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As sensacionais cinquenta plantas

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Prefácio
O professor Lobo Franco tem uma lida extensa dentro da medicina popular e co
m os
tratamentos alternativos, sobre os quais dinamiza conhecimento, seja através dos s
eus
bastante ouvidos programas de rádio e televisão, pelas palestras que faz no Brasil t
odo, ou ao
ministrar aulas.
Conheci o seu primeiro volume destas plantas mágicas, muito bem ilustrado e qu
e serviu
de fonte de consulta para muitos buscadores da ciência e arte milenar da fitoterap
ia.
Agora em 5° edição, será complementado por este volume II, nas mesmas linhas do
primeiro, e que certamente também será sucesso.
Temos mais cinqüenta plantas diferentes, mas não menos curativas que as preceden
tes.
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O professor Lelington, fruto de sua busca por conhecer plantas e seu afã por t
razê-las ao
cotidiano, presta um serviço exemplar de orientação didática àqueles que sabem que as
plantas medicinais são complementos indispensáveis ao bom curador.
Temos certeza que este livro ocupará lugar de destaque nas prateleiras e será ma
nual dos
que sabidamente se utilizam das ervas para auxiliar no minoramento das dores e m
ales deste
sofrido mundo.
Dr. Luiz Carlos Leme Franco
Médico e Professor de fitologia.
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Introdução
Hoje, a maioria da população mundial, orientada pela Organização Mundial de Saúde,
órgão ligado à ONU (OMS/ ONU), está procurando nas diversas plantas medicinais, um
caminho que leve a conhecer da melhor maneira, a fitoterapia.
As plantas medicinais apresentam princípios ativos diferenciados, eficientes p
ara ajudar a
evitar ou mesmo bloquear certas doenças degenerativas. Nós, pesquisadores da área
fitoquímica, estamos no rumo certo, procurando conhecer melhor as plantas, o solo,
a época
correta do plantio, da colheita, isolando os princípios ativos e usando em diversa
s
enfermidades, testando com aplicações em cobaias e aguardando com paciência o resultad
o
em seres humanos (no caso do câncer e diabetes, por exemplo), que muitas vezes nos
deixam
animados.
A maioria das plantas medicinais curam doenças comuns do dia-a-dia. Porém, a mai
oria
dos usos, deve ser orientada por um fitologista (químico, biólogo, farmacêutico, médico)
, e
acompanhado por um médico da área fitoquímica.
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Neste segundo volume, você conhecerá plantas extraordinárias como kava-kava, a
equinácea, as algas como a chlorella e outras, que os ajudarão a melhorar a imunidad
e e a
saúde.
Prof. Lelington Lobo Franco
Químico, fitologista, fitoperapeuta, especialista em medicina natural.
Endereço do autor:
Rua Des. Isaias Bevilaqua, 103 Ap 51 Mercês
CEP. 80430-040 Curitiba PR
E-mail: iscina@iscina.com.br
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Amora
Nome científico: Morus nigra
Sinonímia: Maulbeerbanin, moral-negro
Família: Moraceae
Partes usadas: Frutos, folhas, raízes e cascas.
Características: É uma árvore de copa ampla, que atinge 5 a 20 metros de altura. S
uas
folhas grossas e ásperas em forma de coração, constituem o alimento do bicho-da-seda.
As
flores desabrocham em cachos e os frutos, ovalados e negros, são comestíveis e de sa
bor
agridoce.
Habitat: É uma árvore originária do Oriente, perfeitamente aclimatada em nosso país,
sendo bastante parecida com a amoreira branca (Morus alba), embora esta possua f
olhas mais
delicadas e seus frutos sejam brancorosados.
Propriedades químicas: Contém grande quantidade de açúcar, sais, ácidos, peptona e gom
a.
Propriedades terapêuticas: Suas folhas, raízes e cascas são laxativas, expectorant
es,
emolientes, calmantes e diuréticas. É antiinflamatória, anti-reumática, anti-séptica,
adstringente, depurativa, gota, vermífuga, cicatrizante, purgativa.
Indicações: tosses, prisão-de-ventre, pressão sangüínea alta, vermes, gota, diabetes, q
eda
de cabelos, artrite, obstipação intestinal, aftas, gengivite, infecções (faringe, laring
e,
amígdalas).
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Modo de usar:
Para infecções febris: suco diluído em água, tomar 1 copo diversas vezes ao dia.
Para dores ósseas, em ligação com inflamações e diabetes (nesse caso acrescentar alho
e
cebola): chá por infusão - 1 xícara 3 a 5 vezes ao dia.
Para antiinflamatório, diarréia, disenteria, tosse, gargarejos para dor de garga
nta: xarope.
Para diabetes: fruto in natura.
Para afecções renais e diuréticas: chá por infusão das flores frescas; tomar 3 a 5 vez
es ao
dia, adoçado com mel.
Para eliminar vermes e solitária: 30 a 50 gramas para 1 litro de água.
Para ferimentos e úlceras: suco das folhas, passar 3 vezes ao dia, nos lugares
afetados.
Para ação anti-diabética e anti-queda dos cabelos: Chá por infusão das folhas - 1 xícar
, 4 a
6 vezes ao dia.
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Aveia
Nome científico: Avena sativa L.
Partes usadas: grãos, folhas, caules secos e palhas.
Família: Gramineae
Características: plantas com até um metro de altura, colmos (caule das gramíneas)
eretos,
nodosos, folhas lineares e ásperas. Suas flores, dispõem-se em pequenas espigas, for
mando
panículas piramidais. Os frutos, com pericarpo esbranquiçado ou negro, são roliços e de
sabor
adocicado. Existem 16 espécies de aveia diferentes. Dá num período de 4 meses.
Habitat: originária do sul da Europa, se adapta a quase todos os climas. No Br
asil, o cultivo
é mais favorável na região sul. É cultivada no mundo todo devido à sua importância
econômica. É o terceiro cereal mais cultivado do mundo, sendo primeiro o trigo, e se
gundo o
milho.
Propriedades químicas: amido, glicídios, proteínas, lipídios, lecitina, vitamina A,
E, B 1, B
2, B 3 e B 5, ácidos pantotênico, enzimas, minerais: enxofre, cobre, zinco, iodo, fe
rro, cálcio,
fósforo, potássio, magnésio, e manganês, contém também albumina, açúcares, gomas,
alcalóide trigomeline, pectina, ácido silícico e linóico, avenamina, substâncias hidrogena
das,
aminoácidos, alcalóides: trigolina, histamina, ergothioneína, hordenina.
Propriedades terapêuticas: antidepressiva (reconstituinte do sistema nervoso) é
indicado
para casos de esgotamento físico e mental, anti-stress, diurética, antidiabética, redu
tora do
colesterol, indicada nos casos de desnutrição, gota, hemorróidas, artrite, nevralgias,
avitaminoses, arterioclerose, ansiedade, diarréia, afecções do sistema urinário e hepático
,
males da pele, dispepsias e insônia.
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Indicações: em geral, se destina à alimentação humana, e chega pré-cozida ao consumidor
sem a película que a reveste, e sob a forma de farinha ou flocos, o que permite o
seu preparo
instantâneo.
Implica num processamento industrial em que, quase nada se perde, ao contrário
do arroz
branco, por exemplo, que deixa nas máquinas de beneficiamento, as suas vitaminas e
minerais. A industrialização da aveia não lhe tira os germes, fato raro entre os grãos.
Possui propriedades reconstituintes tanto da pele, como do sistema nervoso (
além de
estimulá-lo), é indicada para casos de nervosismo e de esgotamento físico e mental. É an
ti-
hemorróica, diurética e emoliente. Atua também na formação óssea e sangüínea, estimula a
energia física e psíquica, bem como a capacidade de concentração. Atua como preventiva n
os
casos de arteriosclerose, devido à sua gordura (ácido linóico) poliinsaturada, não aumen
tando
o colesterol no sangue. É reguladora dos intestinos, suas fibras auxiliam na diges
tão, agem
sobre a diarréia e infecções nas mucosas intestinais eliminando as toxinas, inclusive
substâncias cancerígenas presentes no intestino.
Reduz a quantidade de açúcar no sangue, sendo um alimento indispensável aos diabétic
os.
Ajuda também a diminuir a taxa de colesterol. Acredita-se que, se usada de manhã e à n
oite,
durante 85 semanas, o colesterol poderá normalizar, combinado com exercícios físicos.
Quando usada na alimentação, seu consumo diário, proporciona a redução do cansaço e do
sono. Por seu alto teor de fibras e mucilagens, atua na desinflamação de mucosas, el
iminando
a diarréia.
A aveia é um cereal de bastante importância, e seu uso como alimento básico é muito
antigo. Os escoceses usam a aveia como fonte de energia há milhares de anos. Já os r
ussos,
usavam a aveia para ter resistência física durante as batalhas. No século V, Atila (ch
amado de
flagelo de Deus), introduziu o "cereal mágico" entre as populações germânicas.
<23>
É um alimento energético, rico em manganês, que participa da regularização de vários
processos que controlam a hemostase da glicose, aumenta a mobilização do cálcio
intracelular e participa do metabolismo cerebral.
Possui grande quantidade de vitaminas do complexo B e é fonte de vitamina E,
indispensável ao bom funcionamento do sistema nervoso, circulatório, excretor (devid
o às
fibras, eliminando as toxinas), digestivo e respiratório.
Um artigo publicado pela revista Nature, sobre um experimento com fumantes c
rônicos de
cigarro, que tomaram extrato de Avena sativa, perderam o interesse pelo cigarro.
Até alguns
viciados em ópio tiveram resultado.
Este estudo foi controlado por placebo, e depois de um mês, houve uma diminuição
significante no número de fumantes entre as pessoas que usaram a aveia, quando com
parado
com as pessoas que usaram o placebo.
A lecitina da aveia, que é a fosfatidilcolina, está demonstrando efeitos muito úte
is em
tratamentos de inúmeras doenças e distúrbios neurológicos.
O ácido pantotênico, aumenta a resistência física dos atletas.
Modo de usar
Uso interno
Decoto - 40 g de aveia em 1 litro de água, ferver por meia hora. Esfriar, filt
rar e tomar
várias vezes ao dia, sendo a primeira, em jejum, e a última antes de deitar. É diurético
e
antigotoso.
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Decocção - 20 g de sementes para 1 litro de água. Ferver, coar e tomar. Elimina ca
tarros, é
diurético e anti-cirrose hepática.
Cataplasma - cozinhar com leite, colocar num pano, envolvendo-os e aplicar n
a área
afetada ainda quente. Combate as dores musculares e neuromusculares, como lúmbago
e
nevralgias.
Mingaus e sopas - misturada ao leite e na sopa, é recomendada contra diarréias e
inflamações intestinais. É ótimo para crianças e convalescentes.
Infusões - 1 colher de chá de grãos para 1/4 de litro de água. Ferver por 5 minutos.
Tomar
2 xícaras ao dia, para a recuperação pós-cirúrgica, doenças infecciosas ou magreza
constitucional.
Palhas - utiliza-se para banhos quentes e aplicações externas, no combate à intoxi
cações
generalizadas. Os banhos de assento são recomendados para casos de artrite, cálculos
renais,
gota e retenção urinária.
Extrato - auxilia para a desintoxicação quando o paciente deseja parar de fumar
e contém
poderes antidepressivos - 3 a 5 ml, três vezes ao dia. Tintura - 40 gotas, três veze
s ao dia.
As pessoas sensíveis ao glúten, devem ter o cuidado de deixar a decocção ou tintura
assentar, para posteriormente, decantar o líquido para o uso.
Decocção - em 1 litro de água, ferver 50 gramas de aveia mondada, depois de lavada
em
água corrente. Quando o líquido estiver reduzido à metade, filtrá-lo e adoçá-lo com mel.
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Avenca
Nome científico: Adiantum capillus ueneris L.
Sinonímia: cabelo-de-Vênus, avenca-do-cariadá
Partes usadas: folhas e flores
Família: Polipodiaceae
Características: erva aromática que chega até 15 cm de altura, suas folhas verdes
e
delicadas são polimorfas, alternas e pecioladas, e mesmo mergulhadas em água, perman
ecem
secas, as gotas de chuva deslizam sobre elas, sem as molhar. Possui frondes com
folíolos
triangulares, em forma de leque, chanfrados em lóbulos na extremidade, das quais n
ascem as
esporângias. As bordas podem ser crenadas ou denteadas.
Habitat: planta originária da Ásia e Europa, hoje encontra-se na Europa Meridion
al,
incluindo Portugal quase toda, Grã Bretanha e sul da França, nas grutas, nascentes,
poços,
rochedos úmidos, e solos calcários. No Brasil, é mais comum no Pará, Pernambuco e Rio de
Janeiro.
Propriedades químicas: princípios amargos, capilarina, taninos, mucilagem, açúcares,
óleos
essenciais, amido, ácidos gálico e tânico, sais de cálcio e magnésio.
Propriedades terapêuticas: expectorante, emoliente, antiespasmódica uterina, ali
via
menstruações dolorosas e regulariza a menstruação. Combate a queda de cabelos, age contr
a
catarros, rouquidão e afecções bronquiais.
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Modo de usar:
Uso externo
Cataplasma 10 g da planta amassada aplicada diretamente no couro cabeludo -
para
conseguir que o cabelo volte a crescer.
Uso interno
Infusão - 30 g para cada litro de água. Tomar 6 xícaras ao dia, para fortalecer os
cabelos
evitando a calvície e a caspa.
Uso externo
Para queda de cabelo - decocção - ferver 100 g de avenca seca em um litro de água
por
meia hora. Filtrar o líquido e empregá-lo em fricções diárias no couro cabeludo, evitando
também a oleosidade.
Uso interno
Para rouquidão - xarope - macerar 30 g de folhas de avenca em meio litro de água
,
colocar numa panela adicionando o dobro do peso em mel e aquecer em banho Maria,
até a
sua dissolução. Acrescentar 30g de água de flor de laranjeira. Tomar 30 ml duas vezes
ao dia.
<31>
Barbatimão
Nome científico: Stryphnodendron adstringens (Mart) Couille
Sinonímia: ibatimô, paricarana, casca-da-virgindade
Família: Leguminosae, Mimosoideae
Partes usadas: casca
Habitat: Goiás, Minas Gerais, São Paulo, DF e Paraná
Características: árvore alta, com folhas pequenas, compostas, florzinhas pequena
s, miúdas,
em bolotas terminais. O fruto é uma vagem que nasce diretamente no raminho desfolh
ado, e é
parecido com o do feijão. A casca do tronco é áspera, e a parte ativa se encontra a pa
rtir do
solo, até 10 cm de altura do tronco. O seu nome deriva da língua indígena Yba-timó, que
significa "árvore que aperta". Ela é muito adstringente e o gosto da casca, se assem
elha à
fruta verde amarrenta. É árvore típica do Brasil.
Propriedades químicas: taninos, alcalóides, mucilagens, flavonóides e corantes ver
melhos.
Propriedades terapêuticas: antiescorbuta, antihemorrágica, antitumoral, antibiótic
a,
antiblenorrágica, agindo também em casos de diarréia e úlceras.
Indicações: planta muito usada pelos indígenas, cujos ensinamentos estão à cargo do pa

da tribo. É muito comum as mulheres indígenas fazerem banho de assento com o chá da
casca de barbatimão, para combater infecções e corrimentos vaginais, evitar doenças
venéreas e ainda, muitas usam para constrição vaginal, por isso é também conhecida como
casca da virgindade.
<32>
O creme básico feito com extrato da casca de barbatimão, é eficaz como cicatrizant
e de
feridas ou úlceras, comprovado pelo pesquisador farmacêutico Dr. João Carlos Polazzo d
e
Mello, com pesquisas realizadas na Universidade Estadual de Maringá - Paraná. Ele
comprovou em animais de laboratório, os efeitos cicatrizantes do barbatimão, que con
siderou
superior ao nebacetim, o mais conhecido cicatrizante das farmácias.
Foi comprovado ainda, que o extrato foi bastante eficaz contra as bactérias St
aphilococcus
aureus e Pseudomonas aeruginosa, dois micróbios comuns em infecções hospitalares. Há
também testes realizados por pesquisadores de Pernambuco, que indicam que a planta
tem
ação contra tumores.
Externamente, quando reduzido a pó ou extrato, ela é empregada no tratamento das
úlceras. Em banhos, atua contra leucorréia, catarros ureterais e vaginais. Tem ação na g
astrite
e no controle do câncer.
Modo de usar
Uso geral - ferver 20 g da casca picada de barbatimão em um litro de água. Tomar
durante
o dia.
Lavagem vaginal 10 g de casca picada, em 500 ml de água. Ferver durante 10 min
.,
esfriar, coar e acrescentar suco de limão. Fazer banhos locais de 2 a 3 vezes ao d
ia.
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Camu-camu
Nome científico: Myrciaria dubia.(HBK) Mc.Vough
Sinonímia: caçari ou araçá- d'água.
Partes usadas: casca, frutas.
Família: Mirtaceae.
Características: possui uma frutinha de cor púrpura viva que é um pouco maior que
a
jabuticaba, possui o mesmo tipo de semente, (caroço) no centro e casca que se romp
e, embora
um pouco mais grossa. A árvore atinge de 4 m a 8 m de altura, e as frutinhas produ
zem três
vezes ao ano, não apenas uma vez anualmente, como a maioria das frutas.
Habitat: O seu habitat natural é a Amazônia, onde estas árvores podem ser encontra
das
particularmente nas margens das várzeas e dos igapós, os lagos locais. Porém a aclimat
ização
está sendo boa em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso
e
Paraná.
Propriedades químicas: flavonóides, vitamina C. Quantidade em 100 g de fruta:
- Camu-camu - 2.880 mg de vitamina C (Ácido ascórbico).
- Comparação com outras frutas:
- Acerola 1.790 mg
- Araçá 329 mg
- Caju 220 mg
- Goiaba branca 80 mg
- Laranja 41 mg
- Morango 73 mg
<36>
Hoje a camu-camu é considerada a rainha da vitamina C.
Propriedades terapêuticas: Aumenta a imunologia no sangue, a capacidade de
memorização e raciocínio, aumenta a resistência e o tônus muscular. É absorvida na parte
superior do intestino delgado, e desse ponto, passa para a corrente sangüínea onde s
e distribui
para todos os tecidos. É um varredor de radicais livres.
Indicações: Protege os vasos sangüíneos, principalmente os vasos capilares, de menor

calibre, melhorando a irrigação e conseqüentemente, auxiliando no processo de cicatriz


ação.
Por tudo isto e muito mais, é a chave para a sua saúde. Atua também na prevenção de
doenças como o raquitismo, participando no metabolismo ósseo; contra o reumatismo e
ajuda
na longevidade.
Apesar do alto valor nutritivo, os caboclos da Amazônia não apreciam o gosto ácido
do
camu-camu e o empregam como tira-gosto ou ainda como isca para peixes da Amazônia,
pois
eles, são grandes consumidores da frutinha. Durante a enchente, que ocorre durante
a lua
cheia nos meses de abril a setembro, os níveis dos rios, como o rio Negro, chegam
a subir
mais de 4 metros e as árvores ficam com o tronco praticamente submerso.
Modo de usar: Hoje, já existe o extrato em pó, que pode ser misturado à água e no
liquidificador. É fabricado para se tomar como suco, com um pouco de açúcar.
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Canela
Nome científico: Cinnamomum zeylanicum Blume
Sinonímia: canela-de-ceilão
Partes usadas: casca
Família: Lauraceae
Características: É uma árvore de porte médio, de 5 a 6 m de altura, com folhas sempr
e
verdes, de 35 cm de comprimento, casca de glabre e espessa, com coloração âmbar,
perfumada, e encontrada no comércio em pó ou em ramos. Seu fruto é uma baga de 2 cm,
ovóide, oblonga, de coloração escura, que contém uma rica semente abundante em óleo. As
flores são miúdas e reunidas em cachos. Toda essa planta é muito aromática, daí o seu vast
o
emprego na indústria de perfumaria e culinária.
Habitat: É uma planta originária do Ceilão, hoje Sri Lanka, mas com a denominação de
canela-da-China (Cinnamemum Arometic Nees) encontrada em abundância nesse país. A
canela é comum também no Brasil, principalmente na Bahia e em São Paulo.
Propriedades químicas: Aldeído cumínico e terpenos, tanino, oxalato de cálcio, mucil
agem,
óleo essencial, como aldeído cinâmico, pineno, cineol, vanilina e felandreno, possui t
ambém
sacarose, amido, resinas, eujenol, oimol e linabol.
Propriedades terapêuticas: Antibéquica, cardiotônica, anti-reumática, anti-gripal,
bactericida, anti-diabética. antihemorrágica, atonia gástrica e bronquite.
<40>
Indicações: O chá de canela é estimulante cardíaco, ajudando a aumentar a tensão
sangüínea. A canela tem propriedades adstringentes e carminativas, além de ser forte
estimulante do sistema glandular. Por deu efeito anti-ácido, emprega-se para soluc
ionar no
tratamento de resfriados, gripes, tosses, bronquites e dores de garganta: É indica
da também
para cólicas, diarréia e incontinência noturna infantil. É antidiabética, pois baixa a gli
cose dos
diabéticos.
O chá ajuda a reduzir a glicose dos diabéticos. As cascas, logo após as colheitas
são secas
ao sol, que logo enrolam-se umas nas outras, formando os tubos.
Modo de usar:
Uso interno
Para estômago - Tintura: colocar 50 g de casca de canela em 250 ml de álcool de
cereal
numa garrafa. Tomar uma colher de sopa antes das refeições. Na Amazônia é mais freqüente
o uso das folhas do que das cascas, especialmente em bolos e mingaus.
Infusão - 5 g de canela em pó em 100 ml de água fervente, deixando em infusão por 15
minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Casca em decocção - ferver por 20 minutos, em 250 ml de água. Tomar durante o dia.
OBS: Não deve ser utilizada por gestantes por causar irritações nas mucosas e pele
. O óleo
essencial puro deve ser usado com moderação.
<43>
Capuchinha
Nome científico: Tropaeolum Majus
Sinonímia: Chagas, flor-de-Chagas, agrião- do- México, mastruço.
Partes usadas: Folhas frescas ou secas, flores, botões e sementes.
Família: Tropaeolaceae.
Características: Planta herbácea, rasteira, de caule mole, suculento e retorcido
. Cultivada
em jardins como planta ornamental. Suas folhas são arredondadas, de cor verde clar
o; o fruto
é formado de 3 aquênios pequenos, de coloração esverdeada: Exala um perfume muito
agradável.
Habitat: Originário do Peru e México, cresce facilmente em qualquer solo.
Propriedades químicas: Senevol, Benzílico-Glicosídeo (glucotropacolíneo), Heterosídeo
sulfúrico, Vitamina C., óleo essencial, nirosina, pectinas, sais minerais e substância
s
antibióticas.
Propriedades terapêuticas: Antibiótico, anticatarral, purgativa, combate a psorías
e,
bronquite, enfisema pulmonar, queda de cabelo, é expectoraste, estimulante, emenag
ogo,
combate problemas no coração, eczemas, problemas na pele, escorbuto e escrofulose.
Indicações: Nas folhas, flores e frutos, encontram-se substâncias anti-microbianas
que
agem como poderosos antibióticos e bacteriostáticos, atuando sobre infecções das vias
urinárias, cistites, nefrites, feridas e úlceras. Além de excelente cicatrizante, rege
nera e
suaviza a pele seca, estimula o crescimento dos cabelos, fazendo-os crescer. É a p
lanta mais
utilizada para este fim. Outras vantagens na utilização desta planta, é que a flora in
testinal
não provoca sensibilidades nem reações alérgicas. Por seu teor de vitamina C, é considerad
a
revigoraste e tonificante, afrodisíaca, bem como reguladora dos ciclos menstruais,
auxiliando
a circulação sangüínea e coronária.
<44>
Modo de usar:
Uso interno
Suco (para uso geral): bater num liquidificador, 5 g das folhas num copo de ág
ua. Tomar 1
colher de sopa de suco de folhas de capuchinha de 2 em 2 horas.
Por decocção: 40 a 50 g de sementes. Ferver por aproximadamente 1/2 hora, num li
tro de
água. Coar e beber 4 ou 5 xícaras por dia.
Por infusão: 2 g de folhas para 100 ml de água fervente. Tampar por 10 min. Toma
r 2 a 3
vezes ao dia. Poderá ser usada também como loção tônica para o couro cabeludo,
combatendo a queda dos cabelos.
OBS: As flores e as folhas podem ser ingeridas cruas, se misturadas nas sala
das. Se
macerados no vinagre, os botões das flores, são utilizados como tempero.
Uso externo para queda de cabelos: l0 g de capuchinha, 10 g de bardana. Amas
se-os e
deixe em 100 ml de álcool de cereais, deixando em maceração durante 7 dias. Coe e use
nos cabelos massageando o couro cabeludo.
<47>
Cardo-mariano
Nome científico: Silybum Marianum (L.) Gaertn
Sinonímia: Alcachofra-selvagem, cardo-Santa-Maria, cardo- prateado, cardo-de-N
ossa-
Senhora, cardo-Maria.
Família: Compositae.
Características: Planta com espinhos chegando a medir 2 metros de altura, suas
folhas são
grandes e espinhosas, com manchas brancas ao lado dos nervos. As flores são de cor
vermelho-púrpura, ou rosa, e seus frutos são de cor escuras e rijos.
Habitat: Planta nativa da Europa e da Espanha, tendo adaptado-se bem no Bras
il.
Propriedades químicas: bioflavonóides, antioxidantes, (silimarina), taminas, lipíd
eos,
tiramina, óleo essencial, albumina, proteínas, açúcar, ácidos graxos, mucilagem, princípio
amargo, cinina.
Propriedades terapêuticas: Males hepáticos tais como: hepatite aguda e crônica, li
tíase
biliar, cirrose, icterícea, é anti-asmático, hipotensão, constipação, alergias, hipocondria
dispepsias, urticária, varizes.
É também digestivo, estimulante, anti-hemorrágico uterino, galactogênico, antidepres
sivo,
diurético.
Indicações: Combate eficazmente todos os males do fígado, desde o fígado gorduroso a

os casos de hepatite B. Quanto à hepatite C, ainda estão sendo realizados estudos pa
ra provar
sua eficácia. Nos casos de cirrose, comprovou-se que há uma redução na progressão da
doença. Medicamentos alopáticos que atacam o fígado, podem ter seus efeitos reduzidos
se
aliados a ingestão de cardo-mariano. Há possibilidades de sucesso em casos de câncer d
e
fígado. É utilizado também nos casos de sangramento nasal, asma, hemorragias, etilismo
,
intoxicações por alimentos e asma brônquica.
<48>
A silimarina é comprovadamente uma protetora das células hepáticas, por estabiliza
r
membranas, evitando a degeneração hidrópica e a esteatose hepática. Ajuda a aumentar o
leite nas mães que amamentam.
Modo de usar:
As flores novas sem espinhos (como a alcachofra), podem ser usadas como sala
das.
Chá por infusão: (A mesma porção pode ser usada para fazer em decocção).
Para um litro de água, 30 a 50 g de raízes ou folhas. Beber 3 a 5 xícaras ao dia.
<51>
Castanha-da-índia
Nome científico: Aesculus hippocastannum L.
Sinonímia: castanheiro-da-índia
Família: Hippocastanaceae
Partes usadas: sementes, folhas e cascas
Habitat: originárias da índia e Balcãs.
Características: Árvore de grande porte, com caule ereto, cilíndrico e ramificado,
podendo
atingir até 25 metros de altura. As folhas são opostas com 5 a 7 folíolos de tamanhos
diferentes, com flores brancas e amarelas, com manchas vermelhas ou róseas. O frut
o é uma
cápsula esverdeada, eriçada de espinhos curtos, com sementes e caroços.
Propriedades químicas: taninos, saponinas triterpênicas, cumarinas, aescina, fla
vonóides,
quercetina, canferol, esculina, vitaminas B, K, C e fitosterol.
Propriedades terapêuticas: tem ação anti-hemorrágica, antiinflamatória, vasoconstritor
a,
anti-hemorróica, fragilidade venosa (flebites, varizes), úlceras varicosas e circulação
venosa
(venotrópicos).
Indicações: para quem tem problemas de circulação nas pernas, os princípios ativos com
o
aescina, saponídeos, cumarinas, quercetina e outros, tem ação sobre o sistema venoso,
aumentando a resistência e o tônus da veia, ativando a circulação sangüínea e ajudando o
retorno venoso. Cerca de 20 a 30 minutos após a ingestão da castanha-da-índia, o pacie
nte
pode notar o alívio da dor.
<52>
É a melhor planta medicinal com atuação nos problemas de circulação venosa como
varizes, e junto com o ginkgo biloba, completa-se o tratamento ativando a circul
ação arterial,
e com a hamamelis, potencializa-se a ação dos anticoagulantes.
Os pesquisadpres japoneses demonstraram que as saponinas, principalmente a a
escina,
possuem ação antiinflamatória.
Modo de usar
Infusão ou decocção - folhas - 5 g de folhas em 1/2 litro de água fervente, tomar 2
copos ao
dia.
Pó - uso interno - para circulação venosa, varizes, hemorróídas e fissuras anais -1 xíc
ra de
chá de água fervente para 1 colherzinha de café do pó. Abafar por 10 minutos. Tomar 1
xícara, 2 vezes ao dia.
Uso externo - para hemorróidas, prurido vaginal e anal. - 10 g do pó e 3 colhere
s de sopa
de folhas de mamona em 1/2 litro de água fervente. Amornar e fazer banho de assent
o.
Cápsulas - 1 g ao dia ou 3 cápsulas, uma em cada refeição.
<55>
Catinga-de-Mulata
Nome científico: Tanacetum uulgare L
Sinonímia: Atanásia das boticas, erva lombrigueira, erva contra vermes, tasneira
.
Partes usadas: folhas, flores e frutos.
Família: Compositae.
Características: pequena planta silvestre, aromática, lembra limão e cânfora mistura
dos,
seu sabor apimentado não é muito apreciado. O caule reto possui cerca de um metro de
altura,
as folhas são finas, longas, ovais, de cor verde intenso. flores amarelas e tubulo
sas que
desabrocham durante o verão.
Habitat: originária da Europa, mas aclimatada também na América. Muito freqüente em
terrenos baldios e até às margens dos caminhos.
Propriedades químicas: Ácido tanásico, tanacetona e canfol e inulina .
Propriedades terapêuticas: vermífuga, tenífuga, emenagoga, hepática e contra
dismenorréia.
Indicações: tênia, vermes, menstruações difíceis, alivia as náuseas, icterícias, debili
cardíaca e contusões, problemas no nervo ciático.
Os antigos gregos e romanos consideravam-na símbolo da imortalidade, utilizand
o-a em
cerimônias fúnebres.
Na páscoa, muitos descendentes europeus, utilizam-na no preparo de pastéis. A in
fusão de
suas folhas ainda é empregada em banhos aromáticos que os nativos da Amazônia usam na
época junina.
<56>
Modo de usar:
Tônico amargo - uso interno: distúrbios menstruais: infusão- 20 g de flores em mei
o litro
de água fervente. Filtrar quando estiver morno e tomar duas xícaras ao dia.
Tênia: decocção- Ferver por um minuto 100 ml de água coxas 5 g de frutos. Filtrar, b
eber
esta porção uma vez ao dia. Vermes: infusão: 200 ml de água fervente, adicionar 10 g
de folhas e flores. Coar e tomar sem adoçar, uma vez ao dia, durante uma semana.
Nota: por ser uma planta levemente tóxica, não ultrapassar as doses indicadas.
Uso externo: nas contusões e ciáticas, aplicar as folhas frescas, limpas e amass
adas
diretamente no local, envoltas com tecidos finos.
Pode-se preparar uma solução com 50 g de folhas amassadas, cobrir com 1/2 litro
de
álcool, uma colher de sopa de sal, colocar num frasco de vidro transparente e bem
fechado.
Aplicar nas contusões, 3 vezes ao dia, que a dor desaparecerá em pouco tempo.
<59>
Cavalinha
Nome científico: Equisetum arvense L.
Sinonímia: Rabo-de-cavalo, erva-de-esfregar, lixa-vegetal, erva-canudo, milho-
de-cobra.
Partes usadas: Ramos ou talos.
Família: Equisetaceae.
Características: São plantas desprovidas de folhas, flores e sementes. Constituída
s de um
rizoma alongado que emite talos aéreos de cor verde-acinzentado, dividida por vários
nós, em
toda sua extensão, apresentando uma espiga de esporos na sua porção terminal. Não
apresenta sementes.
Habitat: Originária da Europa, desenvolve-se em solos siliciosos que tenham mu
ita água.
Ocorre geralmente nas margens de lagos. Seu nome deriva do latino, equi: cavalo
setum:
cauda ou rabo.
Propriedades químicas: Potássio, silício (ácido silícico), ferro, sódio, manganês, fósf
cálcio, magnésio, enxofre, flavonóides, saponina (equisetonina), ácidos orgânicos, resina,
taninos, alcalóides e vitamina C e fitosterol.
Propriedades terapêuticas: Depurativa, diurética, hemostática, remineralizante, ci
catrizante,
combate problemas de pele, do tecido conjuntivo, rugas, estrias, úlceras varicosas
, abscesso,
eczema, acne, ferimentos, unhas frágeis, celulite, obesidade, flacidez, hemorragia
s, edemas,
cálculos renais, gota, ácido úrico, males do fígado, é depurativa, desintoxicante, pode se
r
usada em cortes, contusões, ferimentos, úlceras, disenterias, e é também adstringente.
<60>
Tem muito bom resultado nos casos de arteriosclerose, osteoporose, artrose,
amenorréia,
hemorróidas, descalcificação óssea, raquitismo, reumatismo, doenças urinárias, hemorragias
gástricas, gastrite, anemia, além de consolidação de fraturas, devido a ação adstringente d
s
taninos, e ácido silícico.
Indicações: Como chá poderá ser indicada para combater as doenças reumáticas (artrose e
reumatismo), tosse crônica: inflamação das pernas por problemas metabólicos, gota,
disenteria, cálculo renais. Usado para lavar feridas expostas não cicatrizadas. Para
banho,
atua como estimulante do tecido conjuntivo, revigorando o organismo às doenças reumáti
cas
que são perturbações metabólicas em que o corpo reabsorve parcialmente os ácidos silícicos.
Estes banhos são altamente recomendados para as pessoas asmáticas. É utilizada também
para a cura da incontinência urinária de crianças.
A capacidade de provocar diurese sem danificar a função renal, faz da cavalinha
uma das
melhores plantas no ponto de vista farmacológico, principalmente se considerarmos
que ao
mesmo tempo conduz à eliminação do sódio e do ácido úrico. Sua ação remineralizadora,
repõem minerais e oligoelementos, dos quais o organismo se encontra em falta.
Seu alto teor de ácido silícico age também nas paredes das artérias, e a cavalinha t
em sido
usada também no tratamento do câncer, devido aos seus componentes ricos nesse minera
l, e
acredita-se que muitos do seus efeitos estejam relacionados à ele. Atua de maneira
específica
em problemas de inchaço e inflamação da próstata, como excelente antiinflamatório. Tem
bons resultados clínicos com o uso local em neoplasias cutâneas, em experimentos rea
lizados
na Áustria e Alemanha.
<63>
Centella
Nome científico: Centella asiática.
Família: Umbelliferas (Umbelíferas). Alguns editores citam que trata-se da Gotu-
Kola.
Partes usadas: folhas, parte aérea.
Características: herbácea de tamanho pequeno, vivaz, com caule rasteiro de 30 cm
de
comprimento. Possui flores brancas, pequenas, e folhas em forma de coração. É conhecid
a
pelos chineses com o nome de Fo-Ti-Tieng), é de sabor amargo e acre.
Habitat: conhecida há 3 milênios na índia, esta erva é nativa da Ásia tropical, desenv
olve-
se em terras úmidas e com sombras muito facilmente, sendo uma planta refrescante,
porém
acre e amarga. As folhas são suas partes mais utilizadas. Na América do Sul, é facilme
nte
encontrada, principalmente na região Sul do Brasil.
Propriedades químicas: Alcalóides (asiaticosídeo), saponina, valerina, triterpeno,
óleos
essenciais, flavonóides, quercetina, cânfora, cineol, sais minerais e aminoácidos, ácido
s
asiáticos e madecássicos, cálcio, ferro e fibras.
Propriedades terapêuticas: Cicatrizante, depurativa, antibiótica, tônico, estimula
nte
cerebral, anti-reumática, sedativa, vaso-dilatadora periférica, anti-celulítica, antih
emorróidas
e esquisofrenia.
Indicações: Como depurativa do sangue, restauradora do sistema de defesa do corp
o, ajuda
no metabolismo da gordura, é indicada para afecções na pele, aplicando-a em forma de
cataplasmas.
<64>
Favorece o processo de cicatrização, devido aos ácidos asiaticosídeos, que agem como
antibióticos. É indicado para eczemas de pele, úlceras. varicosas, hematomas, rachadur
as da
pele, varizes e celulite, isto com uso interno. No externo pode ser usada para g
ordura
localizada e também para celulite. Controla a ação sobre edemas de origem venosa, orie
nta
tratamento de celulites localizadas. Notadamente ela atua como estimulante da co
ncentração
e da atenção.
Contra-indicações: Não deve ser ministrado em pacientes com hipertensão, problemas
cardiovasculares ou úlceras. Deve-se evitá-la em casos de sangramento interno, pois
pode
recomeçar a hemorragia. Em doses excessivas. pode causar hipoglicemia.
A Centella asiática tem sido usada há milênios como tônico, devido ao seu efeito
energizador, porém não possui cafeína em sua composição, apenas alcalóides.
Na medicina tradicional chinesa, é considerada a erva da fonte da juventude, p
ois acredita-
se que aumenta a longevidade daqueles que a usam freqüentemente.
Ela é muito estimulante devido aos polissacarídeos que contém, segundo uma pesquis
a de
Sri Lanka, publicada em 1999. Houve também um estudo que relatou que dezenas de pe
ssoas
que sofriam de úlcera de pele foram beneficiadas devido ao efeito da centella, que
contém
glicosídeos.
Modo de usar
Uso interno - em cápsulas - 3 a 4 cápsulas diariamente, atua como um tônico genera
lizado.
Por infusão: para reumatismo - tomar 35 ml de chá, 2 vezes ao dia. Sendo 33 g pa
ra 1 litro
de água.
Uso externo: misturar 2 colheres de chá com 25 ml de água, sendo recomendado par
a
eczemas.
<65>
Tintura: 300 g de folhas frescas bem trituradas, com um litro de álcool de cer
eais. Tomar
30 gotas com água, 3 vezes ao dia. Para memória e concentração. Para fazer a tintura, é
necessário deixá-la depois de misturada durante 10 a 14 dias, agitando durante o perío
do, 2
vezes ao dia. Deve ser colocado em um lugar escuro. Depois, filtra-se, coloca-se
em vidros
escuros e fecha-se bem.
Cápsulas anti-celulíticas: tomar 2 cápsulas, 3 vezes ao dia. Deve-se tomá-las no alm
oço e
no jantar. É utilizada para combater celulite, estrias e gordura localizada.
OBS: não é recomendada para crianças.
<67>
Copaíba
Nome científico: Capaífera reticulata Ducke
Sinonímia: copaiba verdadeira, copaúva, jatobá-mirim, capaúba, cupiúba e óleo branco.
Família: Leguminosae, Caesalpinaceae
Partes usadas: resina extraída do tronco.
Características: é uma árvore de grande porte, com folhas alternas e compostas, ch
eias de
glândulas contendo óleos resinosos, com flores sésseis, e cachos auxiliares. É a espécie d
e
copaíba mais estudada. Atinge até 20 metros de altura e de seu tronco, que é de cor ve
rmelha
escura por fora e avermelhada por dentro, extrai-se a resina para elaborar, atra
vés da
destilação, o óleo de copaíba. Chega-se a extrair até 20 litros de óleo bruto, líquido,
transparente e viscoso, de cheiro forte, penetrante e sabor amargo. Os índios amaz
onenses
untam o corpo com esse óleo depois das lutas para cicatrizar as feridas. As folhas
são
pinatifidas compostas, de flores brancas ou rosadas, e o fruto é tipo vagem, com u
ma semente
apenas.
Habitat: Origem no Brasil (Amazonas), Paraná, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso,
também se apresenta no México, Antilhas e África tropical.
Propriedades químicas: Resina, ácido copaífero, ésteres e resinóides. A parte volátil p
oduz
óleo essencial cariofileno, alfa - humuleno, beta- bisaboleno, delta -candieno e
sesquiterpenos.
Propriedades terapêuticas: Antiinflamatória, blenorragia, queimaduras, bronquite
s, anti-
séptica das vias urinárias e das vias respiratórias, cicatrizante, expectorante, laxan
te,
antidiarréica, anti-sifilica, hemoptises, psoríases, enureses, urticária.
<68>
Indicações: Contém óleo essencial e resina, cuja composição ainda tem o ácido copaíbico
que é eliminado pelos rins, e atua como anti-séptico e antiinflamatório sobre as mucos
as
genitais e urinárias. O óleo é recomendado para tratamentos das mucosas genitais e
pulmonares, como bronquites e tosses, por seu componente ácido copaíbico.
Para as doenças venéreas, tanto masculinas quanto femininas, aplica-se também nos
casos
de afecções urinárias (cistites), bem como em feridas, eczemas, psoríase. urticária, acnes
,
escamações e irritações no couro cabeludo e caspas.
Tem dado resultado no tratamento de câncer pulmonar, devido aos seus princípios
ativos
antiinflamatórios.
Contra-indicações: não é recomendado para grávidas, lactentes ou pessoas com afecções
gástricas. Cuidados: não deve-se tomar durante um período superior a dez dias, podendo
ocorrer erupções cutâneas, nefrites e problemas digestivos, como vômitos, náuseas, diarréia
com cólicas. Com exceção dos xaropes.
Modo de usar:
Óleo: recomendado para aplicar nas diversas infecções externas da pele, incluindo
queimaduras, apesar de provocar náuseas em alguns pacientes, pode também ser ingerid
o. O
óleo de copaíba é um ótimo cicatrizante, quando aplicado diretamente no local afetado po
r
ferimentos, eczemas e também no caso de psoríase, este deve ser usado por meses de
tratamento.
Cápsulas: tomar 2 ou 4 cápsulas gelatinosas ao dia, durante as refeições; auxilia co
ntra a
bronquite, catarro pulmonar, expectoração e problemas urinários, agindo como
antiinflamatório.
<69>
Xarope para bronquite: a melhor aplicação do óleo de copara tem sido em pessoas co
m
problemas respiratórios, como asma e bronquite aguda. Devido aos seus óleos essencia
is de
ação antiinflamatória e vasodilatadora, misturado com mel, dá um excelente xarope contra
bronquite e catarro pulmonar, além de ser expectorante.
<71>
Equinácea
Nome científico: Echinacea angust folia DC.
Sinonímia: Do grego - echinus - ouriço-do-mar
Família: Compositae
Partes usadas: raízes e folhas
Características: suas flores tem as pétalas brancas e o núcleo amarelo.
Habitat: A planta, nativa americana, é um dos fitoterápicos mais conhecidos e ut
ilizados na
Europa e nos Estados Unidos na prevenção de gripes e resfriados. Os índios americanos
foram os primeiros a utilizar esta planta.
Propriedades químicas: Alcamidas (isobutilamidas): ésteres do ácido cafêico
(principalmente equinocosídeo e cinarina), arabinose, fitoesteróis, cobre, enzimas,
glicose,
inulina, ferro, vitaminas A, C e E, enxofre, sacarina, alcalóides pirrolizidínicos,
polissacarídeos, óleos voláteis, equinolone e betaína.
Propriedades terapêuticas: imunoestimulante, antibiótica, antiviral, antiinflama
tória e
anticancerígena.
Indicações: útil para todas as formas de infecções, bacterianas, virais e por fungos
(micoses). A planta faz parte do King's American Dispensatory, onde é citada pelos
seus
efeitos antialérgicos contra a picada de abelha e insetos, gripes, febres de tuber
culose
pulmonar, malária, varíola, rubéola, gangrena e sífilis (que encontra na equinácea excelen
tes
resultados). É ótima para fortalecer o sistema imunológico.
<72>
A equinácea tem emprego em várias situações, como sangue intoxicado, furunculose,
antraz, úlceras antigas, leucorréia fétida, abcessos, abcessos dentários, piorréia, mening
ite,
febre puerperal, apendicite, eczema, tifo, oftalmia escrofulosa na garganta, varío
la, difteria.
Esta vasta aplicação mostra a sua ação natural, além de ser também empregada no tratamento
do câncer, pois estimula a produção de interferon, tem ação bacteriostática, além de ter
grande poder antiinflamatório e antifungicida. É também a mais importante imunoestimul
ante
erva medicinal conhecida.
Modo de usar:
Uso interno
Raiz seca - 1 g por decocção, num copo de água. Tomar 3 vezes ao dia.
Extrato líquido - 1,0 ml num copo de água. Tomar 3 vezes ao dia
Tintura - 5 ml, tomar 3 vezes ao dia
Cápsulas - 2 cápsulas, tomar 3 vezes ao dia.
Pode ser usado como raiz, folhas secas e congeladas, como extrato alcoólico, c
há. cápsula
ou pomada.
Aumenta a imunidade celular que produz a fagocitose (destruição de certos
microorganismos por leucócitos) produz ainda o aumento de número de leucócitos e glóbulo
s
vermelhos no sangue.
Tem propriedades:
- antitóxicas: estimula os processos de desintoxicação do fígado e dos rins mediante a
eliminação e ventralização das substâncias tóxicas que circulam no sangue.
- antibiótica e antivirótica: destrói certas espécies de vírus, devido à ação dos equinaco
presentes nesta planta medicinal.
<73>
- anticancerígena: devido ao aumento de interferon, bloqueia muitas espécies de cânce
res.
- antiinflamatória: Impede a progressão das infecções por inibição da enzima hialuronidase
produzida por muitas espécies de bactérias: favorece a formação de tecidos de granulação,
responsável pela cicatrização de feridas.
- bactericida e fungicida: devido à presença de poliacetilenos em sua composição, tem ação
destruidora de fungos e bactérias.
- anticancerígena: O uso desta planta dá bons resultados para corrigir a leucopenia
(baixa de
leucócitos) e a diminuição das defesas do organismo.
Contra-indicação: Não deve ser usada nos 3 primeiros meses de gravidez, apenas por
precaução, já que não há contra-indicação nas literaturas médicas.
OBS: A tintura (feita com 20% de álcool), pode destruir somente os polissacaríde
os, que
estimulam o sistema imunológico, basta 20% da erva para degradar a equinácea.
<75>
Erva-mate
Nome científico: Ilex paraguensis
Sinonímia: mate, chá-mate, erva-do-Paraguai, chá-dosjesuítas, erva- senhorita.
Partes usadas: folhas
Família: Aquiifoliaceae
Características: árvore de bonito porte, frondosa, chegando à altura de até 6 metros
, com
folhas lisas, largas, alternas, ovaladas, serrilhadas e rijas. Suas flores são miúda
s e de cor
branca, possuindo 4 pétalas. Seus frutos, são miúdas bagas vermelhas que possuem 4
sementes.
Habitat: nativa do Brasil, adapta-se em climas tropicais e sub-tropicais, em
especial nos
estados da região sul do Brasil e no Mato Grosso, além do Chile, Peru, Paraguai e Ar
gentina,
onde é considerada planta silvestre.
Propriedades químicas: óleo essencial, taminas, lítio, matérias resinosas, xantinas:
cafeína,
ácido cafetâmico, teobramina, ácido clorofênico, produtos aromáticos, teofilina, taninos,
vanilina, oxalato, carbonato de cálcio, celulose e sulfato de sódio. Ela possui mais
de 23
substâncias químicas.
Propriedades terapêuticas: estimulante do corpo e do cérebro, diurética, digestiva
, laxativa,
redutora de tensão, sudorífera, analgésica, atua em problemas renais e encefalia.
Indicações: o chimarrão, ou mesmo o chá mate, auxilia na circulação sangüínea, ativando
e conseqüentemente, melhorando as atividades cerebrais. Tomado após as refeições, estimu
la
a digestão e é laxativo. Banhos aquecidos de chá das folhas embelezam a pele.
<76>
No sul do país, mais entre os gaúchos, o seu uso é constante, desde de manhã até a tar
de e
à noite. Muitos estudantes levam para a escola (noturna), sua cuia, chaleira e gar
rafa térmica.
Não passam sem o uso da erva-mate.
Esta erva dá vitalidade às pessoas, resistência ao cansaço físico. Ativa a circulação
sangüínea, por isso alguns a consideram afrodisíaca.
Modo de usar
Uso externo
Chá por decocção - um litro de água para 20 g de ervas. Ferver por 10 minutos. Mistu
rar à
água do banho. Aplicado em compressas nas partes afetadas, é cicatrizante, anti-séptic
o e age
contra queimaduras.
Chá por infusão - 1 litro de água fervente para 20 a 40 g de folhas. Tampar e deix
ar 5
minutos. Beber no máximo 3 xícaras ao dia. É digestivo e laxativo.
OBS: o chá mate não deve ser consumido em demasia, podendo causar dependência
devido à cafeína e à teobromina, além de efeitos tóxicos sobre o sistema nervoso, como
taquicardia, irritação: úlcera gastroduodenal, gastrite, hipertensão e gota.
As gestantes não deverão tomar mais do que uma xícara por dia, pois há riscos de cau
sar
danos ao feto, diminuindo seu crescimento, além de passar a cafeína para o leite.
A erva-mate é aconselhada a ser usada como medicamento apenas se não houver outr
a
opção. O chimarrão quente tem sido associado ao câncer de boca e do estômago.
<79>
Garra-do-Diabo
Nome científico: Harpagophytum procumbens D.C.
Sinonímia: harpagófito
Família: Pedaliaceae
Partes usadas: bulbos ou rizomas
Características: planta de raízes primárias e secundárias, que possuem gosto amargo
e são
utilizadas para remédios. Destaca-se pela suas flores vermelho-púrpura.
Habitat: nativa da África, particularmente do deserto do Kalahari e atual Namíbi
a, se
desenvolve em terrenos arenosos e argilosos.
Propriedades químicas: heterosídios iridóides (harpagoside, harpadoquinona), ácidos
aromáticos (cafêico, cinâmico, clorogênico), beta - sitosterol, açúcares (glicose, frutose,
rafinose), óleos essenciais, triterpenos, fitosteróis e flavonóides.
Propriedades terapêuticas: antiinflamatória, analgésica, depurativa, anticancerígena
,
estimulante digestiva, arteriosclerose, rins e bexiga, vesícula, intestinos, é cicat
rizante,
hepática, antiespasmódica, anti-gota, artrose, artrite e anti-reumática.
Indicações: é um dos remédios mais eficazes de que dispõe a fitoterapia para o tratame
nto
das afecções reumáticas. Para reumatismo, pode ser usada em forma de cataplasmas e por
via
oral, e para um melhor resultado, pode ser usada das duas formas.
<80>
A ação desta planta, por ser fortemente amarga, serve como estimulante do sistem
a
dïgestório. O chá é depurativo e elimina rapidamente o ácido úrico, aliviando as dores
causadas pela "gota" e artrites. Acalma os sintomas de cólicas intestinais. Reduz
o índice de
colesterol no sangue, regenerando as fibras elásticas das paredes arteriais. Se ap
licado como
cataplasma, em quaisquer afecções da pele, resulta em um dos melhores cicatrizantes
existentes, inclusive para furúnculos.
Os africanos usam a erva para tratamento do câncer de pele. Na Europa, tem gra
nde fama e
o chá é recomendado para artrite, reumatismo e artroses. Os extratos das plantas rea
lmente
tem atividade antiinflamatória, comprovada com experiências com animais. Nos Estados
Unidos, é uma erva usada no combate ao artritismo. É uma das plantas consideradas ca
pazes
de promover a longevidade e a boa saúde.
Contra-indicações: deve ser evitado durante a gestação. Tomada em alta dose pode
provocar contrações uterinas.
Modo de usar
Para reumatismo e artrite - chá por decocção - em um copo de água, colocar 10 g da r
aiz e
ferver por 15 minutos. Tomar doses pequenas, uma ou duas vezes por dia.
Infusão - 1/2 litro de água fervente. com 15 gramas de pó de raiz e deixar repousa
r de meia
à uma hora. Tomar 3 a 4 vezes ao dia.
Tintura: tomar 30 gotas da tintura com água duas vezes ao dia. Para artrite as
sociada à
digestão difícil.
<81>
Rizoma - chá por decocção - ferver 20 g em 1 litro de água. Tomar 3 a 4 copos ao dia
.
Cápsulas: cápsulas: tomar 3 a 4 cápsulas ao dia.
Compressas: aplica-se na área afetada, várias vezes ao dia, feito o chá por decocção b
em
forte.
<83>
Germe de Trigo - Trigo
Nome científico: Triticum satiuum Lank
Partes usadas: Sementes (óleo extraído do germe)
Família: Gramineae
Características: Planta de colmo ereto com folhas planas e compridas, suas glu
mas são
ovaladas e uniformes, com o ápice carenado, espigas, glandes compactas e extremida
des
pendentes.
Habitat: Seu cultivo é mundial, necessita de solo sílico-argiloso, profundos e c
om certa
retenção de água.
Propriedades químicas: aminoácidos, glicídios, protidios, lipídios, celulose, fibras
,
minerais: potássio, fósforo, cálcio, ferro, cobre, manganês. Possui também proteínas, gordu
a,
vitamina B 1 e B 2, K, A, C, e é riquíssimo em vitamina E, tocoferóis, ácido olêico, esteár
co,
linoléico, linolênico, palmítico, lecitina, além de ácidos graxos livres.
Propriedades terapêuticas: anemia, pressão baixa, emoliente, estimulante, laxati
va,
remineralizante, antidiabética, avitaminoses, debilidade óssea, depressão psíquica, aste
nia,
nervosismo, raquitismo e prisão-de-ventre.
Indicações: Antes de ser beneficiados, os grãos integrais, possuem quase todas as
substâncias nutritivas que necessitamos. Os germes de trigo são considerados excelen
tes para
o desenvolvimento infantil, além de proteger a pele pelo teor de vitamina B, A e E
. A
existência da celulose regula as funções intestinais, agindo sobre a prisão-de-ventre (c
onsumo
de trigo integral). O óleo de germe de trigo possui óleos essenciais e vitamina E. A
sua fibra
executa a limpeza da flora intestinal, eliminando as toxinas. Como se fossem uma
esponja.
<84>
O óleo de germe de trigo ajuda no aumento da irrigação sangüínea, a nível da derme,
aumentando a nutrição das células, prevenindo rugas na pele e o seu ressecamento. É
conhecido co a vitamina da beleza da pele.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, uma dieta rica em f
ibras
solúveis e insolúveis e pobre em gordura previne alguns tipos de câncer. As fibras ins
olúveis
são aquelas que não se dissolvem na água e são encontradas nos grãos integrais,
principalmente no grão de trigo.
São melhores para a saúde do que as solúveis, pois regularizam e eliminam as toxin
as do
intestino, diminui o colesterol, ajudando os diabéticos, pois os diabéticos tipo I d
iminuem
com o uso prolongado, a quantidade de insulina. Já nos diabéticos não- insulínicos tipo
II, as
fibras insolúveis melhoram a tolerância à glicose.
Para a maioria das pessoas, uma maior ingestão de fibras é a chave para benefícios
notáveis para a saúde. O trigo é o cereal mais rico em vitamina E.
Modo de usar: Uso interno
Para reduzir o índice de açúcar no sangue: comer mingau ao natural. misturado ao l
eite ou
suco de frutas, para suprir a falta de cálcio e vitaminas A e C.
Para regular as funções intestinais: farelo de trigo, adicionado à mingaus, sucos
e sopas.
Uso externo
Para amaciar a pele e protegê-la: banhos com o farelo de trigo.
<87>
Ginseng
Nome científico: Panax ginseng C. A Meyer
Família: Araliaceae
Partes usadas: raiz, a partir do 5° ano, quando seus princípios ativos estão compl
etos.
Características: é uma planta herbácea perene, de raiz aprumada e dividida, tendo
o
ginseng folhas de palma e pequenas, flores esverdeadas, que aparecem no fim do v
erão.
Habitat: originária das zonas geladas e montanhosas da China, Japão, Coréia e Nepa
l.
Propriedades químicas: os princípios ativos da raiz do ginseng são de uma grande
complexidade química: contém ginsenosídeos, que são glicosídeos esteróides das saponinas
triterpênicas, alatoinas, minerais: enxofre, germânio, magnésio, manganês, cálcio e zinco,
vitaminas: B 1, B 2, B 6, B 12 e C, fitotesteróides, fitoesteróides e enzimas.
Propriedades terapêuticas: antidepressivo, tonificante, ansiolítica, age nos sis
temas
cardiovascular e reprodutor. É anti-estressante, combate a impotência sexual, disfunção
erétil
e frigidez feminina, e insuficiência hormonal.
Indicações: o ginseng acelera o processo enzimático do glicogênio e da glicogenólise,
aumenta a produção de ATP (adenosina trifosfato) substância de grande ação energética
celular. Tem efeito anabolizante, aumenta a síntese das proteínas, estimula a produção d
e
sangue (hematopoiese) na medula óssea. Tem efeito vasoregulador, ajudando a normal
izar a
pressão arterial. Seus efeitos afrodisíacos são conhecidos a milênios. Aumenta a capacid
ade
sexual, melhorando a freqüência da ereção masculina e favorecendo ainda, a produção de
espermatozóides, estimulando os gânglios sexuais de ambos os sexos. Aumenta ainda a
produção hormonal. Atua no estado de hiperglicemia (diabéticos do tipo 11), potenciali
zando
a ação da insulina.
<88>
É tanto estimulante como relaxante do sistema nervoso central (SNC), semelhant
e à
adrenalina.
Modo de usar
Uso interno - decocção - 3 g de raiz em 20 ml de água. Ferver durante 10 minutos,
esfriar,
coar e tomar até a hora do almoço, pois após, pode tirar o sono de algumas pessoas. Cáps
ulas
- 300 g, 3 vezes ao dia.
Extratos: 20 gotas, 3 vezes ao dia.
O extrato de ginseng tem efeito estimulador da hemotopoiese, aumentando a at
ividade na
medula óssea e do hematócrito.
<91>
Girassol
Nome científico: Helianthus annuus
Sinonímia: flor-do-sol, coroa-real
Partes usadas: Pétalas, folhas e sementes (óleo)
Família: Compositae
Características: Pode medir até 2 metros de altura, com folhas de nervura pronun
ciada,
grande, rugosa, cerrada e de forma ovalada, suas flores têm diâmetro de 10 a 25 cm,
com
pétalas amarelas nas flores femininas. Nas flores hermafroditas, o miolo é avermelha
do, com
disco volumoso que encerra centenas de sementes, claras ou escuras, que fornecem
valioso
óleo comestível. A característica desta planta é que as influorescências se voltam para a
luz
do sol girando sobre o pedúnculo ao longo do dia.
Habitat: Originária da América Central, México e Califórnia. Desenvolve-se em climas
tropicais, sub-tropicais e temperados. Resistente à seca e a baixa temperatura. Ho
je, é
cultivada no mundo todo, embelezando com suas pétalas amarelas e perfumadas, os ja
rdins
de milhares de pessoas. Até mesmo nos filmes, Girassóis da Rússia e Dr. Givago, foi
mostrada a beleza desta planta.
Propriedades químicas: minerais: cálcio, fósforo, magnésio, ferro e potássio, vitamina
E,
glicosídeos, flavonóides, quercimetrina e histidina, além de ácidos oléico, antocianínicos,
xantofila, betaína, proteínas, ácido clorogênico, lecitina e colina.
Propriedades terapêuticas: Balsâmica, antiinflamatória, cicatrizante, expectorante
e
antidiabética e anti-colesterol.
Indicações: Folhas frescas amassadas são excelentes para
fazer cataplasmas, chás, decocções para combater febres, distúrbios estomacais, resfriad
os, e
cardialgia.
As sementes amassadas, poderão ser utilizadas como cataplasmas para contusões. úlc
eras e
feridas. Os chás por infusão ou decocção aliviam as enxaquecas, dores de cabeça de fundo
nervoso. nevralgias e estados de nervosismo.
O óleo extraído das sementes é aconselhável para males do peito e especialmente, par
a
ajudar a baixar o nível do colesterol do sangue, assim como para diabetes e enferm
idades do
fígado.
As flores do girassol contém um glicosídeo flavonóide (quercemetrina) que é usado co
mo
balsâmico e expectorante para problemas respiratórios.
Modo de usar:
As sementes devem estar secas, torradas e moídas, para preparar chás e tinturas.
Poderão
ser acrescentadas às farinhas para a utilização na culinária, devido ao seu alto valor n
utritivo,
podendo inclusive, substituir o café, por não conter cafeína. Das sementes cruas, extr
ai-se o
óleo, também utilizado na culinária. que é ótimo para o coração.
- Folhas: Chá por decocção ou infusão: 30 g de folhas para. 1 litro de água. Ferver por 1
0
minutos. Este chá é recomendado para asma, expectorante, gripe, infecções estomacais e d
a
garganta, problemas pulmonares, pleurites, males do coração e cardealgia.
- Chá por infusão: 5 g de folhas para 100 ml de água fervente. deixar por infusão por 1
0
minutos, tomar de 2 a 3 vezes por dia. É antitérmico e diurético.
<93>
- Cataplasma: folhas verdes amassadas (o suficiente para cobrir o local afetado
) é indicado
para contusões, feridas e úlceras.
- Folhas secas maceradas (20 folhas para 60% de álcool): dores de estômago, hemorra
gias
nasais, males do coração e pulmão.
- Tintura: macerar 20 ml de álcool à 60% com 2 gramas de folhas secas por 10 dias,
filtrar e
colocar em vidro, tomar 20 gotas de 3 em 3 horas num cálice de água. Esta tintura é
recomendada para malária e para combater gripes.
- Sementes torradas e moídas: como farinha, adicionar nas dieta de pacientes orga
nicamente
debilitados. Tônico também para crianças.
- Como chá por infusão ou por decocção: fortalecimento dos nervos, para os pulmões, dores
de cabeça (enxaqueca, excitação nervosa e nevralgias).
-Amassadas: o suficiente para cobrir a área. Aplicar em forma de cataplasma sobre
as feridas
e úlceras.
- Óleo: extraído das sementes, é um dos mais saudáveis. O óleo de girassol é indicado
especialmente na arteriosclerose, para fazer baixar o nível de colesterol no sangu
e, assim
como em casos de diabetes. Expremido da semente crua, usa-se para combater males
do
peito.
As sementes ao natural, em jejum, combatem vermes, inclusive a solitária.
<94>
- Vinho medicinal: Cortar em pedaços, 100 g de ramos secos e 300 g de álcool de cer
eais.
Deixar macerando por 30 dias. Filtrar e colocar num vidro bem fechado. Decorrido
uma
semana misturar uma garrafa de vinho branco. Tomar todos os dias em jejum e dura
nte as
refeições, uma colher de sopa. Combate pleurite, prevenindo a febre correspondente.
Em
casos de dor de estômago, ingerir após as refeições, uma colher de sopa.
<97>
Guanxuma
Nome científico: Sida spinosa L.
Sinonímia: Malva-baixa, guaxima, vassoura, vassourinha, guanxumba.
Partes usadas: flor, folha, raiz e sementes.
Família: Malvaceae
Características: Planta herbácea ou sub-arbustiva. É uma planta anual ou perene qu
e chega
até 80 cm de altura no máximo. Possui folhas pequenas, rugosas, com bordas recortada
s.
Habitat: Desenvolve-se em locais úmidos e com sombra, comum em solo adrenoso,
campos, lavouras, pomares e jardins, pode ser encontrado na América, África e Ásia.
Propriedades químicas: heterosídeos, saponínicos, ácidos fixos, gomas, mucilagens,
taninos, ácidos orgânicos, triterpenos e sais minerais.
Propriedades terapêuticas: Ela é emoliente, antiinflamatória, vermífuga, antibiótica n
atural,
tônica, digestiva, sepurativa de tumores, para menstruação dolorosa, disenterias, cata
rro,
antitérmica, apendicite, alopecias, urina presa, digestiva e fortificante dos nerv
os.
Indicações: As folhas amassadas e aplicadas como cataplasmas aliviam a dor de pi
cadas de
insetos (vespas, abelhas, etc... ).
Como chá, também pode ser aplicada nos cabelos para controle da oleosidade e que
da,
proporcionando brilho e volume. Tonifica e elimina impurezas das peles oleosas.
O chá das
sementes trituradas pode ser usado como vermífugo.
<98>
Modo de usar:
Folhas: chá por decocção ou infusão - 30 gramas de folhas para um litro de água. Indic
ado
para bronquites, catarros, tosses e outras infecções pulmonares. Também combate a qued
a de
cabelos.
Folhas verdes amassadas colocadas na área afetada: alivia a dor de picadas de
abelhas e
vespas.
Folhas verdes: utilizadas em banho, tem ação emoliente.
Chá por infusão: combate coriza, bronquite, inflamações, clisteres - Aplica-se o dec
oto.
<101>
Hamamelis
Nome científico: Hamamellis uirginiana L
Sinonímia: bruxa, feiticeira
Partes usadas: folhas, cascas
Família: Amameliaceae
Características: arbusto de 3 a 5 metros, com ramos ralos, folhas alternadas,
ovais,
alongadas, flores amarelas. Após a queda das folhas, aparecem as flores e os fruto
s.
Habitat: crescem em solos ricos e úmidos, não se adaptam à climas frios. Sua proce
dência
é da América do Norte, Estado da Virgínia e Canadá. Hama: nome grego que significa ao
mesmo tempo, e nelis, que significa fruto.
Propriedades químicas: hamamelina, óleo essencial, mucilagens, resinas, taninos,
hamamelitaninos, flavonóides, saponinas, virginiana (porque foi encontrada na Virgín
ia),
fenólicos, colina, sais minerais (ferro e potássio). Possui também óleos voláteis e princíp
os
amargos.
Propriedades terapêuticas: indicada para hemorragias, metorragias, hemoptises
e pistaxes,
hemorróidas, varizes, flebites, afecções da pele e das mucosas, problemas de menopausa
, é
adstringente, antitumoral, anti-blenorrágica e antiinflamatória.
Indicações: os índios usavam-na como cataplasma em feridas externas. Utiliza-se o
chá e
os supositórios para hemorróidas, inclusive as sangrentas, bem como para casos de va
ginites,
flebites, eczemas, varizes e hemorragias internas e como compressas, nas úlceras v
aricosas. É
utilizada também na composição de produtos cosméticos. A água extraída é utilizada como
desinfetante em feridas e descongestionante da pele irritada pelo vento.
<102>
As hemorróidas, são veias inchadas em volta do ânus que podem projetar-se para for
a do
reto. São geralmente associadas à prisão-de-ventre, gravidez, falta de exercícios, dieta
errada
e obesidade. As hemorróidas podem romper-se e sangrar, causando mal-estar e dor. O
cataplasma de hamamellis pode aliviar a dor e estancar o sangramento anal. A pla
nta é
tonificante das veias e capilares sangüíneos.
Modo de usar
As folhas, que contém taninos, devem ser secas à sombra e em local com boa venti
lação,
sendo que somente as cascas dos ramos devem ser secas ao sol. É muito usado em cos
méticos
devido aos seus óleos essenciais.
Uso geral
Tintura - 10 a 30 gotas ao dia num pouco de água, tomar de 1 a 3 vezes ao dia
nos
intervalos das refeições.
Chá por infusão das folhas - 20 g em 1/2 litro de água. Tomar 2 copos ao dia.
Água destilada de hamamellis - recomendada para higiene, ferimentos e
descongestionamento da pele causado pelo sol e pelo vento, ou avermelhado e rach
ado pelo
frio.
Uso externo
Decocção - 30 g de folhas e cascas em pedacinhos, em 1/2 litro de água. Ferva dura
nte 10
minutos, depois de coado, acrescente 200 ml de álcool 96°. Com algodão, aplique na par
te
afetada.
<105>
Hera
Nome científico: Hedera helix L.
Sinonímia: Hera européia
Partes usadas: folhas
Família: Araliaceae
Características: Arbusto tipo trepadeira ou rasteiro, com folhas verde-escuras
brilhantes.
Muito usada como planta ornamental, possui frutos tóxicos.
É uma planta histórica ligada à crenças gregas e egípcias, em que acreditava-se que a
hera
escondia os duendes sob as folhagens, e era tida como símbolo de felicidade e long
evidade.
Habitat: Proveniente da Europa, norte da África, Ásia e Ilhas Canárias, desenvolve
-se
melhor em lugares úmidos e com pouco sol.
Propriedades químicas: Saponinas (hederina, hederosaponina, hederagenina,
hederacosídeo), flavonóides (rutina e quercetina), ácidos clorogênico, terpênico e iodo.
Propriedades terapêuticas: Expectorante, tosses, bronquites, úlceras varicosas,
excitação
nervosa, hemicrania, menstruação difícil, emenagoga, asma, furúnculos, hidropisia, litíase
biliar, hipertensão, gota, leucorréia, anti-ulcerativa, cicatrizante, anti-celulítica,
analgésica,
vaso-dilatadora, cicatrizante e antiinflamatória.
Indicações: Suas folhas apresentam substâncias antiinflamatórias, e podem ser aplica
das
como cataplasma em queimaduras de sol e feridas. É indicada para casos de nefrite,
nevralgia, bronquite, edema, menstruação difícil, reumatismo, tosse e, aplicada na for
ma de
chá, escurece os cabelos brancos.
<106>
De acordo com a dosagem prescrita (em forma de chá), em maior quantidade torna
-se
vasodilatadora, e em menor, vasoconstritora.
Seu componente (hederosaponina) permite ação contra fungos, hipofunção da glândula
tireóide (redução de glicose e triglicerídeos), problemas pulmonares e afecções reumáticas,
bem como ativar a vesícula biliar. Nos casos de nevralgias, há redução da sensibilidade
dos
nervos periféricos, amenizando a dor, devido à ação da saponina.
Modo de usar:
Uso externo:
Efusão - para queimaduras e úlceras varicosas: Efusão - 10 gramas de folhas de her
a
frescas para 2 litros de água fervente. Deixar amornar, coar, colocar numa gaze e
aplicar na
área afetada. O liquido da decocção deve ser usado para lavar o ferimento cansado pela
queimadura.
Uso interno:
Efusão - para excitação nervosa, bronquites, tosses: Infusão - 100 ml de água fervente
para
6 gramas de folhas. Tampar por 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Para escurecer cabelos brancos: chá em efusão com enxofre.
OBS: Não é recomendado aumentar a dosagem, pois outras partes da planta são veneno
sas,
especialmente os frutos.
Não é indicada para gestantes, lactantes e portadores de hipertireoidismo.
<109>
Hipérico
Nome científico: Hypericum perforatum L.
Sinonímia: erva-de-São-João, hipericão, flor-de-São João.
Partes usadas: folha, flor
Família: Gutiferae
Características: arbusto perene, silvestre, chegando de 25 a 80 cm de altura.
Na Ásia e
Europa, é tida como planta daninha, por crescer à vontade. Suas flores são amarelo-dou
radas
e tem forma de estrela. São utilizadas na medicina, devendo ser colhidas logo que
desabrocham, inclusive com as folhas.
Habitat: adapta-se em lugares sombrios, é bastante comum na Europa, Ásia, Brasil
,
Austrália, e outros países da América. Cresce à beira de caminhos, em bosques e prados.
Propriedades químicas: contém vitamina C e P, catequinas, saponinas, caroteno, t
aminas,
óleo essencial, pectinas, fitosteróis (beta-sitosterol), glicosídeos (corante vermelho
-
hipericina), flavonóides, (quercitrina, rutina, hiperosídeos), resinas, princípios ama
rgos,
rodano, flobafeno.
Propriedades terapêuticas: antidepressiva, sedativa, calmante, antidiarréica, vu
lnerária,
antiinflamatória, adstringente, calagoga, anti-séptica, anti-reumática, atua no tratam
ento de
asma, gota, úlceras, dores de cabeça, gastrite, insônia, incontinência urinária, catarro d
a
bexiga e brônquios, menstruações irregulares, insuficiência hepática, inflamações e afecçõe
cutâneas (queimaduras, contusões, feridas) pois é anestésico, balsâmico, além de equilibrar
o
sistema nervoso e ser antiespasmódico. A hipericina tem ação no sistema nervoso centra
l,
auxiliando em casos depressivos.
<110>
Indicações: O chá do hipérico deve ser utilizado para queimaduras, ferimentos e
ulcerações, sendo aplicado diretamente no local. Ingerido, atua beneficamente nos ca
sos de
acidez estomacal, bronquites, enurese infantil, gota, asma, depressão, afecções das vi
as
urinárias e pulmonares, insônia, insuficiência hepática, nervosismo, bem como para o
controle da oleosidade dos cabelos e da pele acalmando-a, e utilizada também em ba
nhos
relaxantes. Decorridas 4 a 6 semanas, o estado de ânimo dos pacientes melhora
consideravelmente.
Modo de usar:
Reumatismo e gota: Friccionar o óleo feito com 300 g de sumidades floridas mis
turado em
500 g de óleo puríssimo. Este mesmo óleo poderá ser utilizado também para úlceras e
queimaduras, em compressas de gase.
Enurese infantil: Chá por infusão: para uma xícara (café) de água quente, colocar 2
colheres (chá) de flores. Repousar por 10 min. e coar. As crianças deverão tomá-lo 1/2 h
ora
antes de dormir.
Com o hipérico poderão também ser feitas loções, géis de banho, xampus, óleos infantis
cremes.
OBS: O excesso poderá resultar em irritações cutâneas ou edemas.
Para úlceras, queimaduras e chagas (feridas): óleo: 500 g de azeite puríssimo para
300 g de
sumidades floridas. Macerar por 8 dias, expor o recipiente ao sol. Filtrar o óleo
e guardar
num vidro. Usar com gase embebida neste óleo como compressa.
Gota, ciática, reumatismo: Óleo: 250 g de sumidades floridas em 500 g de azeite
puríssimo. Macerar por todo o verão, exposto ao sol, hermeticamente fechado. Filtrar
o óleo
que já adquiriu cor vermelha, no início do outono, e armazenar num vidro. Usar para
massagear o lugar afetado.
Má digestão, hermicrania, insuficiência hepática: Chá por infusão: Para 1 xícara de águ
fervente, colocar 5 g de sumidades floridas e uma ponta de faca de babosa. Tampa
r e deixar
10 min. Coar, adoçar e tomar em seguida.
Catarro da bexiga: Chá por decocção: - Ferver por dois min. em 1 litro de água, 200
g de
sumidades floridas. Coar e tomar 3 xícaras por dia.
Vermes intestinais: Chá por decocção: Ferver por 2 min. em 200 ml de água, 1 pitada
de
sumidades floridas, coar e tomar em jejum, sem adoçar, pela manhã.
Inflamação na traquéia, catarro dos brônquios: Chá por infusão: Em 1/2 litro de água
fervente, acrescentar 15 g de sumidades floridas. Coar, adoçar e tomar várias xícaras
ao dia.
Corrimento vaginal: Chá por infusão: Para 1 litro de água fervente, 15 g de sumida
des
floridas. Tampar e deixar por 10 min. Fazer banhos de assento.
Bronquites, males do fígado e cistite: 5 g de sumidades floridas, para uma xícar
a de água
fervente. Tampar por 10 min. Beber 3 vezes ao dia.
Contusões, queimaduras, feridas, úlceras, varicosas: óleo: Macerar em azeite de ol
iva de
boa qualidade, 100 g de flores recém-colhidas, mas secas, por 20 a 30 dias. Agitar
todos os
dias, coar e guardar em recipientes bem fechados, em lugar fresco e protegido do
sol. Aplicar
sobre as partes afetadas com um pedaço de algodão e proteger com gase.
<113>
Jaborandi
Nome científico: Pilocarpus microphyllus stapf
Família: Rutaceae
Partes usadas: folhas e raízes
Sinonímia: jaborandi-do-Ceará, jaborandi-manso
Características: Arbusto de um metro e meio, flores dispostas em espigas, folh
as
alternadas, compostas ovais, com leve aroma. Providas de glândulas transparentes,
donde se
extrai a pilocarpina, o fruto é rugoso de forma ovalada e gosto amargo.
Habitat: Planta tipicamente brasileira, cresce em regiões de clima subtropical
, encontrado
inclusive na União Soviética. No Brasil é comum na Amazônia, Maranhão, Piauí e Paraíba.
Propriedades químicas: Alcalóides, isopilocarpina, pilosina, pilocarpina, óleo ess
encial e
taninos.
Propriedades terapêuticas: Sudorífera, paralisias renais, cólicas intestinais e he
páticas,
blenorragia, caxumba, edema pulmonar, afecções bronquiais, hemorragias, alopecia
(calvície), leucorréia e glaucoma.
Indicações: As folhas são utilizadas como sudoríferos para combater as febres. Também
usa-se para estancar hemorragias, bem como no tratamento para doenças do cabelo,
triturando suas folhas e friccionando-as no couro cabeludo para estimular o cres
cimento dos
cabelos.
<114>
As pessoas que tem problemas de queda de cabelo, tem encontrado na loção feita c
om as
folhas de jaborandi, um resultado surpreendente como revitalizador, fortificante
e
estimulante, do crescimento dos folículoscapilosos na maioria dos casos, e princip
almente no
combate à queda dos cabelos devido a um dos seus alcalóides, a pilocarpna, que é conhe
cida
como a loção da saúde dos cabelos. O primeiro médico a estudar esta planta foi o Dr.
Coutinho, um pernambucano que a introduziu na Europa, já difundindo suas virtudes
curativas.
Tem também ação em problemas respiratórios, edema pulmonar e principalmente afecções
dos brônquios, devido ao seu óleo essencial tanino; que é um inibidor enzimático,
apresentando ação antiinflamatória e antiviral. Suas raízes são anestésicas e sialagogas. N
medicina popular são utilizadas para aliviar as dores de dentes e cessar as dores
de estômago.
Contra-indicações: Não se deve ministrar em pessoas enfraquecidas ou cardíacas, devi
do
aos seus alcalóides.
Modo de usar:
Uso externo - tônico capilar: colocar 2 colheres de folhas em 1 copo de álcool,
deixar
durante um dia. Massagear o couro cabeludo diariamente. Para dar brilho e fortal
ecer a raiz
dos cabelos.
Dor de dente: raízes - 10 g num litro de água, ferver e deixar esfriar, aplicar
com um
algodão.
Efusão - uso interno - para bronquite, diabetes, inflamação dos pulmões (pleura) e r
etenção
de líquidos: 20 gramas de folhas para l litro de água fervente. Tampar por 20 minuto
s; tomar
3 a 4 copos durante o dia.
<117>
Jojoba
Nome científico: Simmondsia chinensis (Link) Schneider
Partes usadas: Sementes (óleo)
Família: Bruxaceae.
Características: Arbusto perene, cuja produção de frutos é enorme, de onde se extrai
um
óleo de puríssimo grau, substituindo o óleo de baleia, com superioridade.
Habitat: Proveniente do deserto de Sonora, adaptou-se bem com o clima nordes
tino
brasileiro, onde o solo é árido, existe pouca chuva e o calor é intenso.
Propriedades químicas: ácidos e alcoóis monoenóicos, ácido ericosenóico, eicosenol,
decosenol e ácidos graxos insaturados.
Propriedades terapêuticas: Cicatrizante, emoliente, queratoplástica.
Indicações: O óleo combate os males da pele contra queimaduras, acne, psoríase. Util
izado
há muito tempo pelos astecas, que com ela tratavam seus ferimentos, usavam-na como
tônico
digestivo e também no tratamento dos cabelos.
Devolve à pele e aos cabelos, a oleosidade natural, hidratando-os e dando bril
ho. Dissolve
o excesso de oleosidade do couro cabeludo, que é uma das causas da queda de cabelo
s.
No caso de psoríase, que aparece como placas de escamas prateadas e vermelhas
nas
pernas, joelhos, braços e principalmente nos cotovelos, couro cabeludo, orelhas e
costas. Os
dedos das mãos e dos pés perdem o brilho, aparecendo sulcos e orifícios. A causa é diver
sa,
as crises podem ser por tensão nervosa, stress, infecções viróticas e bacterianas. Em mu
itos
casos, os ácidos graxos da jojoba neutralizam os radicais livres que danificam a p
ele, havendo
uma sensível melhora, agindo como excelente lubrificante.
<118>
Modo de usar
Uso externo
Óleo de jojoba - para cabelo seco, adicionar em um shampoo de boa qualidade, 4
% do óleo
ou uma colher de sobremesa, num shampoo de 200 ml.
Psoríase - passar no local afetado, um algodão com óleo de jojoba.
<121>
Jurubeba
Nome científico: Solanum paniculatum L.
Sinonímia: Jurubeba-menor, jurupeba, jubeba, jurubebinha, jaúna.
Partes usadas: folha, raiz e fruta
Família: Solanaceae
Características: O nome vem do tupi, jupeba (espinho chato).É um sub -arbusto qu
e habita
os campos quentes do Brasil, chega até 3 metros de altura e apresenta caule piloso
, folhas
caliciformes fendidas e lobadas, revestidas de penugem na parte inferior, aprese
nta flores
lilás, folhas pequenas, esféricas e verdes, sementes marrom-claro e raízes com cascas
rugosas. O fruto é esverdeado e igual a uma baga redonda com muitas sementes.
Habitat: Originária do Brasil, está presente sobretudo no Ceará e em Pernambuco,
crescendo normalmente em terrenos arenosos, pastagens, beiras de estradas e terr
enos
baldios, onde ele cresce e se desenvolve normalmente.
Propriedades químicas: alcalóides - tujona (raízes), solanina (folhas e flores), f
lavonóides,
taninos, esterólicas nitrogenadas, glicoalcalóides (jurubina), óleos essenciais, mucil
agens e
ácidos orgânicos (ácido clorogênico), saponinas, glicosídeos ( paniculinas A e B).
Propriedades terapêuticas: estomáquica, descongestionante, diurética, colagoga,
emenagoga, cicatrizante, afrodisíaca, hepática e antidiabética.
<122>
Indicações: Digestivo, tumores do útero e do abdômen, tem resultados com o uso da
jurubeba, icterícia e erisipela, afecções no fígado, hepatite, úlceras, feridas e diabetes
. É
indicada também para casos de impotência sexual.
É excelente contra infecções do estômago, baço e fígado. É conhecido também por seu
poder energético e é usado como bebida afrodisíaca. O folclore do Norte e Nordeste do
Brasil
diz que o homem pode ficar forte como um leão, é por isso que se recomenda o seu uso
na
impotência sexual.
OBS: O uso profundo (meses) é tóxico devido a presença de alcalóides e esteróides em s
ua
composição.
Modo de usar:
Uso interno: hepatite, icterícia e cistites - chá por efusão: 30 g de folhas verde
s em 1/2 litro
de água. Tomar durante o dia.
Raízes: chá por decocção - 200 gramas em 1000 ml de água. Como afrodisíaco, o chá é
colocado na cachaça.
Uso externo: cicatrizante de feridas, úlceras - Efusão: 1 colher de sopa de folh
as ou mais
ou menos 5 g, com um copo de água fervente. Fechar e deixar por 10 minutos. Aplica
r como
cataplasma na área afetada.
Folhas amassadas: mucilagens, aplicar sobre a parte afetada 2 vezes ao dia.
Digestivo: 10 g de raízes picadas. Ferver em 10 ml de água. Coar e misturar com
suco de
limão. Tomar durante o dia.
Colerético (estimula a produção da bile e melhora a digestão): Colocar 30 frutos e 2
ramos
de canela em um litro de vinho (licoroso). Deixar macerado por 10 dias. Tomar 1
cálice por
refeições.
<122>
OBS: O suco: possui propriedades diuréticas.
<125>
Kava-kava
Nome científico: Piper methysticum
Partes usadas: raízes e folhas
Família: Piperaceae
Características: é um arbusto pertencente a mesma família da pimenta-do-reino. Apr
esenta
folhas enormes que podem chegar a 25 cm de diâmetro.
Habitat: a kava-kava é uma planta nativa das Ilhas do Pacífico Sul, Havaí e aclima
tizada na
Austrália e Estados Unidos.
Propriedades Químicas: resinas, lactonas ou kavalactonas, alcalóides, piperidina

(pipermethysticina).
Propriedades terapêuticas: antidepressiva, angústia nervosa, estado de tensão nerv
osa,
agitação, ansiedade, insônia, anti-brônquica, anti-reumática, anti-séptica, urinária, analg
e indutora do sono.
Indicações: os principais constituintes do kava-kava são as kavalactonas. Elas age
m
primariamente no sistema límbico, parte primitiva do cérebro que afeta todas as outr
as
atividades cerebrais e é o centro das emoções e do instinto.
Acredita-se que o kava-kava possa promover o alívio da ansiedade e elevar o hu
mor,
alterando a maneira pela qual o sistema límbico influencia os processos emocionais
.
As kavalactonas também possuem ação relaxante muscular, causando amortização motora
e relaxamento da musculatura esquelética, sem no entanto alterar a respiração.
<126>
Estudos farmacológicos mais profundos têm demonstrado que as kavalactonas são capa
zes
de se ligar aos receptores histamínicos H 3. Os agonistas H 3, como é o caso das
kavalactonas, quando presentes no Sistema Nervoso Central, causam sedação e exercem
efeitos anti-convulsivos, o que explica a ação sedativa e anti-convulsiva do kava-ka
va.
Em indivíduos com convulsões associadas a um grau de ansiedade, o kava-kava pode
ser
extremamente efetivo no alívio dos sintomas por possuir um ótimo efeito tranqüilizante
,
ansiolítico e levemente antidepressivo. Pode também ser associado a um outro antidep
ressivo
natural, como o hipérico ( Hyperícum perforatum).
Segundo a americana especialista em fitoterapia P. Brevoort, de Oregon (USA)
, não existe
outra planta como a kava-kava, que proporcione um total relaxamento, e ao mesmo
tempo,
permite uma clareza de raciocínio excelente.
Realmente, esta planta é muito boa para aliviar ansiedade, sem tirar o usuário d
e qualquer
vivacidade. É também usado com bons resultados no tratamento de espasmos musculares
e
dores de cabeça por stress, além de ajudar em casos de bronquites nervosas.
Desde 1950, a Alemanha tem pesquisado a kava-kava e comprova, que ela é um ele
mento
psicoativo, isto é, um estimulante e um sedativo suave, sendo um substituto seguro
dos
tranqüilizantes e soníferos a base de benzoapezina, vendidos sob receita médica como P
rozac,
Vallium e Xanax, usados no tratamento de distúrbios mentais e insônia.
Os pesquisadores europeus chegaram a conclusão de que os elementos ativos da k
ava-
kava, incluindo a lactona, o tornam um dos melhores analgésicos até hoje conhecidos,
que
pode ajudar a controlar a dor, tanto de tensão nervosa, quanto muscular e ATM.
A lactona tem um efeito depressivo no sistema nervoso central, agindo como
antiespasmódico, além de dar proteção com efeito calmante nas vias urinárias e da bexiga.
<127>
Modo de usar
Uso interno
Infusão - para alívio urinário e infecção 5 g de folhas em um copo de água fervente.
Coar, esfriar e tomar meio copo, 2 vezes por dia.
Tintura - como relaxante tônico - 30 gotas em um copo de água. Tomar 3 vezes ao
dia.
Raízes - ferver durante cinco minutos, 5 g em dois copos de água. Tomar um copo,
2 vezes
ao dia.
Cápsulas - Tomar 2 cápsulas à noite ao deitar, para ter um sono tranqüilo.
<129>
Língua-de-vaca
Nome científico: Chaptalia nutans
Sinonímia: sanguineira, erva de sangue, língua de vaca miúda, tapira, buglossa, ch
amama,
costabranca.
Família: Compositae
Partes usadas: folhas e raízes
Características: planta herbácea brasileira, muito disseminada por toda a América
tropical,
ocorrendo no Sul, Sudeste e Centro-oeste, incluindo estados do Norte e Nordeste,
principalmente em gramados, pastagens e terrenos baldios. Reprodução por sementes.
É uma planta rasteira, com folhas grandes, ovais, alongadas, apecioladas, verd
e-escura,
inflorescencia em espigas, com flores brancas como pequenos jasmins.Tem raiz ram
ificada.
Propriedades químicas: resinas, mucilagens, óleo essêncial, flavonóides, pigmentos,
taninos, sais minerais.
Propriedades terapêuticas: diurética, emenagoga, béquica, tônica, desobstruente e an
ti-
herpética.
Indicações: distúrbios menstruais, úlceras crônicas, dores de cabeça, tosses, afecções
pele, obstipação intestinal, afecções febris e das vias urinárias.
Existe outra planta também chamada fumo-do-mato (Coronila stipuladissima), que
é
diferente desta, ainda há chaptalia integerrima. Tem sido usada em blenorragia, pr
oblemas
pulmonares, dermatoses e em dores de cabeça, as folhas maceradas são colocadas sobre
a
testa. Tem ação sobre tumores linfáticos.
Modo de usar:
Folhas
Afecções da pele em geral, afecções das vias urinárias, catarros pulmonares, tosses,
distúrbios menstruais - uso interno - chá por infusão ou decocção, dosagem normal.
Úlceras crônicas e tumores linfáticos - uso externo - chá por decocção, sob a forma de
banhos.
Dores de cabeça e insônia - uso externo - folhas frescas, aquecidas, colocadas s
obre as
têmporas, aliviam a dor de cabeça e facilitam o sono.
Raízes Afecções febris e obstipação intestinal - uso interno - chá por decocção, dosage
normal.
<133>
Linho
Nome científico: Linum usitatissimum
Sinonímia: linhaça ou óleo de linhaça
Família: Linaceae.
Partes usadas: sementes
Características: o linho é uma planta herbácea anual, ereta, sem pêlos e abundanteme
nte
ranuosa na extremidade. Mede de 30 a 80 cm de altura. As folhas superiores mostr
am-se
estreitas, longas e pontiagudas e as inferiores, mais largas. As flores tem caro
las com 5
pétalas azuis. Produz cápsulas globosas, contendo pequenas sementes achatadas.
Habitat: originária da Ásia e África, o linho é uma planta que se desenvolve facilme
nte nos
estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Propriedades químicas: ácido linolênico, ácido linoléico, ácido estereárico, ácido
palmítico, mucilagem, óleo sedativo (tradicional óleo de linhaça, rico em proteínas). Por
compressão a frio, o óleo de linho é obtido das sementes que contém os glicerídios sólidos
fluídos de ácidos. Contém também cera, sal e óleo ômega-3.
Propriedades terapêuticas: as sementes são emolientes, refrescantes, laxativas,
diuréticas
e resolutivas, sendo recomendadas no tratamento de queimaduras, furúnculos, varize
s, crosta
láctea (eczema do lactente) e reumatismo. Atua também em inflamações na gengiva, faringe
e boca, problemas urinários, cistites, problemas no fígado e nos rins.
<134>
Indicações: é indicado na cura da hemorróida e da prisãode-ventre, pois a linhaça é
emoliente. É indicada também nas inflamações do intestino, afecções da garganta, do
estômago, dos brônquios e da bexiga, além de aliviar os abcessos, colites, enterites e
diabetes.
Já era cultivada na velha Babilônia. Também nas sepulturas egípcias, se tem encontra
do
sementes de linho. Parece que eles não só a aproveitavam por causa das sementes, ric
as em
óleo, como também chegaram a descobrir a confecção de fileras e de tecidos de linho.
As gorduras de certos frutos do mar, assim como o da linhaça, são radicalmente b
enígnas e
diferentes. Seus ácidos graxos ômega-3 estão aptos a serem transformados em substâncias
que combatem o acúmulo de plaquetas, dilatam os vasos sangüíneos e redigem inflamações e
danos às células.
Modo de usar
Abcesso - cataplasma - ferver 1/4 de litro de água, acrescentar 60 g de farinh
a de linho e
referver por 1 minuto. Estender a pasta por cima de um tecido dolorido e cobrir
com uma
gaze. Aplicar quente, mas não fervente, pois pode provocar sérias queimaduras. Coloc
ar
sobre o cataplasma, um pedaço de lã, para que o calor se conserve por mais tempo.
Hemorróidas e inflamações - água de semente de linhaça - verter 150 ml de água morna
sobre 30 g de sementes de linho inteiras. Misturar bem e deixar em infusão por sei
s horas.
Filtrar com um tecido de linho, espremendo bem as sementes para que saia toda a
mucilagem.
Esta água de semente de linho deve ter uma parte de mucilagem para cada 30 partes
de água
morna. Ingerir o líquido.
Queimaduras - linimonto - misturar em partes iguais, óleos de linho e água de ca
l. Aplicar
a mistura sobre as regiões queimadas, enfaixando em seguida.
Vermes intestinais - clister- preparar 3 xícaras de infusão de camomila e adicio
nar quando
o óleo estiver quente e não mais fervente, 3 colheres de óleo de linho, uma pitada de
sal de
cozinha e uma pitada de sabão ralado. Agitar o líquido e empregá-lo no clister, antes
que
esfrie totalmente.
<135>
As fibras, extraídas das folhas e das hastes, são aproveitadas pela indústria têxtil
, para
confeccionar linhos.
O óleo de linhaça entra no preparo de esmaltes, vernizes, tintas diversas, papel
impermeável e combustível.
<137>
Losna ou Absinto
Nome científico: Artemisia absinthium L
Sinonímia: Erva-dos-vermes, absinto, losna-maior, ervasanta, alvina.
Partes usadas: folhas e flores
Família: compositae
Características: Planta herbácea, de fácil cultivo, perene, mede de 50 cm a 1 m de
altura,
com folhas glaucoesbranquiçadas de sabor amargo, flores de cor amarela, pedunculad
as,
reunidas em pequenos capítulos pendentes. Exala odor e apresenta sabor bem amargo.
Habitat: Planta nativa da Europa e da Ásia, hoje ela é cultivada em todos os lug
ares dando
preferência à climas temperados. Seu nome deriva do grego, que significa "sem doçura",
ou
amarga. Prefere terrenos secos e pedregosos, ensolarados a arenosos.
Propriedades químicas: taninos, vitamina B 6 e C, fitosterol, quebrachitol, su
bstâncias
carotenóides, compostos lactônicos, borneal (cânfora de bornéu), tuiolva, azulenofelandr
eno,
pineno, absintina (princípio amargo), glindelina, resinas, ácidos orgânicos, flavonóides
,
ácidos fenólicos, óleo essencial, absintona (absintina), ácido tânico, málico e succínico -
clorofila.
Propriedades terapêuticas: Digestão deficiente, antiinflamatória, males dos rins e
do
estômago, icterícia, gastralgia, hidropisia, respiração difícil, azia, secreção difícil da
,
histerismo, escrofulose, leucorréia (flores brancas), envenenamentos, afrodisíaco, e
pidemias,
anti-helmíntico, menstruação escassa, dilatação do fígado e baço, males hepáticos e
antidepressiva.
<138>
Indicações: Os azulenos agem como antiinflamatórios, as lactonas e os sesquiterpen
os tem
ação de efeito antitumoral. A tujona é um estimulante cerebral. A losna é uma eliminador
a de
vermes por excelência, e também é um excelente repelente de insetos.
Para a utilização com vermífugo, problemas de menstruação difícil, febres, dores de
estômago, cólicas de fígado e rins, aplicar sobre o local como cataplasma ou tomar chá.
Esta
planta desenvolve efeito tônico sobre o estômago combatendo-lhe a acidez, e ela tem
propriedades de reduzir, como tônico amargo, a duração das doenças. É indicada
principalmente para problemas de estômago, atonia, queimação e úlceras, com resultados
surpreendentes.
Os princípios amargos são utilizados na fabricação do licor de absinto. A losna prod
uz em
algumas pessoas uma grande sensualidade devido à tuiona.
O índice alcoólico do licor de absinto, ultrapassa 55%, proibido em nosso país pel
o
ministério da saúde. Contra-indicações: O uso excessivo não é indicado porque prejudica os
glóbulos vermelhos do sangue, além de provocar perturbações psíquicas. O suco ao natural é
tóxico, mas através da infusão, elimina-se esse efeito. Não é indicada para lactentes pois
deixa o leite amargo, nem para gestantes, pois pode ser abortivo.
Modo de usar:
Uso interno
Por infusão: Uma colher de chá de losna para uma xícara de água fervente.
Tampar por 10 minutos, coar e tomar de 2 a 3 vezes ao dia. Maceração: 3 gramas e
m 100
ml de vinho, repousar por 5 dias. Filtrar e tomarem cálice pequeno, antes das refe
ições, 2
vezes ao dia.
Extrato fluído: tomar 10 gotas, 2 vezes ao dia.
OBS: Observar a quantidade ingerida, pois pode causar danos ao estômago, fígado
e rins.
A essência pode provocar convulsões.
<141>
Louro
Nome científico: Laurus nobilis
Sinonímia: louro-comum, loureiro-de-Apolo, loreiro-dospoetas
Partes usadas: bagas, frutos e folhas
Família: Lauraceae
Características: O louro é um arbusto perene, com folhas duras, lustrosas e verd
e-escuras
na superfície superior. Apresenta flores bem miúdas, de coloração branca ou amarelo-
esverdeada. As folhas do louro podem ser coletadas em qualquer época do ano e tem
aroma
intenso e penetrante.
A árvore do louro pode chegar até um século de existência. Do fruto, se obtém o óleo.
Habitat: As árvores podem alcançar até 8 metros de altura, originárias da Ásia Menor,
são
muito comuns nas matas pluviais dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Jan
eiro,
Paraná e Espírito Santo. É originário dos países Mediterrâneos, de clima temperado.
Cultivado e naturalizado em todo o continente americano.
Propriedades químicas: As folhas são ricas em óleo volátil, composto de 45% de lineo
l.
Contém tanino, as bagas contém ácidos laurínicos, palmíticos e linóico, óleo essencial,
mucilagens, pectinas e substâncias amargas.
Propriedades terapêuticas: eupéptica, antiinflamatória, anti-reumática, carminativa,
diurética, digestiva e balsâmica.
<142>
Indicações: como bálsamo anti-reumático, como aperitivo facilita a digestão e alivia a
s
dores reumáticas e artríticas. O óleo extraído do louro serve para combater as dermatose
s e as
lêndeas. As cascas de louro-preto combatem inúmeras afecções intestinais e digestivas, t
ais
como, catarros e diarréias. É estimulante da secreção do suco digestivo. Elimina gases d
o
conduto digestivo. É excelente para aqueles que tem digestão difícil. É também estimulante
da menstruação, regularizando o ciclo menstrual.
As folhas e frutos servem como condimentos e temperos para carnes.
Tibério César, imperador romano, colocou em sua cabeça, ramos de louro entrelaçados,
servindo como honra, usá-lo após uma vitória de batalha ou de luta. Segundo urna tradição
romana, a "coroa" de louro usada por um vencedor nunca poderá ser sacudida por rai
os,
recebendo sua proteção. O louro foi concedido pelo Deus Apolo, patrocinador dos triu
nfos,
das belas artes e da medicina. Os atletas e os guerreiros com ele eram coroados.
Modo de usar:
Colocar meia colherinha de chá de pó de casca de louro preto em um pouco de água.
Beber
3 vezes ao dia.
Uso interno
Decocção: Em 1 litro de água. Ferver 20 g de casca de louro. Tomar 1 copo após as
refeições.
Infusão: Em 1 litro de água quente colocar 15 g de folhas de louro, deixando des
cansar por
10 min. Filtrar e beber lentamente em duas vezes - para má digestão.
Estomáquico, aromático e calmante: uso externo: aplicações de óleo de louro ou de
pomada de folhas secas pulverizadas sobre as articulações dolorosas nos casos de reu
matismo
crônico.
<145>
Milho - Estigma de Milho
Nome científico: Zea mays L.
Partes usadas: estilete ou estiquia ( cabelo de milho) e sementes.
Família: Gramineae.
Características: Conhecido como estígmas ou estiletes, deve ser colhido tão logo a
pareçam
na espiga, ainda claros e macios, herbácea anual, que atinge até 3 metros de altura.
Seu caule
é ereto sem ramificações, de caules cilíndricos cheios. As flores reúnem-se em uma espiga
cilíndrica. Planta cultivada quase universalmente como colheita de alimento, o mil
ho é nativo
dos Andes e da América Central.
Planta sub-arbustiva de colmo nodoso e raízes adventícias, com folhas grandes,
invaginantes, linearlanceoladas, com flores unissexuais, amarelas, com polpa ácida
. Possui
muitas sementes.
Habitat: é originária do México e Peru.
Propriedades químicas: flavonóides (marsin), saponina, ácidos málico, tartárico,
maizênico, alantoína, albumina, hordenina, vitaminas A, B 1, B 2, K e C, sais minera
is
potássio.
Propriedades terapêuticas: cistite, nefrite, diurético, ácido úrico, litíase, albuminúr
a,
antiinflamatória, hipertensão e é estimulante da secreção da bile.
Indicações: o chá dos cabelos de milho é um excelente desinfetante das vias urinárias
devido às suas propriedades antiinflamatórias, sendo indicado no tratamento de cisti
te
com resultado excelente, regredindo e desaparecendo com o seu uso.
<146>
Os que tem problemas com o ácido úrico encontram melhoras com o chá das estígmas, qu
e
ajuda também a baixar a pressão alta.
Modo de usar
Chá em infusão - 20 g num litro de água. Tomar um copo, 4 vezes ao dia.
<149>
Marapuama ou Muirapuama
Nome científico: Ptychopetalum olacoídes Benth
Sinonímia: Muirapuam, marapuama, muitatam
Partes usadas: raiz
Família: Olacaceae
Características: Arbusto atingindo até 2 metros de altura, de haste ereta e coro
ada por
pequenos e raros galhos, flores em rácemos e frutos drupáceos. As raízes e as hastes são
de
coloração parda-avermelhada, suas folhas são pequenas e verdes pela parte superior, e
cinza
azuladas pela parte inferior, pendentes em ramos longos e finos. Suas raízes possu
em
estimulante sexual, dando resultado positivo no caso de disfunção erétil.
Habitat: Arbusto originário do Amazonas, ocorre em lugares gumosos da mata de
terra-
firme.
Propriedades químicas: óleo essencial, tanino, alcalóide, marapuamina, lupeol, est
eróis,
álcool triterpênico.
Propriedades terapêuticas: Anti-reumática, ataxia locomotora, estimulante sexual
, alopecia,
tônico, antidepressívo. Emprega-se como estimulante sexual para ambos os sexos.
Causa excitação sobre o sistema nervoso central, justificando a sua indicação em cas
os de
depressão, esgotamento e outras doenças de nível neurológico.
Indicações: Paralisia facial, astenia circulatória. Nos casos de impotência sexual,
tem a
propriedade de restaurar a força sexual, ativando o mecanismo neurovascular que at
ua na
ereção. Em clínicas, obtém-se resultados de até 70%. É um excelente antidepressivo. Para
queda de cabelos, o chá em infusão dá bons resultados.
<150>
Modo de usar:
Uso interno - decocção: 20 g da raiz para 1 litro de água. Ferver durante 10 minut
os.
Tomar 4 copos ao dia.
Para aumentar a potência sexual:
Infusão - colocar em 1 litro de vinho moscatel, 10 g de muirapuama e 10 g de c
atuaba.
Deixar em repouso e tomar um cálice às refeições.
Uso externo
Reumatismo - 20 g de muirapuama com 20 g de gengibre. Colocar em infusão em um
litro
de álcool, deixando em repouso por uma semana. Massagear a parte afetada 2 a 3 vez
es ao
dia.
<153>
Mulungu
Nome científico: Erythrina mulungu Benth
Sinonímia: Corticeira, marrequeira, bico-de-papagaio, murungu, sapatinho-de ju
deu e
muchocho.
Partes usadas: Casca, folhas.
Família: Leguminosae - Papilionoideae
Características: Árvore espinhosa que pode medir de 6 a 10 metros de altura, cuj
a casca é
de cor avermelhada, suas flores também são vermelhas e de tamanho grande, e suas sem
entes
são vermelhas e pretas, as suas folhas são compostas trifolioladas.
Habitat: Adapta-se bem em clima quente, sendo a região de Minas Gerais, Matogr
osso do
Sul até o Rio Grande do Sul, onde mais se encontram estas árvores.
Propriedades químicas: Esteróides, alcalóides, erisodina, eritratina, eritrina, er
itramina,
erisopina.
Propriedades terapêuticas: Sedativa, tranqüilizante, calmante, age contra a asma
, insônia,
tosse, obstruções do fígado e baço, hepatite, histeria, alterações do sistema nervoso, agit
hipertensão, prisão de ventre, hemorróidas, dor de dente, contusões, palpitações, coqueluch
,
reumatismos (dores).
Indicações: Utilizado para todos os casos de excitação nervosa e suas conseqüências.
Alivia as dores, age no combate às hemorróidas, tosse nervosa e asma. Sendo purgativ
a,
auxilia nos casos de prisão de ventre.
<154>
Os alcalóides atuam sobre o sistema nervoso central, agindo como depressores e
são
absorvidos lentamente pelo tubo gastro-intestinal e excretados pelos rins.
Modo de usar:
Casca: Chá por decocção, um copo de água fria, com 2 a 4 g de cascas de mulungu.
Tampar e deixar ferver por 5 min. Beber algumas vezes durante o dia. Atua nos ca
sos de
hepatite, como analgésico, e para combater a insônia.
Folhas: O suco extraído das folhas melhoram a dor de dente.
Pode-se usar 4 a 5 folhas num copo de água e bater no liquidificador.
<157>
Nim ou Margosa
Nome científico: Azadirachta indica - A juss, Synantelara azadirachta ou Melia
azadirachta
Sinonímia: Neem
Família: Meliaceae
Partes usadas: toda a planta, folhas, sementes (óleo), frutos, cascas e raízes.
Habitat: é uma planta de origem asiática, natural de Burma e das regiões áridas do
subcontinente indiano.
Características: Tem crescimento rápido, atinge normalmente 15 metros de altura.
As
folhas são verdes escuras, compostas e imparipinadas. Com flores esbranquiçadas, per
fume
peculiar, reunidas em inflorescências densas. O fruto é uma baga ovalada com 1 a 2 c
m de
comprimento. A polpa é amarelada, quando madura. Sua casca é branca, dura, e sua sem
ente
contém óleo essencial, com coloração marrom. Resiste a solos secos e pobres em nutriente
s,
mas prefere clima tropical, não tolerando temperaturas abaixo de 8° C.
A plantação é feita através de mudas, após o plantio das sementes. O sucesso do planti
o
está relacionado ao início da estação chuvosa da região.
Propriedades químicas: gedunine, taninos, meliacinas (triternos oxigenados), n
eemola,
glicosídeos, ácido nítico, ácido oléico, ácido tetradecóico e ácido D (do nim). As sementes
possuem óleos: nimbim, nimbinim e nímbidim. Nas flores há minerais como sódio, potássio,
cálcio, ferro e cloro, além de dióxido de carbono CO 2, e derivados do enxofre SO 4 e
SI O 2.
Outros componentes como o nimbosterol, glicosídeos, nimbosterim, flavonóides: nimbic
etim
e sesquiterpenos, solamina e azaridactim.
<158>
O azadiractim (assemelha-se a um esteróide) é o componente mais importante da se
mente
do nim, estudado durante quase 20 anos. É o mais empregado no controle de pragas,
pois não
possui ação fitotóxica, não agredindo o meio ambiente e é praticamente atóxica ao homem.
Propriedades terapêuticas: ação anti-malária, antifúngica, anti-hemorróica, anti-diabét
,
dermatites, cistites, antidiarréica, vermífuga, antiespermaticida, antibacteriana, a
ntiviral,
fertilizante utilizado como adubo orgânico, além de combater úlceras, eczemas e psoríase
.
Indicações: é uma planta extraordinária com ação múltipla em diversas enfermidades. O
óleo da semente de nim tem feito maravilhas no tratamento de psoríase, reduzindo a c
oceira,
a escamação e a vermelhidão da parte lesionada.
O uso oral do extrato das folhas do nim tem reduzido nos diabéticos insulínicos
(tipo I), a
necessidade de insulina na proporção de 30 a 50%.
O que dizer do câncer e da Aids? O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unido
s, tem
experimentado em cobaias, extrato de nim, que tem ação surpreendente na aniquilação do
vírus HIV.
Os elementos ativos polissacarídeos e limonóides encontrados na casca, folhas e
sementes
tem reduzido certos tumores cancerosos. Até nas doenças coronárias, há diminuição da
coagulação sangüínea e pressão arterial.
É interessante que na índia, existe um lubrificante vaginal feito com óleo de nim,
que evita
a gravidez melhor do que os preservativos (camisinha) usados pelos homens.
<159>
Possui ação repelente de insetos, melhor que os produtos químicos conhecidos.
Modo de usar
Infusão das folhas - 10 g num litro de água, tomar durante o dia.
Cápsula de óleo - 300 mg, 3 cápsulas ao dia.
Pó - 5 gramas em meio litro de água. Tomar 2 copos ao dia.
<161>
Nogueira
Nome científico: Juglans regia L.
Sinonímia: noz pecam
Partes usadas: cascas, folhas, nozes.
Família: Juglandaceae
Características: árvore enorme, cresce até 30 metros de altura, régia como seu nome
indica,
prefere terrenos arenosos. Suas folhas tem um largo pecíolo, é hermafrodita e seu fr
uto é uma
drupa contendo em seu interior a noz pecan.
Habitat: originária da Ásia central, Europa, China e Himalaia, adaptou-se bem no
Brasil.
Propriedades químicas: juglona, menadiona, nogalina, inositol, flavonóides, ácidos
graxos
(linolêico, linólico e olêico) caroteno, taninos e minerais como: cálcio, ferro, fósforo,
zinco,
além de vitaminas B 1, B 5 e C.
Propriedades terapêuticas: vermífuga, antidiarréica, hipoglicemiante, anti-séptica,
anti-
caspa, dermatites, gota, anti-queda de cabelos, litíase renal, antimicrobiana, ant
iinflamatória e
anti-colite.
Indicações: contra pedras nos rins, litíase renal, onde os pacientes que usam o óleo
de
nogueira eliminam ou dissolvem seus cálculos em média em 48 horas.
As dermatites, como eczema seborrêica, tem um resultado excelente com a aplicação
local
do óleo.
Muitas pessoas que tem diabetes do tipo II, experimentaram o decoto das casc
as ou o chá
das suas folhas e tiveram normalizada sua hipoglicemia (diminuição do açúcar no sangue).
<162>
O extrato tem ação antimicrobiana, de largo aspecto, incluindo Cândida albicans,
Mycobacterium smegmatis, Escherichia colf e Staphylococcus aureus, devido aos se
us
elementos ativos, juglona e menadiona.
As nozes, apresentam um grande valor nutritivo, com um conteúdo protéico melhor
do que
a carne bovina, superando-a devido a quantidade de seus óleos, minerais e vitamina
s.
É também excelente no combate à diarréia e colites, devido a nogalina encontrada em
suas
folhas, além de ser preciso no tratamento de uretrite (inflamação da uretra ou conduto
da
urina).
Tem ação adstringente, cicatrizante,e antiinflamatória contra eczema, impetigo, fo
liculite,
tinea, úlceras e hemorróidas.
Modo de usar
Uso interno - geral - infusão : 20 g de folhas em 1000 ml de água fervente, toma
r durante o
dia.
Tintura - 25 ml, 2 vezes ao dia.
Uso externo - decocção da casca, 50 g das cascas em 1 litro de água. Ferver durant
e 20
minutos, esfriar e aplicar em banho no local afetado.
Cápsulas - uso interno - tomar 6 cápsulas ao dia, 2 cápsulas de manhã, 2 à tarde e 2 à
oite.
<165>
Nós-moscada
Nome científico: Myristica fragans Houtt
Partes usadas: sementes (óleo e pó)
Família: Miristicaceae
Características: possui folhas muito verdes, de configuração piramidal, flores ama
relo-
claro, com suave perfume, podendo ser flores masculinas (reunidas em corimbos) e
femininas
(solitárias). O fruto quando maduro, abre-se expondo sua semente, e são amarelos a
avermelhados, grandes e carnosos. Alojam sementes duras, oleaginosas, ovaladas e
de cor
parda com cerca de 4 cm de comprimento, vezes 2 de largura, que é a nos moscada.
Habitat: Originária da Indonésia, Ilhas moluscas, Antilhas e Samatra.
Propriedades químicas: lipídios, óleos essenciais, safrol, linalol, geraneol, born
eol,
miristicina, elemicina, trimiristina.
Propriedades terapêuticas: Anti-reumática, eczema; estimulante, afrodisíaco, carmi
nativo,
auxilia na digestão, gazes, vômitos e cólicas intestinais.
Indicações: O gel feito do óleo da noz moscada é utilizado em dores reumáticas,
friccionando-o nos locais doloridos. A medicina chinesa emprega a noz moscada pa
ra casos
de diarréias. Massageia-se locais com dores e gota. Resolve o problema de circulação p
ara
pernas inchadas e, na homeopatia é usada nos distúrbios mentais e de memória.
Recomenda-se para quaisquer casos de problemas digestivos, reduzindo as náusea
s,
vômitos e diarréias. É também utilizada como tempero para sopas.
<166>
A miristicina e a elemicina possuem ação moderada inibidora da monoamino-oxidase
, e
potencializa a ação da triptamina. A administração desta erva não é antidepressiva e sim
sedativa.
Modo de usar:
Decocção: Para gripes, males pulmonares, asma: colocar em 1 copo
de água, 1 nos moscada bem picada e ferver por 3 minutos. Tomar ainda morno, antes
de
deitar. Tomar uma xícara por 3 dias.
Xarope caseiro:
Para pernas cansadas e inchadas: xarope de nos moscada. Para infecção na gargant
a: 2
colheres de azeite, mel, 1 nos moscada ralada, misturar bem. Tomar 1 colherinha
pela manhã
e 1 à tarde.
Infusão: 2 g de pó de nos moscada para 1 copo de água quente.
Para diarréia: A diarréia de início abrupto na pessoa sadia, está mais freqüentemente
relacionada com algum processo infeccioso e 1/2 nos moscada em pó, misturada à uma
colher de sobremesa de rum, tomada 2 a 4 vezes diárias, acaba com a infecção e recuper
a as
funções intestinais em 2 ou 3 dias.
Óleos: Para dores reumáticas: O óleo de noz moscada, devido aos óleos essenciais,
aplicado com massagens nas partes doloridas, tem resultados excelentes, desde qu
e aplicado
2 vezes ao dia.
<167>
Contra-indicação: não deve ser usada por gestantes, pois pode haver contração uterina,
levando ao aborto.
<169>
Pimenta-de-Caiena
Nome científico: Capsicum annuum L.
Partes usadas: Fruto e folhas
Família: Solanaceae
Características: herbácea anual, com altura variável de 30 cm a 1 m de altura, fol
has
alternas, pontiagudas, lisas e pecioladas. As flores são pequenas e brancas. Seus
frutos tanto
podem ser pequenos como grandes, alongados ou estreitos, redondos ou cônicos, de
coloração amarela, verde ou vermelha, de sabor doce ou picante, contendo sementes. E
xistem
diversas variedades do gênero capsicum.
Habitat: América tropical. Deve-se escolher regiões tropicais e sub-tropicais pa
ra seu
melhor cultivo, porque não resistem às geadas. Necessitam de solos argilosos ricos e
m
matéria orgânica, drenados e pouco ácidos.
Propriedades químicas: Vitaminas A, B 1, B 2, C, PP, K, E, ferro, óleo essencial
,
capsicinóides, carotenóides, açúcares, ácidos orgânicos, cobalto, fósforo, manganês,
alumínio, potássio, zinco, avenina, pigmentos flavonóides como apiina, hesperidina,
euteolina, saponina esteroidal (somente nas sementes), e resinas.
Propriedades terapêuticas: Combate hemorróidas, gastrites, reumatismos, pleurisi
as,
nevralgias, gota, lombalgias, diarréias, disenterias, hemorragias uterinas, é estimu
lante da
digestão e da circulação sangüínea, antiinflamatória e antiespasmódica.
Indicações: ingerido como alimento, ele desinfeta a mucosa bucal e gástrica, e por
sua vez,
elimina os germes intestinais sem contudo destruir a flora intestinal. Atua com
eficácia como
estimulante gástrico, além de ser também poderoso depurativo e adstringente. Elimina
toxinas e pus dos processos infecciosos e é ótimo para tirar dores nas pernas e braços
.
<170>
A pimenta-de-caiena é usada como componente ativo nos problemas de disfunção erétil
(impotência sexual).
A pimenta malagueta é quente e estimulante, podendo ser usada em medicamentos,
para
resfriados, dores reumáticas, má circulação e bronquite. A pimenta é muito picante e tem q
ue
ser utilizada com cuidado.
É indicada também para queda de cabelos.
Modo de usar:
Como saladas, vinagretes, refogados, cozidos e assados. Os de sabor picante
são usados no
lugar da pimenta.
Uso interno
Contra alcoolismo - Colocar um pimentão verde dentro de uma garrafa de cachaça,
durante
5 dias. Tomar uma colher pela manhã e uma à noite.
Uso interno
<171>
Para cabelos sem vida: Suco de pimentão com cenoura e salsinha. Tomar 2 vezes
ao dia.
Uso externo - coloque 10 g do suco picado em um copo de álcool de cereais, col
ocando
uma colher de sopa de glicerina. Deixar durante uma semana macerando. Coe. Aplic
ar no
couro cabeludo, massageando durante 10 minutos. Faça o tratamento pelo menos duran
te um
mês.
Para artrite e reumatismo: Colocar 6 pimentões vermelhos para 100 g de álcool, 1
00 g de
álcool à 60 graus, por infusão, durante 2 dias. Coar e pincelar as áreas doloridas, faze
ndo uma
pequena massagem, que logo passa a dor. Age como antibiótico devido às saponinas.
<173>
Porangaba
Nome científico: Cordia salicifolia
Sinonímia: chá-do-mato, chá-de-bugre, chá-de-frade, louro-salgueiro.
Partes usadas: folhas, frutos e cascas
Família: Boraginaceae
Características: é uma árvore que pode atingir até 8 metros de altura, possui folhas
alongadas, estreitas e pontiagudas; flores brancas e frutos pequenos, vermelhos,
semelhantes
aos grãos de café, o qual é conhecido no norte do Brasil como café-do-mato, e que uma ve
z
torrado e moído, pode substituir o café, tendo a vantagem de possuir menos cafeína. Qu
ando
os frutos estão maduros, até as aves e animais silvestres se beneficiam de suas baga
s
suculentas.
Habitat: originária de nosso país (Brasil). É comum nos Estados de Minas Gerais, G
oiás,
Paraná e Santa Catarina.
Propriedades químicas: alcalóides (cafeína), alantoína, minerais como potássio e outro
s.
Propriedades terapêuticas: anti-obesidade, diurética, cardiotônica, febrífuga, antiv
iral,
antibiótica natural.
Indicações: é indicada para perda de peso, reduz a gordura localizada, além de ser
estimulante do aparelho circulatório. É béquica e é usada para combater a herpes. No Japão
, é
utilizada com sucesso como antiviral.
<174>
No caso de emagrecimento, estimula o metabolismo e os processos de eliminação de
substâncias em excesso no organismo, favorecendo a perda de peso e a função intestinal
.
Promove o aumento da circulação e degradação das gorduras localizadas, também auxiliando
na regeneração do tecido conjuntivo, elimiliado a celulite.
A maneira convencional de lidar com infecções é tomar antibióticos, o que raramente
justifica seu uso. Os antibióticos destróem as bactérias do corpo, tanto as benéficas qu
anto as
nocivas, e uma vez que as gripes são causadas por vírus, os antibióticos são inadequados
,
tendem a abatê-los, abrindo caminho para infecções posteriores. Isso não acontece com o
uso
da porangaba, pois os seus princípios ativos fortalecem o sistema imunológico, energ
izando,
melhorando o humor e a sensação de bem estar, equilibrando os sistemas corporais.
O produto porangaba tem ajudado milhares de pessoas a perder peso e está sendo
comercializada, em folhas secas, tinturas e cápsulas, esta com melhor resultado, s
egundo o
Dr. C. L. Cruz, em seu livro "Dicionário de Plantas Usadas no Brasil", recomenda a
porangaba como um excelente diurético, ajudando a perder peso e com ação tônica geral pa
ra
o coração, podendo ainda estimular a circulação. No Haiti, o chá é usado para combater a
tosse, e em nosso país, como um produto natural e popular, é usado em clínicas de pesq
uisas.
Os pesquisados japoneses tem descoberto mais alguns usos do chá-de-bugre. Em 1
990,
eles demonstraram que 2, 5 mcg/ml do extrato alcoólico das folhas tem reduzido o vír
us da
herpes tipo I em até 99%, quando foi penetrado o extrato nas células.
Modo de usar
<175>
Uso geral - infusão das folhas - 10 g para 1/2 litro de água fervente. Abafar po
r 10 minutos,
esfriar e tomar durante o dia.
<177>
Psyllium
Nome científico: Plantago psyllium L. Sinonímia: Psylla-grego
Família: Plantaginaceae Partes usadas: sementes
Características: É uma erva com pouco mais de 40 cm, que produz flores brancas,
agrupadas em espigas. Cresce nos solos áridos e arenosos do Mediterrâneo. Suas semen
tes
parecem pulguinhas, daí a explicação, pois psylla em grego significa pulga. Suas flore
s
brancas se agrupam em espigas na ponta de pequenas hastes. Na casca da semente r
eside a
graciosa riqueza das fibras.
Habitat: Foi ao advento dos árabes que esta planta se popularizou no Oriente,
e dos persas
na Índia, sendo trazida para a Europa no início do séc. XIX, existindo em toda a região
costeira na África e na Ásia. Também está presente no Brasil.
Propriedades químicas: Possui L-arabinose, D-xilose, ácido galacturônico, fibras,
mucilagens e óleos, além de conter sais de potássio e oligoelementos.
Propriedades terapêuticas: laxativa suave, prisão-deventre, colites e diverticul
ites. Reduz o
colesterol sérico total, reduzindo o LDL-colesterol e aumentando o HDL (o bom cole
sterol),
é antiinflamatório e anti-obesidade.
Indicações: obstipação crônica, colites e diverticulites, é coadjuvante da evacuação
intestinal, pois seus óleos tem propriedades laxativas, favorecendo o amolecimento
das fezes
e reduzindo a necessidade de esforço para quem sofre de hemorróidas e prisão-de-ventre
.
<178>
Tem uma ação calmante e antiinflamatória sobre as mucosas digestivas, principalmen
te em
casos de gastrites, úlceras gástricas ou duodenais e colites. Acalma a acidez estoma
cal
(piroses), dores no estômago e cólicas. É cicatrizante, quando se aplica em casos de
queimaduras, feridas ou úlceras varicosas.
As fibras da psyllium regularizam o aparelho digestivo, tendo efeito marcant
e como
auxiliar nas dietas para emagrecer, como moderador brando do apetite. Devido à sua
quantidade de fibras, que ajudam a eliminar toxinas e resíduos de gordura, pode se
r usada
adicionando um copo de água, suco de frutas ou ainda à sopas, saladas e massas.
Segundo a nutricionista Maria Luiza Ctenas, da Faculdade de Nutrição São Carmino,
SP;
as fibras de origem vegetal, uma vez ingeridas, não sofrem digestão no intestino del
gado.
Quando passam do intestino grosso, a flora ali presente quebra-os através da ferme
ntação,
produzindo ácidos graxos de cadeia curta (voláteis), gases, água e energia.
Enquanto os ácidos graxos são absorvidos pelo organismo, os gases e a água contrib
uem
para aumentar o volume e a unidade do alimento digerido, facilitando assim, a el
iminação de
resíduos.
Muitas pessoas descobriram que uma colher de sopa cheia de fibra de psyllium
dissolvida
em água ou suco de laranja, e ingerida 30 minutos antes das refeições, tem dado ótimos
resultados na perda de peso.
O Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, recomenda uma dieta rica em
fibras e
pobre em gorduras para ajudar a prevenir algumas espécies de câncer. Em suma, o aume
nto
do consumo de fibras insolúveis, tipo psyllium, pode ajudar a livrar o organismo r
apidamente
de substâncias cancerígenas que fatalmente estão presentes na mesa do consumidor.
<179>
Modo de usar:
Cápsulas - as cascas transformadas em pó, são ótimas para atenuar e mesmo para curar
hemorróidas, colites e diverticulites - 200 mg de cada vez, e 3 vezes ao dia.
Hemorróidas - sementes: as sementes devem ser socadas na água, para prisão- de-ven
tre -
20 g de sementes em 200 ml de água emergidas por 10 horas. Aplique a pasta 3 vezes
ao dia,
na região anal.
Cápsulas - para prisão de ventre - ingerir 4 cápsulas com um copo de água à noite.
<181>
Sene
Nome científico: Cássia angust folia Vahl
Sinonímia: Sene-da-Índia, sene-de-palta
Partes usadas: folhas e sementes
Família: Leguminosae - Cesalpineacea
Características: As folhas chamadas comumente de "Sene" são importadas das costa
s do
mar vermelho, na Ásia e na índia. Trata-se de um arbusto pequeno, glabro ou ligeiram
ente
piloso, com numerosos ramos, formando um anglo bem aberto. Suas folhas compõe-se d
e
pares de folíolos e suas flores são de cor amarela, regulares, com sépalas livres. Seu
s frutos
são ovais e possuem sete sementes.
Habitat: Arábia, costas do mar vermelho, África e atualmente é cultiva, através do
continente. É cultivada no Egito, que exporta para as outras partes do mundo. Prec
oce do
Sudão, chegando até a África Ocidental e América do Sul, principalmente no Brasil.
Propriedades químicas: antraquinonas (aloe-emodina, reína), resina, catartina, m
ucilagem,
hytoxianthracene, glicosídeos, vitamina A, B, C e D, heterósidos antrasênicos, flavonóid
es
(caempferol) e ácido salicílico.
Propriedades terapêuticas: A sene é usada geralmente para tratar de prisão-de-vent
re, tanto
emocional como crônica. Na medicina Ayurvédica, é usada para problemas de pele,
bronquite, anemia, assim como também para prisão-de-ventre. É laxativa e purgativa. Pa
ra
quem tem o intestino preso, a sene é a melhor erva indicada para um restabelecimen
to
peristáltico. Por sua ação estimulante sobre os órgão abdominais, recobertos de fibras
musculares lisas (útero e bexiga), torna-se absortiva, portanto seu uso não é recomend
ado
durante a gravidez.
<182>
Indicações: Estimula a mobilidade do intestino grosso, aumentando o movimento
peristáltico. É laxante, facilitando a emissão das fezes brandas sem dores ou cólicas, e
purgante, provocando a evacuação de fezes liquidas e diarréicas em 6 horas após o uso.
Modo de usar:
Uso interno
Infusão - Colocar 15 g de folhas de sene-do-campo, filtrar o líquido e bebê-lo à noi
te, antes
de deitar. Uma colher de suco das folhas tomar 3 vezes ao dia.
Infusão 2 - 10 g de folhas de sene com 150 ml de água fervente. Deixar o ingredi
ente em
infusão na água por 10 min, filtrar e tomar durante o dia.
OBS: lactantes - pode modificar e passar para o leite materno, tornando-o am
argo.
Contra- indicação: pacientes idosos e debilitados.
<185>
Sete Sangrias
Nome científico: Cuphea balsamona C.
Sinonímia: erva-de-sangue
Partes usadas: toda a planta
Família: Lythraceae
Características: Considerada erva daninha pela facilidade com que cresce, atin
gindo até 60
cm de altura, possui caule avermelhado, coberto por pilosidade glandulosa, suas
folhas
possuem coloração diferenciada em suas faces, e tem flores vermelhas ou violáceas
(rosáceas).
O fruto é uma cápsula pequena com sementes. Seu nome significa que vale por sete
sangrias. As folhas não possuem pubescência do lado superior e são peludas no lado int
erior.
Habitat: Cresce preferencialmente em terrenos úmidos e arenosos com bastante f
acilidade.
É oriunda da América Central. No Brasil, é comum encontrá-la em Minas Gerais, Paraná,
Santa Catarina, São Paulo e Goiás.
Propriedades químicas: mucilagens, resina, óleo essencial, pigmentos flavonóides.
Propriedades terapêuticas: sudorífera, diurética, hipertensora, anti-sifilica, ant
iinflamatória
das mucosas, colesterol, obesidade, arritmia cardíaca, fortalece e alivia o coração, é
depurativo do sangue, disenterias e diarréias, ácido úrico. É anti-reumática, anti-
arteriosclerótica, afecções da pele (eczemas, psoríases, úlceras), problemas cardíacos.
<186>
Indicações: arritmia cardíaca, depurativo do sangue, limpa o estômago, e intestinos
e rins.
Combate o aumento de colesterol. É muito bom para arteriosclerose.
Nos Estados Unidos, cerca de 400 mil pessoas entre 20 e 60 anos, morrem anua
lmente de
morte súbita e no Brasil, os Óbitos chegam a 300 mil anualmente.
Cerca de 80% das mortes súbitas são causadas por arritmias cardíacas, uma espécie de
curto circuito que faz com que o coração bata de forma desorganizada e acabe fibrila
ndo,
impedindo o bombeamento de sangue e provocando a morte cerebral e a falência de ou
tros
órgãos, como os pulmões e os rins. Quando ocorre este problema muito pouco pode se faz
er.
Desta forma a prevenção continua a ser a alternativa para se evitar a morte repe
ntina, e
consiste na moderação alimentar e no uso periódico de sete sangrias, que devido aos se
us
elementos, ajuda as pessoas a não terem arritmia cardíaca.
Contra-indicações: não deve ser tomado por crianças.
Modo de usar
Uso interno - chá por infusão - 30 g para 1/2 litro de água quente. Abafe por 10 m
inutos e
tome 2 copos por dia.
Uso externo - infusão - problemas de pele (psoríase, cczemas) - coloque 20 g da
planta em
um copo com leite em fervura. Depois de esfriar, com um algodão, aplique na parte
afetada
várias vezes ao dia.
<189>
Soja
Nome científico: Gtycine max jL) merr.
Partes usadas: grão, broto e sementes fermentadas
Família: leguminosae
Características : possuo caule ramoso e pubescente, de acordo com a espécie, as
flores são
brancas, amarelas ou violáceas. Seu fruto mede cerca de 8 cm de comprimento, tipo
vagem,
lembrando grão de feijão. Sua coloração também é variável, de acordo com a espécie, do
pardo ao esverdeado ou enegrecido.
Habitat: originária da China, desenvolve-se em solos férteis e silico-argilosos,
com baixa
acidez e pouca umidade. É comum em todo mundo.
Propriedades químicas: proteínas, carboidratos, gorduras, cálcio, fósforo, potássio,
magnésio, ferro, cloro, vitaminas hidrosolúveis e lipossolúveis, minerais, fosfato, am
ido
(vestígios), vitaminas A, B e D, tiamina, miacina, riboflavina, fatores do complex
o B,
indispensáveis ao sistema nervoso e para a pele. Contém também mitríonína, treanina,
histidina, triptofano, valina, fenilalanina, arginina, leucina, lísina, soja sapon
inas e
isoflavonas (daidzeína, genisteína).
Propriedades terapêuticas: hipertensão, arteriosclerose, fraquezas. diabetes, do
enças da
pele, nutrientes, calmantes, mineralizante, energética, tônica, anticancerígena, repos
itora
hormonal, e para colesterol alto.
Indicações: utilizada nas dietas dos diabéticos por não ter amido, substitui o leite
animal,
podendo ser produzidos queijos, requeijão, margarina, molhos, farinhas, salsichas,
bifes, e a
chamada carne vegetal ou glúten. Impede que pequenos tumores, conectem aos nossos
vasos
capilares, que transportam oxigênio e nutrientes, desenvolvam-se.
<190>
Os grãos são utilizados como alimentos na forma de farinha de leite, brotos de a
lto padrão
nutritivo, praticamente isento de colesterol, razão pela qual se extrai o seu óleo.
Por ser rica em hidrogênio, substitui a margarina. O leite, por ser de fácil dig
estão, é
recomendado às crianças. Quando congelado, forma pequenos coágulos, diferente do leite
animal.
Contém fitosterol e pode perfeitamente substituir o hormônio sintético no caso de
menopausa, age da mesma maneira que o estrógeno, porém sem efeitos colaterais.
Modo de usar
Uso interno
<191>
O óleo é recomendado para combater a prisão-de-ventre, normalizando as funções
intestinais, mudando a flora intestinal e reduzindo o índice de colesterol. Indica
do também
para queimaduras, convalescenças, infecções e fortalecimento em geral. Usar 1 colher d
e chá,
2 vezes ao dia.
Grãos - cozidos (alimento) ou com leite, queijo, farinha e brotos.
Leite de soja - nos casos de convalescenças, não se deve tomar mais de 2 copos p
or dia,
por ser um alimento forte, pode provocar diarréias, em especial nas crianças. Deve s
er
consumido para combater males como: angina, asma e bronquite crônica. Hoje, existe
nos
supermercados o leite de soja Ades em caixa tipo longa vida.
Do leite, poderá ser feito o iogurte que, acrescentado ao mel, frutas e passas
, torna-se
bastante agradável. É indicado aos que sofrem de alergias, problemas respiratórios,
amigdalites, e inclusive as crianças, devem consumir uma maior quantidade maior de
soja.
O óleo de soja é encontrado nas prateleiras de todos os supermercados, sendo uti
lizado
para cozinhar alimentos. A soja sob forma de farinha, cura tumores, hérnias e outr
os, se
aplica como cataplasma.
Uso externo
Óleo - para problemas cutâneos, aplicar na região afetada. Contra-indicações: durante
a
amamentação, pois a soja tem ação ressecante, podendo reduzir ou secar o leite.
<193>
Stévia
Nome científico: Steuia rebaudiana
Família: Compositae
Partes usadas: folhas
Características: é uma planta originária da serra do Amambaí, na fronteira do Brasil
com o
Paraguai. Ostenta folhas membranosas, ovaladas, oblongas e obtusas, com tomentos
na face
inferior, de até 6 cm. de comprimento. Suas flores pálidas com escamas pardo-esverde
adas,
agrupam-se em capítulos. A planta chega a 1 metro de altura e é cultivada através de
sementes.
Habitat: nativa do Paraguai, aparece também em Minas Gerais, Mato Grosso e São P
aulo,
é cultivada nas regiões fronteiriças ao Paraguai, como Ponta-Porã (Mato Grosso) e Foz do
Iguaçu no Paraná.
Propriedades químicas: steviosídeo e oligosídeo; óleo essencial, B. cariofileno, tra
ns - B-
farneno, A- humuleno, cardieno, linalol, terpino, rebaudiosídeo, janol, triterpeno
, acetato de
amirina, e vários glicosídeos flavônicos.
Propriedades terapêuticas: atua como calmante, agindo no sistema nervoso, é indi
cada para
pressão alta, insônia, depressão, fadiga cerebral, estimula as funções digestivas, favorec
e a
eliminação de toxinas.
Indicações: atua como tonificante do sistema vascular, ajuda a normalizar a pres
são alta.
Favorece a eliminação das toxinas do organismo.
Analizada em laboratório, verificou-se que ela é até 300 vezes mais doce do que a
cana de
açúcar. Como é um açúcar natural, sem calorias, é indicada para diabéticos insulínicos e nã
insulínicos pois substitui o açúcar, sem alterar o nível normal de glicemia.
<194>
Assim, também favorece as pessoas obesas que fazem dietas para emagrecer, devi
do a
baixa quantidade de calorias presentes em sua composição. Por isso também é indicada par
a
hipertensos.
Segundo alguns indianistas, as indígenas usavam-na como adoçante e também para evi
tar a
gravidez, como um anticoncepcional natural.
A stévia é um adoçante natural que não fermenta, não é oxidante e evita as cáries dentá
Algumas espécies de adoçantes de stévia na realidade, tem maior quantidade de elemento
s
cancerígenos como aspartame, sacarina e ciclamatos. Existe porém, stévia sem estes adi
tivos
químicos.
A stévia é uma planta indígena, conhecida pelos índios pelo nome de kaá-heê que signifi
a
erva doce. É justamente esta capacidade edulcorante, 300 vezes maior que o açúcar comu
m, a
maior qualidade da stévia.
Em 1979, um docente da Universidade Estadual de Maringá, trouxe à Maringá folhas d
e
stévia e uma pequena amostra de steviosídeo, um princípio adoçante concentrado nas folha
s
da planta. O prof. Mauro Alvarez, doutor em bioquímica, sentiu todo o potencial ap
resentado
pelo material, e passou a pesquisar intensamente. Juntamente, o Dr. Amaury Cesar
Couto,
engenheiro químico e estudioso da planta, e depois, o Dr. Adelar Bracht e sua equi
pe do
departamento de farmácia bioquímica da Universidade Estadual de Maringá, estudaram a
planta.
Hoje, a UEM é um dos maiores centros de pesquisas da stévia no Brasil, e ela já oc
upa um
lugar de destaque entre as culturas medicinais do país, sendo industrializada e ex
portada. No
Sudeste Asiático, estão os maiores plantadores de stévia do mundo, sendo o Japão o princ
ipal
país a consumir toda a produção. Mas foi aqui, na fronteira do Mato
Grosso com o Paraguai que eles vieram buscar a erva doce dos índios guaranis.
<195>
Modo de usar
Uso interno - infusão de 20 g de folhas para 1/2 litro de água fervente.
Envelopes de 1 g - 1 envelope para cada xícara de chá ou café.
<197>
Sucupira
Nome científico: Bowdichia nítida S.
Sinonímia: sepepira e sicupira
Família: Leguminosae
Partes usadas: sementes
Características: É uma árvore silvestre, pequena, ornamental, do Amazonas e Mato G
rosso,
podendo chegar a 6 metros de altura. Suas folhas são imparipinadas, constituem-se
de 5 a 7
folíolos. Possui flores dispostas em partículas e frutos em forma de vagem.
Nos estados de SP, MG, GO, MS e PA, há outra espécie que é Bowdichia uirgilióides,
popularmente denominada do Sucupira-açu. Apresenta folhas com 9 a 21 folíolos oblanj
os e
revestidos de pêlos, suas flores são enormes de coloração roxa, avermelhada ou parda.
Porém, a sua composição e propriedades terapêuticas são semelhantes.
Habitat: Original do Brasil, predomina no Amazonas, Mato Grosso ë Nordeste.
Propriedades terapêuticas: Apariente, anti-reumática, adstringente, antiinflamatór
ia,
antidiabética, anti-hemorróica, eczemas, úlceras, gotas e cistite.
Propriedades químicas: Contém alcalóides, sucupirina, tanino, resinas, amido e gom
a.
Indicações: Considerada energética, depurativa e antisifilítica, o óleo da sucupira pr
oduz
bons resultados no tratamento de feridas e úlceras.
<198>
No tratamento de problemas respiratórios, principalmente bronquite, tem dado r
esultados
incríveis, devido à ação da sucupirina, que tem agido como antiinflamatória e
anticongestionante pulmonar.
Modo de usar:
Uso interno: Infusão ou decocção das sementes.
Xarope: para fraqueza, infecção pulmonar e tuberculose. Coadjuvante do combate a
o
câncer pulmonar, bronquite e asma.
10 sementes esmagadas, 2 copos de água. Ferver durante 10 minutos. Depois de f
rio,
acrescentar 250 g de mel. Dosagem diária: 1 colher, 3 vezes ao dia.
<201>
Taiuiá
Nome científico: Cayaponia tayuya Mart
Partes usadas: raízes
Sinonímia: Tomba (MG) cabeça-de-negro, raiz-de-tigre, Qua-pinta-caiapó.
Família: Curcubitaceae
Características: O taiuiá, cuja raiz é um remédio usado contra muitas doenças, tem 5
espécies diferentes desta trepadeira, todas medicinais. É uma trepadeira alta de cau
le julcado,
com raiz tuberosa, esponjosa e amarela, cresce até 2 metros de altura normalmente
e 20 cm
de diâmetro.
Habitat: É natural do Brasil, distribuindo-se da Bahia ao Rio de Janeiro e por
Minas
Gerais, existe também em muitos estados brasileiros.
Propriedades químicas: trianospermina, taivina, óleos gordurosos, resinas, gomas
,
substâncias albuminóides e amidos.
Propriedades terapêuticas: Anti-reumática, antinevrálgica, tem efeito energético con
tra as
impurezas do sangue. A raiz drástica enquanto fresca é purgativa, antisifilítica.
Indicações: Os taiuiás têm efeitos energéticos contra impurezas do sangue e é
recomendado no tratamento da sífilis, no reumatismo, nas dermatoses, tornando-os e
xcelentes
remédios. Tem ação calmante nas dores e é indicado nas nevralgias diversas e ciáticas, ass
im
como nos casos de eczemas e herpes. As raízes são ricas em amido e tem sabor amargo
como
fel, são tuberosas, amarelas, purgativas, são usadas na hidropisia, opilação, amenorréia,
sífilis, lepra, epilepsia e problemas de estômago.
<202>
Modo de usar:
Uso interno:
Chá por decocção: colocar 10 g de raízes de taiuiá em um litro de água e ferver tudo po
cerca de 20 metros. Beber quatro xícaras do líquido filtrado por dia.
Uso externo
Óleo de taiuiá - usar como massagem nas dores ciáticas.
Eczema - chá por decocção: banhar com o chá, a parte afetada, e usar o óleo em seguida
.
<205>
Ulmária
Nome científico: Spiraea ulmária L.
Sinonímia: rainha-dos-prados, filipendula ulmária
Partes usadas: toda a planta florida
Família: Rosaceae (na década de 1890, aparece a primeira especialidade farmacêutic
a, a
"aspirina", que se tornou o nome da Spirea ulmária)
Características: erva perene, alcança até mais de um metro, a raiz é subterrânea e her
bácea,
as folhas são pecioladas, irregulares, os folíolos são sensíveis, pequenos e de cor bran
ca. De
porte majestoso, as suas flores foram objeto de numerosas análises. Contém uma essênci
a
especial, o tanino espireína.
Habitat: originária da Europa e Ásia, encontra condições ideais para se desenvolver
em
solos úmidos, ricos em substâncias nutricionais, mas não muito ácidos, arenosos ou argil
osos.
É encontrada principalmente em prados úmidos, bosques e nas margens dos rios e lagos
, dos
Estados Unidos.
Propriedades químicas: óleos essencial 6,2%. Composto de solicina, gualterina (s
olicilato
de metila). Ácido salicílico, flavonóides, vanilina, ésteres, ácido cítrico, taninos (10%
antociacilino e sais minerais), Fe, Ca, S, vitamina C.
Propriedades terapêuticas: age protegendo e suavizando a mucosa do trato diges
tivo,
reduzindo a acidez excessiva e náuseas. A presença de compostos semelhantes à aspirina
, dá
a esta planta uma ação antitérmica e analgésica nas dores reumáticas. Pelo efeito diurético
favorece a eliminação de cloretos, uréia e ácido. É eficaz para curar os rins e a bexiga.
<206>
Indicações: é fitoterápico, diurético, gota, reumatismo, edemas, hidropisia, oligúrias,
celulite, artrite,. insuficiência biliar, diarréia, hemorróidas, gripes, febres, hiper
acidez gástrica
e úlceras pépticas.
Externamente, atua como cicatrizante e anti-séptico em queimaduras leves. O co
zimento
da raiz é diurético. Alivia a tristeza e a depressão.
Modo de usar
Nos casos de hidropisia, aconselha-se o uso de ulmária que é preparado da seguin
te forma -
500 g de flor de ulmária reduzida a pó, 2 litros de vinho branco. Tomar pela manhã em
jejum,
na medida de 200 ml de cada vez.
Infusão da planta tomada após as refeições - útil em casos de arteriosclerose.
Para a redução das taxas de uréia, assim como em casos de reumatismo - brotos de u
lmária
em forma de xarope, na proporção de 250 g em 2 litros de água fervente. Quando a
temperatura da água descer a menos de 90°, despejá-la sobre a planta. Adicionar uma po
rção
de açúcar equivalente ao dobro do seu peso. Tomar de 100 a 200 g por dia. Obtém-se ain
da
maior eficácia como emprego da seguinte infusão 25 g brotos floridos de ulmária, 25 g
de
folhas de freixo, 50 g de folhas de cássia. A ulmária pode prestar bons resultados.
mas não
convém aumentar as doses, porque isso poderá acarretar inconvenientes (perturbações
cardíacas e hemetírias).
Para sangue na urina - emprega-se em doses menores, pois é rica em salicilato
de metila,
sem os riscos apontados.
<207>
Infusão - ótimo sedativo, tomada pela manhã e após as refeições, é útil na arterioscler
Certos autores assinalam que a fricção com folhas verdes da ulmária é sedativa. Na
furunculose, a infusão é igualmente recomendada.
<209>
Unha-de-Gato
Nome científico: Uncaria tomentosa (willd) D.C. e Uncaria guianensis (Aubl) Gm
el.
Sinoníma: Unha-de-água, unha-de-gavião, unha-de-cigana (garra-virada).
Família: Rubiaceae
Partes usadas: cascas
Características: Cipó lenhoso, com folhas opostas, ovais, com espinhos semelhant
es à unha
de gato. Possuem sementes pequenas de cor marrom escura e marrom clara. Existem
duas
espécies,a unha-de-gato com garra virada (encontra-se na várzea) e a unha-de-gato de
garra
reta que encontra-se em terra firme.
Habitat: Peru e Amazônia
Propriedades químicas: Alcalóides oxindólicos, compostos glicosídeos do ácido quinóvico
(todas contidas na casca).
Propriedades terapêuticas: Antiinflamatória, anticancerígena, reumatismo, artrite,
amigdalite.
Indicações: Os Incas foram os pioneiros a usar " la una del gato" passando seus
conhecimentos para os índios que a utilizavam nos tratamentos de reumatismo e artr
ite.
Pesquisas realizadas no Peru, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Itália e Brasil com
provam a
atuação dos princípios ativos desta planta como excelente antiinflamatória.
<210>
Certamente, muitos cientistas e pesquisadores, estão trabalhando para descobri
r
medicamentos ou imunoestimulantes que fortaleçam nossas defesas naturais contra os
agentes infecciosos, e doenças como o câncer. Mas já está sendo amplamente usado, um
remédio natural com todas estas potencialidades, que além de serbarato, não causará dano
s
enquanto você o estiver usando. Se você tiver uma infecção, poderá tentar curá-la tomando
algo que faça três coisas: reduzir os sintomas, incapacitar ou destruir determinado
microorganismo causador da infecção e fortalecer e seu sistema imunilógico para vencer
os
agentes infecciosos. de forma que os sintomas, acabaram desaparecendo.
Para ativar nosso sistema imunilógico, deve-se experimentar a unha-de-gato, qu
e já está
sendo utilizada em portadores do vírus HIV, sendo notado o aumento dos linfócitos T
4
(células de defesa do organismo), com a diminuição das infecções no organismo do aidético.
Pesquisas atestam que a planta tem ação sobre infecções no fígado, e por isso têm sido
usada no tratamento do câncer hepático.
Modo de usar
Decocção: 20 g da casca em 500 ml de água. Ferver por 20 minutos, esfriar e coar.
Tomar
durante o dia.
Cápsulas: usar de 4 a 6 cápsulas ao dia.
Obs.: Nas fotos você observa as duas espécies de unhade-gato.
1 - A Uncaria tormentosa, com unhas retas. É a principal pois contém todos os princíp
ios
ativos, é mais estudada e receitada.
2 - É a Uncária guianenses. É a comum, contem menos princípios ativos, tem as unhas
viradas.
<213>
Urtiga
Nome científico: Urtiga dióica L.
Sinonímia: Urtiga, queimadeira
Família: Urticaceae.
Partes usadas: Raízes, folhas e frutos. É mais comum usar os ramos contidos. A c
erca de
10 cm do solo, no verão, devem ser secas à sombra.
Características: Planta herbácea, armadas de pêlos urentes, possui caule lenhoso,
chegando
a 80 cm de altura, folhas alternas longo-pecioladas, desenvolve-se em terras ped
regosas e não
cultivadas, com flores rosas ou brancas.
Habitat: Origem européia, existe em toda a América do Sul, sendo comum no Brasil
,
encontrada na beira de estradas.
Propriedades químicas: ácido álico, fórmico, taninos, heterosídeos, clorofila, ácido
salicílico, vitaminas: A, E, C, B 2, B 5, sais minerais: Ca, Fe, S, K, Si, acetilc
olina, histamina,
fitositonol, carotenóides, flavonóides, goma, resina, óleo essencial.
Propriedades terapêuticas: ácido úrico, hemostática, vaso-constritora, anti-reumática,
hipertensora, erisipela, hipoglicemiente, remineralizante e anti-artrítica.
Indicações: É indicada para asmas, bronquite, falta de apetite, insuficiência digest
iva,
irritações na mucosa nasal e incontinência urinária infantil. É depurativa do sangue,
melhorando a circulação, aumenta a excreção renal, é tonificante capilar e cura a queda de

cabelos, devido à ação do ácido fórmico. Também é usada com grande resultados na queda
de cabelos. A loção, de aplicação tópica, externa e usual tem sucesso em tratamentos de
úlceras e feridas.
<214>
Modo de usar:
Para erisipela, urticária, e outras dermatites: uso externo - Infusão das folhas
frescas e
decocção das raízes): 15 g para 30 ml de água.
Para reumatismo, hemorragias, dosagem, membros e diabetes: uso interno - Inf
usão das
folhas - 15 g de folhas secas para 100 ml de água quente. Tampar, deixar descansar
por 10
minutos e tomar 2 copos durante o dia.
Queda de cabelos - uso externo - decocção das raízes 200 g em meio litro de vinagr
e de
vinho, por 5 minutos. Usar em fricções no couro cabeludo, à noite.
OBS: Não ingerir mais de 100 ml por dia. A urtiga possui pequenos pêlos urticant
es nas
folhas, que injetam uma substância que irrita a pele. O ácido fórmico e a histamina são
os
responsáveis por essa substância irritante, encontrada nas plantas recém-colhidas, não s
ecas.
Porém, com a decocção, elas desaparecem. É uma das fontes mais ricas de vitamina E, que é
estimulante da umidade e protetora do sistema nervoso.
<217>
Urucu
Nome científico: Bixa orellana L.
Sinonímia: Açafroa-indígena, bixé, açafroa, urucucolorau, urucumba, arrote,anoto,
urucum.
Partes usadas: raízes, folhas e sementes, polpa.
Família: Bixaceae.
Características: O urucuzeiro é proveniente da América tropical, alcançando até 5 metr
os
de altura, tronco reto, farta ramificação, folhas simples, pecioladas e flores grand
es de cor
vermelho-claro, seus frutos são pequenas cápsulas de cor marrom-avermelhada, pardace
nto
ou roxo escuro, contendo muitas sementes.
Habitat: é uma árvore tipicamente de clima quente, desenvolvendo-se em especial
na
Amazônia, é conhecida como o urucum do Brasil, das Guianas, Venezuela, até a Bahia. O
nome urucum vem do tupi: uruku, que significa vermelho.
Propriedades Químicas: Sementes: óleos: essencial e fixo, flavonóides (enteolina e
apigenina) e 8-Bissulfato de hipolactina, betacaroteno, celulose, pigmentos (car
otenóides
corelina-amarelo, bixina-vermelho).
Ácidos graxos saturados e insaturados, açúcares, proteínas, vitamina C. Folhas: óleos
com
sesquiterpenos e monoterpenos.
Propriedades terapêuticas: anti-brônquica, anticoqueluche, prisão-de-ventre, males
estomacais e intestinais, queimaduras (não deixa formar bolhas), béquica, gripe, ant
i
lepra, anti-cardite, constipação intestinal, intoxicação, antipericardite e afrodisíaco,
<218>
Indicações: fornece betacaroteno, e age também contra hemorragias, afecções renais, fe
bre.
Suas folhas acalmam enjôos da gravidez, suas raízes são digestivas, suas sementes são
expectorantes e laxativas. A polpa reduz a febre e refresca. Os brotos tem a cap
acidade de
desinflamar olhos (deverá ser feito um chá por infusão e colocado como compressa). É ótimo
contra aftas, faringites e amigdalites.
O pigmento bixina age como protetor solar dos raios ultra-violeta na pele, p
rotegendo-a da
formação de bolhas, nos casos de queimaduras, combate as afecções respiratórias juntamente
com a febre, bem como as afecções intestinais como: prisão de ventre, constipação intestin
al
e estomacal, e combate também as hemorragias. Os indígenas usavam-no para colorir
cerâmicas e seus corpos e protegê-los para a guerra e contra picadas de insetos. Na
indústria,
é utilizado para colorir a manteiga, o queijo, a cera e a seda. Age no combate ao ác
ido
prússico (veneno da mandioca brava), bebendo-se a tinta extraída das sementes.
A semente do urucum é composta por 90% de bixina, carotenóide que acelera as funções
hepáticas, reduzindo as taxas de colesterol e triglicerídeos. Emprega-se no tratamen
to contra
a lepra, desde os tempos dos maias e dos astecas.
Os corantes são utilizados na produção de colorau, usados nos embutidos (lingüiça,
salsicha).
OBS: A casca da semente deve ser evitada pois é tóxico hepático e pancreático.
Modo de usar:
Uso geral: Chá por infusão: Em 1 litro de água fervente, acrescenta-se 10 a 15 g d
e
sementes. Tampa-se e deixa-se por 15 min. Coar e beber durante o dia. Até 3 xícaras
<219>
Chá das sementes: Digestivo e expectorante, para 1 xícara de chá de água, 10 g de
sementes.
Infusão - uso interno
Chá das folhas: faringite e bronquites 30 g para 1 litro de água.
Decocção - uso interno
Chá da raiz (decocção), cicatrizante, antiinflamatório, digestivo e para higiene de
feridas.
Para 1 xícara de água, 10 g da raiz.
Xarope: sarampo (quando complicado) e faringite. Faz-se uma massa de urucu c
om mel de
abelhas.
Uso externo : repelente de insetos: Passar no corpo a polpa da fruta que env
olve as
sementes. Afugenta os insetos.
Também pode-se elaborar óleo da seguinte forma: Misturar 1 colher de sopa de pó da
de
semente à 100 g de azeite de oliva e aplicar na forma de fino cataplasma sobre o l
ocal da
queimadura.
Pó das sementes: É usado como afrodisíaco pelos indígenas. Com o pó faz-se aplicações
como cataplasma.
OBS: As pessoas que são sensíveis aos componentes desta planta, deverão abster-se
de
ingeri-la. A casca da semente poderá causar efeitos tóxicos no fígado e no pâncreas e po
de
ser absortivo.
<221>
Algas
Nome científico: Macrocystis pyrfera Sinonímia: algas
Partes usadas: toda a alga Família: Phaeophyta
Características: essa espécie de alga é a que mais rapidamente cresce, chegando a
30 cm
por dia, com isso, alcançando vários metros de comprimento, podendo ser encontrada s
ob a
superfície marinha.
Habitat: águas marinha (em todos os oceanos), águas doces.
Propriedades químicas: proteínas iodadas, cálcio, fósforo, potássio, sódio, cloreto-síl
,
manganês, ferro, zinco, magnésio, iodo, pigmentos, polissacarídeos, poligalactosídeos,
sulfatados, alginatos, pró-vitaminas B 1, B 2, B 12, B 6, K, esgosterol e caroteno
. Contém
também vitaminas A, B, C, F, K, PP e aminoácidos.
Propriedades terapêuticas: antiviral, antitérmico, remineralizante, combate a an
emia, males
hepáticos, e ajuda na reconstituição dos tecidos. É recomendado também no combate às
rugas, celulite, flacidez da pele, queda dos cabelos, bem como ajuda a conservar
a cor natural
dos mesmos.
Indicações: as algas marinhas não são plantas pertencentes ao reino dos protozoários.
A
alga marinha, embora se pareça com uma planta, é mais primitiva do que elas, não possu
i
folha, caule nem raiz.
<222>
Na alimentação pode ser ingerida com cereais crus ou cozidos, bolos, no chá, como
recheio
nos pães ou em forma de pasta. São vários os tipos de algas marrons: hijiki, kelp, wak
ame
(esta para sopa). Os tipos de algas vermelhas usadas como alimento são: agar-agar,
dulse,
musgo irlandês.
Principais Algas e suas Funções:
Chlorella
A chlorella, Chlorella pyrenoidosa, possui como princípios ativos, proteínas (65
%),
lipídeos (9%), fibras (2%), carboidratos (13%), cinzas, vitaminas e sais minerais
e outros
componentes como: xantofila, ferro, vitamina E, sódio, vitamina B 1, clorofila, fósf
oro, ácido
fálico, cálcio, vitamina C, ácido pantotênico, vitamina B 12, B 2, ácido nicotínico, carote
o,
potássio, magnésio.
A chlorella é uma alga unicelular microscópica, encontrada em tanques e lagos, c
om grade
habilidade de realizar fotossíntese. É uma alga de fácil digestibilidade, possui uma p
arede
celular rica em fibras, que regulam o intestino e promove as funções digestivas. Sua
parede
celular combate também vírus danosos, aglutina poluentes, mantendo o organismo livre
de
toxinas. Estimula os glóbulos brancos a produzir interferon, substância que luta con
tra vírus e
bactérias. Ajuda a suprir as deficiências e atua no fígado estimulando suas funções. As
proteínas são integralmente aproveitadas pelo organismo em seu metabolismo, bem como
a
clorofila e o magnésio que são transformados em elementos fundamentais para o sangue
. A
presença de cálcio indica que é auxiliar no tratamento de fraturas, enfraquecimento ósse
o e
osteoporose. O alto teor de fósforo proporciona uma maior e melhor atividade cereb
ral. Rica
em vitaminas do complexo B, principalmente B 12, vital na formação e regeneração de
células sangüíneas que juntamente com o ferro, fazem desta alga um produto indicado co
mo
coadjuvante no tratamento e prevenção da anemia.
<223>
Devido à riqueza de propriedades contidas em sua composição, é indicado como auxilia
r
no tratamento da obesidade, fornecendo elementos normalmente ausentes em regimes
de
emagrecimento, além de provocar sensação de saciedade quando ingerido antes das refeições.
Ela é uma alga microscópica de água doce do Japão, conhecida como super alga, e inge
rida
em grande quantidade através de cápsulas comprimidos e pós, é indicada para tratamento e
prevenção de diversos males, devido aos seus aminoácidos (22), vitaminas e sais minera
is.
Ela promove pele, cabelos e unhas saudáveis, devido ao beta-caroteno e a vitamina
E, que
melhoram a aparência, as vitaminas B e os minerais.
Recomendamos a chlorella em cápsulas da linha Biohs, na proporção de 2 a 4 cápsulas
de
manhã, à tarde e à noite.
Alginato
Açúcares compostos e complexos derivados das algas marrons. São recomendados para
os
casos de azia e esofagite, além de ser usadas nos alimentos como espessantes, na i
ndústria de
comércio e de drogas. Como pomada, tem sido utilizada para ferimentos de diversas
espécies,
até os exsudativos (pessoas que ficam doentes muito tempo deitadas), incluindo que
imaduras.
<224>
Agar-agar
Retirada das algas vermelhas, o pó branco é uma das substâncias mais utilizadas na
s
indústrias farmacêuticas e alimentícias. Com o contato da alga com o estômago, tem o seu
volume aumentado, protegendo-o contra irritações causadas por outros agentes químicos.
Devido a esse processo, seu uso é indicado para a redução do apetite, nos casos de obe
sidade.
Por não possuir muitos nutrientes, o produto deve ser consumido juntamente com ali
mentos
que facilitam a digestão.
O agar-agar pode ser encontrado em cápsulas, da linha Bihos.
Fucoilina
Ainda em estudos, porém testados em animais, comprovou-se a interrupção ou o
retardamento do crescimento das células tumorais e obteve-se um efeito inibidor na

carcinogênese química em ratos.


Musgo irlandês (musgo branco) - derivado das algas vermelhas, utilizado pela i
ndústria
farmacêutica e alimentícia. A sua goma é usada para combater as perdas minerais, anemi
as,
em estados de convalescência e nas gestações, como tônico.
Aplicado na forma de cataplasmas, utiliza-se para processos inflamatórios e do
res
reumáticas, são recomendadas para ativar a circulação, quedas de cabelos, anemia, e male
s
hepáticos.
<227>
Spirulina
Nome científico: Spirulina maxima
Sinonímia: alga azul
Partes usadas: alga inteira
Família: Nostocaceae e Cyanophita
Características: é a espécie de alga mais fácil de ser encontrada. Por conter clorof
ila,
carotenóides, e pigmentos azuis, são consideradas como pertencentes do grupo das alg
as
verde-azuladas ou cianobactérias. Tem forma espiral.
Habitat: desenvolve-se em larga escala nos lagos salgados do planalto mexica
no, EUA e
Europa. Nestas águas, há grande quantidade de bicarbonato de sódio, potássio, magnésio e
minerais, que estão presentes em sua composição.
Propriedades químicas: proteínas, ácidos aminados, carboidratos, lipídeos, clorofila
,
enzimas, vitamina B, ferro, zinco, magnésio, iodo, sódio, cloroglúcidos, potássio, fósforo
,
beta caroteno, tocofenol (E), tiamina (B 1), riboflavina (B 2). Contém também pirido
cina,
cianocobalamina, inositol, ácido pantotênico, aminoácidos essenciais e não essenciais.
Propriedades terapêuticas: utilizada como complemento dietético, protéico, vitamínic
o,
cansaço físico e mental, anemias, diabetes, hepatites e arterioscleroses.
Indicações: largamente usada em regimes alimentares de poucas proteínas, é indicada
para
retardo do crescimento, esgotamento físico e intelectual, fadiga mental e física, es
pasmofilia,
anemias, falta de cálcio, vitaminas e sais minerais, excesso de bebidas alcoólicas,
fabricação
de enlatados e produtos instantâneos, cicatrização e queratinização da pele.
<228>
Reduz o índice de cãibras e fadigas musculares nos atletas. Nos tratamentos de o
besidade,
proporciona impressão de saciedade, quando tomada com o estômago vazio, colaborando
com a perda de peso.
É de fácil absorção, tendo 85% de absorção pelo organismo.
Ninguém pode escapar do stress diário da vida atual. Porém podemos reduzir ou mini
mizar
muitos fatores estressantes, que nos roubam as vitaminas e minerais. Em casos de
indisposição e queda da vida sexual, os sais minerais encontrados na spirulina, traz
em de
volta a saúde e a disposição para enfrentar o trabalho do dia-a-dia. As vitaminas enco
ntradas
na spirulina ajudam a proteger o corpo contra os efeitos nocivos de uma variedad
e de
carcinógenos e toxinas, incluindo o tetracloreto de carbono, o mercúrio, o benzeno,
o ozônio
e o ácido nítrico. Ela previne a formação de carcinógenos potentes chamados nitrosaminas,
que vem dos nitratos produzidos pela poluição, fumaça de cigarros e de alguns alimento
s.
Modo de usar:
Para emagrecimento
Chá - 2 gramas em 3 copos de água fervente. Tomar antes das refeições.
Cápsulas - 4 cápsulas ao dia, como suplemento alimentar tomar de 2 a 4 cápsulas ao
dia.
<229>
Como usar as Plantas
(Técnicas de preparo)
Chá por infusão: são soluções extrativas obtidas da adição de água previamente aquecida
sobre o vegetal. Consiste simplesmente em verter água fervente sobre a planta mant
endo-a
em frasco fechado por 10 a 15 minutos. Emprega-se 5 partes da planta por 95 part
es de água.
Folhas e flor frescas ou secas.
Chá por decocção: são soluções extrativas da adição de água fria com a planta vegetal e
levadas à fervura por tempo determinado: 2 minutos para folhas e flores, 7 minutos
para
raízes e caules, 10 minutos para a planta toda. Manter em frasco fechado por 10 mi
nutos,
deve-se cuidar quanto à presença de substâncias termolábeis (que se alteram elo calor, c
aso
em que seria melhor utilizar a infusão). É muito utilizado este, para prepara- o chá d
e folhas
coriáceas (duras), cascas e raízes. Usa-se 10 partes da planta para 150 partes de água
.
Tintura: utilizam-se vegetais secos triturados imersos em álcool a 70 a 80, a
85 graus GL
sendo que a quantidade de Planta pode ser de 10 a 20% de acordo com os grupos quím
icos.
Xaropes: é a forma na qual se emprega 2/3 do peso da Planta ou fruto em açúcar ou
mel
preferencialmente. Coloca-se paria ferver, não permitindo o aumento da temperatura
superiora 80° C. Após solubilizado, filtra-se sobre gaze conservando em frasco âmbar
(escuro). Contra-indicado para diabéticos.
<139>
Maceração: amassar a erva e colocar em água, 7 horas
para as folhas e flores, 12 horas para raízes e cascas, 24 horas para a planta tod
a.
<230>
Loção: são líquidos aquosos, soluções coloidais, emulsões e suspensões, de acordo com a
solubilidade do fármaco destinados a aplicações sobre a pele. Exemplo: prepara-se o chá
e
adiciona-se 1/4 de álcool (3 xícaras de chá e 1 de álcool).
Cataplasmas: são formas constituídas por massa úmida e mole de materiais sólidos.
Compõe-se de pó, farinhas ou sementes diluídas em cozimento ou infusão de plantas até
adquirirem consistência de uma pasta. A planta medicinal pode ser incorporada por
trituração
à pasta mole. Aplica-se quente, morna ou fria entre 2 tecidos, para reduzir a infl
amação ou
exercer ação revulsiva.
Compressas: são feitas com pedaços de pano limpo, algodão a 92° submetidos em chá ou
sumo de plantas aplicadas quentes ou frias no local afetado. Renova-se freqüenteme
nte. Uso
externo.
Alcoolatura: são preparações contendo planta fresca em álcool a 92° submetida a
maceração por 10 dias em frasco fechado - geralmente a relação entre o vegetal e o álcool é
de 1.1 a 1.2.
Elixires: são líquidos hidroalcoólicos, adicionados, destinados ao uso oral, conte
ndo
geralmente glicerina, sorbitol ou xaropes simples.
Sumo: obtém-se o sumo triturando a planta fresca e extraindo da parte sólida o líq
uido que
é liberado.
Encapsulados: são ervas secas trituradas e embaladas em cápsulas.
<231>
Inalação: prepara-se colocando água fervente sobre as folhas previamente picadas e
m um
recipiente, com a finalidade de aproveitar a ação dos óleos voláteis contidos na planta,
inalando-se os vapores.
Emplastos: são preparações que possuem grande força aderente destinados a uso extern
o.
Podem ser empregados com substâncias medicamentosas entre as quais os extratos, as
tinturas, os infusos, etc., e utilizar diretamente sobre a lesão.
Ungüento : prepara-se com o sumo de erva ou chá mais forte misturado em óleo veget
al.
Aplicação externa.
<233>
Glossário
Adstringente: Contrai os tecidos e vasos sangüíneos.
Afrodisíaco: estimulante sexual
Alcalinizante: Neutraliza os ácidos.
Amenorréia: Ausência de menstruação.
Antiácido: Combate a acidez gástrica.
Antictérico: Indicado para tratamento de icterícia.
Antiemético: Evita vômitos.
Antiespasmódica: ação que reduz os espasmos, isto é, a contração dos órgãos abdominais,
aliviando assim a dor provocada por aquelas contrações.
Anti-hemorrágica: ação que suprime a hemorragia (perda de sangue)
Antilítico: Dissolve os cálculos.
Anti-séptico: Que destrói micróbios.
Antiofídico: combate veneno de cobra.
Antitérmico: Combate a febre.
Anúria: Supressão da urina.
Aperiente: Que estimula o apetite.
Artrite: Inflamação das articulações.
Atonia: Diminuição ou ausência de tensão muscular.
Balsâmico: Aromático e reconfortante.
Béquico: combate a tosse
Blenorragia: infecção purulenta a uretra e vagina (gonorréia).
Cardiotônico: fortalece o coração.
Carminativo: Eliminador de gases. Cefaléia: Dor de cabeça.
Cistite: Inflamação da bexiga urinária.
Colagogo: estimula a secreção da bile.
Colerético: estimula a secreção da bile.
Colite: inflamação no intestino delgado.
Depurativo: livra o sangue de impurezas.
Dermatoses: nome genérico de doenças da pele.
Diaforético: provoca transpiração.
<234>
Disfunção: distúrbio.
Dismenorréia: Menstruação difícil e dolorosa (cólicas).
Dispepsia: distúrbio das funções digestivas.
Disuria: Emissão dolorosa e difícil da urina.
Diurético: favorece a formação e eliminação da urina.
Emenagogo: Restaurador do fluxo menstrual, quando ausente e escasso.
Emético: provoca vômitos.
Estomáquico: Estimula e fortalece as funções do estômago.
Estomatite: Inflamação da mucosa da boca.
Eupéptico: facilita a digestão.
Febrífugo: Combate a febre.
Flatulência: acúmulo de gases nos tubos digestivos.
Gastrite: inflamação no estômago.
Hemostático: Que combate hemorragias.
Hepático: Estimula e protege as funções do fígado.
Hepatite: Inflamação do fígado.
Hepato protetor: Estimula e protege as funções do fígado.
Hipoglicemiante: diminui a glicose no sangue.
Inapetência: Falta de apetite.
Litíase: Formação de cálculos nas vias biliares ou urinária.
Laxante: provoca a eliminação das fezes.
Nefrite: inflamação nos rins.
Nevralgia: dor no trajeto de um nervo.
Nutriente: Alimentício - nutritivo. Otite: infecção de ouvido.
Prostatite: Inflamação da próstata.
Purgativo: laxante energético.
Reumatismo: Inflamação dolorosa nos músculos e articulações.
Rinite: Inflamação na mucosa nasal.
Sudorífico: Provoca transpiração.
Tônico: Revigora e estimula o organismo debilitado.
Vermifugo: Expulsa ou destrói os vermes.
Vulnerária: Cicatrizante.
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Este livro foi transcrito para o braille por:


Flávio Emerson Dias Ferreira Bill;
Valmir de Barros.

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