O conceito “Vamos fazer juntos?”, utilizado pelo Santander cria uma identidade não
apenas de uma marca, mas assume um “Tom humano”, que busca estar presente em
todas as fases do seu cliente, ajudando-o a conquistar seus sonhos, realizar ações
positivas para o planeta, entre outras conquistas. Este “Tom humano” penetra mais
profundamente na interioridade das pessoas, esperando que elas se entreguem, não
só de corpo, mas de espírito, já que as empresas agora têm uma alma. Neste anúncio
de revista que estamos analisando, a comunicação do Santander é direcionada às
pessoas que têm filhos, buscando inserir a importância de ensinar as crianças a ter
uma relação saudável com o dinheiro e a sociedade.
Com base na apostila “Do sólido ao líquido: consumo, logo existo?”, os conceitos de
pós-modernidade estão estritamente inseridos neste anúncio do Santander, onde uma
instituição financeira, grande representante do capitalismo, tenta inserir valores de
consumo em crianças, por meio de parceria como os canais de TV Discovery Kids e
Disney Channel e, também do site de jogos infantis “Brincandonarede”. Essas
parcerias são exemplos de uma sociedade conexionista, onde o capitalismo rizomático
persegue o lucro, mas aprendeu a criar parcerias e trabalhar em rede com outras
empresas e corporações a fim de não apenas lançar produtos e serviços, mas de criar
e produzir desejos e novos modos de ser, de acordo com Pelbart.
A publicidade, de acordo com a lógica das identidades plurais, dos “eu sociais”, cria
identidades pret-à-porter, pessoas com modos de ser criados pela publicidade. O
anúncio do Santander apresenta um novo modo de ser onde as pessoas podem ser
espelhar, onde cria-se identidades que se preocupam com o consumo consciente,
sustentabilidade e com o dinheiro, que é o foco do Santander, pois qualquer empresa
busca o lucro.
Essas identidades pret-à-porter acreditam na comunicação do Santander, quando este
pergunta a seu cliente “Vamos fazer juntos?”, como se a instituição financeira fosse
uma pessoa solidária e amiga, ou seja, as marcas se tornam pessoas.
3) Características psicológicas observadas na configuração da mensagem publicitária.