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Autora rofaa.. V
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Dias NES // U NESA
UNESA
1
FICHA CATALOGRÁFICA
2
Caro leitor,
Esta cartilha trata das idéias e direitos relativos à inclusão. Ela surgiu
da preocupação e da necessidade de estimular e divulgar os direitos das
pessoas portadoras de necessidades especiais e , ao mesmo tempo, ser um
guia para pais desses portadores. Para isso, o texto pretende ser claro e de
fácil consulta.
3
SUMÁRIO
OBS: Aperte a tecla CTRL e o mouse sobre o link para ir ao local desejado
4
“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.
Livro dos Conselhos
(José Saramago, Ensaio sobre a cegueira)
5
Essas perguntas podem nos levar a pensar nas dificuldades e conquistas
desses excluídos e na possibilidade de concretização dos seus direitos:
soluções simples e concretas para que possam ir e vir; planejamentos eficazes
para que possam estar nas salas de aula; plena assistência à saúde; qualificação
profissional; emprego; prática de esporte; cultura e lazer.
Isso só se realizará se cada um de nós se fizer a pergunta: o que eu posso
fazer, como empresário, bombeiro, professor, balconista, comerciante,
funcionário público, engenheiro, médico, advogado, dona de casa, motorista
de ônibus, entregador, para contribuir na inclusão daqueles que são apenas
diferentes de mim?
Buscar respostas para essa pergunta é um aprendizado nem sempre fácil:
exige o desejo de conhecer, de se arriscar, de se envolver e agir. Mas seja qual
for a atitude que tomemos, ousar e tentar mudar o quadro atual, é melhor do
que cruzar os braços e não fazer nada, sob o pretexto de que a sociedade ainda
não está madura para isso.
Buscar respostas e ter a ousadia de questionar o status quo para mudá-lo é
construir uma sociedade inclusiva.
6
“Incluir. 1. Compreender, abranger.
2. Conter em si; envolver”.
(Adaptação do Novo Dicionário
da Língua Portuguesa – Aurélio B. Holanda)
8
VOCÊ SABIA? (voltar)
9
“Ai, palavras, ai palavras, que estranha potência, a vossa!”
(Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência)
10
BOAS PERGUNTAS (voltar)
11
3 – Toda e qualquer diferenciação relativas às pessoas portadoras de
necessidades especiais a é uma forma de discriminação?
6- Existe algum outro meio de defesa dos direitos das pessoas portadoras
de necessidades especiais ?
12
O Conselho é um órgão deliberativo, paritário (composto por doze membros
da área governamental e doze da área não-governamental) e tem como
finalidade principal a definição das Políticas Públicas estaduais de atenção às
pessoas portadoras de deficiência.
13
O DIREITO DE IR E VIR (VOLTAR)
7 - O que é acessibilidade?
É a possibilidade e a condição de alcance para utilização, com segurança e
autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações,
dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora
de necessidades especial ou com mobilidade reduzida.
8 - Então a acessibilidade não se refere somente ao meio físico?
Não, hoje o moderno conceito de acessibilidade envolve o ambiente físico,
como as edificações e os transportes, e também o acesso aos meios de
comunicação (rádio, televisão...).
Assim, a Lei Federal 9.045, de 18 de maio de 1995, determina que as
editoras deverão permitir a reprodução de obras e demais publicações,
por elas editadas sem qualquer remuneração, desde que haja
concordância dos autores, para que a reprodução seja feita por Imprensa
Braille ou centros de produção de Braille, credenciados pelo Ministério
da Educação e do Desporto e pelo Ministério da Cultura, e o material
transcrito se destine, sem finalidade lucrativa à leitura de pessoas cegas.
Outra lei que trata do assunto é a Lei Estadual 13.623, de 11 de julho
de 2000, dispondo sobre a utilização de recursos visuais destinados aos
portadores de deficiência auditiva na veiculação de propaganda oficial. O
artigo 1º determina que as mensagens de publicidade de atos, programas,
serviços e campanhas da administração direta e indireta do Estado
veiculadas na televisão terão tradução simultânea para a língua de sinais
e serão apresentadas em legendas, com o objetivo de se tornarem
acessíveis aos portadores de deficiência auditiva.
15
termos da Lei Federal 8.899, de 29 de junho de 1994. Essa lei foi
regulamentada pelo Decreto 3.691/2000 e determina que as empresas
permissionárias e autorizatárias de transporte interestadual de passageiros
reservarão dois assentos de cada veículo destinado a serviço convencional,
como cota do passe livre, para ocupação das pessoas beneficiadas pelo art. 1o
da Lei 8.899/94. O Decreto 3.691/2000 foi disciplinado pela Portaria 01/2001
do Ministério dos Transportes, que considera, para seus efeitos, que o
transporte coletivo interestadual compreende o transporte rodoviário e o
ferroviário de passageiros. Determina, ainda, que esse benefício deverá ser
requerido junto ao Ministério dos Transportes no seguinte endereço: Quadra 3,
bloco N, edifício Núcleo dos Transportes, primeiro andar, sala 11.100, Cep:
70.048-900, Brasília, Distrito Federal.
O Governo Federal regulamentou, no dia 8 de maio de 2201 a Lei
Federal 8.8999 que concede o passe livre. Havendo qualquer tipo de
dificuldade no exercício do seu direito, a pessoa deve procurar o Ministério
Público Federal.
No que se refere ao transporte coletivo, a Lei Federal 10.048/00
determina, em seu art. 3º, que as empresas públicas de transporte e as
concessionárias de transporte coletivo reservarão assentos, devidamente
identificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portadoras de
necessidade especial e pessoas acompanhadas por crianças de colo. Além
disso, o art. 5º determina que os veículos de transporte coletivo a serem
produzidos após doze meses da publicação dessa Lei serão planejados de
forma a facilitar o acesso a seu interior das pessoas portadoras de deficiência.
12 - E no transporte coletivo intermunicipal? A pessoa portadora de
necessidades especial tem direito ao passe livre?
Apesar de a Lei Estadual 10.419, de 17 de janeiro de 1991, regulamentada
pelo Decreto 32.649/91, garantir esse direito, o Tribunal de Justiça do Estado
do Rio de Janeiro, em decisão de março de 2000, entendeu que as pessoas
portadoras de deficiência, bem como seu acompanhante (nos casos em que
o mesmo é necessário), têm direito à gratuidade do transporte somente na
área urbana, negando tal direito no âmbito intermunicipal.
13 - E quanto ao transporte coletivo municipal?
A Lei Municipal 7.649/99 dispensa a parada de veículo coletivo urbano
nos pontos estabelecidos quando houver solicitação de embarque e
desembarque de pessoas portadoras de necessidade especial física. Mas, na
área central e nos corredores de grande movimento de veículos, a parada fora
dos pontos é proibida.
16
Há também a Lei Municipal 5.636/89, regulamentada pelo Decreto
6.536/90, que garante o acesso de pessoas portadoras de deficiências físicas
aos ônibus urbanos através da instalação de elevadores hidráulicos, portas
largas e eliminação de obstáculos internos dos veículos. Essa lei determina
que a prefeitura só permitirá que veículos novos entrem em circulação se
vierem de fábrica com os equipamentos de que trata essa lei.
O Direito de ir e vir dos surdos também está garantido?
Sim. Segundo a Lei Federal 8.160, de 08 de janeiro de 1991, é
obrigatória a colocação, de forma visível, do “Símbolo Internacional de
Surdez” em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização
por pessoas portadoras de necessidade especial auditiva, e em todos os
serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso.
Já a utilização do “Símbolo Internacional de Surdez” para finalidade
outra que não seja a de identificar, assinalar ou indicar local ou serviço
habilitado ao uso de pessoas portadoras de necessidade especial auditiva
é proibida (arts. 1º, 2º e 3º da lei acima citada).
17
construídas pelos programas de habitações populares financiados pelo poder
público.
16 – A pessoa portadora de necessidades especial física pode freqüentar
museus sem o constrangimento de não conseguir ter acesso?
Sim, a Lei 10.098/00 estabelece a acessibilidade de forma ampla. Além
disso, o art. 53 do Decreto 3.298/99 determina que as bibliotecas, museus,
locais de reunião, conferências, aulas e outros ambientes de natureza similar,
pertencentes à administração pública federal, disporão de espaços reservados
para a pessoa que utilize cadeira de rodas e de lugares específicos para a
pessoa portadora de necessidades especial auditiva e visual, e seu
acompanhante.
17 - Quando não forem cumpridos os direitos de acessibilidade, o que a
pessoa portadora de necessidades especial ou os familiares podem fazer?
Devem procurar um advogado, a OAB e, ainda, representar junto ao
Ministério Público Estadual ou ao Ministério Público Federal.
18
O DIREITO À EDUCAÇÃO (voltar)
20
outra forma de treinamento remunerado para os portadores de deficiência e
para os acidentados no trabalho em processo de aprendizagem; inserção de
seus formandos no mercado de trabalho; acompanhamento de seus egressos
durante o período de adaptação profissional. O ingresso nos programas de
capacitação para o trabalho será precedido de teste de aptidão profissional e
orientação vocacional para aqueles que apresentem disfunções físicas,
sensoriais e mentais natas ou adquiridas antes do ingresso no mercado de
trabalho. Será precedido também de relatório médico que recomende a
reabilitação e a reciclagem profissional para os acidentados no trabalho. O
Sistema Nacional de Empregos – SINE – participará do encaminhamento dos
formandos ao mercado de trabalho.
Há no município a Lei 5.935/91, que dispõe sobre a criação de oficinas
públicas para formação profissional do portador de deficiência, de acordo com
o inciso IV do art. 175 da Lei Orgânica do Município. Essa lei determina que
as oficinas públicas previstas no inciso IV do art. 175 da Lei Orgânica do
Município deverão ser criadas a partir das Administrações Regionais e
manterão cursos permanentes de pedreiro, pintor de parede, jardineiro,
bombeiro, eletricista, marceneiro e serralheiro. O Decreto 7.846/94 dispôs
sobre a a criação de oficinas públicas para formação profissional do portador
de necessidade especial e autorizou a instalação, junto a cada Administração
Regional, de oficinas públicas para formação profissional do portador de
necessidade especial que devem obedecer aos princípios da educação especial
e objetivarão a reabilitação e a habilitação do portador de deficiência. A lei
prevê a oferta de cursos variados e o ingresso dar-se-á mediante teste de
aptidão profissional e orientação vocacional. As instalações das oficinas
deverão ser acessíveis, com a eliminação de obstáculos de ordem física,
arquitetônica ou relacionados à comunicação, que possam dificultar o
transporte e a livre movimentação nos locais de formação. Os equipamentos
deverão ser adaptados para atendimento das necessidades especiais do
portador de deficiência. Compete à Secretaria Municipal de Educação instalar
e manter as oficinas públicas, realizar os processos de seleção e orientação
profissional, após ampla divulgação dos cursos a serem ofertados, solicitar à
Secretaria Municipal de Abastecimento o fornecimento de merenda escolar
aos alunos aprendizes da oficina, realizar avaliações contínuas dos portadores
de deficiência matriculados nas oficinas, objetivando sua capacitação
profissional, e articular-se com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento
Social para encaminhamento dos alunos considerados capacitados
profissionalmente. Compete à Secretaria Municipal de Desenvolvimento
Social, através de programa específico, encaminhar ao mercado de trabalho os
portadores de deficiência habilitados pelos cursos profissionalizantes. A
21
Secretaria Municipal de Saúde, através do Distrito Sanitário ou Centro de
Saúde mais próximo, prestará assistência aos inscritos nas oficinas, inclusive
avaliando-os quanto à sua capacidade para atuar nos cursos oferecidos.
24 - O portador de necessidade especial tem direito à educação superior?
Sim, como qualquer cidadão, o portador de necessidade especial tem
direito à educação superior, tanto em escolas públicas quanto privadas, em
todas as suas modalidades, conforme o art. 44, da Lei Federal 9.394/96, e o
art. 27, do Decreto 3.298/99. Essas modalidades são: cursos seqüenciais por
campo de saber, de diferentes níveis, abertos a candidatos que atendam aos
requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino; de graduação, abertos a
candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham
sido classificados em processo seletivo; de pós-graduação, abertos a
candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências
das instituições de ensino; e de extensão, abertos a candidatos que atendam
aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino.
25 - Quando ocorrem provas ou exames de seleção, as instituições de ensino
têm o dever de oferecer condições necessárias aos portadores de necessidade
especial ?
Sim, de acordo com o art. 27, do Decreto 3.298/99, as instituições de
ensino devem oferecer adaptações de acordo com as características dos
portadores de necessidade especial .
Nesse caso, o portador deve solicitar tais adaptações previamente.
26 - Quando não forem cumpridos esses direitos, o que a pessoa portadora
de necessidades especial pode fazer?
Ela deverá procurar a OAB e, ainda, representar junto ao Ministério
Público Estadual ou Ministério Público Federal.
22
O DIREITO À SAÚDE (voltar)
23
Sim, é o que determina o art. 16, inciso III, do Decreto Federal 3.298/99,
que prevê também a criação de rede de serviços regionalizados,
descentralizados e hierarquizados, voltados para o atendimento à saúde e a
reabilitação da pessoa portadora de deficiência.
33 - O portador de necessidade especial tem direito a instrumentos que o
auxiliem a vencer suas limitações físicas?
Sim, conforme os arts. 18, 19 e 20 do Decreto 3.298/99, o portador de
necessidade especial tem direito a obter, gratuitamente, órteses e próteses
(auditivas, visuais e físicas) junto às autoridades de saúde (federais, estaduais
ou municipais), a fim de compensar suas limitações nas funções motoras,
sensoriais ou mentais. Também a Lei 8.213/91 determina, no art. 89,
parágrafo único, alínea “a”, que a reabilitação profissional compreende o
fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para
locomoção, quando a perda ou redução de capacidade funcional puder ser
atenuada por seu uso, e dos equipamentos necessários à habilitação e
reabilitação profissional.
34 - E o direito a medicamentos?
A pessoa tem o direito de obter do poder público os medicamentos
necessários ao tratamento de saúde baseado na Lei Federal 8080 de 19 de
setembro de 1990, inciso VI, art. 6. Se não forem fornecidos, deve-se procurar
um advogado ou a Defensoria Pública, pois a justiça dá constantemente ganho
de causa nessas ações.
35 - Que providências podem ser tomadas em caso de a deficiência ocorrer
por erro médico?
O cidadão deve procurar um advogado, a Promotoria de Justiça do Erro
Médico ou uma das entidades listadas no final desta cartilha. Ele poderá
requerer o tratamento e, inclusive, uma indenização, se ficar comprovado que
houve realmente erro médico.
24
A Lei Federal 10.216, de 06 de abril de 2001, cuida da proteção e dos
direitos da pessoa portadora de necessidades especial mental e
redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Os direitos e proteção
das pessoas acometidas de transtorno mental são assegurados sem
qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação
sexual, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos
e à gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno ou qualquer outro
fator. (art. 1).
25
é o mesmo para cada Estado, município ou para o Distrito Federal, porque é a
lei de cada uma dessas entidades que irá estabelecer o percentual de quotas de
admissão para os portadores de deficiência.
No Rio de Janeiro , pela Constituição Estadual, art. 28, e a Lei
Estadual 11.867, de 28 de julho de 1995, tal percentual é de 10% (dez por
cento). O edital do concurso público deverá especificar, em separado, a
habilitação necessária ao exercício da atividade e o número de vagas
destinadas às pessoas portadoras de deficiência, considerando-se o
percentual definido no artigo 1º desta Lei (Parágrafo Único do art. 2º).
O município do Rio de Janeiro, por meio da Lei 6.661/94, art. 1º,
determina a reserva de 5% (cinco por cento) dos cargos e empregos públicos
de provimento efetivo do quadro de pessoal da administração direta e indireta
do poder executivo para pessoas portadoras de deficiência. Além disso, a Lei
5.776/90 assegura aos deficientes visuais, em seu art. 1º, o direito de
transcrição para o braile de provas de concursos públicos.
O Estado de São Paulo reservou, pela Lei Complementar 683, de 18 de
setembro de 1992, percentual de até 5% de cargos e empregos aos portadores
de deficiência. Já o Estado do Rio de Janeiro reservou um percentual mínimo
de 5%, conforme a Lei n.º 2482, de 14 de dezembro de 1995. A Lei n.º 3050,
de 1998, art. 3, inseriu, como condição de habilitação de qualquer empresa em
licitação e contratos com o poder público, o cumprimento das quotas da Lei
n.º 8213, de 1991.
c) os portadores de necessidades especiais têm preferência sobre os
demais, caso aprovados no concurso, independentemente de sua classificação.
d) se nenhum portador de necessidade especial for aprovado em um
concurso, desconsideram-se as vagas reservadas para os portadores de
necessidades espciais.
40 - O governo Federal possui algum programa de apoio à qualificação
profissional da pessoa com deficiência?
O Decreto Federal 219, de 19 de setembro de 1991, institui, no
âmbito do Ministério do Trabalho e Previdência Social, o Programa
Nacional de Educação e Trabalho (Plante).
O “Plante” visa, dentre outras finalidades descritas no artigo 1º,
inciso III, o favorecimento da ajuda mútua entre os organismos que
atuam direta ou indiretamente com formação de mão de obra, em ações
direcionadas à realização de programas especiais destinados aos jovens,
26
inclusive aos portadores de deficiência física, na perspectiva de sua
inserção no mercado de trabalho, observada a legislação vigente.
O Decreto cria uma série de atribuições ao Poder Público. Um
aspecto de difícil explicação é o fato de que o decreto em questão apenas
cita a pessoa portadora de necessidades especial física, nada dizendo com
relação a outros tipos de deficiência.
27
43- O que é a habilitação e a reabilitação?
É o processo que permite à pessoa com deficiência adquirir
desenvolvimento profissional suficiente para ingresso e reingresso no mercado
de trabalho, conforme o art. 89 da Lei Federal 8.213/91, arts. 17, 18, 21 e 22
do Decreto 3.298/99 e Ordem de Serviço 90 do Ministério da Saúde e
Previdência Social.
Para maiores informações sobre colocação e recolocação no mercado de
trabalho, deve-se procurar a Delegacia Regional do Trabalho e/ou a CAADE.
Não pode. O artigo 93 da Lei Federal n.º 8.213/91 prevê que a dispensa só
pode ocorrer, nos contratos a prazo indeterminado, quando outro empregado
portador de necessidade especial for contratado no lugar do dispensado. Logo,
se tal substituição não ocorrer, cabe até a reintegração do empregado com os
consectários legais. O portador de necessidade especial tem, assim, uma
estabilidade por prazo indeterminado.
28
ASSISTÊNCIA SOCIAL
47 - O Estado assegura algum benefício para as pessoas portadora de
necessidade especial ?
29
Sim. A Lei Municipal 6.059/92 assegura aos portadores de deficiência
física o direito de atendimento preferencial nos órgãos da administração
municipal, quando por ordem de chegada. Essa lei não se aplica nos casos em
que o número de pessoas atendidas for limitado. Há também a Lei Municipal
7.066/96, que assegura, nos locais públicos do município, atendimento
preferencial às pessoas idosas, aos portadores de deficiência física, às
gestantes e aos que apresentarem sinais visíveis de debilidade física.
31
A Lei Federal 8.687, de 20 de julho de 1993, retira da incidência do
Imposto de Renda os benefícios percebidos por doentes mentais. Não se
incluem entre os rendimentos tributáveis pelo Imposto de Renda as
importâncias percebidas por deficientes mentais a título de pensão,
pecúlio, montepio e auxílio, quando decorrentes de prestações do regime
de previdência social ou de entidades de previdência privada. (art. 1º).
32
56 – A pessoa com deficiência têm preferência na aquisição de unidades
habitacionais populares?
33
CONSELHOS E ESCLARECIMENTOS
AOS PAIS DE PORTADORES
DE NECESSIDADES ESPECIAIS
34
através de uma política de ação pedagógica, recursos educacionais mais
individualizados e conta com o professor especializado.
35
O medo do novo, do desconhecido nos educadores tem origem na formação
acadêmica a qual não os habilitou para o trabalho com a diversidade, nem tão
pouco o engenheiro que projeto um prédio sem rampas, e demais profissões
que não preverão uma sociedade para todos.
Durante muito tempo a Educação Especial funcionou com um sistema paralelo
e não como parte integrante do sistema geral de educação e ela mesmo foi
criando um mito de que é muito difícil trabalhar com o educando portador de
necessidades educacionais especiais. Sabemos que não é fácil, mas não exige
nenhuma “hiper estrutura” nem nenhum “super educador”.
36
A educação inclusiva embora tenha sido bandeira da educação especial, não
implica somente em incluir o portador deficiência no sistema regular de
ensino. Diz respeito a um sistema educacional que dê respostas educacionais
com qualidade ao conjunto das pessoas.
37
COMO OS PAIS PODEM ACEITAR A DEFICIÊNCIA DO
FILHO/DA FILHA?
Não se culpar, mesmo que tenha existido alguma forma de negligencia com a
criança, e por conta disso colaborou para piorar o quadro comportamental ou
da deficiência. O que vale a pena saber é que precisará enfrentar a situação de
uma forma ou de outra.
Se penalizar só irá contribuir para mais dor e sofrimento, e acarretará mais
dificuldade em encontrar ajuda correta e eficiente para os pais e para a
criança.
O diagnóstico médico da criança é um fator importante para esclarecer os
pais: sobre uso de medicação se for o caso, exames, escola e cuidados
adequados, etc. Auxilia também a evaporar crendices, pensamentos mágicos,
buscas de terapias alternativas que não tenham nenhum cunho científico, isto
só leva os pais a se cansarem, ficarem desmotivados, achando que o filho não
tem jeito.
Saber as possibilidades reais do filho e atendimentos adequados é o que
efetivamente irá ajudar os pais.
38
educando) ou ser um juiz (julgando os comportamentos de forma moral, quer
seja dos pais ou do educando).
O papel de mediador exige postura compreensiva, diálogo, flexibilidade e
delicada firmeza.
Salientamos também que cabe aos pais procurarem informações e situações
que acolham seus dúvidas e medos, permitindo uma aproximação saudável e
equilibrada sobre a nova situação. Essa postura favorece sensivelmente o
apoio ao filho e a acomodação benéfica para todos, evitando desgastes e
conflitos.
No âmbito escolar:
39
2.Acompanhamento caso a caso da inclusão dos educandos portadores de
necessidades educacionais especiais.
40
O papel do Orientador atua mais como um especialista da área,
enquanto do Psicoterapeuta é considerado mais um parceiro.
41
MEU FILHO/ MINHA FILHA SOFRE?
42
afetivos” sem garantias de sermos gratificados, frustrados, desapontados,
reconhecidos, etc...
O que variará no portador de necessidades educacionais especiais será o grau e
a freqüência de cada comportamento e sentimento expressado.
43
QUEM SÃO OS PROFISSIONAIS QUE DEVO PROCURAR?
SÃO CONFIÁVEIS?
44
COMO OS PAIS PODEM CONDUZIR O RELACIONAMENTO
COM OUTROS FILHOS?
45
COMO OS PAIS PODEM LIDAR COM AS BRIGAS ENTRE OS
IRMÃOS/IRMÃS?
É importante que os pais saibam que a maioria dos irmãos deixam de brigar
com o passar do tempo. A medida que amadurecem, vai passando o egoísmo,
a competição, e surgindo comportamentos mais solidários e de colaboração.
46
5. Permanecer Neutro: Se os pais não conseguirem saber qual foi o
motivo que gerou o conflito, é melhor não tomar partido, e especialmente
se for sempre a favor da criança portadora de necessidades educacionais
especiais, isto só intensificará a rivalidade. Perdoar todos e observar
depois o relacionamento dos irmãos.
6. Ignorar as Simples Briguinhas: Os pais não devem intervir em
todas as brigas entre os irmãos. Uma boa saída é ignorar as disputas que
não infrinjam as regras estabelecidas pela família. Os próprios irmãos
poderão arrumar uma solução para a briga, sem usar da força física,
ameaça, chantagem ou xingamentos.
7. Ser Coerente: Os pais precisam ser coerentes ao orientar um
conflito ou decidir por uma atitude responsável. Usar “dois pesos e duas
medidas” para situações iguais ou semelhantes podem causar,
insegurança e confusão entre os filhos/filhas.
47
POR QUE OS PAIS SUPERPROTEGEM O FILHO/A FILHA
PORTADOR DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS ?
Os pais que são constantemente superprotetores procuram dar tudo aos filhos,
invariavelmente se são portadores de necessidades educacionais especiais ou
não, com isso mantêm seus filhos dependentes e sem nenhuma autonomia. Em
função da culpa que surge de sentimentos negativos para com os filhos,
procuram compensar deficiências e faltas com mimos e presentes. A situação
pode e geralmente se agrava quando a criança fica doente ou possui alguma
doença de natureza psicossomática, como a bronquite, por exemplo. Os
cuidados são necessários neste momento, porém são exagerados. A criança
pode instalar este comportamento de adoecer para se defender e fugir das
situações onde sinta medo ou muita angústia, mas ganhando por outro lado o
apoio e proteção dos pais.
A superproteção faz a criança se sentir frágil, insegura, tímida e sem
condições para suprir sozinha as necessidades antes vindas dos pais.
Os filhos crescem, e vão se conscientizando do que aconteceu, passam a
expressar agressividade e ressentimento para com os pais, além de se sentirem
culpados ao verem a preocupação e aflição deles. Infelizmente a vida não é
nem mãe e nem pai de ninguém, os filhos precisam fazer decisões assumir
responsabilidades, trabalhar, casar, enfrentar situações novas e difíceis e
sentem-se despreparados.
Concluindo, esses pais tentaram preparar a vida para os filhos em vez de
preparar os filhos para a vida.
48
chamado de filho que não deu certo, ingrato, fracassado, não serve para nada,
etc.
Esta dinâmica dos pais se desenvolve numa relação ambivalente (inconstante)
e contraditória, já que a preferência por um filho leva a rejeição de outro ou
outros.
São pais que almejam que seus próprios ideais de vida se realizem através de
seus descendentes, isto está ligado a qualidade e quantidade de sentimentos
envolvidos como: a auto-estima (narcisismo), a inveja, a voracidade (gula) e a
culpa dos pais em relação aos filhos.
A criança que foi desconsiderada e desvalorizada, carrega esse peso por toda
vida, em suas atitudes e comportamentos de insegurança, timidez, desânimo e
apatia.
O mais preocupante é que esses comportamentos vão se repetindo nas futuras
gerações.
É necessários que os pais e filhos se conscientizem da constituição de seu
modo de pensar, seus sentimentos, seus sonhos, expectativas, esperanças,
conversando entre si, respeitando os desejos de cada elemento, pois a forma
que vivemos na nossa família, determinará a nossa participação na
comunidade.
49
Cabe a cada núcleo familiar escolher fontes de ajuda que aliviem essa pressão,
que possam colaborar no ajustamento e bem estar de todos.
50
Os pais podem justificar esta falta de fluxo de comunicação por acharem que
os membros não entenderiam o assunto, mas também geralmente não tentam
formas simples de comunicação.
Os pais precisam notar o quanto a comunicação é importante para todos,
sendo fonte de fortalecimento e crescimento para todos.
51
com o que dizem pela maneira como falam, sentam, movimentam-se,
etc
52
As questões ligadas a gravidez, condições de procriação, esterilização,
métodos contraceptivos, também variam caso a caso , deverão ser
acompanhadas e discutidas com um profissional da área médica.
55
Faixa etária de 0 a 6 anos:
Jogar bola
Brincar com blocos
Material de sucata
Representar Histórias, cenas de televisão ou cinema
Boliche
Brincar de loja
Bonecas
Carros e caminhões
Brincar de escola
Brincar de casinha
Soprar bolinhas de sabão
Bolas de gude
Dançar
Cantar
Marchar
Brincar de índio, policia, bombeiro, etc
Brincar com animaizinhos de plástico ou reais
Usar marionetes
Recortar, colar, pintar, desenhar
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Ouvir músicas
Preparar refeições
Jogos
Esportes
Escolher programas de TV, cinema, etc.
Artesanato
Fazer bailinhos ou festas em casa
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :
Revista Pedagógica Pátio Ano V No. 20, fevereiro/abril. Porto Alegre: Ed.
Artemed, 2002.
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