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Princípios do Direito Penal:

São a plataforma mínima sobre a qual se pode elaborar o Direito Penal de um


estado democrático de direito. Os cinco princípios reitores enunciados, sob a
denominação de "princípios básicos" pelo prof. NILO BATISTA no livro Introdução
Crítica ao Direito Penal Brasileiro são: Lesividade (ou ofensividade, ou danosidade),
Intervenção Mínima, Legalidade (ou da reserva legal, ou da tipicidade),
Humanidade e Culpabilidade. Há outros, que, na realidade, são desdobramentos
destes ( ex. taxatividade, insignificância, adequação social ) e que podem ser
estudados na obra de BITENCOURT. Temos ainda os seguintes princípios
norteadores no Direito Penal: ampla defesa (CF/88 - art. 5°, I); Juiz Natural (CF/88
- art. 5°, LIII); intransmissibilidade da pena (CF/88 - art. 5°, XLV - A pena não vai
além da pessoa do delinqüente); territorialidade; direito a liberdade e da igualdade
de todos perante a lei.

Princípio da Lesividade (ou Ofensividade, ou Danosidade):

Ao direito penal somente interessa a conduta que implica dano social relevante aos
bens jurídicos essenciais à coexistência. A autorização para submeter as pessoas a
sofrimento através da intervenção no âmbito dos seus direitos somente está
justificada nessas circunstâncias. É o princípio que justifica (ou legitima) o Direito
Penal; o direito penal somente está legitimado para punir as condutas que implicam
dano ou ameaça significativa aos bens jurídicos essenciais à coexistência. Este
princípio reflete duas características do Direito: Exterioridade e alteridade (ou
bilateralidade) O direito sempre coloca face a face dois sujeitos (alteridade), não
interessando as condutas individuais, sejam pecaminosas, escandalosas, imorais ou
"diferentes" , somente podendo ser objeto de apreciação jurídica o comportamento
que lesione direitos de outras pessoas, e não as condutas puramente internas
(exterioridade). Não está legitimado a impor padrões de conduta às pessoas apenas
porque é mais conveniente, ou adequado. Ninguém pode ser punido pelo Estado
somente porque convém. O objeto de proteção é o bem jurídico. O que se aspira a
evitar é a conduta que implica dano relevante a este bem jurídico. Conceito
econômico de bem: tudo o que, posto no espaço social, satisfaz as necessidades
humanas, quer sejam entes ou coisas materiais ou imateriais. Conceito ético-social:
significado valorativo do termo "bem": possibilidade de dispor (usar). Relação de
disponibilidade. Conceito jurídico: a sociedade estabelece um sistema tal que possa
proteger, possibilitar esse acesso de modo impessoal. Proteção é conferida pelo
Estado. Há CONSENSO. BEM JURÍDICO É A RELAÇÃO DE DISPONIBILIDADE ENTRE
PESSOAS E COISAS, PROTEGIDA PELO ESTADO ATRAVÉS DE NORMAS CUJA
DESOBEDIÊNCIA IMPLICA SANÇÃO.

CONSEQÜÊNCIAS DO PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE:

1ª: proibir a incriminação de atitudes internas;

2ª . proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio


autor;

3ª . proibir a incriminação de simples estados ou condições existenciais.

4ª. proibir a incriminação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem
jurídico. O Direito Penal é ciência valorativa. Esse caráter axiológico permite que a
ciência submeta as situações sociais a uma apreciação, a uma avaliação, da qual
resulta o reconhecimento do seu conteúdo de valor ou de desvalor. Identificado o
conteúdo de valor de uma determinada situação social, cabe ao Direito Penal
recorrer ao seu caráter fragmentário, já estudado no 1º Tema, para definir se
aquele bem jurídico necessita ou não de uma especial ação protetiva.

Princípio da Intervenção Mínima

A proteção do DP somente deve ser invocada em última instância, caso não seja
suficiente a aplicação de outras regras do ordenamento jurídico. A sanção penal é
um meio extremo, porque se constitui na intervenção mais radical na liberdade do
indivíduo que o ordenamento jurídico permite ao Estado. O recurso à pena supõe
impossibilidade de garantir proteção suficiente do bem jurídico através de outros
instrumentos à disposição do estado. Reconhece-se que a pena é solução
imperfeita, que só deve ser utilizada como recurso extremo e nos casos de ofensas
significativas a bens jurídicos essenciais para a coexistência. A este princípio
relaciona-se o caráter subsidiário do Direito Penal. Como recurso extremo, sua
legitimidade segue o Critério da necessidade da proteção, de modo a reduzir ao
mínimo indispensável as privações de bens jurídicos promovidas pelo DP. Onde
bastem outros procedimentos mais suaves para preservar ou restaurar a ordem
jurídica, o Direito Penal não está legitimado a intervir. Caso contrário,
aumentaríamos o coeficiente de violência social e o risco de perdimento de bem
jurídico. Esta é a concepção garantista do Direito Penal . Não basta dizer que o bem
jurídico está sob tutela contra ataques de terceiros. Ele também deverá estar
garantido contra ataques do próprio Estado, a pretexto de aplicação do Direito
Penal . O bem jurídico está submetido a dupla garantia: protegido pelo Direito
Penal e protegido ante o Direito Penal .

Princípio da Legalidade ou da Reserva Legal

“Não há crime sem lei que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal” (CP -
art. 1°). Tal princípio assegura que ninguém seja punido por fato atípico. Típico é o
fato que se molda a conduta descrita na lei penal. Daí decorre que o conjunto de
normas penais incriminadoras é taxativo e não exemplificativo. nullum crimen nulla
poena sine praevia lege Evolução política: é a chave mestra de qualquer sistema
penal racional e justo. Carta Magna (1215); Beccaria (sec.XVIII). Declaração da
Virgínia: leis com efeito retroativo, feitas para punir delitos anteriores à sua
existência, são opressivas e não devem ser promulgadas (12.6.76), o que a
Constituição americana reconheceu em 1787. Universalidade na Declaração dos
Direitos do Homem na Rev. Francesa. Passa-se a exigir a anterioridade. Enunciado:
Feuerbach (1801): Nullum crimen, nulla poena sine præ via lege. Evolução jurídica:
1906, Beling: a efetiva vigência do princípio exige que a lei, além de ser anterior,
reuna algumas condições pertinentes à definição legal de uma conduta delituosa.
Não é qualquer lei penal que recebe esse mandato de garantia, mas somente as
LEIS PENAIS INCRIMINADORAS, ou seja, as que definem os crimes e cominam as
respectivas sanções. Além dessas, temos LEIS PENAIS NÃO INCRIMINADORAS, que
são as que disciplinam a aplicação e os limites das leis incriminadoras (normas
integrantes ou de segundo grau). Podem ser: permissivas, quando definem
isenções de pena ou exclusão de crime (ex. art. 22 e 23 do Código Penal).
explicativas, quando esclarecem o conteúdo de outras leis ou enunciam conceitos e
princípios gerais (ex. arts. 18 e 327). Não basta existir lei incriminadora para
atender ao mandato de garantia. Para tanto, é preciso extrair os seguintes
corolários (ou conseqüências):

Proibição da retroatividade.:

A Lei Incriminadora deve ser anterior. Ninguém pode ser punido por um fato que
não era crime na época em que o realizou. Como já vimos, esta é a função
"histórica" e está ligada à origem do princípio. A tal ponto que o Código Penal chega
a epigrafar o artigo 1º com o nomen juris "anterioridade".

Proibição do costume.

A Lei incriminadora deve ser escrita.

Proibição da analogia e de medidas de outra natureza.

A Lei incriminadora deve ser estrita (= resultado de um processo válido de


elaboração, que assegure sua legitimidade). Vedada a analogia in malan partem ou
a adoção de OUTRAS regras jurídicas (=medidas provisórias) para definir crimes.

Proibição de incriminações vagas ou indeterminadas.

A Lei deve ser certa, vedada a indeterminação ou a imprecisão. É o chamado


"mandato de certeza". A Lei Incriminadora não deve conter as denominadas
"cláusulas gerais do tipo" , que são expressões ambíguas ou vazias de conteúdo. A
redação da Lei Penal Incriminadora reflete o Princípio da Tipicidade: a lei deve
DEFINIR a conduta ilícita. Assim, a Lei Penal Incriminadora tem a seguinte
ESTRUTURA (REDAÇÃO ELÍPTICA): PRECEITO, ou um imperativo, que contém a
prescrição (ou ordem) que o Direito Penal quer transmitir. O PRECEITO pode ser de
PROIBIÇÃO (não faça) ou de COMANDO, ou OBRIGAÇÃO (faça). O Preceito é
sempre implícito. A Lei Penal Incriminadora explicita a CONDUTA PROIBIDA ou a
CONDUTA OBRIGATÓRIA, ou seja, a descrição da conduta criminosa ( = conduta
típica). SANÇÃO, que é a PENA COMINADA (sempre uma privação de bem jurídico
essencial do infrator, por exemplo:). A pena vem cominada no mínimo e no
máximo, e é sempre explícita. Algumas Leis Penais incriminadoras apresentam um
PRECEITO INCOMPLETO. Nestes casos, fala-se em LEI PENAL EM BRANCO, que são
leis cujos preceitos exigem complementação, ou seja, remetem a outra norma
jurídica. Classificam-se em:

Leis penais em branco em sentido amplo: são aquelas cujo preceito remete à
complementação por uma norma jurídica proveniente do mesmo poder que a
editou. No Brasil, há lei penal em branco em sentido amplo quando o preceito é
complementado por outra lei federal. Exemplo: artigos 178 e 236 do Código Penal
(que remetem, respectivamente, à Lei dos Armazéns Gerais e ao Código Civil).

Leis penais em branco em sentido estrito: são aquelas cujo preceito remete à
complementação por uma norma jurídica proveniente de poder diverso da que a
editou. Neste caso, a lei penal em branco complementa-se por algum ato
administrativo (portarias, resoluções, instruções normativas, decretos, etc) ou por
alguma lei estadual ou municipal. Exemplos: artigos 169 do Código Penal e 12 da
Lei 6368/76 (Lei Antitóxicos), que são complementados por portarias e resoluções
do Ministério da Saúde.

Princípio da Culpabilidade

Não há delito sem que o autor tenha a possibilidade exigível de conduzir-se


conforme o direito. nullum crimen sine culpa.

Princípio da Humanidade

O poder de punir não pode impor sanções que atinjam a dignidade da pessoa ou que
lesionem a constituição fisiopsíquica dos condenados.
DISPOSIÇÕES DE PRINCÍPIOS NA RELAÇÃO PENAL

INTRODUÇÃO

A sociedade titulada em seus direitos, buscou princípios que controlassem a punição


penal pelo Estado, evitando abusos de poder punitivo.
Tais princípios constituem em longo processo histórico, sendo necessário uma abertura
política que demonstrou-se ausente nos regimes de totalitarismo e monocráticos.
Somente a partir do século XVIII no Iluminismo inseriu-se uma lógica em que o poder
estatal era restringido, tendo como papel principal garantir direitos mínimos para os
indivíduos em que se imputa a prática de crime somente se lei prévia estabelecer
determinada conduta como tal, nem lhes pode ser imposta pena também previamente
definida.
A Lei somente a ela compete fixar as limitações que destacam a atividade criminosa da
atividade legítima.

1 – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OU DA RESERVA LEGAL

Este princípio nada mais é que uma efetiva limitação ao poder estatal, onde ninguém é
privado de suas vontades senão em virtude da lei, representando um avanço do Estado
de Direito, quando adequar os comportamentos individuais ou estatais as normas legais.

A Constituição Federal Brasileira de 1988, protege as Garantias Fundamentais previstas


pela Reserva Legal em seu artigo 5º inciso XXXIX ao apresentar:
“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
Lei”.
Explicito no artigo 37, caput da Constituição Federal do Brasil, quando identifica-se: “A
Legalidade como princípio de administração, está em toda a sua atividade funcional”.
1.1. Garantia
Só pode ser considerado crime o que está escrito pôr lei anterior. Não há crime sem lei
anterior que o defina.
A => Formal, Lei estrita restringe a criação de tipos penais e a cominação de sanções à
lei vedando o uso da analogia para estender.
B => Material, Lei certa, a lei deve ser facilmente acessível a todos e não só aos juristas,
exigindo que a lei seja clara de pronto a compreensão e de fácil entendimento.

2- PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE

A Lei Penal deve ser clara e precisa, de forma que o destinatário da lei possa
compreende-la sendo vedada, portanto, com base em tal princípio, a criação de tipos que
contenham conceitos vagos ou imprecisos, implica a máxima determinação impondo-se
ao poder Legislativo, na elaboração das leis, que redija tipos penais com a máxima
precisão de seus elementos.
Lei 9455/97 Lei de Tortura, impor intenso sofrimento físico e mental, verifica-se as
normas penais em branco e tipos penais abertos e normas em branco, necessitando de
compreensão do legislador.
Pode-se exemplificar a Lei 6368/76 em seu artigo 12. O mesmo reflete no tipo aberto
sendo, feito pelo julgador, que possui conhecimento para interpretar, podemos citar o
artigo 249 do Código Penal Brasileiro, quando fala de mulher honesta, vantagem
indevidamente, tipos culposos apresentando na sua analogia a impossibilidade de criar
figuras incriminadoras para prejudicar, o legislador causuístico faz menção genérica,
recurso que utiliza o agente.

3 – PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA

Os juristas têm exigido intricados sistemas penais, que não caberiam no âmbito
proposto, colaborando em consideração a generalidade da construção social.
A moderna Teoria do bem jurídico, reconhecida pôr juristas de renome como orientação
estabelecida pelo modelo de Constituição do Estado Democrático, rejeita a intervenção
do Estado no âmbito da moral e legitima a proteção dos valores essenciais da
comunidade, destacando-se as condutas invariáveis e intoleráveis na sua
fragmentariedade. Bens e condutas podem atingir o bem jurídico.

4 - PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE

Princípio da Proporcionalidade ou da proibição do excesso, emana do Estado de Direito,


no qual esta o exercício do poder subordinado à ordem jurídica que limita e o impede de
agir como arbitro.
Não são poucos os artigos constitucionais que trazem embutido o princípio em
destaque:
A=> Veda que a pena passe da pessoa do condenado (artigo 5º, XLV);
B=> Exige a individualização da pena (artigo 5º, XLVI e XLVII);
C => Determina que a pena seja cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo
com a natureza de cada pena ( artigo 5º, XLVIII);
D=> Impõe o respeito à integridade física (artigo 5º, XLIX);
E => Dispensa a identificação criminal (artigo 5º, LVIII).
Todos apresentando um predicamento do atributo da razoabilidade.

5 – PRINCÍPIO DA HUMANIDADE OU DIGNIDADE HUMANA

Quando pode – se antecipar o futuro e moldar seus contornos, percebesse que as


transformações estruturais e decorrentes do caráter mutável da própria sociedade,
impregnada pôr contradições e desigualdades é resultado do desenvolvimento científico
e tecnológico que significam apresentar soluções possíveis as equações sociais futuras
beneficiando um Estado globalizado e reduzindo os conflitos apresentados e penas que
podem ferir a dignidade humana com limitações da pena promovendo prospero
desenvolvimento.

6 – PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE

Quando se chega na problemática da personalidade do réu, o que se nota é confusão


rotineira na apuração da culpa em função de interpretação da pessoa. O Direito Penal
dispensa a ação ao agente, objetiva enquadramento da culpabilidade na personalidade
do agente de forma a descobrir a sua face criminológica.
A=> Responsabilidade objetiva, identifica o agente de forma dolosa ou culposa.
B => Responsabilidade subjetiva, dolo; culpa
Teoria Finalística da culpabilidade, elemento da definição: Típico; antijuríco; culpável;
juízo de responsabilidade.
1.6 – Elemento da culpabilidade , imputabilidade;
2.6 – Potencial, Consciência da ilicitude;
3.6 – Exigibilidade de conduta diversa, imputabilidade menor de 18 (dezoito) anos;
sanidade mental.

7 – PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL

Serão penalizadas apenas condutas que possuem uma certa relevância social. Deste
princípio pode deduzir que algumas condutas, mesmo que não sendo consideradas
corretas a olhos subjetivos, não constituem delitos.
A=> Abstrato , o legislador aplica
B => Concreto, o julgador aplica o que é adequado socialmente na região em que se
encontra.
8 – PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA = DELITO DE BAGATELA

Foi formulado em 1964 pôr Claus Roxim que propôs a interpretação restritiva aos tipos
penais com a exclusão da conduta do tipo a partir da insignificante importância das
lesões ou danos aos interesses sociais. Reconhecida a insignificância não é característica
do tipo delitivo, mas um auxiliar interpretativo para restringir o teor literal do tipo
formal.
A conduta de portar pequena quantidade de substância entorpecente, embora
formalmente se amolde ao tipo penal, não apresenta nenhuma relevância material,
afastando-se liminarmente a tipicidade penal, porque em verdade o bem jurídico não
chegou a ser lesado, proteger o bem jurídico não afasta o princípio da obrigatoriedade
da ação penal.
A=> Tipicidade Legal = Tipicidade Formal + Tipicidade Conglobante.
B => Tipicidade Material, (lesão ; bem jurídico).
C => Antinormatividade, O Estado impõe ou fomenta atividades, outras atividades são
toleradas ou permitidas pelo Estado.
9 – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE

O princípio da anterioridade em relação ao exercício financeiro, deve ser substituído pôr


mecanismo de prazo fixo. As legislações instituidoras ou que majorem alíquotas de
tributos constitucional devem Ter eficácia temporal contida, pré – fixada no texto
constitucional.
Demonstrando o princípio lógico da segurança jurídica.
Não existe delito de auto – lesão, artigo 171, § 2 º do Código Penal; artigo 122 do
Código Penal – suicídio.

10 – PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE OU LESIVIDADE

Não se pode conceber a punição de fatos que não causem dano ao bem jurídico tutelado
pela norma, somente serão legítimas as intervenções do sistema penal se demonstrável
alguns interesses protegido.
A punição nas hipóteses claras de ausência de lesão ao bem jurídico, o desvalor da ação
não pode mas ser fundamentado para a punição da tentativa, justificando a não punição
de atos meramente preparatórios.
A=> Crime de dano – bem jurídico afetado.
B=> Perigo – risco de dano; abstrato ou presumido
C=> Concreto – artigo 130 do Código Penal – praticar atos como moléstia grave; artigo
131 do Código Penal, necessidade da prova de perigo de dano, Lei 10826 – porte e
munição.

11 – PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA

O Princípio da Igualdade jurisdicional, interpretado deverá da à lei o entendimento que


não há distinção, todos são iguais perante a lei e todos condenados à pena privativa de
liberdade, apesar de terem perdido direito importante, devem Ter tratamento igual.
Não se pode crer que esteja obedecendo o princípio da individualização da pena ao se
executarem todas da mesma maneira, independente das condições de caráter penal de
cada preso.
É o sistema progressivo, além de ser inerente à própria pena, que permite a
individualização, dá lugar aos exames das personalidades e comportamento do
condenado, que quanto a sua aplicação existe em prol da sociedade a aproximação
graduada do condenado ao meio social, visto que ao final da pena nenhuma restrição
restará sobre sua liberdade.
A=> Artigo 5º, § XLVI da Constituição Federal do Brasil – Privação da liberdade.
B=> Abstrato – ponto de vista do legislador na hora de cominar penas.
C => Concreto – julgador , aplicar penas, uma pena base.
D => Dessimetria – agravante e atenuantes – genéricas 61 e 65 do Código Penal.
E => Causa de aumento e diminuição que podem ser especiais e gerais.
F => Diferença, não diz para o juiz quanto é que vai diminuir ou aumentar; tentativa,
parte geral.

12 – PRINCÍPIO DA TERRITORRIALIDADE

Será aplicada a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de Direito
Internacional, ao crime cometido no território nacional. A lei penal só tem aplicação no
território do Estado que a determinou, sem atender á necessidade do sujeito do delito ou
titular do bem jurídico lesado.
Artigo 5º, § 2º da Constituição Federal do Brasil.

13 – PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE

Apesar dos crimes terem sido cometidos fora do território nacional, pôr força de lei o
autor será julgado lei brasileira, princípio da nacionalidade, a lei penal do Estado é
aplicável a seus cidadãos onde quer se encontrem.
Princípio da Defesa ou Real
A nacionalidade do bem jurídico lesado pelos crimes, independentes do local de sua
pátria ou nacionalidade do sujeito ativo está previsto nos casos da alínea “A”, “B” e “C”
do inciso I do artigo 7º do Código Penal, ficando sujeitos a lei brasileira embora
cometidos no estrangeiro os crimes contra:
“A vida ou liberdade do Presidente da República;
contra o patrimônio ou a fé Pública da União do Distrito Federal, de Estado de
Território, de Município, de Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista, Autarquia
ou Fundação instituída pelo poder Público, contra a administração pública, porque está
a seu serviço.

CONCLUSÃO

A solução das crises sociais, não está na introdução desmedida de sanções penais no
sistema.
O Direito Penal não deve Ter função meramente simbólica ou promocional, cuja
finalidade é apenas recriminar a conduta daquele que viola a lei e no limite do que
decide, pode sacrificar a lei em nome de um princípio maior, cujo ápice está no
princípio da dignidade humana.
Garantir cidadania, assegurar os direitos de acesso à informação agora e no futuro,
implica reduzir os riscos e implementar uma política moderna, atualizada oferendo aos
trabalhadores em serviço, conhecimento e técnicas que proporcione dignidade e
sobrevivência, em uma sociedade altamente competitiva.
O Direito Criminal moderno é visto como ultima ratio para a solução de graves
problemas sociais que reclamam pelo remédio extremo, pôr isso mesmo mas diminuído,
desde que assente seu caráter fragmentário e subsidiário inclina para proteger os valores
mais representativos da comunidade necessitando de conceito legitimadores que
somente uma aplicação constitucionalista incorporada no Direito Penal pode recuperar
sua legitimidade, contribuindo com o amadurecimento do Estado Democrático de
Direito e com a defesa dos direitos fundamentais.

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Junior. MENDES, João Oliveira. O Processo Criminal. 5ª ed.: SP. Saraiva,
2002.
BIANCHINI, Alice. Considerações Críticas ao Modelo de Política Criminal. Porto
Alegre. Sérgio Antonio Fabris, 1991.
DRUCKER, Pedro. Sociedade Pós- Capitalista. 6ª ed. SP. Pioneira, 1997. P.187.
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Conduta Punível. SP. São Paulo, 2000.
JESUS, Damásio evangelista de. Direito Penal – Parte Geral 15ª ed. SP. Saraiva, 1991.
LEIRIA, I. Mergulho no Futuro; os Perigos da sociedade da informação, RJ. V.3 n.º 36
p. 20; MAI. 1999.
LUISI, Luiz. Os Princípios Constitucionais Penais. Porto Alegre. Sérgio Antonio Fabris,
1993
MANTOVANI, Fernando. Diritto Penale – Parate generale. Torino; Utet, 1961.
MAURACH, Reinhart. Tratado de Derecho Penal. Barcelona; Ariel,1997.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. SP. Atlas, 1997.
PALAZZO, Francesco. Valores Constitucionais e Direito Penal. Porto Alegre; Sérgio
Antonio Fabris, 1989.
SOUZA, P.R. Globalização e Educação; rumos e perspectivas Humanas, Brasília, n.º 43
; p. 6, 1997.
TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios Básicos de Direito Penal. 5ª ed. SP. Saraiva,
1994.
TOFFLER, A., TOFFLER, H. Criando uma Nova Civilização; a política da terceira
onda. RJ. Record, p.142, 1995.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Em Busca de las Penas Perdidas; Buenos Aires. Ediar,
1989.
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL - Parte 01 -
Definição de Princípio
rgsampa em Qua Jul 30, 2008 5:48 pm

Este tópico sintetiza e resume 4 fontes de estudo:


Primeira – anotações das aulas do Curso Federal – Profa. Janaina
Segunda – anotações de aula do Prof. Rogério – Curso LFG.
Terceira – Livro do NUCCI
Quarta – Livro do Francisco Dirceu Barros – Neste livro há a apresentação de 42
princípios. Inicialmente eu transcrevi as anotações de aula e em seguida
complementei com a leitura dos livros.

No MANUAL DE DIREITO PENAL – GUILHERME DE SOUZA NUCCI – são


apresentados apenas 12 princípios
1. Constitucionais explícitos
1.1. Legalidade ou Reserva legal
1.2. Anterioridade
1.3. Retroatividade da lei mais benéfica
1.4. Personalidade ou da responsabilidade pessoal
1.5. Individualização da pena
1.6. Humanidade

2. Constitucionais implícitos
2.1. Intervenção mínima (subsidiariedade
2.2. Fragmentariedade
2.3. Culpabilidade
2.4. Taxatividade
2.5. Proporcionalidade
2.6 Vedação da dupla punição pelo mesmo fato

Princípio é causa primária, elemento predominante na constituição de um corpo


orgânico. Princípio – “ARCHÈ” em grego – aquilo que dá origem a todas as outras
coisas. Na Grécia antiga, no nascimento da filosofia, tivemos princípios físicos (pré-
socráticos) e depois princípios metafísicos com Platão e Aristóteles. E isto determinou
toda a história da cultura ocidental.

No campo Direito, apesar de a noção de princípio ser diferente destas noções da


tradição filosófica clássica, ela também sofre influência a tradição Greco-clássica, à
medida que são noções genéricas, universalizantes e abstratas, existentes no plano do
conseno jurídico de certa época e que por uma série de fatores e conjunções históricas
têm um certo valor determinante para esta época histórica.

Princípio é o mandamento nuclear de um sistema; é a regra a partir da qual irradiam


valores que vão orientar o ordenamento jurídico; eles balizam a interpretação das
normas penais incriminadoras e não incriminadoras.

Para entender a importância dos PRINCÍPIOS no ordenamento jurídico brasileiro é


necessário ler o PONTO DE CONSTITUCIONAL SOBRE O
CONSTITUCIONALISMO e o processo de positivação e constitucionalização dos
princípios.

Aqui segue o fragmento da CF em que se encontram a maioria dos princípios penais


EXPLÍCITOS.

Código:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização


que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a
soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos
crimes dolosos contra a vida;

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos


direitos e liberdades fundamentais;

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e


imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis


de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de


grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a


obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,


entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de


acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e


moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam


permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,


em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime


político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela


autoridade competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o


devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e


aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por


meios ilícitos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em


julgado de sentença penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a


identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se


esta não for intentada no prazo legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos


processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social
o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem


escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente,
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre


serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família
do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais


o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da
família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por


sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a


lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do


responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de
obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL - Parte 02
rgsampa em Qua Jul 30, 2008 5:56 pm

Anotações das aulas do Curso Federal – Indicação bibliográfica – FRANCISO DE


ASSIS TOLEDO. Este texto foi redigido exclusivamente com minhas anotações de
aula. Alguma coisa que esteja errada se deve exclusivamente à minha compreensão
equivocada do que foi dito em aula. Nestas anotações forram inseridas algumas idéias e
exemplos retirados do livro do NUCCI.

Nas anotações de aula foram identificados 25 princípios:

1. PRINCÍPIO VETOR DO DP é o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (PDPH).

2. PRINCÍPIO DA INTRANSMISSIBILIDADE DA PENA


3. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
4. PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS
5. PRINCÍPIO DA EXECUÇÃO DA PENA DE FORMA HUMANA E DIGNA
6. PREVALÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS NAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS.
7. PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
8. PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE –
9. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
10. PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
11. PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
12. PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE, LESIVIDADE
13. PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DUPLA PUNIÇÃO PELO MESMO FATO
15. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.
16. PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL (PRL).
17. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
18. ANALOGIA IN MALAM PARTEM
19. PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL
20. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
21. PRINCÍPIO DO INDUBIO PRO REO
22. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
23. PRINCÍPIO DA MATERIALIZAÇÃO OU EXTERIORIZAÇÃO DO FATO
24. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS

PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS
1. O PRINCÍPIO VETOR DO DP é o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
(PDPH). Trata-se de um valor espiritual e moral inerente ao indivíduo que lhe confere a
capacidade de se autodeterminar em sociedade e de forma consciente e ostentanto um
rol de direitos diante do estado. Visa garantir a liberdade do indivíduo frente ao Estado
legislador, O legislador de tipos penais sempre deve ter em emnte o PDPH. Este é o
princípio fundante da Constituição Federal. O Nucci não aceita este PDPH como
Princípio de DP, mas apenas como fundamento constitucional.

2. PRINCÍPIO DA INTRANSMISSIBILIDADE DA PENA ou da pessoalidade da


pena. A pena não se transmite aos herdeiros. No caso da multa, sanção penal, ela
também não é transferia aos herdeiros. É diferente da sentença penal condenatória que
executada no cível pode alcançar os herdeiros no limite da força da herança.

3. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA – A pena não pode ser


padronizada. A cada delinquente cabe a exata medida punitiva pelo que fez. Não se
pode igualar os desiguais. determina a estrita correspondência entre a ação do agente e a
repressão do Estado que se dá em três etapas : 1. a edição do tipo penal, com patamares
mínimo/máximo fixados previamente; 2. Fixação da sentença através do processo
trifásico (pena base/circunstâncias judiciais, agravantes/atenuantes, aumento/diminuição
de pena). A individualização da pena não se faz apenas na sentença, mas também no
bojo do processo penal. Com a Lei de Tortura se passou a prever o regime INICIAL
fechado, que não era possível pela lei de crimes hediondos, pois a lei dos crimes
hediondos previa, sempre o cumprimento fechado da pena para todos os réus. A
advocacia insitia que isto era inconstitucional porque feria o princípio da
individualização da pena.

A progressão do regime é faceta da individualização da pena. Com a Lei de Tortura que


prevê o regime INICIAL fechado se passou a dar o mesmo tratamento aos crimes
equiparados ao crime de tortura. E portanto, com os crimes hediondos, hoje é possível
falar de regime INICIAL fechado.

Código:
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,
entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

4. PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS – as penas abaixo não podem ser


aplicadas. A pena de morte só poderá ser aplicada por decreto

Código:
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis

5. PRINCÍPIO DA EXECUÇÃO DA PENA DE FORMA HUMANA E DIGNA –


LEP. Assegura que o condenado tenha restringido apenas os direitos constantes da
sentença penal condenatória. E portanto, a manutenção de outros direitos, como por
exemplo o vínculo com a família.

Código:
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de
acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e
moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam
permanecer com seus filhos durante o período de amamentação
;

6. PREVALÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS NAS RELAÇÕES


INTERNACIONAIS.
Sem anotações.

PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS

7 e 8. PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA E DA


FRAGMENTARIEDADE – Estes dois princípios andam lado a lado. O primeiro
indica que apenas os bens mais importante serão protegidos pelo DP. O segundo indica
que o DP deve ser a “ultima ratio”, o último recurso a ser utilizado, pois tolhe a
liberdade do cidadão. Se os demais ramos do direito não se importam com certos
fenômenos, o DP menos ainda, Se a Fazenda Pública não quer cobrar valores inferiores
a R$10.000,00 porque o DP se importará com isto?
Além disto, em certos ramos do direito (administrativo e tributário, por exemplo) há
punições que são muito temidas: o motorista que tem medo de ver sua CNH suspensa;
as multas do direito tributário. O direito penal é subsidiário. Quando fracassam os
outros ramos do direito o DP entra em ação. Para o NUCCI Princípio da Intervenção
mínima é sinônimo de Princípio da subsidiariedade.

O princípio da fragmentariedade indica que nem todas as lesões a bens jurídicos


protegidos devem ser tuteladas e punidas pelo direito penal. Apenas alguns bens
jurídicos devem ser penalmente tutelados, apenas uma parte, apenas alguns
FRAGMENTOS, apenas os mais graves.

9. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE – a edição de tipos penais deve ser


justificada. Se o ônus da edição do tipo penal for maior que a criminalização de
determinada conduta, o princípio da proporcionalidade estará ferido. A sanção deve ser
proporcional à conduta incriminada, O juiz ao fixar a pena em concreto, deve se orientar
pelo princípio da proporcionalidade, para se tentar alcançar uma pena justa.
O princípio da proporcionalidade e o princípio da individualização da pena têm muita
relevância na esfera federal.
No caso do art 183 da lei de radiodifusão havia a fixação invariável de dias multa = 500
dias multa. Isto fere o princípio da proporcionalidade e individualização da pena. Há
juízes que entendem que a aplicação do preceito secundário é inconstitucional. E neste
caso o juiz se utiliza do CP e da variação de 10 a 360 dias/multa + o processo trifásico
para a aplicação da multa proporcionalmente ao crime cometido pleo agente.

10. PRINCÍPIO DA CONFIANÇA – ainda sem força na doutrina brasileira.


Aquele que desempenha determinada conduta com base na expectativa de conduta por
parte do interlocutor de acordo com seu papel social. O interlocutor vai seguir seu papel
social, e as regras de conduta inerentes ao seu papel social e por causa disto o agente
não comete fato típico. Exemplo do cirurgião, acompanhado do anestesiologista. Este
por sua vez ao realizar o procedimento de anestesia realiza um procedimento letal. O
cirurgião não comete fato típico porque ele esperava do anestesiologista (seu
interlocutor) o cumprimento correto de seu papel social.
11. PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE. O legislador punirá se o agente puder agir
de outro modo. Pois o DP não pune condutas inevitáveis. Situações inevitáveis não são
puníveis. Neste horizonte há a discussão sobre o 168ª do CP – apropriação indébita de
contribuições sociais previdenciárias – a empresa não tinha como pagar as contribuições
pois precisa pagar os funcionários – barreiras e dificuldades financeiras intransponíveis.
É necessário considerar a culpabilidade do agente na dosimetria da pena. Elementos da
culpabilidade: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude, inexigibilidade de
conduta diversa.

A responsabilidade no DP é subjetiva – deve haver DOLO OU CULPA – nullun crimen


sine culpa. A regra para a fundamentação e legitimação da punição é o DOLO DO
AGENTE.

Apenas em hipóteses extremadas, devidamente previstas em lei, pode-se adotar a


responsabilidade objetiva penal, fundada em ato voluntário do agente, mas sem que, no
momento da prática criminosa estejam presentes o dolo ou a culpa, tal como ocorre com
a embriaguez voluntária.

12. PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE, LESIVIDADE – só há crime se a conduta


expuser aperigo de lesão o bem jurídico penalmente tutelado. Se a conduta não provoca
dano, não há perturbação da paz social. Portanto o ordenamento jurídico penal moderno
deve exigir perigo concreto por força da conduta. Sem se afetar um bem jurídico não há
porque criminalizar a conduta. No DP Moderno não há lugar para o crme de perigo
abstrato. Este princípio da ofensividade vem ao lado dos princípios da intervenção
mínima e da fragmentarieade. Um entendimento diverso implicaria um DP muito
intervencionista. A jurisprudência não tem aceito este princípio.

Ex. A jurisprudência não exige que a rádio clandestina tenha interferido em serviços
públicos. Só o fato de estar funcionando já se faz presumir o perigo desta conduta
(TRF3 e STJ não aceitam o princípio da lesividade para afastar os tipos penais de perigo
abstrato).

13. PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE – As condutas típicas, merecedoras de


punição devem ser claras e bem elaboradas. Os tipos penais não podem ser dúbios e
repletos de termos valorativos pois isto poderia dar ensejo ao abuso do Estado. Princípio
dirigido ao legislador.

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DUPLA PUNIÇÃO PELO MESMO FATO =


ne bis in idem = sentido duplo = ninguém deve ser processado duas vezes pelo mesmo
fato e ninguém deve ser punido duas vezes pela prática da mesma infração – Convenção
Americana sobre DDHH. Se não há possibilidade de processar novamente quem já foi
ABSOLVIDO, ainda que surjam novas provas, é lógico que não se admite que o agente
seja punido outra vez pelo mesmo delito – Ver o filme RISCO DUPLO.

15. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.


16. PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL (PRL).
17. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE. São três princípios diferentes,
LEGALIDADE – consagra a liberdade do cidadão. Art 5º - II - ninguém será obrigado
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. A regra é a liberdade do
cidadão. Estatuto mínimo de direitos frente ao estado legislador.

P. da LEGALIDADE é mais amplo que o P. da RESERVA LEGAL. O PRL é


subprincípio decorrente do P. da Legalidade. O P. da LEGALIDADE bifurca-se em
PRL e P. da ANTERIORIDADE.

Código:
RESERVA LEGAL
XXXIX - não há crime sem lei ... que o defina, nem pena sem ...
cominação legal;

RESERVA LEGAL + ANTERIORIDADE


XXXIX - não há crime sem lei ANTERIOR que o defina, nem pena sem
PRÉVIA cominação legal
;

O ART 5º, II – atravessa todos os ramos do direito (Art 5º - II - ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei). E se desdobra no inciso
XXXIX. Os princípios da reserva legal e da anterioridade estão dentro do inciso
XXXIX.

O agente só será punido se sua conduta tiver correspondência com o modelo penal
incriminador. É necessário que sua conduta esteja adequada ao modelo legal. As normas
incriminadoras são garantias da liberdade do cidadão. Porque a liberdade só será
,itigada, apenas diante destes modelos legais incriminadores.

PRL tem menor abrangência que o Princípio da Legalidade. Mas tem maior densidade e
contudo é regra de competência. O Estado só pode criar tipos e cominar penas através
de leis ordinárias. O crime é veiculado através de leis ordinárias. Há tipos penais criados
por decreto-lei qu eforam recepcionados pela CF e são considerados materialmente e
formalmente LEIS ORDINÁRIAS.

CRIMES através de MP – questão controvertida, mas menos acalorada, pois o artigo 62


CF vedou a edição de MP para tratar de questões de DP. Mas a MP poderia veicular
norma que viesse a beneficiar o acusado? Posição 1: a vedação é para matéria penal e
portanto não pode. Posição 2: Capez - a MP pode versar norma em benefício do réi.
Não há vício de iniciativa.

O PRL é dirigido ao estado legislador. É regra limitadora do estado juiz. O juiz só pode
aplicar estes tipos penais e não pode fazer as vezes do legislador. Estas duas súmulas
que seguem, surgiram porque alguns juízes não consideravam o art 33 sobre o
cumprimento de pena.

Código:
Reclusão e detenção
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime
fechado, semi-aberto ou aberto.
A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo
necessidade de transferência a regime fechado.
§ 1º - Considera-se:
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento
de segurança máxima ou média;
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia
agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado
ou estabelecimento adequado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser
executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado,
observados os seguintes
critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime
mais rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá
começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior
a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o
princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou
inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em
regime aberto.
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento
da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art.
59 deste Código.
§ 4o O condenado por crime contra a administração
pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena
condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do
produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais.

Código:
STF - SÚMULA 718 - A opinião do julgador sobre a gravidade em
abstrato do crime não constitui motivação idônea para a
imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a
pena aplicada.

STF - SÚMULA 719 - A imposição do regime de cumprimento mais


severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea.

Ex. roubo tentado – pena 3 a 4 anos de reclusão; o juiz diz: É GRAVE; regime fechado
-> NÃO PODE. Pois o art 33 prevê o regime aberto até 4 anos inclusive. O juiz não
pode fixar pena de 3 anos efixar o regime fechado.
O PRL também não permite a ANALOGIA IN MALAM PARTEM. A ANALOGIA IN
BONAM PARTEM é admitida pacificamente com normas não incriminadoras.

18. A ANALOGIA IN BONAM PARTEM é tem sido admitida pela jurisprudência


com normas incriminadoras.
Francisco de Assis Toledo exige a LEX CERTA: não basta que o crime seja veiculado
por Lei Ordinária; não basta a vedação do emprego da analogia in malam partem; não
basta a exigência de lei prévia; é necessário que a lei seja detalhada, descritiva, eu tra
detalhadamente todos os elementos da conduta discriminadora; não cabem tipos penais
abrangentes, pois o cidadão deve saber precisamente o que é ou o que não é crime.
Vicente Cernichiaro – O crime não é meramente uma ação. O crime é um açao
determinada pela lei. Especificada em minúcias pela lei.
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL - Parte 03
rgsampa em Qua Jul 30, 2008 6:02 pm

Como compatibilizar TIPOS ABERTOS e NORMAS PENAIS EM BRANCO?

TIPOS ABERTOS = são por excelência os crimes culposos. O tipo culposo não viola a
lex certa, nem o PRL porque o legislador não tem como prever todas as situações
possíveis da conduta culposa. Isto se dá por absoluta impossibilidade fática. O juiz
definirá os parâmetros da culpa.

Há tipos dolosos abertos?? A doutrina exige que os tipos dolosos sejam descritos
detalhadamente. A jurisprudência aadmite a descrição de tipos dolosos de forma aerta
desque envolva uma conduta em que também não houve uma descrição detalhada por
absoluta impossibilidade fática – Ex. Lei 7492, art 4º § - crimes contra o sistema
financeiro – gerir fraudulentamente instituição financeira – 3 a 12 anos+multa. Se a
gestão é temerária – 2 a 8 anos+multa. O QUE É GESTÃO TEMERÁRIA??? Não há
descrição do que é exatamente gestão temerária.

A Advocacia reagiu dizendo que o tipo aberto doloso é inconstitucional./ a


jurisprudência afirmou que o tipo aberto doloso é possível por absoluta impossibilidade
fática de detalhamento

NORMAS PENAIS EM BRANCO – Nas normas penais em branco o preceito


primário é indeterminado. E pode ser complementado por norma de mesma hierarquia
(Código Penal e Código Civil – impedimentos para o casamento). Neste caso se tem a
norma penal em branco em sentido amplo (ou homogênea ou imprópria).
Quando o preceito primário é complementado por norma de hierarquia diferente, ele
recebe a denominação de norma penal em branco em sentido estrito ou heterogênea ou
própria. Nestes dois casos não há nenhuma inconstitucionalidade porque o detalhamento
do fato típico é feito pelo ordenamento jurídico ainda que todos os seus efeitos não
defluam do preceito primário.

O PRL precisa ter um conteúdo material. Seus apsectos formais e prévios devem recair
sobre bens jurídicos de relevância e importantes para a sociedade. O DP deve ser
veiculado através de uma visão que justifique e legitime a norma penal incriminadora.
Este conteúdo material traz mais DOIS PRINCÍPIOS: O PRINCÍPIO DA
ADEQUAÇÃO SOCIAL E O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.

19. PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL - Welzel – jurisprudencialmente, não


tem tanta força quanto o Princípio da Insignificância. Apenas condutas humanas que
produzem um dano à sociedade devem estar embutidas em leis penais incriminadoras. O
legislador escolhe as condutas mais danosas à vida social. Excluindo-se as condutas
socialmente aceitas (atípicas).

Atualmente algumas causas de justificação estão sendo questionadas como excludentes


de antijuridicidade. Para alguns autores o Estrito cumprimento do dever legal e
Exercício regular do direito não são excludentes de antijuridicidade, pois afetam a
própria tipicidade.

Segundo o Princípio da adequação social certas condutas são toleradas socialmete. Há


um abalo, há um dano, mas numa escala tão pequena, tão insignificante que se torna
irrelevante. O DP não deve se ocupar de bagatelas, de condutas de escassa lesividade. O
princípio da adequação social é causa supralegal de exclusão da tipicidade.
CP 334 + Informativo 345 STJ.

20. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - Tem muita relevância na esfera federal


quando se cuida do crime de descaminho e contrabando. A insignificância é auferida em
função da valoração das mercadorias descaminhadas. Este princípio se opõe às condutas
de escassa lesividade. Gera atipicidade da conduta. Restringe o âmbito de incidência do
tipo penal incriminador. Pauta-se na regra de que a incidência penal pressupõe uma
lesão mínima ao bem tutelado. Caso contrário não haverá fato típico. HÁ
CONTROVÉRSIAS SOBRE A AFERIÇÃO DO VALOR INSIGNIFICANTE.
Posição 1 – Fato atípico
Posição 2 – Folha de antecedentes impede o reconhecimento do princípio da
insignificância
Posição 3 – é Fato Típico, mas a conduta, por sua irrelevância social pode deixar de ser
antijurídica – Francisco Dirceu Barros. Para este autor devem ser considerados o dano
causado à vítima e as características do sujeito ativo. Caso 1: Alguém furta de um
grande supermercado mercadoria no valor de R$ 36,00. Caso 2. Alguém furta um
aviúva pobre, o valor de R$ 6,00 (1kg feijão, arroz e sal para alimentar seus 4 filhos). O
promotor não denunciou o furto de R$36,00, afinal o supermercado já estava sendo
processado por sonegação de R$5.000.000,00. O prejuízo do supermercado foi ínfimo.
No entanto, no caso 2, a viúva ficou profundamente prejudicada.

Código:
CP Art. 334 - Importar ou exportar mercadoria proibida ou
iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto
devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
§ 1º - Incorre na mesma pena quem:
a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos
permitidos em lei
b) pratica fato assimilado, em lei especial, a
contrabando ou descaminho;
c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de
qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de
procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País
ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de
introdução clandestina no território nacional ou de importação
fraudulenta por parte de outrem;
d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de
documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem
falsos.
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os
efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou
clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em
residências.
§ 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de
contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo.

Informativo 345 STJ


Código:
DESCAMINHO. CONTRABANDO. PRINCÍPIO. INSIGNIFICÂNCIA.
O paciente está sendo investigado pelo cometimento, em tese, do
crime de contrabando ou descaminho (art. 334 do CP). Mas a Turma
denegou a ordem ao argumento de que o princípio da
insignificância invocado pela defesa não se aplica ao presente
caso. Para a Min. Relatora, o valor de referência utilizado pela
Fazenda Pública quanto aos débitos inscritos em dívida ativa da
União são cem reais, conforme o art. 18, § 1º, da Lei n.
10.522/2002 e corresponde ao valor máximo de que o erário está
disposto a abrir mão por meio do cancelamento. E, em seu art.
20, diz que, acima de cem reais até o limite de dez mil reais,
serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante
requerimento do procurador da Fazenda Nacional, os autos das
execuções fiscais, porém com a ressalva do parágrafo primeiro de
que os autos de execução a que se refere o artigo serão
reativados quando os valores dos débitos ultrapassarem os
limites indicados. O mencionado arquivamento não implica
renúncia fiscal, mas, tão-somente, denota a política quanto à
prioridade para efeito de cobrança imediata conferida aos
montantes mais elevados. Logo, considerando-se que a lesividade
da conduta no crime de descaminho deve ser aferida com base no
valor do tributo incidente sobre as mercadorias apreendidas e
que os montantes inicialmente apurados excedem em muito o valor
de cem reais, não há que se falar em aplicação do princípio da
insignificância. Entendeu a Min. Relatora que o trancamento do
inquérito policial pela via do habeas corpus representa medida
excepcional, admissível tão-somente quando evidenciada, de
pronto, a atipicidade dos fatos investigados ou a
impossibilidade de a autoria ser imputada ao indiciado, sendo
que nenhuma dessas circunstâncias foi efetivamente demonstrada
pela defesa. Precedente citado: HC 41.700-RS, DJ 20/6/2005. HC
66.308-SP, Rel. Min. Jane Silva (Desembargadora convocada do TJ-
MG), julgado em 21/2/2008.

STF e Johonson DI Savio – a insignificância com base no valor da mercadoria


descaminhada e com base em laudo de avaliação independentemente da habitualidade
criminosa do sujeito. Dano de pequena monta.
STJ – insignificância só pode er desconhecida no caso do 334 CP se o sujeito não
ostentar uma folha de antecedentes farta, se ele for primário.

Ministra Jane Silva – STJ – R$ 100,00


Johonson Di Salvo – TRF3 - R$ 10.000,00

Lei 10522/2002 valores maiores de R$ 100,00 não são insignificantes. Valores entre
R$100 e 10.000 -> arquivamento até que se alcance os R$10.000. Não se trata de
renúncia, mas somente denota a polític aquanto a prioridade da cobrança imediata dos
valoers mais considerados. Não se deve falar de princípio da insignificância. ESTE
ENTENDIMENTO NÃO É O QUE PREVALECE.
21. PRINCÍPIO DO INDUBIO PRO REO – Para Zafaroni o IN DUBIO PRO REO
também é princípio de DP. Para a maioria dos autores trata-se de princípio processual
penal.

NO DPP o IN DUBIO PRO REO é princípio de valoração da prova.


NO DP o IN DUBIO PRO REO determina que o interprete assuma a interpretação mais
restritiva de punibilidade desde que essa interpretetação não seja veda pela interpretação
sistemática do ordenamento jurídico como um todo.

22. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA – não é apenas dosar a pena,


Também versa dobre a progressão de regime – STJ 347

Código:
CRIME HEDIONDO. PROGRESSÃO.
Discute-se se ao paciente condenado por crime hediondo cometido
antes da Lei n. 11.464/2007 deve ser aplicada a progressão de
regime de acordo com o art. 112 da Lei de Execução Penal (1/6 do
cumprimento da pena). Observou a Min. Relatora que, antes mesmo
da edição da Lei n. 11.464/2007, o STF entendeu ser possível a
progressão de regime nos crimes hediondos porque sua
impossibilidade feriria o princípio da individualização das
penas, o qual compreende os regimes de seu cumprimento. A
decisão do STF não só alcançou o caso examinado, mas todas as
penas ainda em execução. Explica, ainda, que a Lei n.
11.464/2007 adaptou a Lei dos Crimes Hediondos à decisão do STF,
mas também criou novos parâmetros à progressão de regime.
Entretanto esses novos limites não alcançam os crimes cometidos
anteriormente à citada lei, que estão sob a regência dos limites
determinados na lei antiga; de outra forma, seria ferir o
preceito constitucional que determina a irretroatividade da
norma mais gravosa aos delitos cometidos anteriormente à sua
vigência. Com esses esclarecimentos, a Turma concedeu a ordem.
Precedente citado: HC 90.378-MS, DJ 17/12/2007. HC 93.718-MS,
Rel. Min. Jane Silva (Desembargadora convocada do TJ-MG),
julgado em 4/3/2008.
É possível a progressão de regime em matéria de crimes hediondos
(11464/07) a partir desta lei. A lei introduziu no ordenamento
jurídico o que já era entendimento no pleno do STF. Mas houve a
instituição de requisitos específicos mais rigorosos que a LEP.
Portanto a lei 11464/07 não retroage para atingir os crimes
cometidos antes de sua publicaçào, pois é lei nova mais gravosa.
Vale então a regra anterior da LEP.

AULAS ANOTADAS DO CURSO LFG.

PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A MISSÃO FUNDAMENTAL DO DP.

23. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS – O DP para


ser utilizado de forma legítima deve limitar sua missão à proteção de bens jurídicos
mais relevantes para o homem.

- PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA - O DP está legitimado a agir quando


houver o fracasso dos demais ramos do Direito acrescido da relevante lesão ou perigo
de lesão ao bem jurídico tutelado. (Para o Prof. o Princípio da Intervenção Mínima tem
DUAS CARACTERÍSTICAS: a SUBSIDIARIEDADE e a FRAGMENTARIEDADE.
A Profa. Janaina apresentou estas duas características como sendo dois outros princípios
autônomos). O Nucci apresenta o princípio da Intervenção Mínima como sinônimo de
subsidiariedade e distinto do princípio da fragmentariedade.

Para o Prof. se deve entender SUBSIDIARIEDADE e FRAGMENTARIEDADE como


duas características distintas do mesmo princípio da Intervenção mínima:
SUBSIDIARIEDADE - O DP intervém em ABSTRATO somente quando ineficazes os
demais ramos do direito (ultima ratio)
FRAGMENTARIEDADE - O DP intervém em CONCRETO somente quando houver
relevante lesão ou perigo de lesão do bem jurídico tutelado. O princípio da
insignificância nasce da fragmentariedade.

(O caso do ADULTÉRIO: foi descriminalizado em função do princípio da intervenção


mínima)
O Princípio da Intervenção Mínima orienta o DP positivamente, no sentido de onde e
quando ele deve agir. O Princípio da Intervenção Mínima orienta o DP negativamente,
no sentido de onde e quando ele não deve agir.

O Direito Penal está legitimado a agir quando houver o fracasso dos demais ramos do
direito acrescido da relevante lesão ou pergio de lesão ao em jurídico tutelado,

O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – O STF analisa a insignificância a partir da


realidade econômica do país (Ministro Carlos Brito). Esta explicação não está muito de
acordo com a outra explicação acima apresentada.

No STJ há duas posições quanto à aplicação do Princípio da Insgnificância para o


REINCIDENTE. E não dá para saber qual deve prevalecer: 1. Não se aplica ao
criminoso habitual. 2. Aplica-se independentemente do requisito subjetivo do agente.
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL - Parte 04
rgsampa em Qua Jul 30, 2008 6:05 pm

PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM O FATO DO AGENTE

24. PRINCÍPIO DA MATERIALIZAÇÃO OU EXTERIORIZAÇÃO DO FATO –


O Estado só pode incriminar penalmente condutas humanas voluntárias (FATOS).

Ninguém pode ser punido por FATO que a lei... (CP art 2º) Não se pune a pessoa pelo
que ela pensa, nem pelo que ela é (Direito Penal do Autor), Pune-se apenas a pessoa
pelo fato que ela pratica (Direito Penal do Fato – Brasil).
Na Lei das Contravenções Penais, o art 59 é DIREITO PENAL DO AUTOR. Colide
com o prinçipio da exteriorização e não foi recepcionado pela CF 88.

PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE – Para que ocorra a infração penal é


imprescindível efetiva lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.

E os crimes de perigo abstrato. O perigo abstrato não precisa ser comprovado, pois é
absolutamente presumido por lei. O perigo concreto precis aser comprovado e pode ser
determinado (contra alguém) ou indeterminado (sem vítima certa).
Os crimes de perigo abstrato ferem o princípio da lesividade e o princípio da ampla
defesa (porque são absolutamente presumidos pela lei). O STF está discutindo esta
questão do perigo abstrato e concreto ao tratar do porte armas MUNICIADAS OU
DESMUNICIADAS.

Se a arma NÃO está municiada. E não pode ser municiada = perigo abstrato.
Se a arma está municiada ou pode ser municiada = perigo concreto.

Segundo o Prof. para o STF não há crimes de perigo abstrato. O MP quer que todas as
situações sejam consideradas perigo concreto.

TODAVIA NÃO É BEM ISTO QUE ESTÁ NO INFORMATIVO 497 DO STF que
segue abaixo:

Código:
A Turma iniciou julgamento de habeas corpus em que a Defensoria
Pública da União sustenta que o simples porte de munição sem
autorização legal não representaria ofensa ao bem jurídico
protegido pela Lei 10.826/2003, qual seja, a paz social. O Min.
Joaquim Barbosa, relator, indeferiu o writ, no que foi
acompanhado pelo Min. Eros Grau. Ressaltando que a intenção do
legislador fora de tornar mais rigorosa a repressão aos delitos
relativos às armas de fogo, considerou que o crime de porte de
munição seria de perigo abstrato e não feriria as normas
constitucionais nem padeceria de vícios de tipicidade. Enfatizou
que a aludida norma tem por objetivo a proteção da incolumidade
pública, sendo dever do Estado garantir aos cidadãos os direitos
fundamentais relativos à segurança pública. Ademais, asseverou
que, no caso, o paciente também fora condenado, em concurso
material, pela prática do crime de receptação, não sendo o porte
de munição um fato isolado. Assim, tendo em conta essas
particularidades, concluiu no sentido da tipicidade material da
conduta, aduzindo que, para se afirmar o contrário, seria
exigível o revolvimento das provas dos autos, incabível na via
eleita. Após, o julgamento foi suspenso em virtude do pedido de
vista do Min. Cezar Peluso.
HC 92533/RS, rel. Min. Joaquim Barbosa, 4.3.2008. (HC-92533)

Reunindo as anotações de aula e o livro do NUCCI, foram apresentados 24 princípios.


1. PRINCÍPIO VETOR DO DP é o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (PDPH).

2. P. DA INTRANSMISSIBILIDADE DA PENA
3. P. DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
4. P. DA HUMANIDADE DAS PENAS
5. P. DA EXECUÇÃO DA PENA DE FORMA HUMANA E DIGNA
6. PREVALÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS NAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS.
7. P. DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
8. P. DA FRAGMENTARIEDADE –
9. P. DA PROPORCIONALIDADE
10. P. DA INSIGNIFICÂNCIA
11. P. DA CULPABILIDADE
12. P. DA OFENSIVIDADE, LESIVIDADE
13. P. DA TAXATIVIDADE
14. P. DA VEDAÇÃO DA DUPLA PUNIÇÃO PELO MESMO FATO
15. P. DA LEGALIDADE.
16. P. DA RESERVA LEGAL (PRL).
17. P. DA ANTERIORIDADE
18. ANALOGIA IN MALAM PARTEM
19. P. DA ADEQUAÇÃO SOCIAL
20. P. DA INSIGNIFICÂNCIA
21. P. DO INDUBIO PRO REO
22. P. DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
23. P. DA MATERIALIZAÇÃO OU EXTERIORIZAÇÃO DO FATO
24. P. DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS

Mas no livro de FRANCISCO DIRCEU BARROS há 42 princípios, todos enumerados


logo abaixo. Creio que a lista cresceu muito pois ele introduziu princípios do Processo
Penal. À enumeração que segue eu acrescentei notas apenas àqueles princípios que não
foram apresentados nas seções anteriores.

1. Proibição da analogia in malam partem

2. Irretroatividade da lei penal mais severa

3. Fragmentariedade
4. Intervenção mínima

5. Lesividade

6. Insignificância

7. Culpabilidade

8. Humanidade

9. Proporcionalidade

10. Estado de inocência - LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em
julgado de sentença penal condenatória. Não existe no Brasil a culpa presumida. A pena
só pode ser executada após transitar em julgado. Quando a condenação se torna
irrecorrível.
Princípio do Estado de inocência x direito de recorrer em liberdade. CPP 594: o réu não
poderá apelar sem recolher-se à prisão, ou prestar fiança, salvo se for primário e de bons
antecedentes, assim reconhecidos na sentença condenatória, ou condenado por crime de
que se livre solto. Para Francisco Dirceu Barros este artigo não está revogado. STJ nº9 –
A exigência da prisão provisória, para apelar, não ofende a garantia constitucional da
presunção de inocência.

11. Igualdade - Todos são iguais perante a lei CF art 5º caput. Portanto o delinquente
não pode ser discriminado em razão de cor, sexo, religião raça, procedência, etnia...

12. Ne bis in idem

13. Adequação social

14. Oficialidade - ocorrendo uma infração penal, é incumbência do Estado agir, através
do órgão do MP. Não tem vigência para a ação penal privada (Meu comentário: parece
mais um princípio de DPP do que de DP)

15. Indisponibilidade – O MP não pode desistir da Ação Penal ( não tem vigência para
a ção penal privada). Mas há exceções: 1. art 89 da lei 9099/95 – institui a suspensão
condicional do processo para as infrações de pequeno e médio potencial ofensivo, posto
que o MP, obedecidos certos requisitos e pressupostos, passou a dispor da ação penal. 2.
art 37, IV da lei 10409/2002 : recebidos os autos do inquérito em juízo, dar-se-á vista ao
MP para no prazo de 10 dias adotar uma das seguintes providências – IV – deixar
justificadamente, de propor ação penal contra os agentes ou partícipes de delitos. - esta
lei dispõe sobre a prevenção, o tratamento, a fiscalização, controle e a repressão à
produção, ao uso e ao tráfico ilícito de produtos, substâncias ou drogas ilítcas que
causem dependência física ou psíquica. 3. Na mesma lei, no art 32 §3º há mais um
aexceção ao princípio da indisponibilidade: “se o oferecimento da denúncia tiver sido
anterior à revelação, eficas, dos demais integrantes da quadrilha, grupo, organização ou
bando, ou da localização do produto, substância ou droga ilícita, o juiz, por proposta do
representante do MP, ao profesrir a sentença poderá deixar de aplicar a pena, ou reduzi-
la de 1/6 a 2/3 justificando sua decisão.
16. Obrigatoriedade – é dever do MP a propositura da ação penal, verificadas as
condições da ação e os pressupostos processuais que legitimem sua atuação. A lei
9099/95 criou o instituto da transação penal e mitigou o princípio da obrigatoriedade,
pois o MP pode deixar de oferecer a denúncia em razão da transação penal. O autor
chama isto de PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE REGRADA, pois como no caso
comentada, ainda existe a possibilidade jurídica de o MP nos limites previstos em lei,
dispor da ação penal.

17. Indivisibilidade - a ação penal deve ser proposta contra todos aqueles que
concorrem para a infração. Há exceção quando entre algum ou alguns dos querelados ou
algum ou alguns dos querelantes houver a composição civil. Havendo a composição
civil com um dos querelados, por exemplo, a ação penal continuará contra os outros
querelados que não se compuseram na esfera civil. A exceção ocorre apenas na ação
penal privada.

18. Intranscendência

O mandado de execução das penas impostas a TIRADENTES: “Justiça que a Rainha


Nossa Senhora manda fazer a este infame Réu Joaquim José da Silva Xavier pelo
horroroso crime de rebelião e alta traição de que se constituiu chefe e cabeça na
capitania de Minas Geraes, com a mais escandalosa temeridade contra a Real Soberania,
e suprema autoridade da mesma Senhora que Deus guarde. Manda que com braço e
pregão seja levado pelas ruas públicas desta cidade ao lugar da FORCA, e nella morra
morte natural para sempre e que separada a cabeça do corpo seja levada a Villa Rica,
donde será conserva em poste alto junto ao lugar de sua habitação, até que o tempo a
consuma; que o corpo seja dividido em quatro, e pregados em iguaes postes pela estrada
de Minas nos lugares mais públicos, principalmente no da Varginha, e Sebolas; que a
CASA DE SUA HABITAÇÃO SEJA ARRAZADA E SALGADA, e no meio de suas
ruinas levantado um Padrão em que se conserve para a posteridade a memoria de tão
abominável Réu e delito, e QUE FICANDO INFAME PARA SEUS FILHOS, E
NETOS LHE SEJAM CONFISCADOS SEUS BENS para a Coroa e Camara Real. Rio
de Janeiro, 21 de abril de 1792. Eu o Desembragador Francisco Luis Alvares da Rocha,
Escrivão da Commissão que o escrevi.”Autos da devassa, p. 241.

19. Confiança

20. In dubio pro reo

21. IN DUBIO PRO SOCIETATE

22. Materialização do fato

23. Anterioridade e reserva legal

24. Taxatividade

25. Tipicidade – é o resultado dos princípios da legalidade, anterioridade e taxatiidade.


O DP só poderá realizar a intervenção a partir de um conceito de bem jurídico
devidamente precisado
26. Constitucionalidade das normas penais. É consequencia lógica do princípio da
supremacia constitucional. Há um apresunção iuris tantum que todas as normas do DP
estão em conconância com a CF, sob pena de não serem recepciondas e, por
consequência, repelidas pelo ordenamento jurídico superior.

27. Referência constitucional. Toda e qualquer criminalização deve ter na CF os


elementos e referências, aliados ao princípio da necessidade, ouseja, deve ter como
preocupação limitar-se a tutelar os bens constitucionais.

28. Complementariedade. Explicação pouco clara. Parece-me que tal princípio


justificaria a existência dos princípios implícitos (não expressos na CF ou nos códigos).

29. Ofensividade

30. Alteridade ou transcendentalidade. O fato típico pressupõe um conportamento


que transcenda a esfera individual do autor e seja capaz de atingir o interesse de outro
sujeito – “au détrimente d’autrui”. A conduta interna ou puramente individual,
pecaminosa, imoral... não causa lesividade suficiente que justifique a intervenção penal.
A autolesão não é crime. Salvo se for para lesar terceiros – receber seguro.

31. Necessidade concreta da pena. O juiz deve avaliar se há a necessidade concreta da


pena. A desnecessidade ocorreria, por exemplo no caso do perdão judicial, que é
hipótese de dispensa judicial da pena.

32. Irrelevância penal do fato. Aplica-se à infração bagatelar imprópria (que ocorre
quando a infração nasce relevante, mas depois, dainte do baixo desvalor da
culpabilidade, a pena torna-se desnecessária). Ex. Agente que mediante ameaça rouba
R$ 1,00. É diferente do princípio da insignificância. Neste caso a jurisprudência não
admite a aplicação do princípio da insignificância. Aqui o agente é PROCESSADO
NORMALMENTE. Foi preso em flagrante, mas tem bons antecedentes, é pai de
família, trabalhador, arrependeu-se , já está preso há alguns meses... a pena pode se
tornar desnecessária. CP59.

33. Vedação à auto-incriminação. Art 5º LXIII - o preso será informado de seus


direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da
família e de advogado. Consectário lógico do princípio da ampla defesa. Ele pode
permanecer em silêncio durante toda a investigação e mesmo em juízo. Ele não pode ser
compelido a produzir ou formar prova contrária ao seu interesse. Isto só poderá ocorrer
quando não houver risco de afetação aos direitos fundamentais da pessoa e quando
houver previsão em lei. Francisco Dirceu Barros afirma que os artigos 186 e 198 do
CPP estão revogados. Entendo que se trata da antiga redação do 186. Mas e o 198 que
permanece no CPP sem alteração alguma?

]CPP Art. 186. Antes de iniciar o interrogatório, o juiz observará ao réu que, embora
não esteja obrigado a responder às perguntas que Ihe forem formuladas, o seu silêncio
poderá ser interpretado em prejuízo da própria defesa.

[code CPP Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da
acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu
direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas.
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)

CPP Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir
elemento para a formação do convencimento do juiz. [/code]

34. Limitação das penas ou das penas impossíveis.


Só as penas previstas na CF
Código:
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,
entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

35. Individualização da pena

36. Subsidiariedade ou da ultima ratio do DP

37. Vedação à conta corrente – Vedaçào à formação de crédito carcerário em prol do


réu, crédito prisional que possa projetar-se para crime posteriormente perpetrado.

38. Exclusiva proteção de bens jurídicos – O DP não tutela a moral as funçòes


governamentais, uma ideologia, uma religião. O DP utela os bens mai srelevantes: vida
integridade física, patrimônio, liberdade)

39. Vedação à responsabilidade por fato de outrem. A responsabilidade penal


personalíssima. Não existe a possibilidade de alguém ser punido por crime cometido por
terceira pessoa. A responsabilidade é individual e se faz na medida exata de sua
culpabilidade. Não é possível denúncia alternativa ou generalizada. O MP deve fazer a
denúncia de forma direta, clara e objetiva.

40. Responsabilidade subjetiva – Não há a responsabilidade objetica no DP. LFG: “A


doutrina brasileira (e a jurisprudência) aind aafz confusão entre o princípio da
responsabilidade subjetica e o princípio da culpabilidade. Entendida a culpabilidade em
sentido puramente normativo, não há mais se conceber o dolo e a culpa dentro dela.
Logo se dolo e culpa foram deslocados para a tipicidade, o princípio que rege essa
exigência (de dolo ou culpa) é o da responsabilidae subjetiva, não mais o da
culpabilidade”.
41. Auto-responsabilidade - os resultados danosos que decorrem do arbítrio e da ação
livre e responsável do sujeito ativo só devem ser imputados ao sujeito ativo e não a
pessoa que o tenha anteriormente motivado. Ex: João diz para Maria que saltar de Pára-
quedas é muito emocionante e divertido. Maria salta de pára-quedas e morre. João não
responde por nada.

42. Princípios reitores da interpretação.

- p. hierárquico – toda interpretação deve ser feita segundo a CF


- p. dinâmico – os textos mudam de sentido com o passar do tempo
- p. de vigência – entre duas interpretações possíveis, deve-se preferir aquela
interpretação que dá sentido para as palavras da lei e não para aquelas interpretaçòes
que negam a lei. Sic!
- p. da liberdade interpretativa – as interpretaçòes não podem ser imposta
coercitivamente
- p. da unidade sistemática – os tectos legasi do ordenamento jurídico possuem vigência
simultânea.

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