Anda di halaman 1dari 21

ENERGIAS RENOVÁVEIS – O QUE SÃO E PORQUE

UTILIZÁ-LAS

As energias renováveis são provenientes de ciclos naturais de conversão

da radiação solar, que é a fonte primária de quase toda energia disponível na terra.

Por isso, são praticamente inesgotáveis e não alteram o balanço térmico do

planeta. As formas ou manifestações mais conhecidas são: a energia solar, a

energia eólica, a biomassa e a hidroenergia. As principais características por tipo

são:

Energia Solar – energia da radiação solar direta, que pode ser aproveitada

de diversas formas através de diversos tipos de conversão, permitindo seu

uso em aplicações térmicas em geral, obtenção de força motriz diversa,

obtenção de eletricidade e de energia química.

Energia Eólica - energia cinética das massas de ar provocadas pelo

aquecimento desigual na superfície do planeta. Além da radiação solar

também têm participação na sua formação fenômenos geofísicos como:

rotação da terra, marés atmosféricas e outros.

Os cata-ventos e embarcações a vela são formas bastante antigas de seu

aproveitamento. Os aerogeradores modernos de tecnologia recente têm se

firmado como uma forte alternativa na composição da matriz energética de

diversos países.
Biomassa - a energia química, produzida pelas plantas na forma de

hidratos de carbono através da fotossíntese - processo que utiliza a radiação

solar como fonte energética - é distribuída e armazenada nos corpos dos

seres vivos graças a grande cadeia alimentar, onde a base primária são os

vegetais. Plantas, animais e seus derivados são biomassa. Sua utilização

como combustível pode ser feita das suas formas primárias ou derivados:

madeira bruta, resíduos florestais, excrementos animais, carvão vegetal,

álcool, óleos animal ou vegetal, gaseificação de madeira, biogás etc.

Hidroenergia - energia cinética das massas de água dos rios, que fluem de

altitudes elevadas para os mares e oceanos graças a força gravitacional.

Este fluxo é alimentado em ciclo reverso graças a evaporação da água,

elevação e transporte do vapor em forma de nuvens, naturalmente

realizados pela radiação solar e pelos ventos. A fase se completa com a

precipitação das chuvas nos locais de maior altitude. Sua utilização é

bastante antiga e uma das formas mais primitiva é o monjolo e a roda

dágua. A hidroenergia também pode ser vista como forma de energia

potencial; volume de água armazenada nas barragens rio acima. As grandes

hidrelétricas se valem das barragens para compensar as variações sazonais

do fluxo dos rios e, através do controle por comportas, permitir modulação

da potência instantânea gerada nas turbinas.

BENEFÍCIOS NA UTILIZAÇÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS

Segundo Wolfgang Palz no seu livro Energia Solar e Fontes Alternativas,

a energia solar recebida pela terra a cada ano é dez vezes superior a contida em

toda a reserva de combustíveis fósseis. Mas, atualmente a maior parte da energia

utilizada pela humanidade provém de combustíveis fósseis - Petróleo, carvão

mineral, xisto etc. A vida moderna tem sido movida a custa de recursos esgotáveis

que levaram milhões de anos para se formar. O uso desses combustíveis em larga

escala tem mudado substancialmente a composição da atmosfera e o balanço


térmico do Planeta provocando o aquecimento global, degelo nos pólos, chuvas

ácidas e envenenamento da atmosfera e todo meio-ambiente. As previsões dos

efeitos decorrentes para um futuro próximo, são catastróficas. Alternativas como a

energia nuclear, que eram apontadas como solução definitiva, já mostraram que só

podem piorar a situação. Com certeza, ou buscamos soluções limpas e

ambientalmente corretas ou seremos obrigados a mudar nossos hábitos e costumes

de maneira traumática.

A utilização das energias renováveis em substituição aos combustíveis

fósseis é uma direção viável e vantajosa. Pois, além de serem praticamente

inesgotáveis, as energias renováveis podem apresentar impacto ambiental muito

baixo ou quase nulo, sem afetar o balanço térmico ou composição atmosférica do

planeta.

Graças aos diversos tipos de manifestação, disponibilidade de larga

abrangência geográfica e variadas possibilidades de conversão, as renováveis são

bastante próprias para geração distribuída e ou autônoma. O desenvolvimento das

tecnologias para o aproveitamento das renováveis poderão beneficiar comunidades

rurais e regiões afastadas bem como a produção agrícola através da autonomia

energética e conseqüente melhoria global da qualidade de vida dos habitantes.

Certamente diminuiria o êxodo rural e a má distribuição de renda, dos quais nosso

país tem péssimos quadros. Infelizmente, o Brasil tem investido muito pouco no

desenvolvimento de tecnologias de aproveitamento dessas fontes, das quais é um

dos maiores detentores em nível mundial. Fica a pergunta: Até quando seremos "o

país do futuro" se não investirmos nele?

Energia Solar - Formas de Aproveitamento


A energia irradiada pelo sol é a fonte de quase toda energia

disponível ao homem, seja como energia vital ou força motriz e de

transformação na execução de tarefas cotidianas. No nosso ecossistema,

através de diversos ciclos naturais, a radiação solar é convertida em

diversos outros tipos de energia. Mas, corriqueiramente, o termo "Energia

Solar" só é utilizado para expressar as formas de aproveitamento da

radiação solar direta. As formas de aproveitamento indireto, que se

valem do aproveitamento de energia produzida em sistemas, processos ou

fenômenos que têm a radiação solar como fonte primária, geralmente são

referidas de forma específica:

Eólica - energia cinética das massas de ar provocadas pelo


aquecimento desigual na superfície do planeta. Além da radiação solar
também têm participação na sua formação fenômenos geofísicos como:
rotação da terra, marés atmosféricas e outros. Os cata-ventos e
embarcações a vela são formas bastante antigas de aproveitamento. Os
aerogeradores modernos de tecnologia recente têm se firmado como
uma forte alternativa na composição da matriz energética de diversos
países.

Biomassa - a energia química, produzida pelas plantas na forma de


hidrocarbonetos através da fotossíntese - processo que utiliza a radiação solar
como fonte energética - é distribuída e armazenada nos corpos dos seres vivos
graças a grande cadeia alimentar, onde a base primária são os vegetais.
Plantas, animais e seus derivados são biomassa. Sua utilização como
combustível pode ser feita das suas formas primárias ou derivados: madeira
bruta, resíduos florestais, excrementos animais, carvão vegetal, álcool, óleos
animal ou vegetal, gaseificação de madeira, biogás etc.

Hidroenergia - energia cinética das massas de água dos rios, que fluem de
altitudes elevadas para os mares e oceanos graças a força gravitacional. Este
fluxo é alimentado em ciclo reverso graças a evaporação da água, elevação e
transporte do vapor em forma de nuvens, naturalmente realizados pela radiação
solar e pelos ventos. A fase se completa com a precipitação das chuvas nos
locais de maior altitude. Sua utilização é bastante antiga e uma das formas mais
primitiva é o monjolo e a roda dágua. A hidroenergia também pode ser vista
como forma de energia potencial; volume de água armazenada nas barragens
rio acima. As grandes hidrelétricas se valem das barragens para compensar as
variações sazonais do fluxo dos rios e, através do controle por comportas,
permitir modulação da potência instantânea gerada nas turbinas.

FORMAS DE APROVEITAMENTO DA RADIAÇÃO SOLAR DIRECTA

A energia solar ainda não têm seu uso muito difundido. Além da

concorrência do petróleo, os maiores empecilhos para seu emprego

passam por: investimento inicial elevado, produção dependente das

condições climáticas e necessidade de apoio de outra fonte de

energia em situações de baixa produção. O interesse pela energia

solar como um todo varia sempre com situações de ordem

econômicas e contextos da produção energética, se sobressaindo em

momentos de crises. Mas, algumas aplicações entretanto, têm se

mantido mesmo em tempos de estabilidade.

A radiação solar direta, pode ser aproveitada de diversas formas

ainda que a aplicação final seja a mesma. Para efeitos de

apresentação pode-se dividir o aproveitamento da energia solar

conforme sua aplicação:

 Aplicações térmicas em geral

 Obtenção de força motriz diversa

 Obtenção de eletricidade

 Obtenção de energia química

APLICAÇÕES TÉRMICAS
Aplicações térmicas são aquelas onde a forma de energia necessária

ao processo final é o calor. A conversão térmica da radiação solar é a

que apresenta maior rendimento, além de ser a mais direta, simples e

barata. Nela a radiação solar é transformada em calor pelo efeito

térmico da absorção de superfícies escuras ou seletivas.

Em aplicações de baixa temperatura, até 150º C, geralmente são

utilizados coletores planos ou caixas de efeito estufa sem

concentradores. Para aplicações que exijam temperaturas de trabalho

mais elevadas, acima de 150º C, o uso de concentradores é

imperativo. Os concentradores são dispositivos focais tais como

lentes, refletores cônicos, cilíndricos, parabólicos ou conjuntos de

espelhos que, através da concentração dos raios solares num foco

definido, permitem a obtenção de temperaturas da ordem de até

3.000º C. Nessa configuração, devido a seletividade do ângulo de

incidência imposta pelos concentradores, apenas a radiação direta é

aproveitada, sendo bastante sensível ao alinhamento com a posição

do sol, exigindo a adoção de mecanismo de seguimento. Céu nublado

ou ensombramentos também são fatores de acentuada redução no

seu rendimento, limitando seu uso a locais de bom índice de

insolação e condições climáticas.

Já nos sistemas de coletores planos e caixas de efeito estufa todos os

tipos de radiação incidentes - direta, difusa e refletida - são

aproveitados. A produção para estas configurações, varia quase que

proporcionalmente ao índice de radiação total, garantindo uma


operação satisfatória mesmo em dias nublados e de baixa insolação e

tornando seu uso bem mais abrangente. Também dispensam

dispositivos de segmento do sol, bastando para sua operação, uma

correta orientação geográfica e valores de ângulo de inclinação em

relação ao plano horizontal compatíveis com a latitude.

Aplicações Térmicas mais Difundidas

Aquecimento dágua - O aquecimento dágua tem ampla utilização

na vida moderna seja para banho, piscinas, higienização de roupas e

alimentos, processos industrias ou outros. Os aquecedores dágua

solares apresentam diversos atrativos como: vida útil longa,

simplicidade, baixa manutenção, rápido retorno do investimento e

maior segurança em relação a outros sistemas. Seu uso representa

grande economia no consumo elétrico ou de combustíveis. Devido

aos valores moderados de temperatura de saída exigidos, tais

sistemas funcionam com coletores planos, o que caracteriza

simplicidade construtiva e aplicabilidade nas mais variadas regiões. A

configuração destes sistemas é semelhante aos demais sistemas

centralizados com acumulação, onde um reservatório térmico (boiler)

armazena a água aquecida, garantindo água quente nos períodos

sem radiação. Para períodos longos de chuva ou nublados,

oferecem , suporte elétrico afim de garantir um conforto contínuo. A

indústria brasileira já produz sistemas de excelente qualidade e vem

crescendo a passos largos. Concessionárias de energia elétrica têm

apostado no incentivo à utilização de aquecedores dágua solares


como forma de aliviar os problemas causados pelo uso do chuveiro

elétrico: o incremento no pico de demanda.

Destiladores - Os destiladores solares por efeito térmico são

propostos principalmente para obtenção de água potável a partir de

água com alto teor salino. Os modelos básicos se valem de efeito

estufa para evaporação da água e sua simplicidade permite uma

construção artesanal sem muito refinamento. Conforme o Boletim

L.E.S., a UFPB, na década de 70, fez vários trabalhos de pesquisa com

destiladores solares mostrando sua validade para abastecimento de

pequenas comunidades no semi-árido, ou em unidades domésticas.

Apesar de reconhecer que o seu custo comparada a outras formas de

obtenção de água destilada era superior, o boletim do L.E.S. mostra

que poderiam ser obtidos preços bem mais baixos com o

desenvolvimento de materiais que substituíssem o vidro.

Infelizmente, pelo que sabemos, não houve tal progresso e a

disseminação dos destiladores não ocorreu. Atualmente, os

programas governamentais para dotação de água potável em

comunidades rurais têm adotado os dessalinizadores de osmose

reversa alimentados por energia fotovoltaica e, os destiladores

solares por efeito térmico parecem ter perdido ainda mais o pouco da

atenção que lhe era dispensada.

Secagem de frutas e grãos - A secagem de produtos agrícolas

tem uma grande aplicabilidade, sendo processo obrigatório para

vários tipos de colheita tais como café, chás, tabacos etc. e também
como forma de garantir a conservação de alimentos. Os processo

mais utilizado ainda é a secagem ao ar-livre que também se vale da

radiação solar, mas de maneira primitiva e carregada de problemas

pela exposição dos produtos a poeira, chuva, ataques de insetos,

roedores etc. Os secadores solares podem representar grande

melhoria na qualidade destes produtos, principalmente em relação a

higiene. A aplicação se estende também a desidratação de frutas,

carnes e peixes. O Brasil é apontado como um dos países que mais

desenvolveu a tecnologia dos secadores solares. Dentre os modelos

desenvolvidos encontra-se dois grandes grupos o de exposição direta

e indireta. Nos de exposição direta os alimentos ficam expostos numa

caixa de efeito estufa com fundo preto.

Para alimentos que não devem ser expostos diretamente a radiação

solar, foram desenvolvidos os modelos de exposição indireta onde

coletores planos aquecem o ar que circula em circuito aberto através

da caixa onde os alimentos são inseridos. A circulação de ar tanto

pode ser forçada como natural, no entanto quando for necessário

utilizar controle de umidade e temperatura o uso da circulação

forçada é imperativo.

Alguns pesquisadores destacam que o apoio de outra fonte para

cobrir períodos longos de chuva, como imprescindível, afirmando que

a construção de secadores 100% solares foi causa de descrédito em

vários programas de disseminação de secadores solares devido a

perda de produtos em tais períodos. Certamente o apoio de outra


fonte não seria fator muito onerante, já que como país tropical seu

uso seria muito pouco requerido.

Cozinha - Uma aplicação térmica das mais simples é o fogão solar.

Os modelos conhecidos utilizam concentradores e ou efeito estufa.

Apesar de muito simples, os fogões solares enfrentam restrições de

uso, que só pode ser feito durante o dia, em períodos de céu limpo e

em locais de boa insolação. A necessidade de manuseio ao ar livre é

um inconveniente.

Na década de 70, pesquisadores da UFPB chegaram a desenvolver

alguns modelos. A economia de lenha no cerrado era um apelo

bastante pertinente, mas que não conseguiu sensibilizar o poder

público e os modelos desenvolvidos infelizmente não perderam a

condição de protótipos.

Recentemente um projeto social adotou fogões solares no semi-árido

nordestino como umas das linhas de trabalho. Trata-se da fábrica

comunitária de fogões solares de Uiraúna-PB. Fruto de um

intercâmbio entre a Paróquia local e Jovens Católicos da Alemanha, o

empreendimento tem produzido um modelo de fogão solar tipo

concentrador, que tem mostrado alguma aceitação. Também, o prof.

Arnaldo Moura Bezerra, ex-pesquisador da UFPB, através de um

trabalho independente continua desenvolvendo em João Pessoa

melhorias em modelos concebidos por ele.

Calefação - Em algumas regiões, principalmente as sub-tropicais, o

aquecimento do ambiente é sempre desejável. Existem vários tipos


de arranjos e dispositivos para o aproveitamento da radiação solar

em aquecimento ambiente de residências. O maior problema citado é

que os períodos de maior demanda não podem ser atendidos devido

a baixa radiação disponível.

Refrigeração por ciclo de absorção e adsorção - Tanto a

refrigeração por absorção como por adsorção, já são conhecidas a

bastante tempo e em ambas a principal característica é a utilização

de fonte de calor para seu funcionamento. A por ciclo de absorção

tem sido muito cogitado ultimamente, principalmente em aplicações

de co-geração para fornecimento integrado de energia e refrigeração

em industrias e shopping centers.

O LES-UFPB construiu um refrigerador por adsorção, usando carvão

ativado como adsorvente e metanol como refrigerante, capaz de

produzir até dez quilos de gelo por dia. Há citações que afirmam que

dentro de dez anos teremos a refrigeração ambiente solar

competitiva a nível comercial. Um grande atrativo é que as variações

da disponibilidade da energia solar, em geral, acompanham as de

necessidade de refrigeração.

A OBTENÇÃO DE FORÇA MOTRIZ DIVERSA

Para se obter energia mecânica para tarefas específicas como

bombeamento dágua, irrigação, moagem de grãos etc. As duas

formas de obtenção mais comuns são: obtenção de eletricidade por

painéis fotovoltaicos e posterior alimentação de um motor elétrico ou,


através da conversão térmica e alimentação de um motor de ciclo

térmico.

Na década de setenta, a SOFRETES, Francesa, chegou a desenvolver

e comercializar vários sistemas para bombeamento de água com ciclo

solar térmico. Uma dessas bombas foi instalada no LES/UFPB, em João

Pessoa, em 1975. (2)

Na década de setenta, o Professor Nicanor de Azevedo Maia,

desenvolveu no Rio Grande do Norte um motor térmico solar de ciclo

inédito. Seu trabalho foi publicado em algumas revistas, mas não

conseguiu apoio para continuar o empreendimento. Atualmente, os

sistemas fotovoltaicos têm se firmado como melhor opção, inclusive,

em alguns casos, concorrendo com vantagens com fontes

convencionais.

A OBTENÇÃO DE ELETRICIDADE

Conversão termoelétrica indireta - Utiliza o efeito da

termoconversão para obtenção de calor e acionamento de uma

máquina térmica, geralmente um motor de ciclo Stirling, Rankine ou

Brayton. O motor é utilizado para acionar um gerador elétrico

convencional. Existem várias combinações usuais entre

termoconversão e motor utilizados, com resultados variados. Por uma

questão de eficiência, os sistemas de termoconversão utilizam, em


sua grande maioria, coletores com concentradores. São as seguintes

configurações as mais utilizadas:

 Campo de heliostatos e receptor tipo torre

 Concentrador cilindro-parabólico

 Concentrador disco-parabólico

Para todas já existe um conhecimento bastante adiantado e

a literatura aponta vantagens e limitações que se alternam em

função de fatores como potência da planta. Os custos ainda são

superiores aos sistemas convencionais. Sistemas sem

concentradores, utilizando coletores planos também foram utilizados

para pequenas unidades na década de setenta, mas apresentavam

baixo rendimento com tamanho e custo excessivos.

Uma configuração bastante diferenciada, é a das piscinas

solares de gradiente salino. Estas piscinas reproduzem o fenômeno

de inversão térmica observada em alguns lagos, onde, de modo

adverso ao habitual, a temperatura das camadas inferiores se

apresentam com temperatura mais elevadas que as camadas

superiores. Essa ocorrência se dá em leitos com profundidades entre

1 e 2 m, onde exista uma disposição diferenciada do gradiente salino

- partindo de uma baixa concentração, na superfície, até quase a

saturação, junto ao fundo - devido a proporcionalidade entre a

concentração de sal e a densidade, esse arranjo inibe o movimento

de convecção e sendo a água má condutora, todo o calor produzido


no fundo fica aprisionado na camada inferior, chegando a atingir

valores de temperatura próximos a 100º C.

A obtenção de eletricidade é possível através da conversão

termoelétrica indireta. Essa montagem apresenta rendimentos

globais baixos, são indicados valores em torno de 1%, mas, oferece a

vantagem de funcionar em regime contínuo dispensando sistemas

adicionais de armazenamento. Nelas a massa de água armazena

naturalmente o calor produzido nos períodos de radiação permitindo

o funcionamento regular nos intervalos sem sol.

Conversão termoelétrica direta - Vários fenômenos conhecidos,

permitem que a energia solar seja convertida diretamente em

eletricidade. Os dispositivos mais citados são o gerador termoelétrico

e o termiônico. Apresentam a vantagem de não possuírem partes

móveis, mas têm rendimento muito baixo. Segundo Wolfgang Palz(1),

os termoelétricos já encontraram uso prático como fontes autônomas

para estações de telecomunicações, mas, alimentados com

combustível.

Conversão fotovoltaica

Os princípios da conversão fotovoltaica são conhecidos a bastante

tempo. Mas seu uso só se intensificou após 1958 com os programas

espaciais, onde as fotocélulas obtiveram bastante êxito como fonte

de energia em satélites, dominando totalmente essa aplicação.


Instalações terrestres se seguiram e atualmente os painéis

fotovoltaicos são bastante difundidos.

A OBTENÇÃO DE ENERGIA QUÍMICA

A energia solar pode ser aplicadas sistemas que produzam


diretamente energia química. Os trabalhos de pesquisa neste sentido,
mais citados, são:

 Produção de hidrogênio através de fotólise da água


por células eletroquímicas especiais alimentadas por
energia de painéis fotovoltaicos.

 Produção de hidrogênio ou gás metano através de sistemas


biológicos, como cita Adir M. Luiz(4) referindo-se ao trabalho do
cientista Melvin Calvin "Em algumas plantas, as condições de
fotossíntese podem se alterar de modo que o processo admita a
produção de H², estes processos ainda estão em fase inicial de
pesquisas."

A obtenção da energia química a partir da energia solar possui um


grande atrativo que é representado pelas vantagens inerentes aos
combustíveis:

 A grande densidade energética

 Facilidade de distribuição e de transporte

 Boa adequação à aplicação nos transportes

 Permitir armazenamento sem degradação por longos


períodos, compensando variações sazonais de produção.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) PALZ, Wolfgang. Energia Solar e fontes alternativas. São Paulo:
Hemus Livraria Editora Ltda, 1981.
2) BEZERRA, Arnaldo Moura. Aplicações Térmicas da Energia Solar. 4ª
ed. João Pessoa: Editora UFPB, 2000.
3) FRAIDENRAICH, Naum & Lyra, Francisco. Energia Solar
fundamentos e tecnologias de conversão heliotermoelétrica e
fotovoltaica. Recife: Editora Universitária da UFPE, 1995.
4) LUIZ, Adir M. Como Aproveitar a Energia Solar. São Paulo: Editora
Edgard Blücher Ltda, 1985.
5) COMETTA, Emilio. Energia Solar utilização e empregos práticos. São
Paulo: Editora Hemus Editora Ltda.
ENERGIA EÓLICA - A ENERGIA DOS
VENTOS

Tudo indica que as primeiras utilizações de energia eólica deram-se

com as embarcações, algumas publicações mencionam vestígios de

sua existência já por volta de 4.000 a.C., recentemente

testemunhado por um barco encontrado num túmulo sumeriano da

época, no qual havia também remos auxiliares.

Por volta de 1.000 a.C. os fenícios, pioneiros na navegação comercial,

se utilizavam de barcos movidos exclusivamente a força dos ventos.

Ao longo dos anos vários tipos de embarcações a vela foram

desenvolvidos, com grande destaque para as Caravelas - surgidas na

Europa no século XIII e que tiveram papel destacado nas Grandes

Descobertas Marítimas.

As embarcações a vela dominaram os mares durante séculos, até que

o surgimento do navio a vapor, em 1807 veio dividir este domínio,


mas pelo fato de exigir menores despesas em coontrapartida a menor

regularidade oferecida no tempo dos trajetos, o veleiro conseguiu

manter o páreo por um bom tempo, só vindo a perder a concorrência

no início do século XX, quando foi praticamente abandonado em favor

do vapor. Atualmente os maiores usos das embarcações a vela são no

esporte e lazer.

O CARRO A VELA DE NASSAU

Na edição especial da revista Motor 3 - "100 Anos do Automóvel" -, é

mencionado que no ano de 1600, o Almirante holandês Maurício de

Nassau - Tio do administrador, homônimo, do território brasileiro

dominado pela Holanda de 1.636 a 1644 -, durante a luta da

independência da Holanda contra a Espanha, idealizou uma canhoeira

terrestre dotada de rodas, sendo as traseiras providas de mecanismo

esterçante controlado por tirante, o veículo seria impulsionado por

velas idênticas as das embarcações marítmimas. A construção ficou a

cargo do seu engenheiro Symon Stevin, tendo a mesma sido

construído com madeira e lona, conseguindo a façanha de, com vinte

e oito homens a bordo e favorecida pelos ventos fortes e constantes

da costa holandesa, cobrir os 80 Km que separam Le Havre de Petten,

em exatamente duas horas, surpreendendo os espanhóis num ataque

surpresa.

Este veículo batizado por seu construtor de "zeylwagen", ou carro a

vela, aparece como o primeiro a não depender da propulsão

muscular.
Nos anos 70/80 surgiram, inicialmente no Estados Unidos, pequenos

veículos de lazer com três rodas e propulsão similar ao carro de

Nassau, que logo se tornaram muito comuns, tendo se popularizado

também nas principais praias brasileiras, eram os chamados windcar.

O SURGIMENTO DOS MOINHOS DE VENTO

Parece ser difícil afirmar com segurança a época em que surgiram os

primeiros moinhos de vento, há indicações sobre tais motores

primários já no século X. Este assunto é bem dessertado no livro "

Uma História das Invenções Mecânicas" de Abbot Payson Usher,

editado pela primeira vez em 1929 e reproduzido no Brasil pela

editora Papirus Ciência, o livro cita relato de geógrafos descrevendo

moinhos de ventos usados no Oriente Médio para bombeamento d

´agua. O mesmo aponta ainda referências diversas como historias e

crônicas - mas, neste caso, considerando sua veracidade incerta - que

mencionam o uso dos moinhos de vento já em 340 d.C.

Ainda conforme a citada publicação, até a sua introdução na Europa

por volta do século XII, os moinhos de vento eram projetados em

função da direção predominante dos ventos, tendo o seu eixo motor

direção fixa. As características de variação de intensidade e direção

dos ventos na Europa incentivaram a criação de mecanismos para

mudança de direção do eixo dos cataventos, surgindo então os

primeiros modelos onde o eixo das pás podia ser girado em relação

ao poste de sustentação.
Na Holanda, onde os moinhos de vento eram usados desde o século

XV para drenarem as terras na formação dos pôlderes, a invenção

dos moinhos de cúpula giratória, que permitia posicionar o eixo das

pás em função da direção dos ventos, é registrada como um grande

incremento de capacidade destes, e grande progresso nos sistemas

de dessecamento.

OS PRIMEIROS SISTEMAS DE CONTROLE DE POTÊNCIA

A Revolução Industrial trouxe consigo as invenções das máquinas de

produção, como os teares industriais, tais máquinas assim como os

moinhos de farinha, exigiam uma certa constância da velocidade,

evidenciando uma das desvantagens da energia eólica em relação a

força animal e a roda d´agua, que é o fato de sua ocorrência ser

irregular e de intensidade variável. Para contornar a variação de

intensidade surgiram, ainda no século XVI, os primeiros sistemas de

controle ou limitação de potência, sendo mencionados o freio

aplicado ao eixo das pás - existindo inclusive esquemas de Leonardo

da Vinci de um freio de cintas aplicado a roda acionadora - e a

inclinação do eixo das pás em relação ao horizonte. Tais

aperfeiçoamentos permitiram integrar os moinhos de vento também

a estas unidades produtivas, e até o século XVIII - século do

surgimento da máquina a vapor - os moinhos de vento, juntamente

com as rodas d´agua, marcavam muitas paisagens.

• Sistemas eólicos autónomos / armazenamento - sistemas

de energia eólica autónomos para fornecimento regular de


eletricidade, tornam-se bastante dispendiosos devido as

complicações dos sistemas de armazenamento, que devem

compensar não só as variações instantâneas e diarias, mas

também compensar a variação da disponibilidade nos períodos

do ano, Sendo sua aplicação limitada a pequenos sistemas para

recarga de baterias, em regiões remotas, principalmente para

fornecimento de eletricidade para equipamentos de

comunicação e eletrodomésticos, onde o benefício e conforto

compensam o alto custo por watt obtido.

Outros usos diversos a geração de eletricidade, como

aeromotores para bombeamento d´agua são mais

compatíveis com o uso singular da energia eólica. Talvez

o desenvolvimento de tecnologias de obtenção, aplicação

e estocagem do hidrogênio, venham a representar uma

nova opção para um sistema de armazenamento

compatível com a energia eólica, possibilitando sistemas

eólicos ou eólicos-solares autônomos economicamente

viáveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) RELATÓRIO DE PESQUISAS ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA NR. 242
"EMBARCAÇÕES A VELA"
2) UMA HISTÓRIA DAS INVENÇÕES MECÂNICAS - ABBOT PAYSON USHER - PAPIRUS
EDITORA - 1993
3) ENERGIA SOLAR E FONTES ALTERNATIVAS - WOLFGANG PALZ - HEMUS 1981
4) LA ESCUELA DEL TÉCNICO MECÂNICO, VOL III - CALDEIRAS / MÁQUINAS A VAPOR
- EDITORA LABOR S.A. - 1959
5) A INVENÇÃO DA MÁQUINA A VAPOR - FAUUSP - 1976
6) ENCICLOPÉDIA BARSA VOL XI
7) FONTES NÃO CONVENCIONAIS DE ENERGIA - AS TECNOLOGIAS SOLAR, EÓLICA E
DE BIOMASSA - UFSC - 1999
8) PÁGINA DO CBEE NA INTERNET

• Site do CBEE - Centro Brasileiro de Energia Eólica


http://www.eolica.com.br

• Site do NERG / UFPB http://www.nerg.ufpb.br/


• Página pessoal Ciência
http://www.elogica.com.br/users/ladislau/eolica.htm
• Site da Wobben Wind Power:
http://www.enercon.com.br/wobben.htm

• Página de alunos da Unicamp


http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/eolica/eolic
a.htm

Anda mungkin juga menyukai