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Estudos sobre o culto, o direito, as instituições da grécia e de roma. A Cidade Antiga é um tratado sobre a
civilização greco-romana. Religião, política, costumes, instituições - o erudito historiador Fustel de
Coulanges realiza um estudo exaustivo da formação da cultura e Estado clássicos, seu desenvolvimento,
dinâmica, caraterísticas e transformação ao longo do tempo que perdurou a civilização greco-romana.
Descreve-se e se analisa seu florescimento, ascensão e queda. Foi professor de História Medieval na
Sorbonne e devido aos métodos de pesquisa que utilizou, é tido como um dos precursores da moderna
historiografia francesa.

Dois princípios fundamentais norteiam o estudo de Coulanges. Segundo ele a obtenção do verdadeiro
conhecimento desses povos (grego e romano) exige que os estudemos sem a idéia fixa de considerá-los
como nós, dado o fato de sermos seus herdeiros culturais; é preciso estudá-los como se nos fossem
inteiramente estranhos. O segundo princípio é a necessidade e condição sine qua non de considerar as
crenças religiosas desses povos para compreender suas instituições em geral, sem o que estas surgirão
obscuras, extravagantes e inexplicáveis diante de nossos olhos.

Outro resumo-

Considerado o fundador da moderna historiografia de seu país, o francês Fustel de Coulanges publicou @
  em 1864, com enorme impacto nos meios intelectuais. Várias traduções e reedições depois,
o livro foi considerado um clássico e, mesmo muito tempo após a morte do autor, em 1889, permanece,
como está escrito no prefácio, uma obra "muito conhecida e famosa, ainda que pouco lida, um elemento
do patrimônio literário da França".

Fustel de Coulages nos relata como se formaram as cidades dos primórdios de nossa Antiguidade
Clássica, com base na formação social e religiosa da família. O pai, líder máximo de cada família, juiz,
sacerdote e na sua pós-morte, elevado a condição de um Deus dentro do Panteão doméstico de cada
família, tinha ainda em vida, a obrigação sagrada de delimitar sua terra, o seu lugar por direito sagrado,
através de um arado puxado por animais e por todo um rito religioso onde a família ali participava.
Consagrando-se o lugar e pedindo a benção aos seus deuses domésticos, se erguiam as cercas e muros, os
limites sagrados do seu solo, futuro lugar de seu descanso eterno. O lugar de criar sua família, seus
animais, de plantar e colher seus frutos, de assar seu pão e de enterrar seus mortos.

A obra é um tratado sobre a civilização greco-romana. É citado a forma como o sagrado na cidade grega
consubstanciava a noção de limites entre as casas, entre uma moradia e outra era observado uma certa
distância.

No livro, o autor estudou também a Índia e citou outras sociedades antigas, como a Chinesa e os índios
norte-americanos, descobrindo que o primeiro vínculo social existente foi o religioso, o culto aos mortos.
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Do culto aos antepassados, viriam os deuses da natureza e, mais tarde, o Deus único do cristianismo,
extendendo cada vez mais os vínculos sociais. @
       
  
  
   
. O fim do vínculo religioso como necessidade da formação de uma sociedade gerou as
revoluções e as lutas de classes, segundo o autor, e o novo alicerce para as pessoas se unirem passou a ser
o corpo de leis e instituições, com os direitos e garantias que proporcionam aos cidadãos. Como é assim,
até hoje, na maioria das sociedades.

Religião, política, costumes, instituições - o erudito historiador Fustel de Coulanges realiza um estudo
exaustivo da formação da cultura e Estado clássicos, seu desenvolvimento, dinâmica, características e
transformação ao longo do tempo que perdurou a civilização greco-romana. A obra descreve e analisa seu
florescimento, ascensão e queda.

Outro resumo-

Muitos foram os historiadores do século XIX que deixaram sua marca na historiografia com obras que até
os nossos dias são referência, mas poucos foram aqueles que conseguiram deixar como legado uma obr
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tão detalhada e minuciosa quanto A Cidade Antiga, do francês Fustel de Coulanges. Tendo sido estudante
da École Normale Supérieure e tendo participado de escavações na Grécia, aonde encontrou muitas de
suas principais fontes de uso futuro, publicou sua obra máxima, A Cidade Antiga, em 1864, enquanto
dava aula na faculdade de letras de Estrasburgo.

Fustel de Coulanges, embora tenha sido contraditório nesse aspecto, dizia que para o estudo da história
era imperativo que fosse deixada de lado qualquer conexão com o presente. Ao ler esta obra aqui
resenhada vemos isso de forma nítida ± muito embora Coulanges não tenha escapado de uma ou outra
conexão em determinadas partes do texto ± sem muito esforço.

O livro se inicia retratando tempos muito remotos, aonde o culto aos mortos era de uma importância
tamanha que soa até um pouco incompreensível para nós, tendo em vista os ritos, a manutenção do culto,
a libação, a prestação de contas com os antepassados. É interessante perceber a conexão de crenças de tão
remota época com nossos tempos. A idéia de uma alma que vaga sem rumo, sem direito ao descanso
eterno e que atormenta os vivos é mais do que presente em nossa cultura. Podemos dizer que o cinema,
seriados, novelas e literatura são responsáveis pelo não-esquecimento dessa idéia.

Mais adiante, talvez o ponto alto do livro, é explicado o culto ao lar, o fogo sagrado e a união da família
sob a crença comum. É interessante pensar como a conexão entre consanguíneos de nada valeria se a
religião não os conectasse. A idéia hoje tão banal para nós de parentesco nos tempos antigos não se
aplicava, já que era a religião (termo este inexistente na época, tendo surgido no século XVIII) que
definia de fato a formação da família.
Um dos aspectos mais interessantes, se não intrigantes, é o fato de diversos povos antigos compartilharem
de crenças assustadoramente semelhantes. No livro, o foco é voltado para gregos, romanos e hindus ±
embora saibamos que alguns costumes citados no livro tenham feito parte da cultura de povos
mesopotâmicos e escandinavos. É importante salientar que a adesão das famílias antigas á cultos de
deuses em comum não foi algo imediato, tampouco simples. No início, haviam muitas divindades
distintas que usavam o mesmo nome, mas eram adoradas por famílias diferentes. Algo semelhante ao
culto do fogo sagrado. Por fim, conforme determinadas famílias prosperavam, as demais viam-se tentadas
a buscar as mesmas graças e adorar aos deuses das agraciadas. Assim, o culto a divindades em comum foi
difundindo-se. Conforme algumas famílias deixaram de existir, com elas desapareceram algumas
divindades. Há de se ressaltar também que em alguns casos, duas cidades distintas adoravam deuses
diferentes, mas com o mesmo nome. A Atena que era adorada em Atenas não era a mesma adorada em
Esparta; o Júpiter de uma cidade não era o mesmo Júpiter adorado em outra. A unificação desses deuses
de mesmo nome como sendo apenas um mesmo deus se deu séculos mais tarde.

Um dos méritos da obra de Fustel de Coulanges é explicar-nos detalhadamente, usando fontes


contemporâneas aos acontecimentos, a fundação de algumas cidades de fundamental importância, como
Roma. Explica-nos de forma clara o quanto as crenças dos povos antigos foram responsáveis para a
reunião de famílias distintas, com crenças próprias e que sempre relutaram socializar-se, tendo em vista as
limitações impostas por conta dessas crenças tão esmiuçadas no livro.

Fato também descrito na obra é a admiração dos antigos pelos criadores de suas cidades e pela data de
criação das mesmas. Anualmente eram feitas as oferendas á eles, e através de poemas imortalizados, não
deixavam com que seus feitos fossem esquecidos pelas gerações seguintes, mesmo que com o passar dos
tempos os poemas e ritos deixassem de ser compreendidos tanto pelos que recitavam quanto pelos que
ouviam. Estes criadores tornavam-se uma espécie de ancestral em comum.

Mais adiante, a obra começa a abordar as revoluções que aos poucos suprimiram a religião. Durante toda
a obra, o autor deixa claro por diversas vezes que praticamente todo o comportamento humano era guiado
por ritos sagrados, normas religiosas e velhas crenças imutáveis. Como o passar do tempo essas
revoluções ± deixando claro que elas não aconteciam do dia pra noite e só tomaram um caráter de
revolução anos depois de seu fim, ao serem analisadas friamente ± atingiram os interesses dos patrícios,
que usavam de sua velha religião como argumento que justificasse sua superioridade. Aos poucos, estes
homens se viram na dura situação de mantenedores de um culto julgado ultrapassado por alguns, e não
entendido por outros. Temos que levar em consideração que a plebe, por não ter tido o fogo do lar e o
culto aos seus antepassados, nunca conseguiria compreender a magnitude desta crença para o patriciado.

O final da obra foca na ascensão do Império Romano, dando algumas pistas dos motivos pelo qual ele
conseguiu tornar-se tão poderoso. Alguns dos motivos que o autor aponta estão na maior parte do tempo
relacionados à religião. O fato de Roma aceitar povos de diferentes cultos e agregar ao seu panteão
divindades de povos conquistados contribuiu muito para seu crescimento. Por fim, ainda entre os motivos
do fim dos ritos antigos e do regime municipal, é citado o advento do Cristianismo. Pois se os cultos
antigos faziam com que povos distintos não coexistissem amigavelmente, o Cristianismo seguia o
caminho inverso, pregando a união entre os povos, mesmo que no início até mesmo seus seguidores
tivessem certa resistência contra pregar para os gentios. Se analisarmos friamente, podemos até perceber
que a aceitação do Cristianismo por parte de Roma á longo prazo se tornou cômoda, tendo em vista que o
mesmo pregava a dissolução entre estado e religião. Levando em consideração os diversos problemas que
a interferência dos antigos cultos trazia para as leis, pode-se dizer realmente que o advento do
Cristianismo como religião do império ± embora algo impensável no início ± foi benéfica para os
interesses da aristocracia romana.

Porém, há uma crítica que se faz necessária sobre a obra. Fustel de Coulanges dizia em vida, como já
mencionado aqui, que o historiador deveria se desvencilhar completamente do presente, focar-se
totalmente no passado. Só assim, segundo suas palavras, o historiador conseguiria evitar certos deslizes.
No entanto, soa incômodo que várias vezes durante o texto ele se refira ao culto dos antigos como mera
mitologia e fala sobre ³não conhecerem o Deus verdadeiro´. Claro, devemos levar em conta a época no
qual o livro foi escrito. No século XIX ainda havia um grande sent imento religioso nos homens, e me
parece normal que o autor fosse cristão. Contudo, além de soar demasiadamente parcial (exigir
imparcialidade de um historiador seria demais, mas é possível atenuar esta parcialidade), Fustel de
Coulanges acaba dando um exemplo de sua contradição, comparando o culto ao mortos, ao fogo do lar e
aos deuses antigos com o culto ao Deus cristão, sendo que o primeiro acaba inevitavelmente sendo visto
sob uma visão pejorativa. Isso fica evidente de uma forma drástica na página 377 quando, ao falar sobre o
abandono das antigas crenças de culto ao mortos, Fustel de Coulanges escreve: ³contudo, desde o quinto
século antes de Cristo, os homens pensantes foram se libertando desses erros´. Logo, o autor acabava por
contradizer-se, como dito acima, pois acabava associando o culto dos antigos com sua própria religião,
sem contar o caráter extremamente pejorativo dado àqueles que por quaisquer motivos não contestavam
suas próprias crenças.

Um outro ponto incômodo, mas que ao mesmo tempo pode ser encarado como uma vantagem da obra, é o
número de vezes que determinados pontos do livro são repetidos. Claro que temos que levar em
consideração que essa era uma característica da escrita do século XIX, mas não deixa de ser cansativo;
faz com que o leitor se desinteresse pela leitura, caso seja um leitor ocasional. Esse característica é sentida
principalmente no Livro Terceiro, mas se faz presente durante a maior parte da obra.

Embora esses dois pontos negativos acima possam vir a incomodar alguns leitores menos interessados no
tema, é impossível para qualquer historiador negar o quão minucioso é este trabalho e o quanto ele foi
importante para o entendimento destas duas civilizações que tanto impressionaram o homem e que até
hoje despertam a curiosidade de milhares. Mérito do autor que se valeu de fontes indiscutivelmente
legítimas, utilizando de documentos escritos por contemporâneos aos eventos citados, como Tucídides,
Heródoto, Tito Lívio, Plutarco, Aristóteles, entre tantos outros. A ausência de i magens no livro em
momento algum faz com que a compreensão do trabalho seja incompleta.

Não é exagero dizer que qualquer historiador precisa, pelo menos uma vez durante sua vida acadêmica,
ter contato com este livro. Leitura obrigatória para todo aquele que anseia compreender o pensamento dos
antigos, origem de termos atuais, de crenças e mitos populares até hoje em voga; dificilmente agradaria
um leitor ocasional ou quem não se interessa muito por história, já que como dito antes, sua escrita pode
soar um tanto repetitiva ± mesmo que essa característica o torne efetivamente didático ± principalmente
para leitores menos assíduos, mas é indispensável, como já salientado, ao historiador que deseja um pleno
entendimento da antiguidade ocidental.
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