1) Apresentação:
2) Resumo:
3) Introdução:
Tão diferente dos tempos atuais, vamos nos reportar a um período pré-
científico, que vai até o século XVIII. Não existiam conceitos de aprendizagem,
muito menos de dificuldades para isso. Tudo o que não era compreendido,
apresentava-se como doenças mentais, explicadas por forças sobrenaturais, por
demônios que ameaçavam ou as punia por falhas humanas.
Entre os finais do século XIX e começo do século XX, ocorreu uma etapa de
transição entre as explicações pré-científicas e as científicas. Neste período,
estudos realizados por Itard trouxeram uma visão ambiental para os fatos:
5) Psicopedagogia no Brasil
A Psicopedagogia foi introduzida no Brasil com base nos modelos médicos
de atuação, a partir de 1970, quando se iniciaram cursos de formação de
especialistas em Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto Alegre,
com a duração de dois anos.
6) Multidisciplinaridade e a Psicopedagogia
Dessa forma, esses termos são usados para definir a utilização de diversas
teorias de diferentes áreas científicas na Psicopedagogia, em seu enfoque
preventivo ou clínico.
7) Desafios da Psicopedagogia:
8) Psicopedagogia na atualidade:
Sua Vida
Jean Piaget nasceu no dia 9 de agosto de 1896, em Neuchâtel, na Suíça. Seu pai, um calvinista
convicto, era professor universitário de Literatura medieval.
Piaget foi um menino prodígio. Interessou-se por História Natural ainda em sua infância. Aos 11
anos de idade, publicou seu primeiro trabalho sobre sua observação de um pardal albino. Esse
breve estudo é considerado o início de sua brilhante carreira científica. Aos sábados, Piaget
trabalhava gratuitamente no Museu de História Natural.
Piaget freqüentou a Universidade de Neuchâtel, onde estudou Biologia e Filosofia. Ele recebeu seu
doutorado em Biologia em 1918, aos 22 anos de idade.
Após formar-se, Piaget foi para Zurich, onde trabalhou como psicólogo experimental. Lá ele
freqüentou aulas lecionadas por Jung e trabalhou como psiquiatra em uma clínica. Essas
experiências influenciaram-no em seu trabalho. Ele passou a combinar a psicologia experimental -
que é um estudo formal e sistemático - com métodos informais de psicologia: entrevistas,
conversas e análises de pacientes.
Em 1919, Piaget mudou-se para a França, onde foi convidado a trabalhar no laboratório de Alfred
Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu testes de inteligência padronizados para
crianças. Piaget notou que crianças francesas da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes
nesses testes e concluiu que o pensamento lógico se desenvolve gradualmente.
O ano de 1919 foi um marco em sua vida. Piaget iniciou seus estudos experimentais sobre a
mente humana e começou a pesquisar também sobre o desenvolvimento das habilidades
cognitivas. Seu conhecimento de Biologia levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma
criança como sendo uma evolução gradativa.
Em 1923, Piaget casou-se com Valentine Châtenay, com quem teve três filhas: Jacqueline (1925),
Lucienne (1927) e Laurent (1931). As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em
estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa.
Enquanto prosseguia com suas pesquisas e publicações de trabalhos, Piaget lecionou em diversas
universidades européias. Registros revelam que ele foi o único suíço a ser convidado para lecionar
na Universidade de Sorbonne (Paris, França), onde permaneceu de 1952 a 1963. Até a data de
seu falecimento, Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética. Ao
longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos
científicos.
Sua Obra
Piaget formulou sua teoria de que o conhecimento evolui progressivamente por meio de
estruturas de raciocínio que substituem umas às outras através de estágios. Isto significa que a
lógica e formas de pensar de uma criança são completamente diferentes da lógica dos adultos.
Em seu trabalho, Piaget identifica os quatro estágios de evolução mental de uma criança. Cada
estágio é um período onde o pensamento e comportamento infantil é caracterizado por uma
forma específica de conhecimento e raciocínio. Esses quatro estágios são: sensório-motor, pré-
operatório, operatório concreto e operatório formal.
Fase 1: Sensório-motor
No estágio sensório-motor, que dura do nascimento ao 18º mês de vida, a criança busca adquirir
controle motor e aprender sobre os objetos físicos que a rodeiam. Esse estágio se chama
sensório-motor, pois o bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias ações que são
controladas por informações sensoriais imediatas.
Fase 2: Pré-operatório
No estágio pré-operatório, que dura do 18º mês aos 8 anos de vida, a criança busca adquirir a
habilidade verbal. Nesse estágio, ela já consegue nomear objetos e raciocinar intuitivamente, mas
ainda não consegue coordenar operações fundamentais.
No estágio operatório concreto, que dura dos 8 aos 12 anos de vida, a criança começa a lidar com
conceitos abstratos como os números e relacionamentos. Esse estágio é caracterizado por uma
lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos.
No estágio das operações formais, desenvolvido a partir dos 12 anos de idade, a criança inicia sua
transição para o modo adulto de pensar, sendo capaz de pensar sobre idéias abstratas.
Conclusão:
Em seus estudos sobre crianças, Jean Piaget descobriu que elas não raciocinam como os adultos.
Esta descoberta levou Piaget a recomendar aos adultos que adotassem uma abordagem
educacional diferente ao lidar com crianças. Ele modificou a teoria pedagógica tradicional que,
até então, afirmava que a mente de uma criança é vazia, esperando ser preenchida por
conhecimento. Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras ativas do
conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo. Ele forneceu uma
percepção sobre as crianças que serve como base de muitas linhas educacionais atuais. De fato,
suas contribuições para as áreas da Psicologia e Pedagogia são imensuráveis.
http://www.10emtudo.com.br/artigos_1.asp?CodigoArtigo=68&Pagina=1
Publicado em 04/05/2004
SUA VIDA
Sigmund Freud nasceu em 1856 na pequena cidade de Freiberg, na Morávia, então parte do
Império Austro-Húngaro (atualmente é a República Checa). Seu pai, Jacob, era um modesto
comerciante e sua mãe, Amália, era a terceira esposa de Jacob. Freud nasceu de uma família
judaica e foi o primogênito de sete irmãos.
Aos três anos de idade, a família Freud se mudou para Viena, devido ao aumento do anti-
semitismo na Morávia. A cidade de Viena proporcionava aos judeus boas perspectivas
econômicas, participação política e aceitação social.
Desde pequeno Freud era brilhante nos estudos e primeiro da classe. Devido à sua performance
acadêmica e uma preferência de sua mãe, Freud teve o privilégio de ter um quarto só para si,
onde pode estudar em paz.
Em 1873, aos 17 anos, Freud ingressou na faculdade de Medicina da Universidade de Viena. Nos
anos de faculdade trabalhou em um laboratório de neurofisiologia, até sua formatura, em 1881.
Em 1882, Freud conheceu e se apaixonou por Martha Bernays. Ficaram noivos secretamente até
terem dinheiro suficiente para se casarem, o que veio a ocorrer quatro anos depois, em 1886,
quando Freud já possuía um consultório particular. Tiveram seis filhos. A mais nova, Ana,
confidente, secretária, enfermeira, discípula e porta-voz do pai, também se tornou uma eminente
psicanalista.
Antes de se casarem, Freud trabalhou durante seis meses em Paris com o neurologista francês
Jean-Martin Charcot. Com este, observou o uso da hipnose no tratamento da histeria e viu
estimulado seu interesse para os distúrbios mentais. Nos anos seguintes tornou-se especialista
em doenças nervosas e fundamentou a teoria psicanalítica da mente.
Freud obteve um grupo de admiradores e seguidores que se reuniam com ele semanalmente.
Entre eles se encontravam Alfred Adler e Carl Jung, famosos psicanalistas que acabaram se
desligando de Freud para desenvolver suas próprias linhas. O desligamento de Jung foi muito
doloroso para Freud. Eram bons amigos e Freud via em Jung a pessoa que iria continuar a
transmitir seu trabalho.
A primeira Guerra Mundial teve um grande impacto em Freud e no movimento psicanalítico. O fim
da guerra trouxe grandes modificações político-geográficas e os tratados foram particularmente
severos com os países vencidos. Viena sofria de fome, frio e desespero. Voltaram as epidemias
mortais, como tuberculose e gripe. Em 1920, Freud perdeu sua segunda filha, Sophie, vitima de
uma epidemia. Afetado pela guerra e pela morte de sua filha, Freud escreveu "Além do Princípio
do Prazer", onde ele reconheceu o instinto da morte.
Em 1923, Freud passou pela primeira de uma série de cirurgias para extrair um tumor no palato.
A partir desse momento Freud passou a ter dificuldades para falar, sentia dores horríveis e
desconforto.
Com a ascensão de Hitler, Freud, já velho e cansado, não desejava sair de Viena. Em 1938,
quando os Nazistas entraram em Viena, Freud, sendo judeu, não teve escolha, a não ser emigrar.
Freud foi com sua família para Londres, onde passou o final de sua vida.
SUAS TEORIAS
No esforço de compreender melhor seus pacientes, Freud iniciou um difícil processo de auto-
análise. Freud trabalhou com introspecção e interpretação de seus próprios sonhos. Em 1896,
Freud utilizou pela primeira vez o termo psicanálise.
Freud acreditava que histeria era uma forma de manifestação da neurose, na qual emoções
reprimidas levariam aos sintomas da histeria. Estes sintomas poderiam desaparecer se o paciente
conseguisse expressar as emoções reprimidas que lhe impediam de lidar com uma vida normal.
Com isso, Freud trabalhou no desenvolvimento de formas que atingissem essas emoções
reprimidas.
Freud desenvolveu a livre associação; uma técnica psicanalítica onde o paciente fala tudo que lhe
vem à mente e ao falar surge sentimentos e memórias reprimidas. A livre associação é
considerada uma das formas de se penetrar no inconsciente, podendo assim trabalhar pela
terapia em cima dessas experiências e entender a causa da neurose.
Freud acreditava que a outra forma de penetrar no inconsciente seria através dos sonhos. Em
1899, Freud publicou "A interpretação dos Sonhos". Freud acreditava que os sonhos eram uma
manifestação de nossos desejos e trabalhando com eles se podia chegar às memórias e
sentimentos profundamente reprimidos.
Segundo Freud, outra manifestação de desejos reprimidos surge através de lapsos de língua e
esquecimentos. Freud publicou essa teoria no livro "Psicopatologia da Vida Cotidiana". Nos
procedimentos mentais ele não admitia a existência de meros acidentes: o pensamento
aparentemente mais sem sentido, o lapso mais casual, o sonho mais fantástico possuem um
significado que pode servir para desvendar os segredos da mente.
Freud explorou o conceito de que existe um conflito dentro das pessoas. O conflito seria de um
instinto animal, que não seria aceito pela sociedade, causando então uma resistência da pessoa
ao instinto. A pessoa reprime o instinto para o inconsciente e procura substituí-lo por outros
métodos de compensação. Em sua teoria, Freud identifica vários métodos de compensação.
Em 1905 Freud publicou os "Três Ensaios sobre a Sexualidade". Freud afirmava a importância do
impulso sexual, ou libido, vivido nos primeiros quatro ou cinco anos de vida.
Em 1923, quase com setenta anos, em seu estudo clássico "O Ego e o Id", completou a revisão de
suas teorias. Formulou um modelo estrutural da mente como constituída de três partes distintas,
mas que interagem entre si. Essas partes são o id, o ego e o superego. O id é o inconsciente, o
superego é o consciente e o ego é o mediador entre o id e o superego. Essa é considerada a
teoria de Freud da personalidade humana.
Publicado em 25/05/2004.
Aos seus três anos de idade mudou-se para a Argentina com sua
família. A razão da imigração de Enrique juntamente com seus cinco
irmãos, com o pai Alfonso e a mãe Josefina é desconhecida. De qualquer
forma, o pai fixara-se na província de Corrientes onde iniciou seus
trabalhos como cultivador de algodão.
Vale lembrar que, dado o contexto de Pichón em sua infância, aprendeu primeiro a falar em
francês, depois em guarani e por último em espanhol. Na cidade de Goya, em Corrientes, teve
seu primeiro contato com a obra de Freud, na escola secundária.
Em Goya é um dos fundadores do Partido Socialista de Goya. Estuda medicina em Rosario onde
tem seu primeiro emprego como instrutor de hábitos seguros em um prostíbulo.
O contexto de Enrique era cercado por sua família de costumes europeus e pelos seus vizinhos,
na maior parte nativos guaranis e negros africanos. Esta diversidade cultural é refletida na vida
acadêmica de Enrique, que sempre buscava a articulação de diferentes pontos de vista de um
mesmo fenômeno.
Inicia seus trabalhos como psiquiatra no Asilo de Torres, para oligofrênicos. Depois trabalha no
Hospício das Mercedes (hoje Neuropsiquiátrico José Tomás Borda), onde permacene por quinze
anos.
Neste hospício seu primeiro trabalho foi o treinamento dos enfermeiros para o trato com os
pacientes. Lá desenvolveu o Grupo Operativo, onde discutia com os enfermeiros casos
psiquiátricos do hospício. Pichón afirma a grande valia de conceitualizar aos enfermeiros toda a
prática que eles assimilaram ao longo daqueles anos no hospício.