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ALINE DONA

CINTIA CARRERA
CRISTIANE RODRIGUES
FERNANDA GUILABEL
ILMA IAJIMA
PATRICIA GRILLO

HEMODIALISE

FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ARAÇATUBA


FAC-FEA, 2011
DEFINIÇÃO DE HEMODIALISE

A Hemodiálise é um procedimento que filtra o sangue. Através da hemodiálise


são retiradas do sangue substâncias que quando em excesso trazem prejuízos ao corpo,
tais quais: uréia, potássio, sódio e água. Ela é usada para pacientes que estão
agudamente doentes e que necessitam de diálise por curto prazo de tempo, bem como
para pacientes que necessitam de diálise por um longo prazo ou permanentemente. A
hemodiálise é um procedimento utilizado nos pacientes com insuficiência renal em
estágio terminal.
O procedimento de hemodiálise deve ter uma permanência obrigatória de um
médico e de um enfermeiro, para atender e identificar precocemente sinais e sintomas
do paciente, atender as urgências e acompanhar o paciente durante a sua sessão de
hemodiálise. A equipe de enfermagem deve ser treinada para a devida assistência ao
paciente durante a sessão. A hemodiálise pode prolongar a vida indefinidamente, porém
não controla completamente a uremia nem interrompe a evolução natural da doença
renal subjacente.

Objetivos
Os objetivos da hemodiálise são os seguintes:
• Extrair do sangue as substâncias nitrogenadas tóxicas.
• Remover o excesso de água.

Incidência
• 65 mil brasileiros necessitam de hemodiálise por conta do mau funcionamento
dos rins; destes estima-se que 30% dos casos de insuficiência renal crônica,
tenha como causa a hipertensão arterial.
• A pressão alta não controlada juntamente com a Diabetes é causa freqüente de
lesão nos rins, que pode levar o indivíduo ao processo de hemodiálise.
• A cada ano, cerca de 21 mil brasileiros precisam iniciar tratamento por
hemodiálise ou diálise peritoneal.
Tempo de duração

A média da duração de cada sessão de hemodiálise fica em torno de quatro


horas, geralmente três vezes por semana. Pode existir variações neste tempo de acordo
com o tamanho e a idade do paciente. No intervalo entre as sessões o paciente pode
exercer suas funções normais de trabalho (em alguns casos particulares, o paciente não
consegue adaptar o horário de trabalho e a hemodiálise).

Processo da Hemodiálise

O processo de Hemodiálise tem quatro fases específicas:

1. O sangue com substâncias tóxicas sai do organismo através de uma agulha


inserida na veia, é impulsionado por uma bomba, percorre um circuito extra- corpóreo
através de um equipo arterial, e entra no dialisador instalado na máquina de
Hemodiálise.

2. O sangue na máquina, passa pelo dialisador / filtro entrando em contato com


o banho de diálise.

3. O banho de diálise é uma solução que, devido a sua concentração e


composição química, atrai as impurezas e a água contida no sangue. As impurezas
atravessam a membrana e passam para o banho.

4. O banho que adquiriu as impurezas e a água do sangue, sai da máquina e é


jogado fora pelos drenos, que posteriormente são drenadas para fora da máquina.

5. O sangue agora "limpo" purificado sai pelo outro lado da máquina,


retornando ao paciente pelo equipo venoso e agulha venosa.

A circulação do sangue pelo circuito extra-corpóreo só é possível se o sistema se


mantiver anti-coagulado. O processo de depuração das substâncias tóxicas e da remoção
d'água na hemodiálise são realizados pelo princípio de difusão e ultra-filtração.
Na hemodiálise, o princípio de ultra-filtração usado para remoção de água,
ocorre também pela presença de um sistema de pressão hidrostática, que uma vez
programado força a passagem de água através dos poros da membrana para o banho de
diálise e posterior drenagem.
Para realizar a hemodiálise, a água na qual é diluído o banho de diálise deve ser
devidamente tratada com osmose reversa, de acordo com os padrões mínimos de
qualidade definidos em lei. Se a água não for tratada, esta pode apresentar
microorganismos, que atravessando a membrana semi -permeável do dialisador podem
vir a contaminar o sangue do paciente, levando desde reações febris até a morte.
O banho ou solução de diálise apresenta uma composição química ideal para
atrair as substâncias tóxicas do sangue. O banho de diálise deve ser diluído com água
tratada seguindo os padrões de condutividade e temperatura programados na máquina e
devem ser aferidos pelos técnicos antes de conectar o paciente.

Complicações que podem ocorrer durante a hemodiálise

As complicações durante a sessão de hemodiálise podem decorrer


devido às conseqüências das mudanças rápidas no equilíbrio dos líquidos e do sódio.

• Cãibras musculares.
• Hipotensão (queda rápida da pressão arterial): náuseas, vômitos, diaforese,
taquicardia e vertigem são sinais comuns de hipotensão.
Complicações graves:
• Embolia gasosa: pode ocorrer quando o ar penetra no sistema vascular do
paciente.
• Hipovolemia.
• Extravasamentos sanguíneos: ocorre quando as linhas sanguíneas se
desconectam, ou quando as agulhas de diálise são deslocadas acidentalmente.
• Arritmias: podem resultar das alterações eletrolíticas e do pH ou a partir da
remoção de medicamentos antiarrítmicos durante a diálise.
• Desequilíbrio dialítico: resulta dos deslocamentos de líquido cerebral.
• Choque.
• Convulsões.
Complicações a longo prazo

• Doença cardiovascular arteriosclerótica: Principal causa de morte e principal


fator de limitação da sobrevida a longo prazo. Os distúrbios do metabolismo
lipídico parecem ser acentuados pela Hemodiálise. A insuficiência cardíaca
congestiva, a doença cardíaca coronariana com dor anginosa, a apoplexia, a
insuficiência vascular periférica e o acidente vascular cerebral podem incapacitar
o paciente.

• Anemia e fadiga: Podem ser causadas por perda hemática acelerada (por
hemólise e sangramento) e por distúrbio da produção de eritropoietina. A insônia,
fadiga e mal-estar geral são persistentes. A deterioração do bem-estar físico e
emocional, falta de energia e de força, e a perda de interesse contribuem
negativamente para a intensificação da anemia.

• Infecção recorrente: O processo de hemodiálise faz com que o paciente tenha


menor resistência às infecções. A exposição do sangue aos produtos do sangue e a
materiais estranhos, pode causar infecção e bacteremia por gram negativos e gram
positivos. Infecção local na área do shunt e nas fístulas e hepatite associada à
hemodiálise.

• Sangramento: O sangramento pode ser devido ao: sangramento pro acúmulo de


heparina; sangramento gastrintestinal; hematoma subdural; pericardite
hemorrágica e menorragia.

• Alteração do metabolismo do cálcio: Pode resultar em: osteodistrofia renal (que


produz dor óssea e fraturas); necrose asséptica do quadril; calcificação vascular e
prurido incurável (coceira).

• Ascite crônica: Pode ser devida à sobrecarga hídrica associada à insuficiência


cardíaca congestiva, má nutrição (hipoalbuminemia) e diálise insuficiente.

• Úlceras gástricas: Ocorrem a partir do stress fisiológico da doença crônica de


base, dos medicamentos e de problemas correlatos.
• Síndrome de desequilíbrio: Causada por alterações hidreletrolíticas rápidas;
pode produzir hipertensão, cefaléia, vômitos, convulsões, coma e problemas
psiquiátricos.

Problemas psicossociais

A Hemodiálise a longo prazo comporta resultados imprevisíveis e inconstantes.


O impacto da doença renal e de seu tratamento pode ser destruidor para o ego e pode
colocar o paciente sob um intenso stress mental e emocional.

• Depressão: É um fato já esperado em pacientes submetidos à Hemodiálise. A


depressão é a manifestação psicológica mais comum observada nos pacientes em
hemodiálise. A depressão resulta de várias causas: perda das funções orgânicas,
diminuição do desejo sexual e impotência, da capacidade de trabalho,
sentimentos de privação por causa das restrições dietéticas e líquidas, limitação
da capacidade de competir, medo da morte, condição médica imprevisível.
• Ansiedade: O paciente fica ansioso em virtude das constantes alterações em seu
estado clínico e da imprevisibilidade de sua saúde. Pode utilizar a negação, a
fantasia, a repressão, a rejeição etc., como mecanismos de defesa pode suportar
a ansiedade.
• Conflito dependência-independência: O paciente depende da máquina, da
equipe médica, da enfermagem e do esquema terapêutico, porém, às vezes, é
encorajado a ser independente, a trabalhar e a levar uma vida "normal". A
dependência pode criar sentimentos agressivos que não pode ser exteriorizados.
Em alguns casos, essa hostilidade pode ser dirigida para a equipe médica e de
enfermagem.

Testes para verificar como a hemodiálise está funcionando

• Em torno de uma vez ao mês a equipe do centro de hemodiálise testa o sangue


do paciente para verificar se o tratamento está removendo resíduos
suficientemente. O teste de sangue procura por um resíduo específico chamado
nitrogênio-uréico, que é um indicador do nível geral de resíduos no organismo.
PSICOLOGIA NA HEMODIALISE

O paciente renal crônico sofre um forte abalo emocional e social assim que são
identificados os primeiros sintomas da doença. Sua vida se transforma radicalmente,
pois a hemodiálise, tratamento ao qual precisa se submeter, traz profundas mudanças na
rotina de vida do paciente e seus familiares, tais como: freqüência constante centros de
diálise; restrições hídricas e alimentares; mudança nas atividades de rotina (as quais
incluem a jornada de trabalho regular e vida social).
Falar sobre o emocional do paciente renal crônico é antes de tudo reconstruir
uma trajetória de perdas que vai muito mais além da função renal. O caminho do
paciente renal é atravessado por uma série de problemas, afetando o indivíduo, sua
família e todo o seu contexto, de uma maneira geral.
O paciente se vê imerso em uma parafernália de máquinas, intervenções
cirúrgicas, medicamentos e dietas que não podem assegurar-lhe a cura nem o retorno de
sua saúde. O desenvolvimento da doença torna-o um paciente crônico que sofre, a partir
de então, uma série de perdas, conduzindo-o a um esfacelamento total de sua vida física,
orgânica e social. Com a doença ocorre uma modificação na sua imagem corporal, seu
corpo agora é repleto de cicatrizes das fístulas e cateter, dos exames e cirurgias. Ele fica
marcado por ela, e passa a ter uma fisionomia característica não de si, mas de sua
doença.
O paciente renal crônico perde a liberdade que atinge atividades escolares,
domésticas ou profissionais; passa a depender da Previdência Social, da máquina, da
família, da sorte... o que gera insegurança, acarretando um desgaste e estresse
emocional intenso, na maioria dos casos. Tais situações acarretam alguns sentimentos
como medo, ansiedade, insegurança, culpa e raiva o que pode trazer como
conseqüência, uma diminuição da auto-estima e um comportamento de resistência em
seguir o tratamento adequadamente, trazendo prejuízos ao quadro clínico. Estes
sentimentos são normais e fazem parte do processo de aceitação da doença e seu
tratamento. Geralmente, o paciente apresenta uma melhora do quadro de ansiedade,
quando conhece melhor a doença e se situa em sua realidade.
Portanto o que será que causa mais dor, a doença ou o tratamento?
É difícil saber, mas seja qual for a resposta, a intervenção psicológica se
justifica, pois tem o objetivo de tentar amenizar a dor provocada pelo tratamento.
Como atuamos

No cotidiano de trabalho com os pacientes sabemos que o importante para a


diminuição da angústia é saber expressar seus sentimentos de ansiedade, dor,
desconforto e frustrações relacionados com a diálise e vivências pessoais. Compreende-
se que quase sempre a doença e o tratamento trazem mudanças profundas na vida do
paciente e familiares, as quais devem ser assimiladas e aceitas para readaptação psico-
social. Assim, em todos os momentos e junto ao paciente, o psicólogo deve prestar
assistência, apoio, esclarecimentos e ajuda. Deve-se atuar de maneira a discutir com os
pacientes sobre a doença e implicações que a mesma traz em suas vidas: a origem, o
desenvolvimento, o tratamento. Também buscar aliviar o sofrimento dos mesmos,
propiciando um espaço para que eles falem de si, da família, do cotidiano, dos medos e
fantasias. Muitas vezes existe por parte dos pacientes uma dificuldade de adaptação no
início do tratamento, devido a dores ou mesmo as regras que de certa forma são
obrigados a seguirem: mudança na rotina de vida; hemodiálise três vezes por semana;
dietas. Sabemos que as atitudes frente ao tratamento dependem da personalidade de
cada um e que talvez estejam ligadas a seu momento de vida. Portanto, não podemos
negar que existe uma situação de estresse onde a ansiedade se faz presente e constante
durante o processo de adaptação, e mesmo durante o tratamento.
Assim, se para a medicina o que está em jogo é o controle da doença, para a
Psicologia o caminho parte do fato real ? doença ? para que o doente enquanto pessoa
possa surgir e expressar as ?dores? em toda a sua dimensão e significância física ou não,
deste órgão doente: suas expectativas, fantasias, medos...
Devemos considerar que a máquina de hemodiálise é para este paciente muito
mais do que forma de tratamento. Ela representa uma possibilidade de vida, mas
também a proximidade com a morte, na medida em que repete em seu cotidiano o que
há de crônico da doença.
Através do suporte psicológico, o intuito é o de que o paciente sinta-se acolhido,
compreendido, amparado, aceito e assistido como um todo, podendo entender sua
enfermidade tanto no aspecto fisiológico como emocional. Assim, o tratamento torna-se
mais humanizado, no sentido amplo da palavra.
A assistência prestada ajuda o paciente a tornar-se mais consciente de seus
deveres e responsabilidades, para que não delegue apenas aos outros a incumbência de
cuidar dele, fazendo com que se torne ativo dentro do processo de tratamento e tenha
uma melhor aderência ao mesmo. Portanto e em meio a tudo o que foi discorrido, o
papel do psicólogo na hemodiálise se realiza através do suporte psicológico, o qual
engloba:

• atendimentos realizados durante as sessões de diálise;


• orientação familiar;
• acolhimentos individuais fora do horário de diálise - quando necessário;
• encaminhamento para atendimentos psicológicos na rede pública ou particular.
• Se acreditarmos que doença crônica e doente crônico são iguais, então não
haverá o que fazer, o destino já estará previsto e a terminalidade será ampliada
aos limites do sentir, amar, desejar, ver... todas as sensações e sentimentos que
impulsionam o homem para a vida. Mas se o que é crônico é apenas o órgão ?
rim; tem-se a possibilidade de lançar-se para a vida e desta tirar tudo e o máximo
que a justifique. Resgatar então, o dia-a-dia (o trabalho para uns, a escola para
outros), enfim, um outro significado de vida.
• Não podemos negar todas as limitações que a insuficiência renal impõe a um
paciente, mas com ele pensar quais as formas de viver com estas e ao mesmo
tempo, encontrar prazer e esperança.

HEMODIÁLISE COM LEITURA

Iniciativa feita há nove anos pela Unifor leva 400 pessoas a aprender a ler e escrever
durante as sessões de hemodiálise

Aos 13 anos de idade, Felipe Lopes ainda não sabe ler e nem escrever. Não por
negligência dos pais ou falta de interesse. Felipe é paciente renal crônico e necessita
fazer hemodiálise três vezes por semana. Seu estado de saúde não permite que ele
freqüente a escola regularmente e, com isso, tem dificuldade em acompanhar, com
naturalidade, os amigos da mesma idade. Sua história é a da muitos outras crianças e
jovens com a mesma doença. Alguns, como é o caso de Felipe, na fila para o
transplante, outros passarão o resto da vida se submetendo a diálise.
Ansiedade e sofrimento, nesses casos, se confundem. A dor do tratamento se
mistura a dor em não poder viver o cotidiano. Pouco se pode fazer com relação à
Medicina. O caminho é o único a seguir. Mas eles se multiplicam quando se interfere na
questão de outros ângulos. É o caso do projeto Educação e Saúde, dos cursos de
Psicologia, Pedagogia, Ciências Sociais e Letras, da Universidade de Fortaleza (Unifor).
Por meio dele, os pacientes, inclusive os mais velhos, são alfabetizados ou
recebem reforço escolar, durante a quatro horas da diálise, três vezes semanais. Além de
educar, os 11 bolsistas, quatro voluntários e uma professora-coordenadora desenvolvem
atividades lúdicas durante o tempo em que permanecem ligados à máquina de
hemodiálise. “Há ainda o exercício da afetividade fraterna entre alunos e pacientes que
se sentem isolados da vida diária”, afirma a coordenadora, Hermínia Lima.
A iniciativa existe há nove anos e nasceu, conta a professora, quando uma
adolescente acometida de síndrome renal manifestou forte desejo de dar continuidade a
seus estudos, solicitando que isso fosse feito durante as horas difíceis das sessões de
tratamento. De lá para cá, 400 pessoas já foram alfabetizadas.
A equipe atua no Instituto do Rim, no Meireles; no Instituto de doenças Renais,
na Av. Bezerra de Menezes; e na Policlínica do Rim, no Centro. São 99 pessoas
beneficiadas, entre 12 crianças e jovens, 78 adultos e nove idosos. “Me sinto muito bem
quando eles chegam aqui com as atividades”, diz uma das pacientes. A primeira
coordenadora do projeto, Lina Maria Fernandes Gil, conta que o trabalho tem
reconhecimento nacional. “Inclusive, conquistou, duas vezes consecutivas, o prêmio
nacional de Cidadania Empresarial: em 2001, em Salvador; e 2002, em Brasília.
O aluno e supervisor, Vítor Mendonça, explica o número restrito de voluntários
no fato das salas das clínicas serem repletas de máquinas, fios e outros acessórios que
ocupam os espaços, além do trânsito de enfermeiros. “Logo, não se pode colocar muitas
pessoas nessas salas, pois lá acontecem muitas ocorrências que necessitam de espaço e
atenção especial para serem realizadas”. Ao transformar a clínica em sala de aula, avalia
a atual coordenadora, Hermínia Lima, os alunos da Unifor têm exercido influência
direta na auto-estima dos pacientes, melhorando a reação deles ao tratamento. “Hoje,
eles se sentem mais valorizados”, atesta.

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