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Rio de Janeiro, novembro de 2010
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80 p. il.
1. Política e Governo. 2. Brasil. I. Título
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
REFORMA TRIBUTÁRIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
POLÍTICA FISCAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
REFORMA TRABALHISTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
POLÍTICA MONETÁRIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
BUROCRACIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
INFRAESTRUTURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
EDUCAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
SAÚDE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
MEIO AMBIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
SEGURANÇA PÚBLICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Confederação Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo
Presidente
Antonio Oliveira Santos
Vice-Presidentes
1º) Abram Szajman, 2º) Renato Rossi, 3º) Orlando Santos Diniz; Adelmir Araújo
Santana, Carlos Fernando Amaral, José Arteiro da Silva, José Evaristo dos Santos,
José Marconi Medeiros de Souza, José Roberto Tadros, Josias Silva de Albuquer-
que, Lélio Vieira Carneiro.
Vice-Presidente Administrativo
Antonio Airton Oliveira Dias (licenciado)
Vice-Presidente Administrativo em exercício
Pedro Jamil Nadaf
Vice-Presidente Financeiro
Luiz Gil Siuffo Pereira
Diretores
Antônio Osório, Bruno Breithaupt, Canuto Medeiros de Castro, Carlos Marx Toni-
ni, Darci Piana, Euclides Carli, Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante, Jerfferson
Simões, Joseli Angelo Agnolin, Ladislao Pedroso Monte, Laércio José de Olivei-
ra, Leandro Domingos Teixeira Pinto, Lúcio Emílio de Faria Junior, Luiz Gas-
tão Bittencourt da Silva, Marcantoni Gadelha de Souza, Marco Aurélio Sprovieri
Rodrigues, Moacyr Schukster, Norton Luiz Lenhart, Pedro Coelho Neto, Walker
Martins Carvalho.
Conselho Fiscal
Hiram dos Reis Corrêa, Arnaldo Soter Braga Cardoso e Antonio Vicente da Silva.
APRESENTAÇÃO
A
CNC e os desafios do Brasil é o documento bali-
zador das propostas defendidas pelo setor terciá-
rio para o desenvolvimento do País. A Confedera-
ção Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo,
com suas 34 federações e aproximadamente mil sin-
dicatos, que representam 4,5 milhões de comerciantes,
mais de 15 milhões de trabalhadores e cerca de 30%
da riqueza nacional, atua proativamente para assegurar
às empresas do setor as melhores condições para gerar
resultados positivos e desenvolver a sociedade.
A
reforma tributária é tema que está na pau-
ta dos debates há vários anos. Com esse ob-
jetivo, diversos projetos estão em curso no
Congresso Nacional.
P
or iniciativa do Ministério da Fazenda, e sob o
pretexto de aperfeiçoar a legislação relativa à co-
brança dos débitos fiscais inscritos como Dívida
Ativa da União (cerca de R$ 1,5 trilhão), o Governo
enviou ao Congresso Nacional um conjunto de pro-
jetos de lei que têm por objeto a adoção de medidas
extremamente violentas contra os contribuintes que,
por qualquer razão, estejam em débito com o Fisco.
O Congresso toma
iniciativas que, ao invés de
proporcionar benefícios,
prejudicam a sociedade
A
cada dia torna-se mais evidente e premente a
necessidade de se proceder a uma profunda re-
forma no Sistema Nacional de Previdência Social,
hoje fundamentado em três bases: assistencial (com-
preende a Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS e a
aposentadoria rural), o Regime Próprio da Previdência
(dos servidores públicos) e o Regime Geral da Previdên-
cia Social do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A
reforma trabalhista é tão urgente e necessária
quanto a reforma tributária para uma economia
equilibrada e sustentável. É uma tarefa árdua,
pois a legislação trabalhista brasileira é extensa e, mais
grave, complexa.
As empresas precisam de
liberdade para decidir se
terceirizam uma atividade
administrativa (meio) ou
parte da produção (fim)
O
panorama atual para o comércio brasileiro é
amplamente favorável: oferta de crédito em ex-
pansão, crescimento da massa salarial e inflação
sob controle – um quadro que permite projetar um
crescimento recorde para o setor em 2010, pouco aci-
ma de 10%. Mas pode ficar melhor.
XXa queda das taxas de juros, para que não sejam um instrumento
de freio à expansão da atividade econômica;
O
Brasil chega ao fim de 2010 com duas questões
importantes que fragilizam o cenário econômi-
co. A mais relevante, mas que se repete há anos,
é o deficit público, resultado do fato de o Governo
gastar mais do que arrecada. A outra ganhou corpo
no segundo semestre: a supervalorização do real em
relação ao dólar, que trouxe a reboque seus conhecidos
efeitos negativos, como aumento das importações –
com perdas para a produção nacional – e desestímulo
às exportações.
No longo prazo a
desvalorização do dólar por
muito tempo implicará a
redução do nível de emprego
H
á dois anos, o Instituto Brasileiro de Planeja-
mento Tributário (IBPT) fez uma pesquisa na-
cional a propósito dos 20 anos da Constituição
de 1988 cujo resultado, visto sob o ângulo do am-
biente de negócios, dava uma medida das dificuldades
competitivas do País.
O
s investimentos em infraestrutura até 2016
serão superiores a R$ 1,3 trilhão, com maci-
ça participação estatal, atingindo o maior pico
histórico, comparável apenas ao período do milagre
econômico, na década de 1970. É o que demonstra
estudo, que analisou 9.550 obras em todo o País, da
Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamen-
tos e Manutenção (SOBRATEMA). A entidade, ligada à
área de construção, estima em 6,5% sobre o Produto
Interno Bruto (PIB) o peso dos recursos destinados às
obras nos próximos anos. É um percentual próximo do
que os especialistas consideram aceitável para países
em desenvolvimento.
Os gargalos da
infraestrutura nacional
explicam, em larga medida,
o chamado Custo Brasil
O
Ministério da Educação deve divulgar antes do
final do ano – e, logo a seguir, encaminhar ao
Congresso Nacional – a proposta do novo Pla-
no Nacional de Educação (PNE II), que vai vigorar nos
próximos 10 anos. Seu principal destaque é o aumento
dos recursos públicos para a educação de 4% para 7%
do Produto Interno Bruto já em 2011.
A
saúde, ao lado da educação de qualidade, é im-
prescindível para a cidadania plena e, no viés
econômico, um setor estratégico para uma na-
ção aspirar ao status de desenvolvida e competitiva no
mercado internacional. A participação do Estado no
processo de desenvolvimento é capital, tanto como
indutor do crescimento da economia (financiamento,
produção direta, etc.) quanto como articulador das
estruturas sociais (em que se inclui a área de saúde).
Importante lembrar que a saúde é, conforme a Cons-
tituição de 1988, direito de todos e dever do Estado.
A
tuar como protagonista na questão ambiental,
assumindo a responsabilidade de dar o exemplo,
focando suas ações nas boas práticas, é priori-
dade na Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo. A instituição, que integra o Conse-
lho Nacional do Meio Ambiente, estimula o conceito
de preservação, seguindo com rigor a linha do desen-
volvimento sustentável, apoiando iniciativas que visem
o crescimento socioeconômico dentro de normas e pa-
drões que respeitem o meio ambiente.
A
segurança pública é uma atribuição constitu-
cional do Estado, devendo ser exercida para a
preservação da ordem pública, da incolumidade
das pessoas e do patrimônio, além de garantir o direito
de ir e vir das pessoas e o funcionamento de estabe-
lecimentos comerciais. Todavia – e é deplorando o re-
gistro –, nem sempre isso se torna prioridade do Poder
Público, ora por insuficiência de infraestrutura material
(equipamentos obsoletos e armamento defasado) e re-
cursos humanos despreparados (policiais com pouco
ou nenhum treinamento), ora por falta de integração
entre os órgãos responsáveis.
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