1) Controle de sistemas
Exemplo: Considere o mesmo exemplo do forno. Suponha agora que a temperatura interna
do forno é medida e o seu valor é comparado com uma referência pré - estabelecida. Se a
temperatura dentro do forno é menor que a referência, então aplica-se ao forno uma
potência proporcional a esta diferença. Neste sentido, a temperatura dentro do forno
tenderá a crescer diminuindo a diferença com relação a referência. No caso do erro ser
negativo (temperatura do forno maior que o valor de referência) acionaria - se um sistema
de resfriamento do forno com potência proporcional a este erro, ou, simplesmente, se
desligaria o aquecimento do mesmo. Desta maneira, a temperatura do forno tenderia
sempre a estabilizar no valor de referência ou em um valor muito próximo desta,
garantindo ao sistema de controle uma boa precisão. Além disto, variações da temperatura
externa (que fariam variar a temperatura dentro do forno) seriam compensadas pelo efeito
da realimentação, garantindo ao sistema capacidade de adaptação a perturbações
externas.
1.3) Estabilidade
Figura 1
Figura 2
1. Amostragem
2. conversão analógico/digital
3. cálculo do controle através de um programa
4. conversão digital/analógica
5. aplicação do sinal de controle calculado até o próximo instante de amostragem
2) AQUISIÇÃO DE DADOS
• sensores/transdutores;
• condicionador de sinais;
São dispositivos que mudam seu comportamento sob a ação de uma grandeza física,
podendo fornecer diretamente ou indiretamente um sinal que indica esta grandeza.
Quando operam diretamente, convertendo para uma forma de energia neutra, são
chamados transdutores. O transdutor é um termo usado para designar alguns tipos de
sensores. Um exemplo de transdutor é o termopar que converte temperatura em um nível
de tensão. Os de operação indireta alteram suas propriedades, como a resistência, a
capacitância ou a indutância, sob ação de uma grandeza, de forma mais ou menos
proporcional.
O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de
controle, e nos instrumentos de medição.
• Sensores de pressão
• Strain Gauges
• Células de carga
• Eletrodos
O conversor A/D (analógico para digital) é o elemento responsável por traduzir uma grandeza elétrica
numa representação numérica adequada ao tratamento digital do sinal convertido, para tanto é
necessário que o sinal proveniente do condicionador respeite algumas condições:
• O sinal deve ser adequado a faixa de entrada do A/D, sinais muito pequenos não
permitem uma boa resolução na conversão digital.
3.1) Exatidão
Ex: Um voltímetro com fundo de escala de 10V e exatidão ± 1%. O erro máximo esperado é
de 10% deste valor (0,1V). Por esta razão é uma regra importante escolher equipamentos
com uma faixa apropriada para os valores a serem medidos.
3.2) Precisão
A precisão é um termo que descreve o grau de liberdade a erros aleatórios, isto é, ao nível
de espalhamento de várias leituras em um mesmo ponto. A precisão é freqüentemente
confundida com a exatidão. Um equipamento preciso não implica que seja exato. Uma
baixa exatidão em equipamentos precisos decorre normalmente de um desvio ou tendência
nas medidas, o que poderá ser corrigido por uma calibração.
3.2.1) Repetitividade
3.2.1) Reprodutibilidade
3.2) Tolerância
A Tolerância é um termo muito próximo á exatidão e define o erro máximo que é esperado
em um determinado valor. Embora não seja uma característica estática do equipamento, é
mencionado porque a exatidão de alguns equipamentos é especificada em termos de
tolerância. Quando aplicado corretamente, a tolerância de um componente manufaturado
descreve o máximo desvio de um valor especificado. Por exemplo, um resistor escolhido
aleatoriamente com valor nominal de 1000Ω e tolerância de 5% pode ter ser valor entre
950 e 1050 Ω
3.7) Resolução
Intervalo máximo no qual um estímulo pode variar em ambos os sentidos, sem produzir
variação na resposta de um equipamento de medição. A zona morta pode depender da
taxa de variação e pode, muitas vezes, ser deliberadamente ampliada, de modo a prevenir
variações na resposta para pequenas variações no estímulo.
4) SENSORES
É um pequeno gerador elétrico de CC, com campo fornecido por imã. A tensão gerada,
pela Lei de Faraday é proporcional à velocidade com que o fluxo magnético é cortado pelo
enrolamento do rotor. Assim, o Tacogerador é um transdutor mecânico elétrico linear.
V=Kn
K é uma constante que depende do campo do imã, do número de espiras e pólos e das
dimensões do rotor; n é a rotação do eixo (por minuto, rpm, ou segundo, rps).
A polaridade da tensão gerada depende do sentido de rotação.
4.1.2) Interruptor de Lâminas:
Conhecido como reed-switch (em inglês), compõe-se de duas lâminas de ferro próximas,
dentro de um pequeno envoltório de vidro. Ao se aproximar um imã ou solenóide as duas
lâminas se encostam, fechando os contatos externos.
• Sensor de reflexão
• Interrupção de luz.
No sensor de reflexão um feixe luminoso atinge um disco com um furo ou marca de cor
contrastante, que gira. O sensor recebe o feixe refletido, mas na passagem do furo a
reflexão é interrompida (ou no caso de marca de cor clara a reflexão é maior), e é gerado
um pulso pelo sensor.
O sensor de interrupção de luz usa também um disco com furo, e a fonte de luz e o sensor
ficam em lados opostos. Na passagem pelo furo, o feixe atinge o sensor, gerando um
pulso.
A freqüência destes pulsos é igual à velocidade, em rps, nos dois tipos.
As vantagens destes sensores são o menor tamanho e custo, a maior durabilidade e a
leitura à distância. É usado em sistemas de controle e tacômetros portáteis.
4.2.1) Termistores
T = 1/(a + b ln R + c ln R3).
Parâmetro Valores
Resistência a 25°C 2252 ohms
Faixa de medição -80 a +120°C típico (250°C max)
Tolerância ±0,1 ou ±0,2°C
Estabilidade em 12 meses < 0,02°C a 25°C e < 0,25°C a 100°C
Coeficientes a = 1,4733 10-3 b = 2,372 10-3 c = 1,074 10-7
Dimensões 2,5 x 4 mm
Pode-se também notar que a temperatura máxima não é das mais elevadas, outro fator que
limita o uso industrial. Uma aplicação típica de termistores é na proteção de circuitos de
potência.
4.2.1) Termopares
O termopar opera de modo completamente diverso. Ele gera uma tensão elétrica que tem
relação com a diferença de temperaturas entre junções de metais diferentes. A figura ao
lado dá o esquema básico do funcionamento. A junção da extremidade é a junção de
medição e fica fisicamente no local do qual se deseja medir a temperatura. As duas
junções de conexão dos fios para o dispositivo de medição são as junções de referência ou
junções frias. Embora sejam duas, na realidade podem ser consideradas únicas, pois o
metal em ambos os condutores é o mesmo (cobre normalmente). Além da tensão
provocada pela diferença de temperaturas entre junções, há a parcela gerada pelo
gradiente de temperatura ao longo dos fios. Ao contrário da primeira, ela tem uma relação
quadrática com a temperatura e é responsável pela relação não linear do dispositivo. Notar
que junções na mesma temperatura não afetam a saída. Assim, elas podem ser soldadas
(as junções produzidas pelo metal da solda estão na mesma temperatura).
Vantagens e desvantagens
Termopares geram sua própria tensão, não requerem corrente de excitação (isso significa
que não há erros por auto-aquecimento, que podem ocorrer com os anteriores). São
simples, robustos, imunes a vibrações, fáceis de construir, operam em ampla faixa de
valores. Por essas características, são amplamente usados em equipamentos industriais.
Certamente as principais desvantagens são o baixo nível da saída (valores típicos estão na
faixa de 50 mV), a não linearidade e a necessidade de compensação da temperatura da
junção de referência. Com níveis tão baixos de tensão, cuidados devem ser tomados para
evitar ação de interferências (blindagens, fios trançados, etc).
Compensação
4.2.2) RTD
Na figura acima, esboços dos dois tipos comuns de RTD: em A o RTD de fio (o fio metálico
é enrolado em forma de espiral dentro de um tubo cerâmico com suportes e outros
detalhes não mostrados). Em B o RTD de filme (um filme metálico é depositado sobre uma
placa de cerâmica). Na prática, o RTD de filme é também colocado no interior de um tubo
para proteção.
A variação da resistência elétrica com a temperatura de um fio metálico é dada pela
relação:
R(t) = R0 (1 + a t + b t2 + c t3),
RTDs de cobre
Cobre é raramente usado para essa finalidade e parece não haver padrões internacionais.
Quando usado, é comum um coeficiente alfa = 0,00427 1/ºC. Na faixa de temperatura 0 a
200ºC e se não há necessidade de muita precisão, pode ser empregada uma relação
simplificada:
R(t) = R0 (1 + 0,00427 t).
RTDs de molibdênio
RTDs de níquel
São usados em aplicações onde o baixo custo é importante. Em relação à platina, o níquel
tem menor resistência à corrosão e é menos estável em temperaturas elevadas. Por isso, é
geralmente usado para ar sem impurezas.
RTDs de níquel-ferro
Têm custo ainda menor que o de níquel e são usados em aplicações onde são possíveis e
o custo é fundamental. O fator alfa é 0,00518 1/ºC.
RTDs de platina
Platina é o metal mais usado por sua resistência à corrosão e estabilidade em altas
temperaturas. É usada uma fórmula modificada: R(t) = R0 ( 1 + a t + b t2 + c (t - 100) t3 ).
Existem dois padrões internacionais que diferem no nível de dopagem e, portanto, nos
coeficientes:
1) Padrão Pt100: alfa = 0,00385055 1/ºC. R0 = 100 ohms. a = 3,90830 10-3, b = -5,77500
10-7 e c = -4,18301 10-12 para t entre 0 e 200ºC. Para t entre 0 e 800ºC, mesmos a e b mas
c = 0. O padrão é usado em muitos países.
2) Padrão USA: alfa = 0,0039200 1/ºC. R0 = 98,129 ohms. a = 3,97869 10-3, b = -5,86863
10-7 e c = -4,16696 10-12.
4.2.3)Diodos
O diodo comum de silício, polarizado diretamente com corrente de 1mA, tem queda de
tensão próxima de 0.62V, a 25oC. Esta tensão cai aproximadamente 2mV para cada ºC de
aumento na temperatura, e pode ser estimada pela equação:
Vd = A – BT
A e B variam um pouco conforme o diodo. Esta equação é de uma reta, e vale até uns 125
ºC, limite para o silício.
Thomsom (Lord Kelvin), em 1856, fez experimentos com cobre e ferro e concluiu que a
resistência elétrica de ambos mudava quando os materiais sofriam deformações. Para
realizar as medições, ele fez uso de uma "Ponte de Wheatstone " e um galvanômetro (
O strain gage, como o próprio nome diz, é um sensor de deformação mecânica localizada,
sensor colado no local de medida, e conforme salientou-se anteriormente, substitui outros
tipos de sensores, principalmente quando se trata de locais de difícil acesso (o strain gage
pode ter apenas 1mm de comprimento ao passo que um relógio micrométrico requer um
espaço muito maior para poder ser usado.
Assim, sendo, pode se construir, a partir dos strain gages balanças digitais do tipo usado
em supermercados, células de carga para prensas, torquímetros, medidores de pressão,
medidores de deformação para teste de tração, fluxímetros, etc.
Outro aspecto que torna atraente ouso de strain gages, diz respeito ao tipo de circuito
usado. A ponte de Wheatstone normalmente produz um sinal de tensão na saída da ordem
de mV ou V; isto significa que este sinal pode ser lido por diferentes instrumentos e
também ser processado por um microcontrolador, assim como controlar alguns sistemas
industriais.
Portanto, o strain gage, além da Instrumentação, também pode ser usado no Controle de
Processos Industriais.
Classificação
4.4.1) LVDT
posição axial do núcleo interno e a bobina LVDT. Usualmente, esta saída AC de tensão é
convertida por circuitos eletrônicos adequados para alto nível DC de voltagem ou corrente
que pode ser mais conveniente para usar.
CARACTERÍSTICAS DO LVDT
Livre operação de atrito
Resolução infinita
Vida mecânica ilimitada
Eixo único de sensibilidade
Bobina e núcleo separáveis
Ambientalmente robusto
Ponto de repetibilidade nulo
Rápida resposta dinâmica
Saída absoluta
C=KA/d
Nos sensores Capacitivos podemos variar qualquer destes fatores, sendo mais prático
alterar a distância entre uma placa fixa e uma móvel, ou a área, fazendo uma placa móvel
cilíndrica ou em semicírculo (ou várias paralelas, como no capacitor variável de sintonia) se
mover em direção à outra fixa.
A variação na capacitância pode ser convertida num desvio na freqüência de um oscilador,
ou num desvio do equilíbrio (tensão) numa Ponte feita com dois capacitores e dois
resistores, alimentada com C.A.. O desvio de tensão será inversamente proporcional ao
desvio na capacitância, neste caso, e usando um sensor por distância entre as placas, será
proporcional ao deslocamento entre as placas.
Este método é usado em sensores de posição, força e pressão, havendo uma mola ou
diafragma circular suspenso por borda elástica (como o cone de um alto-falante),
suportando a placa móvel.
Há também o sensor por diferença de capacitância, que é um capacitor duplo, com duas
placas fixas e uma móvel no centro. Também é usada a Ponte para converter a diferença
de capacitância em tensão.