Escravidão
Escravidão negra - A primeira leva de escravos negros que chega ao Brasil vem da Guiné,
na expedição de Martim Afonso de Souza, em 1530. A partir de 1559, o comércio negreiro
se intensifica. A Coroa portuguesa autoriza cada senhor de engenho a comprar até 120
escravos por ano. Sudaneses são levados para a Bahia e bantus espalham-se pelo Maranhão,
Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo.
Cana-de-açúcar
Mineração
Na passagem do século XVII para o XVIII, são descobertas ricas jazidas de ouro no centro-
sul do Brasil. A Coroa portuguesa volta toda sua atenção para as terras brasileiras. A região
das minas espalha-se pelos territórios dos atuais Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato
Grosso e torna-se pólo de atração de migrantes: portugueses em busca de fortuna,
aventureiros de todas as regiões do Brasil e escravos trazidos do Nordeste. Criam-se novas
vilas: Sabará, Mariana, Vila Rica de Ouro Preto, Caeté, São João del Rey, Arraial do
Tejuco (atual Diamantina) e Cuiabá.
Economia mineradora - O chamado "ciclo do ouro" traz uma grande diversificação social
para a colônia. A exploração das jazidas não exige o emprego de grandes capitais, permite a
participação de pequenos empreendedores e estimula novas relações de trabalho, inclusive
com a mão-de-obra escrava. Os escravos trabalham por tarefa e, muitas vezes, podem ficar
com uma parte do ouro descoberto. Com isso, têm a chance de comprar sua liberdade. O
período áureo dura pouco: entre 1735 e 1754, a exportação anual gira em torno de 14.500
kg. No final do século, o volume enviado a Portugal cai para 4.300 kg por ano, em média.
Diamantes - A exploração de diamantes toma corpo por volta de 1729, nas vilas de
Diamantina e Serra do Frio, no norte de Minas Gerais. A produção atinge grandes volumes
e chega a causar pânico no mercado joalheiro europeu, provocando a queda nos preços das
pedras. Em 1734 é instituída uma intendência para administrar as lavras. A extração passa a
ser controlada por medidas severas que incluem confisco, proibição da entrada de
forasteiros e expulsão de escravos.
Diversificação agrícola
Francisco de Melo Palheta (1670 -?) nasce em Belém do Pará e é considerado o primeiro a
introduzir o café no Brasil. Militar e sertanista, em 1727 é mandado à Guiana Francesa e
recebe duas incumbências do governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará, João Maia
da Gama. A primeira tem caráter diplomático: o governador da Guiana, Claude d'Orvilliers,
tinha mandado arrancar um padrão com o escudo português plantado na fronteira entre as
duas colônias. A missão de Palheta seria fazer respeitar a divisa, estabelecida pelo Tratado
de Utrecht no rio Oiapoque. A segunda tarefa de Palheta é clandestina: deveria obter mudas
de café, cultivado nas Guianas desde 1719, e trazê-las para o plantio no Pará. O sertanista
cumpre suas duas incumbências. Faz os franceses aceitarem a faixa divisória entre os dois
países e traz mudas de café para o Brasil, apesar da proibição formal do governo francês.
Conta-se que ele mesmo teve um cafezal no Pará, com mais de mil pés, para o qual pediu
ao governo cem casais de escravos.
Pecuária