Sonia Kramer*
Introdução
Isso significa que toda proposta pedagógica tem uma história que
precisa ser contada. Toda proposta é feita no caminho, e precisa, por isso,
ser falada, contada, escrita, já que fazer história supõe contá-la. Narrar a
experiência individual e coletiva, relatar as ações realizadas, os obstácu-
los enfrentados é condição para que se possa pensar criticamente essa
experiência. Assim, cabe indagar: Há registro das propostas pedagógicas
anteriormente desenvolvidas pela Secretaria? Apresentam-se a origem e
as razões que levaram ao delineamento da proposta em questão? Os pro-
cessos vividos na elaboração da proposta, as dificuldades, os consensos
ou as divergências sentidos pela equipe estão registrados? Aparecem no
seu texto? Esta história da proposta é conhecida pela equipe?
Enfim, como foi dito na Introdução, este texto tem caráter téorico-
prático; pretende ser um instrumento de trabalho inacabado e incom-
pleto, o que significa que precisa ser também submetido, sempre, à lei-
tura crítica daqueles que o planejam utilizar. Concebido e concebendo-
se igualmente de forma crítica, tal instrumento poderá apoiar a reflexão
coletiva de professores e demais profissionais da educação, reunidos
em processos de formação permanente, em serviço, aperfeiçoamento
ou extensão, desde que tais estratégias formadoras não se limitem a
pensar a escola dentro dela mesma, nem reduzam a educação à sua
dimensão instrucional.
Bibliografia