12 LEI
NORMAS ORGÂNICA CONSTITUIÇÕE LEI ORGÂNICA
8 DO DISTRITO
PRIMÁRIAS S ESTADUAIS DOS
FEDERAIS E FEDERAL – Art. 32 Art. 25 15
NACIONAIS
MUNICÍPIOS –
(normas autônomas) EMENDAS À LODF EMENDAS À CE Art. 29
18
13 16 EMENDAS À LO
LEI
9 COMPLEMENTAR 19
LEI ORDINÁRIA
11
LEI DELEGADA Normas Distritais Normas Estaduais 20
Art. 69 da LO-DF Ex: Art. 52 da CE-
MEDIDA AC Normas Municipais
PROVISÓRIA Ex: Art. 35 da LO/Palmas-TO
LEI COMPLEMENTAR LEI
DECRETO COMPLEMENTAR
LEI ORDINÁRIA LEI
LEGISLATIVO LEI ORDINÁRIA COMPLEMENTAR
DECRETO LEI DELEGADA
RESOLUÇÕES, LEI ORDINÁRIA
LEGISLATIVO E MEDIDA
14 17
LEI DELEGADA
DECRETO RESOLUÇÕES PROVISÓRIA MEDIDA
AUTÔNOMO (84, DECRETO PROVISÓRIA
VI) E OUTROS ATOS LEGISLATIVO E DECRETO 21
NORMATIVOS RESOLUÇÕES LEGISLATIVO E
PRIMÁRIOS 10 RESOLUÇÕES
1. PREÂMBULO
A palavra significa introdução, ou seja, falar antes, antes de iniciar o texto constitucional o
estudioso encontra o preâmbulo.
Segundo decisão do STF, o PREÂMBULO não tem força constitucional, ou seja, não é norma
constitucional propriamente dita e por isso não serve como parâmetro para controle de
constitucionalidade.
Entende-se que o preâmbulo se constitui em um conjunto de valores e fins do Estado
Brasileiro. O STF entende que o preâmbulo tem função interpretativa para os demais dispositivos da
Constituição e por isso não faz parte do texto constitucional propriamente dito.
Possui natureza jurídica de norma interpretativa. É relevante como elemento de interpretação
e integração. É uma síntese sumária dos grandes fins da Constituição. Não pode ser parâmetro para
declaração de inconstitucionalidade. É um documento de intenções do diploma, e consiste em uma
certidão de origem e legitimidade do novo texto e uma proclamação de princípios. Deve ser
observado como elemento de interpretação e integração dos diversos artigos que lhe seguem,
porém não possui a força normativa e obrigatória dos outros dispositivos da Constituição. Na França
ficou decidido que o Preâmbulo possui mesma hierarquia do texto constitucional porque lá há vários
“direitos” no preâmbulo.
Sumário dos grandes fins da Constituição, não é considerado norma constitucional de status
equivalente às normas do corpo.
2. CORPO E ADCT
Corpo de artigos da Constituição Federal e o ADCT (Atos das Disposições Constitucionais
Transitórias) da Constituição Federal promulgados em 1988 e ainda em vigor possuem a mesma
hierarquia.
Inicialmente trataremos do corpo e ADCT originários, e por serem normas originárias e de
processo de alteração mais dificultoso sempre serão parâmetro de controle de constitucionalidade
de toda norma produzida em desconformidade com seus preceitos (princípio da supremacia da
Constituição), e, pelo mesmo motivo, não podem ser objeto de controle de constitucionalidade – são
normas produzidas pelo poder constituinte originário, poder soberano. Não se aceita no Brasil a tese
da inconstitucionalidade de normas constitucionais originárias.
Entre as normas do corpo e ADCT não há qualquer hierarquia, também não a encontraremos
entre as normas do corpo em si ou as do ADCT em si. Muito cuidado com algumas afirmações
acerca das cláusulas pétreas, porque embora sejam consideradas normas que trazem a essência do
Texto Constitucional, não existe superioridade das normas consideradas como cláusulas pétreas e
as demais normas originárias, as cláusulas pétreas têm sua importância como limitações para as
normas do poder constituinte derivado ou dos poderes constituídos e não como limitações para as
normas originárias. Lembre-se que todas as normas originárias são frutos do mesmo poder
originário, único poder soberano – por isso se fala em princípio da unidade da Constituição.
Também podemos utilizar o mesmo raciocínio para dizer que inexiste hierarquia entre normas
formalmente constitucionais e normas materialmente constitucionais (veja tais distinções no capítulo
referente à teoria da Constituição e o conceito de Carl Schmitt) já que todas são elaboradas e
alteradas pelo mesmo procedimento. Já que não há diferenciação hierárquica entre normas que
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tratem de assunto considerado materialmente constitucional e normas que apenas estão na
Constituição sem tratar de tais assuntos, não há efeitos práticos fazer tal distinção no Brasil, não há
nenhuma conseqüência tal distinção.
O ADCT é considerado como texto constitucional – pode sofrer emendas e pode ser usado
como norma parâmetro para controle de constitucionalidade, ou seja, é como o texto normal da
Constituição, com a diferença de ter sido renumerado e colocado à parte tendo em vista sua
transitoriedade. As normas transitórias são aquelas que devem reger um período determinado ou
diante de uma situação em transição, normalmente perderão sua eficácia após o acontecimento do
evento, a instalação do instituto, o decurso do prazo ou a eventualidade de norma superveniente
dispondo em contrário quando a própria Constituição assim deseja.
3. EMENDAS CONSTITUCIONAIS
As Emendas Constitucionais têm a capacidade de modificar as normas constitucionais
originárias (e também outras normas de Emendas Constitucionais anteriores) desde que não
desrespeitem os limites fixados pelo poder constituinte originário, ou seja, desde que respeitem as
limitações estabelecidas expressamente no Art. 60 do texto da Constituição (processo normal de
reforma da Constituição) ou Art. 3º do ADCT (processo especial de revisão da Constituição).
Lembre-se que as Emendas também ficam sujeitas às limitações implícitas como, por exemplo, a
proibição de alteração do próprio procedimento de feitura das Emendas Constitucionais.
Respeitados os condicionamentos citados, terão as Emendas Constitucionais (Emendas do
Art. 60 ou de Revisão) aptidão para alterar (retirar, acrescentar ou modificar) texto da
Constituição originária, por esta capacidade de alterar o texto originário, não é cabível a
existência de hierarquia entre as Emendas Constitucionais válidas e a Constituição originária,
posto que não haverá desconformidade e sim alteração por se tratar de norma de igual relevância
dispondo em sentido contrário.
No entanto, se a Emenda Constitucional não respeitar seus próprios limites será declarada
inconstitucional e, portanto, suas disposições não irão prevalecer – por isso se diz que o poder de
emendar a Constituição sofre várias limitações. Por ficção jurídica (e como regra geral) pode-se
dizer que a Emenda Constitucional que desrespeitou seus limites e foi declarada inconstitucional
jamais chegou a produzir efeitos válidos no mundo jurídico e por isso é como se nunca tivesse
existido, mantendo-se a coerência do ordenamento jurídico.
Emendas à Constituição: As modificações do Texto Constitucional exigem procedimento
distinto do utilizado para a elaboração das demais espécies normativas, estão previstos no Art. 60
da CF e Art. 3º do ADCT.
Quando a Emenda é produzida conforme as limitações a ela dirigidas ela se incorpora ao
status de normas constitucionais e por isso as Emendas também servirão de parâmetro para
controle de Constitucionalidade das normas infraconstitucionais. Cabe lembrar ainda que a Emenda
válida revoga o ordenamento infraconstitucional que com ela se mostre incompatível, ou seja, ela
surge no ordenamento jurídico com a mesma força que uma norma originária.
Paulo Napoleão (Curso de Direito Constitucional – 1996, p. 208) diz que:
“A emenda constitucional não tem vida própria: antes de aprovada é somente uma proposta
de emenda; depois de aprovada, ao contrário das demais espécies normativas, ela desaparece,
deixa de existir como emenda, incorporando-se ao texto constitucional. Sua individualização
caracterizada pela designação numeral de aprovação, só subsiste para efeito dos anais do
Congresso”.
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Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo,
assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica aprovado, nos termos do § 3º do art. 5º da Constituição Federal, o texto da Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de
março de 2007.
Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que alterem a referida
Convenção e seu Protocolo Facultativo, bem como quaisquer outros ajustes complementares que, nos termos do
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inciso I do caput do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao
patrimônio nacional.
Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, em 9 de julho de 2008.
Senador Garibaldi Alves Filho
Presidente do Senado Federal
Este texto não substitui o publicado no DOU de 10.7.2008
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS
COM DEFICIENCIA...
9.6. RESOLUÇÕES
Atos normativos internos produzidos pelas Casas Legislativas no tratamento de matérias de
sua competência. Podem ser editadas pela Câmara, Senado ou Congresso.
Estão autorizados no Art. 51 (resoluções da Câmara), nos Arts. 52 e 155 §1º IV e §2º, IV e V
“a” e “b” (resoluções do Senado) e, também há caso de Resolução do Congresso no Art. 68 §2º e
§3º.
O Presidente da República não tem poder de sanção ou veto nestas matérias.
Quando são da Câmara ou do Senado são aprovadas discutidas e votadas apenas dentro da
casa respectiva, quando são resoluções do Congresso este vota em sessão conjunta.
As Resoluções, assim como os Decretos Legislativos, não podem invadir o campo normativo
próprio das Lei Complementares e das Leis Ordinárias.