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Processo Cautelar

Visa garantir um processo de conhecimento ou de execução. Visa


provimento provisional de garantia pra assegurar resultado útil do
processo principal.

I. Teoria geral do processo cautelar


O que se pretende do Processo Cautelar é uma Medida cautelar,
que é providência que visa garantir a utilidade de um futuro provimento
jurisdicional futuro.
Nem toda medida cautelar é determinada ou decidida no processo
cautelar. Existe processo cautelar autônomo: apenas e exclusivamente
uma providência cautelar. Contudo, é possível se obter tal providência
durante o curso do processo de conhecimento ou execução.
As medidas cautelares podem ser conseguidas através de processo
autônomo ou por processo que não tem objetivo a providência cautelar,
mas por se mostrar necessária, ela é deferida como questão incidental no
processo de conhecimento ou execução.
A medida cautelar pode ser:
• Preparatória ou preventiva: pretendida ou obtida através de
ação cautelar autônoma anterior ao ajuizamento do processo principal;
• Incidental: obtida através de processo cautelar autônomo que é
ajuizado depois do processo principal em curso;
• Concomitante: obtida no processo principal quando na própria
inicial o autor já pede a providência cautelar, ex: mandado de segurança
(ação de conhecimento que o autor pede providência cautelar de
suspender os efeitos do ato tido como lesivo ao direito líquido e certo).

II. Características das medidas cautelares


a) Caráter instrumental: a medida cautelar não tem outra função se
não a de servir de instrumento para garantir a efetividade de outro
processo. Serve como meio para garantir outro processo, onde por
hipótese o autor possa ter razão.
b) Fungibilidade: podem ser substituídas a qualquer tempo em
razão de requerimento da parte interessada ou pelo próprio juiz, de ofício,
por caução ou qualquer outra medida que se mostre eficiente para
garantir o resultado útil do processo principal e menos onerosa para a
parte que está suportando a medida cautelar.
c) Provisoriedade: são provisórias, só irão produzir efeitos até que
ocorra o provimento jurisdicional definitivo. Ex: quando se pede a medida
cautelar de arresto pra vincular determinados bens ao cumprimento de
uma obrigação de pagar quantia certa, a indisponibilidade dos bens é
provisória na medida em que será cessada (quando ocorre a penhora,
retirando o arresto ou a satisfação do credor). Discussão da doutrina:
 A medida cautelar não resolve a questão, será provisória porque
será resolvida com provimento jurisdicional definitivo.
 Temporariedade: A medida é na verdade temporária, porque
produz efeito até o provimento jurisdicional definitivo.
 Modificabilidade: pode ser alterada a requerimento da parte
sempre que os fatos demonstrem modificar. Ex: pede-se a sustação do
protesto, mas o protesto já foi lavrado. Assim a requerimento da parte
interessada, pede-se que os efeitos do protesto sejam suspensos.
 Revogabilidade: o juiz pode revogar os efeitos da medida
cautelar, quando ela não é mais necessária, quando os fundamentos não
existem mais (fumaça do bom direito).

III. Requisitos para obtenção das medidas cautelares


• Fumaça do bom direito: vestígios de que o requerente tem o
direito que ele alega no processo principal.
• Perigo na demora (periculum in mora): risco de dano irreparável
decorrente da não adoção da medida cautelar.

A tutela de urgência é dividida em:


• Satisfativa ou antecipatória: a liminar permite já usufruir dos
benefícios que se teriam somente ao final do processo se o requerente
fosse o vencedor.
• Cautelar: é de garantia, visa acautelar a efetividade do processo
principal e não satisfazer a parte.
Ambas exigem o requisito urgência (art. 273 do CPC).

IV. Tipos de medidas cautelares no CPC:


• Requeridas através de ações cautelares;
• Requeridas incidentalmente através das ações de conhecimento
ou de execução;
• Ações cautelares nominadas (art. 813 a 887 e 888 do CPC);
• Ações cautelares inominadas: o CPC não prevê expressamente,
mas são possíveis com base nos requisitos gerais. Ex: ação cautelar de
sustação de protesto.

V. Formas de se obter as medidas cautelares:


• Por decisão liminar: sem ouvir a parte contrária (liminar inaudita
autera parte);
• Ocorrida após a audiência de justificação prévia: a parte contrária
tem conhecimento e pode participar, só não participa da citada audiência
se houver risco do conhecimento do que se pretende;
• Deferida através de sentença: se por qualquer motivo o juiz não
defere a liminar, após a contestação, instrução a sentença poderá deferir
ou indeferir a medida cautelar.

VI. Competência do processo cautelar


Conforme art. 800 do CPC, a competência é do juiz da ação
principal, caso não haja ainda a ação principal verifica-se qual seria o juízo
competente para esta e ajuíza-se o processo cautelar.
Quando a cautelar é incidental ela é distribuída por dependência ao
juízo onde tramita a ação principal e quando a cautelar é preparatória,
deverá ser ajuizada no juízo competente para a ação principal, tornando-o
prevento para a análise da ação principal.
Essa prevenção somente irá ocorrer quando se trata de medidas
cautelares que irão ensejar a propositura de ação principal que visa
reconhecer ou satisfazer o direito da cautelar. Não haverá prevenção se a
medida cautelar buscar somente medida conservatória. Ex: cautelar de
interpelação, protesto, notificação. O STJ já decidiu que como se trata de
medida conservatória e não de garantia não haverá prevenção.
A regra do art. 800, §único que diz que quando se trata de ação
cautelar incidental proposta quando a ação principal já está em fase
recursal, a ação cautelar tem que ser ajuizada no tribunal, onde o
processo está para o recurso ser analisado. Em grau de apelação, a
medida cautelar será enviada ao TJ, se em grau de recurso especial, a
cautelar é ajuizada no STJ, se estiver pendente o julgamento do recurso
extraordinário, a cautelar é ajuizada no STF.

Art. 800 (...)


Parágrafo único. Interposto o recurso, a medida cautelar será requerida diretamente
ao tribunal.

Exceção: art. 853 do CPC. A competência para ajuizar cautelar


incidental de alimentos provisionais é do juízo de primeiro grau.

Art. 853. Ainda que a causa principal penda de julgamento no tribunal,


processar-se-á no primeiro grau de jurisdição o pedido de alimentos provisionais.

Quando se trata de processo cautelar autônomo pode se pedir a


medida cautelar em caráter liminar, antes mesmo da citação ou despacho
(liminar auditera autera partes) ou o juiz pode marcar audiência de
justificação para o requerente provar os requisitos (fumus boni yuris e
periculum in mora) e defere ou indefere.
A seqüência será a apresentação da contestação, se necessário
haverá a fase de instrução, ou o juiz já poderá proferir sentença: conceder
ou negar liminar, confirmar a liminar concedida ou cassar/revogar a
liminar concedida.
Assim pode-se obter a medida cautelar através de liminar ou
sentença. Se conseguida por liminar cabe agravo de instrumento, porque
se trata de interlocutória e há urgência. Se conseguida por sentença (art.
520 do CPC) terá apelação sem efeitos suspensivos, somente devolutivos.

VII. Procedimento no processo cautelar


O processo cautelar está previsto entre os artigos 796 a 889 do
CPC, Livro III. Do art. 796 ao 812 – regras gerais; art. 813 a 889 –
procedimento cautelares.
Tecnicamente cautelar significa garantia, assegurar, então não é
possível cautelar satisfativas. Acontece que antes não existia a tutela
antecipada e como existiam direitos resolvidos através de processo
cautelar, mas na sua essência não era cautelar, pois não visava garantir o
direito e sim resolver rapidamente situação de forma definitiva.
Exemplo: a cautelar de busca e apreensão de menor e cautelar de
busca e apreensão na alienação fiduciária são satisfativas, pois não tem
ação principal? Atualmente por existir a antecipação de tutela não se pode
dizer que existe ação cautelar de natureza satisfativa, o que existe é o
processo que segue o modelo cautelar, mas são de conhecimento (busca
e apreensão na alienação fiduciária) ou de execução de direito (busca e
apreensão de menor) através de medida liminar.

a) Tipos de procedimentos cautelares:


 Procedimentos Cautelares específicos ou especiais;
 Procedimentos cautelares comuns: as regras estão previstas
a 796 e ss. É aplicado em duas hipóteses: todos os processos cautelares
inominados e ação cautelar nominada para a qual lei não estabelece
procedimento específico, ex: elencadas no art. 888 do CPC.
Inicia-se com petição inicial, que deve ter os requisitos do art. 282
e ainda conter breve narração sobre a lide e seu fundamento (expor os
fatos e fundamentos jurídicos da ação principal). Se a ação cautelar for
preparatória a petição deverá informar qual o fato que será discutido na
ação principal.
Quando houver na inicial o pedido de liminar, o autor deve trazer a
prova necessária dos requisitos (fumus boni yuris e periculum in mora) ou
deverá solicitar que o juiz designe data para realização de audiência de
justificação, onde poderá formar a prova.
Diante da inicial o juiz poderá: indeferi-la; emendá-la: vício;
apreciá-la: deferindo ou não o pedido de liminar.
Se a inicial for deferida, o juiz mandará citar a parte contrária, que
terá 5 dias (contados da juntada do mandado de citação aos autos) para
apresentar resposta.

OBS: Contudo, sempre que for deferida a liminar, o prazo de


resposta é 5 dias contados da data em que foi cumprida liminar e o
requerido tomou ciência do cumprimento desta. Exemplo: cautelar de
busca e apreensão, o juiz defere o liminar, o oficial de justiça vai prender a
coisa ou o menor, ele já cientifica e serve como citação do requerido e a
partir daí, o requerido terá 5 dias para apresentar sua resposta.

 As respostas do requerido na cautelar


1. A resposta do requerido na cautelar, além das objeções argüidas
nas liminares e as matérias de mérito que irão compor a contestação,
podem ser as exceções de incompetência, impedimento e suspeição. Em
hipótese alguma pode haver reconvenção.
2. Na contestação da cautelar, o requerido pode solicitar ainda a
substituição da providência cautelar determinada, exigir contra-cautela
(para verificar que se trata de mal entendido e ele pode sofrer danos),
neste caso se ao final ficar decidido a favor do requerido (contra liminar
sofrida por ele), o requerente deverá ressarcir o primeiro, já que ele sofreu
danos com a imposição da liminar.
3. Se o requerido não protesta, a ação cautelar é julgada, em
regra, procedente, e a medida cautelar é confirmada, salvo quando se
tratar de direito indisponível. Ex: na busca e apreensão de menor, o juiz
mesmo diante da revelia do requerida, deverá instruir o processo
resguardando o interesse do incapaz.
4. Se a matéria da contestação for exclusivamente de direito ou
ser de direito de fato e não precisar de prova, cabe julgamento antecipado
da cautelar, como ocorre no caso da revelia.
5. Se o requerido contestar contrariando os fatos e criando a
necessidade de audiência de instrução, então esta é marcada e após ela
decide a cautelar por meio de sentença.
É importante lembrar que a cautelar que pode ser deferida por
sentença ou liminar, sempre será executada através de mandado. Ou seja,
não é necessário instaurar processo de execução, pois será cumprimento
de decisão judicial (ocorre como fase do processo). Assim não cabem
embargos, qualquer resistência será feita através de petição simples que
a lei 11.232/05 chamou de impugnação.
O procedimento cautelar comum começa com a fase postulatória
que tem a inicial, possibilidade de liminar ou não, citação, resposta do
requerido. Após isso cabe julgamento antecipado ou fase de instrução.
Após a instrução vem a decisão.
O art. 806 traz a regra a qual diz que sempre que a ação cautelar
for preparatória a parte tem 30 dias para ajuizar ação principal, contados
da efetivação da medida cautelar, sob pena de perda da eficácia desta
última.
Exceção: ações cautelares preparatórias que não geram
constrição, restrição ao direito da parte contrária. Ex: se o arresto é obtido
sobre bens que fazem parte do patrimônio do requerido, isso traz restrição
ao direito do último, assim serão 30 dias para ajuizar a ação principal. Se,
contudo, a cautelar for de interpelação, de notificação ou de protesto, o
prazo de 30 dias deixa de ser cobrado, pois não houve restrição do direito
do requerido.
Art. 806. Cabe à parte propor a ação, no prazo de trinta dias, contados da data
da efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento
preparatório.

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