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BALANÇO

CLÁUDIO ANDRÉ MATOS DOS SANTOS


Aluno N º 20001088

r
PEDRO JORGE MATOS MARÇAL
Aluno N º 20001115

RESUMO: Este trabalho faz uma abordagem do significado do Balanço de uma


empresa. Explica-se quais as componentes de um Balanço, quais são os constituintes do
Activo e do Passivo, o que é o Capital Próprio, como é constituído e onde se localiza.
Faz-se ainda abordagens aos conceitos de Liquidez, Exigibilidade, Fundo de Maneio e
uma breve descrição de termos utilizados num Balanço. Apresenta-se também uma
breve descrição da história da Contabilidade.

INSTITUT0 POLITÉCNICO DE COIMBRA


INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COIMBRA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL


MAIO DE 2007

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Índice

BALANÇO ...................................................................................1

1. BREVE HISTORIAL SOBRE CONTABILIDADE ................................... 3

2. O QUE É O BALANÇO? ............................................................................ 4

2.1 Noção de Património e sua Composição................................. 6

2.2 Balanço Contabilístico baseado na Análise Patrimonial......... 7

2.3 Balanço Contabilístico baseado na Análise Funcional............ 9

3. COMPONENTES DE UM BALANÇO .................................................... 10

3.1 Activo de um Balanço ........................................................... 10

3.1.1 Capital Fixo ou Activo Fixo.......................... 10

3.1.2 Capital Circulante ou Activo Circulante ....... 11

3.2 Passivo de um Balanço.......................................................... 11

3.3 Capital Próprio ...................................................................... 12

4. LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE ............................................................... 12

4. FUNDO DE MANEIO............................................................................... 14

5. TERMOS DO BALANÇO......................................................................... 16

6. CONCEITO CHAVE ................................................................................. 17

7. CONCLUSÃO ........................................................................................... 17

8. BIBLIOGRAFIA........................................................................................ 17

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1. BREVE HISTORIAL SOBRE CONTABILIDADE
A Contabilidade existe desde os primórdios da civilização e, durante um longo período,
foi tida como a arte da escrituração mercantil. Utilizava técnicas específicas, que se
foram aperfeiçoando e especializando, sendo algumas delas aplicadas até hoje.

Não obstante a origem milenar da contabilidade, identificada por historiadores como


praticada em tempos remotos da civilização, embora de forma rudimentar e não
sistematizada.
O homem enriquecia, e isso impunha o estabelecimento de técnicas para controlar e
preservar os seus bens. Aí se inicia a história da contabilidade, que segundo
historiadores e estudiosos, se divide em quatro períodos:

CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com a civilização


do homem e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria de
Leonardo Pisano.

CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã


até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por
Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria
contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos,
obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento
humano.

CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840,


com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e
Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra
marcante na história da Contabilidade.

CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e


continua até os dias de hoje.

O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores consagrados:
Francesco Villa, escritor milanês, contabilísta público, que, com sua obra "La
Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche ", inicia a nova fase; e
Fábio Bésta, escritor veneziano.

Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento


contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a
Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por
Fábio Bésta.

Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse
inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da

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Administração, e o património se definia como um direito, segundo postulados
jurídicos.

Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A contabilidade


começou a ser leccionada com a aula de comércio da corte, em 1809.A obra de
Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre Contabilidade,
promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombardia, terra natal do
autor. Além do prémio, Villa teve o cargo de Professor Universitário.

Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais


escrituração e guarda livros poderiam ser feita s por qualquer pessoa inteligente. Para
ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as
práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o património. Era o pensamento
patrimonialista.

Há três grandes áreas no domínio de abrangência da contabilidade.

Contabilidade Financeira (Externa ou Geral) - produz documentos normalizados,


legíveis e inteligíveis para terceiros (Fornecedores, Clientes, Estado, Accionistas, ...);

Contabilidade de Gestão (ou Interna) - produz documentos relacionados com a gestão


interna de recursos, não necessariamente de forma normalizada;

Contabilidade Analítica - produz documentos essencialmente relacionados com o


controlo e gestão de Existências (Stocks).

Não sabemos dizer por onde se começou, se pela contabilidade financeira, se pela de
gestão, sabemos apenas dizer que a contabilidade financeira foi uma das grandes áreas
responsáveis pelo início do desenvolvimento organizado dos Sistemas de Informação.

Com a Contabilidade Financeira pretende-se registar todas as transacções ocorridas em


determinado período de actividade da empresa, entendendo transacção como qualquer
facto susceptível de afectar a situação patrimonial da empresa. Na contabilidade
financeira o registo das transacções faz-se em contas especificadas no Plano Oficial de
Contabilidade (POC). Esse registo obedece a legislação e regulamentação diversa. Há
contas específicas para determinados movimentos, isto é, o registo das transacções em
contas é regulado e ordenado por normas que, embora dêem margem para alguma
interpretação, obrigam a que as eventuais discrepâncias de interpretação sejam
limitadas.

2. O QUE É O BALANÇO?

O Balanço é um instrumento contabilísticos que reflecte a situação económico-


financeira da empresa, onde os pontos fortes e fracos evidenciados. Com o Balanço
pode-se estabelecer comparações claras relativamente, aos competidores mais directos e

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a objectivos pré-definidos; detectar eventuais desvios entre o desempenho estimado e o
real, e ainda pode servir de base a projecções sobre o seu desempenho futuro.

O Balanço representa a situação patrimonial da empresa (activos, dívida e capital) num


determinado momento de tempo.

O Balanço está dividido em três categorias fundamentais: activo, passivo e capital


próprio. O activo inclui tudo aquilo que a empresa possui e que é susceptível de ser
avaliado em dinheiro - disponibilidades (dinheiro em numerário, depósitos bancários e
títulos negociáveis), créditos sobre clientes, stocks de mercadorias, equipamentos,
instalações, etc.

O passivo é o conjunto de fundos obtidos externamente pela empresa, seja através de


empréstimos, seja através do diferimento de pagamentos (aos fornecedores, ao Estado,
etc.). Finalmente, temos o capital próprio, que corresponde ao capital pertencente aos
sócios. Ou seja, representa o valor do investimento realizado pelos proprietários
adicionado dos lucros (ou deduzido de eventuais prejuízos) obtidos ao longo dos
exercícios passados e do exercício corrente.

Existe uma relação fundamental que tem que verificar-se obrigatoriamente no Balanço:

Activo = Passivo + Capital Próprio

Esta expressão constitui o princípio básico da contabilidade, segundo o qual a aquisição


do património da empresa (activo) tem que ser financiada por capitais dos sócios
(capital próprio) ou por capitais alheios (passivo). Um outro aspecto fundamental é a
relação entre activo circulante e passivo de curto prazo (ou exigível num prazo inferior a
um ano). Se o primeiro for superior ao segundo, a empresa evidencia capacidade para
satisfazer os seus compromissos de curto prazo. Caso contrário, é provável que a
empresa se veja forçada a recorrer a empréstimos para saldar as suas dívidas mais
imediatas.

O Balanço é um documento de base financeira, documento contabilístico que expressa a


situação patrimonial de uma empresa, em determinada data. O conjunto de bens e
direitos constitui o activo e de obrigações que constitui o passivo, ou pode ser
considerado simplesmente o inventário do conjunto de activos e das dívidas da empresa
numa determinada data.

A partir do Balanço de uma empresa pode-se retirar três ideias fundamentais:


ƒ A comparação entre o Activo e o Passivo, evidenciando o Capital Próprio
ƒ Um conjunto de contas, com valores de sinal contrário, em equilíbrio
ƒ Um mapa ou documento em que se representa aquela comparação e o
equilíbrio de contas.

Podemos evidenciar as seguintes ópticas:

ƒ Para os juristas o Balanço representa a situação patrimonial da empresa em


determinado momento.

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ƒ Na perspectiva contabilística, o Balanço expressa a situação económica e
financeira derivada dos fluxos económicos, financeiros induzidos e financeiros
autónomos, numa determinada data. Tendo por base as regras ditadas pela lei.
ƒ Para os economistas o Balanço representa a estrutura da empresa em
determinado momento, é a visão estática e financeira.
Nesta óptica, o Balanço é uma síntese das origens e das aplicações de fundos
postos à disposição da empresa.

O Balanço constitui uma fonte de informação fundamental, não só para a própria


empresa, mas também para aqueles que entejam directa ou indirectamente ligados a ela.

Para a elaboração do Balanço é necessário os seguintes requisito:


ƒ Clareza
ƒ Exactidão, com valores reais
ƒ Integridade, de todos os valores, sem compensações
ƒ Consistência de critérios e normas
ƒ Uniformidade de critérios
ƒ Sinceridade, com objectividade, sem subjectividade

O Balanço representa a situação patrimonial da empresa (activos, dívida e capital) num


determinado momento de tempo, é apresentado no final de um período contabilístico
(trimestre, semestre, ano). Este documento é uma "fotografia" respeitante a um
momento preciso.

2.1 Noção de Património e sua Composição

Para poder exercer a sua actividade uma empresa necessita de ter património, cuja
composição reflecte o seu ramo de actividade.

Os elementos patrimoniais são diferentes em vários itens, mas têm características


comuns:
ƒ São elementos valorizados em unidades monetários
ƒ Os valores que constituem o património são administrados tendo em vista o
alcance de determinados objectivos

O conjunto de elementos pertencentes a uma empresa numa determinada data, é


designado por Património. O Património representa conjunto de valores que a empresa
administra para poder exercer a sua actividade e alcançar objectivos fixados.

Os elementos constituintes do património são o Activo e o Passivo. O conjunto dos


elementos que representam bens e direitos constituem o Activo e os elementos que
representam obrigações constituem o Passivo.

Um aspecto económico importante no património de uma empresa é o seu valor, que se


designa por Capital Próprio, é determinado pela diferença entre Activo e Passivo. Se se
procedesse à liquidação do Passivo, seria este valor que a empresa ficaria.

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2.2 Balanço Contabilístico baseado na Análise Patrimonial

Perspectiva patrimonialista em que o Balanço é classificado como um quadro que nos


evidência a situação patrimonial da organização, ou seja, o conjunto de bens direitos e
obrigações que lhes estão afectos.

Existe uma relação fundamental que tem que verificar-se obrigatoriamente no Balanço:

Activo = Passivo + Capital Próprio

Esta expressão constitui o princípio básico da contabilidade, segundo o qual a aquisição


do património da empresa (activo) tem que ser financiada por capitais dos sócios
(capital próprio) ou por capitais alheios (passivo). Um outro aspecto fundamental é a
relação entre activo circulante e passivo de curto prazo (ou exigível num prazo inferior a
um ano). Se o primeiro for superior ao segundo, a empresa evidencia capacidade para
satisfazer os seus compromissos de curto prazo. Caso contrário, é provável que a
empresa se veja forçada a recorrer a empréstimos para saldar as suas dívidas mais
imediatas.

Uma empresa está em equilíbrio no seu limite se Activo Circulante = Passivo Circulante

Pode haver três casos possíveis na análise do Balanço:


a) O Activo maior que o Passivo
b) O Activo igual ao Passivo
c) O Activo menor que o Passivo

No caso a) como o Activo é maior que o Passivo, significa que os bens e direitos da
empresa são maiores que as obrigações, o Capital Próprio é positivo, se a empresa
tivesse que vender os seus bens e direitos e pagasse as suas obrigações ficava com
dinheiro.

À igualdade chama-se Balanço, no caso b), Activo igual ao Passivo, o Capital Próprio é
nulo

No caso c), Activo menor que o Passivo, Capital Próprio Negativo, então a empresa
encontra-se em situação de falência. Isso aconteceria , com a fim de pagamentos,
quando o grau de disponibilidade do Activo não fosse suficiente para responder às
obrigações.

Porque as empresas se financiam com capitais próprios e alheios, será normal que o
activo excede o capital alheio.

Activo Circulante ≥ Passivo Circulante

Se assim não acontecer, a empresa está tecnicamente falida ou insolvência tecnicamente


falida ou insolvente (pessoas singulares). Portanto, existe falência ou insolvência técnica

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sempre que o activo é inferior ao capital alheio, sempre que o valor do capital próprio é
negativo.

Figura 1 Balanço Contabilístico de Análise Patrimonial


[figura retirada do livro Análise Financeira, João Carvalho das Neves]

Figura 2 Balanço Contabilístico


[figura retirada Análise Financeira e Performance Empresarial de Raul Costa]

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2.3 Balanço Contabilístico baseado na Análise Funcional

A Analise A ANÁLISE FUNCIONAL preocupa-se mais com o equilíbrio funcional das


Origens e Aplicações.
O diagnóstico dos fluxos exerce-se, assim, sobre os Ciclos da empresa,
- CICLO DE INVESTIMENTO
- CICLO DE EXPLORAÇÃO
- CICLO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS

O Ciclo de Investimento refere-se ao conjunto de decisões e de acções relacionadas


com a análise e selecção de investimentos ou desinvestimentos. O resultado destas
actividades na empresa é o Volume de Imobilizações com que a empresa funciona.

O Ciclo de Exploração corresponde às actividades de exploração do negócio da


empresa, portanto, aprovisionamento, produção e comercialização.

O Ciclo de Operações Financeiras corresponde ao conjunto de acções conducentes à


obtenção de fundos necessários aos investimentos e às necessidades de financiamento
do ciclo de exploração. Normalmente distinguem-se, neste Ciclo, o CICLO DAS
OPERAÇÕES DE CAPITAL e o CICLO DAS OPERAÇÕES DE TESOURARIA.

Figura 3 Balanço Funcional


[figura retirada Análise Financeira e Performance Empresarial de Raul Costa]

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3. COMPONENTES DE UM BALANÇO

Figura 4 Componentes do Balanço


[figura adaptada do livro Economia, Paul Samuelson, William Nordhaus]

3.1 Activo de um Balanço

O Activo do Balanço é o relato dos bens e direitos possuídos pela empresa, são
financiados quer por capitais próprios, quer por capitais alheios. Os elementos do
Activo das empresas não financeiras são classificados de cima para baixo por ordem
decrescente em termos de liquidez.

A 4ª Directiva da União Europeia obrigou a proceder a alguns ajustamentos em matéria


contabilistica que obrigaram a uma revisão do Plano Oficial de Contabilidade que
implicaram a reclassificação em Activo Imobilizado e o Activo Circulante.

3.1.1 Capital Fixo ou Activo Fixo

Conjunto de bens que por não poderem ser transaccionáveis são chamados
imobilizados.

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ƒ Imobilizações corpóreas – activos tangíveis como terrenos, edifícios,
equipamentos, mobiliário, veículos, computadores, equipamentos de escritório,
etc.
ƒ Imobilizações incorpóreas – activos intangíveis como despesas de instalação,
direitos de propriedade industrial, despesas de investigação e trespasses,
goodwill, patentes, licenças, etc.
ƒ Investimentos financeiros – participações de capital, empréstimos concedidos e
outros investimentos financeiros a médio e longo prazo.

3.1.2 Capital Circulante ou Activo Circulante

Capital que anda sempre a entrar e a sair


.
ƒ Existências – inventários (stocks) de mercadorias ou matérias-primas, produtos
semi-acabados, produtos acabados
ƒ Clientes – dívidas dos clientes da empresa a médio e longo prazo
ƒ Clientes – dívidas dos clientes da empresa a curto prazo
ƒ Estado e Entes Públicos – dívidas de entidades públicas à empresa
ƒ Disponibilidades, Caixa – dinheiro em numerário, depósitos à ordem e
aplicações financeiras negociáveis a curto prazo
ƒ Diversos – Todos os outros activos de curto prazo, por exemplo pré -
pagamentos a fornecedores, quantias de natureza não comercial devidas à empresa.
ƒ Outros devedores – outros créditos que a empresa detém para com terceiros

3.2 Passivo de um Balanço

O passivo do Balanço é o relato das dívidas da empresa. O POC conserva o principio da


distinção entre capitais próprios e capital alheio- dívidas, ordena as dívidas por ordem
estrita de exigibilidade crescente A preocupação de análise financeira do segundo
membro do balanço prende-se não apenas com a estrutura do capital, mas também com
o grau de exigibilidade dos passivos.

O passivo de uma empresa é constituído pelas seguintes rubricas fundamentais:


ƒ Capitais Próprios (CP)
ƒ Dívidas a Terceiros de médio e longo prazo – abrange todas aquelas
dívidas exigíveis num prazo superior a um ano ·(ELP)
ƒ Dívidas a Terceiros de curto prazo – abrange todas aquelas dívidas
exigíveis num prazo inferior a um ano (ECP)

O conjunto das dívidas (de curto ou de longo prazo) cuja natureza implica uma
remuneração ao credor (o juro) para além do pagamento do montante devido, designa-se
“ passivo financeiro ”. Inclui as dívidas a instituições bancárias, empréstimos
obrigacionistas, dívidas por contratos leasing, etc. Tanto podem ser de curto como de
médio/longo prazo.

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O conjunto das dívidas que não têm uma natureza financeira designa-se “ passivo
corrente ”, na medida em que decorrem da própria actividade da empresa. Inclui os
montantes devidos a fornecedores, ao Estado (impostos e outros) e outros débitos
decorrentes da actividade operacional da empresa. Normalmente, o passivo corrente é
de curto prazo (exigível a menos de um ano).

3.3 Capital Próprio


O Capital Próprio é o Capital fornecido pelos sócios ou accionistas acumulado com a
riqueza criada pela própria empresa, corresponde à riqueza (contabilística) dos
accionistas e o seu montante é determinado pela diferença entre o Activo total e o
conjunto de dívidas contraídas pela empresa.

O capital próprio apresentado no Balanço incluí o resultado liquido do exercício, não


constituindo no seu todo um recurso a longo prazo, sendo eventualmente uma parte
distribuída aos accionistas sob a forma de dividendos, alguns após o fecho do exercício.
Sendo conveniente proceder à dedução dos dividendos, fazendo entrar como dívida de
curto prazo.

O capital próprio é constituído pelas seguintes rubricas principais:


ƒ Capital social – representa o valor das entradas em dinheiro dos sócios
aquando da constituição da sociedade ou de um aumento de capital
ƒ Reservas – resultados acumulados ao longo de exercícios anteriores
ƒ Resultado líquido – resultado obtido no exercício a que reporta o balanço
ƒ Acções, quotas
ƒ Prestações suplementares
ƒ Ajustamento partes do Capital (filiais e associadas)

O Capital próprio aparece no lado do passivo (direito) porque é uma origem de fundos,
uma entidade, deve sempre dinheiro aos sócios, não deixa de ser uma dívida.

O capital próprio pode diluir-se completamente se não tivermos proveitos nenhuns.

Ex. Empresas que dão o “berro” muito cedo, porque compram material que não gera
riqueza suficiente para pelo menos pagar o material.

4. LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE
A liquidez aumenta de cima para baixo no lado do activo, o Capital Fixo corresponde ao
que é mais difícil de converter em dinheiro, enquanto que os Acréscimos e Diferimentos
correspondem ao mais fácil de converter em dinheiro.

A exigibilidade aumenta de cima para baixo no lado do Passivo os Acréscimos e


Diferimentos correspondem ao exigível a curto prazo, enquanto que o Capital Próprio é
o contrário.

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A origem de fundos é no passivo, indica onde foi obtido o dinheiro para posterior
aplicação.

ORIGEM DE FUNDOS

Tem estabilidade na empresa


P
A
Ex.: empréstimo bancário a longo
S prazo
S
I
V
O Ex. :venda a dinheiro (pago a crédito a
30 ou mais dis)

Figura 5 Origem de Fundos


[figura retirada do livro Análise Financeira, João Carvalho das Neves]

Os fundos são aplicados no Activo, aqui é indicado onde é aplicado o dinheiro


disponibilizado.

APLICAÇÃO DE FUNDOS

Interessa-nos saber o que vale actualmente


(porque vai desvalorizando) e não pode ser
convertível em dinheiro
A
C
T
Dívidas de terceiros
I
V
O Dinheiro a entrar , convertível rapidamente

Figura 6 Aplicação de Fundos


[figura retirada do livro Análise Financeira, João Carvalho das Neves]

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Figura 7 Componentes do Balanço
[figura adaptada do livro Economia, Paul Samuelson, William Nordhaus]

Esta linha mede a saúde financeira da empresa, mostra até que grau há endividamento.
Quando a linha sobe a situação piora. Quando vai ao topo estamos mesmo numa
situação de falência: a totalidade do activo não cobre o passivo. Quanto mais para baixo
está esta linha mais estabilidade tem a empresa, “respira mais fundo”.

4. FUNDO DE MANEIO
O fundo de maneio é um conceito essencial na gestão financeira de qualquer negócio,
seja ele grande ou pequeno. O balanço de qualquer empresa pode dividir-se, no lado do
activo em:

Activo (ou Capitais) fixo


Activo (ou Capitais) circulante

E, do lado do Passivo e Capitais próprios, em Capitais permanentes Passivo (ou


exigível) a Curto Prazo.

A regra do equilíbrio financeiro mínimo estipula que o grau de liquidez das aplicações
(Activos) deve ser pelo menos igual ao prazo de exigibilidade dos fundos utilizados
para o seu financiamento (Passivo e Capitais Próprios). No entanto isto não chega já
que, se surgir qualquer imprevisto, a empresa pode encontrar-se repentinamente numa
situação problemática. É preciso definir e prever uma margem de segurança. Assim, o
fundo de maneio, numa aproximação simples é a diferença entre Capitais Permanentes e

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Activo Fixo, ou seja, a parte de Capitais Permanentes que está a financiar o Activo
Circulante. O fundo de maneio inclui:

A reserva de segurança de tesouraria, valor do crédito concedido aos clientes, valor das
existências. A este montante, é preciso subtrair:

Valor do crédito obtido dos fornecedores. Refira-se, finalmente, que o importante é o


valor das Necessidades de Fundo de Maneio e não o Fundo de Maneio em si. Este tem
que estar adequado às necessidades, que podem variar de empresa para empresa e que é
preciso estimar.

Nesta fase, e uma vez incluída uma verba para os imprevistos, fica completo o plano de
investimento. Os empreendedores deverão agora elaborar o plano de financiamento.

Figura 8 Fundo de Maneio


[figura retirada do livro Análise Financeira, João Carvalho das Neves]

FUNDO DE MANEIO=CAPITAIS CIRCULANTES – EXIGÍVEL A CURTO PRAZO

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Figura 9 Fundo de Maneio
[Fonte: Análise Financeira, João Carvalho das Neves]

5. TERMOS DO BALANÇO
Disponibilidades- são as contas de caixa que correspondem à liquidez da empresa.
Certas empresas conservam fundos aplicados a curto prazo, seja para pequenas
Necessidades sazonais ou preparação de grandes investimentos.

Caixa- meios líquidos de pagamento, dinheiro em caixa, vales de correio, cheques. etc.
O saldo da conta é sempre devedor ou nulo, nunca é credor.

Activo Total
É a soma de tudo que existe no Balanço. Para o calcular podemos servir-nos do lado
direito ou do lado esquerdo do Balanço.
Activo Total = Activo Fixo +Activo Circulante
Ou no lado direito do balanço Activo Total = Capital Próprio + ELP+ECP

Capitais Permanentes(CPM)
CPM = Activo Fixo + Activo circulante – exigível curto prazo
Ou
CPM= Capital Próprio + Exigível Longo Prazo

Situação Líquida
Situação Líquida = Activo Fixo + Activo Circulante - Exigível Curto Prazo - Exigível
Longo Prazo

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Situação Líquida = Activo Fixo - Exigível Curto Prazo - Exigível Longo Prazo

Fundo de Maneio

Fundo de Maneio = Activo Circulante – Exigível Curto Prazo


Fundo Maneio = Capital Próprio + Exigível Longo Prazo –Activo Fixo

6. CONCEITOS CHAVE
Balanço, Gestão Financeira, Capital Próprio, Passivo, Contabilidade, Activo
Imobilizado, Activo Circulante, Imobilizações corpóreas, Incorpóreas.

7. CONCLUSÃO

O Balanço é um quadro (mapa, gráfico, etc.) onde é demonstrada a situação


económico/financeira da empresa na data a que o balanço diz respeito. O balanço avalia
a riqueza, isto é, o valor da empresa, mas não demonstra o seu resultado, apenas o
apresenta em valor total, sendo a sua demonstração feita num outro documento
chamado «demonstração de resultados». O balanço é composto por duas partes, que se
encontram sempre em equilíbrio.

Poder-se-á dizer, também, que o balanço mostra de onde vem o dinheiro da empresa
(origens de fundos) e para onde vai (aplicações de fundos). Num balanço inicial da
empresa os elementos são pouco numerosos correspondendo as aplicações de fundos -
ou seja, o Activo - às despesas de estabelecimento (imobilizações incorpóreas) e aos
investimentos corpóreos necessários ao arranque da empresa e as origens de fundos
(Capital Próprio + Passivo) aos capitais próprios e créditos dos fornecedores.

8. BIBLIOGRAFIA
[1] Carlos Nabais, Análise de Balanços, pp.27 – 41, 59 - 85

[2] João Carvalho das Neves, Análise Financeira, pp. 43 - 48

[3] Claran Walsh, Rácios Fundamentais da Gestão, pp. 32 – 42

[4] Paul A Samuelson (Massachusetts Institute of Technology, MIT) e William D.


Nordhaus (Yale University), Economia

[5] Bruno Solnik, Doutorado pelo MIT, Gestão Financeira , pp. 25 - 31

[6] Carla Nabais, Francisco Nabais, Prática Financeira, Análise Económica &
Financeira, pp.43-48

17
Sites consultados:
[7]
http://www.netcentro.pt/Conteudos/Artigos/detalhe.aspx?idc=11487&idl=1&idi=1166

[8]
http://eden.dei.uc.pt/~hmanuel/Analise_financeira_de_uma_empresa.html#Demonstraçã
o%20de%20resultados%20líquidos

[9] http://www.gesbanha.pt/contab/contglos/cont_glo.htm

[10]
http://www.neotec.gov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=24&Itemid=
71&lang=

[11] http://www.pmelink.pt/pmelink_public/EC/0,1655,1005_43701-3_41098--
View_429,00.html

[12]
http://www.jorgefarinha.com/fotos/gca/Analise_Cash_Flow_Empresas_Nao_Financeira
s.doc

Palavras Chave: Contabilidade, Balanço e Demonstração de Resultados, Gestão


Financeira.

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