CARDOSO DE OLIVEIRA. R. - Tempo e Tradição - Interpretando A Antropologia - Sobre o Pensamento Antropológico. Rio de Janeiro - Tempo Brasileiro, 1986 - 13-25.
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Judul Asli
CARDOSO DE OLIVEIRA. R. _Tempo e tradição_ interpretando a Antropologia_. Sobre o pensamento antropológico. Rio de Janeiro_ Tempo Brasileiro, 1986_13-25.
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CARDOSO DE OLIVEIRA. R. - Tempo e Tradição - Interpretando A Antropologia - Sobre o Pensamento Antropológico. Rio de Janeiro - Tempo Brasileiro, 1986 - 13-25.
Reitoria Departamento de Museologia Museus e Sociedade (Antropologia) Profª Drª Ana Paula de Paula Loures de Oliveira
Aluna: Lorenna Neiry Costa Vieira Gonçalves Matrícula: 08.2.6093
CARDOSO DE OLIVEIRA. R. “Tempo e tradição: interpretando a Antropologia”.
Sobre o pensamento antropológico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1986:13-25.
Capítulo I Tempo e Tradição: Interpretando a Antropologia
O texto analisado apresenta a visão do autor sobre as obras e teorias de alguns
antropólogos que muito tem contribuído para o desenvolvimento dessa ciência, a nível mundial. Inicialmente nos é apresentada a teoria do filósofo alemão Martin Heidegger, onde fica claro o questionamento do SER e posteriormente as considerações do autor sobre a mesma. A partir de suas primeiras considerações OLIVEIRA formula uma breve análise do atual cenário da antropologia. Questionamentos, como por exemplo, sobre o que é (era, pois como sabemos essa é uma ciência que sofre constantes modificações e/ou adequações, o que fica claro nas referências bibliográficas) a antropologia, são levantados, provavelmente para que o entendimento dos temas a serem tratados posteriormente seja de fácil compreensão ao leitor. Os temas espanto e o outro são apresentados para a interpretação do “nosso espanto do outro” (p. 14) nos remetendo a reflexão sobre nossa relação com o outro (que pode ser, por exemplo, outro individuo ou outra sociedade) e como nós mesmo, quando somos nós colocados como o outro. Diante dessas considerações o autor indica que para o bom entendimento desses temas a antropologia da época buscava atualizar se para obter melhores resultados nos seus estudos. Em seguida inicia se uma explanação do panorama histórico, que nos apresenta algumas das raízes da antropologia, assim como alguns teóricos e suas considerações sobre a ciência. O estudo das raízes antropológicas é indispensável para pensar o antropólogo (o profissional, o cientista). Segundo OLIVEIRA é necessário que haja uma abdicação de alguns pensamentos para que possamos pensar da melhor forma a antropologia social. A matriz disciplinar (p.15), o conjunto dos paradigmas que carregam as tradições cultivadas por diferentes culturas, é formada estruturalmente pelas tradições: intelectualista e a empirista (p. 15). OLIVEIRA apresenta essa formação graficamente e discorre uma interpretação da mesma e em seguida utiliza pontos das teorias de autores das Escolas Britânica, da Francesa e a Norte-Americana para que a interpretação da matriz seja ainda melhor. Consequentemente seguem algumas características dessas respectivas Escolas, algumas comparações e os pontos que se diferenciam, por serem ou não abordados, entre as mesmas. A etnografia (p. 21) é para o autor, devido a seu interesse, um dos destaques da obra de C. Geertz, A Interpretação das Culturas (1973: 154). Outra temática que ganha destaque no que diz respeito às transformações desse como categoria, é o tempo (p. 21). Também a história (p. 20) é um elemento que exerce influências sobre as observações dos pesquisadores. Outro aspecto importante é o inter-relacionamento e a simultaneidade que é primordial para o desenvolvimento e sobrevivência dos paradigmas, que como já dito compõe conjuntos que a matriz disciplinar. (p. 22-23) Ciente da existência e da importância de estar atento a surgimento de indagações, que o autor denomina ismos (p. 24) – que são considerados mitos para a antropologia - de seguimentos que no passado colocaram a disciplina em foco de questionamentos mais intensos, ocasionando a formulação de teorias antropológicas, o OLIVEIRA deixar um alerta para esse assunto. Finalizando, o cenário da antropologia nacional é brevemente abordado com considerações pessoais do autor sobre a mesma.