1. Introdução
2. Composição e Características
Geralmente a cutícula apresenta duas regiões distintas: cutícula propriamente dita e uma ou
mais camadas cuticulares. A cutícula propriamente dita é a região externa, composta de cutina e
ceras e que não apresenta celulose. O processo de formação da cutícula é denominado cuticularização.
As ceras epicuticulares ocorrem na superfície desta
camada, tanto sobre a forma amorfa, como em estrutura Cera
cristalina de várias formas, como por exemplo, túbulos, epicuticular
Cutícula
filamentos, placas, grânulos, etc. (Fig. 6). As ceras Camada
propriamente dita
cuticular
epicuticulares desempenham papel importante na redução
intracuti
da transpiração através da cutícula.
A camada cuticular se forma sob a cutícula
propriamente dita e é considerada como a porção externa Parede celular
da parede das células epidérmicas, incrustrada com
quantidades variadas de cutina. O processo de formação da
camada cuticular é denominado cutinização. Sob a camada
cuticular, geralmente, ocorre uma camada péctica que faz a
união da cutícula com a parede periclinal externa das
células epidérmicas. Esta camada continua-se com a lamela
mediana entre as células vizinhas.
Figura 6 - Esquema da parede da célula epidérmica,
evidenciando a cutícula e a cera na superfície.
A cutina ajuda a restringir a transpiração e, por ser uma substância brilhante, ajuda a refletir o
excesso de radiação solar. Por se tratar de uma substância que não é digerida pelos seres vivos, a cutina
atua também como uma camada protetora contra a ação dos fungos e bactérias.
Apesar das células epidérmicas geralmente apresentarem paredes primárias, em algumas
espécies, como por exemplo, nas folhas de Pinus (coníferas) elas podem desenvolver paredes
secundárias lignificadas e intensamente espessadas.
4. Estômatos
Características como a posição e número dos estômatos na epiderme são bastante variados e
altamente influenciados pelo ambiente em
que a planta vive, apresentando assim, pouca
aplicação taxonômica. No entanto, existem
classificações baseadas na presença ou não,
e na origem das células subsidiárias, que
podem ter utilização taxonômica, como, por
exemplo, a classificação proposta por Metcalf
& Chalk (1950), para os estômatos das
dicotiledôneas, com base na relação entre as
células anexas: anomocíticos (C), paracítico
(D), anisocítico (E) e diacítico (F) (Fig. 11)
Além dos estômatos, inúmeras outras células especializadas ocorrem na epiderme, dentre elas
destacam-se os tricomas, que reúnem vários tipos de apêndices epidérmicos, portanto, originados da
protoderme. Os tricomas são altamente variados em estrutura e função e que podem ser classificados de
diversas maneiras.
Figura 12. Esquema mostrando a diferenciação de um tricoma tector a partir de uma célula da protoderme.
www.nature.com/.../v5/n6/fig_tab/nrm1404_F1.html
A B C D
Figura14. Diferentes tricomas: A e B - Tricomas tectores da folha de Arabdopsis, geral da folha e detalhe;
C - Tricomas glandulares da folha de Licopersicun sp (tomate) ; D - Detalhe do óleo secretado entre a
parede celular e a cutícula da cabeça do tricoma secretor de Salvia sp.
5.3 Escamas e/ou
tricomas peltados: esses
tricomas apresentam um disco,
formado por várias células, que
repousa sobre um pedúnculo
que se insere na epiderme (Fig.
15). Nas bromeliáceas os
tricomas peltados estão
relacionados com a absorção
de água da atmosfera.
A B
Figuras 15 - Tricoma Peltado de Olea europea visto em corte transversal da folha (A)
(www.sbs.utexas.edu/)e microscopia eletrônica de varredura da superfície da folha (B)
(www.nature.com/.../v26/n16/)).
5.4 Vesículas aqüíferas: são células epidérmicas grandes, que servem para armazenar água.