;
e) licitante habilitado/vencedor;
f) licitante inabilitado com indicação do motivo e respectivo item do edital;
g) manifestação de interesse de interposição de recurso e respectiva motivação;
• documentos relativos às impugnações, recursos e respectivas informações e decisões;
• comprovantes das publicações:
a) do aviso do edital;
b) do resultado da licitação;
c) do extrato do contrato;
d)dos demais atos em que seja exigida a publicidade, conforme o caso;
• demais documentos relativos ao processo.
§ 1º Os atos e documentos referidos neste artigo, constantes dos arquivos e registros digitais,
serão válidos para todos os efeitos legais, inclusive para comprovação e prestação de contas.
§ 2º Os arquivos e registros digitais relativos ao processo licitatório deverão permanecer à
disposição das auditorias internas e externas.
§ 3º A ata será disponibilizada na internet para acesso livre, imediatamente após o encerramento
da sessão pública.
Art. 36. A Secretaria de Administração do Estado será o órgão gestor do sistema de pregão, na
forma eletrônica, contando com o apoio técnico e operacional dos atuais sistemas eletrônicos.
Art. 37. Para melhor gestão e padronização dos processos, a Secretaria de Administração do
Estado promoverá a unificação dos sistemas eletrônicos utilizados na administração direta e indireta do
Poder Executivo.

3.1.3. Decreto Estadual nº 32.541/2008, de 24 OUT 2008 – Regula o Pregão Presencial


Art. 1º As licitações, na modalidade Pregão Presencial, realizadas no âmbito do Poder Executivo
Estadual, para a aquisição de bens e contratação de serviços comuns destinados ao atendimento das
necessidades dos órgãos e entidades da administração direta e indireta do Poder Executivo do Estado,
passam a ser disciplinadas pelas normas estabelecidas neste Decreto.
Art. 2º Consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e
qualidade possam ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificações usuais praticadas no
mercado.
Art. 3º O Pregão Presencial é a modalidade de licitação, do tipo menor preço, em que a disputa é
feita por meio de propostas escritas e lances verbais, em sessão pública presencial.
Art. 4º Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatória a modalidade
Pregão.
Parágrafo único. As licitações para aquisição de bens comuns serão realizadas, obrigatoriamente,
através de Pregão Eletrônico, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela
autoridade competente.
Art. 5º O Pregão Presencial é condicionado aos princípios básicos da legalidade, impessoalidade,
moralidade, igualdade, publicidade, eficiência, probidade administrativa, vinculação ao instrumento
convocatório e do julgamento objetivo, bem como aos princípios correlatos da celeridade, finalidade,
razoabilidade, competitividade, proporcionalidade, justo preço, seletividade e comparação objetiva das
propostas.
Parágrafo único. As normas disciplinadoras da licitação serão sempre interpretadas em favor da
ampliação da disputa entre os interessados, desde que não comprometam o interesse da administração,
o princípio da isonomia, a finalidade e a segurança da contratação.
Art. 6º Todos os participantes da licitação na modalidade Pregão têm direito público subjetivo à fiel
observância do procedimento estabelecido no presente Decreto, podendo, ainda, qualquer interessado
acompanhar o desenvolvimento dos processos de pregão presencial desde que não interfira de modo a
perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
Art. 7º À autoridade competente, de acordo com as atribuições previstas no regimento ou estatuto
do órgão ou da entidade licitante, cabe:
I - designar o pregoeiro e os componentes da equipe de apoio;
II - aprovar o Termo de Referência;
III - determinar a abertura do processo licitatório;
IV - decidir os recursos contra atos do pregoeiro;
V - adjudicar o objeto da licitação, quando houver recurso;
VI - homologar o processo;
VII - celebrar o contrato;
VIII - revogar e anular a licitação.
Art. 8º Caberá ao pregoeiro, em especial:
I - processar a licitação;
II - elaborar e assinar o edital;
III - receber, examinar e responder as consultas sobre o edital;
IV - receber, examinar e decidir as impugnações ao edital, dando conhecimento à assessoria
jurídica responsável pela aprovação do edital;
V - credenciar os interessados e receber os envelopes;
VI - conduzir a sessão pública;
VII - verificar a conformidade da proposta com os requisitos estabelecidos no instrumento
convocatório, para fins de classificação ou desclassificação;
VIII - dirigir a etapa de lances;
IX - verificar e julgar os documentos de habilitação;
X - declarar o vencedor do certame;
XI - receber, examinar e instruir os recursos, encaminhando-os devidamente informado à
autoridade competente para julgamento;
XII - adjudicar o objeto, quando não houver recurso;
XIII - elaborar atas;
XIV - conduzir os trabalhos da equipe de apoio;
XV - encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade superior e propor a
homologação.
Art. 9º Caberá à equipe de apoio, dentre outras atribuições, auxiliar o pregoeiro em todas as fases
do processo licitatório.
Art. 10. As designações do pregoeiro e da equipe de apoio devem recair nos servidores do órgão
ou empregados da entidade promotora da licitação.
Parágrafo único. A equipe de apoio será integrada, em sua maioria, por servidores ou militares
ocupantes de cargo efetivo, ou empregado da administração pública pertencentes, preferencialmente, ao
quadro permanente do órgão ou entidade promotora da licitação.
Art. 11. Somente poderá exercer as funções de Pregoeiro, o servidor, militar ou empregado
público que reúna perfil adequado e qualificação técnica aferida em curso de formação de pregoeiro,
promovido ou aprovado pela Secretaria de Administração do Estado.
Art. 12. Na fase interna ou preparatória do Pregão Presencial será observado o seguinte:
I - elaboração de Termo de Referência pelo órgão requisitante e sua aprovação pela autoridade
competente;
II - apresentação de justificativa da necessidade da contratação;
III - elaboração do edital;
IV - aprovação do edital pela assessoria jurídica;
V - designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio.
§ 1º O termo de referência deverá conter a especificação do objeto, de forma clara, concisa e
objetiva, o prazo de execução, prazo e forma de pagamento, sanções aplicáveis, as obrigações do
contratado e do contratante e demais elementos essenciais à execução do contrato.
§ 2º O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, salvo disposição específica do
edital.
Art. 13. O licitante ou seu representante legal deverá comparecer à sessão de abertura do
certame, devidamente munido dos documentos e proposta exigidos no edital.
Parágrafo único. A ausência do representante do licitante, na sessão do Pregão Presencial, não
inviabilizará a sua participação no certame, desde que a entrega dos envelopes de habilitação e de
propostas, bem como da declaração de cumprimento dos requisitos de habilitação, seja efetuada até a
data e hora marcadas para o início da sessão.
Art. 14. Para a habilitação dos licitantes, será exigida, exclusivamente, a documentação relativa:
I - à habilitação jurídica;
II - à qualificação técnica;
III - à qualificação econômico-financeira;
IV - à regularidade fiscal com a Fazenda Nacional, o sistema da seguridade social e o Fundo
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
V - à regularidade fiscal com a Fazenda do Estado de Pernambuco;
VI - à regularidade fiscal perante as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso; e

VII - ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do artigo 7o da Constituição Federal.


§ 1º Para fins de habilitação, a verificação pelo órgão promotor do certame, nos sítios oficiais de
órgãos e entidades emissores de certidões, constitui meio legal de prova.
§ 2º Os licitantes poderão deixar de apresentar os documentos de habilitação que já constem do
Cadastro de Fornecedores do Estado de Pernambuco – CADFOR-PE, assegurado aos demais licitantes
o direito ao acesso aos dados nele constantes.
Art. 15. Quando permitida a participação de empresas estrangeiras na licitação, as exigências de
habilitação serão atendidas mediante documentos equivalentes, autenticados pelos respectivos
consulados ou embaixadas e traduzidos por tradutor juramentado no Brasil.
Parágrafo único. O licitante deverá ter procurador residente e domiciliado no País, com poderes
para receber citação, notificação, intimação e responder administrativa e judicialmente por seus atos,
juntando o instrumento de mandato.
Art. 16. A participação de consórcio, quando permitida no instrumento convocatório, dar-se-á
conforme as disposições da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e alterações.
Art. 17. A publicidade do procedimento dar-se-á por meio de aviso do edital, de acordo com os
seguintes valores estimados para contratação:
I - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais):
a) Diário Oficial do Estado; e
b) Internet;
II - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) até R$ 1.300.000,00 (um milhão e
trezentos mil reais):
a) Diário Oficial do Estado;
b) Internet; e
c) jornal de grande circulação local;
III - superiores a R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais):
a) Diário Oficial do Estado;
b) Internet; e
c) jornal de grande circulação regional ou nacional.
§ 1º Os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual deverão disponibilizar a íntegra do
edital, em meio eletrônico, através da Internet, no Portal de Compras do Governo Estadual -
www.redecompras.pe.gov.br.
§ 2º O aviso do edital conterá a definição precisa, suficiente e clara do objeto da licitação, a
indicação dos locais, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital, bem como o
local, a data e hora onde ocorrerá a sessão pública.
§ 3º O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso,
não será inferior a 08 (oito) dias úteis.
§ 4º Na divulgação do Pregão realizado para Registro de Preços, independentemente do valor
estimado, será adotado o disposto no inciso III do caput deste artigo.
Art. 18. Os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados ao
pregoeiro, no endereço e prazo indicados nos edital de licitação.
Art. 19. Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação, devendo protocolar o
pedido em até 05 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura da sessão pública, devendo a
Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis.
Art. 20. Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a Administração o
licitante que não o fizer até o 2º (segundo) dia útil que anteceder a data fixada para abertura da sessão
pública.
§ 1º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo
licitatório até decisão definitiva a ela pertinente.
§ 2º A decisão do pregoeiro sobre o julgamento da impugnação será comunicada ao licitante
interessado, preferencialmente, até o dia anterior à data marcada para realização do pregão, podendo
comunicar a decisão, na própria sessão de abertura do pregão, fazendo o registro na ata.
§ 3º Quando por razões de ordem técnica ou administrativa, não for possível julgar a impugnação
antes da data marcada para a sessão publica do pregão, deverá o pregoeiro justificar essas
circunstâncias, e comunicar aos licitantes o adiamento da licitação.
Art. 21. Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma de publicação em que
se deu a do texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
Art. 22. A fase externa do Pregão Presencial será iniciada com a convocação dos interessados,
por meio de publicação de aviso nos termos do art. 17 deste Decreto, e obedecerá às seguintes regras:
I - no dia, hora e local designados no edital, será realizada a sessão pública para recebimento das
propostas e da documentação de habilitação, devendo o interessado ou seu representante legal
proceder ao respectivo credenciamento, comprovando, se for o caso, possuir os poderes para
representar o licitante e praticar todos os demais atos inerentes ao certame;
II - aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão declaração dando
ciência de que cumprem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes contendo a
indicação do objeto e do preço oferecidos;
III - após o credenciamento dos interessados, o pregoeiro procederá à abertura dos envelopes
contendo as propostas, e verificará a conformidade destas com os requisitos do edital, classificando as
propostas que atendam ao edital, e desclassificando as desconformes e incompatíveis;
IV - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até
10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a
proclamação do vencedor;
V - não havendo pelo menos 03(três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão
os autores das melhores propostas, até o máximo de 03 (três), oferecer novos lances verbais e
sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos;
VI - o pregoeiro convocará individualmente os licitantes classificados, de forma seqüencial, a
apresentar lances verbais, a partir do autor da proposta classificada de maior preço e os demais em
ordem decrescente de valor;
VII - os lances deverão ser formulados, em valores distintos e decrescentes;
VIII - a desistência em apresentar lance verbal implica em exclusão do licitante da etapa de lances
verbais e na manutenção do último preço apresentado pelo licitante para efeito de ordenação das
propostas;
IX - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço,
observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de
desempenho e qualidade definidos no edital;
X - examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao
pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;
XI - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura do
invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta, para
verificação do atendimento das condições fixadas no edital;
XII - verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor;
XIII - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o
pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classificação,
e assim sucessivamente, até a apuração da oferta que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante
declarado vencedor;
XIV - nas situações previstas nos incisos X e XIII do caput deste artigo, o pregoeiro poderá
negociar diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor;
XV - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a
intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 03 (três) dias para apresentação das razões
do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados para apresentar contra-razões em igual
número de dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista
imediata dos autos;
XVI - o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de
aproveitamento;
XVII - a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a decadência do direito
de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor;
XVIII - decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do objeto da licitação
ao licitante vencedor;
XIX - homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudicatário será convocado para
assinar o contrato no prazo definido em edital; e
XX - se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não
celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XIII do caput deste artigo.
§ 1º No caso de participação de Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte, será observado o
procedimento de acordo com a legislação específica.
§ 2º No julgamento da habilitação e das propostas, o pregoeiro poderá sanar erros ou falhas que
não alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante despacho
fundamentado, registrado em ata e acessível a todos, atribuindo-lhes validade e eficácia para fins de
habilitação e classificação.
§ 3º No caso de contratação de serviços comuns em que a legislação ou o edital exija
apresentação de planilha de composição de preços, esta deverá ser entregue no prazo estabelecido no
edital, com os respectivos valores readequados ao lance vencedor.
Art. 23. No ato de assinatura do contrato ou da ata de registro de preços, será exigida a
comprovação das condições de habilitação estabelecidas no edital e registro no CADFOR-PE, as quais
deverão ser mantidas pelo licitante, durante a vigência do contrato ou da ata de registro de preços.
Art. 24. Aquele que, convocado, dentro do prazo de validade de sua proposta, não assinar o
contrato ou ata de registro de preços, deixar de entregar documentação exigida no edital, apresentar
documentação falsa, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar
ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo, fizer declaração falsa ou cometer
fraude fiscal, garantido o direito à ampla defesa, ficará impedido de licitar e de contratar com o Estado de
Pernambuco e entidades da administração indireta a ele vinculadas, e será descredenciado no
CADFOR-PE, pelo prazo de até 05(cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no
contrato, e das demais cominações legais.
Art. 25. A autoridade competente para determinar a contratação poderá revogar a licitação por
razões de interesse público, decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e
suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de
terceiros, mediante ato escrito e fundamentado, observadas as disposições do artigo 49 da Lei Federal
nº 8.666, de 1993.
Art. 26. Nenhum contrato será celebrado sem a efetiva disponibilidade de recursos orçamentários
para pagamento das despesas dele decorrentes no exercício financeiro em curso.
Art. 27. A Administração providenciará a publicação do resumo do instrumento de contrato e seus
aditamentos, no Diário Oficial do Estado, com indicação da modalidade de licitação e de seu número de
referência, até o 5º (quinto) dia útil do mês subseqüente ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de
20 (vinte) dias, como condição indispensável para sua eficácia.
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput deste artigo sujeitará o servidor
responsável a sanção administrativa.
Art. 28. Os atos essenciais do Pregão, inclusive os decorrentes de meios eletrônicos, serão
documentados ou juntados ao respectivo processo, compreendendo, no mínimo, os seguintes
documentos:
I - justificativa da contratação;
II - termo de referência;
III - planilhas de custos, se for o caso;
IV - declaração de reserva orçamentária, com a indicação das respectivas rubricas;
V - autorização de abertura da licitação;
VI - designação do pregoeiro e equipe de apoio;
VII - parecer jurídico;
VIII - edital e respectivos anexos, quando for o caso;
IX - instrumentos de impugnações ao edital devidamente instruídos e com a respectiva decisão;
X - minuta do termo do contrato ou instrumento equivalente, e ata de registro de preços, conforme
o caso;
XI - originais das propostas escritas, e documentação de habilitação dos licitantes;
XII - ata da sessão do pregão, contendo o registro dos participantes do certame, das propostas
escritas e lances verbais apresentados, da análise da documentação exigida para habilitação, dos
motivos de inabilitação e desclassificação de propostas, das motivações dos recursos interpostos;
XIII - razões dos recursos e contra-razões aos recursos interpostos, bem como as informações do
pregoeiro sobre os recursos e respectiva decisão quanto ao julgamento do recurso;
XIV - comprovantes da publicação do aviso do edital, do resultado da licitação e dos demais atos
relativos à publicidade do certame, conforme o caso.
Art. 29. Caberá ao Secretário de Administração do Estado disciplinar os casos omissos e demais
procedimentos necessários ao fiel cumprimento deste Decreto.
Art. 30. O artigo 2º do Decreto nº 19.698, de 08 de abril de 1997, passa a vigora com a seguinte
redação:
"Art. 2º. Para aquisição ou locação de bens e contratação de serviços na área de informática, a
Administração poderá adotar o tipo de licitação menor preço, em quaisquer modalidades de licitação.
Parágrafo único. As licitações relativas a bens e serviços comuns na área de informática serão
realizadas na modalidade Pregão, nos termos da legislação pertinente."

3.2. Características
1) Inversão das fases da licitação – primeiramente são enviadas as propostas e os lances,
posteriormente realiza-se a fase de habilitação. Deste modo, será examinada somente a documentação
do licitante que tenha apresentado o melhor preço final.
2) Possibilidade de leilão reverso.
3) Prazo para abertura da licitação de, no mínimo, 8 (oito) dias úteis.
4) Utilização de meios eletrônicos para o procedimento.
5) Pode ser aplicado a qualquer valor estimado de contratação.
6) Destina a garantir por meio de disputa justa entre os interessados, a compra mais econômica,
segura e eficiente.
7) Admite como critério de julgamento da proposta somente o menor preço.

3.3. Benefícios do Pregão


Para a Administração Pública – maior competitividade, redução burocrática, transparência e
celeridade processual (=menor custo).
Para as Empresas Licitantes – maior oportunidade de negócio, transparência e celeridade no
processo (=menor custo).
Para a População do País – reduz o custo e prazo da disponibilização dos serviços públicos
(=mais serviços disponibilizados para a sociedade e transparência dos processos).

3.4. Não Aplicação


Não se aplica ao Pregão na forma eletrônica:
a) para obras de engenharia e serviços de engenharia não comuns;
b) nas locações imobiliárias; e
c) alienações em geral.

3.5. Obrigatoriedade
Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão da
sua forma eletrônica.
O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a
ser justificada pela autoridade competente.

3.6. Termo de Referência


Previamente à realização de pregão em qualquer uma das formas, presencial ou eletrônica, a
exemplo de projeto básico, o setor requisitante deve elaborar Termo de Referência, com indicação
precisa, suficiente e clara do objeto, sendo vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou
desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou sua realização.
O Termo de Referência, devidamente autorizado pela autoridade competente, é o documento que
deve conter todos os elementos capazes de propiciar, de forma clara, concisa e objetiva, em especial:
1) objeto;
2) critério de aceitação do objeto;
3) avaliação do custo pela administração diante de orçamento detalhado;
4) definição dos métodos;
5) estratégia de suprimento;
6) valor estimado em planilhas de acordo com o preço de mercado;
7) cronograma físico-financeiro, se for o caso;
8) deveres do contratado e do contratante;
9) procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato;
10) prazo de execução e de garantia, se for o caso;
11) sanções por inadimplemento.

4. Contrato
Considera-se Contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública
e particulares, em que haja um acordo de vontade para a formação de vínculo e a estipulação de
obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada” (Lei 8.666/93, art. 2º, Parágrafo Único).
“O instrumento de Contrato é obrigatório nos casos de Concorrência e de Tomada de Preços, bem
como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites dessas duas
modalidades de Licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros
instrumentos hábeis tais como Carta-Contrato, Nota de Empenho de Despesa, Autorização de Compra,
ou Ordem de Execução de Serviço” (Lei 8.666/93, art. 62).
Com relação aos Contratos firmados pela Administração Pública, convém destacar os seguintes
aspectos:
• é dispensável o Termo de Contrato e facultada a substituição pelos instrumentos Carta-Contrato,
Nota de Empenho de Despesa, autorização de Compra ou Ordem de Execução de Serviço, a critério da
Administração e independentemente de valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos
bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica (Lei 8.666/93,
art. 62, § 4º);
• é obrigatório o Termo de Contrato nos casos de locação de imóvel e nos Convênios,
independentemente do valor;
• todo Contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o
ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da Licitação, da dispensa ou da inexigibilidade,
a sujeição dos contratantes às normas da Lei nº 8.666/93 e às cláusulas contratuais (Lei 8.666/93, Art.
61);
• é vedado o Contrato com prazo de vigência indeterminado (Lei 8.666/93, art. 57, § 3º);
• anexar a respectiva Ordem de Serviço ou de Fornecimento de Mercadoria ao Contrato cujo início
do prazo de vigência estiver condicionado à emissão desse documento;
• O artigo 1º do Decreto nº 33.727, de 03 de agosto de 2009, alterado pelo Decreto nº 34.168, de
11 de novembro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 1º Será prévia e obrigatória a apreciação, no âmbito da Administração Pública Direta e das
Autarquias, pela Procuradoria Geral do Estado, por intermédio da Procuradoria Consultiva, dos
seguintes instrumentos jurídicos:
I - Contratos Administrativos a serem celebrados pelo Estado de Pernambuco, cujo valor seja
igual ou superior a R$ 700.000,00 (setecentos mil reais), considerado um período de até 12 (doze)
meses;
II – Processos de dispensa ou inexigibilidade de licitação e respectivos contratos cujo valor seja
igual ou superior a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), considerado um período de até 12 (doze) meses;
III – Convênios, Transferências Voluntárias, Contratos de Repasse e congêneres, que envolvam
recursos estaduais em valor igual ou superior a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) a título de repasse
ou contrapartida;
IV – Contratos de Gestão, Termos de Parceria, Consórcios Públicos, Contratos de Programa,
Contratos de Concessão, Parcerias Público-Privadas, Contratos de Cessão de Uso, independentemente
de valor.
§ 1º Os Termos Aditivos, independentemente de valor, aos instrumentos de que trata este artigo
deverão ser igualmente apreciados pela Procuradoria Geral do Estado.”
• após o visto da PGE, remeter a via original do Contrato para cadastramento na CGE;
• de acordo com a Lei 8.666/93, art. 57, incisos I, II e IV, com redação alterada pela Lei nº
9.648/98, a duração dos Contratos “ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
exceto quanto aos relativos:
α) aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, os quais poderão ser prorrogados, se houver interesse da Administração e desde que isso
tenha sido previsto no ato convocatório;
β) à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que deverão ter a sua
duração dimensionada com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a
Administração, limitada a duração a sessenta meses;
χ) ............................
δ) ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a
duração estender-se pelo prazo de até quarenta e oito meses após o início da vigência do
Contrato.”

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:

-JOÃO EUDES, Bezerra Filho. Contabilidade Pública. Teoria, Técnica de Elaboração de Balanços e 300
questões. Série Provas e Concursos. Impetus. Rio de Janeiro, 2004;
-LEI FED. nº 8.666 – Licitações e Contratos;
-LEI EST. nº 7.741 –Código de Administração Financeira do Estado de Pernambuco;
-LEI FED. nº 4.320 - Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para Elaboração e Controle dos
Orçamentos e Balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal;
-MPOG – MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO. Lei de responsabilidade
Fiscal. Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/ Acesso em: 28 out.2004;

-Manual da Despesa –Editado pela Secretaria da Fazenda-PE;


-VASCONCELOS FILHO, Bartolomeu Moraes. Recife: Escola Fazendária, 2002. Apostila distribuída para
o Curso de Extensão em Gestão Econômico - Financeira;
- Manual de contabilidade aplicada ao setor público: aplicado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios: procedimentos contábeis orçamentários / Ministério da Fazenda, Secretaria
do Tesouro Nacional, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Orçamento
Federal. – 2. ed. – Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional, Coordenação-Geral de Contabilidade,
2009. 279 p. : il. ; 25 cm. – (Manual de contabilidade aplicada ao setor público; v.1)

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