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Índice

1-Desenho técnico..................................................................................................2
2-Formato básico da folha.....................................................................................3
3-Caligrafia técnica.................................................................................................4
4-Linhas...................................................................................................................5
5-Cotagem...............................................................................................................5
5.1Cotagem disposições..............................................................................6
6-Escala...................................................................................................................7
7-Sólidos.................................................................................................................8
8-Projeções.............................................................................................................9
8.1-Projeção cônica.....................................................................................10
8.2-Projeção cilíndrica oblíqua..................................................................10
8.3-Projeção ortogonal..............................................................................11
9-Perspectiva.......................................................................................................11
9.1-Perspectiva isométrica.......................................................................12
9.2-Perspectiva cavaleira..........................................................................13
10-Projeções no diedro.......................................................................................14
10.1-Método mongeano de projeções.....................................................14
10.2-Os diedros..........................................................................................14
10.2.1-O 1º diedro e o 3º diedro......................................................15
10.3-Projeções no triedro..........................................................................16
11-Cálculo das distribuições das vistas............................................................17
11.1-Cálculo da distribuição da perspectiva isométrica no formato A4......18
12-Cortes...............................................................................................................19
12.1-Plano de corte.....................................................................................20
12.2-Hachuras.............................................................................................20
12.3-Tipos de corte.....................................................................................21
12.3.1Corte total...............................................................................21
12.3.2Meio-corte...............................................................................21
12.3.3-Corte parcial..........................................................................22
12.3.4-Corte com desvio em translação........................................22
12.3.5-Omissões de corte...............................................................23
13-Seções.............................................................................................................24
13.1-Diferença entre corte e seção...........................................................24
13.2-Tipos de seção...................................................................................24
14-Polias...............................................................................................................25
15-Rolamentos.....................................................................................................26
16-Engrenagens...................................................................................................28
17-Elementos normalizados...............................................................................29
18-Desenho de detalhes......................................................................................30
19-Desenho de conjunto ou de montagem........................................................31

Projeção ortogonal...................................................................................32

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1-Desenho técnico
Desenho técnico é o nome dado à representação específica usada por
profissionais de uma mesma área: mecânica, marcenaria, serralharia, etc.
O desenho técnico surgiu da necessidade de representar com precisão máquinas,
peças, ferramentas e outros instrumentos de trabalho.

Atualmente existem muitas formas de representar tecnicamente um objeto.


Essas formas foram criadas com o passar do tempo, à medida que o homem
desenvolvia seu modo de vida. Uma dessas formas é a perspectiva.
Perspectiva é a técnica de representar objetos e situações como eles são
vistos na realidade, de acordo com sua posição, forma e tamanho. Pela
perspectiva pode-se também ter a idéia do comprimento, da largura e da altura
daquilo que é representado.

Deve-se notar que essas representações foram feitas de acordo com a


posição de quem desenhou mantendo as formas e as proporções do objeto
representado.

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2-Formato básico da folha


A folha ou papel é um dos componentes básicos do material de desenho
técnico. O formato básico, padronizado pela ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) conforme NBR - 10068. Esse formato é o A0 (A zero) do qual
derivam outros formatos.
O formato básico A0 tem área de 1m² e seus lados medem
841mm x 1.189mm. Do formato básico A0 derivam os demais formatos.

Tabela de proporções entre os formatos de folha


A0 A1 A2 A3 A4
A0 1 - - - -
A1 1/2 1 - - -
A2 1/4 1/2 1 - -
A3 1/8 1/4 1/2 1 -
A4 1/16 1/8 1/4 1/2 1

Tabela das dimensões (em mm) da folha A0 e suas derivações

Formato Dimensão Margem esquerda Margem direita


A0 841 x 1.189 25 10
A1 594 x 841 25 10
A2 420 x 594 25 7
A3 297 x 420 25 7
A4 210 x 297 25 7

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Exemplo de distribuição das margens na folha formato A4 e A3

FOLHA FORMATO A4 FOLHA FORMATO A3

UNIDADE DE ENSINO SALTO UNIDADE DE ENSINO SALTO


TÍTULO: PROFESSOR: TÍTULO: PROFESSOR:

Nº DO DE SENHO: ESCALA: DATA: UNIDADE: PROJEÇÃO: VIS TO: Nº DO DESENHO: ESCALA: DATA: UNIDADE: PROJEÇÃO: VIS TO:

ALUNO: Nº: FOLHA: ALUNO: Nº: FOLHA:

1 º DIEDRO 1º DIEDRO

3-Caligrafia técnica
A caligrafia técnica está padronizada pela NBR – 8402/1984 trata-se de
letras e algarismos que podem ser apresentados como nos exemplos que seguem
abaixo, com uma inclinação para a direita, formando um ângulo de 75º com a linha
horizontal.

Letras maiúsculas

Letras minúsculas

Algarismos

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4-Linhas

5-Cotagem
Cotar é indicar as dimensões da peça no desenho, a cota é composta por
linha de cota, linhas de chamada e a cota.
Linhas de cota são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades
nessas linhas sã o colocadas as cotas que indicam as medidas da peça.
Linha de chamada é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota.
Cotas são numerais que indicam as medidas nominais da peça.

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5.1-Cotagem disposições

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6-Escala

A razão entre as medidas nominais da peça e do desenho é o que


chamamos de escala. A utilização da escala, pois muitas vezes o desenho não
pode representar nas dimensões da peça por essa ser muito grande ou muito
pequena.
Então, quando desenhamos uma peça grande o desenho é feito em
tamanho menor com redução igual em todas as suas medidas. E quando peça é
pequena, o desenho é feito em tamanho maior com ampliação igual em todas as
suas dimensões.

Observação:
Na escala natural todas as medidas são fielmente idênticas às medidas da
peça, na ampliação e na redução as medidas são aumentadas ou reduzidas
respectivamente de acordo com o fator de ampliação ou redução, mas nos três
casos a cota indicada é a medida real da peça.

Medida Escala
1:5 1:4 1:2 1:1 2:1 4:1
200 40 50 100 200 400 800
100 20 25 50 100 200 400
20 4 5 10 20 40 80
10 2 2.5 5 10 20 40
1600 320 400 800 1600 800 6400
394 79 99 197 394 788 1576
60 12 15 30 60 120 240
120 24 30 60 120 240 480

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7-Sólidos
Os sólidos têm como características as três dimensões principais,
comprimento, largura e altura.

São exemplos de sólidos prismas e sólidos de revolução.

Prisma hexagonal Sólido de revolução – Cilindro

Existem diversos tipos de sólidos de revolução, destacaremos a esfera, o


cilindro e o cone.
Esferas são sólidos de revolução formados através da revolução de um
semi-círculo em torno do eixo de rotação.

Esfera gerada
Eixo de rotação

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Cilindros são sólidos de revolução formados através da revolução de um


retângulo em torno do eixo de rotação.

Cilindro gerado
Eixo de rotação

Cones são sólidos de revolução formados através da revolução de um


triângulo em torno do eixo de rotação.

Cone gerado
Eixo de rotação

8-Projeções

Dentre os tipos de projeções podemos destacar a projeção cônica, projeção


cilíndrica obliqua e a projeção ortogonal, esta ultima é a que daremos mais atenção
no nosso estudo, pois o objetivo deste material é (Capacitar o aluno a leitura,
interpretação desenhos técnicos no 1º diedro e no 3º diedro (USA,Canadá e
Japão), além de fornecer os princípios básicos para execução de desenhos
técnicos em VNS (vistas necessárias e suficientes), com o menor número de
tracejadas, colocando na vista frontal (ou elevação) a peça em sua posição de
funcionamento ou de construção.

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8.1-Projeção cônica

Quando conhecemos o centro de projeção e em conseqüência as


projetantes são convergentes (cônicas).
Neste caso o tamanho da projeção varia de acordo com a posição do plano. Se o
plano de projeção está além da figura projetada, a projeção será maior quanto
maior for à distância entre eles (lanterna projetando uma sombra na parede),
porém se o plano de projeção está aquém da figura projetada, acontece o
contrario, a projeção será menor quanto maior a distância entre eles (máquina
fotográfica, quanto mais a pessoa se afasta da máquina, menor será o tamanho
dela na fotografia).

8.2-Projeção cilíndrica oblíqua

É uma projeção caracterizada por suas projetantes incidirem obliquamente


no plano de projeção. A visão obliqua busca facilitar a transposição de uma
imagem tridimensional para bidimensional, a lateralidade é trabalhada no sentido
de desenvolver noções de orientação e compreensão. Um exemplo é a perspectiva
cavaleira onde uma das faces é paralela ao plano de projeção e, portanto
representa em verdadeira grandeza (2 eixos a 90°). O 3º eixo está a 45° da
horizontal, mas pode assumir outros valores (30° ou 60°).

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8.3-Projeção ortogonal

É uma projeção onde as projetantes incidem perpendicularmente no plano


de projeção. Para que ocorra uma projeção ortogonal é necessário que as
projetantes sejam paralelas e que perfurem ortogonalmente (perpendicularmente)
o plano de projeção.
Dependendo da posição do objeto no espaço podemos ter:
- as “vistas” do desenho (planta, elevação, cortes, vistas auxiliares, etc) quando
uma face do objeto é paralela ao plano de projeção (folha de desenho).
-as perspectivas “paralelas” (isométrica, dimétrica, trimétrica...)
Na perspectiva isométrica os três eixos fazem ângulos iguais com o plano
de projeção.
Na perspectiva dimétrica dois eixos fazem ângulos iguais com o plano de
projeção.
Na perspectiva trimétrica os três eixos fazem ângulos desiguais com o plano
de projeção.

Observação: consultar material anexo projeção ortogonal no final da apostila.

9-Perspectiva
Perspectiva é a maneira de representar projetando o objeto com as três
dimensões comprimento, largura e altura. Dos vários tipos de perspectivas
existentes daremos destaque a perspectiva isométrica e a perspectiva
cavaleira.

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9.1-Perspectiva isométrica
Tem como característica a formação de ângulos de 120° entre os eixos
principais. Os eixos oblíquos formam com a horizontal um ângulo de
30º.

A base para traçado em perspectiva isométrica é o prisma, após a ilustração


encontra-se descrito passo a passo cada etapa de construção.

FS

FF
FL

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Seqüência para construção:


1ª Etapa da construção
-Traçar os eixos isométricos e marcar nestes eixos as dimensões de comprimento,
largura e altura do prisma;
2ª Etapa da construção
-Traçar a face frontal (FF) do prisma, levando em consideração a dimensões de
referência do comprimento e da altura marcada nos eixos isométricos;
-Traçar a face superior (FS) do prisma, levando em consideração a dimensões de
referência do comprimento e da largura marcada nos eixos isométricos;
-Traçar a face lateral (FL) do prisma, levando em consideração as dimensões de
referência da largura e da altura marcada nos eixos isométricos;
3ª Etapa da construção
-Traçar o detalhe na face de referência do prisma, utilizando o alinhamento das
linhas através dos eixos isométricos;
4ª Etapa da construção
-Traçar a profundidade do detalhe em relação a sua orientação seguindo o eixo
isométrico referente a cada traçado:
5ª Etapa desenho concluído
-Apagar as linhas de construção e reforçar o contorno da figura.

9.2-Perspectiva cavaleira

Tem como característica a possuir uma das faces do objeto paralela ao


plano de projeção, representando dois planos em verdadeira grandeza a 90°. O
terceiro eixo pode estar a 30°, 45° ou 60° em relação ao plano horizontal.

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10-Projeções no diedro
10.1-Método mongeano de projeções

Neste método só se usam projeções ortogonais, a partir de um diedro de


referência (ângulo formado pela intersecção de dois planos ortogonais entre si),
Monge estabeleceu a correspondência entre os pontos do espaço tridimensional e
suas projeções nos planos. E, através de um artifício, rebateu o plano horizontal
girando-o até coincidir com o vertical, ficando as duas projeções num só plano
(épura). A projeção no plano vertical chama-se vista frontal ou elevação e a do
plano horizontal, vista superior ou planta.

10.2-Os diedros

A intersecção de dois planos ortogonais divide o espaço em quatro diedros:

Em desenho técnico onde a clareza é importante, só o 1º e 3º diedros


apresentam interesse, pois se separarmos os diedros e em cada um deles
fizermos o rebatimento do plano horizontal (PH), sempre no sentido horário,
observaremos que o 2º e 4º diedros resultam em PV e PH superpostos, em suas
respectivas épuras.

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10.2.1-O 1º diedro e o 3º diedro

Para se fazer a projeções no 1º diedro e no 3º diedro, consideramos que o


observador olha de cima para baixo e da direita para esquerda (desenho técnico).
Isto resulta em seqüências diferentes de projeções da figura em cada diedro.
No 1º diedro tem-se a seguinte seqüência: observador, objeto e o plano de
projeção. Girando PH no sentido horário até coincidir com PV, o PH fica em baixo,
ou seja a elevação fica em cima (PV) e a planta (PH) fica em baixo.

PV
Elevação

PH
Planta

No 3º diedro tem-se a seguinte seqüência: observador, plano de projeção e


objeto. Girando o PH no sentido horário até coincidir com PV, o (PH) fica em cima
e o (PV) em baixo, sistema usado nos USA, Canadá e Japão por exemplo.

PH
Planta

PV
Elevação

Estas diferenças são importantes do ponto de vista prático e interpretativo


de desenhos técnicos. A ISO (International Organization for Standardization) criou
símbolos indicativos para o 1º diedro e 3º diedro, trata-se de um cone truncado
(ISO R-128) que devem ser desenhados (um ou o outro) junto aos desenhos
técnicos, ou indicados na respectiva legenda.
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10.3-Projeções no triedro

Os triedros (as vistas essenciais)

É caracterizado pelo acréscimo de um plano ortogonal aos outros dois,


colocado atrás do diedro, com o objetivo de se fazer três vistas, uma em cada
direção dos três eixos triortogonais x, y e z.
Essas três vistas constituem as vistas essenciais de desenho técnico
(planta, elevação e perfil).
Os triedros guardam as mesmas características do 1º diedro e do 3º diedro
quanto à seqüência da projeção e o rebatimento dos planos.
O plano vertical (PV) é o único que está sempre no plano do desenho (folha
de desenho), os demais planos são rebatido.

PV - Elevação PL - Perfil

PH - Planta

1º Diedro

PH - Planta

PV - Elevação PL - Perfil

3º Diedro
Observação:
O triedro no 3º diedro recebe um giro de 90°, posição didática.

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11-Cálculo das distribuições das vistas

Se EVH < EVV Se EVV < EVH


EVH=178-(A+B) e EVV=235-(B+C) EVH=178-(A+B) e EVV=235-(B+C)
X=EVH/3 e Y=(EVV-X)/2 X=(EVH-Y)/2 e Y=EVV/3

Planta e Elevação Elevação e Perfil


EVH=178-A e EVV=235-(B+C) EVH=178-(A+B) e EVV=235-C
X=EVH/2 e Y=EVV/3 X=EVH/3 e Y=EVV/2

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11.1-Cálculo da distribuição da perspectiva isométrica no formato A4

a1 = a * sen30° = a/2

b1 = b * sen30° = b/2

H = ((a+b)/2) + c

a2 = a * cos30°

b2 = b * cos30°

L = a2 + b2 = (a + b) * 0.866

X = (178 – L / 2) + 0.866 * a

Y = (235 – H) / 2

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12-Cortes
Quando desenhamos objetos simples que não apresentam detalhes internos
em geral ele pode ser representado com clareza por uma ou mais vistas externas,
conforme a necessidade.
Já quando nos deparamos com objetos que possuem uma maior
complexidade ou ainda quando diversas peças aparecem montadas em partes
internas formando um conjunto, a representação em uma vista externa torna a
leitura muito difícil devido aos diversos contornos e arestas não visíveis. Nesses
casos aplicam-se um ou mais cortes que além de esclarecer melhor a forma,
facilita a cotagem e a indicação de detalhes.
Corte é o cisalhamento do objeto por um plano imaginário permitido assim
observar e representar os detalhes internos do objeto com clareza. Os cortes e
seções compõem dentro do desenho técnico de uma peça ou um conjunto, as
chamadas VNS (vistas necessárias e suficientes). Corte ou vista em corte é a
representação em projeção ortogonal de um objeto ou peça onde uma de suas
partes foi cortada e removida e deixando visível a parte interior. A NBR 10067/87
com relação a número de vistas, diz que “devem ser executadas tantas vistas
quantas forem necessárias à caracterização da forma do objeto. Vistas e cortes
são preferíveis a emprego de grande quantidade de linhas tracejadas”.
As superfícies criadas pela interseção desses planos com a peça são
diferenciadas das demais por terem no seu interior linhas de hachuras. As linhas
que delimitam essas superfícies são chamadas de linhas de contorno de corte e
são ótimas para cotar.

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12.1-Plano de corte

O plano de corte é representado por linha estreita traço-ponto em toda


extensão por onde passou o corte exceto na extremidade e nos desvios. O sentido
do corte deve ser mostrado por seta onde sua ponta deve estar apoiada
perpendicularmente ao plano de corte.
Nas setas do plano de corte devem aparecer letras maiúsculas repetidas
para cada corte, essa mesma letra identificará a vista cortada.
Quando o desenho tiver apenas um corte simples e sua localização for clara, não
há necessidade de nenhuma identificação ou indicação.

12.2-Hachuras

São linhas finas, a 45° (em relação ao eixo ou contorno principal do corte ou
seção) igualmente espaçadas, usadas em áreas de corte em desenho técnico. Não
há uma medida determinada, mas superfícies maiores terão hachuras mais
espaçadas que superfícies menores, nos diversos cortes do desenho de uma peça,
as hachuras permanecerão inalteradas, isto é devem ter a mesma direção e
espaçamento.
Uma mesma peça desenhada no conjunto e em detalhe deve ter hachuras
com mesma direção e mesmo espaçamento. Nos desenhos de conjuntos as
hachuras procurarão diferenciar as diversas peças das seguintes maneiras:
-Hachuras com direção contrária (no possível);
-Espaçamentos diferentes (peças maiores, espaçamentos mais largos).
Cortes com superfícies muito grandes, a hachura pode ser representada
apenas na periferia, ou seja, no contorno do objeto.

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12.3-Tipos de corte

12.3.1-Corte total

É um corte onde um único plano atravessa inteiramente o objeto, mostrando


uma projeção completa em corte. O plano de corte normalmente passa pelo eixo
principal da peça, mas pode passar por outras posições paralelas ou
perpendiculares, sempre porém numa direção principal.
É aplicado em peças com um ou mais detalhes internos alinhados que se
encontrem distribuídos ao longo de uma direção principal. O corte total é o tipo de
corte mais usual e os outros são variações dele.

12.3.2-Meio-corte

Neste corte apenas metade da vista é cortada e outra metade é desenhada


em vista externa. Só é aplicada em objetos simétricos, a metade da vista externa
não apresentará linhas tracejadas. Quando o eixo de simetria for vertical a metade
cortada será a do lado direito, quando o eixo de simetria for horizontal a metade
cortada será a de baixo, as duas metades da vista ficam separadas pelo eixo de
simetria.

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12.3.3-Corte parcial

Caracteriza-se pelo plano de corte penetrar apenas parcialmente no objeto.


Pode ser aplicado uma ou mais vezes na mesma vista, pode ser usado em
qualquer situação e em qualquer tipo de peça, a parte cortada pode estar em uma
borda, no meio ou em diversos outros lugares da vista, no resto da vista continuam
existindo as linhas tracejadas, em geral os planos de corte não são indicados e os
cortes (parciais) não identificados, mesmo quando o desenho tenha usado outros
tipos de corte ou seções, é separado do resto da vista por linha sinuosa.

12.3.4-Corte com desvio em translação

Caracteriza-se por possuir dois ou mais planos de corte paralelos ligados


entre si por planos de desvios com objetivo de mostrar detalhes não alinhados do
objeto.

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12.3.5-Omissões de corte

Não se cortam (não se hachuram), mesmo que o plano de corte passe sobre
os mesmos, diversos elementos de máquinas ou ainda alguns detalhes de peças.
Assim, não se cortam no sentido longitudinal: braços ou raios de rodas, dentes de
engrenagens, pinos, parafusos, rebites, chavetas, arruelas, porcas, eixo, almas de
perfis, nervuras de reforço, etc.
Porcas e arruelas normalizadas não se cortam em nenhum sentido (exceto
porcas para rolamentos). Nesses casos, se for mesmo necessário cortar, usa-se o
corte parcial. No caso de peças como parafusos, pinos. Rebites, etc, elas ocorrem
mais comumente em desenhos de conjuntos (vistas em corte) porque a grande
maioria delas é normalizada a assim sendo não são detalhadas (desenho
separado em VNS).

A omissão de corte desses elementos é assegurada por estes elementos


não apresentarem detalhes internos e a identificação deles em um desenho de
montagem torna-se mais facilmente pela sua vista externa. Por esse motivo
representa-se corte de conjunto como se esses elementos permanecessem
inteiros em suas vistas externas.
Quando aos detalhes de peças como dentes de engrenagens, braços ou
raios de rodas, nervuras de reforço, aletas de refrigeração, almas de perfis ou em
rodas fundidas, chapas, etc, não se cortam para evitar a ilusão de continuidade de
existência de material (no sentido de translação ou de rotação) Por exemplo,
poderíamos ter uma interpretação enganosa se hachurássemos a alma vazada de
uma polia, possivelmente não a diferenciaríamos. Ou ainda se a nervura estivesse
hachurada, poderíamos nos iludir e pensar que a peça fosse cheia.

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13-Seções
Seção é uma variedade de vista cortada que registra tão somente a
intersecção do plano secante com o objeto.

13.1-Diferença entre corte e seção

No corte aparecem a superfície hachurada (intersecção do plano secante


com o objeto) e a superfície em branco referente à parte do objeto que
eventualmente possa ser vista e que não foi cortada pelo plano secante, situada
além desse plano (não hachurada). Na seção aparece somente a superfície
hachurada.

13.2-Tipos de seção

Há quatro tipos de seção. Classificada conforme é feito seu rebatimento.

Seção rebatida em
qualquer parte do
desenho

Seção rebatida
ao lado da vista

Seção rebatida
entre a vista

Seção rebatida
sobre a vista

.
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14-Polias
Polias são peças cilíndricas usadas para transmitir movimento de rotação
por meio de correias. Podem ser lisas para correias planas ou com ranhuras para
correias trapezoidais.

Ângulos e dimensões dos canais das polias em “V”

Dimensões básicas para construção de polias


Ø Externo da ângulo do S T W X Y Z H
polia canal

75 a 170 34º 15 9,5 13 5 3 2 13


acima de 38º 15 9,5 13 5 3 2 13
170
de 130 a 34º 19 11,5 17 6,25 3 2 17
240
acima de 38º 19 11,5 17 6,25 3 2 17
240
de 200 a 34º 25,5 15,25 22,5 8,25 4 3 22
350
acima de 38º 25,5 15,25 22,5 8,25 4 3 22
350
de 300 a 34º 36,5 22 32 11 6 4,5 28
450
acima de 38º 36,5 22 32 11 6 4,5 28
450

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15-Rolamentos

Os rolamentos são elementos constantes de máquinas, servem de apoio


para eixos que giram e estão sujeitos a cargas. Basicamente são classificados em
função do tipo de carga que podem suportar, cargas axiais, rolamentos axiais ou
cargas radiais rolamentos radiais. Construtivamente classificam-se de acordo com
o elemento rodante, em:
-Rolamento de esferas, empregados em conjuntos pequenos de altas rotações;
-Rolamento de rolos, o utilizados para conjuntos maiores expostos a grandes
cargas;
-Rolamento de roletes, indicados para pequenos espaços radiais.

Observação:
A quantidade e a variedade de tipos e tamanhos de rolamentos são
consideráveis. Por isso, para especificar o tipo desejado, é conveniente consultar
os catálogos de fabricantes como INA, SKF, NSK, TIMKEN, etc. Para especificar
corretamente rolamentos é importante definir, pelo menos, os seguintes dados:
-Diâmetro externo (Øext.);
-Diâmetro do furo do rolamento (Øint.);
-Espessura do rolamento (e)
-Tipo de carga (radial, axial ou combinada).

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Conforme projeto da ABNT, os rolamentos podem ser representados da


seguinte maneira:

Simplificado Esquemático

Rolamento fixo
de uma carreira de esferas

Rolamento de contato angular de uma


carreira de esferas

Rolamento autocompensador de esferas

Rolamento autocompensador de rolos

Rolamento de rolos cilíndricos

Rolamentos axiais de esfera de escora


simples

Rolamento de rolos cônicos

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16-Engrenagens
Engrenagens são rodas que transmitem e recebem movimento de
rotação entre eixos que podem ser paralelos, concorrentes ou reversos. As
engrenagens podem ser representadas de três maneiras diferentes: normal,
simplificada e esquemática.

Normal Simplificada Esquemática

Abaixo segue desenho de engrenagem com diâmetro externo de


160mm, diâmetro primitivo de 156mm, diâmetro interno 24mm, módulo de 3 e
número de dentes igual a 80.

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17-Elementos normalizados

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18-Desenho de detalhes
É o nome dado à s representações, em separado, feitas em desenho
rigoroso, de cada uma das peças que formam o conjunto mecânico.

19-Desenho de conjunto ou de montagem


É o nome dado à representação, feita em desenho rigoroso, das peças
montadas nas posições de funcionamento no conjunto mecânico.

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Projeção ortogonal
Modelo, observador e plano de projeção

A projeção ortogonal é uma forma de representar graficamente objetos


tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir suas
características com precisão e demonstrar sua verdadeira grandeza. Para
entender bem corno é feita a projeção ortogonal você precisa conhecer três
elementos: o modelo, o observador e o plano de projeção.
Denominamos de modelo ao objeto a ser representado em projeção
ortogronal.
Qualquer objeto pode ser tomado como modelo,.uma figura geométrica,
um sólido geométrico, uma peça de máquina ou mesmo um conjunto de
diversas peças.
Observador é a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o modelo.
Para representar o modelo em projeção ortográfica, o observador deve
analisá-lo cuidadosamente em várias posições. A ilustração a seguir mostram o
observador vendo o modelo de frente, de cima e de lado.

Observando de frente Observando por cima Observando de lado

Fig. – Diferentes posições do observador ao visualisar o modelo.

Em projeção ortogonal imagina-se o observador localizado a uma


distância infinita do modelo. Por essa razão, a direção de onde o observador
está vendo o modelo será indicada por uma seta, como indica a ilustração
abaixo:

Fig. - Posições fundamentais das vistas para o modelo.

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Diedros – Método Mongeano

Cada diedro é a região do espaço limitada por dois


semi-planos perpendiculares entre sí.
O método de representação de objetos projetados
ortogonalmente em semi-planos rebatidos entre sí, é de
Gaspar Monge, que também é conhecido por médodo
mongeano. Os diedros são numerados no sentido anti-horário
conforme mostra a figura ao lado.

Fig. – Disposição dos Diedro.

Diedro: simbologia

Atualmente , a maioria dos países que utilizam o método mongeano


adotam a projeção ortogonal no 1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda o
emprego deste diedro. Entretanto, alguns paises, como EUA, Canada e o
Japão respresentam seus Desenhos Técnicos no 3º diedro.
A simbologia abaixo indica que o desenho está representado no 1º
diedro ou no 3º diedro. Este símbolo aparece no canto inferior direito da folha
de desenho dentro da legenda.

Fig. – Represtação simbólidas do Diedro.

Projeção Ortogonal do modelo tridimensional

A projeção ortogonal em um único plano às vezes não representa a


verdadeira grandeza do objeto, além de possibilitar interpretação equivocadas
do objeto.

Fig - Projeção única simplificada de diversos modelos.

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É evidente que uma única projeção de um objeto é ambigua, pois poderá


caracterizar diversos modelos. Por essa razão, necessita-se fazer as projeções
de duas ou mais faces do objeto para representá-lo de maneira adequada.
Para tal, fazemos uso do sistema constituído de um triedro triretangulo
constituído por um plano vertical, um plano horizontal e um plano lateral.

PV PL
PV : plano vertical
PH : plano horizontal
PL : plano lateral

PH

Rebatimento dos planos de projeção

Em Desenho Técnico, as vistas devem ser mostradas em um único


plano. Para tanto, usamos um recurso que consiste no rebatimento dos planos
de projeção horizontal e lateral. No 1º diedro, adota-se que:
O plano vertical, onde se projeta a vista de elevação (frontal), deve ser
imaginado sempre numa posição fixa; para rebater o plano horizontal,
imaginamos que ele sofre uma rotação de 90º para baixo, em torno do eixo de
interseção com o plano vertical. E para rebater o plano de projeção lateral
imaginamos que ele sofre urna rotação de 90º, para a direita, em torno do eixo
de interseção com o plano vertical.

VISTAS ORTOGONAIS

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Fig – Rebatimento dos planos de projeção e a posição das vistas ortogonais.

Vistas Ortogonais

No Desenho Técnico identificamos cada vista pela posição que ela


ocupa no conjunto. Não há necessidade de indicar por escrito o seus nomes,
como também as linhas projetantes auxiliares não são representadas. Ao
conjunto das vistas denominamos de sistemas de vistas ortogonais.

Fig. – Modelo e as suas respectivas vistas ortogonais

Exemplos:

1. Todas a arestas visíveis que definem o contorno do objeto são representadas por linha
contínua larga.
2. A linha usada para representar arestas e contornos não visíveis é tracejada estreita.
3. As linhas projetantes auxiliares servem para mostrar como os elementos se
relacionam nas diferentes vistas. Elas nunca são representadas no desenho definitivo.
4. As dimensões de comprimento do objeto aparecem nas vistas de elevação (frontal) e
planta (superior)

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5. As dimensões de largura da peça aparecem na vista superior e
lateral.
6. As dimensões de altura aparecem na vista frontal e na lateral.

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