dependência química.
Alessandro Alves
• Conceito de Personalidade
• Transtornos de Personalidade
Ao longo dos últimos duzentos anos, o transtorno de personalidade foi nomeado de diversas
formas (insanidade moral, monomania moral, neurose de caráter, etc.), mas o termo que mais
se popularizou foi psicopatia. Esse, contudo, é um termo que infelizmente é utilizado
popularmente e até por alguns profissionais de saúde mental de forma equivocada como
sinônimo de transtorno da personalidade anti-social (sociopatia). Na verdade, o transtorno
da personalidade é uma profunda desarmonia que se reflete tanto no ambiente
intrapsíquico como nas relações interpessoais, e a despeito das conseqüências penosas
que traz tanto para o indivíduo, familiares e pessoas próximas, não é facilmente
modificável por meio das experiências de vida. O psiquiatra alemão Kurt Schneider
define como portador de transtorno de personalidade o indivíduo que...
...“sofre e faz sofrer a sociedade” assim como... “não aprende com a
experiência”.
EPILÉPTICA
Irritabilidade, impulsividade
Desconfiança
Prolixidade, circunstancialidade
Viscosidade
Hipergrafia
Hiperreligiosidade
Hiposexualidade
O Conselheiro em Dependência Química não precisa e não deve ter seu objetivo dirigido
para a formulação do diagnóstico; ao contrário, mas sua percepção do Comportamento e as
informações que traz de sua vivência terapêutica com o paciente para os demais membros da
equipe são preciosas para a quem tem essa função. O Conselheiro traz as “informações da
doença”, que são os comportamentos, atitudes, a fala do paciente sobre si mesmo e suas
atitudes com o outro, suas crenças e anseios, a fim de que essas informações sejam acessadas
pela equipe, trabalhadas em equipe e devolvidas para o paciente como “informações de
saúde”, que têm claramente os seguintes objetivos:
1. Adesão: estabelecer uma relação de confiança com o paciente e auxiliar no
estabelecimento desta relação de confiança do paciente com seu grupo
2. Compreensão: apresentar o modelo de tratamento e oferecer condições de
acesso ao mesmo de acordo com as particularidades de cada paciente.
3. Introjeção: o Conselheiro garante o treinamento no uso das “ferramentas”,
que são as técnicas e exercícios que o programa oferece para manter a
abstinência de drogas.
4. Individualização: compreensão das necessidades individuais do paciente,
para tornar a prática do programa o mais próxima possível de sua realidade.
5. Manutenção: ter equacionado com o paciente o a manutenção da
abstinência pós-alta.
São objetivos que devem ser atingidos utilizando recursos existentes nas dimensões
básicas do aconselhamento.