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PROFESSORES: RICARDO VALE E VIRGINIA GUIMARÃES

AULA 07- MEIO AMBIENTE E ENERGIA

Olá, amigos, tudo bem?

Hoje abordaremos dois assuntos que crescem cada vez mais de


importância no cenário internacional: a proteção do meio ambiente e a
questão energética. Pela importância dos assuntos, essa aula contará com
uma vasta gama de informações, as quais consideramos que são muito
importantes para a prova do STM.

Preparados para seguir em frente? Então vamos lá!

1- A questão ecológica em nível mundial.

A questão ecológica e a preocupação com os problemas ambientais


acabam gerando em todos nós algumas perguntas inquietantes: elas são
mesmo fruto de um desconforto real ou apenas uma moda passageira?

Alguns chegam até a afirmar que estas questões foram trazidas à


tona como um cômodo recurso ideológico que objetiva substituir as grandes
questões mobilizadoras até poucas décadas atrás. Para os mais radicais, toda
essa “festa” em torno do meio ambiente não passa de uma forma de manter
enfraquecidos os problemas sociais do mundo, como a pobreza, a exploração
e os conflitos de interesse entre as classes. Mas será que isso é pertinente?

Compreender o problema ambiental não significa dominar a


geografia física das regiões, conhecer o relevo, os rios e saber tudo sobre as
devastações ambientais. É claro que tudo isso tem sua importância, pois
compõe o nosso estudo. Entretanto, é imprescindível percebermos que o
alcance da questão ecológica é bem mais profundo do que parece, uma vez
que não se reduz apenas aos inúmeros distúrbios do meio ambiente.

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Na verdade, o fato dessa questão ecológica estar tão na “moda” nos


mostra a incapacidade de um sistema social de produção e de consumo
(capitalismo) em manter formas e ritmos de crescimento sem destruir as
condições de sua própria reprodução. Deste modo, a importância do assunto
transcende as diversas crises ambientais espalhadas em todas as regiões do
planeta e demanda que percebamos que desequilíbrios entre sociedade e meio
ambiente estão biblicamente atrelados à história da humanidade.

Todavia, o que é absolutamente novo pra nós é que as crises


ambientais globais estejam influenciando, cada vez mais, nos colapsos locais e
regionais ocorridos nos últimos tempos. Vamos pensar, por exemplo, nas
chuvas do Rio de Janeiro. Pesquisas apontam que o aquecimento global
causado pelo contínuo desenvolvimento industrial é um dos principais
responsáveis por catástrofes climáticas como essa. Do mesmo modo, o
furacão ocorrido no Rio Grande do Sul que, em 2004, destruiu mais de 20 mil
casas, ou os temporais em Santa Catarina. Todos esses fenômenos acabam
tendo como principal justificativa o desequilíbrio ambiental global.

Assim, amigos, as profundas implicações econômicas, políticas e


sociais acabam mesmo se conectando às questões do meio ambiente e, talvez
por isso, esse tema esteja sempre presente nas provas de atualidades e
geografia. Modismo ou não, o debate em torno do assunto é intenso e, pela
primeira vez, a sensação de que toda a humanidade caminha para situações
catastróficas parece unânime. As transformações ambientais, geralmente
traumáticas e dolorosas, acabaram cobrando da sociedade tanto uma reflexão
em torno das relações entre o homem e a natureza quanto a necessidade de
revê-las.

É verdade também que os desastres climáticos não ameaçam todo


mundo da mesma forma, na mesma intensidade e nem com a mesma
iminência. Deste modo, ficam mais vulneráveis a esses desastres - que
acabam sendo sociais- as populações que não possuem tecnologia, que são
empurradas sempre para mais longe dos centros de produção e consumo. Por
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isso, podemos afirmar que as sociedades mais pobres e marginalizadas são as


que mais intensa e rapidamente sofrem os problemas do esgotamento do solo,
da escassez de água, moradia e alimentos.

A questão ecológica, portanto, diz respeito, ao mesmo tempo, às


relações entre os homens e às relações dos homens com a natureza - que é
quem fornece seus meios de sobrevivência.

O avanço técnico e científico que contribuiu para o boom de todo o


processo de industrialização em países ricos e pobres, capitalistas e
socialistas, pode ser considerado o principal elemento de interferência e
alteração da natureza. Não é segredo para nós que a natureza é formada por
um conjunto de componentes ambientais composto de terra, água, ar e seres
vivos, animais e vegetais. Pois bem, esses elementos são interdependentes, o
que significa que a alteração ou agressão de um deles resulta, imediatamente,
na alteração de outro.

Até os anos de 1960, qualquer idéia de sociedade que se


distinguisse da capitalista já mostrava que havia uma inegável necessidade de
uma nova organização econômica, em que os meios produtivos fossem
divididos de forma mais equilibrada. Entretanto, até a década de 70 não havia a
menor preocupação direta com questões ambientais ou ecológicas, com
exceção das universidades que tratavam o tema com relativo cientificismo.

As primeiras preocupações com a destruição da natureza,


principalmente das florestas e dos animais selvagens, surgiram apenas nos
anos 50, com as primeiras manifestações organizadas contra os armamentos e
as usinas nucleares. Essas manifestações foram importantes, pois abriram o
caminho para a luta contra os efeitos poluidores da indústria e para as idéias
de conservação do meio ambiente, que até então estavam restritas aos
círculos acadêmicos e naturalistas.

Como sabemos, no Brasil, o grande crescimento industrial se deu


entre as décadas de 50 e 60, portanto não haveria mesmo como haver
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manifestações ecológicas anteriores a esse período. Apesar disso, em outros


lugares, “privilegiados” pela industrialização precoce, essa também não era
uma discussão comum.

A crescente industrialização concentrada em cidades, a


mecanização da agricultura, a intensa exploração de recursos energéticos
como carvão mineral e petróleo, e minerais como ferro, alumínio etc, alteraram
significativamente a terra, o ar e a água do planeta. Tamanha exploração levou
algumas áreas à degradação ambiental irreversível, o que evidenciou duas
necessidades mundiais urgentes. A primeira era a obrigação de haver maior
integração entre as disciplinas que se propunham a estudar a natureza. A
segunda era a necessidade de uma profunda revisão dos paradigmas da
ciência moderna para alcançarem uma solução para o problema identificado.

Devido à visibilidade que foi dada aos diversos problemas


ambientais e ecológicos apontados pelas crescentes manifestações, sua
mobilização e suas lutas, este assunto ganhou mais atenção das sociedades
mundiais.

È claro, pessoal, que, nesse processo acelerado de “tecnificação”


das sociedades humanas, algumas regiões do planeta foram palco de maiores
alterações do que outras. Entretanto, poucas são as áreas do mundo que não
foram total ou parcialmente devastadas pelas práticas predatórias do homem.

A sociedade industrial que o mundo contemporâneo edificou


interferiu e alterou profundamente a natureza, já que, para construir e alimentar
complexos industriais, extensos espaços de natureza tiveram que ser
destruídos.

O desenvolvimento permanente dos meios de produção, a


ampliação da sociedade de consumo, os atrativos do lazer, do conforto e a
liberação da mão-de-obra rural, acabaram estimulando o crescimento da
população urbana nos países industrializados. Apesar disso, o crescimento
rápido das cidades não pôde ser acompanhado no mesmo ritmo, sobretudo
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nos países em desenvolvimento, pelo incremento das redes de água tratada,


coleta e saneamento de esgoto etc.

Nessas sociedades, os problemas ambientais são muito maiores do


que nos países mais desenvolvidos. Essa diferença se dá principalmente
porque, além das questões relativas à destruição do meio ambiente em si,
como a poluição do solo, do ar e da água, ainda há o agravante da pobreza da
população. Vejamos como esses temas podem ser encontrados em provas

(CESPE/ABIN-2008) A questão ambiental, tendo em vista suas


implicações sociais, econômicas e políticas, ganhou repercussão e
passou a fazer parte das políticas nacionais e do fórum de debate
mundial. Acerca desse assunto, julgue os itens subseqüentes.

1-Com a maior parte da população brasileira vivendo em aglomerações


urbanas, a degradação da qualidade do meio ambiente urbano e dos
recursos naturais tem sido motivo de conflitos e de proliferação de
doenças nas cidades.

Comentários

A urbanização acentuada é uma constante em todas as regiões do


nosso planeta. Entretanto, o que durante muitos anos foi visto como símbolo de
progresso hoje comporta em si inúmeros problemas. Nesse sentido, a explosão
da periferia nas grandes cidades foi uma das principais responsáveis pela
degradação do meio ambiente, existência de conflitos pelos recursos naturais e
proliferação das doenças. Isso ocorre na maior parte das cidades de países em
desenvolvimento e é um ponto muito forte aqui no Brasil.

A grande maioria das metrópoles abriga favelas e essa situação


tende a se agravar principalmente em países onde as pessoas continuam
migrando em busca de empregos e se defrontam com a ociosidade.

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A maior parte da população brasileira vive em aglomerações


urbanas. Essa concentração populacional nas cidades tem como conseqüência
a degradação ambiental, causada pelas modificações ocorridas no espaço
geográfico.

Assim, verifica-se nos principais aglomerados urbanos brasileiros


grande poluição do ar, do solo (causado pelo lixo urbano), sonora, visual, etc.
Tudo isso causa perda da qualidade de vida da população, o que gera aumento
do número de doenças e conflitos ambientais.

Ressalte-se que quando a questão fala em conflitos ambientais, ela


não quer dizer que se “pega em armas” em defesa do meio ambiente. Os
conflitos ambientais são uma nova espécie de conflito social, que exige a
intervenção do Estado. Pode-se verificar que justamente a parcela da
sociedade que mais sofre com os riscos ambientais é justamente a menos
favorecida e que, por conseguinte, tem menos responsabilidade na construção
deste risco. Portanto, a questão está correta.

2-(CESPE/ABIN-2008)- Todos os países, sejam eles pobres ou ricos, são


responsáveis pela degradação ambiental, o que explica a necessidade de
acordos internacionais para a mitigação dos efeitos adversos e a
resolução de conflitos.

Comentários

Sem dúvida alguma, todos os países –pobres ou ricos- possuem


responsabilidades no que diz respeito à proteção do meio ambiente. Todavia,
na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(ECO-92) reconheceu-se, sob forte pressão dos países em desenvolvimento
que a responsabilidade de controlar, reduzir e eliminar os atentados contra o
meio ambiente deve incumbir aos países que os causam, de tal forma que
guarde relação com os danos causados e esteja relacionado com as
respectivas capacidades e responsabilidades.

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Esse reconhecimento representou uma completa mudança de


paradigma no âmbito da proteção do meio ambiente, estabelecendo o
princípio da responsabilidade comum, mas diferenciada. Cada país deveria
incumbir-se na proteção ambiental de forma proporcional com os danos
causados ao meio ambiente. Esse princípio confirma o fato de que os países
desenvolvidos são os maiores causadores e responsáveis pelos desequilíbrios
ambientais, cabendo a eles, portanto, as principais atitudes para proteger o
meio ambiente.

De qualquer forma, a proteção do meio ambiente é uma


preocupação comum da humanidade, incumbindo aos países ricos e pobres
indistintamente. Por ser responsabilidade de todos os países, há necessidade
de se buscar soluções conjuntas ao problema ambiental, o que é feito por meio
da cooperação internacional. Questão correta.

1.1 O ambiente ganha visibilidade mundial

O grande concretizador do meio ambiente como um assunto


mundialmente importante foi a Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, Suécia, em 1972. Tendo como
tema principal o Meio Ambiente Humano, essa Conferência estabeleceu
princípios de aplicação geral no que se refere à proteção ambiental.

De acordo com Accioly, o ano de 1972 pode ser apontado como o


ano em que a conscientização para a importância de se evitar a destruição do
meio ambiente tomou âmbito global. Nessa conferência, se reuniram pela
primeira vez países industrializados e países em desenvolvimento para discutir
problemas relativos ao meio ambiente. Apesar do objetivo comum de
preservação ambiental, a conferência deixou claro o fosso existente entre
esses países, sobretudo em matéria ecológica.

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Assim, quando o grupo de países em desenvolvimento era chamado


a cumprir padrões mínimos ambientais, eles entendiam essa pressão como um
mecanismo utilizado pelos países mais industrializados para impedir seu
crescimento. Dessa forma, para grande parte das nações, a questão ambiental
surgiu como um limitador e dificultador do modelo vigente, em que são
explorados, descontroladamente, os recursos ambientais do planeta.

A Conferência de Estocolmo deu origem à Declaração das Nações


Unidas sobre o meio ambiente, que estabelece princípios gerais para sua
proteção e prevê a criação do Programa das Nações Unidas. Esse programa
tem como objetivo fundamental coordenar as ações internacionais de amparo à
natureza, promovendo um desenvolvimento sustentável.

Bem, para compreendermos a Declaração de Estocolmo, teremos


que entrar um pouco no direito internacional ambiental, mas não se assustem,
pois não é nada de outro mundo, ok?

Assim, temos como pontos principais:

1)O direito ao meio ambiente foi alçado à condição de direito


fundamental do ser humano. O primeiro princípio enumerado pelo referido
documento estabelece que “o homem tem direito fundamental à liberdade, à
igualdade e a condições de vida satisfatórias, em meio ambiente cuja qualidade
lhe permita viver com dignidade e bem-estar.”

2) A Declaração de Estocolmo estabeleceu o princípio da


responsabilidade internacional dos Estados em matéria ambiental. De
acordo com o princípio de número 21, “os Estados têm o direito soberano de
explorar os seus próprios recursos segundo políticas ambientais que
estabeleçam. Entretanto eles têm o dever de realizar essas atividades nos
limites de sua jurisdição ou sob seu controle, desde que não causem danos ao
meio ambiente em outros estados ou nas regiões não submetidas a qualquer
jurisdição nacional.” Resumindo: lembra daquele sermão que ganhávamos da
professora no colégio, que dizia que nosso direito termina onde começa o do
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coleguinha? Pois bem, aqui é a mesma coisa: um Estado não pode explorar
seus recursos de forma a causar dano a outro Estado.

3)- Um Estado deve ser responsabilizado pelos danos ambientais


que cause fora de sua jurisdição territorial, ou seja, pelos danos que cause ao
meio ambiente de outro Estado. Ou seja, feriu o direito do coleguinha? Então
vai ter que assumir a responsabilidade.

Passados 10 anos da Conferência de Estocolmo, foi elaborado um


relatório para avaliar tanto os principais resultados alcançados, quanto apontar
os principais problemas ambientais existentes. E foi nesse momento que
surgiu, pela primeira vez, o conceito de “desenvolvimento sustentável ”. Mas
o que seria isso afinal?

Podemos entender este desenvolvimento como sendo aquele que


atende as necessidades do sistema produtivo e das gerações atuais, sem
comprometer a capacidade das futuras gerações de terem suas próprias
necessidades atendidas.

Um outro evento que marcou as relações homem/meio ambiente foi


o realizado em 1992 na cidade do Rio de Janeiro. Vocês se lembram?
Dependendo da idade de vocês, é possível que não, mas pra nós, que já
somos velhinhos (rsrrsrsrs), a ECO 92 foi um evento inesquecível!

Na ocasião, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio


Ambiente e Desenvolvimento, que em 1972 havia sido em Estocolmo,
movimentou a cidade do Rio de Janeiro e ganhou a mídia brasileira e
internacional. Do mesmo modo, a conferência realizada na Suécia, foi
“reproduzida”, duas décadas mais tarde, na cidade do Rio e ficou
mundialmente conhecida como ECO-92.

Nesse encontro, líderes do mundo todo foram reunidos e produziram


importantes documentos que buscavam regulamentar os mais variados
elementos sobre o meio ambiente. Assim, entraram na pauta das discussões
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para proteção ambiental: princípios sobre Florestas, Convenção sobre


Diversidade Biológica, Convenção sobre Mudanças Climáticas, Agenda 21 e a
Declaração do Rio.

Esses documentos tinham como principal objetivo definir um rumo


geral para as políticas ambientais essenciais de desenvolvimento mundial.
Assim, as políticas ali definidas deveriam ditar um modelo de desenvolvimento
sustentável que desse conta de suprir às necessidades globais e, ao mesmo
tempo, reconhecesse os limites de desenvolvimento econômico.

Nessa linha, a Agenda 21 foi um documento elaborado com o


objetivo de servir de guia para que os Estados formulassem políticas públicas
em matéria ambiental com vistas a promover o desenvolvimento sustentável.
Outra realização importante deste evento foi a consolidação da Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima por quase todos os
países do mundo.

Essa convenção nada mais é do que um tratado internacional que


tem como objetivo a estabilização da concentração de gases do efeito estufa
na atmosfera em níveis admissíveis pelo sistema climático. É verdade também
que ainda não se sabe, com precisão, qual é a medida de gases que poderiam
ser considerados seguros, entretanto, boa parte da comunidade científica
admite que a contínua emissão de gases no ritmo atual trará fortes danos ao
meio ambiente.

Assim, amigos, é correto afirmar que tanto a Conferência de


Estocolmo quanto a ECO-92 foram os marcos mais importantes para o
alargamento da gravidade da questão ambiental internacional.

Cabe destacar também o Protocolo de Kyoto, assinado na cidade


japonesa de mesmo nome no ano de 1997. A convenção em Kyoto
estabeleceu um sólido compromisso por parte dos países desenvolvidos em
reduzir a emissão de gases, mesmo com ônus aos seus respectivos
crescimentos econômicos. No entanto, apesar da seriedade com que as
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nações encararam o protocolo, ainda não são palpáveis os meios pelos quais
seriam colocadas em prática as medidas e o compromisso em reduzir as
emissões de gás.

O Protocolo de Kyoto faz parte da Convenção-Quadro das Nações


Unidas sobre Mudanças Climáticas e determina que os Estados deverão, para
promover o desenvolvimento sustentável, implementar ou aprimorar suas
políticas nas mais diversas áreas, como:

- aumento da eficiência energética;

- promoção de formas sustentáveis de agricultura;

- proteção e aumento de sumidouros e reservatórios de gases de


efeito estufa;

- redução gradual ou eliminação de incentivos fiscais, de isenções


tributárias e tarifárias e de subsídios para os setores emissores de gases de
efeito estufa;

- pesquisa, promoção, desenvolvimento e aumento do uso de formas


novas e renováveis de energia, de tecnologias de seqüestro de dióxido de
carbono e de tecnologias ambientalmente seguras.

- limitação e/ou redução de emissões de metano por meio de sua


utilização no tratamento de resíduos, bem como na produção, no transporte e
na distribuição de energia e;

- medidas para limitar ou reduzir a emissão de gases de efeito-


estufa, como a aplicação do princípio do poluidor-pagador.

Aplicando o princípio do poluidor-pagador, o protocolo criou o


“Mecanismo de Desenvolvimento Limpo”, que deu a oportunidade para a
criação de um mercado de créditos de carbono. Mas o que seria isso
exatamente?
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Bem, na verdade, isso funciona como um sistema de compra


simples, em que aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as
metas de redução de emissões de gases do efeito estufa têm que comprar
créditos de carbono. Como todos nós sabemos, a tática de economia mais
eficaz é sempre aquela que atinge o bolso, não é mesmo?

Em contrapartida aos “esbanjadores”, aquelas indústrias que


conseguissem diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas,
poderiam vender o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de
emissão" no mercado nacional ou internacional.

De acordo com Portela, com a criação do mercado de créditos de


carbono, os países em desenvolvimento passaram a negociar com os países
desenvolvidos seus excedentes de "redução de emissão" ou "permissão de
emissão" no mercado nacional ou internacional. Assim, os países em
desenvolvimento tendem a ampliar a execução de projetos que reduzem a
poluição para ter mais uma mercadoria para comercializar internacionalmente:
seus excedentes de ar puro.

Mas e quanto a metas? O Protocolo de Kyoto fixou metas para a


redução de emissão de gases?

Sim. Foram estabelecidas metas de redução de emissões para os


países, porém diferentes para cada um, em respeito ao princípio da
responsabilidade comum, mas diferenciada. Assim, já que a regra de redução
não é valida para todos, países como o Brasil podem realizar projetos de
redução de emissões e negociar com os que precisem os seus “créditos de
carbono”.

Então, pessoal, deste modo fica claro que não são todos os países
que devem cumprir metas de redução de emissão de gases, mas somente
aqueles que estão relacionados no Anexo I do protocolo de Kyoto - países
mais industrializados. É correto afirmar que no encontro ocorrido no Japão
foram estabelecidas metas de redução e um mercado de créditos de carbono
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por meio do qual os países industrializados acabam financiando tecnologias


consideradas limpas em países em desenvolvimento, como forma de
compensar suas emissões de gases.

Apesar disso, passados 12 anos, constatou-se que nada disso deu


certo! Na tentativa de se chegar a um novo acordo global sobre o clima, os
países se reuniram, então, em Copenhague, que infelizmente, não teve mais
êxito que o protocolo de Kyoto.

Veja como esse assunto foi cobrado em prova

3(ESAF/PGFN-2006) É objetivo do Protocolo de Quioto à Convenção-


Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima, de 1997:
a) a diminuição da eficiência energética em setores relevantes da
economia internacional, como modo direto de internalização de
externalidades negativas.
b) a proibição imediata de formas sustentáveis e não-sustentáveis de
agricultura, à luz das considerações sobre mudança de clima.
c) a redução gradual ou eliminação de imperfeição de mercado, de
incentivos fiscais, de isenções tributárias e tarifárias e de subsídios para
todos os setores emissores de gases de efeito estufa.
d) a pesquisa, a promoção, o desenvolvimento e aumento do uso de
formas não-renováveis de energia, de tecnologia de seqüestro de dióxido
de carbono e de tecnologia ambientalmente seguras.
e) a ampliação de emissões de metano por meio de sua recuperação e
utilização no tratamento de resíduos, bem como no transporte, na
produção e na distribuição de energia.
Comentários:

A letra A está errada porque o Protocolo de Quioto tem por objetivo o


aumento da eficiência energética e não sua diminuição.

A letra B está errada. O Protocolo de Quioto tem como um de seus


objetivos que os países promovam formas sustentáveis de agricultura.
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A letra D está errada, já que o protocolo que ora analisamos tem


como objetivo a utilização de formas renováveis de energia.

A letra E está errada porque o Protocolo de Quioto tem como


objetivo a redução ou eliminação da emissão de gás metano e outros gases de
efeito estufa.

Resta-nos a letra C, que é a resposta correta. Considerando que a


emissão de gases de efeito estufa deve ser reduzida ou eliminada segundo o
Protocolo de Quioto, o que se busca é desestimular as atividades que poluem a
atmosfera. Ou seja, os incentivos aos setores emissores de gases de efeito
estufa deverão ser retirados.

1.2 Conferência do Clima de Copenhague (COP-15)

Seguindo na linha dos encontros onde a natureza é o grande foco,


não poderíamos deixar de abordar aqui o assunto do momento ao se falar de
meio ambiente: a Conferência do Clima de Copenhague, conhecida também
como COP-15. E por que esse encontro é tão famoso? Na verdade, muita
expectativa foi depositada nesse encontro, que se distingue dos demais
principalmente pelo fato de ter sido formulado, exclusivamente, para tratar da
variação climática mundial. Outro fator que lhe conferiu bastante importância
foi o fato da conferência buscar firmar um novo acordo global que substituiria o
Protocolo de Kyoto, o qual tem validade somente até 2012.

Bem, a Convenção-Quadro das Nações Unidas, tinha como objetivo


principal a estabilização da concentração de gases na atmosfera terrestre.
Deste modo, a intenção do encontro era elaborar normas que regulassem a
emissão de gases de acordo com os níveis de segurança climática do planeta,
evitando o aquecimento global.

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Esse é um assunto muito atual, pois o encontro foi realizado no fim


do mês de dezembro e por muito tempo a mídia bateu em cima dessa mesma
tecla, vocês se lembram? Pois bem, a Conferência de Copenhague nada mais
foi do que uma assembléia das nações que aderiram ao compromisso firmado
na convenção ainda em 1992, no Rio de Janeiro.

No âmbito da “Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre


mudança do clima” já havia sido firmado o Protocolo de Kyoto, com o objetivo
de mitigar o aquecimento global. Mas, afinal, quais foram os principais
impasses às negociações em Copenhague?

As negociações no âmbito da Conferência do Clima se


concentraram basicamente em dois pontos fundamentais: redução de
emissão de gases de efeito estufa e apoio financeiro a ser fornecido pelos
países desenvolvidos aos países em desenvolvimento para que estes
possam realizar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Os maiores impasses nas negociações em Copenhague foram


justamente a divergência de interesses quanto a esses dois temas. O Protocolo
de Kyoto somente impôs obrigações de redução de emissões aos países mais
ricos. No entanto, os países mais industrializados também querem que os
países em desenvolvimento assumam compromissos vinculantes nesse
sentido. Logicamente, não é o que querem alguns países em desenvolvimento!

Ao final da Conferência de Copenhague, os países aprovaram um


documento que possui tão somente a natureza de declaração de intenções,
não vinculando diretamente os países. Assim, ao final da COP-15, os países
não chegaram a um consenso, não assumindo compromissos estritos.

Vejamos como isso aparece nas provas

4(CESPE/IRB-2010)- Em relação às mudanças climáticas, julgue C ou E:

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A( ) A comunidade internacional, de forma geral, considerou satisfatórios


os resultados da COP 15 (15.ª Conferência das Partes da Convenção das
Mudanças Climáticas), realizada em Copenhague, em dezembro de 2009.
B( ) O Brasil teve participação de destaque na COP 15, onde negociou
ativamente o Acordo de Copenhague e defendeu a constituição de fundo
para se financiarem, em países pobres, com recursos canalizados por
meio de organismos multilaterais, inclusive do sistema das Nações
Unidas, ações em que se empreguem tecnologias concernentes ao
aquecimento global.
C( ) O Brasil, que defende o princípio de “responsabilidades comuns,
mas diferenciadas”, vem cumprindo diversos pontos da agenda
ambiental, pois quase toda a energia consumida no país provém de
fontes renováveis, o governo se comprometeu a desenvolver ações para
diminuir a emissão de CO2 no país e a adotar um Plano de Mudanças
Climáticas, para a redução do desmatamento da Amazônia.
D( ) Por iniciativa brasileira, os países amazônicos, no que se refere à
agenda de mudanças climáticas, adotaram a mesma posição, qual seja a
de defender a necessidade de conservação da cobertura vegetal como
compensação pelo aumento das emissões de CO2 causado pela
industrialização urbana nesses países.

Comentários

A- A 15ª Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas


(COP-15), realizada na Dinamarca em dezembro do ano passado, era a grande
esperança do mundo na luta contra o aquecimento global. No entanto, o
encontro foi marcado pelo desentendimento entre as nações, que não
chegaram a nenhum acordo significativo. Portanto, a questão está errada.

B- O Brasil foi um dos poucos países que se destacou durante o


encontro de Copenhague, sobretudo ao defender a criação de um fundo para
financiar países mais pobres. Durante esse encontro, que envolveu cerca de

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120 países , não se chegou a um consenso mesmo depois de duas semanas


de negociações e intervenção direta do secretário-geral das Nações Unidas.

Assim, o governo brasileiro já foi pro encontro com o objetivo de


reduzir em até 39% suas emissões de gases até 2020. É claro que teve o apoio
das ONGs para sua idéia de colocar logo na mesa de Copenhague metas
claras, ou seja, números com os quais o país vai se comprometer.

C- Essa assertiva merece ser bem aproveitada. Vamos, então, por


pontos!

1)O Brasil defende sim o princípio da responsabilidade comum, mas


diferenciada. Esse princípio estabelece que apesar de todos os países terem
responsabilidades no que diz respeito à preservação ambiental, os países que
historicamente mais danos causaram ao meio ambiente têm maiores
obrigações.

2)Dizer que quase toda a energia consumida no país vem de


fontes renováveis é um exagero. Podemos dizer que aproximadamente metade
da energia consumida no país vem de fontes renováveis. A matriz energética
brasileira é, portanto, relativamente limpa se comparada a de outros país. No
que diz respeito à geração de eletricidade, quase 90% vem de fontes
renováveis.

3)O Brasil se comprometeu a reduzir a emissão de CO2? Sim. O


Brasil tem um Plano de Mudanças Climáticas? Sim. Entretanto, seu objetivo
principal é reduzir as emissões de gases(contribuindo para evitar o
aquecimento climático) e não reduzir o desmatamento da Amazônia. Portanto,
a questão está errada.

D- Os países amazônicos unidos à França definiram uma posição


única a ser defendida na COP-15, firmando a chamada Declaração de
Manaus. Por meio dessa Declaração, os países amazônicos defendiam que os
países desenvolvidos deveriam assumir compromissos quantificados em
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matéria de redução de emissões. Além disso, chegaram ao consenso de que


os países desenvolvidos deveriam financiar ações de mitigação do
aquecimento global nos países em desenvolvimento.

Os países amazônicos concordaram, ainda, que a preservação da


cobertura vegetal, particularmente da Região Amazônica, é fundamental no
processo de enfrentamento da mudança climática. Todavia, essa preservação
da cobertura vegetal é incondicional e não deve ser vista como uma
compensação pelo aumento das emissões de CO2. É aí que está o erro da
questão!

5-(FCC-APOFP-2010)- Após duas semanas de negociações, com a


participação de líderes de cerca de 190 países e com a intervenção direta
do secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, na 15a Conferência
das Nações Unidas sobre mudança climática (COP 15), realizada em
Copenhague, em dezembro de 2009:
a) foram tomadas decisões que invalidaram o protocolo de Kyoto.
b) a maioria dos países optou pela redução na emissão de agentes poluentes
na atmosfera, mediante tratado que entrou em vigor a partir de janeiro de 2010.
c) não houve a produção de qualquer documento referente à redução dos
agentes poluentes da atmosfera.
d) foi assinado documento com valor legal, no qual ficaram definidas metas de
redução da emissão de agentes poluentes para todos os países, com exceção
dos mais pobres.
e) houve um acordo, fechado entre Estados Unidos, Brasil, China, Índia e
África do Sul, que foi apenas “anotado” pelos demais países, mas não
aprovado.

Comentários:

A letra A está errada. O Protocolo de Kyoto permanece em vigor


mesmo após a Conferência do Clima de Copenhague. Embora essa

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conferência tivesse como objetivo chegar a um acordo que substituísse o


Protocolo de Kyoto, isso não foi possível.

A letra B está errada. A COP-15 não teve como resultado um tratado


que criasse compromissos efetivos para os países. Assim, ninguém se obrigou
a reduzir a emissão de gases, embora os países tenham demonstrado seu
interesse em fazê-lo. Percebam, amigos, que há uma sutil e importante
diferença entre se obrigar a alguma coisa e demonstrar interesse nessa mesma
coisa!

A letra C está errada. Ao final da COP-15, houve sim a produção de


um documento, que não criou, todavia, compromissos aos países. O produto
final da COP-15 foi tão somente um documento que evidencia a intenção dos
países em promover a segurança climática do planeta.

A letra D está errada. Conforme já dissemos, os países não


assumiram compromissos de redução de emissão de gases na COP-15

A letra E está correta. Ao final da Conferência do Clima de


Copenhague, os países chegaram a um acordo, que não obteve consenso de
todos os países que participaram da reunião. Mas o que estabeleceu esse
acordo?

- Limitar o aquecimento global a 2º C em relação ao período pré-


industrial.

- Criação de um Fundo destinado a ações de mitigação do


aquecimento global. A ajuda financeira aos países em desenvolvimento seria
no montante de US$ 30 bilhões nos próximos três anos e US$ 100 bilhões até
2020.

Quando a questão fala que o acordo foi fechado por Estados Unidos,
Brasil, China, Índia e África do Sul, o que ela quer dizer é que foram esses
países que construíram o texto do acordo. Os outros países somente

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“anotaram” o acordo, isto é, não tiveram participação efetiva na construção do


texto. Destaque-se que o acordo a que os países chegaram em Copenhague
consiste em um texto mínimo.

6- (CESPE/Agente Administrativo – UERN-2010)- A Conferência do Clima


de Copenhague, a COP15, é nossa melhor oportunidade para salvar a
civilização de um colapso causado pelo aquecimento global. A relevância
do evento atraiu para a capital da Dinamarca cerca de 35 mil
participantes, entre chefes de Estado, diplomatas, políticos, ativistas,
cientistas, empresários e jornalistas. Salvar o mundo em uma semana
parece uma missão quase impossível. Para isso, os representantes de
193 países precisam chegar a acordos internacionais que estabeleçam
limites para as emissões dos países ricos e compromissos das nações
emergentes.
Época, 11/12/2009 (com adaptações).
Considerando o texto acima, assinale a opção correta acerca das
questões ambientais.
a) O desmatamento é responsável por menos de 1% das emissões de carbono
do Brasil.
b) Árvores renovam naturalmente o ar que respiramos ao retirar CO2 da
atmosfera e liberar oxigênio.
c) Antes da Conferência do Clima, o governo brasileiro se comprometeu a
aumentar o desmatamento.
d) A atividade agropecuária não interfere no aquecimento global.
e) Veículos elétricos e híbridos emitem a mesma quantidade de CO2 que
veículos movidos a gasolina.

Comentários:

A letra A está errada. O desmatamento é o maior responsável pelas


emissões de CO2 no Brasil, chegando ao percentual de 51,9%.

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A letra B está correta. Aprendemos isso lá na aula de Ciências do


Ensino Fundamental, não é mesmo? As árvores absorvem o CO2 e liberam
oxigênio, o que demonstra a importância da cobertura vegetal no combate ao
aquecimento global.

A letra C está errada. O Brasil se comprometeu a reduzir o


desmatamento.

A letra D está errada. A atividade agropecuária é a segunda maior


responsável no Brasil pelas emissões de CO2.

A letra E está errada. Os veículos elétricos não emitem gases de


efeito estufa.

7- (CESPE- Técnico de Nível Superior – UERN-2010)- O IPCC (Painel


Internacional sobre Mudanças Climáticas), organismo ligado às
Organizações das Nações Unidas, teve a sua credibilidade abalada por
equívoco em relatório sobre o aquecimento do planeta. Acerca desse
equívoco, assinale a opção correta.
a) O erro foi a afirmação de que as geleiras do Himalaia podem desaparecer
neste século.
b) O equívoco do relatório foi afirmar que os recentes terremotos que afetaram
o planeta foram causados pelo aquecimento global.
c) A admissão do erro acarretou a demissão do presidente e do conselho
técnico do IPCC.
d) Após a verificação do erro, a Organização das Nações Unidas transferiu as
atribuições do IPCC para um novo órgão, a ser dirigido pelos Estados Unidos
da América (EUA).
e) Ao contrário de um aquecimento global, os dados indicariam, na verdade,
uma elevação do nível dos mares nos próximos cem anos.

Comentários:

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O IPCC é um organismo ligado à ONU que foi estabelecido em 1988


com a finalidade de fornecer informações científicas, tecnológicas e sócio-
econômicas para que se possa ter a compreensão do fenômeno das mudanças
climáticas.

Em janeiro de 2010, foi descoberto um erro em um relatório do


IPCC. Segundo o relatório, as geleiras do Himalaia poderiam desaparecer até
2035, vários anos mais cedo do que os números mostram. Ao que tudo indica,
o ano de 2350 foi confundido por 2035.

Esse erro foi polêmico porque reacende o debate acerca do


aquecimento global, já que há muitos que não acreditam que esse é um
fenômeno que realmente existe. Além disso, os métodos científicos adotados
pelo IPCC também foram postos em dúvida. Dessa forma, a resposta correta é
a letra A.

8- (CESPE- Técnico de Nível Superior – UERN-2010)- Entre os dias 7 e 14


de dezembro de 2009, aconteceu, em Copenhague, capital da Dinamarca,
a 15.ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima, mais conhecida como COP-15. No que concerne aos
resultados dessa conferência, assinale a opção correta.
a) Os EUA reafirmaram a posição de George W. Bush de duvidar da existência
do aquecimento global.
b) A China sugeriu cortes agressivos de carbono para os países em
desenvolvimento, mas o Brasil se recusou a cumpri-los.
c) O documento final da conferência tem validade, mas não tem força de
cumprimento obrigatório entre os signatários.
d) O principal embate se deu entre os EUA e a União Européia, porque os
europeus não quiseram cumprir as recomendações norte-americanas.
e) Os países em desenvolvimento concordaram em se submeter à redução
obrigatória da emissão de gases poluentes até 2020.

Comentários:

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A letra A está errada. Os EUA reconheceram a existência do


fenômeno do aquecimento global, demonstrando estarem abertos à discussão
do problema. Todavia, segundo afirmam alguns especialistas, isso não passa
de um discurso diplomático, já que Obama não apresentou metas concretas a
serem adotadas pelos EUA.

A letra B está errada. A China demonstrou-se preocupada com o


problema climático, comprometendo-se voluntariamente a reduzir entre 40% e
45% suas emissões de gases até 2020, o que pode ser considerada uma meta
agressiva. No entanto, ela defende o princípio da responsabilidade comum,
mas diferenciada, o que significa que exige que os países desenvolvidos façam
cortes de emissões em nível bem mais elevado do que os países em
desenvolvimento.

A letra C está correta. O documento final da COP-15, embora não


estabeleça compromissos obrigatórios para os países, possui sim validade.

A letra D está errada. Os principais embates da COP-15 foram entre


os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento e não entre EUA e
União Européia.

A letra E está errada. Os países não assumiram metas concretas de


redução de emissões de gases na Conferência do Clima de Copenhague.

9- (FUNCAB- DETRAN-SE- 2010)- A autorização do Instituto Brasileiro do


Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) para o início das
obras de integração do Rio São Francisco às Bacias da Região Nordeste
recebeu inúmeras críticas tanto do Ministério Público quanto da
sociedade. A transposição consiste:
a) em levar as águas do rio para beneficiar os estados de Minas Gerais,
Sergipe e Alagoas.
b) em tornar o rio totalmente navegável até a sua foz durante todo o ano.
c) na revitalização do rio em todo o seu percurso.

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d) na utilização de suas águas para a implantação de hidrelétrica que permita o


uso da energia elétrica na região Norte e Nordeste.
e) na utilização das águas do rio para abastecer pequenos rios e açudes da
região Nordeste que possuem déficit hídrico durante a estiagem.

Comentários:

A transposição do Rio São Francisco é uma questão que suscita


diversas controvérsias. De um lado, o governo mostra relatórios ambientais e
defende que a transposição trará inúmeros benefícios; do outro lado, há
setores que defendem que os prejuízos ambientais serão imensos. O fato é
que, apesar de protestos como a greve de fome feita por Frei Luiz na cidade de
Cabrobó em 2005, as obras de transposição do Rio São Francisco ainda
continuam em andamento.

Mas em que consiste a transposição do Rio São Francisco?

Bem, atualmente 95 % das águas do Rio São Francisco


desembocam no mar e apenas 5 % são utilizadas em cidades ou irrigação. É
visando um aproveitamento maior dessas águas para as populações do semi-
árido que o governo pretende ligar o Rio São Francisco a outros rios menores,
levando água à região mais seca do nordeste. Entretanto, a grande polêmica
desse projeto é que não se pode prever as consequências da transposição
nem para as espécies que vivem hoje no rio nem para a população que
depende delas para sobreviver. Conforme podemos verificar, a resposta
correta é, portanto, a letra E.

Ainda em relação ao assunto, a versão oficial do governo é a de que


o volume de água a ser retirada e desviada para outros rios é muito pequeno,
chegando a pouco mais de 1%. Mas o argumento mais forte é que essa água
beneficiaria a população que vive no Polígono da Seca, cerca de 30 % da
população do semi-árido, o que equivale a 12 milhões de pessoas sendo
beneficiadas pela água.

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10-(CESPE/IRB-2008) Acerca das transformações globais, nacionais e


locais relacionadas ao desafio do desenvolvimento ambiental sustentável,
julgue (C ou E) os itens a seguir.
A( ) Na Amazônia, o crescimento do agronegócio e a expansão das
culturas de commodities têm sido observados em um grande número de
pequenas propriedades, o que se justifica por serem tais
empreendimentos prioritários para a desconcentração da propriedade da
terra.
B( ) Não é apenas a dimensão do desmatamento em curso na Amazônia
que preocupa, mas também os prejuízos à biodiversidade advindos desse
desmatamento, bem como o aumento da grilagem de terras públicas.
C( ) Influenciada pelo agronegócio, a agricultura familiar ou de
subsistência praticada atualmente na Amazônia tem sido apoiada por
inovações tecnológicas e pela utilização dos créditos ambientais
subsidiados por políticas públicas de preservação, que objetivam
recompensar o abandono da prática de derrubada ou queimada da
floresta ou da vegetação secundária.

Comentários

A- O Brasil, atualmente, é um dos maiores produtores de grãos do


mundo. Sendo o segundo na produção de soja em grão e o principal
exportador de farelo de soja. Destaca-se, também, na produção de frango,
carnes e suco de laranja.

O equivalente a mais de 28% da produção nacional de soja é


oriunda do Mato Grosso, sendo este estado responsável por cerca de 18,7
milhões de toneladas desse produto. Assim esse estado é, disparado, o maior
produtor do país. No entanto, o cultivo do produto tem sido um dos principais
vetores do desmatamento do Cerrado e também tem se expandido sobre áreas
de devastação recente na Amazônia. Uma produção dessa magnitude
certamente não sairia de pequenas propriedades, não é mesmo? Portanto, a

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desconcentração da propriedade da terra não acompanha o desenvolvimento


do agronegócio da Amazônia, o que faz da questão errada.

B- Apesar de o crescente desmatamento ser o grande problema da


Amazônia, ele não é o único prejuízo que a natureza da região sofre, uma vez
que ele também impõe conseqüências a outros recursos naturais. Um exemplo
disso é exatamente a sobrevivência ou não da biodiversidade, que se vincula
diretamente ao aumento da grilagem de terras públicas e conseqüente
desmatamento.

C - O grande desafio da Amazônia é conciliar preservação ambiental


com as necessárias e fundamentais atividades econômicas da região. A
recuperação de áreas degradadas, o fortalecimento da agricultura familiar e o
apoio à agricultura das comunidades indígenas são alguns dos trabalhos
desenvolvidos pela EMBRAPA. Essas ações, no entanto, visam superar, ou
pelo menos reduzir as explorações agrícolas predatórias e irracionais, que
levam ao esgotamento do solo e ao fim da possibilidade de uso dessas terras.
No entanto, tratar esse objetivo como recompensa do abandono da prática
de derrubada ou queimada da floresta ou da vegetação secundária está
errado.

11-(CESPE/ABIN-2008)-Mudanças climáticas tendem a potencializar


mudanças nos índices de mortalidade e morbidade, assim como provocar
situações que implicam na necessidade de realocação de grupos
populacionais, com reflexos na redistribuição espacial da população.

Comentários

Bem, amigos, para sabermos sobre a veracidade dessa assertiva


primeiro seria necessário saber o que são os índices de mortalidade e
morbidade não é mesmo? Índices de mortalidade todos sabem o que é, mas
morbidade é uma palavra no mínimo estranha aos nossos ouvidos.

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Basta que estejamos atentos aos noticiários para saber que todas
essas calamidades resultantes de mudanças climáticas, como
desmoronamento no Rio de Janeiro, enchentes em São Paulo ou Santa
Catarina resultam em mortalidade. Portanto, o índice de mortalidade tende à
potencialização sim! Já o desconhecido índice de morbidade está diretamente
relacionado à “capacidade de produzir doença”. Não é segredo pra nós que,
diante de calamidades públicas, sobretudo enchentes, há uma forte tendência
de haver epidemia de leptospirose, por exemplo.

Por fim, a realocação de grupos populacionais que vivem em áreas


de risco também faz parte das práticas públicas em situações dramáticas
oriundas de mudanças climáticas. Logo, a assertiva está correta.

12- (CESPE/ABIN-2008) Embora o crescimento populacional contribua


para o aumento dos problemas ambientais, como a destruição da
cobertura florestal e a poluição em suas várias formas, a necessária
intensificação na exploração dos recursos naturais terá a sua
sustentabilidade ambiental e econômica assegurada por meio do
desenvolvimento da tecnologia, já que esta implica o adequado aumento
da produtividade.

Comentários

Que o crescimento populacional contribui para o aumento dos mais


diversos problemas ambientais está claro pra todos nós, não é pessoal? A
urbanização, então, nem se fala: construção de pontes, viadutos, asfaltos,
desmatamento e toda sorte de poluição, visual, auditiva e física andam lado a
lado com o crescimento demográfico. Todas essas modificações do meio
ambiente, sem sombra de dúvidas, foram estimuladas e intensificadas em
conseqüência do desenvolvimento da tecnologia, que levou ao aumento da
produtividade.

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Apesar disso, por maior que seja o desenvolvimento tecnológico


mundial, ele nunca dará conta de reconstruir a cobertura florestal, ou devolver
recursos naturais limitados ou não renováveis. É claro que a tecnologia pode
contribuir em muitos aspectos, mas não de forma gratuita, uma vez que o custo
dessas técnicas não as permite estarem acessíveis a todos da mesma forma,
não é mesmo? Portanto a questão está errada.

1.3 – Conferência do Clima de Cancun (COP-16):

Sem dúvida alguma, a COP-15 não chegou nem perto de alcançar


os resultados pretendidos, deixando os ambientalistas com um sentimento de
profunda frustração.

A COP-16, realizada no México, teve a difícil missão de provar ao


mundo que há possibilidade de negociações multilaterais sobre as questões
climáticas. Nesse sentido, ao permitir o diálogo multilateral entre os países,
pode-se considerar que a COP-16 deu um novo estímulo à agenda ambiental,
ainda que persistam as controvérsias.

Um dos maiores objetivos da COP-16 era a renegociação do


Protocolo de Kyoto, que é único tratado internacional que estabelece, para
alguns países, metas de redução de emissões. O Protocolo de Kyoto tem data
certa para acabar e estará em vigor até 2012. A COP-16 não foi bem sucedida
na tentativa de elaborar um tratado para substituir Kyoto, o que será muito
importante para a segurança climática do planeta. Se o Protocolo de Kyoto
tornar-se inaplicável não haverá qualquer documento que vincule os países à
redução de emissão de gases de efeito estufa.

A negociação durante a COP-16 seguiu no sentido de exigir dos


países desenvolvidos a redução de ainda mais emissões de gases do efeito
estufa. Todavia, não houve nenhum acordo definitivo para obrigar os países
ricos a definirem metas mais ousadas para os cortes na emissão do CO2 entre
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2012 e 2020. Além disso, a conferência também permitiu a criação de novos


instrumentos que combatam o aquecimento no planeta como a definição de um
Fundo Verde para adaptação e mitigação nos países em desenvolvimento.

Esse fundo disponibilizará US$ 30 bilhões até 2012 e tem a intenção


de captar até US$ 100 bilhões até 2020. Outro avanço ocorrido foi a aprovação
oficial de um mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e
Degradação de (REDD), com algumas salvaguardas que visam a garantir que
esses projetos respeitem os direitos de povos indígenas e comunidades locais,
bem como a biodiversidade.

2- Recursos naturais: aproveitamento, desperdício e políticas de


conservação de recursos naturais.

É praticamente impossível falar de aproveitamento, desperdício e,


sobretudo, de políticas de conservação dos recursos naturais, sem entrar um
pouco no Direito Internacional Ambiental. Como vimos anteriormente, a
industrialização transformou, quase que completamente, o meio ambiente
mundial. Dessa forma, com o intuito de normatizar a exploração dos recursos
naturais, surgem um conjunto de preceitos que instituem direitos e deveres
para os diversos atores internacionais no que se refere à perspectiva
ambiental. Assim, esse ramo do direito atribui responsabilidades que devem
ser observadas no plano internacional, tendo como objetivo a melhoria e a
qualidade de vida para as gerações presentes e futuras.

No âmbito do Direito Internacional Ambiental encontramos uma


enorme quantidade de tratados, convenções e protocolos internacionais,
multilaterais e bilaterais, voltados para a proteção ambiental. Mas podem ficar
tranqüilos porque não vamos falar de cada uma deles aqui não, até porque
nem teríamos tempo para tanto. O número de tratados internacionais firmados
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em proteção do meio ambiente é impressionante, tanto que de 1960 até os dias


atuais mais de 30.000 dispositivos jurídicos sobre o meio ambiente foram
criados. Mas o importante disso é visualizarmos que há uma forte preocupação
internacional com esse tema e por isso as negociações internacionais em
matéria ambiental têm se tornado um ponto prioritário na agenda e nas
políticas estatais.

Entretanto, pessoal, quando vemos tantos tratados e tantas leis


sobre a mesma coisa uma certeza podemos ter: algo não esta funcionando,
não é mesmo? A grande dificuldade para que tais negociações se convertam
em compromissos rigorosos é o impacto no desenvolvimento econômico dos
países que a contenção dos recursos naturais gera. É justamente nesse ponto
que há um forte conflito de interesses entre o Direito Internacional Ambiental e
o Direito Internacional Econômico.

Sem sombra de dúvidas, os Estados têm o direito de buscar o seu


desenvolvimento econômico, entretanto esse crescimento não pode ocorrer às
custas da degradação ambiental, e ai surge um novo princípio conhecido como
Desenvolvimento Sustentável, conforme explicitamos anteriormente.

A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é a de um


aumento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer
a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações, ou seja, é o
desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Apesar disso, o
conceito de avanço sustentável depende de planejamento e do reconhecimento
de que os recursos naturais são esgotáveis, representando uma nova forma de
se ver o desenvolvimento econômico, a partir de uma perspectiva que leva em
conta o meio ambiente.

O homem é parte integrante da natureza e, desde o seu surgimento


na Terra, sempre teve liberdade para explorar os numerosos recursos que ela
oferecia para sua sobrevivência, como alimento, água e abrigo. Em todas as
etapas históricas, a humanidade fez uso da natureza, fosse para o seu próprio

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sustento imediato, fosse para produzir algum excedente. Mas sabemos de fato
o que são recursos naturais?

Podem ser considerados recursos naturais aqueles elementos da


natureza que podem ser utilizados pelo homem, com o objetivo do
desenvolvimento da civilização, sobrevivência e conforto da sociedade em
geral. A palavra recurso significa algo a que apelamos para a obtenção de
alguma coisa, não é mesmo? Portanto, para satisfazer suas crescentes
necessidades, o homem busca os recursos naturais, ou seja, usufrui de tudo
aquilo que a natureza lhe proporciona espontaneamente.

Esses recursos podem ser classificados em renováveis ou não-


renováveis. No primeiro caso, mesmo após seu uso, eles voltam a estar
disponíveis na natureza, como a energia do sol e do vento. No outro caso, no
dos recursos naturais não-renováveis, uma vez utilizados, eles nunca mais
ficam disponíveis, como o petróleo e os minérios em geral. Há também os
recursos considerados limitados, como a água, as árvores etc.

Mas o mais importante de tudo isso é sabermos que tudo aquilo que
é necessário ao homem e que se encontra na natureza, desde o solo, a água,
o oxigênio, energia oriunda do Sol, as florestas e seres vivos, são considerados
recursos naturais.

Como nós já sabemos, o direito internacional ambiental é repleto de


tratados internacionais sobre os mais variados temas. Infelizmente, nós não
temos como adivinhar o que se passará na cabeça do pessoal do CESPE
quando for abordar este tema. Portanto, por segurança, temos que ter pelo
menos um entendimento superficial sobre como se organiza a proteção do
meio ambiente a nível internacional. Então, mãos a obra pessoal! Vamos ver
de forma rápida algumas das principais convenções internacionais sobre
matéria ambiental:

- Convenção de Genebra sobre poluição transfronteiriça de


longa distância: surgiu a partir da percepção de que a poluição era
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transportada pela atmosfera por milhares de quilômetros. Ou seja, se um país


polui a atmosfera, um país pode ser afetado sem nada ter feito. Objetiva a
redução e prevenção de poluição atmosférica por meio de medidas conjuntas e
de cooperação.

- Convenção de Viena para a proteção da Camada de Ozônio:


surgiu a partir da percepção de que a camada de ozônio - que serve de escudo
contra os raios ultravioletas- estava sendo degradada.

- Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre mudança do


clima: tem como objetivo principal a estabilização da concentração de gases
na atmosfera em níveis compatíveis com a segurança climática do planeta,
evitando, assim o aquecimento global – efeito estufa. Atualmente a mídia tem
falado muito sobre a Conferência de Copenhague, se recordam? Pois bem, a
Conferência de Copenhague foi justamente uma reunião das partes
contratantes dessa convenção. O Protocolo de Quioto também faz parte
dessa Convenção

- Convenção Internacional de Combate à Desertificação nos


Países afetados por Seca Grave e/ou Desertificação: busca combater a
desertificação por meio do aproveitamento da terra afetada pelo problema, com
o objetivo de evitar a desertificação, reduzi-la ou mesmo recuperá-la.

- Convenção sobre prevenção da poluição marinha por


alijamento de resíduos e outras matérias: tem como objetivo restringir o
alijamento de resíduos nos mares.

- Convenção Internacional para a prevenção da Poluição


proveniente de embarcações (MARPOL): prevenir a poluição dos mares, a
qual ocorre seja por meio de acidentes ou vazamentos de óleo ou por meio de
outros poluentes.

- Convenção da UNESCO sobre Patrimônio Mundial: tem como


objetivo preservar para as futuras gerações, locais e objetos de valor estético,
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histórico e cultural para a humanidade. Seu objetivo é muito mais amplo do que
a proteção de paisagens naturais ou da biodiversidade.

- Declaração de Princípios sobre Florestas: originou-se da ECO-


92 e consiste em documento meramente principiológico, ou seja, não
estabelece normas e obrigações vinculantes para as partes contratantes. Tais
normas vinculantes não foram estabelecidas porque não foi possível se chegar
a um meio-termo entre as idéias de preservação dos países desenvolvidos e os
interesses econômicos dos países em desenvolvimento.

- Convenção sobre Diversidade Biológica: essa convenção


internacional tem como objetivo a proteção das diversas formas de vida na
terra, quer seja no meio terrestre ou aquático, reconhecendo a “importância da
diversidade biológica para a evolução e para a manutenção dos sistemas
necessários à vida na biosfera.” Ela consagra a biodiversidade como uma
preocupação comum da humanidade e expressamente fala em princípio da
precaução.

- Convenção de Basiléia: foi criada com a finalidade de evitar com


que países desenvolvidos exportassem resíduos perigosos para países em
desenvolvimento. Afinal de contas, sai muito mais barato mandar o “lixão” para
os países em desenvolvimento do que fazer seu correto tratamento no país de
origem. Desta forma, o objetivo dessa convenção internacional é controlar o
movimento transfronteiriço de resíduos perigosos.

- Tratado de Não-Proliferação Nuclear: esse tratado internacional


tem como objetivo diminuir o risco de uma guerra nuclear e de canalizar o
desenvolvimento da tecnologia nuclear para aplicações pacíficas. A maior
crítica ao TNP é a de que ele confere um monopólio das armas nucleares às
potências atômicas, que podem conservá-las, enquanto os países que não as
possuem jamais deverão desenvolvê-las.

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Vamos fazer uma brincadeira? Feche os olhos e pense em alguma


imagem que lhe indique recursos naturais! Agora pense em aproveitamento
desses recursos. Por fim, pense no desperdício desses recursos.

Essa brincadeira para nada mais serve senão para mostrar-lhes que
nosso pensamento sobre meio ambiente, recursos naturais e desvalorização
destes acabam nos direcionando, via de regra, a região amazônica. Portanto, é
impossível falar de recursos naturais e não abordar sobre aquela região que
ficou, erroneamente, conhecida como pulmão do mundo!

Possivelmente, várias imagens lhes vieram na cabeça ao pensar em


recurso naturais, mas estamos certos de que a floresta amazônica é sempre
um referencial quando se pensa em recursos naturais. Vejamos a foto!

Não foi à toa que dedicamos quase meia página a essa imagem! Se
nos detivermos durante alguns segundos observando-a, certamente nos
perderemos na vastidão amazônica e, ficaremos ainda mais convictos em
afirmar que a abordagem da “questão ecológica no mundo” só estará completa

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se for analisada também a Amazônia brasileira, com seus aproveitamentos e


desperdícios de recursos naturais.

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A região amazônica possui uma população muito reduzida, o que,


aliado à sua grande extensão, acaba resultando em baixíssimas densidades
demográficas. No entanto, nas últimas décadas, a região vem tendo, devido às
migrações, o maior crescimento populacional do país. É bom frisarmos que a
maior migração para Amazônia até hoje ocorreu durante o segundo ciclo da
borracha, se é que dá para dividi-los assim. Durante a Segunda Guerra
Mundial o Brasil tinha assinado um acordo com os EUA, por meio do qual se
comprometia a fornecer matérias primas para indústria bélica. Sendo a
borracha uma dos principais elementos necessários nesse período, o governo
de Vargas fez propagandas para que as pessoas migrassem para aquela
região e se transformassem em "soldados da borracha". Alguns homens,
inclusive, preferiram ir para Amazônia a correr o risco de serem mandados para
guerra.

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Além disso, o governo incentivou de todas as formas essa migração,


com propagandas, promessas (que não se cumpriram) e passagem de trem (só
de ida)! Assim, não houve, em nenhum outro período de nossa história, uma
migração tão forte quanto a desse período.

Apesar disso, também é verdade afirmar que, em outros momentos,


como durante o governo militar, por exemplo, houve uma forte migração para a
Amazônia, se comparada às calmarias típicas da região. Todavia, se
comparado ao fluxo migratório ocorrido durante os ciclos da borracha, ela se
torna pouco significativa.

Assim, grande parte de todo o crescimento populacional é fruto de


migrações rural-rural (expansão da fronteira agrícola) que, no entanto, não
impedem a região de ser predominantemente urbana, com cerca de 55% da
população vivendo em cidades. Vejam bem, 55% da população é urbana e não
poderia ser diferente, uma vez que o espaço natural é significativamente
inóspito. Esta aparente contradição pode ser explicada pela enorme
concentração fundiária e os constantes conflitos pela posse da terra,
envolvendo posseiros, grileiros, latifundiários, jagunços, comunidades
indígenas e populações extrativistas, como os seringueiros e castanheiros.

A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de


30% das espécies conhecidas de flora e fauna. Justamente devido à sua
riqueza mineral, vegetal e de recursos naturais num geral é que essa região
desperta grande interesse em todo o mundo. Utilizando-se dos argumentos da
falta de preservação, pessoas do mundo inteiro se sentem no direito de opinar
sobre assuntos relativos a Amazônia, como o projeto da construção da usina
hidrelétrica de Belo Monte, que vem mobilizando a opinião pública mundial.

Tendo em vista a grande devastação e degradação ocorrida na


Amazônia, ela acaba sendo nossa primeira imagem de aproveitamento e
desperdício de recursos naturais. Estima-se, por exemplo, que só as lavouras
de soja no Mato Grosso, já devastaram 40% da Floresta Amazônica daquele

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estado, embora o desmatamento venha caindo, principalmente, por causa de


fortes pressões internacionais.

Quando se fala em proteção ambiental na Amazônia, temos que


fazer referência ao Plano Amazônia Sustentável, lançado pelo governo federal
no ano de 2008, o qual trata-se de um plano estratégico destinado a promover
o desenvolvimento sustentável na região e possibilitar o aumento da presença
do Estado naquela área.

Quanto a isto, cabe ressaltar que a Amazônia é um grande vazio


demográfico, o que torna difícil a fiscalização de ações que degradem o meio
ambiente. Nesse sentido, foi criado em 2002 o SIPAM/SIVAM (Sistema de
Proteção da Amazônia/Sistema de Vigilância da Amazônia). O objetivo do
SIPAM/SIVAM é produzir informações e conhecimento para subsidiar as ações
governamentais na Amazônia, inclusive no que diz respeito à proteção
ambiental.

Combater o desmatamento na Amazônia é uma grande prioridade


do governo federal. Assim, as informações obtidas por meio do SIPAM/SIVAM
possibilitam a obtenção de informações sobre áreas de desmatamento ilegal,
além de permitir a atuação dos órgãos de fiscalização de forma mais objetiva e
planejada.

(CESPE/BANCO DA AMAZÔNIA-2009) Em um planeta aquecido, mantenha


o refrigerador ligado. A floresta amazônica há muito deixou de ser tratada
como o pulmão do mundo, mas ganhou status ainda mais importante, o
de ar-condicionado da Terra. A preservação da mata é fundamental no
combate ao aquecimento global, apontam especialistas. O Globo. “Planeta
Terra”, nov./2009, p. 20 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a inserção da


Amazônia no quadro de desenvolvimento sustentável, julgue os itens que
se seguem

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13- A idéia de desenvolvimento sustentável na Amazônia, a maior floresta


tropical úmida do planeta, deve pressupor, entre diversas outras
considerações, a substituição do uso desordenado de motosserras pelo
exercício de aprender a extrair riqueza da floresta enquanto se garante
sua preservação.

Comentários

Apesar de ser mundialmente conhecida como a maior floresta


tropical existente no planeta, a Amazônia apresenta índices socioeconômicos
muito baixos. Além disso, nos últimos 40 anos surgiram novas ameaças, como
o desmatamento, principalmente devido às queimadas e à conversão de terras
para a agricultura. A ocupação desordenada da terra juntamente com o uso
inadequado do solo e a execução de grandes obras sem minimização dos
impactos se traduziu na necessidade de um desenvolvimento sustentável.

A idéia básica disso é valorizar a vocação florestal e aquática da


região, conservando e utilizando os recursos naturais de forma racional e
duradoura para beneficiar todos os segmentos sociais da região amazônica em
particular e do Brasil em geral. Portanto, a assertiva está correta.

14- (CESPE/BANCO DA AMAZÔNIA-2009) A cobiça internacional sobre a


Amazônia passa ao largo de seu importante peso nos processos naturais
que regulam os padrões climáticos globais, como afirmado no texto, mas
deriva do extraordinário patrimônio mineral da região, hoje plenamente
conhecido e devidamente mensurado.

Comentários

Por dois motivos essa afirmação está equivocada. Em primeiro lugar,


por mais que a cobiça internacional sobre a Amazônia também possa ser
reconhecida pelo seu extraordinário patrimônio mineral é inegável o peso
dessa região nas questões climáticas globais. Em segundo lugar, de tão

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extraordinário que é o patrimônio mineral amazônico, ainda hoje ele é


imensurável. Portanto, a questão esta errada.

3-Incidentes ambientais importantes na atualidade:

3.1- Enchentes no Nordeste:

Um episódio recente que causou grande comoção nacional foram as


enchentes ocorridas no Nordeste do Brasil, mais especificamente nos estados
de Pernambuco e Alagoas. Cidades inteiras foram devastadas, causando
inúmeras mortes e deixando milhares de desabrigados.

Mas será que a única causa das enchentes foram o elevado índice
pluviométrico?

Com certeza não! Embora as chuvas no Nordeste tenham superado


a média histórica da região, o que pode ser considerado um “evento extremo”
decorrente do aquecimento global, elas não foram a única causa das
enchentes no Nordeste. Outros fatores que concorreram para que essa
catástrofe ocorresse foram: o desmatamento de matas ciliares, construções à
beira de rios e assoreamento de cursos d’água.

Como medidas para a prevenção de enchentes desse tipo de


situação de calamidade pública, podemos citar: ocupação regular do solo,
promovendo maior ordenamento das aglomerações urbanas, construção de
sistemas de barramentos, desassoreamento de rios e a realização de ações de
educação ambiental (conservação do solo). Além disso, é fundamental que o
governo mantenha uma rede de prevenção de catástrofes naturais capaz de
prevenir fenômenos meteorológicos com maior eficiência, dando tempo à
defesa civil para executar seu trabalho.

3.2- Vazamento de óleo no Golfo do México:

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No dia 20 de abril de 2010, ocorreu uma explosão na plataforma


Deepwater Horizon, localizada no Golfo do México. Nessa situação, havia um
sistema preparado para fechar uma válvula no fundo do mar automaticamente.
Todavia, não foi isso o que ocorreu! O sistema não funcionou conforme
previsto e o poço ficou aberto, ocasionando o vazamento do petróleo na região.

O vazamento de petróleo no Golfo do México foi o pior vazamento


costeiro da história dos EUA, com o derramamento de cerca de 4,9 milhões de
barris de petróleo no mar. Após inúmeras tentativas sem sucesso, a empresa
petrolífera British Petroleum finalmente conseguiu conter o vazamento de
petróleo. Segundo a empresa, os custos para conter o vazamento chegam a
US$ 6,1 bilhões.

Especialistas afirmam que a flora e a fauna submarinas foram


gravemente afetadas e que os efeitos da contaminação poderão repercutir
durante décadas.

Pela sua magnitude, o acidente ambiental no Golfo do México


repercutiu sobre o mundo inteiro, inclusive no Brasil. Com efeito, a exploração
do petróleo recentemente descoberto na camada pré-sal será feita em águas
mais profundas do que as do Golfo do México.

Assim, a ocorrência desse acidente ambiental, abriu as discussões


no Brasil acerca da necessidade de que exista um Plano Nacional de
Contingência para Derramamento de Óleo e da adesão a um fundo
internacional para compensações e responsabilidades quanto a crimes por
derramamento de petróleo. Além disso, o acidente no Golfo teve reflexos na
discussão acerca dos royalties do petróleo, que funcionam como um
mecanismo de compensação ambiental aos estados produtores de petróleo.

4- A questão energética:

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Na era pré-industrial, isto é, antes da Primeira Revolução Industrial,


o consumo energético era muito pequeno e a maior parte da energia era
proveniente da combustão da madeira, do vento e da água. Com a Revolução
Industrial, esse cenário muda, havendo uma completa modificação na natureza
das fontes energéticas.

A partir daí, as principais fontes energéticas passaram a ser os


combustíveis fósseis. Durante o século XIX, predominou a utilização do carvão
mineral como principal fonte de energia. Já no século XX, o petróleo tornou-se
a fonte energética mais utilizada, particularmente nas últimas quatro décadas.
Destaque-se, ainda, o aumento do consumo de gás natural, que chegou a
aproximar-se dos níveis de consumo de carvão mineral.

Segundo Demétrio Magnoli:

“A tríade dos combustíveis fósseis é responsável por 90% da


energia comercial consumida no mundo. O restante divide-se quase
totalmente entre as fontes hídricas e nuclear.”

Conforme podemos verificar, a estrutura energética foi evoluindo até


chegar na estrutura que temos hoje. E é possível afirmar que essa estrutura
continuará evoluindo e se modificando com o passar do tempo, havendo várias
questões a serem resolvidas.

Desde que o carvão mineral passou a ser utilizado como fonte


básica de energia para transportes, indústrias e iluminação, muitas coisas
mudaram e hoje já falamos de coisas que fariam nossos tataravôs pensarem
em ficção científica. Atualmente, falamos em energia renovável e não-
renovável, energia nuclear, energia solar e até em energia limpa e suja. De
fato, novas questões surgiram e representam um desafio para as políticas
energéticas dos Estados.

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A primeira questão é referente ao esgotamento dos recursos


naturais. Será que a exploração de petróleo e gás natural pode ser infinita ou
alguma dia esses recursos se tornarão escassos?

A resposta para essa pergunta não é difícil, concordam? As reservas


de hidrocarbonetos não são infinitas e, com o aumento crescente da demanda
energética, não irão durar muito tempo. Alguns chegam a afirmar que restam
apenas mais 40 anos de consumo de hidrocarbonetos. Já imaginaram em que
isso pode implicar?

A escassez de petróleo e seus derivados no mercado internacional


será motivo para grave crise energética e, atualmente, já causa sérias
controvérsias entre os países. Nesse cenário, todos os governos mundo afora
estão “pulando” para encontrar novas fontes de energia renovável já que as
mais utilizadas atualmente estão próximas do fim.

Mas o que são, exatamente, fontes de energias renováveis, vocês


sabem? São consideradas energias renováveis aquela oriundas de fontes
naturais que conseguem se regenerar, e, por isso, são potencialmente
abundantes. Dentre as mais conhecidas e utilizadas, podemos citar o vento, a
água, a onda do mar, a biomassa e o biocombustível etc. São conhecidas pela
imensa quantidade de energia que contêm, e porque são capazes de se
regenerar por meios naturais, ao contrário dos recursos não-renováveis.

Os combustíveis fósseis, por sua vez, são fontes não-renováveis e


um dia irão se esgotar. Com efeito, hoje em dia já não se descobre petróleo no
mesmo ritmo de antigamente. Com o passar do tempo, a tendência é que a
exploração desse combustível seja cada vez mais cara, pois dependerá de
reservas muito profundas, o que irá onerar o preço do produto no mercado
internacional.

A segunda questão importante no que diz respeito à energia é a


sua relação com os problemas ambientais, particularmente com questões
climáticas.
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O aquecimento global é um tema bastante discutido em grandes


fóruns internacionais. Segundo especialistas, a grande causa do aquecimento
global é o efeito estufa, decorrente dos altos níveis de concentração de gases
na atmosfera.

Com as previsões pessimistas a respeito do meio ambiente e do


iminente fim dos recursos naturais, todas as atenções se voltaram para as mais
diversas questões energéticas, principalmente combustíveis e eletricidade.
Assim, faz-se mister que os países reduzam suas emissões de gases, as quais
decorrem em grande parte da utilização de combustíveis fósseis.

Que a energia é a principal mola motora do mundo moderno em que


vivemos todos nós sabemos, mas o que poucos sabem é sobre a diversidade
de fontes energéticas. Existem as fontes de energia consideradas limpas e
outras que são consideradas sujas. As que provêm de fontes renováveis são
consideradas energia limpa, donde se explica a grande demanda por novas
fontes renováveis, já que as oriundas de recursos não renováveis, como o
petróleo, além de serem consideradas sujas, tem prazo para acabar.

A terceira questão que podemos levantar é sobre a importância


estratégica para um país em possuir reservas energéticas abundantes. Quanto
a esse ponto, destacamos a recente descoberta no Brasil de imensas reservas
de hidrocarbonetos na camada pré-sal. Falaremos sobre isso mais à frente.

5- Matriz Energética Mundial:

A grande base da estrutura energética mundial, conforme nós já


comentamos, são os combustíveis fósseis – carvão mineral, petróleo e gás
natural. Mas em que países se concentram as maiores reservas dessas fontes
energéticas?

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Quanto às reservas de carvão mineral, essas são distribuídas de


forma desigual pelos países, com maior concentração em países do hemisfério
norte. Destacamos como países que possuem grandes reservas de carvão
mineral os EUA, China, Rússia, Índia, Austrália e África do Sul. A distribuição
desigual de carvão mineral pelos países do globo dá origem às trocas
internacionais. O Japão é um dos grandes importadores de carvão mineral na
atualidade.

Quanto às reservas de petróleo, estas também estão distribuídas


de forma bem heterogênea, sendo que a maioria delas encontra-se em países
do Oriente Médio. No hemisfério Ocidental, destacam-se as enormes reservas
da Venezuela e do Canadá. EUA e URSS também são grandes produtores de
petróleo.

Por fim, em relação às reservas de gás natural, estas ainda estão


em nível confortável e novas reservas exploráveis tem sido descobertas. As
maiores reservas de gás natural são de posse da Rússia que, por isso, adquire
um importante papel na geopolítica internacional.

Pronto! Agora que vocês já têm uma visão geral sobre como estão
distribuídas as reservas de fontes energéticas, vejamos como se apresenta a
estrutura energética mundial.

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Os dados apresentados são de 2006 do Ministério do Meio


Ambiente, mas eles não se alteraram muito e ainda ilustram muito bem a matriz
energética mundial. Vale destacar alguns pontos a partir da observação do
gráfico:

1)- As fontes renováveis possuem uma pequena participação na


matriz energética mundial, afinal 13,3% é um percentual bem baixo.

2)- A maior parte da energia consumida no mundo vem do petróleo e


seus derivados.

3)- A energia nuclear tem uma pequena participação na matriz


energética mundial (6,4%), estando presente notadamente em países mais
desenvolvidos tecnologicamente. Embora tenham ocorrido graves incidentes
envolvendo usinas nucleares, como por exemplo o de Chernobyl, atualmente
existe uma tendência de intensificação da produção de energia nesse tipo de
usina, tendo em vista que ela não gera emissões de gases de efeito estufa.

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4)- As usinas hidrelétricas têm uma participação muito pequena na


estrutura energética mundial. Esse tipo de energia tem sido desenvolvido em
maior escala em países em desenvolvimento.

6- Matriz Energética Brasileira:

De acordo com dados de 2009 do Ministério do Meio Ambiente, as


fontes renováveis representam 47,2% da estrutura de oferta de energia no
Brasil. Esse percentual nos mostra que a matriz energética brasileira tem como
característica principal ser limpa, isto é, ter uma participação considerável de
fontes renováveis.

243,7 milhões tep ( 2% da energia mundial ) RENOVÁVEIS:


Brasil: 47,2%
OECD: 7,2%
Mundo: 12,7%
BIOMASSA
32,0%

PETRÓLEOe
DERIVADOS
37,9%

HIDRÁULICAE GÁSNATURAL
ELETRICIDADE 8,8%
15,2% URÂNIO CARVÃO
1,4% MINERAL Biomassa:
4,8% Lenha: 10,1%
Produtos da cana: 18,0 %
Outras: 3,8 %

A posição brasileira no setor energético decorre da grande


participação das hidrelétricas e da biomassa na oferta de energia. Como
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resultado dessa estrutura energética, o Brasil se caracteriza por um baixo nível


de emissões de gases de efeito estufa por unidade de energia consumida.

Apesar da diversidade de fontes energéticas, o Brasil optou por


aproveitar seus recursos naturais, uma vez que dispõe da maior bacia
hidrográfica do mundo. Assim, hoje, as usinas hidrelétricas dão sustentação ao
desenvolvimento nacional e ao parque industrial brasileiro, respondendo por
quase 90% do total de energia elétrica gerada no País. Cuidado aqui para não
confundir com a estrutura de oferta de energia, ok?

TWh
TOTAL 505,8
IMPORTAÇÃO HIDRO 391,0
7,8% GÁSNATURAL 13,3
DER. PETRÓLEO 12,7
NUCLEAR 13,0
GÁS INDUSTRIAL CARVÃO 5,2
1,4% BIOMASSA 23,9
GÁS INDUSTRIAL 7,1
IMPORTAÇÃO 39,7
BIOMASSA
4,7%
HIDRO
DERIVADOS DE 77,3%
PETRÓLEO
2,5% RENOVÁVEIS:
CARVÃO MINERAL
Brasil: 89,9 %
1,0% OECD: 16 %
Mundo: 18,2 %
GÁS NATURAL
2,6%
NUCLEAR
2,6%
Nota: inclui
autoprodutores
(57 TWh)

O grande problema da matriz energética brasileira é que ela não é


diversificada. Com efeito, nos anos de 1999 e 2000, em razão de uma
temporada de chuvas escassas, o Brasil teve que racionar o consumo de
energia elétrica. Desde então, o governo tem buscado produzir mais energia
em usinas térmicas. As usinas térmicas usam, atualmente, na sua maioria, a
biomassa como combustível, seguida do gás natural e da energia nuclear.

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Os biocombustíveis são uma fonte de energia cada vez mais


utilizada no Brasil, o que demonstra a tendência de diversificação da matriz
energética deste país.

O Brasil, como grande produtor de cana-de-açúcar, tem utilizado em


larga escala o álcool combustível (etanol) em substituição à gasolina, o que o
auxilia em sua autossuficiência de petróleo. O biodiesel, por sua vez, não é tão
utilizado quanto o álcool, mas apresenta excelente potencial de
desenvolvimento futuro.

Questão bem importante é a que relaciona o preço dos alimentos à


produção de biocombustíveis. Apesar dos biocombustíveis não causarem dano
ao meio ambiente, especialistas consideram que eles são responsáveis pela
alta dos preços dos alimentos no mundo. Mas como isso ocorre?

Bem, ao se dedicar ao plantio de produtos agrícolas que geram o


biodiesel, o pais deixa de produzir e investir no cultivo de alimentos que, como
caem na quantidade, sobem no preço. Pura e simples lei da oferta e da
procura! Menos gente plantando alimentos, menos alimentos no mercado e
maior preço daquilo que existe - o que aumentaria a fome mundial.

Só para termos uma idéia do alcance das plantações de milho,


mamona ou cana, só no ano de 2006, a produção mundial de etanol foi de 40
bilhões de litros e a de biodiesel de 6,5 bilhões. Os EUA, por exemplo,
defendem seu etanol de milho e afirmam que só 3% da inflação dos cereais
são causadas pelos bicombustíveis. Do mesmo modo, o governo do Brasil
ressaltou que a alta dos preços dos alimentos no mundo não se deve à
produção de biocombustíveis e, sim, à elevação do preço dos fertilizantes e
também do petróleo, o que encareceu o transporte das mercadorias.

Segundo especialistas, o impacto do etanol brasileiro sobre o preço


dos alimentos é menor do que o etanol norte americano - feito a partir do milho-
e do que o biodiesel europeu, fabricado a partir de grãos como o trigo.

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Vejamos algumas questões de provas anteriores!

No que concerne às matrizes energéticas e a sua relevância no cenário


internacional, julgue os itens subseqüentes.

15-(CESPE/ABIN-2008) A questão da energia está exclusivamente


relacionada à escassez de suprimentos, à sua produção e aos seus
custos.

Comentários

Que a questão da energia está ligada a escassez de suprimentos, a


forma como é produzida e ao custo que tudo isso traz nós temos certeza que
está certo, mas afirmar que ela está ligada EXCLUSIVAMENTE a esses
fatores torna a assertiva incorreta. Nos dias atuais, qualquer jornal ou revista
que corremos o olho estará falando de outro assunto que se liga diretamente à
questão da energia: o meio ambiente. Assim, amigos, sempre que é aventada
em âmbito internacional a questão da energia, uma grande preocupação
demonstrada, além de escassez de suprimentos, da produção e dos custos ,
são os malefícios ou benefícios que ela pode trazer ao meio ambiente.

Muitos estudos atribuem ao excesso de uso de combustíveis fósseis


os principais impactos negativos sobre o clima, como as secas, cheias, os
furacões e todo tipo de extremo climático que tem sido observado com mais
freqüência. Nesse sentido, as alterações do clima acarretam modificações na
incidência de pragas agrícolas, com sérias conseqüências econômicas,
sociais e ambientais. Por essas e outras que as fontes de energia renováveis
viraram a grande sensação do momento, nos mais diversos países do mundo.

Sem a energia, nenhuma das transformações e revoluções que


ocorreram nas comunicações funcionaria e talvez por este motivo ela seja um
assunto tão importante de ser compreendido. Bastam cinco minutos de falta de
energia elétrica para se formarem filas nos bancos, exportações deixarem de
ser feitas e milhões em prejuízo serem calculados no local onde ocorreu a falta
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de energia. Por isso, amigos, esse é um assunto que devemos tratar com toda
a seriedade que ele merece, já que é imprescindível na nossa formação
compreender um dos temas mais recorrentes e atuais nos últimos concursos:
luta por novas fontes que permitam a continuidade do desenvolvimento
tecnológico atingido até hoje.

De acordo com o cenário-base traçado pelo Instituto Internacional


de Economia, a demanda projetada de energia no mundo aumentará 1,7% ao
ano até o ano de 2030, quando alcançará 15,3 bilhões de toneladas de
petróleo por ano caso não haja modificações na matriz energética mundial.
Nesse caso, os combustíveis fósseis supririam 90% do aumento projetado na
demanda mundial até 2030 e essa é a grande preocupação!

Os combustíveis fósseis foram formados por acumulações de seres


vivos que viveram há milhões de anos e que foram sendo fossilizados
formando carvão ou hidrocarboneto. No caso do carvão, se trata de bosques e
florestas nas zonas úmidas e, no caso do petróleo e do gás natural, de grandes
massas de plâncton acumuladas no fundo de bacias marinhas ou lacustres.
Como podemos perceber, foram milhões de anos para se formar o que o
mundo moderno consome numa velocidade incalculável e, por isso, o
esgotamento progressivo das reservas mundiais de petróleo é uma realidade
cada vez mais próxima.

16- (CESPE/ABIN-2008) O Brasil, que tem demonstrado baixa capacidade


de suprimento energético interno, depende da Bolívia para abastecimento
de todo o gás que consome.

Comentários

Entre as grandes economias do mundo, o Brasil tem de longe a


matriz de energia mais equilibrada entre as fontes renováveis e não renováveis
do planeta. E por que a assertiva acima está errada? Porque, apesar da maior
parte do abastecimento de gás do Brasil ser proveniente do gasoduto Bolívia-
Brasil, existe um gasoduto nacional. Se fôssemos aqui falar em dependência, a
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Bolívia é que seria apontada como fortemente dependente da exportação de


gás natural apesar de ser, junto com a Argentina, auto-suficiente no suprimento
de gás natural. Apesar de o Brasil surgir naturalmente como o principal
mercado consumidor para o gás boliviano, desde a década de 40 já existe
produção nacional de gás na Bahia, que supre algumas indústrias localizadas
no recôncavo baiano.

Com a entrada em operação do Gasoduto Brasil-Bolívia em 1999,


houve um aumento expressivo na oferta nacional de gás natural, mas dizer que
nosso país depende da Bolívia para abastecimento de todo o gás que
consome está errado, não é mesmo?

Só pra relembrar, pessoal, o aumento dessa oferta de gás foi ainda


maior depois que houve aquele apagão elétrico aqui no Brasil em 2004 e 2006,
vocês se lembram? Pois bem, naquela oportunidade o governo optou por
reduzir a participação das hidrelétricas na matriz energética brasileira e
aumentar a participação das termoelétricas movidas a gás natural e para
tanto foi necessário um aumento e aceleração na oferta de gás.

17- (CESPE/ABIN-2008) Há resistências ao uso de novas energias na


indústria automobilística global, a qual ainda prioriza a fabricação de
motores de automóveis movidos por produtos derivados do petróleo.

Comentários

Apesar de outros tipos de energia estarem sendo pesquisados e


muitos outros já terem sido descobertos, o fato é que a indústria automobilística
prioriza, inegavelmente, a fabricação de motores de automóveis movidos por
produtos derivados do petróleo. Ainda que o slogan atualmente seja a busca
por biocombustíveis que emitam menos poluentes e têm a vantagem de ser
renováveis, essa ainda não é uma prática comum em nosso país. Trocar a
gasolina pelo etanol e o óleo diesel pelo biodiesel é o objetivo dos países mais
desenvolvidos, como os pertencentes à União Européia e Estados Unidos.

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Na UE, a meta é, até 2020, colocar ao menos 10% da frota de


veículos existentes rodando com etanol e nos EUA ampliar cada vez mais o
uso desse combustível. Pois é, amigos, já que 90% dos combustíveis utilizados
no setor de transportes é oriundo do petróleo, torna-se imprescindível ampliar
as alternativas de abastecimento! Tudo isso porque o etanol é mais limpo do
que a gasolina, é renovável e, com planejamento, pode se tornar uma
fonte sustentável. Portanto, a questão está correta

18- (CESPE/ABIN-2008) A viabilidade econômica e a sustentabilidade na


oferta e distribuição do etanol em termos globais ainda é ponto de
discussão de políticas voltadas para o abastecimento de energia.

Comentários

Com a ameaça do aquecimento global, hoje um dos assuntos que


mais mexe com a opinião pública mundial, a busca de fontes de energia que
substituam os combustíveis fósseis tem sido um desafio para diversos países.
Nosso país, mesmo sendo referência na produção de Etanol e Biodiesel, ainda
está longe de amenizar a emissão de dióxido de carbono na atmosfera pelo
uso deste biocombustível. Todavia, se alguns classificam como sendo uma
energia que irá salvar a lavoura, outros afirmam que ela vai mesmo é
exterminá-la de vez!

Outro ponto importante é que com a crise de alimentos ocorrida no


ano de 2008, governantes e empresários de várias partes do mundo
relacionaram a expansão dos biocombustíveis com a elevação do preço dos
alimentos. Mas de onde surge essa questão e até que ponto isso é verdadeiro?

Bem, muitos críticos afirmam que, ao se dedicar ao plantio de


produtos agrícolas que geram o biodiesel, o pais deixa de produzir e investir no
cultivo de alimentos que, como caem na quantidade sobem no preço. Pura e
simples lei da oferta e da procura: menos gente plantando alimentos, menos
alimentos no mercado e maior preço daquilo que existe - o que aumentaria a
fome mundial.
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Só para termos uma idéia do alcance dessas plantações de milho,


mamona ou cana, só no ano de 2006, a produção mundial de etanol foi de 40
bilhões de litros e a de biodiesel de 6,5 bilhões. Os EUA, por exemplo,
defendem seu etanol de milho e afirmam que só 3% da inflação dos cereais
são causadas pelos biocombustíveis. Do mesmo modo, o governo do Brasil
ressaltou que a alta dos preços dos alimentos no mundo não se deve à
produção de biocombustíveis e, sim, à elevação do preço dos fertilizantes e
também do petróleo, o que encareceu o transporte das mercadorias.

Apesar de todos os benefícios, o biodiesel, que seria a “salvação da


lavoura”, na visão de alguns críticos de peso, está mais para a condenação
dela. Isso porque, segundo eles, a produção em massa de biocombustíveis
representa um crime contra a humanidade por seu impacto nos preços
mundiais dos alimentos.

Para termos uma idéia do quão diferentes em abundância são ou


podem ser essas fontes de energia, acredita-se que o Sol, por exemplo, irá
fornecer radiação solar, vento e chuva pelo menos ao longo dos próximos
quatro bilhões de anos. Além da abundância, outra grande vantagem desses
recursos energéticos citados é que não emitem gases de efeito estufa, ao
contrário do que acontece com os combustíveis, fósseis ou renováveis, e por
isso é chamada de Energia Limpa.

A energia solar é aquela proveniente do Sol e, portanto, para ser


captada, precisa de painéis solares, que transformam em energia elétrica ou
mecânica, além de poder ser utilizada também em residências, para o
aquecimento da água. Ela é considerada uma fonte de energia limpa e
renovável, já que não polui o meio ambiente e não acaba enquanto houver sol,
não é? Apesar de tantas vantagens, ela ainda é pouco utilizada no mundo,
pois o custo de fabricação e instalação dos painéis solares ainda é muito
elevado e seu armazenamento é bastante difícil. Nesse sentido, os países mais
desenvolvidos são os que mais produzem energia solar, como o Japão,
Estados Unidos e Alemanha.
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A energia eólica é a obtida pelo movimento do ar, ou seja, pelo vento


e por isso é uma abundante fonte de energia, renovável, limpa e disponível em
todos os lugares. Os moinhos de vento foram inventados na Pérsia no séc. V,
quando eram utilizados para bombear água para irrigação. Apesar de terem se
passado muito anos, os mecanismos básicos de um moinho de vento não
mudaram muito, acreditam? Desde aquela época, eles funcionam quando o
vento atinge uma hélice que se movimenta e gira um eixo que impulsiona uma
bomba. Bem, por mais que não entendamos, todos nos já vimos, mesmo que
em filmes, algo parecido, não é mesmo? .

Apesar da aparência bucólica e inofensiva que um moinho de vento


transmite, já que não queimam combustíveis fósseis e nem emitem poluentes,
as fazendas eólicas não são totalmente desprovidas de impactos ambientais.
É claro que esses impactos não são tão graves quanto a poluição de um rio ou
do ar de uma cidade, todavia essa energia altera as paisagens com suas torres
e hélices, além de ameaçar pássaros se forem instaladas em rotas de
migração. Outro ponto a se pensar sobre o moinho de vento é a emissão de
ruídos de baixa freqüência, que pode causar algum incômodo sonoro ou na
transmissão de televisão.

Embora o vento seja uma fonte inesgotável de energia e as plantas


eólicas tenham um retorno financeiro a um curto prazo, dois problemas se
apresentam como empecilhos à utilização desta energia. O primeiro é o alto
custo dos geradores eólicos e o segundo é a instabilidade de ventos e, logo, da
produção de energia. Assim, em regiões onde o vento não é constante, ou a
intensidade é muito fraca, se consegue pouca energia e quando ocorrem
chuvas muito fortes, há desperdício de energia.

Uma das mais polêmicas formas de energia é a nuclear, também


chamada energia atômica. Ela tem esse nome justamente por ser obtida a
partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido, que libera uma
grande quantidade de energia, que mantém unidas as partículas do núcleo de
um átomo.
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Enfim, apesar de toda a complexidade na produção de energia


nuclear (e desnecessários para o nosso intuito) ela apresenta vários aspectos
positivos. Talvez o mais importante deles seja pensarmos que nem todos os
lugares do mundo são tão privilegiados quanto o nosso pais, onde podemos
escolher que tipo de energia produzir dadas as imensas riquezas naturais
existentes. Assim, ela é de fundamental importância em países que não
possuem recursos naturais para a obtenção de energia.

Estudos mais aprofundados devem ser realizados sobre essa fonte


energética, pois ainda existem vários pontos a serem aprimorados, para
garantir a segurança para a população. Sendo assim, destacamos como
aspectos positivos da energia nuclear o fato das reservas energéticas serem
muito maiores que as de combustíveis fósseis. Além disso, a usina nuclear
requer uma área menos para sua construção, se comparada às usinas de
combustíveis fósseis. Por fim, as usinas nucleares possibilitam maior
independência energética para os países importadores de petróleo e gás, e
não contribuem para o efeito estufa.

Como aspectos negativos, temos os altos custos de construção e


operação das usinas, a possibilidade de construção de armas nucleares; e a
possibilidade de acidentes que liberem material radioativo.

19- (CESPE/IRB-2008) Todas as fontes devem ser aproveitadas, dentro de


suas especificidades. (...) o Plano Nacional de Energia 2030 mostra
exatamente isso: a existência de só uma ou duas fontes não significa uma
solução. O Brasil necessita, principalmente, daquelas fontes que geram
energia em grande escala e têm alta disponibilidade, dando segurança ao
sistema e tranqüilidade aos consumidores. Internet:
<http://www.aben.com.br>.
Com relação a fontes de energia, julgue (C ou E) os próximos itens.

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A ( ) A exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas foi


possível graças a tecnologia desenvolvida no Brasil, a qual, hoje, é
exportada para outros países.
B( ) Em razão de ter-se tornado auto-suficiente em petróleo em 2006, o
Brasil deixou de importar esse produto e seus derivados.
C( ) Sendo o etanol uma fonte de energia limpa, sua produção e seu
consumo não acarretam danos ambientais ou sociais.
D( ) No Brasil, a biomassa tem sido bastante explorada para a geração
de energia, o que resulta no fortalecimento da agroindústria brasileira.

Comentários

A – Por mais incrível que isso possa lhes parecer, essa questão esta
correta! A Petrobrás é uma referência internacional na exploração de petróleo
em águas profundas, e para tanto desenvolveu uma tecnologia própria,
pioneira no mundo, que a tornou uma líder mundial deste setor.

Assim, o seu projeto em março de 2001 se tornou uma referência


tecnológica para o mundo do petróleo, confirmando a sua liderança neste tipo
de exploração.

B – Essa questão está incorreta, pois, apesar de em 2006 o Brasil


ter se tornado autossuficiente em petróleo, ele continua importando gás da
Bolívia. Alguns especialistas afirmam, inclusive, que também existem
condições favoráveis para sermos autossuficientes nesse quesito. Apesar
disso, o fato é que nosso governo nunca deixou de importar esse produto e
seus derivados.

C – Conforme já comentamos acima, apesar de ser mesmo uma


energia limpa, a produção e o consumo do etanol continuam gerando polêmica
quanto aos seus efeitos nos preços dos alimentos, acarretando, no mínimo,
danos sociais.

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D - Os combustíveis mais comuns da biomassa são os resíduos


agrícolas, madeira e plantas como a cana-de-açúcar, que são colhidos com o
objetivo de produzir energia. O lixo municipal pode ser convertido em
combustível para o transporte, indústrias e mesmo residências.
No Brasil, a proporção da energia total consumida é cerca de 15,2% de origem
hídrica e 32% de origem em biomassa. Isso significa tanto que os recursos
renováveis suprem boa parte da demanda energética do País, quanto que essa
energia tem sido mesmo bastante explorada, o que fortalece a agroindústria
brasileira.

7- O pré-sal e o novo marco regulatório:

Não poderíamos deixar de falar aqui da descoberta que já foi de


alegrias a protestos nesse curto espaço de tempo que teve 2010: o pré-sal.

Pré-sal é o nome que foi dado às reservas de hidrocarbonetos em


rochas calcárias que se localizam abaixo de camadas de sal. E o que é isso
exatamente? Resumindo, é petróleo descoberto em camadas de 5 a 7 mil
metros de profundidade abaixo do nível do mar. É uma camada de
aproximadamente 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura,
que vai do litoral de Santa Catarina ao do Espírito Santo, ou seja, é grande até
perder de vista!

A discussão sobre a existência de uma reserva petrolífera na


camada pré-sal ocorre desde a década de 1970, quando geólogos da
Petrobrás acreditavam nesse fato, porém, não possuíam tecnologia suficiente
para a realização de pesquisas mais avançadas, fato que com todo esse
avanço tecnológico não foi difícil constatar. Para podermos visualizar o quão
profundo se localiza o petróleo e como será difícil explorar essa área, vejamos
a figura a seguir:

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Localização da camada Pré-sal

Para extrair o óleo e o gás da camada pré-sal, será necessário


ultrapassar a água de mais de 2.000m, uma camada de 1.000m de sedimentos
e outra de aproximadamente 2.000m de sal, ou seja, demanda tempo e
dinheiro, muito dinheiro!.

A descoberta de reservas de petróleo e gás natural pela Petrobrás


na camada pré-sal é um assunto bastante relevante para o Brasil do ponto de
vista estratégico. Todos nós sabemos que o petróleo é uma fonte de energia
não-renovável e que no futuro a sua escassez poderá ser responsável por
grave crise energética. Não há consenso entre os cientistas sobre quanto
tempo ainda temos de utilização de petróleo, mas há os que afirmam que
dentro de mais 30 anos não haverá mais reservas desse hidrocarboneto.

Nesse sentido, ter reservas de petróleo em larga escala é uma


grande vantagem geopolítica para um país. Conforme o governo brasileiro já se
posicionou, o petróleo na camada pré-sal irá aumentar a importância
econômica e política do país no cenário internacional. Além disso, será
importante para proporcionar saldos positivos à balança comercial brasileira e
gerar empregos.

Em relação aos volumes das reservas de petróleo e gás natural na


camada pré-sal, ainda não existe uma estimativa segura. Todavia, é possível
que existam reservas de 50 a 100 bilhões de barris, quantidade que colocaria o
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Brasil na condição de um dos maiores produtores e exportadores de petróleo e


derivados do mundo.

Algumas idéias importantes que precisamos ter sobre o pré-sal:

1)- A extração de petróleo deve ser feita de forma sustentável e


economicamente viável.

2)- Se a extração for feita de forma muito acelerada, há o risco de


que as reservas de petróleo e gás natural se esgotem rapidamente. Além
disso, caso haja exportação em demasia desse petróleo, poderá haver uma
sobrevalorização do real, o que prejudicará as exportações e facilitará as
importações. Esse fenômeno é conhecido como “doença holandesa”.

3)- Para a extração do pré-sal, haverá necessidade de volumosos


recursos destinados à pesquisa e desenvolvimento para viabilizar a exploração
em águas ultraprofundas.

4)- Vocês já ouviram falar da “maldição do petróleo”? Segundo


alguns estudiosos, quando um país possui grande disponibilidade de recursos
advindos do petróleo, há um desestímulo ao desenvolvimento econômico e
político. Isso porque com recursos em abundância, não há incentivos para que
o governo invista em desenvolvimento de tecnologia e formação de recursos
humanos. Além disso, a sobrevalorização do câmbio dificulta o
desenvolvimento de outros setores e a economia do país torna-se refém da
volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional.

E o que o Brasil está fazendo para evitar a temida “maldição do


petróleo”?

Tendo em vista a destinação dos recursos do pré-sal ao


desenvolvimento econômico e social do Brasil, o governo está trabalhando na
formulação de um novo marco regulatório para sua exploração.

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O modelo utilizado atualmente para a exploração de petróleo é o de


concessão. Por meio desse modelo, todo petróleo e o gás natural produzido é
de propriedade da empresa concessionária (que pode ser a Petrobrás ou
outra!), sendo a remuneração do governo feita essencialmente sob a forma de
royalties e participação especial.

O modelo proposto pelo governo (que ainda não foi aprovado!) é o


de partilha. Por meio desse modelo, parte do petróleo produzido é da empresa
e parte é do governo. Dessa forma, a remuneração do ente público dar-se-á
por intermédio de participação na receita gerada pela venda.

O modelo de concessão era justificado por um cenário em que o


risco exploratório era elevado, o qual era compensado por meio de vantagens
econômicas (maiores lucros) ofertadas às empresas.

O modelo de partilha, por sua vez, surge em um cenário em que o


risco exploratório é, a princípio, baixo. Logo, a remuneração das empresas será
menor! Além disso, o modelo de partilha proporcionará ao governo maior
controle dos recursos oriundos do pré-sal.

Mas como se decide qual empresa irá explorar o pré-sal sob o


modelo de partilha? A decisão será por licitação, cuja vencedora será a
empresa que ofertar maior percentual da receita à União.

Recentemente foi aprovada pelo Senado Federal a criação da Pré-


Sal Petróleo S/A, estatal que será responsável por controlar e fiscalizar a
exploração do petróleo do pré-sal.

O novo marco regulatório do pré-sal estabelece, ainda, que será


constituído um Fundo Social para onde será destinada a receita decorrente da
comercialização do petróleo, do gás natural e de outros hidrocarbonetos da
União. A maior controvérsia existente é em relação a qual será a destinação
desses recursos.

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Outra controvérsia existente no novo marco regulatório do pré-sal é


acerca do pagamento de royalties. O problema começou com a aprovação da
chamada emenda Ibsen, que previu uma divisão dos royalties entre todos os
Estados e Municípios de forma equitativa. Tal medida não agradou em nada os
Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, principais produtores de petróleo,
que perderiam (e muito!) em recursos arrecadados.

Até hoje o problema da divisão dos royalties não foi resolvido! No


entanto, foi aprovada uma emenda do senador Pedro Simon que, embora
preveja uma divisão equitativa dos royalties entre os Estados e Municípios,
estabelece que deve haver uma compensação aos entes federativos que
tiverem redução em suas receitas.

8- Controvérsias sobre a Usina de Belo Monte:

A questão em torno de Belo Monte envolve aspectos econômicos,


políticos, ambientais e culturais, donde podemos inferir sua importância. O
projeto é visto como prioritário pelo governo Lula no setor de energia, sendo o
2º mais custoso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ficando
atrás somente do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro.

A construção da usina de Belo Monte é considerada essencial para


suprir a demanda por energia no Brasil nos próximos anos, com previsão para
entrar em funcionamento em 2015. Segundo estimativas, a obra irá beneficiar
26 milhões de brasileiros.

A construção da hidrelétrica irá causar impacto ambiental e social


em relação aos moradores da área. Quanto ao impacto ambiental, com a
construção da usina, haverá desvio do curso do rio e alagamento de áreas, o
que afetará a fauna e flora. Em relação aos impactos sociais, a população da

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região, que inclui comunidades indígenas, receia ser afetada pela construção
da usina.

Segundo críticos, o impacto ambiental e social da instalação da


usina hidrelétrica de Belo Monte foi subestimado. Além disso, argumentam que
o projeto não possui viabilidade econômica, em razão da perda de vazão do
Rio Xingu em época de seca, o que resultaria em geração de energia bem
abaixo da capacidade instalada.

Devido a todas essas controvérsias, há inúmeras contestações em


relação à usina de Belo Monte, as quais são provenientes de moradores locais,
organizações não-governamentais e ambientalistas. Há, inclusive, inúmeras
ações judiciais ajuizadas pelo Ministério Público em relação à construção da
usina, as quais apontam possíveis irregularidades no projeto.

Todas essas controvérsias, que incluíram questões judiciais, fizeram


com que o pregão para definir quem seria responsável pela construção de Belo
Monte fosse suspenso por duas vezes. O pregão foi finalmente realizado, com
a obtenção da vitória pelo Consórcio Norte-Energia, que ofereceu o menor
preço do Megawatt / hora: R$ 78,00.

Vamos resolver mais algumas questões!

_______________________x_______________________

20- (FUNVERSA- Técnico em Comunicação Social-2010)-


Hidrelétrica de Salto entra em operação
“A Usina Hidrelétrica de Salto, localizada no Rio Verde, entre os
municípios de Caçu e Itarumã, começou a produzir energia na noite da
última quinta-feira, com metade de sua capacidade de 116 megawatts.”
In: O Popular, 15/05/2010
Acerca do assunto tratado no texto, assinale a alternativa incorreta:
a) Os impactos causados pela construção de usinas hidrelétricas não se
restringem aos danos sofridos pela fauna e pela flora da região alagada;
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freqüentemente atingem dimensão social e cultural, a exemplo do alagamento


de áreas habitadas e da submersão de sítios arqueológicos.
b) No Brasil, o lento incremento da produção e do consumo de energia elétrica
decorre basicamente do monopólio governamental na construção das usinas e
na geração e distribuição de energia.
c) A energia gerada em uma usina nuclear é, assim como a gerada por uma
usina movida a carvão mineral, um tipo de energia de origem termelétrica.
d) As novas tecnologias utilizadas na construção de usinas nucleares, que as
tornas mais seguras e, portanto, menos propensas à ocorrência de acidentes,
têm gerado um ressurgimento da energia nuclear no planeta nos últimos anos.
e) No Brasil, a produção de energia hidrelétrica ainda está longe do potencial
que o país possui. Há grandes possibilidades de aumento da produção, em
especial na Amazônia.

Comentários:

A letra A está correta. A construção de uma usina hidrelétrica causa


impactos ambientais, sociais e culturais. No que diz respeito ao aspecto
ambiental, a fauna e a flora da região são afetadas. Em relação ao aspecto
social, as comunidades que vivem na região são afetadas. Por fim, quanto ao
aspecto cultural, o alagamento de áreas leva à submersão de sítios
arqueológicos.

A letra B está errada. Não existe monopólio governamental no setor


elétrico brasileiro. O governo desempenha, atualmente, a função reguladora,
por meio da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

A letra C está correta. A energia gerada em usinas nucleares é


também uma usina termelétrica.

A letra D está correta. Atualmente, há uma nova visão acerca da


energia nuclear no mundo. A tecnologia utilizada em sua construção
proporciona bastante segurança, afastando o receio de que novos acidentes,
como o de Chernobyl, venham a ocorrer novamente. Além disso, a energia
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nuclear tem sido considerada uma alternativa ambientalmente viável, já que


não ocasiona emissões de gases de efeito estufa.

A letra E está correta. O potencial hidrelétrico brasileiro é imenso, já


que a bacia hidrográfica que este país possui é uma das maiores do mundo.
Todavia, o grande fator limitador para a maior utilização do potencial
hidrelétrico brasileiro é a questão ambiental. Basta vermos as controvérsias em
torno da construção da usina de Belo Monte para percebermos isso.

21- (FUNVERSA-CEB-2010)- Na terça-feira, dia 10/11/2009, grande parte do


Brasil foi surpreendida com uma queda de energia que chegou a mais de
quatro horas em alguns lugares. Esse acontecimento ainda não teve uma
explicação oficial definitiva. Acerca das possíveis causas e
conseqüências do fato apresentado, assinale a alternativa correta.
a) Esse apagão que ocorreu no Brasil, embora ainda sem causas definidas
oficialmente e aceitas pela comunidade científica, demonstra que o país
necessita de maior investimento em programas de eficiência energética que
promovam a redução da possibilidade de uma nova queda de energia dessa
dimensão.
b) Uma possível causa discutida para a situação da queda de energia é a
ineficiência do Programa Brasileiro de Energia Nuclear, que insiste em manter
em funcionamento as sucateadas usinas de Angra 1 e 2.
c) Um maior investimento econômico do país no desenvolvimento de políticas
públicas de sustentabilidade no uso dos biocombustíveis teria evitado o apagão
elétrico registrado em novembro.
d) Os freqüentes apagões da magnitude do que ocorreu em novembro de 2009
afetam exclusiva e diretamente o setor produtivo brasileiro. Esse fato promove
uma significativa perda econômica que, por sua vez, desequilibra a balança
comercial do país.
e) De acordo com a comunidade científica nacional, esse apagão foi provocado
por uma descarga atmosférica de grande intensidade, fato bastante previsível
em período de elevada quantidade de chuvas em todo o país.

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Comentários:

A letra A está correta. O apagão ocorrido em 2009 representa um


sinal de que o país necessita de mais investimentos em programas de
eficiência energética, reduzindo a possibilidade de nova queda de energia
dessa dimensão. Sem dúvida alguma, um “apagão” traz sérios problemas
econômicos para o país.

A letra B está errada. As Usinas Nucleares de Angra I e Angra II


ficaram inoperantes por ocasião do apagão. No entanto, o que resultou o
apagão não foi a existência dessas usinas. Ao contrário do que afirma a
questão, a manutenção em funcionamento dessas duas usinas é importante
passo do Brasil no caminho da diversificação de sua matriz energética.

A letra C está errada. Para evitar novos “apagões” elétricos como o


ocorrido no final de 2009, o governo deve realizar investimentos na
infraestrutura de distribuição e transmissão de energia no país.

A letra D está errada. De fato, um “apagão” como o que ocorreu no


final de 2009 afeta sobremaneira o setor produtivo brasileiro, causando grave
prejuízo econômico. Todavia, não é freqüente a ocorrência de “apagões” dessa
magnitude no país.

A letra E está errada. As autoridades governamentais justificaram o


“apagão” ocorrido em 2009 como resultado de descargas atmosféricas (raios e
chuvas). Todavia, essa versão não foi considerada correta pela comunidade
científica nacional.

22- (FUNVERSA- HFA-2009)- A respeito da questão energética no Brasil e


no mundo, assinale a alternativa correta:
a) A produção de carvão mineral, no Brasil, está entre as maiores do mundo.
As jazidas concentram-se, especialmente, em Santa Catarina, propiciando
carvão de alta qualidade e elevado poder calorífero.

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b) Estabelece-se, atualmente, no Brasil, uma discussão acerca dos rumos que


o país deve tomar na exploração do petróleo do pré-sal, havendo divergências
quanto ao marco regulatório que orientará a produção daquela riqueza.
c) Os países desenvolvidos praticamente controlam o setor de energia nuclear
no mundo, já que sua produção exige elevados investimentos e
desenvolvimento de tecnologias sofisticadas, que se mostram além da
capacidade dos países em desenvolvimento.
d) Atualmente, os recursos energéticos mais utilizados no mundo são o
petróleo, o carvão, o gás natural e a água, todos denominados combustíveis
fósseis.
e) Entre os países detentores das maiores economias do mundo, o Brasil
destaca-se como um dos que mais utiliza a água como recurso energético,
superado apenas por Estados Unidos, Japão e França.

Comentários:

A letra A está errada. O carvão mineral é a segunda fonte de energia


mais usada no mundo, só perdendo para o petróleo. As maiores jazidas
brasileiras localizam-se, de fato, em Santa Catarina. Todavia, a produção
brasileira desse combustível fóssil é insuficiente, motivo que o leva a importar
carvão mineral de outros países a fim de abastecer suas termelétricas.

A letra B está correta. A recente descoberta de petróleo na camada


pré-sal deu origem a amplo debate na sociedade brasileira acerca do marco
regulatório para sua exploração. Ainda existem várias controvérsias em relação
ao assunto, que parece longe de um consenso.

A letra C está errada. Os países desenvolvidos são os que mais


desenvolvem a energia nuclear, com destaque para Japão, França e EUA.
Com efeito, a produção desse tipo de energia exige altos investimentos em
tecnologia e segurança. Entretanto, o desenvolvimento de energia nuclear está
plenamente dentro das possibilidades dos países em desenvolvimento, muitos
dos quais já desenvolvem programas nucleares, como é o caso do Brasil.

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A letra D está errada. A água não é um combustível fóssil, ao


contrário dos demais – petróleo, carvão mineral e gás natural -, que são a base
da estrutura energética mundial.

A letra E está errada. O Brasil não é superado por EUA, Japão e


França no uso da energia hidrelétrica.

23-(CESPE/INMETRO-2009-adaptado)- O uso maciço do petróleo como


matriz energética do sistema produtivo mundial está com os dias
contados.

Quando a questão fala que o uso do petróleo como matriz


energética do sistema produtivo mundial está com os dias contados, ela está
sendo muito pessimista. De fato, o petróleo é uma fonte renovável, mas que
ainda será consumida por vários e vários anos. Além disso, há reservas de
petróleo em grandes profundidades, as quais podem ser exploradas, embora a
um custo bem superior. Pelo exposto, a questão está errada.

24- (CESPE/INMETRO-2009)- Devido ao estágio de desenvolvimento


econômico e ao grau de sofisticação tecnológica alcançado, os Estados
Unidos da América (EUA) são, ao mesmo tempo, uma das maiores
economias do mundo e o país cuja taxa de emissão de gases poluidores
na atmosfera é a menor.

Os EUA são uma das maiores economias do mundo e, como


conseqüência disso, são também um dos maiores emissores de gases de
efeito estufa. Isso decorre de uma matriz energética baseada em fontes não-
renováveis, consideradas sujas. Dessa forma, a questão está errada.

25- (CESPE/Bombeiro Militar/ES-2008)- Em razão da pequena participação


na matriz energética brasileira, as fontes alternativas de energia não
chegam a ter importância política, econômica ou social para o país.

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Podemos considerar como fontes alternativas de energia a eólica,


solar, a de pequenas centrais hidrelétrica e a proveniente da biomassa.
Considerando a energia da biomassa e a das pequenas centrais hidrelétricas
como fontes alternativas, verifica-se que a participação destas na matriz
energética brasileira não é tão pequena assim.

Além disso, projetos que envolvem a utilização de fontes de energia


alternativa são fundamentais na diversificação da matriz energética brasileira,
além, é claro, de serem capazes de promover um desenvolvimento econômico
sustentável. Destaca-se, ainda, que o desenvolvimento de projetos que utilizem
fontes de energia alternativa, por menor que sejam, proporcionam
aprendizagem tecnológica, fator primordial para o aumento de competitividade.
Por tudo isso, a questão está errada.

26- (CESPE/Bombeiro Militar/ES-2008)- Tanto o carvão vegetal quanto a


energia de origem hidráulica contribuem para o desenvolvimento
industrial brasileiro.

A energia hidrelétrica e a energia termelétrica – proveniente da


queima do carvão mineral – são dois componentes da matriz energética
brasileira, contribuindo, portanto, para o desenvolvimento do país. A questão
está correta.

27-(CESPE/Bombeiro Militar/ES-2008)- A inexistência de reservas de


urânio no país e a necessidade de importação desse mineral explicam a
pequena participação da energia nuclear na matriz energética brasileira.

A pequena participação da energia nuclear na matriz energética


brasileira pode ser explicada em razão de uma estratégia governamental que
priorizou o aproveitamento do enorme potencial hidrelétrico do país. Além
disso, vale destacar que, a construção de usinas nucleares envolve a
necessidade de enorme montante de investimentos.

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Ao contrário do que diz a questão, o Brasil possui uma das maiores


reservas de urânio do mundo. O país já domina também a tecnologia
necessária para promover o enriquecimento do urânio, o que o coloca em uma
posição de futuro exportador de urânio enriquecido.

Com as preocupações ambientais atualmente existentes e a busca


por energias consideradas “limpas”, é provável que no futuro a matriz
energética mundial tenha uma participação muito mais efetiva da usina nuclear.
Essa será, portanto, mais uma oportunidade para a inserção competitiva do
Brasil no cenário internacional, na qualidade de exportador de urânio
enriquecido. Por tudo isso, a questão está errada.

28-(CESPE/Bombeiro Militar/ES-2008)- Derivada do petróleo, a gasolina


utilizada nos grandes centros urbanos representa um problema ambiental
devido à poluição do ar provocada pela sua queima nos veículos
automotores.

A poluição decorrente da queima da gasolina nos veículos


automotores é, de fato, um grave problema ambiental nos centros urbanos.
Nesse sentido, o uso de etanol revela-se benéfico, por poluir menos do que a
gasolina. Questão certa!

29-(Questão Inédita)-O governo brasileiro almeja a autossuficiência em


todas as etapas de produção do combustível nuclear. Todavia, o País
ainda não dispõe de tecnologia de enriquecimento de urânio, o que é
fundamental para a produção desse tipo de energia.

O Brasil almeja sim a autossuficiência em todas as etapas de


produção do combustível nuclear. Todavia, ele já possui tecnologia para
promover o enriquecimento de urânio. A questão está, portanto, errada.

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LISTA DE QUESTÕES

A questão ambiental, tendo em vista suas implicações sociais,


econômicas e políticas, ganhou repercussão e passou a fazer parte das
políticas nacionais e do fórum de debate mundial. Acerca desse assunto,
julgue os itens subseqüentes.

1(CESPE/ABIN-2008) Com a maior parte da população brasileira vivendo


em aglomerações urbanas, a degradação da qualidade do meio ambiente
urbano e dos recursos naturais tem sido motivo de conflitos e de
proliferação de doenças nas cidades.

2(CESPE/ABIN-2008)Todos os países, sejam eles pobres ou ricos, são


responsáveis pela degradação ambiental, o que explica a necessidade de
acordos internacionais para a mitigação dos efeitos adversos e a
resolução de conflitos.

3(ESAF/PGFN-2006) É objetivo do Protocolo de Quioto à Convenção-


Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima, de 1997:
a) a diminuição da eficiência energética em setores relevantes da economia
internacional, como modo direto de internalização de externalidades negativas.
b) a proibição imediata de formas sustentáveis e não-sustentáveis de
agricultura, à luz das considerações sobre mudança de clima.
c) a redução gradual ou eliminação de imperfeição de mercado, de incentivos
fiscais, de isenções tributárias e tarifárias e de subsídios para todos os setores
emissores de gases de efeito estufa.
d) a pesquisa, a promoção, o desenvolvimento e aumento do uso de formas
não-renováveis de energia, de tecnologia de seqüestro de dióxido de carbono e
de tecnologia ambientalmente seguras.
e) a ampliação de emissões de metano por meio de sua recuperação e
utilização no tratamento de resíduos, bem como no transporte, na produção e
na distribuição de energia.

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4(CESPE/IRB-2010)- Em relação às mudanças climáticas, julgue C ou E:


A( ) A comunidade internacional, de forma geral, considerou satisfatórios os
resultados da COP 15 (15.ª Conferência das Partes da Convenção das
Mudanças Climáticas), realizada em Copenhague, em dezembro de 2009.
B( ) O Brasil teve participação de destaque na COP 15, onde negociou
ativamente o Acordo de Copenhague e defendeu a constituição de fundo para
se financiarem, em países pobres, com recursos canalizados por meio de
organismos multilaterais, inclusive do sistema das Nações Unidas, ações em
que se empreguem tecnologias concernentes ao aquecimento global.
C( ) O Brasil, que defende o princípio de “responsabilidades comuns, mas
diferenciadas”, vem cumprindo diversos pontos da agenda ambiental, pois
quase toda a energia consumida no país provém de fontes renováveis, o
governo se comprometeu a desenvolver ações para diminuir a emissão de CO2
no país e a adotar um Plano de Mudanças Climáticas, para a redução do
desmatamento da Amazônia.
D( ) Por iniciativa brasileira, os países amazônicos, no que se refere à agenda
de mudanças climáticas, adotaram a mesma posição, qual seja a de defender a
necessidade de conservação da cobertura vegetal como compensação pelo
aumento das emissões de CO2 causado pela industrialização urbana nesses
países.

5-(FCC-APOFP-2010)- Após duas semanas de negociações, com a


participação de líderes de cerca de 190 países e com a intervenção direta
do secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, na 15a Conferência
das Nações Unidas sobre mudança climática (COP 15), realizada em
Copenhague, em dezembro de 2009:
a) foram tomadas decisões que invalidaram o protocolo de Kyoto.
b) a maioria dos países optou pela redução na emissão de agentes poluentes
na atmosfera, mediante tratado que entrou em vigor a partir de janeiro de 2010.
c) não houve a produção de qualquer documento referente à redução dos
agentes poluentes da atmosfera.

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d) foi assinado documento com valor legal, no qual ficaram definidas metas de
redução da emissão de agentes poluentes para todos os países, com exceção
dos mais pobres.
e) houve um acordo, fechado entre Estados Unidos, Brasil, China, Índia e
África do Sul, que foi apenas “anotado” pelos demais países, mas não
aprovado.

6- (CESPE/Agente Administrativo – UERN-2010)- A Conferência do Clima


de Copenhague, a COP15, é nossa melhor oportunidade para salvar a
civilização de um colapso causado pelo aquecimento global. A relevância
do evento atraiu para a capital da Dinamarca cerca de 35 mil
participantes, entre chefes de Estado, diplomatas, políticos, ativistas,
cientistas, empresários e jornalistas. Salvar o mundo em uma semana
parece uma missão quase impossível. Para isso, os representantes de
193 países precisam chegar a acordos internacionais que estabeleçam
limites para as emissões dos países ricos e compromissos das nações
emergentes.
Época, 11/12/2009 (com adaptações).
Considerando o texto acima, assinale a opção correta acerca das
questões ambientais.
a) O desmatamento é responsável por menos de 1% das emissões de carbono
do Brasil.
b) Árvores renovam naturalmente o ar que respiramos ao retirar CO2 da
atmosfera e liberar oxigênio.
c) Antes da Conferência do Clima, o governo brasileiro se comprometeu a
aumentar o desmatamento.
d) A atividade agropecuária não interfere no aquecimento global.
e) Veículos elétricos e híbridos emitem a mesma quantidade de CO2 que
veículos movidos a gasolina.

7- (CESPE- Técnico de Nível Superior – UERN-2010)- O IPCC (Painel


Internacional sobre Mudanças Climáticas), organismo ligado às

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Organizações das Nações Unidas, teve a sua credibilidade abalada por


equívoco em relatório sobre o aquecimento do planeta. Acerca desse
equívoco, assinale a opção correta.
a) O erro foi a afirmação de que as geleiras do Himalaia podem desaparecer
neste século.
b) O equívoco do relatório foi afirmar que os recentes terremotos que afetaram
o planeta foram causados pelo aquecimento global.
c) A admissão do erro acarretou a demissão do presidente e do conselho
técnico do IPCC.
d) Após a verificação do erro, a Organização das Nações Unidas transferiu as
atribuições do IPCC para um novo órgão, a ser dirigido pelos Estados Unidos
da América (EUA).
e) Ao contrário de um aquecimento global, os dados indicariam, na verdade,
uma elevação do nível dos mares nos próximos cem anos.

8- (CESPE- Técnico de Nível Superior – UERN-2010)- Entre os dias 7 e 14


de dezembro de 2009, aconteceu, em Copenhague, capital da Dinamarca,
a 15.ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima, mais conhecida como COP-15. No que concerne aos
resultados dessa conferência, assinale a opção correta.
a) Os EUA reafirmaram a posição de George W. Bush de duvidar da existência
do aquecimento global.
b) A China sugeriu cortes agressivos de carbono para os países em
desenvolvimento, mas o Brasil se recusou a cumpri-los.
c) O documento final da conferência tem validade, mas não tem força de
cumprimento obrigatório entre os signatários.
d) O principal embate se deu entre os EUA e a União Européia, porque os
europeus não quiseram cumprir as recomendações norte-americanas.
e) Os países em desenvolvimento concordaram em se submeter à redução
obrigatória da emissão de gases poluentes até 2020.

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9- (FUNCAB- DETRAN-SE- 2010)- A autorização do Instituto Brasileiro do


Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) para o início das
obras de integração do Rio São Francisco às Bacias da Região Nordeste
recebeu inúmeras críticas tanto do Ministério Público quanto da
sociedade. A transposição consiste:
a) em levar as águas do rio para beneficiar os estados de Minas Gerais,
Sergipe e Alagoas.
b) em tornar o rio totalmente navegável até a sua foz durante todo o ano.
c) na revitalização do rio em todo o seu percurso.
d) na utilização de suas águas para a implantação de hidrelétrica que permita o
uso da energia elétrica na região Norte e Nordeste.
e) na utilização das águas do rio para abastecer pequenos rios e açudes da
região Nordeste que possuem déficit hídrico durante a estiagem.

10- (CESPE/IRB-2008) Acerca das transformações globais, nacionais e


locais relacionadas ao desafio do desenvolvimento ambiental sustentável,
julgue (C ou E) os itens a seguir.
A( ) Na Amazônia, o crescimento do agronegócio e a expansão das culturas
de commodities têm sido observados em um grande número de pequenas
propriedades, o que se justifica por serem tais empreendimentos prioritários
para a desconcentração da propriedade da terra.
B( ) Não é apenas a dimensão do desmatamento em curso na Amazônia que
preocupa, mas também os prejuízos à biodiversidade advindos desse
desmatamento, bem como o aumento da grilagem de terras públicas.
C( ) Influenciada pelo agronegócio, a agricultura familiar ou de subsistência
praticada atualmente na Amazônia tem sido apoiada por inovações
tecnológicas e pela utilização dos créditos ambientais subsidiados por políticas
públicas de preservação, que objetivam recompensar o abandono da prática de
derrubada ou queimada da floresta ou da vegetação secundária.

11-(CESPE/ABIN-2008)Mudanças climáticas tendem a potencializar


mudanças nos índices de mortalidade e morbidade, assim como provocar

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situações que implicam na necessidade de realocação de grupos


populacionais, com reflexos na redistribuição espacial da população.

12- (CESPE/ABIN-2008) Embora o crescimento populacional contribua


para o aumento dos problemas ambientais, como a destruição da
cobertura florestal e a poluição em suas várias formas, a necessária
intensificação na exploração dos recursos naturais terá a sua
sustentabilidade ambiental e econômica assegurada por meio do
desenvolvimento da tecnologia, já que esta implica o adequado aumento
da produtividade.

(CESPE/BANCO DA AMAZÔNIA-2009)- Em um planeta aquecido,


mantenha o refrigerador ligado. A floresta amazônica há muito deixou de
ser tratada como o pulmão do mundo, mas ganhou status ainda mais
importante, o de ar-condicionado da Terra. A preservação da mata é
fundamental no combate ao aquecimento global, apontam especialistas. O
Globo. “Planeta Terra”, nov./2009, p. 20 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a inserção da


Amazônia no quadro de desenvolvimento sustentável, julgue os itens que
se seguem

13- (CESPE/BANCO DA AMAZÔNIA-2009) A idéia de desenvolvimento


sustentável na Amazônia, a maior floresta tropical úmida do planeta, deve
pressupor, entre diversas outras considerações, a substituição do uso
desordenado de motosserras pelo exercício de aprender a extrair riqueza
da floresta enquanto se garante sua preservação.

14- (CESPE/BANCO DA AMAZÔNIA-2009) A cobiça internacional sobre a


Amazônia passa ao largo de seu importante peso nos processos naturais
que regulam os padrões climáticos globais, como afirmado no texto, mas
deriva do extraordinário patrimônio mineral da região, hoje plenamente
conhecido e devidamente mensurado.

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15- (CESPE/ABIN-2008) A questão da energia está exclusivamente


relacionada à escassez de suprimentos, à sua produção e aos seus
custos.

16-(CESPE/ABIN-2008)- O Brasil, que tem demonstrado baixa capacidade


de suprimento energético interno, depende da Bolívia para abastecimento
de todo o gás que consome.

17-(CESPE/ABIN-2008)Há resistências ao uso de novas energias na


indústria automobilística global, a qual ainda prioriza a fabricação de
motores de automóveis movidos por produtos derivados do petróleo.

18- (CESPE/ABIN-2008)A viabilidade econômica e a sustentabilidade na


oferta e distribuição do etanol em termos globais ainda é ponto de
discussão de políticas voltadas para o abastecimento de energia.

19- (CESPE/IRB-2008) Todas as fontes devem ser aproveitadas, dentro de


suas especificidades. (...) o Plano Nacional de Energia 2030 mostra
exatamente isso: a existência de só uma ou duas fontes não significa uma
solução. O Brasil necessita, principalmente, daquelas fontes que geram
energia em grande escala e têm alta disponibilidade, dando segurança ao
sistema e tranqüilidade aos consumidores. (http://www.aben.com.br)
Com relação a fontes de energia, julgue (C ou E) os próximos itens.
A( ) A exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas foi
possível graças a tecnologia desenvolvida no Brasil, a qual, hoje, é exportada
para outros países.
B( ) Em razão de ter-se tornado auto-suficiente em petróleo em 2006, o Brasil
deixou de importar esse produto e seus derivados.
C( ) Sendo o etanol uma fonte de energia limpa, sua produção e seu
consumo não acarretam danos ambientais ou sociais.
D( ) No Brasil, a biomassa tem sido bastante explorada para a geração de
energia, o que resulta no fortalecimento da agroindústria brasileira.

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20- (FUNVERSA- Técnico em Comunicação Social-2010)-


Hidrelétrica de Salto entra em operação
“A Usina Hidrelétrica de Salto, localizada no Rio Verde, entre os
municípios de Caçu e Itarumã, começou a produzir energia na noite da
última quinta-feira, com metade de sua capacidade de 116 megawatts.”
In: O Popular, 15/05/2010
Acerca do assunto tratado no texto, assinale a alternativa incorreta:
a) Os impactos causados pela construção de usinas hidrelétricas não se
restringem aos danos sofridos pela fauna e pela flora da região alagada;
freqüentemente atingem dimensão social e cultural, a exemplo do alagamento
de áreas habitadas e da submersão de sítios arqueológicos.
b) No Brasil, o lento incremento da produção e do consumo de energia elétrica
decorre basicamente do monopólio governamental na construção das usinas e
na geração e distribuição de energia.
c) A energia gerada em uma usina nuclear é, assim como a gerada por uma
usina movida a carvão mineral, um tipo de energia de origem termelétrica.
d) As novas tecnologias utilizadas na construção de usinas nucleares, que as
tornas mais seguras e, portanto, menos propensas à ocorrência de acidentes,
têm gerado um ressurgimento da energia nuclear no planeta nos últimos anos.
e) No Brasil, a produção de energia hidrelétrica ainda está longe do potencial
que o país possui. Há grandes possibilidades de aumento da produção, em
especial na Amazônia.

21- (FUNVERSA-CEB-2010)- Na terça-feira, dia 10/11/2009, grande parte do


Brasil foi surpreendida com uma queda de energia que chegou a mais de
quatro horas em alguns lugares. Esse acontecimento ainda não teve uma
explicação oficial definitiva. Acerca das possíveis causas e
conseqüências do fato apresentado, assinale a alternativa correta.
a) Esse apagão que ocorreu no Brasil, embora ainda sem causas definidas
oficialmente e aceitas pela comunidade científica, demonstra que o país
necessita de maior investimento em programas de eficiência energética que

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promovam a redução da possibilidade de uma nova queda de energia dessa


dimensão.
b) Uma possível causa discutida para a situação da queda de energia é a
ineficiência do Programa Brasileiro de Energia Nuclear, que insiste em manter
em funcionamento as sucateadas usinas de Angra 1 e 2.
c) Um maior investimento econômico do país no desenvolvimento de políticas
públicas de sustentabilidade no uso dos biocombustíveis teria evitado o apagão
elétrico registrado em novembro.
d) Os frequentes apagões da magnitude do que ocorreu em novembro de 2009
afetam exclusiva e diretamente o setor produtivo brasileiro. Esse fato promove
uma significativa perda econômica que, por sua vez, desequilibra a balança
comercial do país.
e) De acordo com a comunidade científica nacional, esse apagão foi provocado
por uma descarga atmosférica de grande intensidade, fato bastante previsível
em período de elevada quantidade de chuvas em todo o país.

22- (FUNVERSA- HFA-2009)- A respeito da questão energética no Brasil e


no mundo, assinale a alternativa correta:
a) A produção de carvão mineral, no Brasil, está entre as maiores do mundo.
As jazidas concentram-se, especialmente, em Santa Catarina, propiciando
carvão de alta qualidade e elevado poder calorífero.
b) Estabelece-se, atualmente, no Brasil, uma discussão acerca dos rumos que
o país deve tomar na exploração do petróleo do pré-sal, havendo divergências
quanto ao marco regulatório que orientará a produção daquela riqueza.
c) Os países desenvolvidos praticamente controlam o setor de energia nuclear
no mundo, já que sua produção exige elevados investimentos e
desenvolvimento de tecnologias sofisticadas, que se mostram além da
capacidade dos países em desenvolvimento.
d) Atualmente, os recursos energéticos mais utilizados no mundo são o
petróleo, o carvão, o gás natural e a água, todos denominados combustíveis
fósseis.

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e) Entre os países detentores das maiores economias do mundo, o Brasil


destaca-se como um dos que mais utiliza a água como recurso energético,
superado apenas por Estados Unidos, Japão e França.

23-(CESPE/INMETRO-2009-adaptado)- O uso maciço do petróleo como


matriz energética do sistema produtivo mundial está com os dias
contados.

24- (CESPE/INMETRO-2009)- Devido ao estágio de desenvolvimento


econômico e ao grau de sofisticação tecnológica alcançado, os Estados
Unidos da América (EUA) são, ao mesmo tempo, uma das maiores
economias do mundo e o país cuja taxa de emissão de gases poluidores
na atmosfera é a menor.

25- (CESPE/Bombeiro Militar/ES-2008)- Em razão da pequena participação


na matriz energética brasileira, as fontes alternativas de energia não
chegam a ter importância política, econômica ou social para o país.

26- (CESPE/Bombeiro Militar/ES-2008)- Tanto o carvão vegetal quanto a


energia de origem hidráulica contribuem para o desenvolvimento
industrial brasileiro.

27-(CESPE/Bombeiro Militar/ES-2008)- A inexistência de reservas de


urânio no país e a necessidade de importação desse mineral explicam a
pequena participação da energia nuclear na matriz energética brasileira.

28-(CESPE/Bombeiro Militar/ES-2008)- Derivada do petróleo, a gasolina


utilizada nos grandes centros urbanos representa um problema ambiental
devido à poluição do ar provocada pela sua queima nos veículos
automotores.

29-(Questão Inédita)-O governo brasileiro almeja a autossuficiência em


todas as etapas de produção do combustível nuclear. Todavia, o País

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ainda não dispõe de tecnologia de enriquecimento de urânio, o que é


fundamental para a produção desse tipo de energia.

GABARITO

1- C 7- Letra A 13- C 19-CEEC 25- E


2- C 8- Letra C 14- E 20- Letra B 26- C
3- Letra C 9- Letra E 15- E 21- Letra A 27- E
4- ECEE 10- ECE 16- E 22- Letra B 28- C
5- Letra E 11- C 17- C 23- E 29- E
6- Letra B 12- E 18- C 24- E

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Bibliografia

ROSS, Jurandir Sanches (org). GEOGRAFIA DO BRASIL. - 6ª- edição - São


Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

GREGORY, Derek, et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espaço e Ciência


Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.

GREMAUD, Amaury Patrick. Economia brasileira contemporânea. São


Paulo: Atlas, 2009.

Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Editora da


Universidade de São Paulo, 2008.

_____________. O Espaço dividido: os dois circuitos da Economia urbana


dos países subdesenvolvidos. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2008.

SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas. Globalização e


território na América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

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