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FLUXO DE POTÊNCIA LINEAR

Resumo

Este trabalho aborda o Fluxo de Potência Linear, ou modelo DC, descrevendo os aspectos do
modelo, sua solução e aplicações, na análise de redes de sistemas elétricos de potência. A
distribuição dos fluxos de potência ativa pelos ramos de uma rede pode ser estimada a um baixo
custo computacional com precisão aceitável para uma série de aplicações , tais como carregamento e
a Otimização de Sistemas Elétricos de Potência, utilizando as técnicas da pela Programação Linear.
1. Introdução
O fluxo de potência ativa em uma linha de transmissão obedece a uma relação de proporcionalidade
com abertura angular entre os extremos da linha. Essa relação pode ser aproximada, atendendo a
linearidade existente da Lei de Ohm. O modelo simplificado, parte do fluxo de potência ativa
convencional , não levando em consideração módulos de tenção e o fluxo de potência reativa nas
linhas de transmissão.
2. CONTRUÇÃO DO MODELO LINEAR
O principio do modelo linear, como já mencionado é baseado no forte acoplamento da abertura
angular , das tenções, nos extremos da linha , criando uma aproximação onde o fluxo de potência
tem a forma Pkm = C . θ, onde C é uma constante.
Tomando como ponto de partida a expressão do fluxo de potência ativa nos extremos k e m de linha
temos o seguinte desenvolvimento:
Pkm = Vk2gkm - VkVm ( gkm . cos θkm – bkm . sen θkm ) (1.1)
Fazemos então as seguintes aproximações, que de fato, são próximas da realidade:
a) As tenções nas barras são próximas de 1 p.u., ( Vk = Vm )

b) Os ângulos e abertura são pequenos . ( sen θkm = θkm )

c) gkm << bkm portanto gkm = 0


Aplicando na expressão do fluxo de potência ativa essas aproximações chegamos ao seguinte
resultado para o modelo linear:

Pkm = xkm-1 . θkm = bkm . (θk - θm) (1.2)


Pela analogia com a Lei de Ohm , onde a tenção em um resistor é proporcional a corrente, sendo o
resistor constante, agora a constante é a susceptância da linha, sendo o fluxo de potência ativa
proporcional a abertura angular das tenções nas extremidades.
Ocorrendo na linha a presença de transformador com relação de transformação ( a ),
o fluxo aumenta com a relação de transformação.

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Pkm = akm . bkm . θk m ( θk m = θk - θ m) (1.3)


A presença de transformador defasador puro , também controla o fluxo de potência ativa influindo
na abertura angular.
Pkm = bkm . (θk m + φkm) ( 1.4)

Para um sistema de potência com n barras e m linhas teremos n equações da forma


P = b . θ , podendo ser representado na forma matricial análoga Ax = b.
[P]=[B][θ] (1.5)
Onde:
[P] é o vetor ( nx1) de potência ativa injetada (geração) ou de saída ( carga);
[B] é a matriz (nxn) de susceptâcias das linhas;
[θ ] vetor (nx1) de aberturas angulares das tenções nas barras .
2.1 FORMAÇÃO DA MATRIZ [B]
Aplicando a Lei de Kirchhoff no nó k verificamos que a potência ativa na barra k é igual a soma
dos fluxos de potência ativa que saem da referida barra. Para um sistema de k barras e m linhas
teremos a seguinte formulação:
Pk = Σ Pkm = Σ xkm-1 θkm (1.6)
Cada elemento da matriz de admitância B, pode ser determinado pela inspeção do sistema,
considerando o número de barras e o número de linhas.
a)Elementos da diagonal:
-1
Bkk = Σ xkm (1.7)
Soma de todas as admitâncias que saem da barra k, não considerando os elementos shunt .
b) Elementos fora da diagonal:
-1
Bkm = - xkm (1.8)
A injeção de potência ativa em uma barra do sistema pode ser obtida pela soma algébrica das
demais. Isto torna a matriz [B] singular , ou seja Det B = 0.
Isto não impede a solução do fluxo linear , pois é possível selecionar uma barra,
chamada barra de referência, onde arbitramos um ângulo, geralmente igual a zero.
Isto torna possível a eliminação da equação relacionada a barra de referência , tornando B não
singular.

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3. SOLUÇÃO DO FLUXO DE POTÊNCIA LINEAR


Para facilitar a compreensão , adotaremos como exemplo o sistema de 5 barras e seis linhas abaixo.

Figura 1: Sistema elétrico com 5 barras e 6 linhas


Aplicando a Lei de Kirchhoff em cada barra teremos as seguintes relações:
P1 = P12 + P15
P2 = P21 + P23 + P25
P3 = P32 + P34
P4 = P43 + P45
P5 = P51 + P52 + P54
Como: Pkm = bkm . (θk - θm ) , onde bkm = xkm-1 , teremos
P1 = ( b12 + b15) θ1 – b12θ2 – b15θ5
P2 = -b12θ1 + (b12 + b23 + b25) – b23θ3 – b25θ5
P3 = -b23θ2 + (b23 + b34) – b34θ4
P4 = -b34θ3 + (b34 + b45) θ4 – b45θ5
P5 = -b15θ1 – b25θ2 –b45θ4 – (b15 + b25 + b45)
A representação matricial do sistema linear será

Na matriz [B] verificamos que cada linha é a combinação linear das demais, ou seja:
L1 = (-1) ( L2 + L3 + L4 + L5)
L2 = (-1) ( L1 + L3 + L4 + L5)
L3 = (-1) ( L1 + L2 + L4 + L5)
L4 = (-1) ( L1 + L2 + L3 + L5)
L5 = (-1) ( L1 + L2 + L3 + L4)
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Sendo assim, determinante de [B] = 0 , ou [B] é singular.


A eliminação de uma das equações torna possível a solução do sistema linear B. θ = P.
Especificamos então uma barra de referência , onde arbitramos um ângulo, eliminando
assim uma das equações. Por exemplo a barra de referência será a barra 5, onde θ5 = 0 rd.

Podemos notar que na matriz B’ reduzida, as linhas são linearmente independentes, sendo assim o
sistema reduzido tem solução θ = B-1 P. Encontrado os ângulos θ1, θ2 , θ3 e θ4 , com θ5 = 0,
calculamos os fluxos nas linhas P12, P15, P25, P23, P34 e P45 .
A adoção da barra de referência cria um balanço de potência entre as barras.
P5 = - ( P1 + P2 + P3 + P4)
3.1 ASPECTO COMPUTACIONAL DA SOLUÇÃO DO FLUXO LINEAR
A eliminação da equação da barra de referência pode ser obtida de outra forma, de modo
a atender a utilização de programas para a solução do fluxo linear.
Basta substituir o elemento da diagonal da equação da barra de referência por um número que tenda
ao infinito (big number), por exemplo 106 (10e6 no Matlab). Isto produzirá o seguinte efeito na
matriz de admitância:
⎡b12 + b15 − b12 0 0 − b15 ⎤
⎢ − b12 b12 + b23 + b25 − b23 0 − b25⎥⎥

B= ⎢ 0 − b23 b 23 + b34 − b34 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 0 − b34 b34 + b 45 − b 45⎥
⎢⎣ − b15 − b 25 0 − b 45 10e6 ⎥⎦
A matriz inversa de B-1 terá um bloco idêntico a matriz reduzida, mas com a linha e coluna referente
a barra de referência com elementos nulos:

⎡x x x x 0⎤
⎢x x x x 0 ⎥⎥

B −1 = ⎢x x x x 0⎥
⎢ ⎥
⎢x x x x 0⎥
⎢⎣ 0 0 0 0 0 ⎥⎦
Ao adotar uma barra de referência, onde arbitramos θ = 0 rad., o sistema [B] [θ] =[P] passa a ter
solução:
[θ] = [B]-1[P]
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4 - CONCLUSÃO
Comparando o fluxo de potência completo, resolvido pelo Método de Newton Raphson, com o
Modelo Linearizado , verificamos que nos dois modelos temos que resolver o sistema na forma
AX=B. No primeiro caso , a matriz A é formada pela derivada das potências ativa e reativa e seus
elementos variam a cada iteração. No segundo, modelo linear, a matriz A é formada pelas
admitâncias das linhas de transmissão, tendo portanto valor constante e é singular. Mas, a
singularidade da mátria [B] pode ser eliminada com a adoção de uma barra de referência, onde
arbitramos θ = 0 rad.. Isto, transforma a matriz [B] de admitâncias não singular, tornado possível a
solução do sistema linear [θ] = [B]-1[P].

BIBLIOGRAFIA
CALCULO DE FLUXO DE CARGA/ CAP 6 UNICAMP, CAMPINAS 2006
[1] A.G. Bakirtzis and P.N. BiskasDecentralised DC load flow and applications to
transmission management
[2] A Review of Selected Optimal Power Flow Literature to 1993
Newton, Linear Programming and Interior Point Methods.
M. E. El-Hawary Ramababu Adapa
[3]Menengoy, Wander d Costa- Curso de Redes II, UFJF, Juiz de Fora 2001

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