Professoras:
1
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Índices págs.
ANÁLISE HORIZONTAL 42
ANÁLISE VERTICAL 42
QUOCIENTES DE LIQUIDEZ 54
QUOCIENTES DE RENTABILIDADE 58
2
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez
precisam ser transformadas em informações que permitem concluir se a empresa merece ou não
crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é
ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se
continuará operando.
Análise
Contábil
objetivo
Objeto Finalidade
Necessidade da Análise
3
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Finalidade
Usuários
INFORMAÇÕES
CONTÁBEIS
Fornecedores: Garantir o retorno de suas vendas
4
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
TÉCNICAS CONTÁBEIS
Escrituração contábil
Registra os fatos contábeis produzidos
pelo patrimônio
Demonstração Contábil
Elabora relatórios contábeis sobre o
patrimônio
Técnicas
contábeis Auditoria Contábil
Verifica a expressão de verdade dos
relatórios contábeis
Análise contábil
Decompõe, compara e interpreta os
relatórios contábeis.
5
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Início
Exame e Padronização
Balanço Patrimonial
Demonstração do Resultado do Exercício
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Demonstração do Fluxo de Caixa
Demonstração do Valor Adicionado
Coleta de Dados
Extração de valores das demonstrações financeiras. Com o total do Ativo Circulante,
do Patrimônio Líquido, das Vendas Líquidas etc.
Final
Conclusões
Elaboração de relatórios inteligíveis por leigos
6
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Enquanto 2007 terminava, tinha início no Brasil uma nova etapa na contabilidade das
empresas. Em 28 de dezembro daquele ano, foi publicada a Lei 11.638 introduzindo um novo
estímulo à meta de elevar o nível de investimento da economia a 25 % do PIB, índice referencial
para sustentar crescimento em torno de 5% ao ano. A Lei altera, para melhor, diga-se de passagem, a
antiga Lei da Sociedade por Ações, alinhando-a às IFRS (Internacional Financial Reporting
Santards), utilizadas em mais de cem países. Com isso, incentiva o capital produtivo e os ingressos
estrangeiros, pois estabelece mais transparência e segurança para essas operações.
Um dos aspectos mais importantes da nova Lei é a maior transparência das informações.
Algumas medidas contribuem para isso, entre elas a contabilização pelo valor de mercado dos ativos
e passivos vertidos em operações de incorporação, cisão e fusão das empresas. Também contribui a
obrigatoriedade de apresentação da Demonstração do Valor Adicionado e da redução ou eliminação
das influências na legislação fiscal da Contabilidade. Igualmente importante é a obrigatoriedade de
as sociedades de grande porte de capital fechado, tal qual de capital aberto até então, apresentarem
demonstrações financeiras segundo os mesmos padrões estabelecidos pela Lei das Sociedades por
Ações. Estamos falando das sociedades com ativo total maior do que R$ 240 milhões ou receita
bruta superior a R$ 300 milhões. A nova Lei também exige que essas empresas passem a ser
auditadas por auditores independentes.
Não há dúvida que a nova legislação abre definitivamente a economia brasileira para o
mercado de capitais global e vai atrair novos investimentos. Ao introduzir padrões contábeis
confiáveis e universalmente conhecidos, auditoria independente e melhor divulgação das
informações, vai facilitar a análise de crédito, reduzir o spread e os juros para o capital produtivo e
facilitar o acompanhamento da gestão por parte dos stakeholders.
7
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Balanço Patrimonial
Essa demonstração pode ser substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido com a extinção da conta de “ Reserva de Avaliação”, inclusão das contas “Reserva de
Incentivos Fiscais”, “Ajustes de Avaliação Patrimonial” e “Prejuízo Acumulado”.
Esta Demonstração foi mantida com a inclusão de uma nova linha específica com
“Participação de debêntures de empresas e administradores e de instituições” ou “fundos de
assistência de previdência de empregados”.
Passa a ser elaborada e divulgada pelas empresas e não será obrigatória para as companhias
fechadas com Patrimônio Líquido inferior a R$ 2 milhões.
- Relatório da Administração e
Parecer da auditoria
Todas as sociedades de grande porte, ainda que não constituída sob forma de sociedades por
ações, são obrigadas a publicar as demonstrações financeiras.
8
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Demonstrações Financeiras
As normas de elaboração das demonstrações financeiras constam da Lei das sociedades por
ações (Lei 6.404/76), mas se aplicam ao demais tipos societários que, embora peculiares às
sociedades anônimas, são perfeitamente adaptáveis às demais pessoas jurídicas
Balanço Patrimonial – BP
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1 - A Lei 11.638, em vigor desde janeiro de 2008, coloca a contabilidade das
empresas de grande porte, com sede no Brasil, alinhada com o mercado internacional e altera para
melhor a Lei das Sociedades por Ações, de 1976. Comente sobre os principais avanços desta Lei.
9
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O Balanço Patrimonial deve ser estruturado observando-se a disciplina contida nos arts. 178
a 184 da Lei n. 6.404/1976.
Como o “T” tem dois lados, ficou convencionado que o lado esquerdo é o lado do ativo, o
direito, do Passivo.
A disposição das contas dentro do balanço patrimonial obedece a dois critérios: prazo,
liquidez e exigibilidade:
10
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
• Grau de Exigibilidade – Grau de exigibilidade é a urgência que uma conta de passivo tem
de ser liquidada. Quanto mais exigível, mais urgente é sua liquidação. Os itens de maior
exigibilidade são classificados em primeiro lugar. Os de menor exigibilidade aparecem em
último lugar.
BALANÇ
BALAN
BALAN
ATIVO CIRCULANTE
11
C
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As contas do Ativo são agrupadas de acordo com a sua rapidez de conversão em dinheiro:
de acordo com seu grau de liquidez (a capacidade de se transformar em dinheiro mais rapidamente).
Em primeiro lugar, agrupam-se as contas que já são dinheiro (Caixa, Bancos e Aplicação)
com as que se converterão em dinheiro rapidamente (título a receber, Estoque, etc). A esse grupo de
contas denominamos ATIVO CIRCULANTE. É um grupo de elevado grau de liquidez.
Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade.
Diferido: nesse subgrupo, são classificadas as contas representativas dos recursos aplicados
no pagamento de despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um
exercício social. Trata-se de gastos que podem ocorrer tanto antes de a empresa iniciar suas
atividades operacionais (Gastos de Organização – pré-operacionais), embora correspondam
a pagamentos de despesas, são ativados (contabilizados em contas do Ativo, como bens
imateriais), para serem considerados como despesas nos exercícios em que tais gastos
gerarem receitas para a empresa. A apropriação como despesas se dá por meio da
amortização.
As contas do Passivo e Patrimônio Líquido são agrupadas de acordo com seu vencimento,
isto é, aquelas a serem liquidas mais rapidamente, serão destacadas daquelas a serem pagas no prazo
mais longo.
12
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
PASSIVO CIRCULANTE
Em primeiro lugar, agruparemos a contas que serão pagas mais rapidamente (Salários a
Pagar, Impostos a pagar, Fornecedores, etc.). Esse grupo é chamado PASSIVO CIRCULANTE.
Em segundo lugar, as contas que serão pagas no prazo mais longo (Financiamentos,
empréstimos, etc). Esse grupo é chamado PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
13
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
a) Capital Social: subgrupo composto pela conta Capital que representa os valores
investidos na empresa pelos titulares e pela conta Capital a Realizar que
representa a parcela do capital já subscrita pelos sócios, porém ainda não
realizada.
ATIVO PASSIVO
Companhia:
14
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
BALANÇO PATRIMONIAL
Exercício findo em:
Contas Exercício Exercício Contas Exercício Exercício
atual $ anterior $ atual $ anterior $
ATIVO PASSIVO
15
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Terrenos e Edifícios
(Depreciação acumulada)
INTANGÍVEL
Marcas e Patentes
Direitos Autorais
Software
Diferido
Gastos pré-operacionais
Pesquisa e Desenvolvimento
Gastos com reorganização
(-) Amortização acumulada
Total do Ativo Total do Passivo
ATIVIDADE 3 - RESPONDA:
2) Ao olhar um Balanço Patrimonial, você visualiza os recursos totais de que a entidade dispõe.
O que mostra cada um dos lados do Balanço Patrimonial?
3) No Balanço Patrimonial, como é denominado o grupo dos elementos utilizados para permitir que
haja igualdade entre o lado do Ativo e o lado do Passivo?
16
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
4. No lado do Passivo:
a) existem somente obrigações somente para com terceiros
b) existem obrigações para com terceiros e obrigações financeiras
c) existem contas que representa, capitais próprios e contas que representam capitais de terceiros
d) existem somente contas que representam capitais próprios e resultados de exercícios futuros.
17
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Caixa $ 4.522, Bancos $ 16.522, Salários a Pagar $ 7.046, Capital Social $ 1.550.000,
Reserva de Lucro $ 170.662, Obras de Arte $ 584.993, Financiamentos a pagar (longo prazo)
$ 336.627, Pesquisa e Desenvolvimento $ 20.993, Terrenos $ 150.000, Imóveis $ 600.000,
Depreciação Acumulada – Imóveis $ 24.000, Dividendos a pagar $ 15.693, Reserva Legal
$ 20.000, Reserva Estatutária $ 12.475, Impostos a pagar $ 7.738, Aplicações Financeiras
$ 248.771, Duplicatas a Receber $ 130.000, Provisão p/ Devedores Duvidosos $ 6.500,
Adiantamento de Clientes $ 2.465, Mercadorias $ 178.000, Títulos a Receber (longo prazo)
$ 33.971, Fornecedores $ 20.566, Veículos $ 130.000, Depreciação Acumulada – Veículos
$ 24.000; Marcas e Patentes $ 100.000.
Balanço Patrimonial
Cia. Matriz
Período 01/01/X6 à 31/12/X6
(em milhares de reais)
Ativo Passivo e Patrimônio Líquido
Circulante Circulante
Imobilizado
18
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Intangível
Diferido
A Demonstração do Resultado do Exercício é uma peça contábil que mostra o resultado das
operações sociais - Lucro ou prejuízo.
19
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O artigo 187 da lei 6.404/76 dispõe sobre a sua elaboração que evidenciará:
20
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Companhia:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Exercício findo em:
21
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
É a receita auferida pela empresa, que pode ser apresentada separadamente por atividades
(venda de produto, venda de mercadorias e receita de serviços), diminuída dos abatimentos sobre
vendas, dos descontos incondicionais concedidos, das devoluções e dos cancelamentos de vendas e
do custo da referida receita, dos tributos incidentes (ICMS- IPI - PIS COFINS-ISS).
Compreende o estoque inicial de mercadorias mais: o total das compras (líquidas), os fretes
e seguros incidentes sobre as compras; menos: os abatimentos, as devoluções, os descontos
incondicionais obtidos e o estoque final.
Compreende o material empregado, a mão de obra, bem como outros gastos necessários à
realização dos serviços e que estejam diretamente ligados a eles.
Receita líquida
É o valor bruto das vendas menos os ajustes, ou seja, deduzida dos impostos, abatimentos,
descontos incondicionais e cancelamento e devoluções. Portanto, deduções são ajustes e significa
que não houve sacrifício financeiro ou esforço para obter a receita.
Despesas operacionais
22
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As despesas com vendas são todas aquelas que ocorrem no departamento comercial de
vendas necessários ao desenvolvimento das atividades comerciais das empresas. (salário, comissões,
propaganda e publicidade, encargos sociais, etc.),
São remunerações dos capitais de terceiros, tais como: juros pagos ou incorridos, comissões
bancárias, juros de mora pagos, etc. As despesas financeiras devem ser apresentadas segregadamente
das Receitas financeiras, mas evidenciando a diferença entre elas.
Trata-se de ágio (diferença a maior entre o valor de mercado e o valor nominal de um título)
obtido na venda de debêntures.
São todas as despesas que não se enquadrarem nos demais grupos de contas de despesas
operacionais.
São todas as receitas operacionais que não se enquadrarem no grupo da receita bruta ou das
receitas financeiras.
São as exclusões nos saldos das contas de vencimento a longo prazo que representam
direitos e obrigações. Ajustar o saldo da conta significa excluir desse saldo os acréscimos
decorrentes de expectativa de inflação, paridade cambial, juros e demais encargos, etc.
Ao avaliarmos direitos e obrigações de longo prazo pelos seus respectivos valores presente,
estaremos, excluindo dos resultados a Receita embutida nos direitos bem como as despesas incluída
nas obrigações. Logo, a exclusão da receita embutida nos direitos gera despesa, enquanto a exclusão
da despesas incluída nas obrigações gera receita.
23
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Dessa forma, os direitos e as obrigações de longo prazo figurarão no balanço pelos seus
respectivos valores presentes, como se tivessem sido realizados à vista, enquanto os ganhos e as
perdas relativas a esses acréscimos afetarão o resultado do exercício.
Despesas não operacionais são as perdas obtidas nas baixas de Investimentos, bem como dos
bens classificados no Imobilizado, no Intangível e no diferido, todos do Ativo Permanente.
As receitas não operacionais correspondem aos ganhos obtidos nas mesmas operações acima.
Incluem-se entre as receitas não operacionais, aquelas derivadas de doações ou subvenções.
Deduções do Resultado
Os tributos que incidem sobre o Lucro líquido do exercício que recebe na DRE a
denominação Resultado líquido do Exercício são o Imposto de Renda e a Contribuição social sobre
o Lucro Líquido. Esses tributos são recolhidos aos cofres Públicos e sua contabilização é feita a
crédito das contas Provisão para Imposto de Renda e Provisão para Contribuição social.
Exigido somente para as Sociedades Anônimas de Capital Aberto, quando efetuarem crédito
ou pagamento de juros sobre o capital próprio, incluso em despesas financeiras.
24
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Para obter o lucro líquido por ação do Capital, basta dividir o lucro líquido pelo número de
ações em circulação que compõem o capital social da empresa. As ações em tesouraria não entrarão
no cálculo.
1. Lucro bruto é:
a) Receita Bruta de Vendas ou Serviços mais impostos
b) Receitas Brutas de Vendas ou serviços menos deduções ou abatimentos sobre vendas
c) Receita líquida de vendas menos Receita bruta de Vendas
d) Receita líquida de Vendas menos Custo das Mercadorias Vendidas
4. Lucro operacional é:
a) Lucro bruto menos despesas com vendas menos despesas administrativas
b) Lucro bruto mais Receitas financeiras mais Outras Receitas Operacionais menos Despesas
Operacionais
c) Custo das Mercadorias Vendidas mais Receitas Líquida de Vendas
d) n.d.a.
ATIVIDADE 8 - RESPONDA:
25
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
2) Que valores devem ser diminuídos do valor da Receita Bruta de vendas para se obter o
valor da Receita Líquida de Vendas?
26
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Companhia:
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Exercício findo em:
Descrição Exercício Exercício
atual $ anterior $
1. Saldo no Início do Período
2. Ajustes de Exercícios Anteriores
3. Saldo Ajustado
4. Lucro ou Prejuízo do Exercício
5. Reversão de Reservas
27
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
6. Saldo à Disposição
7. Destinação do Exercício
Reserva Legal
Reserva Estatutária
Reserva para Contingência
Outras Reservas
Dividendos obrigatórios ($ por ação)
Juros sobre Capital Próprio
8. Saldo no Fim do Exercício
ATIVIDADE 10 - RESPONDA:
ATIVIDADE 11 - RESOLVA:
Observação:
B- R$ 120.000, corresponde ao saldo oriundo do Balanço anterior
LLE- R$ 232.601: corresponde ao Lucro Líquido apurado neste exercício
28
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
RL- R$ 11.630: corresponde a Reserva legal calculada sobre o lucro líquido do Exercício atual pela
alíquota de 5%.
RE- R$ 9.304: corresponde a Reserva Estatutária, também calculada sobre o Lucro Líquido do
Exercício atual pela alíquota de 4%.
DOP- R$ 69.780: corresponde ao valor dos Dividendos Obrigatórios a pagar, calculados sobre o
lucro líquido do Exercício atual pela alíquota de 30%
Essa Demonstração deve ser iniciada com a relação dos saldos iniciais das contas do
Patrimônio Líquido e terminado com os saldos apurados no encerramento do exercício
Companhia:
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LIQUIDO
Exercício findo em:
Descrição Capital Reserva Reservas Ajustes de Ações em Prejuízos Lucros Totais
Social de de avaliação Tesouraria Acumulados a
Capital Lucros Patrimonial Destinar
Saldo em
31.12.x0
Aumento do
Capital
Reservas de
Capital
Destinações do
Lucro Líquido
Reserva Legal
Reserva para
Investimento
Dividendos
Saldo em
31.12.x1
Aumento de
Capital
Reservas de
Capital
29
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Destinações do
Lucro Líquido
Reserva Legal
Reservas para
Investimento
Dividendos
Saldo em
31.12.x2
ATIVIDADE 13 – RESPONDA – Demonstração das Mutações de Patrimônio Líquido
1) O que é Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido?
A Demonstração do Fluxo de Caixa (FDC) é um relatório contábil que tem por finalidade
evidenciar as transações corridas em um determinado período e que provocaram modificações no
saldo da conta Caixa. Trata-se de uma demonstração sintetizada dos fatos administrativos que
envolvem o fluxo de dinheiro ocorridos durante um determinado período, devidamente registrados a
débito (entradas) e a crédito (saídas) da conta caixa. Fluxos de caixa, portanto, compreendem o
movimento de entrada e saída de dinheiro na empresa. Indica a origem de todo o dinheiro que entra
no caixa, a aplicação de todo o dinheiro que dele sai e, ainda, o resultado do fluxo financeiro em um
dado momento.
As informações do fluxo de caixa são úteis para proporcionar aos usuários das
demonstrações financeiras uma base para avaliar a capacidade da empresa gerar caixa e valores
equivalentes ao caixa e às necessidades da empresa utilizar esse fluxo.
Propicia aos analistas financeiros uma fonte segura para melhor elaborar seus planejamentos
financeiros; a projeção financeira, visando antecipar sobras de caixa (para aplicar) ou falta de caixa
(para financiar).
30
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Existem dois métodos que podem ser adotados para a estruturação da DFC: Indireto e
Direto.
Método Indireto
Por esse método, também denominado Método da Reconciliação, os recursos derivados das
atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro líquido do exercício, ajustado pela
adição das despesas e exclusão das receitas consideradas na apuração do resultado e que não
afetaram o caixa da empresa, isto é, que não representaram saída de dinheiro, bem como pela
exclusão das receitas realizadas no exercício e recebidas no exercício anterior e pela adição das
receitas recebidas antecipadamente que não foram consideradas na apuração do resultado, mas que
interferiram no caixa da empresa. Exclui também do resultado os resultados obtidos nas transações
de bens do Ativo Permanente, uma vez que as baixas referentes a esses bens devem ser indicadas
pelos valores brutos entre as atividades de Investimento.
Método Direto
Pelo método direto os Recursos Derivados são indicados a partir dos recebimentos e
pagamentos decorrentes das operações normais, efetuadas durante o período.
31
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Companhia:
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA
Exercício findo em:
Descrição Exercício Exercício
atual $ anterior $
1. FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Resultado do exercício / period
Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades geradas pelas
atividades operacionais
Depreciação e amortização
Resultado na venda de ativos permanentes
Equivalência patrimonial
Recebimento de lucros e dividendos de subsidiárias
Variações nos ativos e passives
(Aumento) Redução em contas a receber
(Aumento) redução dos estoques
Aumento (Redução) em fornecedores
Aumento (Redução) em contas a pagar e provisões
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades
operacionais.
2. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Compras de imobilizado
Aquisições de ações / cotas
Recebimentos por vendas de ativos permanentes
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de
investimentos
3. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
Integralização de capital
Pagamentos de lucros / dividendos
Empréstimos tomados
Pagamentos de empréstimos / debentures
Juros recebidos de empréstimos
Ju0ros pagos por empréstimos
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de
financiamentos
4. Aumento (Redução) nas disponibilidades (1 +/- 2 + /- 3)
5. Disponibilidades no início do period
32
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Método Direto
Companhia:
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA
Exercício findo em:
33
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
ATIVIDADE 13 – RESPONDA
ATIVIDADE 14 – RESOLVA:
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Caixa 8.700 Duplicata a Pagar 10.800
Bancos 11.000 Dividendos a Pagar 3.200
Mercadorias 20.400 Impostos a pagar 7.300
Duplicatas a Receber 28.300 21.300
68.400 Patrimônio Líquido
Realizável LP Capital Social
Promissórias a Receber 11.000 Subscrito 76.000
A Realizar (11.000)
34
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
i) A DRE em 31/12/X2
Obs.:
35
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A Demonstração do Valor Adicionado é uma das importantes inovações trazida pela lei
11.638 de 28/12/2007, que promoveu alterações na lei das sociedades por Ações.
Tem como objetivo demonstrar a origem gerada pele entidade e como ela foi distribuída
entre os diversos setores que contribuíram direta ou indiretamente, para a as geração.
36
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Modelo de DVA
Companhia:
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Exercício findo em:
Os dados constantes na DVA derivam das contas de resultado (receita e despesas) e também
de algumas contas patrimoniais.
37
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As contas de resultado que serão consultadas para a elaboração da DVA são todas aquelas
que representam despesas, os custos e as receitas, observado o princípio da competência.
As contas patrimoniais das quais será extraídas as informações para a elaboração da DVA
são aquelas representativas das participações de terceiros (tributos sobre o lucro líquido.
Debenturistas, empregados, administradores, etc.) bem como as representativas da remuneração dos
acionistas pelo capital investido (juros e dividendos).
1- Relacionar as receitas de vendas de mercadorias, produtos e serviços. Esse item inclui os valores
do ICMS e IPI incidente sobre essas receitas, ou seja, corresponde a receita bruta ou faturamento
bruto.
1.2 -Provisão para devedores duvidosos- /Reversão: inclui os valores relativos à constituição / baixa
de provisão para devedores duvidosos.
1.3- Não operacionais: inclui valores considerados fora das atividades da empresa, como:ganhos ou
perda na baixa do imobilizado, ganhos ou perdas na baixa do investimento, etc.
2.2 - Custo das mercadorias e serviços vendidos (não inclui gastos com pessoal próprio)
2.3 - Materiais, energia, serviços de terceiros e outros: inclui valores relativos às aquisições e aos
pagamentos a terceiros. Nos valores dos custos dos produtos e das mercadorias vendidos, materiais,
serviços, energia etc. consumidos deverá ser considerados os impostos (ICMS e IPI)
4. Retenções:
4.1 - Depreciação, amortização e exaustão: nesse item, deve-se incluir a despesas contabilizadas no
período.
6.1 - Resultado de equivalência patrimonial: inclui os valores recebidos como dividendos relativos a
investimento e avaliados ao custo. O resultado da equivalência poderá representar receita ou
despesas; se despesas, deverá ser informado entre parêntese.
6.2 - Receitas financeiras incluir todas as receitas financeiras, independentemente de sua origem.
38
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
8.1 - Pessoal e encargos: nesse item, deverão ser incluídos os encargos com férias, 13º salário,
FGTS, alimentação, transportes, etc. apropriados ao custo do produto ou resultado do período (não
incluir encargo com o INSS).
8.2 – Impostos, taxas, e contribuições: além das contribuições devidas ao INSS, do Imposto de
Renda e da Contribuição Social, todos os demais impostos, taxas e contribuições deverão ser
incluídas neste item. os valores relativos ao ICMS e IPI deverão ser considerados como valores
devidos ou já recolhidos aos cofres públicos, representando a diferença entre os impostos incidentes
sobre vendas e os valores considerados no item 2 “Insumos adquiridos de terceiros”
8.3 – Juros e alugueis; devem ser consideradas as despesas financeiras e as de juros relativas a
quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos realizados com instituições financeiras, empresas
do grupo ou outras e os alugueis (incluindo-se as despesas com leasing) pagos ou creditados a
terceiros.
8.4 – Juros sobre capital próprio e dividendos: esse item incluiu valores pagos ou creditados aos
acionistas. Os juros sobre o capital próprio contabilizados como reserva deverão constar no item
“lucros retidos/prejuízo do exercício”.
8.5 - Lucros retido/prejuízo do exercício: nesse item, devem ser incluídos os lucros do período,
destinados às reservas de lucros e eventuais parcelas ainda sem destinação específica.
ATIVIDADES
ATIVIDADE 15 RESPONDA:
39
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Obs.: Do lucro líquido, 1.600 distribuídos aos acionistas. O restante foi na empresa para
reinvestimento.
O Ativo Circulante também é conhecido como Ativo Corrente ou, ainda que não haja
unanimidade, o Circulante, tanto o Ativo como o Passivo, é denominado Capital Total em giro ou
simplesmente Capital em Giro, convenciona-se chamar o ativo Circulante de Capital de Giro. Tanto
a expressão corrente como a em giro são bem fáceis de ser entendidas: são contas com valores
correntes (não fixos); são contas que estão constantemente em giro, em movimento, circulando.
Evidentemente, o desejável seria que o Ativo Circulante fosse sempre maior que o Passivo
Circulante. Enquanto o segundo significa obrigações a pagar, o primeiro – Ativo circulante –
40
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Muitas vezes, mesmo que o Ativo Circulante seja maior que o Passivo circulante, a empresa
encontra dificuldade de pagamento das suas obrigações, isto porque as dívidas estão vencendo com
rapidez maior do que os valores que se transformam em dinheiro. Isto é, os recebimentos da empresa
ocorrem de forma mais lenta que os vencimentos das Contas a Pagar.
Quando ocorre este fato, a empresa recorre a empréstimos, descontos de duplicatas etc., no
sentido de reforçar seu caixa para cobrir seus compromissos em vencimento. Dessa forma, a
empresa recorre a Capital de Giro.
CCL = AC – PC
Positivo: quando o Ativo Circulante foi maior que o Passivo Circulante, ou seja, o CCL será
a parcela do investimento da parcela de curto prazo, financiadas por passivos de longo prazo
(exigível a longo prazo e patrimônio líquido).
Negativo: quando o Ativo Circulante for menor que o Ativo Circulante, neste caso, o CCL
representa a parcela de ativos de longo prazo financiadas através de passivo de curto prazo.
Nulo: Quando o Ativo Circulante, for igual ao Passivo Circulante, significa que está sendo
financiado totalmente por recursos de curto prazo.
41
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Exemplo: Admita que uma empresa tenha um Ativo circulante de $ 1.000 e um Passivo
Circulante de $ 600. Observe que neste exemplo se a empresa pagar todo o seu Passivo Circulante
(na hipótese de ter dinheiro suficiente em Caixa), ainda lhe sobrarão $ 400 milhões → CCL.
Portanto, os $ 400 milhões não estão comprometidos com as dívidas da empresa. Repare que pelo
fato de a empresa possuir uma parcela que não será utilizada para pagamento de dívida, dá uma
folga financeira maior a ela. No lado estritamente financeiro, quanto maior for o CCL, maior será a
flexibilidade financeira da empresa.
Análise Horizontal
1- Exemplo
42
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Daí, a conclusão que se pode tirar dos resultados acima é que o Ativo circulante nos
exercícios de 2006 e 2007 cresceu, respectivamente 60% e 80%
Analise Vertical
Em outras palavras, a análise vertical se limita à comparação das partes com o todo.
Exemplo: prático 1
Suponhamos os seguintes valores obtidos do balanço patrimonial de uma empresa:
ATIVO R$ %
Circulante 25.000 12,5
Realizável a longo prazo 15.000 7,5
Permanente 160.000 80
TOTAL 200.000 100
PASSIVO
Circulante 70.000 35
Exigível a longo prazo 20.000 10
Patrimônio Líquido 110.000 55
TOTAL 200.000 100
43
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Podemos ainda observar que, no ativo, o grupo com mais participação é o permanente,
correspondendo este a 80% do total do ativo. Verifica-se ainda entre outras coisas, que apenas
12,5% dos recursos aplicados no patrimônio constituem aplicações a curto prazo ( ativo circulante),
ao passo que os recursos correntes (passivo circulante) representam 35% das origens dos recursos
patrimoniais, mostrando-se evidentes indícios de uma má situação financeira da empresa,pois há
uma grande tendência de insolvência a curto prazo,ou seja, há grande possibilidade da empresa ter
sérias dificuldades para pagar suas dívidas de curto prazo.Porém, para que possa precisar melhor a
real situação financeira da empresa, não basta apenas a análise vertical de seu balanço.Teríamos que
também fazer outro tipo de análise ( análise por quocientes) pois através deles poderíamos estar
comparando elementos heterogêneos de demonstrações distintas e aí podermos definir o quadro
completo da saúde da empresa.
Exemplo prático 2-
Itens R$ %
(-)ICMS (8.000) -
A Análise vertical da DRE, na maioria dos casos , tem seu ponto de partida na fixação da
Receita Líquida em 100%, a partir daí são fixados os demais coeficientes.
44
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Sendo a participação do Lucro líquido 5,5%, concluímos que a margem líquida do lucro é de
5,5% da Receita Líquida e que 94,5% foram consumidos por custos operacionais despesas e tributos.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
ATIVO X5 AV X4 AV% AH % PASSIVO X5 X4 AV AV% AH%
CIRCULANTE % CIRCULANTE % X0
X1
Disponibilidades 764.187 15.000 Fornecedores 15.000 15.000
Contas a Receber 187.500 50.000 Impostos a Pagar 201.230 17.000
Estoques 53.913 23.000
Despesas 20.000 10.000
Antecipadas
EXÍGIVEL A
LONGO PRAZO
REALIZÁVEL Empréstimos 100.000 10.000
A LONGO
PRAZO
Empréstimos 100.000 200.000
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
ATIVO Capital 450.000 450.000
PERMANENTE
Imobilizado 729.500 550.000 Reservas 180.000 180.000
45
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
3. Processo de análise que consiste no estudo comparativo entre grupos de elementos das
demonstrações financeiras, por meio de índices, objetivando o conhecimento da relação
existente entre cada um dos grupos do conjunto, denomina-se:
a) Exame e Padronização
b) análise por quocientes
c) Análise vertical
d) Análise horizontal
e) Comparação de padrões
46
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Finalidade:
O uso de quocientes tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e
comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da análise é, além de retratar o
que aconteceu no passado, fornecer algumas bases para inferir (= deduzir) o que poderá acontecer no
futuro.
A análise por quociente é o processo de análise mais utilizado pelos analistas de balanços
porque oferece visão global da situação econômica e financeira da entidade.
Os Quocientes, também chamados de índices, podem ser obtidos pela comparação simples ou
complexa entre itens, normalmente heterogêneos de uma mesma demonstração contábil ,ou entre
itens de demonstração contábil distintas, na maioria dos casos referentes a um mesmo exercício.São
extraídos das demonstrações financeiras através de confrontos entre contas ou grupos de contas.
A Análise por Quocientes difere da análise horizontal e da análise vertical porque nessas a
comparação é entre elementos homogêneos. Assim, ao fazermos a análise vertical do balanço de
uma empresa, estamos por exemplo, comparando ativo circulante com o total do ativo, isso é, ativo
com ativo. Ao fazermos a análise horizontal, por exemplo, do ativo circulante, estaríamos
comparando ativo com ativo.
Em geral, a análise por meio de quocientes é desenvolvida através dos quocientes que
evidenciam:
• o grau de endividamento;
• a liquidez e
• a rentabilidade.
47
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
ESTRUTURA
Situação Financeira
LIQUIDEZ
a) Participação de Capitais
b) Composição do endividamento
No Balanço Patrimonial, o lado do Passivo mostra a origem dos capitais que estão à
disposição da empresa, enquanto o lado do ativo mostra em que estes capitais foram aplicados.
Assim, do confronto entre os Capitais Próprios e os Capitais de Terceiros, ficamos sabendo quem
investiu mais na empresa: se os proprietários ou se pessoas estranhas ao negócio.
São os Capitais Próprios e de Terceiros que financiam os investimentos efetuados pela empresa
em bens e direitos, demonstrados do lado do Ativo.
Por outro lado, quando os investimentos da empresa forem financiados pelos Capitais de
Terceiros em proporção maior do que pelos os Capitais Próprios, podemos afirmar em princípio que
a empresa está endividada. Neste caso, é provável que uma parcela maior dos lucros seja destinada a
remunerar esses Capitais de Terceiros.
48
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
49
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
31.12.X5 31.12.X6
ATIVO CIRCULANTE
PERMANENTE
72.250 156.475
• Investimentos
693.448 1.517.508
• Imobilizado
-...- 40.896
• Diferido
765.698 1.714.879
SOMA
2.726.178 3.984.050
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO CIRCULANTE
999.169 1.032.950
• Fornecedores 275.623 289.698
• Outras Obrigações 66.165 83.429
• Empréstimos Bancários
TOTAL DO PASSIVO 1.340.957 1.406.077
CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
50
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Fórmula:
Capitais de Terceiros
Patrimônio Líquido
Este quociente revela qual a proporção existente entre Capital de Terceiros e Capitais
Próprios, isto é, quanto à empresa utiliza de Capitais de Terceiros para cada real de Capital Próprio.
Se multiplicarmos este quociente por 100, obteremos a resposta em porcentagem, ou seja,
quanto à empresa utiliza de Capitais de Terceiros para R$ 100 de Patrimônio Líquido.
EXEMPLO:
19X5 19X6
Esses dois índices mostram que, em 19X5, para cada $100 de capital próprio (Patrimônio
Líquido), a empresa tomou $ 154 de Capitais de Terceiros e que, em 19X6, para cada $100 próprios,
tomou $ 183 emprestados.
Quanto menor for a participação de Capitais de Terceiros na empresa, menor será seu grau
de endividamento, e maior será sua liberdade financeira para tomar decisões.
Sempre que esse quociente for inferior a um, ou menor que 100 %, indicará o excesso de
Capitais Próprios sobre os Capitais de Terceiros, evidenciando que a entidade possui liberdade
financeira para a tomada de decisões. Por outro lado, quando os Capitais de Terceiros forem
investidos na empresa em proporções maiores que os Capitais Próprios esse quociente será superior
a um, indicando a existência de dependência financeira da empresa, junto aos seus credores, ou seja,
as empresas terão de que se sujeitar às regras impostas por esses credores (altas taxas de juros, curto
prazo para pagamento das obrigações, dificuldades para obtenção de créditos junto a outras
instituições).
Os Capitais de Terceiros sempre existirão, seja de forma de empréstimos (débito de
financiamento), seja para financiar o desenvolvimento da empresa (débito de funcionamento), como
os débitos a fornecedores, ao governo, aos trabalhadores, etc. O importante é que a empresa saiba
administrar bem os recursos de terceiros que estiver em mãos, fazendo com que os lucros obtidos
com a aplicação desses recursos superem os juros que remunerarão esses capitais.
51
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO:
Fórmula:
Passivo Circulante
Capitais de Terceiros
EXEMPLO:
19X5 19X6
Tais índices indicam que me 19X5 a empresa tinha 81% (mais de ¾) de suas dívidas
vencíveis a curto prazo e que em 19X6 este percentual caiu para 54% (quase metade), melhorando
aquilo que se pode chamar de perfil da dívida.
Quanto menor for o valor a pagar a curto prazo em relação a obrigações totais, maior tempo terá
a empresa para obter recursos financeiros, visando saldar todos os seus compromissos.
Para gerar recursos à curto prazo, visando cobrir os compromissos do Passivo Circulante, a
empresa poderá realizar várias operações, como levantar empréstimos para pagamento a longo
prazo, oferecer descontos especiais para promover vendar, incentivar seus clientes a pagar as
duplicatas antes dos vencimentos, concedendo-lhes vantagens, etc.
Essas operações entretanto, nem sempre oferecem resultados satisfatórios, pois dependem de
fatores externos que fogem do controle da empresa, como a existência de disponibilidades no
estabelecimento bancários para oferecer empréstimos a longo prazo, a situação financeira dos
clientes etc.
Gerar recursos financeiros a curto prazo, nem sempre constitui tarefa de fácil realização por
parte administração da empresa.
52
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Fórmula:
Ativo Permanente
Patrimônio Líquido
O quociente revela qual a parcela do Patrimônio Líquido foi utilizada para financiar a
compra do Ativo Permanente, isto é, quanto a empresa imobilizou no ativo Permanente para cada
real de Patrimônio Líquido.
Se multiplicarmos este quociente por 100, obteremos a resposta em porcentagem, ou seja,
quanto por cento do Patrimônio Líquido foi aplicado no Ativo Permanente.
EXEMPLO:
19X5 19X6
Ativo Permanente 765.698 1.714.879
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.125
Estes índices mostram que em 19X5 a empresa investiu no Ativo Permanente importância
equivalente a 71% do Patrimônio Líquido; em 19X6 esse percentual subiu para 121%.
O índice de imobilização de 19X5 mostra que 71% do Patrimônio Líquido foram investidos no
Ativo Permanente. Os restantes 29% acham-se aplicados no Ativo Circulante
O índice de imobilização em 19X6 é de 121%. Isto significa que para cada $ 100 existentes
de Patrimônio Líquido a empresa aplicou $ 121 no Permanente, ou seja, imobilizou todo o
Patrimônio Líquido mais recursos de terceiros, equivalentes a 21% do Patrimônio Líquido. Mesmo
que o Patrimônio Líquido crescesse 21%, ainda assim o Permanente o teria absorvido inteiramente.
Neste caso, o Ativo Circulante é totalmente financiado por Capitais de Terceiros, os quais
financiam ainda uma parte do Ativo Permanente. Assim, a empresa está em mãos de terceiros para o
financiamento de seu giro comercial (Ativo Circulante) e depende ainda desses mesmos terceiros
para o financiamento de uma parte do seu parque industrial (Ativo Permanente).
53
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Fórmula:
Ativo Permanente_______________
Patrimônio Líquido + Passivo Exigível a Longo Prazo
O quociente revela qual a proporção existente entre o Ativo Permanente e os Recursos Não-
Correntes, isto é, quanto a empresa investiu no Ativo Permanente a cada real de Patrimônio Líquido
mais Exigível a Longo Prazo.
Se multiplicarmos este quociente por 100, obteremos a resposta em porcentagem, ou seja,
quanto por cento do Capital Próprio mais Exigível a Longo Prazo a empresa investiu no ativo
Permanente.
EXEMPLO:
19X5 19X6
Ativo Permanente 765.698 1.714.879
Patrimônio Líquido + Passivo Exigível a Longo Prazo 1.385.221 2.577.973
Estes índices mostram que em 19X5 a empresa investiu no Ativo Permanente importância
equivalente a 55% do Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo em 19X6 esse percentual subiu
para 67%.
54
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Fórmula:
Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
A interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar se a empresa tem solidez
financeira suficiente para cobrir os compromissos de curto e de longo prazo assumidos com terceiros.
55
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
EXEMPLO:
19X5 19X6
Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077
Exigível a Longo Prazo 314.360 1.170.788
O índice de Liquidez Geral de 19X1, igual a 1,18, indica que para cada $ 1 de dívida a
empresa tem $ 1,18 de investimentos realizáveis a curto prazo, ou seja, consegue pagar todas as
suas dívidas e ainda dispõe de uma folga, excedente ou margem, de 18% (ou de $ 0,18 para cada $
1 de dívida).
Como se vê, o Ativo Circulante tornou-se menor que o Exigível Total. Em 19X5, o Ativo
Circulante contava com a totalidade dos Capitais de Terceiros e com uma parcela do Patrimônio
Líquido. Em 19X6, já não conta com nada do Patrimônio Líquido e também perdeu parte dos
Capitais de Terceiros (que foram investidos no Ativo Permanente). Dessa forma, o Ativo Circulante
ficou menor que os Capitais de Terceiros: para cada $ 1 de dívida existem investimentos circulantes
de $ 0,88.
Quanto este quociente for igual ou superior a um, pode-se afirmar, em princípio, que a
entidade encontra-se satisfatoriamente estruturada do ponto de vista financeiro.
Quanto este quociente for inferior a um, pode-se, em princípio, dizer que a empresa
encontra-se em situação de insolvência, pois os Capitais de Terceiros (obrigações totais) financiaram
todo o ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo, além de parte do Ativo Permanente, revelando
que a empresa encontra-se nas mãos de terceiros.
Há casos em que o quociente de Liquidez Geral inferior a um não indica situação de
insolvência. Ocorre, por exemplo, quando, para saldar compromisso de curto prazo, a empresa tome
empréstimos a pagar em cinco anos; neste caso, haverá tempo suficiente para gerar recursos visando
saldar esses compromissos. A análise do quociente de Liquidez Seca evidenciará essa situação.
LIQUIDEZ CORRENTE:
56
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A interpretação deste quociente deve ser direcionada para verificar a existência ou não do
Capital Circulante Líquido.
EXEMPLO:
19X5 19X6
Nos dois exercícios o Ativo Circulante é maior que o Passivo Circulante, e isto significa que
os investimentos no Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo e ainda
permitir uma folga de 46% e 61%, respectivamente, em 19X5 e 19X6.
Por ser o quociente que melhor espelha o grau de liquidez da empresa, é também
denominado medida de solvência.
O Capital Circulante Líquido (CCL) pode ser considerado pela fórmula:
Quando este quociente for igual a um, indicará que a empresa possui um grau de solvência
suficiente que lhe permite cobrir os compromissos de curto prazo.
Quando este quociente for superior a um, indicará a existência de uma folga financeira de
curto prazo, que corresponde ao Capital circulante Líquido. Esta folga financeira possibilita à
empresa efetuar transações sem prejudicar a sua liquidez, podendo ser utilizada na aquisição de
estoques, em aplicações financeiras de curto prazo etc.
Quanto maior for este quociente, maior será a liberdade financeira da empresa para obter
recursos; conseqüentemente melhor será seu grau de liquidez.
57
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
LIQUIDEZ SECA:
EXEMPLO:
19X5 19X6
Em 19X5 a empresa conseguia pagar 90% de suas dívidas somente com o Disponível e as
Duplicatas a Receber. Independentemente de padrões, pode-se dizer que tinha boa performance.
Assim, a avaliação da situação financeira que lhe fosse atribuída através do índice de Liquidez
Corrente poderia ser melhorada.
Em 19X6, registra-se quase o mesmo bom desempenho: o índice de Liquidez Seca está
dentro da normalidade, não melhorando nem piorando o conceito de situação financeira dado pelo
índice de Liquidez Corrente.
58
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Portanto, a fórmula para se apurar o Quociente de Liquidez Seca poderá ser apresentada no
início deste item, desde que já estejam deduzidos do Ativo Circulante os valores dos Impostos a
Recuperar e as Despesas do Exercício Seguinte. Há, ainda, uma outra fórmula que pode ser usada:
Este é um dos quocientes mais utilizados pelas instituições financeiras para o fornecimento
de créditos a seus clientes:
Suponhamos, por exemplo, que uma determinada empresa tenha obrigações a pagar, dentro
de 10 dias, no valor de R$ 8.000, possuindo apenas R$ 3.000 disponíveis. Como as contas a Receber
de clientes somente vencerão após 30 dias, o mesmo ocorrendo com os Investimentos Temporários a
Curto Prazo, e sendo o quociente de Liquidez Seca igual a 1,60, esta empresa poderá se dirigir a
qualquer instituição financeira e obterá o empréstimo desejado para pagar em até 60 dias. O
Quociente de Liquidez Seca reflete um grau de solvência que permite tal operação.
LIQUIDEZ IMEDIATA
Fórmula: Disponibilidades
Passivo Circulante
EXEMPLO:
19X5 19X6
Disponível 34.665 26.309
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077
Quando a empresa possui dinheiro em caixa suficiente para saldar seus compromissos de
curto prazo, obviamente estará tranqüila sob o ponto de vista de solvência.
59
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
QUOCIENTES DE RENTABILIDADE
GIRO DO ATIVO:
Fórmula:
Vendas Líquidas
Ativo Total
A interpretação deste quociente deve ser direcionada para verificar se o volume das vendas
realizadas no período foi adequado em relação ao Capital Total investido na empresa.
O volume de vendas tem relação direta com o montante de investimentos. Não se pode dizer
se uma empresa está vendendo pouco ou muito olhando-se apenas para o valor absoluto de suas
vendas. Uma empresa que vende $ 10.000.000 por mês tem vendas elevadas se o seu Ativo é de $
5.000.000. Certamente, suas vendas serão baixas se o Ativo for de $ 200.000.000.
Como o quociente serve para medir o volume das vendas em relação ao Capital Total
investido na empresa, é importante saber que o volume de vendas ideal para cada empresa é o que
permite a obtenção de lucratividade suficiente para cobrir todos os gastos, oferecendo ainda boa
margem de lucro.
Como os gastos efetuados pelas empresas para o desenvolvimento normal de suas atividades
variam em função do ramo de atividade por elas exercido, também o volume de vendas ideal para
cada empresa dependerá de seu ramo de negócio. O ideal é que este quociente seja superior a um,
caso em que estará indicando que o volume das vendas superou o valor investido na empresa.
60
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
MARGEM LÍQUIDA
Quanto maior for este quociente, maiores serão os lucros obtidos pela empresa.
RENTABILIDADE DO ATIVO
Fórmula:
Lucro Líquido
Ativo Total
Esse quociente evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa, isto é,
quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada real de investimentos totais.
A interpretação deste quociente deve ser direcionada para verificar o tempo necessário para
que haja retorno dos Capitais Totais (Próprios e de Terceiros) investidos na empresa.
Quanto maior for este quociente, maior será a lucratividade obtida pela empresa em relação
aos investimentos totais.
O conhecimento do tempo necessário para que haja retorno dos Capitais Próprios e de
Terceiros investidos na empresa pode ser obtido através dos seguintes procedimentos:
a. multiplica-se o quociente por 100 (cem), para se obter a resposta em porcentagem;
b. através de regra de três, conhece-se a quantidade de anos necessários para que haja retorno do
capital total investido.
61
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
onde:
x = 1 x 100 = 4 anos
25
Com base na lucratividade de 25 % ao ano, esta empresa necessitará de apenas 4 anos para
dobrar o valor dos Capitais investidos, contando apenas com os lucros apurados.
Fórmula:
Lucro Líquido
Patrimônio Líquido Médio
O quociente revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pelo Capital Próprio investido na
empresa, isto é, quanto a empresa ganhou de lucro líquido para cada real de Capital Próprio investido
A verificação pura e simples do valor do lucro líquido de uma empresa não é esclarecedora.
É preciso comparar esse valor como o Capital Próprio investido. Uma empresa com lucro
líquido de $ 10.000.000 pode ter desempenho superior à outra cujo lucro líquido foi de $
200.000.000, pois pode ser que a primeira tenha patrimônio liquido, por exemplo, de $
50.000.000 e a segunda de $ 3.200.000.000. Ou seja:
10.000.000 = 20%
50.000.000
200.000.000 = 6,25%
3.200.000.000
62
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
63
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O quociente de 0,97 indica que para R$ 1 de Capitais Próprios existem, aplicados na empresa,
R$ 0,97 de Capitais de Terceiros.
Composição de Endividamento
O quociente de 0,59 indica que para R$ 1 de dívidas totais existem R$ 0,59 de obrigações
vencíveis a curto prazo, isto é, a empresa Solemar terá de repor a curto prazo apenas 59% dos
Capitais tomados a terceiros.
Considerando que é normal as obrigações de curto prazo serem superiores a obrigações de longo
prazo, podemos concluir que quociente revela uma situação favorável, pois 41 % dos recursos
tomados de terceiros serão pagos após um ano, tempo necessário para que a empresa gere recurso
para saldá-los.
64
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O quociente de 0,59 revela que para cada R$ 1 do Patrimônio Líquido a empresa imobilizou R$
0,59.
O quociente, sendo inferior a um, indica a existência do Capital Circulante Próprio, utilizado
para financiar parte do Capital em Giro (Ativo Circulante mais Ativo Realizável a Longo Prazo),
constituindo ponto altamente positivo para a situação financeira da empresa.
O quociente de 0,42 indica para cada R$ 1 de Patrimônio Líquido mais Exigível a Longo Prazo a
empresa imobilizou R$ 0,42.
Assim, o quociente revela que os recursos não correntes foram suficientes para cobrir o Ativo
Permanente e ainda parte do Capital de Giro na empresa.
Quocientes de Liquidez
Liquidez Geral
O quociente de 1,41 indica que a empresa Solemar S/A possui no Ativo circulante e Realizável a
Longo Prazo, recursos financeiros suficientes para cobrir todas a suas obrigações de curto e de longo
prazo, tendo ainda um folga de R$ 0,41 para cada R$ 1,00 de dívida.
Essa folga de R$ 0,41 decorre da existência do Capital Circulante Próprio, que ficou evidenciado
pela análise do Quociente de Imobilização do Patrimônio Líquido
65
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Liquidez Correntes
O quociente de 2,04 revela que a empresa Solemar S/A possui, no Ativo Circulante, recursos
suficientes para pagar todas as obrigações de curto prazo e ainda sobrar um folga de R$ 1,04, para
cada real de dívida.
Essa folga de R$ 1,04 revela a existência do Capital do Circulante Líquido (CCL), evidenciando
que a empresa em análise não utilizou Capital de Terceiros em excesso, e consequentemente não
precisará transferir todo o seu lucro para terceiros.
Se a empresa Solemar S/A não tiver suficiente dinheiro em Caixa para cobrir obrigações de
curtíssimo prazo, ela poderá levantar recursos em qualquer instituição financeira, uma vez que o
quociente de 2,04 revela a existência de garantia aos credores para esse tipo de operação.
Liquidez Seca
Esse quociente revela que a Solemar S/A possui recursos em seu Ativo Circulante Líquido
(disponibilidades mais direitos de conversibilidade garantida) suficientes para saldar seus
compromissos de curto prazo.
Liquidez Imediata
O quociente de 0,20 indica que para cada R$ 1 de dívida a curto prazo, existem R$ 0,20 no caixa
da empresa.
Para melhor medir a validade intrínseca desse quociente, será necessário analisar outros dados,
principalmente os prazos de vencimentos das obrigações.
No caso da empresa Solemar S/A, pela própria situação favorável revelada pelos demais
quocientes de liquidez, vamos supor que, do total das obrigações de curto prazo, 10% vençam dentro
de 20 dias. Neste caso poderemos considerar satisfatório o quociente de 0,20 encontrado.
66
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Quocientes de Rentabilidade
Giro do Ativo
O quociente de 1,07 indica que os investimentos totais da empresa giraram mais de uma vez.
Portanto, para saber se esse quociente é satisfatório ou não deve-se analisar o Quociente de
Margem Líquida.
Margem Líquida
O quociente de 0,18 obtido indica que para cada real em vendas a empresa obteve R$ 0,18 de
lucro líquido. Conjugando o resultado desse quociente com o resultado do quociente anterior,
podemos dizer que o volume de vendas efetuadas foi suficiente para cobrir os custos, restando ainda
uma margem de lucro.
Rentabilidade do Ativo
O quociente de 0,19 revela que para cada real investido no Ativo houve uma lucratividade de R$
0,19. Para melhor medir a importância deste quociente de 0,19, vamos calcular o prazo de retorno do
Capital Total investido na entidade para saber em quantos anos a empresa terá duplicado o valor do
seu Ativo.
onde:
67
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O quociente de 0,38 indica que a empresa Solemar S/A obteve R$ 0,38 de lucro líquido para
cada real de capital próprio investido.
Para melhor medir a importância do quociente de 0,38, vamos calcular o prazo de retorno do
Capital investido:
Em outras palavras, significa que a empresa precisa de apenas 2,63 anos para dobrar o valor do
Capital Investido, utilizando apenas os lucros apurados. Independentemente de comparação com
padrões, o quociente representa situação altamente positiva.
Embora a interpretação isolada dos quocientes tenha a sua importância, a análise de balanços por
meio de quocientes ganha maior solidez quando os quocientes são interpretados conjuntamente.
A interpretação conjunta dos quocientes pode ser feita comparando-os entre si e/ou em
sucessivos períodos.
68
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Indica em média quantos dias a empresa espera para receber suas vendas.
69
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
ATIVIDADE 19 - QUESTÕES
4. O que acontece com o quociente de liquidez corrente quando uma empresa substitui dívidas de
longo prazo por dívidas de curto prazo?
5). Qual o quociente que detecta a saúde financeira, no longo prazo, do empreendimento?
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
6) Como podem ser agrupados os quocientes que evidenciam a situação financeira e econômica da
entidade?
11. Toda empresa que não possuir liquidez para cobrir os seus compromissos imediatos também não
possuirá liquidez para cobrir os compromissos a longo prazo, revelando alto grau de endividamento.
Você concorda com esta afirmativa? Justifique.
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
12. Qual é o quociente que, por melhor refletir a situação de solvência das entidades, receber de
alguns analistas a denominação de Medida de solvência?
13. Qual é o quociente que as instituições financeiras atribuem maior importância para aprovar
financiamento?
3. Os quocientes que evidenciam a rentabilidade obtida pelo Capital Investido na entidade são:
a. Quocientes de Estrutura de capitais
b. Quocientes de Liquidez
c. Quocientes de Rentabilidade
d. Quocientes de Rotação
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
a. Vendas =
Ativo médio
b. Passivo circulante =
Passivo Exigível total
b. Composição do Endividamento =
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Permanente
Investimento 50.585 30.378
Imobilizado 141.852 290.302
Diferido 8.515 29.161
Total do Permanente 200.952 349.841
Patrimônio Líquido
Capital social 228.360 304.480
Reserva legal 14.549 18.763
Reserva de lucros 174.470 229.869
Total do patrimônio Líquido 417.379 553.112
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Calcule e compare, utilizando o esquema modelo a seguir, os quocientes indicados para análise.
A. Quociente de liquidez X5 X6
1. Liquidez Imediata
2. Corrente
3. Seca
4. Geral
B. Quocientes de Endividamento
1. Capital de terceiros (Exigível total) sobre Patrimônio Líquido
2. Passivo circulante sobre capital de terceiros
ATIVIDADE 24 - A CIA. TESOURO tem os seguintes dados para você montar o Balanço
Patrimonial em 31/12/X6
Capital 500.000
Financiamento a Pagar (LP) 900.000
Fornecedores 1.100.000
Disponível 200.000
Máquinas e Equipamentos 500.000
Ações de Outras empresas 500.000
Duplicatas a receber 900.000
Estoques 400.000
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
ATIVO PASSIVO
a) A situação da empresa é:
( ) a excelente
( ) b. horrível no curto prazo
( ) c. razoável , pois o capital de giro próprio é de R$ 400.000
( ) d. Ruim, pois não tem capital de giro próprio.
( ) n.d.a
b) O endividamento é:
( ) a. muito alto, mas dentro dos padrões brasileiros
( ) b. alto, mas dentro dos padrões brasileiros
( ) c. alto, mas atenuado por ser de qualidade satisfatória
( ) d. aldo e de péssima qualidade
( ) e. n.d.a
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Fórmula índice
Liquidez seca
Liquidez corrente
Liquidez seca
Liquidez geral
Participação capitais de terceiros
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Disponível 50.000 Diversos 200.000
Clientes 300.000
Estoque 150.000 Exigível a longo prazo 50.000
Realizável a longo prazo 50.000
Permanente 350.000 Patrimônio Liquida 500.000
Reservas 50.000
Lucros acumulados 100.000
Pede-se calcular:
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
1.Quociente de liquidez;
3.Quocientes de solvência;
4.Quociente de rentabilidade;
ATIVIDADE 27
EMPRESA A EMPRESA B
Circulante 200.000 250.000
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
C) Uma empresa que vende a crédito encerrou seu exercício financeiro com os seguintes valores:
Uma da empresa acima faliu dois meses após a publicação de seu Balanço, que resumimos
anteriormente. Qual delas?
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Você será um
profissional
bem sucedido?
“Lembrem-se: aquele que semeia
pouco, também colherá pouco. Aquele que
semeia com fartura, também colherá
fartamente”
(2 Coríntios 9:6)
Bibliografias:
Curso de Contabilidade Para Não Contadores – Iudícibus, Sérgio de, Marion, José Carlos –
4º Edição – Ed. Atlas
Estrutura e Análise de Balanços – fácil – Ribeiro, Osni Moura- 7ª edição- Ed.Saraiva
Demonstrações Financeiras – Mudanças na Lei das Sociedades por ações – Ribeiro, Osni Moura
– Ed. /Saraiva
Lei 11.638 – Uma revolução na contabilidade das empresas – Adriana Marques Dias, Carlos
Alberto Caldarelli – editor Trevisan Universitária
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