2- O que é?
A definição de obesidade pode ser a de “acúmulo excessivo de gordura no
organismo”. Para sua determinação, criou-se o Índice de Massa Corporal (IMC),
método mais utilizado atualmente e que define que a obesidade seria classificada a
partir de um IMC superior a 30 kg/m².
A obesidade pode ser classificada em exógena, aquela causada pela ingestão
calórica excessiva, sendo responsável por mais de 95% dos casos, ou endógena, que tem
como causa os distúrbios hormonais e metabólicos.
Existem também classificações quanto a distribuição de gordura: andróide,
conhecida como obesidade central ou em forma de maçã, que é o acúmulo de gordura
na região do tronco e ginóide, conhecida como obesidade periférica ou em forma de
pêra, que o acúmulo de gordura abaixo da cintura, na região glúteo-femural. A
obesidade andróide, central ou abdominal é observada com mais freqüência em homens
e a obesidade ginecóide ou femural são comuns em mulheres. O risco de desenvolver
doenças do coração é maior para as pessoas que acumulam gorduras na região
abdominal (central), ao redor das vísceras.
Na cultura ocidental, é enfatizado a boa forma e imagem corporal, o que facilita
a identificação de incômodos com o excesso de peso, independente dos graus de
obesidade. Nossos padrões culturais fazem com que até indivíduos com peso dentro dos
parâmetros de normalidade possam sentir-se com peso acima do estipulado pela
sociedade.
A obesidade tornou-se um problema de saúde pública, uma vez que é um dos
principais fatores de risco para inúmeras doenças prevalentes na sociedade moderna,
incluindo dislipidemia e diabetes mellitus.
A Organização Mundial de Saúde considera a obesidade um problema de
abrangência mundial, pois ela atinge à um número elevado de pessoas e predispõe o
organismo a vários tipos de doenças e mortes prematuras.
Os componentes causadores de variações na determinação do peso corporal são:
músculos, ossos e gorduras. As alterações que ocorrem nesses componentes são devidos
aos fatores de crescimento e de envelhecimento, alimentação, exercício físico e as
doenças.
4- Complicações
. As conseqüências da obesidade para a saúde são muitas e afetam diretamente a
qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Ela sobrecarrega todos os órgãos,
principalmente o coração. É freqüentemente associada com hipertensão,
hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e diabetes mellitus tipo 2 (DM2), condições
intimamente relacionadas com doenças cardiovasculares.
Além destas, temos como outras condições associadas à obesidade a resistência
à insulina, síndrome do ovário policístico, cálculo biliar, hepatite esteatosa, apnéia do
sono, hemorróida, bloqueio nervoso, proteína na urina, osteoartrites, cânceres,
incontinência urinária, micoses, celulite, alterações hormonais.
Quanto ao aspecto psicológico, a obesidade tem sido apontada como um dos
fatores contribuintes para a baixa-estima, o isolamento social, a depressão, etc.
5- Tratamento Nutricional
É senso comum dizer que o tratamento da obesidade é difícil e que, com
freqüência, pessoas que conseguem emagrecer acabam recuperando o peso perdido
algum tempo após.
O controle do peso corporal depende de dois fatores, que são a dieta alimentar e
a prática de atividade física. A alimentação correta implica na melhoria qualitativa e
quantitativa, com ingestão da proporção adequada entre os componentes (proteínas,
lipídeos e glicídeos). Essa deve conter pouca gordura (20% total dos alimentos), ser
moderada em calorias e forte em carboidratos. Também precisa ser rica em fibras,
responsáveis pelo bolo fecal e o bom funcionamento do intestino, e incluir vitaminas e
sais minerais, com a ingestão de quatro a cinco porções de frutas e verduras ao dia.
Recomenda-se equilibrar adequadamente a dieta e distribuí-la em cinco ou seis
refeições diárias, alimentando-se de três em três horas.
Para que se consiga diminuir a ingestão calórica é importante reduzir a ingestão
de alimentos com alto valor calórico. Deve ser cortado o uso de açúcares, doces
concentrados, refrigerantes, bebidas alcóolicas, gordura de modo em geral (carnes
gordas, de porco, embutidos, manteiga, creme de leite, queijos gordurosos),
condimentos gordurosos (maionese, mostarda e catchup) e pastelarias.
A atividade física é importante porque utiliza as calorias extras que geralmente
seriam armazenadas como gorduras. Qualquer atividade física contribui para o gasto
energético. É fundamental incluir atividades agradáveis, utilitárias e fáceis de executar.
Freqüentemente o obeso não utiliza as vias públicas e academias, devido a sua
imagem corporal negativa, restringindo a prática de atividade física ao seu próprio
domicílio, o que é monótono e desmotivante.
Podem-se sugerir ainda modificações comportamentais, autocontrole com
registros da dieta, controle de eventos que antecedem a alimentação (identificar e
controlar as circunstâncias que envolvem a ingestão ou ingestão exagerada),
desenvolvimentos de técnicas para controlar o ato de comer (comer somente nos locais
e horários definidos).
6- Referências Bibliográficas
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732004000400012
http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S000427302001000500014&script=sci_arttext&tlng=en
http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S010160832004000400013&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S000427302003000200003&script=sci_arttext&tlng=in
http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S002175572004000100001&script=sci_arttext&tlng=es
www.unipinhal.edu.br/movimentopercepcao/include/getdoc.php?id