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Economia Política Internacional

Kindelberger – An Explanation of the 1929 Depression

A explicação do livro é que a depressão de 1929 foi tão ampla, tão profunda, e tão longa porque
o sistema econômico internacional foi rendido à instabilidade pela inabilidade britânica e a falta
de vontade dos EUA em assumir a responsabilidade de estabilizá-lo por desempenhar 5 funções:

1) Manter a economia aberta, para que outros estados também se beneficiem dele

2) Prover empréstimos de longo prazo

3) Regulamentar um sistema de taxa de câmbio relativamente estável

4) Assegurar a coordenação das políticas macroeconômicas entre os principais atores

5) Agir como fornecedor de empréstimos em ultima instância – fornecer liquidez em


crises financeiras

Essas funções, o autor acredita, devem ser organizadas e desempenhadas por um único país que
assume responsabilidade pelo sistema. Se isso é feito, e especialmente se o país serve como um
emprestador em última instância em crises financeiras, o sistema econômico é originalmente
capaz, em sua opinião, de fazer ajustes justos nos deslocamentos feitos pela maldade do
mecanismo de mercado.

A dificuldade está na considerável instabilidade latente no sistema e na ausência de um


estabilizador. Antes da primeira guerra mundial, a Inglaterra estabilizou o mundo ao
desempenhar as 5 funções listadas, mais ou menos, e com grande ajuda da mitologia do padrão
ouro, que internalizou a taxa de câmbio estável e coordenou políticas macroeconômicas. Em
1929, 1930 e 1931 a Inglaterra não pode agir como estabilizador, e os EUA não quiseram.
Quando todos os países se viraram a projetar seus interesses nacionais privados, o interesse
público mundial escorreu pelo ralo, e com ele os interesses privados de todos.

Manter um mercado para o bem de todos:

Isso pode ser visto como outra forma de finança. O livre mercado tem duas dimensões: (1)
adaptar recursos domésticos às mudanças na capacidade produtiva externa e (2) manter o
mercado de importações aberto em períodos de stress. A primeira já é mais feita por países com
rápido crescimento que precisa transferir recursos de ocupações menos produtivas e que quer
abranger a competição de importações. A segunda providencia um mercado para excedentes
acumulados no exterior.

Prover empréstimos de longo-prazo:

Na década de 1920, os empréstimos externos dos EUA eram positivamente correlacionados com
investimentos domésticos. O BOOM dos anos 1920 foi acompanhado por empréstimos
externos; a depressão dos anos 1930 viu o contrário. Hal Lary (1943) recordou o fato
fundamental de que os EUA cortaram em importações e em empréstimos ao mesmo tempo.
Além disso, a Inglaterra juntou-se aos EUA em reduzir seus empréstimos em 1929.

Taxa de câmbio estável:


As taxas de cambio eram estáveis no século XIX por causa do padrão ouro. Depois das
inflações da primeira guerra mundial, as taxas de cambio foram ajustadas o que foi importante
para fixá-las em níveis de equilíbrio. Então veio a depressão; e resposta de muitas autoridades
ao comportamento caótico das taxas de câmbio nos anos 1930 foi adotar taxas fixas no Bretton
Woods em 1944 como padrão para prevenir “beggar-thy-neighbor-tactics”. Em um mundo de
deflação, como nos anos 1930, taxas de câmbio flexíveis com sobreimpulso (overshooting) são
deflacionárias. A depreciação deixa os preços domésticos iguais e reduz os preços de países
onde as taxas de cambio são apreciativas. Em um mundo de inflação, por outro lado: a
depreciação aumenta os preços domésticos; a apreciação deixa os preços estrangeiros iguais.

Coordenação de políticas macroeconômicas:

Como as taxas de câmbio, políticas macroeconômicas foram coordenadas mais ou menos


automaticamente no século XIX sobre o padrão ouro. O padrão ouro basicamente quebrou no
período entre - guerras quando os EUA e a França, acumulando ouro, o esterilizaram. Políticas
monetárias foram conduzidas fortemente por questões domésticas. Políticas fiscais positivas
foram seguidas praticamente por ninguém, e políticas monetárias ficaram descoordenadas.

Emprestador em última instância:

A função do emprestador em última instância tem duas dimensões: uma doméstica e uma
internacional. Foi a dimensão internacional que obviamente faltou. A tarefa é difícil, mas a
Inglaterra tentou. Quando foi a vez da Inglaterra procurar por ajuda, os EUA e a França
procederam com um empréstimo por vez, e colocaram condições tão severas para o segundo
empréstimo que eles derrubaram o governo (brought the Labour government down).

A liderança britânica:

Em torno de 1931 a capacidade de liderança britânica acabou. Na conferencia econômica


mundial de 1933 ficou claro que a Inglaterra teria parado de fazer o papel de líder mundial,
deixando isso aos EUA para criar um programa mundial.

A carência de liderança americana:

O isolacionismo expressado por Lodge em liderar a rejeição do tratado de Versalhes e a


aderência americana na liga das nações caracterizou o sentimento dominante. Os EUA estavam
incertos quanto ao seu papel internacional.

Cooperação:

Uma forma especial de cooperação que teria sido uma liderança conjunta anglo-americana nas
questões econômicas mundiais. Apesar disso, muitos economistas e cientistas políticos
concordam que arranjos bilaterais são instáveis.

Trocando os lideres:

Friedman e Schwartz notaram a acentuação da depressão que veio com a transferência da


presidência de Hoover a Roosevelt, e ainda com a mais significante transferência de liderança
no mundo econômico de Whithall para a Casa Branca. A Inglaterra que antes liderava passa seu
cargo aos EUA, que inicialmente não tem interesse suficiente em exercer tal função, o que levou
à grande instabilidade econômica.
O papel dos países menores e da França:

A França também não mostrou interesse em ajudar na estabilização do sistema econômico


mundial. Outro grupo que faltou com responsabilidade foram os países menores: Bélgica,
Holanda, Suíça e Escandinávia. Pode-se notar que os países pequenos contribuíram
substancialmente com a deflação à medida que cortaram importações, depreciaram, ou
converteram esterlinas e dólares em ouro. Existe outro aspecto quanto ao papel dos países
pequenos: eles poderiam oferecer programas de recuperação porque eles sabiam que os custos
maiores dos programas adotados cairiam sobre outros países. O caso da França é diferente. Ela
procurou poder nos próprios interesses nacionais, sem adequadamente levar em conta as
repercussões da sua posição na economia mundial ou na estabilidade política. A França teve o
poder de agir como desestabilizadora, mas não era suficientemente poderosa para estabilizar. A
frança pode ser (e foi) culpada por desapontar o sistema quando ela não tinha capacidade de
assumi-lo na presença de poderes maiores, um frágil e o outro irresponsável.

Interesse Público versus Interesse Privado:

Existe uma diferença entre aceitar e recusar a responsabilidade sobre a forma como o sistema
funciona. Os britânicos aceitaram a responsabilidade, apesar disso, eles foram incapazes de
cumprir tal função. Os franceses e os americanos não quiseram assegurar a estabilidade. Sob
Coolidge e Hoover, os EUA se recusaram a se comprometerem a qualquer programa de
reconstrução estrangeira ou de financiar a estabilização, deixando essas questões ao Federal
Reserve System. Houve dificilmente uma melhora no comprometimento de Roosevelt à
economia mundial a partir de 1936 e durante a segunda guerra mundial.

Incapaz de cooperar com o bem público, os britânicos focaram mais e mais suas energias ao
âmbito privado. O memorando escrito por Hubert Henderson no tesouro britânico em 1943,
intitulado “International Economic History of the Interwar Period” levou à conclusão de que
após a guerra era preciso que o mundo evitasse o nacionalismo econômico e se atentasse a
reconstruir um livre sistema econômico de trabalho com créditos internacionais, a redução das
barreiras de comércio, e a prescrição de regulamentação qualitativa.

Para o mundo econômico mundial ter sido estabilizado, era preciso que houvesse um
estabilizador.

Relevância dos anos 1980 e 1990:

A liderança é uma palavra com conotações negativas nos anos 1980, quando a participação na
tomada de decisão é vista como estética. Se a liderança é pensada como a responsabilidade de
provisão do bem público, e não a exploração dos outros ou de prestígios dos bens privados, isso
remete a uma idéia positiva. A liderança é necessária na ausência de uma autoridade.

Como falta a liderança americana no mundo econômico e a Europa e o Japão ganham força, 3
resultados são politicamente estáveis e 3 instáveis. Entre os resultados estáveis há a
continuidade de uma liderança norte-americana; uma asserção de liderança e hipótese de
responsabilidade pela estabilidade do sistema pela Europa, Japão, ou outro insuspeito terceiro
país como o Brasil; ou uma efetiva soberania econômica das instituições internacionais: um
banco central mundial, um mercado capital mundial, e um acordo geral de tarifas e comercio
efetivo. O último é o mais atrativo, mas é o mais difícil e menos provável. Os 3 resultados a
serem evitados por serem instáveis são: (1) os EUA, Japão, e o EEC competindo pela liderança
do mundo econômico mundial, (2) um incapaz de liderar e outros que não o querem fazer, como
em 1929 a 1933, e (3) cada um mantendo veto sobre programas de estabilidade ou fortalecendo-
se do sistema sem preocupar-se em assegurar programas positivos por si próprio.

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