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“ENGENHARIA DE SOLUÇÕES E PESQUISA”

CURSO DE
APERFEIÇOAMENTO
ESPECÍFICO

DISTORÇÕES HARMÔNICAS E
DISTÚRBIOS NA ENERGIA ELÉTRICA x
EFICIÊNCIA PRODUTIVA NAS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Autor: Engº Marcos Siqueira Moura


Data: 20/05/2005

INTERPORT - Engenharia S/C Ltda.


Rua Garcia Flores, 35 – Jardim Oriental 06036-110 – Osasco – SP Telefax: (11) 3682-8785 Cel: (11) 8354-0020
e-mail técnico: interporteng @ uol.com.br
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
CREA-ES 2967-D
Visto CREA-SP 1100029676
“ENGENHARIA DE SOLUÇÕES”
HARMÔNICAS E DISTÚRBIOS x EFICIÊNCIA PRODUTIVA
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DISTORÇÕES HARMÔNICAS E DISTÚRBIOS NA ENERGIA ELÉTRICA x


EFICIÊNCIA PRODUTIVA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
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DISTORÇÕES HARMÔNICAS E DISTÚRBIOS NA ENERGIA ELÉTRICA x


EFICIÊNCIA PRODUTIVA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Uma visão geral e direta dos distúrbios elétricos, principalmente das distorções
Harmônicas nos sistemas elétricos industriais, baseados em experiência de campo com
sistemas distributivos, equipamentos e cargas com descrição e avaliação do comportamento
dos mesmos dentro do circuito fechado e carregado, segundo a bibliografia teórica existente.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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1 - INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, muito se tem ouvido falar de Políticas de CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA, QUALIDADE DE ENERGIA, EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, GESTÃO ECONÔMICA
DE ENERGIA, OTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA, COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ENERGIA,
RACIONALIZAÇÃO DE ENERGIA e muitas outras políticas adotadas pelas concessionárias,
pelo parque industrial, pelo parque comercial e todos os setores de consumo chegando até ao
consumidor residencial.

Estas políticas se confundem em seus objetivos e diante de um mercado globalizado


crescentemente competitivo, presencia-se os processos produtivos, sejam eles industriais,
hospitalares ou qualquer outro, cada vez mais moderno, sofisticado e tecnologicamente
avançado, para proporcionar maior produção em menor tempo com maior segurança e
qualidade.

Em sua edição de 8/04/1991, a revista Busines Week, informava sobre os custos da


poluição elétrica nos Estados Unidos, e sobre o aumento da degradação da energia elétrica por
cargas não lineares. Esta previsão se concretizou e chegou a absurdos como de 100% de
investimento em tecnologia de automação de processos, 95% estava relacionado com as
pesquisas de modernização da eletrônica embarcada e 5% com os “Sistemas de Prevenção de
Problemas” (Engenharia de solução). No Brasil, esta situação perdurou por mais tempo.

Na década de 90, a preocupação com a qualidade de energia no Brasil, partiu das


concessionárias de energia em função de seus problemas operacionais e os estudos
aumentaram daí por diante. Se por um lado, melhorou-se em muito a energia em seus pontos
de entrega, por outro continuava cada vez mais forte a degradação interna dos consumidores,
extravazando os seus limites físicos e passando a interferir em seus vizinhos e em todo o
sistema distributivo de energia.

De 1999 em diante, ficou claro a filosofia de implantação das políticas de qualidade de


energia pelas concessionárias, tomando-se como base a tríade continuidade, confiabilidade e
alta qualidade, em função da exigência do crescente refinamento nas características da energia
elétrica entregue aos consumidores.

A teoria de que para a concessionária de energia é viável que o consumidor pague mais
energia independentemente do desperdício e dos problemas internos não existe mais, e dentro
da conjuntura econômica, a concessionária passou a perceber que é mais rentável garantir um
consumidor com maior rendimento produtivo do que simplesmente obter um maior consumo de
energia, garantindo a cadeia fornecedor / consumidor.

Portanto, a preocupação atual é de se garantir a maior eficiência produtiva do


consumidor, com maior eficiência energética, garantidas pela qualidade de energia e pelo

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documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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combate ao desperdício de energia, racionalizando e otimizando as instalações e seus fatores


energéticos.

Para entender este ultimo parágrafo, temos:

A atuação nos processos produtivos dentro de um consumidor, nos leva a uma eficiência
energética (diminuição do consumo), aliada à qualidade de energia promovida pelo consumidor
e pela concessionária (manter o menor nível de falhas no fornecimento), amparada pelo
combate ao disperdício (aculturamento pessoal) e pela racionalização e otimização do parque
operativo e de utilidades.

Mas de que adianta o melhor PLC, inversor de frequência, softstart, transformadores e


motores com maior rendimento, iluminação mais eficiente, sistema de controle de demanda de
energia e de fator de potência, CPDs para controles e monitoramentos sofisticados, e tantos
outros equipamentos, se a infraestrutura das instalações distribuitivas (internas e externas) não
acompanham esta modernização?

De que adianta você economizar energia em etapas do processo produtivo, se a


eficiência produtiva fica abalada pelas paradas intermitentes devido ao alto indice de
transitórios de corrente e tensâo advindos da própria estrutura antiga dos circuitos nos
barramentos, do aterramento que hoje é primordial para a segurança e estabilidade nesses
processos de produção e por projetos elétricos de readequação com visão convencional e
filosofias ultrapassadas?

De que adianta o seu índice de consumo de energia baixar e o rendimento unitário de um


processo aumentar, se o rendimento da produtividade caiu assustadoramente?

Ou seja: O insumo principal do produto ficou mais barato (economia no consumo de


energia) mas o produto ficou mais caro devido às paradas nos tempos produtivos em função de
transitórios de energia gerados internamente e pelas intermitências advindas de um
aterramento inadequado e ultrapassado.

Concluindo, temos que todas as políticas citadas têm por objetivo comum a
competitividade no mercado, e por objetivo individual a eficiência produtiva, e são
extremamente necessárias em qualquer política de readequação como consumidor. Mas
devem ser de relevância e importância a eficientização da infraestrutura das instalações
elétricas, perfeitamente adequadas às novas políticas e modelos a serem adotados.

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SUMÁRIO

1 ------ Objetivo ............................................................................................................... 8


2 ------ Pertubações e distúrbios elétricos ....................................................................... 10
3 ------ Tipos de distúrbios de energia e sua caracterização ........................................... 18
3.01 Excessiva variação da Tensão Nominal .............................................................. 20
3.02 Desbalanceamento .............................................................................................. 20
3.03 Flicker .................................................................................................................. 21
3.04 Harmônicas .......................................................................................................... 24
3.05 Sub-harmônicas ................................................................................................... 27
3.06 DC Off-set ............................................................................................................ 27
3.07 Inter-harmônicas .................................................................................................. 28
3.08 Quedas de tensão (Sags) e curtas interrupções de tensão ................................. 33
3.09 Aumento de Tensão temporário (“Swell”) ............................................................ 34
3.10 Transientes Oscilatórios ...................................................................................... 35
3.11 Transitórios de impulso ....................................................................................... 35
3.12 Transientes na malha de terra ............................................................................. 37
3.13 Sobretensões refletidas (ringing) ......................................................................... 38
3.14 Inrush .................................................................................................................. 47
3.15 Surges (surtos) .................................................................................................... 50
3.16 Notchs (cortes) .................................................................................................... 50
3.17 Ruído ................................................................................................................... 51
3.18 Rádio-interferência .............................................................................................. 55
3.19 Descarga Eletrostática (ESD) .............................................................................. 58
3.20 Descarga Atmosférica (raio) ................................................................................ 61
3.21 Interrupções transitórias ...................................................................................... 75

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3.22 Interrupções momentâneas ................................................................................. 76


3.23 Interrupções temporárias ..................................................................................... 76
3.24 Interrupções sustentadas ..................................................................................... 76
4 ------ As distorções Harmônicas ................................................................................... 77
5 ------ Caracterização das distorções harmônicas segundo o bargraph ........................ 94
5.01 Característica diatônica negativa ........................................................................ 100
5.02 Característica diatônica positiva .......................................................................... 101
5.03 Característica triatônica ....................................................................................... 103
5.04 Característica de torre ......................................................................................... 104
5.05 Característica de espraiada ................................................................................. 105
5.06 Característica de Vale ......................................................................................... 106
5.07 Característica de ressonância indutiva ................................................................ 107
5.08 Característica de ressonância capacitiva ............................................................ 108
5.09 Característica de rampa negativa ........................................................................ 109
5.10 Característica de montanha russa ....................................................................... 110
5.11 Burst (Rajadas de harmônicos) ........................................................................... 111
6 ------ Consequências das distorções harmônicas nos sistemas elétricos ..................... 114
6.01 Efeitos sobre os condutores elétricos .................................................................. 114
6.02 Efeitos sobre os isoladores .................................................................................. 117
6.03 Efeitos de isoladores ........................................................................................... 118
6.04 Efeitos sobre os motores de indução .................................................................. 119
6.05 Efeitos sobre as máquinas sincronas .................................................................. 121
6.06 Efeitos sobre as máquinas assincronas .............................................................. 121
6.07 Efeitos sobre os geradores .................................................................................. 122
6.08 Efeitos sobre os transformadores ........................................................................ 123
6.09 Efeitos sobre capacitores ..................................................................................... 124
6.10 Efeitos sobre cargas resistivas ............................................................................ 129

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6.11 Efeitos sobre os fusíveis, disjuntores e relés de proteção ................................... 131


6.12 Efeitos da ressonância ........................................................................................ 132
6.13 Efeitos sobre equipamentos de medição ............................................................. 132
6.14 Efeitos sobre os computadores e redes de dados ............................................... 133
6.15 Efeitos sobre os sistemas de telecomunicações .................................................. 135
6.16 Efeitos sobre os sistemas de controle de processos (PLCs e outros) ................. 138
6.17 Efeitos sobre os Conversores estáticos de potência ........................................... 138
6.18 Efeitos sobre os equipamentos de biomedicina (hospitalares) ............................ 139
7 ------ A influência das harmônicas no Fator de Potência .............................................. 141
8 ------ O estudo das harmônicos de um sistema ............................................................ 152
9 ------ Identificação, pesquisa e mitigação das harmônicas num sistema ...................... 155
9.01 Identificação dos circuitos geradores e receptores .............................................. 157
9.02 Pesquisa dos parâmetros dos circuitos geradores e receptores ......................... 158
9.03 Mitigação dos problemas dos circuitos geradores e receptores .......................... 159
10 ------ Medição, estratificação e análise das harmônicas num sistema .......................... 160
10.01 Medição dos parâmetros elétricos ....................................................................... 160
10.02 Estratificação dos parâmetros elétricos ............................................................... 162
10.03 Análise de todos os parâmetros elétricos ............................................................ 163
11 ------ Simulações .......................................................................................................... 165
12 ------ Instrumentação .................................................................................................... 186
13 ------ Aterramento específico aplicado .......................................................................... 189
14 ------ Ações corretivas e preventivas em equipamentos e componentes de sistemas. 203
14.01 Condutores elétricos ............................................................................................ 203
14.02 Isoladores ............................................................................................................ 204
14.03 Inversores de frequência ..................................................................................... 204
15 ------ Análise e ações contra os distúrbios elétricos ..................................................... 205
16 ------ Perda econômica em função dos distúrbios elétricos .......................................... 208

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17 ------ A engenharia de solução ..................................................................................... 219


18 ------ Conclusão ............................................................................................................ 224
19 ------ Estudo de casos das distorções harmônicas nos sistemas elétricos ................... 226
20 ------ Bibliografia ........................................................................................................... 228
21 ------ Atestados de capacidade técnica ........................................................................ 231

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1 - OBJETIVO
A qualidade de energia é um atributo que determina a qualificação final de um produto ou
serviço, em qualquer setor de produção dependente do consumo de energia elétrica, seja no
setor industrial de base, petroquímico, farmaceutico, de telecomunicações, siderúrgico,
metalúrgico, portuário, de plástico, textil, celulósico, hospitalar, de informática e todos os outros
sem excessões. Portanto, os três segmentos de consumidores – Industrial, Comercial e
Residencial – são dependentes em geral de uma alimentação de Corrente Alternada com
características senoidais e comportamento não linear para a rede de alimentação.

O cumprimento de padrões de qualidade, definidos por normas internacionais e impostos


pela globalização, impõe algumas características básicas que devem ser satisfeitas para o
fornecimento e consumo de energia elétrica e que seja considerado adequado ao suprimento
desta aos consumidores. Na realidade, N.

Com a modernização e a crescente evolução tecnológica de todos os equipamentos de


qualquer setor de consumo de eletricidade e com o aumento da utilização dos dispositivos
eletro-eletrônicos e outros com características não lineares, tem-se discutido muito a respeito
da diminuição da qualidade de energia, principalmente quanto às distorções, cada vez maiores,
nas formas de onda de tensão e ou corrente (em frequência e amplitude), o que
consequentemente altera o comportamento elétrico, eletrônico e térmico destes próprios
equipamentos, num círculo vicioso de aumento da degradação da energia elétrica para todos.

É de nosso conhecimento que os equipamentos eletro-eletrônicos estão cada vez mais


sofisticados e operando portanto numa faixa relativamente mais estreita de variação de tensão,
corrente e frequência. A regra é básica: quanto maior a sofisticação da eletrônica embarcada,
menor o nível de suportabilidade aos distúrbios na alimentação desta. Daí, surgiu a
preocupação com a variação da qualidade de energia e com a proliferação dos problemas,
muitas vezes fatais, que os EES (Equipamento Eletrônicos Sensiveis) enfrentam com
interrupções intempestivas, paradas operacionais e queimas.

No setor industrial, estes fatos se agravam mais ainda, tendo em vista que para a
melhoria dos modernos processos industriais, a contrapartida da diminuição da suportabilidade
das variações dos parâmetros intrínsecos da energia fica cada vez menor para os modernos
equipamentos de controle, observando-se grande impacto em Controladores Lógicos
programáveis (CLP), Acionamentos Elétricos Controlados (AEC), Sistemas Digitais de Controle
Distribuído (SDCD) e Sistemas Integrados de Controle Operacional de Plantas Industriais
(SICOPI), dentre muitos outros.

Os maiores impactos pela presença deste “Lixo” na energia elétrica fornecida para
consumo, estão na diminuição da capacidade produtiva da empresa e de qualquer setor
mundial, gerando um disperdício econômico muito grande. Os investimentos em estudos e
soluções sobre o assunto, avançam em velocidade muito menor que o avanço da modernidade
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tecnológica, e cada vez mais, temos um parque de “Estudo de Casos” mais rico, com
investimentos ainda pobres nas suas soluções, principalmente em função da conjuntura
econômica em que atravessa todo o parque consumidor do país.

A competitividade do mercado nacional ou internacional não permite o pecado do


desperdício, colocando as empresas sem investimento em Programas de Qualificação e
Conservação de Energia, fora da livre concorrência e fadadas a segundo ou terceiro escalão
dentro do ramo de sua atividade. Portanto, a expectativa é de investimento consciente em
sistemas confiáveis e adequados às realidades particulares existentes, levando os
consumidores de encontro à autosustentabilidade de sua infraestrutura.

Com isto, faz-se necessário a análise dos fatores adversos que compõe a realidade da
energia elétrica de cada consumidor e os parâmetros que possam sujeitar o aumento de
consumo e custo de manutenção e operação do mesmo.

Uma das características que distingue a Engenharia é sua preocupação com a otimização
das “Soluções”. O Engenheiro resolve problemas reais e suas soluções são sempre
compromissos. Eficiência custa dinheiro; segurança aumenta a complexidade; bom
comportamento acrescenta peso e aperfeiçoamento leva tempo. No esforço pelo projeto ou
modelo ótimo, o Engenheiro provê a máxima eficiência por dinheiro, o mais potente
comportamento por quilo, ou os melhores resultados dentro do prazo.

Mas frequentemente o Engenheiro tem o problema de “casar” um componente de um


sistema a outro ou outros para obter resultados ótimos. Os resultados são indesejáveis quando
se tem variáveis indesejáveis. As surpresas são inesperadas quando se tem tais resultados e
os desvios de planejamento são inevitáveis.

De encontro a esta conceituação, este trabalho humildemente vem oferecer o


esclarecimento básico para a qualificação de energia, baseado em estudos de harmônicos nas
instalações, visando qualquer tipo de consumidor, partindo desde uma pequena residência com
um consumo de algumas dezenas de KWh até uma grande indústria com um consumo de
vários milhões de KWh.

Porém, devemos estar cientes que desde uma residência até uma grande indústria, os
geradores de harmônicos, os efeitos destes nas instalações, os níveis de transitórios, as
descargas atmosféricas vindas pelas linhas de alimentação elétrica e ou aterramento e as
sobretensões geradas pelas concessionárias, são os mesmos, diferindo apenas no montante
de desperdício de dinheiro de cada um, conforme a complexidade das instalações destes.

Portanto, devemos seguir a máxima “OLHAI E VIGIAI vossa infraestrutura para não
cometer o pecado da baixa Qualidade de energia e por conseguinte a baixa Eficiência
produtiva”.

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2 - PERTUBAÇÕES E DISTÚRBIOS ELÉTRICOS


As instalações elétricas e eletrônicas necessitam de uma alimentação estável e confiável
tanto a nível de energia quanto de proteção e níveis de intermitência. Temos certa variação de
tensão, frequência, níveis de harmônicos de corrente e tensão, correntes telúricas , surtos por
curto circuitos, nível alto de correntes de partida de motores, impulsos e pulsos com amplitudes
exageradas de corrente advindos dos geradores de frequência e excesso de energia reativa
(normalmente indutiva).

Numa instalação elétrica temos quatro tipos de perturbações elétricas básicas em um


sinal de tensão ou corrente:

- Perturbações na amplitude da tensão;


- Perturbações na frequência do sinal;
- Desequilíbrios de tensão ou corrente em sistemas trifásicos e;
- Perturbações na forma de onda do sinal.

Temos várias maneiras de classificar as pertubações e distúrbios de energia elétrica.


Todas podem ser expressas em forma de gráficos, ábacos e curvas tais como:

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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Abaixo temos a curva CBEMA (Computer and Business Manufacturers Association), onde
temos a área limitada pela curva tensão x tempo, mostrando a limitação do nível de
suportabilidade aos distúrbios para um desempenho operacional adequado de equipamentos
eletro-eletrônicos sensíveis e componentes.

A partir do conceito da curva CBEMA, é que são traçados os parâmetros de proteção da


maioria dos fabricantes de componentes. Lembramos ainda, que é necessário conhecer os
níveis harmônicos do sistema, para depois lançarmos mão da utilização da mesma.

Para melhor entendimento, foram sobrepostas à curva de ilustração animada, as


pertubações mais comuns nos sistemas elétricos, bem como a área de suportabilidade de
operação.

Mais recente, temos a curva ITIC (Information Technology Industry Counci), com
características mais voltadas à suportabilidade em ciclos e tempo, conforme a curva a seguir.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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“ENGENHARIA DE SOLUÇÕES”
HARMÔNICAS E DISTÚRBIOS x EFICIÊNCIA PRODUTIVA
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Observando-se os gráficos acima e todos os outros gráficos existentes, bem como a


conceituação da perda de qualidade de energia que é descrita pelos especialista como
“Qualquer problema, manifestado na tensão, corrente ou frequência, que resulte em falha ou
operação indevida de equipamentos elétricos de força e principalmente de controle”.

A cada passo da modernização do parque de automação e da eletrônica embarcada nos


diversos setores e áreas dos consumidores de energia elétrica, temos a diminuição dos níveis
de suportabilidade dos sistemas, um aumento enorme dos níveis de distúrbios e pertubações
de rede e por conseguinte uma redução nos índices de eficiência produtiva, seja esta ultima
ligada à produção ou à operação intrinseca dos sistemas como um todo.

As diversas pesquisas realizadas nos EUA nos dá a dimensão do problema e as


incertezas que ainda reinam sobre o assunto. Numa delas, envolvendo técnicos das
concessionárias, seus consumidores e especialistas em Quality Power, com o tema “Quem são
os rësponsáveis pelas ocorrências de problemas de Qualidade de Energia”, obteve-se o
resultado gráfico abaixo, onde observamos a diferença entre os pontos de vistas dos setores
pesquisados.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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Pe squisa sobre as ocorrências de proble mas de Qualidade de Ene rgia

70 65
Vis ão
58 Conces sionária
60 52
Vis ão
Consum idore s
Porcentagem da pesquisa

50
Vis ão
Especialistas
40

25 25
30

20 14
12 12 10
8 8 7
10 2 1 1

0
Fenômenos Naturais Consumidores Concessionária Vizinho Outras

No gráfico acima, temos a atribuição da responsabilidade dos problemas segundo a


visão das concessionárias, consumidores e especialistas. Observa-se que os consumidores
acreditam que os fenômenos naturais são as causas de 65% dos problemas de qualidade de
energia, o que praticamente coincide com a opinião das concessionárias (58%) e difere muito
da opinião dos especialistas (12%) com suas análises macro e micro dentro de um contexto
anual de produtividade.

No tocante aos problemas internos dos consumidores, estes se responsabilizam por 12%
das ocorrências, enquanto as concessionárias lhes atribui a culpa por 25% dos problemas, ao
passo que os especialistas garantem 52% para os mesmos, por conta da política de não
adequação da infraestrutura frente às modernizações e constantes expanções das cargas.

No que diz respeito aos problemas gerados pelas concessionárias, estas só assumem
2%, enquanto os consumidores atribuem às mesmas 14% e os especialistas atribuem 10% por
conta da falta de investimento em suas infraestruturas e em função da própria política
governamental.

Quanto aos problemas atribuídos aos vizinhos, tanto as concessionárias quanto os


consumidores tem o consenso de 8% e os especialistas imputam a estes o patamar de 25%
em função dos diversos casos envolvendo subestações retificadoras, estações de
telecomunicações e principalmente a falta de interligação dos aterramentos entre vizinhos.

E por fim, temos outras causas contribuindo com 7% segundo a visão dos consumidores
e 1% segundo as concessionárias e especialistas.

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forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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Mais de 88% das falhas de computação e transmissão de dados, foram causadas


diretamente pelos transitórios na linha de energia nos EEUU. Com o gráfico em pizza abaixo,
temos os resultados da pesquisa de Allen G. W. e Segall D., da Divisão de Desenvolvimento de
sistemas da IBM, sendo considerado um dos estudos mais respeitáveis na década de 70, e que
serve de base de pesquisa até hoje, salvaguardando os parâmetros da atualidade.

A racionalização de energia nunca pode se sobrepor ou se opor à qualificação de energia,


pois a conta da ineficiência produtiva sempre é mais cara do que a conta de energia.

Também temos numa instalação elétrica vários tipos de distúrbios elétricos que são
gerados pela intensa sazonalidade operacional das cargas e subsistemas, que geram campos
elétricos de certa intensidade e campos eletromagnéticos, produzindo correntes elétricas de
amplitude e periodicidade variáveis além das correntes de comutação dos sistemas de controle
de máquinas. Estas correntes se fazem presentes junto a todo tipo de carga, resistivas,
reativas e indutivas tornando-se componente em somatória à freqüência original (60 HZ) e
conseqüentemente à corrente final de operação de todo o sistema em análise.

A investigação de distúrbios em uma planta exige que diversas perguntas sejam


respondidas para definir o problema e trazer à luz os possíveis métodos de abrandamento.
Exigem também algum conhecimento de causas possíveis para sintomas específicos. Uma
tabela de uso simples está incluída neste Item Técnico (cap 13) para a identificação e correção
de problemas.
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Dependendo dos níveis de distúrbios vigentes no sistema elétrico, define-se se os


mesmos são ou não passíveis de serem causadores da perda da Qualidade de energia.

No Quadro abaixo, temos as características de alguns dos distúrbios elétricos:

Distúrbio Frequência Tempo Magnitude

Variação de tensão de longa duração - > 1 minuto 0,8 – 1,2 pu


Desbalanceamento - estacionária > 5%
Flicker < 30 Hz estacionária -
Harmônicas de tensão 0 – 100ª ordem estacionária 0 – 20 %
Harmônicas de corrente 0 – 100ª ordem estacionária 0 – 100 %
Inter-harmônicos 0 – nª ordem estacionária 0 – 2%
Sags - 0,5 – 1 minuto 0,1 – 0,9 pu
Swells - 0,5 – 1 minuto 1,1 – 1,8 pu
< 5 kHz < 0,5 ciclos -
Transientes oscilatórios
< 300 kHz < 30 ciclos -
Transientes de impulso - µs a ms 0,1 – 0,9 pu
Transientes na malha de terra - intermitente -
Ringing - estacionária 100 – 2000 %
Surges 5 kHz < 200 µs -
Notchs 0 – 200 kHz estacionária -
Ruído (noise) 0 – 2 MHz intermitente -
Rádio interferência 0,5 – 500 MHz intermitente -
Descarga Eletrostática (ESD) - intermitente 100 – 5000%
Descarga Atmosférica (raio) - intermitente 100 – 10000%
Interrupções transitórias - ≥ 3 ciclos -
Interrupções momentâneas - ≤2s -
Interrupções temporárias - 2s–1m -
Interrupções sustentadas - 1 minuto -

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Como definições importantes e básicas temos:

Uma tensão ou corrente harmônica pode ser definida como um sinal senoidal cuja
freqüência é múltiplo inteiro da freqüência fundamental do sinal de alimentação.

Espectro é a representação das componentes num gráfico que mostra suas amplitudes no
domínio da freqüência.

Forma de onda é a representação dos valores instantâneos em função do tempo.

Transientes de energia são as anomalias ocorridas na alimentação de uma instalação


elétrica que podem ou não alterar suas características mudando assim o estado ou sinal da
mesma.

Transitórios elétricos são as modificações de estado ou sinal de tensão e ou corrente de


pequena duração ou permanência breve, aperiódico, com amplitudes significativas, a partir de
anomalias ocorridas na alimentação de uma instalação elétrica alterando suas características,
mudando assim o estado ou sinal da mesma.

O têrmo harmônicas vem dos diversos estudos da Física, tais como Acústica, Áudio,
Mecânica dos Fluídos, Mecânica, Termodinâmica e outros. Portanto está relacionado
especificamente com movimentos ondulatórios, onde uma partícula ou uma onda se propaga,
oscilando periodicamente (repetitivamente) em torno de uma posição de equilíbrio, permitindo
que esse movimento seja traduzido matematicamente por funções senoidais ou cossenoidais,
sendo denominado de movimento harmônico.

As harmônicas são ondas que possuem freqüências múltiplas da freqüência


fundamental (60Hz) e são classificadas dentro do universo dos transientes. Elas são
geradas pelas cargas existentes numa instalação, em função de sua forma de operação,
interferindo na senoide da freqüência nominal do sistema, levando às distorções nas
senoides de corrente e tensão, causando sérios problemas para o sistema elétrico.

PWM (Pulse Width Modulation), ou Modulação por Largura de pulso, é uma forma de
controle de tensão por recorte onde os tiristores ou transistores de potência são ligados ou
bloqueados de modo a obter na saída o valor de tensão desejada, gerando assim uma forma
de onda de corrente distorcida com características de ordens harmônicas altas (à partir da 20ª
ordem), onde passamos a chamá-las de harmônicas em PWM.

As harmônicas de potência são aquelas que tem como característica as ordens


harmônicas baixas, até a 13ª ordem conforme o carregamento em amplitude de corrente das
mesmas podendo chegar até no máximo até a 19ª ordem.

As interharmônicas são ondas originadas em cargas com formas de corrente não


periódicas em 60 Hz, sendo portanto de fundamentais diferentes dos 50 ou 60 Hz.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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O termo sub-harmônico não tem qualquer definição oficial mas é simplesmente um caso
especial de interharmônica ou harmônica para componentes de freqüência menores que a
freqüência do sistema de alimentação. O termo tem aparecido em várias referências
bibliográficas e é em geral usado na comunidade de engenharia.

A Conservação de energia elétrica pode ser entendida como os planos e ações


introduzidos na operacionabilidade de um sistema elétrico com o intuito de se obter o menor
nível de consumo de energia elétrica possível para um máximo de rendimento operacional.

A Qualidade de energia elétrica é definida como a ausência relativa de variações de


tensão e corrente provocadas pela concessionária de energia ou pela carga interna dos
consumidores, medidos no ponto de entrega da energia ou no PAC de referência.

A Eficiência Energética pode ser entendida como o aproveitamento máximo da energia


elétrica na produção de trabalho com o mínimo de perdas possíveis.

A Gestão Econômica de Energia pode ser entendida como o gerenciamento do consumo


de energia dentro de parâmetros operacionais pré-estabelecidos nos planos de conservação de
energia.

A Otimização Energética pode ser definida como a modernização de equipamentos e


componentes com características mais racionais e menos agressivas ao sistema elétrico.

O Combate ao desperdício de Energia pode ser entendido como os planos de ações


comportamentais com base nos conceitos de educação e aculturamento humano.

A Racionalização de Energia pode ser entendida como as ações emergenciais levando-se


em conta a contenção operacional (diminuição da produção) a partir de um estado de “apagão”
com as devidas imposições governamentais.

A Oscilação Harmônica é a variação, em função do tempo, da amplitude e quantidade de


ordens em relação a uma referência específica ou a uma tendência permanente.

A Portadora Harmônica é uma amplitude de corrente (abaixo da fundamental) que carrega


o sinal de frequência harmônica, em determinado meio do sistema, até que seja consumida
(recebida) por alguma carga.

A Ressonância é a situação na qual a energia oscila entre dois ou mais componentes


num sistema perante uma mesma frequência (fundamental).

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3 - TIPOS DE DISTÚRBIOS DE ENERGIA E SUA


CARACTERIZAÇÃO
Os principais tipos de distúrbios estão descritos na Tabela abaixo.

PRINCIPAIS TIPOS DE INTERMITÊNCIAS E DISTÚRBIOS DE ENERGIA


EM SISTEMAS ELÉTRICOS CARREGADOS
1 Excessiva variação da tensão nominal
2 Desbalanceamento
3 Flicker
4 Harmônicas de tensão e corrente (principalmente)
5 Sub-harmônicas
6 DC Offset
7 Inter-harmônicas
8 Quedas de tensão (Sags) e curtas interrupções de tensão
9 Aumentos temporários de tensão (Swells)
10 Transientes oscilatórios
11 Transientes de impulso
12 Transientes na malha de terra
13 Sobretensões refletidas (Ringing)
14 Inrush
15 Surges
16 Notchs
17 Ruído
18 Rádio interferência
19 Descarga Elestrostática (ESD)
20 Descarga Atmosférica (raio)
21 Interrupções transitórias
22 Interrupções momentâneas
23 Interrupções temporárias
24 Interrupções sustentadas

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Os distúrbios dos tipos 1 a 7 são causados principalmente pela emanação de cargas


distorcedoras e estão presentes continuadamente, embora com intensidades variáveis. Elas
são comumente registradas como uma curva de tendência.

Outros tipos de distúrbios como 8 a 10 na tabela acima ocorrem como eventos individuais.
Este tipo é registrado como um conjunto de entradas periódicas no momento de cada entrada
dos distúrbios e seus parâmetros associados. Por exemplo, para cada “Sag” poderia se
registrar a duração em ciclos.

Já o item 11 ajuda a piorar qualquer distúrbio do sistema, principalmente aqueles que


estão relacionados com a frequência, por exemplo harmônicas. Malha de aterramento saturada
ou degradada, sobrecarrega o sistema de dispersão de correntes, seja de curto circuito,
parasitas ou de referência.

O item 12 é desastroso para qualquer instalação que tenha um sistema de malha de terra
inadequado à característica da instalação em questão e normalmente causa sinistro.

O item 13 é observado em controladores de velocidade, inversores e até nobreaks e


estabilizadores de tensão, sendo que sua ocorrencia normalmente gera sinistros fatais para os
equipamentos.

O item 14 é observado no carregamento de equipamentos tais como transformadores,


capacitores e motores de grande porte, causando sinistros para as próprias fontes geradoras e
em alguns casos para equipamentos que estejam em startup.

Os itens de 15 a 16 ocorrem independentemente da própria instalação, pois muitas vezes


são gerados por fatores ambientais, como os dos itens fora delas e provocam normalmente
erros operacionais nos sistemas eletroeletrônicos, principalmente os de controle.

O item 17 é consequência de ocorrencias naturais ou artificiais, e portanto está sempre


ligado à algum distúrbio.

Os itens de 18 a 20 ocorrem independentemente da própria instalação, pois muitas vezes


são gerados fora delas e provocam normalmente erros operacionais nos sistemas
eletroeletrônicos, principalmente os de controle.

E finalmente os itens de 21 a 24 foram inclusos neste mapa dos distúrbios simplesmente


para caracterizar todos os outros itens citados, e que de uma maneira ou de outra promovem
sinistros ou acidentes ou erros operacionais que influenciarão enormemente na eficiência da
produtividade do sistema em questão.

A seguir, vamos explicar cada um dos distúrbios citados para facilitar o desenvolvimento
dos capítulos deste trabalho.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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3.1 – Excessiva variação da Tensão Nominal:

Os Equipamentos em geral têm uma variação de tensão especificada sobre a qual


elas podem operar. Lâmpadas incandescentes, por exemplo, podem falhar (queimar) quando
submetidas a uma voltagem alta.
A tensão pode ser medida por um voltímetro portátil, para se detectar a presença de
variação. Quando esta varia significativamente, deve ser monitorada continuamente por um
monitor de QUALIDADE DE ENERGIA (QE) mais sofisticado, capaz de mostrar um gráfico
como o da figura abaixo. É comum determinar e mostrar o valor rms médio a cada dez minutos.
Os valores máximo e mínimo devem ser comparados com os objetivos do equipamento
analisado.
Esta variação também pode ser obtida da memória de massa dos medidores de
energia digitais das concessionárias ou através de softwares de controle e registro fornecido
por elas, que geralmente mantém os mesmos online.

Quantidade QE

Máximo

Média

Mínimo

Tempo
Curva de tendência

A análise dos picos e vales de tensão devem ser confrontados com os gráficos
operacionais e produtivos para se determinar as ações e os pontos de atuação.

3.2 – Desbalanceamento:

O desbalanceamento está presente na maioria das instalações elétricas, seja por


imposições estruturais, seja por falta de readequação da infraestrutura frente às expanções do
sistema ou seja pela execução de projetos sem a aplicação da filosofia de prevenção dos

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distúrbios elétricos (principalmente harmônicos) e consequentemente sem os fatores de


correção pertinentes.

Na prática, chegamos a presenciar sistemas desbalanceados em mais de 50% em


sua média de carregamento elétrico.

Apesar de não ser um transitório, incluímos nesta lista em função do mesmo causar
muitos problemas, principalmente se tiver associado à algum transitório.

Existem duas definições de Fator de Desbalanceamento (FD) a serem usadas. O


mais simples para ser aplicado no dia a dia é a definição da IEEE que aplica para medições de
tensão fase-fase somente e envolve três passos:

1- Calcular Vavg (média da tensão fase-fase)

2- Calcular Δ Vmax (Desvio máximo das tensões fase-fase até a média calculada no
item acima)

3- Então FD=Δ Vmax / Vavg

O desbalanceamento afeta os motores de indução trifásicos que devem ser capazes


de suportar 2% se corretamente especificados. Caso estes motores estejam funcionando em
sistemas desbalanceados, são capazes de gerar correntes e frequências indesejáveis que
podem se irradiar pelo sistema. Também afetam os Nobreaks e UPSs que são alimentados
com sistemas trifásicos. Em sistemas de retificação, o caso é bem mais grave, gerando
problemas irradiados na instalação.

3.3 – Flicker:

A cintilação luminosa pode ser definida como a sensação visual das variações do
fluxo luminoso das lâmpadas, principalmente incandescentes, e até monitores de
computadores, quando ocorrem flutuações de tensão em relação à frequência. As flutuações
de tensão e corrente produzem oscilações da luz (iluminação) que podem causar desconforto
por causa da perturbação dos estímulos visuais.

As normas AS/NZS 4376:1996 e 4377:1977 definem um instrumento para medição


de flutuações de tensão baseado em um modelo de light source/eye/brain system.

Também a publicação da IEC 61000-4-15 de 1997, regulamenta a medição da


severidade do flicker associado à flutuação de tensão e as relações deste com os níveis
harmônicos de corrente no sistema.

A saída do instrumento é em Pst que significa índice de oscilação por interrupção


curta em 10 minutos de intervalo, e fica definido que Pst=1 corresponde ao limite de percepção.
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O índice de oscilação por interrupção longa é chamado de Plt e é definido também


para um intervalo de 2 horas e é calculado a partir dos 12 valores consecutivos de Pst que
ocorrem.

O Flicker só pode ser medido por monitores caros. O valor Plt deve ser menor do
que 1 durante 95% do tempo medido. O nível alto de harmônicos de corrente na instalação
gera indices na ordem de Pst= 3.

A sensibilidade a este fenômeno varia de pessoa para pessoa, e é percebido numa


frequência de 8 a 10 Hz e de amplitude de 0,8 a 1 % do fluxo luminoso. A percepção do flicker
pelo olho humano em diferentes cores do ambiente, varia com a frequência do mesmo.

Na figura a seguir, temos um exemplo da forma de onda de um flicker.

Os procedimentos de medição devem obedecer aos seguintes parâmetros:

- Instrumento de medição: estes devem possuir o módulo flickermeter para


medir o indicador pst em pu (por unidade), em relação à uma curva de pst base.

- Ponto de medição em AT: deve ser realizada no PAC da carga geradora.

- Ponto de medição em BT: deve ser realizada num ponto da rede secundária
onde haja a maior influência provocada pela operação da carga geradora.

- Pontos de medição complementar: devem ser realizadas medições


complementares em outros pontos do sistema ao redor da carga geradora, para
avaliação e mapeamento da propagação do distúrbio da AT para a BT.

- Duração das Medições: As medições de BT devem ser simultâneas com o


PAC de AT com duração mínima de 10 ciclos operacionais da carga geradora, em
períodos operacionais diferentes.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
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A pesquisa deve obedecer à regra de análise onde devemos ter no mínimo 15


pontos de medição no total, para se descartar os 4 piores pontos. Os resultados, vão nortear as
ações de mitigação, de acordo com o grau de severidade da área e do subsistema em si.

Em certas circunstâncias, a sobreposição de interharmônicas na tensão de


alimentação pode levar a oscilar o fluxo de corrente e causar leve cintilação luminosa. Este
fenômeno pode ser observado tanto em lâmpadas incandescentes quanto em fluorescentes.
Porém a norma IEC define a medida Pst em relação à lâmpadas de filamento nas tensões de
120 e 230 V. Temos casos de flicker em lâmpadas fluorescentes causado por interharmonica
com fundamental de 175Hz modulada por sinais de controle.

O flicker causado por interharmonicas pode ser observado nos dois tipos de
lâmpadas, porém o alcance da frequência envolvida e suas amplitudes são diferentes para
cada caso. Na lâmpada incandescente, a luz depende da temperatura do filamento, que por
sua vez está diretamente relacionado ao poder de dissipação da luminária (ou a voltagem rms).
Quando a voltagem aplicada é uma onda senoidal pura, o fluxo luminoso é composto de uma
componente média de estado fixo e uma componente de frequência dupla, que não pode ser
detectada pelo olho humano. Quando um único interharmônico é sobreposto, a energia elétrica
e o fluxo luminoso contem além do mencionado, frequências da banda lateral da fundamental,
que causam flutuações de tensão rms e geram cintilação luminosa.

Em experiências de outros autores, foi notado que para frequências interharmônicas


abaixo da 2ª ordem harmônica, as lâmpadas mostram uma importante sensibilidade. Os
reatores eletrônicos são sensíveis para frequências entre 30 e 70 Hz, mas filtram melhor as
frequências interharmônicas entre 130 e 170 Hz. As lâmpadas tipo PL são sensíveis as altas
frequências. É experimentalmente verificado nas lâmpadas incandescentes e fluorescentes que
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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a relação entre a variação do fluxo luminos e a correspondente flutuação de tensão é bastante


linear para uma mesma faixa de flutuação de tensão.

A flutuação de tensão, os níveis de harmônicos e interharmônicos com suas


características de ordens e os burst (RDH), são fatores de grande influência nos níveis de
flicker e devem ser tratados conforme a característica de cada caso. As flutuações se
manifestam de diferentes formas, tais como:

- Flutuações aleatórias: causadas por fonos a arco, equipamentos hospitalares de


raio X e outros; onde as amplitudes das oscilações dependem do estado de fusão do
material e do nível de curto circuito da instalação.

- Flutuações repetitivas: causadas por máquinas de solda, laminadores


siderúrgicos, elevadores de minas, ferrovias e metros.

- Flutuações esporádicas: causadas pela partida direta de grandes motores tipo


trituradores de minas, cortadores de cavaco para celulose, grandes ventiladores de
diversos sistemas industriais e outros.

Para um trabalho de pesquisa e mitigação do flicker em sistemas elétricos, é de


suma importância que se descubra a causa dos mesmos, a fonte geradora e a frequência
fundamental da interharmônica (quando for o caso), para se calcular o sistema de filtragem
mais apropriado ao problema.

Os níveis de flicker provocam a primeira vista um custo alto em suas mitigações,


dependendo da carga, tensão de alimentação e da sazonalidade do sistema. Porém, se
levarmos em conta a necessidade da eficiência produtiva e segurança operacional do sistema,
o custo benefício de tal investimento o torna aceitável e necessário.

3.4 - Harmônicas:

Entre todos os tipos de distúrbios da energia elétrica, as harmônicas, ou como


muitos chamam harmônicos, tem uma posição de destaque, até pelo motivo de causarem mais
problemas e ser uma matéria em evidência em relação à maioria dos distúrbios.

As condições reais de uma instalação elétrica simples ou um sistema complexo,


supridas por tensões, correntes e frequência, tem formas de ondas distorcidas e muitas vezes
com desvios e distorções fora dos padrões e bem acima da suportabilidade do sistema. Elas
normalmente são causadas pela operação de cargas não lineares ou chaveamentos aleatórios
no sistema.
Estes desvios e distorções usualmente expressam os níveis harmônicos de tensão e
corrente, e se propagam pelo sistema elétrico provocando sinistros e acidentes irreparáveis,
além de derrubar assustadoramente os índices de eficiência produtiva tornar evidente os
prejuízos anuais na produção.
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Como característica, podemos dizer que as amplitudes de correntes harmônicas tem


o mesmo comportamento das correntes de curto-circuito, ou seja tem seu fluxo a partir da fonte
que a gera em direção à fonte de energia. Porém a corrente de curto-circuito causa sinistro na
rede pelo seu volume em amplitude e por conseguinte a queima de circuitos e componentes,
sendo que a corrente harmônica causa intermitência havendo somente a parada ou erros nos
sistemas, e em alguns casos provocando outros distúrbios que chegam também a provocar
queimas no sistema.

Na figura a seguir, temos uma forma de onda de corrente distorcida por níveis
harmônicos.

Para o sinal periódico e distorcido mostrado acima, existe uma representação


matemática adequada em termos da frequência fundamental e suas harmônicas. A frequência
fundamental é assumida como a frequência de suprimento da instalação ou do sistema e as
harmônicas são os multiplos inteiros (pares e impares) desta frequência fundamental. Cada
múltiplo é chamado de ordem, e carrega amplitudes, angulo de fase e fator K inerentes às
características do sistema, circuito ou ramal.

As harmônicas de ordem par, são raras nos sistema elétricos. Porém, quando
ocorrem, demonstram que os dispositivos eletrônicos com funções de retificação, conversão e
inversão (monofásicos ou trifásicos) presentes no sistema, estão operando assimetricamente e
aperiodicamente. Também demonstram a incidência de binários resistentes à campos
magnéticos nos enrolamentos de máquinas.
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A quantificação dos níveis harmônicos dos sinais, vem na foma de Distorções


Harmônicas Totais (de tensão ou corrente) – THDV e THDI. Cada uma delas, com suas
respectivas fórmulas e desenvolvimento matemático.

A pesquisa e o rastreamento dos níveis harmônicos de um sistema, bem como suas


cargas geradoras e os sistema consumidores e ressonantes desses níveis, torna o trabalho da
engenharia mais apurado e voltado para a pesquisa e solução, sendo cada caso tratado com a
particularidade analítica necessária.

A inclusão de uma carga não linear à instalação, por exemplo um forno de indução,
sempre ocasionará a circulação de uma corrente, com a forma de onda não senoidal, e por
conseguinte, com a presença de correntes harmônicas produzidas. A presença de várias
cargas não lineares, tornam o sistema saturados com volumes de harmônicas que se somam
vetorialmente em módulo e ângulo, podendo formar ressonâncias inadimissíveis ao sistema.

As harmônicas são mostradas e estudadas em forma de bargraph, conforme a figura


a seguir.

Os Harmônicos e os inter-harmônicos de uma forma de onda podem ser definidos nos


termos de seus componentes espectrais no estado quase estável acima de uma faixa de
frequência. Abaixo temos uma simples, mas efetiva definição matemática.

- Harmônicos f = h ∗ f1 (onde h é um inteiro > 0)


- Inter-harmônicos f = 0 Hz (f = h ∗ f1 onde h = 0)
- Sub-harmônicos f ≠ h ∗ f1 (onde h é um inteiro > 0)
- DC Off-set f > 0 Hz e f < f1

Por este assunto ter extrema relevância, dedicamos os capítulos de 4 a 8, exclusivamente


para uma abordagem mais detalhada e aplicativa ao dia a dia.
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3.5 – Sub-harmônicas:

Como já foi dito no início, o termo sub-harmônico não é uma definição oficial, mas é
um caso especial de interharmônica ou de harmônica, para componentes menores que a
frequência fundamental, e passou a ser usado por vários autores em suas literaturas técnicas.
Porém, o termo componente da sub-frequência síncrona é mais apropriado e auto descritivo do
fenômeno.

3.6 – DC Off-set:

São os níveis de tensão ou corrente CC presentes num sistema elétrico, e podem


ser chamados simplesmente de nível CC ou na análise do bargraph, ou como é denominado
pelo pessoal de campo, de ordem par negativa pela sua posição no espectro. Eles podem
ocorrer como consequência da operação ideal de retificadores de meia onda. A presença de
um nível CC em sistemas de corrente alternada, pode levar à saturação de transformadores e
até de motores, resultando em perdas adicionais e redução da vida útil destes equipamentos.

A presença deste num sistema pode denotar uma condição de corrente de inrush
como veremos no item 3.14 ou ainda denotar a presença de um equipamento degradante
perante o sistema, como exemplo temos uma impressora a laser. Mas pode causar sérios
problemas em transformadores, levando-os ao aquecimento excessivo. Quando esta
componente DC da corrente está presente no aterramento, pode aumentar a corrosão metálica
de instalações ou estruturas subterrâneas.

O valor desta corrente é muito variável, já que a mesma é determinada pela


impedância do circuito em questão bem como pela voltagem do componente DC. Portanto, a
determinação da componente DC é feita caso a caso. Um exemplo típico de medição de DC
Off-set, está na figura a seguir.

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Um exemplo típico de estratificação de medição de DC Off-set, está na figura a


seguir.

3.7 – Inter-harmônicas:

São as perturbações produzidas em frequência que não são múltiplas da frequência


da rede. Eles podem aparecer como frequências discretas ou como larga faixa espectral,
podendo ser encontrados em redes de diferentes classes de tensão.

Podem ser provocadas pelos conversores de frequência, cicloconversores,


inversores, motores assíncronos, máquinas de solda, fornos a arco, transmissores à válvula e
transmissores de grande potência em telecomunicações e outros equipamentos eletrônicos
com funcionamento desbalanceado. Os sinais “carrier” em linhas de potência também podem
ser considerados como inter-harmônicos.

Elas podem ter efeitos catastróficos nas telecomunicações e sistemas hospitalares,


com menos intensidade nos sistemas de comunicação de dados e redes, e muito raramente
provocam distorções na estabilidade da tensão, induzindo ao flicker visual no display de
equipamentos como tubos de raios catódicos.

O conhecimento dos distúrbios eletromagnéticos envolvendo frequências inter-


harmônicas está ainda em desenvolvimento. Nos níveis normais de compatibilidade são dados
somente para o caso de interharmônicos que ocorrem em uma frequência perto da freqüência
fundamental (50 Hz ou 60 Hz), resultando em modulação de amplitude da tensão ou corrente
de alimentação.

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Nestas condições certas cargas que são sensíveis ao quadrado da tensão,


especialmente os dispositivos de iluminação, apresentam um efeito de pulsação, resultando em
flicker (Veja item 3.3). A freqüência de pulsação é a diferença entre as freqüências das duas
tensões coincidentes, isto é entre a frequência interharmônica e a freqüência fundamental.

O nível de compatibilidade para o interharmônico pode ser expresso como a relação


desta amplitude para com a da fundamental, mostrada no gráfico abaixo, como uma função da
freqüência pulsante. Como no item 3.3, é baseado no nível de flicker de PSt = 1 para
luminárias alimentadas em 120 V e 230 V.

Uma situação semelhante é possível quando existir um nível apreciável de


harmônicas (particularmente de 3ª e 5ª ordem) coincidindo com uma interharmônica perto da
frequência fundamental. Neste caso o efeito também deve ser avaliado conforme a Figura
acima, com a amplitude determinada pelo produto da relativa amplitude das harmônicas e
interharmônicas ocasionando a subida da freqüência de pulso. O resultado é raramente
significativo, mas pode se tornar dependendo da situação do nível de ressonância presente no
sistema.

Interharmônicas abaixo do valor 0,2, os níveis de compatibilidade são determinados


pelos mesmos requisitos de flicker. Para este propósito, a severidade do flicker deve ser
calculada de acordo com o anexo A da IEC 61000-3-7 usando o fator de forma dado para
flutuações de voltagem periódica e senoidal. O valor conservador do fator de forma é 0,8 para
0,04 < m ≤ 0,2 e 0,4 para m ≤ 0,04.

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Interharmônicos e componentes de freqüências acima da 50ª ordem.

Fontes de correntes e voltagens não desejadas

O sistema de distribuição de energia das concessionárias são planejados para


entregar voltagens nas freqüências de 50 ou 60 Hz. A presença de voltagens com outras
freqüências é evitada, até onde é possível. Porém, desenvolvimentos modernos em utilidades
elétricas estão tendendo a acrescentar a superposição na voltagem de alimentação, de
voltagens e correntes em freqüências não desejadas. Num crescente a fonte importante das
freqüências espúrias são os módulos de condicionamento da eletrônica de potência que
largamente estão sendo incorporados aos dispositivos de utilidades.

A seguir temos as seguintes fontes típicas:

- A maioria dos componentes eletrônicos requerem uma fonte DC. Na ausência


desta, baterias ou outras fontes DC. O modo de comutação da fonte de energia, de uma
maneira altamente não-linear, resulta em amplitudes de correntes harmônicas e
interharmônicas, indo além da 50ª ordem. Estes fluxos de correntes pelas impedâncias do
sistema de alimentação, ocasionam voltagens nas freqüências correspondentes, e são
sobrepostos na voltagem de alimentação entregues aos usuários. Nas freqüências mais altas,
o emissor pode ser freqüentemente modelado como uma fonte de voltagem.

- Em alguns casos o uso final da energia exige uma tensão AC em uma freqüência
diferente da frequência do sistema , assim como nos inversores de frequência para motores.
Novamente, isto é realizado pelos dispositivos eletrônicos que extraem a energia necessária
da rede de entrada e entregam aos componentes a jusante por meio de uma voltagem na
freqüência necessária. Do ponto de vista do sistema de alimentação, estes dispositivos são
fontes de freqüências espúrias além da freqüência de provisão. Enquanto freqüências
harmônicas geralmente são prevalecentes, alguns tipos de conversores de frequência
produzem interharmônicos também.

A fonte de tensão dos inversores, com conversores modulando em PWM no lado da


rede, produzem harmônicos da frequência de modulação, que não tem nenhum sincronismo
com a freqüência da rede. Estas estão principalmente em freqüências mais altas: freqüência de
comutação e seu harmônicos. Equipamentos de alta potência, tipicamente acima de 1 MW e
conectado a uma rede de média ou alta tensão, usa cicloconversores ou inversores, operando
em qualquer freqüência sem sincronismo com a freqüência da rede. Eles podem produzir
interharmônicos devido ao acoplamento residual entre o lado do motor e a rede. Quando
ocorre, os resultados são fatais.

De um modo geral, fontes de conversores estáticos de frequência podem produzir


discretas frequências na faixa de 0 a 2,5 kHz, ou mais.

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- Os fornos de arco elétrico podem ser uma fonte de interharmônicos e componentes


em freqüências acima da 50ª ordem harmônica. Isto também é para os equipamentos de alta
potência, que não são conectados à baixa tensão.

- As máquinas de solda geram um espectro de freqüência de banda larga e


contínua, associado a um processo intermitente em que a duração das ações de solda
individualmente variam entre uns segundos até alguns minutos.

- Os motores de indução podem ocasionar uma magnetização irregular devido às


fendas no estator e rotor, possivelmente em associação com a saturação do ferro. Na
velocidade normal do motor, este gera inter-harmônicos com freqüências entre 10 a 40 vezes a
frequência da rede, mas durante a partida eles geram todas as ordens de frequência até
alcançar o regime nominal.

As fontes citadas acima são conectadas a redes de baixa, média e alta tensão. Seu
funcionamento resultam em inter-harmônicos e altas frequências que são geradas e
transmitidas entre todos níveis de tensão e dependem das impedâncias da rede. Estas ordens
podem alcançar 0,5%. Os valores mais altos também podem ser encontrados, especialmente
quando houver ressonância. Existe um nível de interharmônico da ordem de 0,02% da tensão
nominal de alimentação, medido com uma largura de banda de 10Hz.

Os sistemas de transmissão de sinais também são uma fonte de tensão e corrente


inter-harmônica, mas neste caso as emissões são intencionais e utilizadas por usuários que
exercem controle cuidadoso para assegurar a compatibilidade do sistema.

Alguns outros efeitos das inter-harmônicas incluem:

– as correntes não desejadas fluindo nas redes de alimentação geram perdas


de energia adicionais, com um conseqüente aumento nas emissões gases dos
grupos geradores.

– as inter-harmônicas de tensão podem perturbar o funcionamento de


lâmpadas fluorescentes e eletrônicas e equipamentos como monitores e
televisores. De fato, qualquer uso de energia onde o pico de tensão ou o
cruzamento em zero da onda é importante, pode ser distorcido se a
combinação presente de freqüências não desejadas alteram estes atributos na
tensão de alimentação.

– A maior faixa de frequência presente, a maior amplitude de tensão desta


frequências e o risco imprevisível de ressonância, podem ampliar a distorção
de tensão e leva a sobrecarga ou perturbação do equipamento na rede de
alimentação e nas instalações dos usuários.

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– Outro efeito é a produção de ruído acústico. Isto é causado pelas tensões na


faixa de 1 kHz até 9 kHz ou mais, com amplitude de 0,5 % para cima e
dependentes do valor de freqüência e do tipo de equipamento influenciado.

Na tabela abaixo temos os valores indicativos de interharmônicos de tensão em rede


de BT correspondente ao nível de compatibilidade com respeito ao efeito flicker.

Sistema 50 Hz Sistema 60 Hz

Ordem Frequência Vm (%) Frequência Vm (%)


interharmônica interharmônica
fm (Hz) 120 V 230 V fm (Hz) 120 V 230 V

0,20 < m ≤ 0,60 10 < fm ≤ 30 0,68 0,51 12 < fm ≤ 36 0,95 0,69


0,62 < m ≤ 0,64 30 < fm ≤ 32 0,57 0,43 36 < fm ≤ 38,4 0,79 0,58
0,64 < m ≤ 0,68 32 < fm ≤ 34 0,46 0,35 38,4 < fm ≤ 40,8 0,64 0,48
0,68 < m ≤ 0,72 34 < fm ≤ 36 0,37 0,28 40,8 < fm ≤ 43,2 0,50 0,38
0,72 < m ≤ 0,76 36 < fm ≤ 38 0,29 0,23 43,2 < fm ≤ 45,6 0,39 0,30
0,76 < m ≤ 0,84 38 < fm ≤ 42 0,23 0,18 45,6 < fm ≤ 50,4 0,23 0,18
0,84 < m ≤ 0,88 42 < fm ≤ 44 0,23 0,18 50,4 < fm ≤ 52,8 0,22 0,18
0,88 < m ≤ 0,92 44 < fm ≤ 46 0,28 0,24 52,8 < fm ≤ 55,2 0,22 0,20
0,92 < m ≤ 0,96 46 < fm ≤ 48 0,40 0,36 55,2 < fm ≤ 57,6 0,34 0,30
0,96 < m ≤ 1,04 48 < fm ≤ 52 0,67 0,64 57,6 < fm ≤ 62,4 0,59 0,56
1,04 < m ≤ 1,08 52 < fm ≤ 54 0,40 0,36 62,4 < fm ≤ 64,8 0,34 0,30
1,08 < m ≤ 1,12 54 < fm ≤ 56 0,28 0,24 64,8 < fm ≤ 67,2 0,22 0,20
1,12 < m ≤ 1,16 56 < fm ≤ 58 0,23 0,18 67,2 < fm ≤ 69,6 0,22 0,18
1,16 < m ≤ 1,24 58 < fm ≤ 62 0,23 0,18 69,6 < fm ≤ 74,4 0,23 0,18
1,24 < m ≤ 1,28 62 < fm ≤ 64 0,29 0,23 74,4 < fm ≤ 76,8 0,39 0,30
1,28 < m ≤ 1,32 64 < fm ≤ 66 0,37 0,28 76,8 < fm ≤ 79,2 0,50 0,38
1,32 < m ≤ 1,36 66 < fm ≤ 68 0,46 0,35 79,2 < fm ≤ 81,6 0,64 0,48
1,36 < m ≤ 1,40 68 < fm ≤ 70 0,57 0,43 81,6 < fm ≤ 84 0,79 0,58
1,40 < m ≤ 1,80 70 < fm ≤ 90 0,68 0,51 84 < fm ≤ 108 0,95 0,69

Este assunto é de extrema relevância e cada vez mais nos deparamos com estudos e
teses de suma importância para a mitigação dos problemas presentes nos sistemas.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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3.8 - Quedas de tensão (Sags) e curtas interrupções de tensão:

Esta categoria envolve queda de tensão de até 90% por menos de um minuto. Um
“Sag” é uma queda maior do que 10% enquanto uma interrupção é uma queda menor que
10%.
Não existem atualmente parâmetros claros de níveis normais para um “Sag”. Os
equipamentos elétricos têm a possibilidade de operar incorretamente ou falhar durante uma
operação devido a um “Sag”, porém alguns equipamentos eletrônicos de controle podem
apresentar desvios em seu comportamento operacional tendo em vista alguns outros fatores
alem do SAG.

A forma de onda de um “Sag” pode se apresentar como a variação de tensão rms


sobre a duração de um “Sag” conforme a Figura a seguir. Os “Sags” são registrados como um
evento transitório descrito por dois parâmetros:

- Profundidade do “Sag”, desvio máximo da tensão rms com relação à nominal


- Duração do “Sag”: tempo abaixo do limite, geralmente em torno de 90%

tensão nominal
envelope de
tensão

Profundidade de
Tensão
Limite
0,9 pu

Duração do “Sag”

Caracterização do “Sag”

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documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
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Alguns sistemas de controle podem ter seus valores de referência ou suas ordens
operacionais alteradas justamente na escada descendente ou ascendente do SAG.
Normalmente a alteração se dá na subida da curva (escada ascendente), dependendo da
profundidade do SAG.

Um “Sag” pode ser representado graficamente como um ponto entre dois eixos,
onde o eixo horizontal é a duração e o eixo vertical é a profundidade (ou tensão do “Sag”
equivalente). Existem tentativas de mostrar a imunidade de alguns tipos de equipamentos ao
“Sag” nos mesmos eixos. O mais popular é o ITIC (Information Technology Industry Council-
1996) mostrado na figura do capítulo 2, desenvolvido para equipamentos de tecnologia de
informação monofásicos de 120 ou 220 V (por exemplo: PC, copiadora e fax). Isto tem sido
desenvolvido a partir de gráficos antigos formulados pela CBEMA (Computer & Business
Equipment Manufacturers Association). Este nome às vezes é aplicado aos gráficos mais
modernos. A linha inferior indica a imunidade do equipamento ao “Sag”, e a linha superior
indica a imunidade do equipamento ao “Swell” (aumentos temporários de tensão) e aos
transientes.

3.9 - Aumento de Tensão temporário (“Swell”):

É definido como um estado em que se observa um aumento no valor eficaz da


tensão com duração entre 0,5 s à 1 minuto. Como exemplo, citamos uma saída de carga em
algum ponto do sistema.

Normalmente não são de grande interesse, pois os sistemas são providos de


proteções adequadas e não existe muita informação sobre sua caracterização. Eles podem ter
valores de até 170% da tensão nominal em um minuto. Os equipamentos podem sofrer danos
irreparáveis se submetidos a uma tensão superior que a sua média suportável de curta
duração, por exemplo capacitores.

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3.10 - Transientes Oscilatórios:

Podem iniciar pelo simples ligar dos capacitores de correção de fator de potência. A
Figura abaixo mostra que eles tem a forma de uma queda de tensão súbita próxima a zero
seguida por uma oscilação na faixa de 500Hz a 2 kHz por até 2 ciclos. Sua caracterização não
foi formalmente definida, mas um pico de 130% pode provocar “trip” em reguladores de
velocidade e queima insperada de capacitores nos seus chaveamentos.

Em caso de sistemas automáticos de correção de Fator de Potência, deve-se tomar


o cuidado para que não aconteça os transientes nos sistemas, que podem causar perdas
operacionais. Outro fato relevante ao modo operacional dos capacitores são as corrente de “in
rush” que devem ser estudadas e analisadas com profundidade dentro do contexto da
Engenharia de Investigação dos distúrbios pois é de suma importância na operacionabilidade
de um sistema, e que são detalhadas com mais propriedade no item 3.14.

Temos abaixo uma curva característica de um transiente oscilatório sem


especificação de valores, módulos ou qualquer outro fator. Somente uma ilustração didática a
exemplificar este contexto.

Vpeak

Caracterização de transiente oscilatório

3.11 - Transitórios de Impulso:

Os equipamentos sensíveis aos transitórios de impulso incluem os equipamentos


eletrônicos como computadores. Os transitórios de impulso são caracterizados por (1) tempo
de subida, (2) tempo de queda e (3) valor de pico. O tempo de subida é medido entre os
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instantes em que o impulso sobe de 10% a 90% do seu valor de pico. O tempo de queda é
medido do início da forma de onda até o momento em que a curva atinge a metade do valor de
pico. Os limites típicos são tempos de subida de μs a ms com um pico não excedendo a 6 kV
em sistemas de 440 V.

A seguir temos o gráfico relacionado com o paragrafo anterior.

Caracterização de transientes de impulso

Estes transitórios geralmente estão relacionados com um alto nível de harmônicas


de corrente presentes no sistema de alimentação dos equipamentos sensíveis, e se agravam
dependendo da amplitude de corrente que a ordem predominante da harmônica carrega.

As assintonas de corrente de partida de máquinas e de atracação de cargas ou


“chaveamento” de ramais de alimentação através de disjuntores ou contatores, também
produzem transitórios de impulso com características e formas de ondas diferentes dos
produzidos por harmônicas.

Para facilitar a identificação de problemas e suas origens quanto aos transitórios de


impulso de tensão e corrente, temos a tabela a seguir, onde observamos que quando a
mudança de polaridade ocorre com o mesmo sentido nas tensões e correntes, provavelmente a
origem do fato está no sistema (alimentação de energia) e se forem diferentes, está sempre
associado à carga.
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TENSÃO CORRENTE ORIGEM


+ + Fonte
- - Fonte
+ - Carga
- + Carga

3.12 - Transientes na malha de terra:

Nos sistemas elétricos, quando designamos as tensões, geralmente, elas são


referidas à terra. Dessa forma a terra representa um ponto de referência (ou um ponto de
referencial zero) ao qual todas as outras tensões são referidas. De fato, qualquer equipamento
com eletrônica embarcada de alta tecnologia que se comunica com outros equipamentos ou
com o sistema ou malha de automação, necessita de uma tensão de referência “zero” de
criticidade muito baixa, para que tenha sua operação dentro dos padrões apropriados segundo
normas e referências dos fabricantes dos mesmos.

Os transientes por aterramento podem ser originados em descargas atmosféricas


diretas ou indiretas no sistema, ocorrências de correntes de curto circuito fase terra, saturação
do sistema de aterramenmto por ESD e muitos outros fatos que estão diretamente
relacionados com a capacidade de disperção da malha de terra do sistema, em relação às
amplitudes de correntes e frequências espúrias do próprio sistema.

Malhas abertas, alto valor de resistividade, configuração de malha errada para o tipo
de aplicação, impedância alta e falta de equipotencialidade com o sistema geral de
aterramento, podem levar à ocorrência de transientes de amplitudes e frequências diversas,
que devem ser levadas em conta num trabalho de pesquisa e mitigação.

Programas computacionais atuais com grande sofisticação, existem no mercado


para tratar as questões pertinentes ao assunto. A modelagem dos sistemas de aterramento em
frequências industriais são mais complexas devido a característica do solo, da geometria do
sistema e principalmente da dependência de parâmetros ligados à frequência.

Este item merece um estudo mais abrangente e profundo, tendo em vista a


complexidade do assunto mediante as várias configurações de sistemas elétricos e as variáveis
existentes para cada um. Para maiores esclarecimentos, temos o desenvolvimento do capítulo
12 - ATERRAMENTO ESPECÍFICO APLICADO, com conceituações e informações práticas
sobre o assunto.

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3.13 – Sobretensões refletidas (ringing):

O fenômeno de reflexão de ondas eletromagnéticas em um condutor elétrico é bem


parecido ao de uma onda na água. Em um dado momento, a magnitude da onda da água varia
com o tempo e sua fase é retardada. A medida que a onda se distancia da origem, a amplitude
diminui e eventualmente abaixa. Porém, se lá existir uma barreira para o movimento da onda,
haverá uma reflexão, onde é criada uma segunda onda de sentido contrário à primeira, que
quando se choca com as ondas posteriores à primeira, formam um pico com maior intensidade
que a primeira.

Consequentemente, a amplitude de oscilação num dado ponto é a soma da


fundamental e a onda refletida naquele ponto. Semelhantes resultados são observados quando
uma onda eletromagnética viaja em uma linha de alimentação ou de transmissão. Se uma
carga em uma linha de alimentação está fisicamente em distância infinita da fonte, lá não existe
nenhuma reflexão – semelhante a uma onda na água originada em uma lagoa com limite no
infinito. Se pudéssemos eletricamente criar uma linha de alimentação infinita (uma linha não
tendo nenhuma reflexão) com a impedância no terminal combinando com impedância do cabo.
Porém, na maioria dos casos, entre motor e cabo, ou entre inversor e cabo, ou softsart e cabo
ou ainda entre UPS e cabo, as impedâncias são descasadas e causam reflexões de voltagem.
A reflexão de tensão causa a amplificação da voltagem nos terminais do motor, já que
normalmente este e o inversor, ou melhora a carga e o fornecedor de alimentação, estão
fisicamente separados por cabos longos, e dificilmente suas impedâncias estão casadas.

A tendência dos inversores de frequência é fazer o tempo de subida dos pulsos o


mais rápido possível para reduzir as perdas de conexão e aumentar a eficiência do conjunto.
Para se ter uma idéia, a migração de inversores da tecnologia BJT (Transistor de junção
bipolar) para IGBT (Transistor bipolar de gate isolado) elevou a velocidade de comutação de 5
a 10 vezes mais, elevando as frequências de comutação de 1 a 2 kHz para 6 a 12 kHz.. Isto
melhora drasticamente os torques em baixas frequências e baixas velocidades reduzindo
consideravelmente as oscilações de corrente do motor. Dentro da mesma concepção teórica,
temos a analogia aos circuitos de softstar, UPSs, estabilizadores de tensão e algumas
configurações de centrais retificadoras, salvaguardando as características peculiares destas.

Todavia, as rápidas subidas dos tempos, combinadas com longas extensões dos
cabos, produzem uma impedância não casada entre o cabo e a carga (normalmente) causando
ondas refletidas, ou “ringing”. Os picos de alta tensão nos terminais do motor produzem uma
tensão potencialmente destrutiva na isolação dos motores que passaram a ser mais
evidenciadas pelos dispositivos IGBTs, que simplesmente amplificaram os fenômenos de
ondas refletidas tornando estas um ponto crítico a ser considerado pelos usuários.

Tambem devemos considerar a mesma análise para as UPSs, nobreacks e


estabilizadores de tensão, onde quanto mais estreita a facha de regulação deles, dependendo
da distância do cabo, temos uma acentuação do nível de ringing. Se por algum momento, eles
perdem a carga, a impedância aumenta, criando um ponto de ressonância muito alta.
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Teoria da linha de transmissão longa quando aplicada ao caso do motor-


inversor:

Tomando-se a voltagem em qualquer ponto que está a x metros longe do terminal da


carga (motor), denominada de Vx, esta será a soma da onda incidente (fundamental – V+) com
a onda refletida (V-) naquele ponto, que é dado por:

Vx = V+ + V-

Vide a figura abaixo:

V+
X Zc
IR
+ +
VS V- Vx
ZR
- -
Vx

A onda incidente V+, é igual para a soma da voltagem final no receptor, e a queda
através da impedância característica do cabo. Semelhantemente, a onda refletida V-, é igual
para a diferença entre a voltagem final no receptor e a queda através da impedância
característica. Destas observações, podem se reescrever a voltagem em qualquer ponto na
linha de transmissão conforme segue abaixo.

VR + I R Z C ax jbx VR − I R Z C − ax − jbx
Vx = e e + e e
2 2
Onde:

Vx é a voltagem num ponto distante x unidades da carga;


VR é a voltagem na carga;
IR é a corrente na carga;
Zc é impedância característica da linha = ÖL/C;
L é a indutância por unidade do comprimento;
C é a capacitância (fase-terra) por unidade do comprimento;

Os termos exponenciais são usados na equação para ajudar a explicar as variações


da onda de tensão, em função da distância ao longo da linha. O primeiro termo denota a onda
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incidente enquanto o outro termo denota a onda refletida. Baseado na equação acima, vale a
pena notar os seguintes pontos:

- x é zero na carga e aumenta conforme movem-se da carga em direção ao


ponto de interesse na linha de transmissão. Conforme afasta-se da carga, a
onda incidente aumenta em magnitude e avança em fase;

- Conforme afasta-se da carga, a onda refletida diminui em magnitude e retarda


em fase;

- Se o ponto terminal está em distância infinita do ponto de interesse (isto é, x


está em infinito), então lá não existe onda refletida;

- Se a impedância terminal é igual a impedância característica (ZR = ZC), lá não


existe onda refletida. Uma linha terminando em sua impedância característica,
é conhecida como uma linha plana ou uma linha infinita. Um feixe de linhas de
condutores tem valores mais baixos de ZC, assim como tem L mais baixo e C
mais alto do que linhas com condutores únicos por fase.

- Da equação anterior, é interessante notar sob condições sem carga, ΙR = 0.


Isto resulta na onda incidente ser igual e em fase com a onda refletida no ponto
terminal, isto é, em x = 0. Consequentemente a tensão real no ponto terminal é
dado pela primeira equação, equiparada 2 vezes a onda de tensão incidente.
Isto mostra o efeito de dobra da voltagem sob condição de abertura ou sem
carga.

Conforme foi explicado anteriormente, qualquer onda trafegando num condutor


eletrico, exibe o fenômeno de reflexão, exceto a linha é infinita ou tem seu terminal com
impedância característica. Referindo-se a figura anterior, o valor da impedância terminal ZR, é
dada pela relação da tensão e corrente no ponto terminal. Os componentes de tensão e
corrente são compostos de ondas incidentes e refletidas. A relação entre a onda refletida e a
onda incidente é conhecida como “coeficiente de reflexão” e é indicado por ρR para o lado do
receptor e ρS para o lado do transmissor, onde para voltagem os coeficientes são
respectivamente:

Z R − ZC Z S − ZC
ρR = = VR− / VR+ ρS = = VS− / VS+
Z R + ZC Z S + ZC

Este mesmo coeficiente pode ser usado para a corrente.

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- Efeitos do ringing em sistemas inversor-motor com cabos longos:

Para alcançar respostas rápidas do sistema, eficiência alta, e boa regulação,


Inversores normalmente tem sua operação sujeito ao modo operacional das altas frequências
em PWM. Devido a alta velocidade de comutação e tendo uma significativa distância entre o
inversor e a carga, pode acontecer uma sobremodulação de tensão no lado da carga. O
fenômeno de propagação da onda pode ser explicado representando o cabo longo como uma
linha de transmissão, e o inversor como um gerador de função de passo ideal.

Na teoria da linha de transmissão, a onda refletida é esperada a menos que a


impedância da carga esteja casada com a do cabo. Além disso, 100% da reflexão de tensão
freqüentemente acontece desde que a impedância dos cabos seja muitas vezes menor que a
dos motores, exceto aqueles de alta potência. Praticamente, a impedância de um motor
pequeno ou médio pode aproximar-se de um circuito aberto, e quase 100% da tensão
excedente acontece durante os transientes de comutação. Isto obviamente impõe uma
significante sobretensão aos enrolamentos do motor e aos cabos.

Alem disso, vale a pena notar o “Fator crítico do comprimento do cabo”,


que diz “se o tempo de propagação da onda do inversor até o motor é maior que a
metade do tempo de subida do pulso, uma onda refletida plena acontecerá”.

Um exame minucioso do pulso gerado por um inversor (PWM-VSI), nos


terminais do cabo na carga, mostra que os picos de voltagem são acompanhados de
fenômenos de severa oscilação quando a onda ocorre. A freqüência do ringing depende do
comprimento do cabo e da velocidade de propagação da onda. A velocidade de propagação
por sua vez depende das características do cabo assim como da sua impedância, geometria do
cabo e da permissividade do isolamento.

O nível de frequência do ringing está normalmente na faixa de 50kHz a 2 MHz,


com freqüências mais baixas em cabos longos e freqüências mais altas em cabo curtos. Isto é
facilmente visto na fórmula abaixo, que relaciona a freqüência de ringing fr, com o comprimento
de cabo ℓcabo, e a impedância do cabo LC.

1
fr =
2π ⋅ l cabo ⋅ LC

O ringing é um importante fenômeno de distúrbio que causa reflexões múltiplas


e pode levar a picos de tensão no motor ou carga, mais alto que a tensão no barramento.

Outro fenômeno de transiente relacionado com o cabo longo carregado em


corrente, é quando uma subida ou descida abrupta na frente de onda do inversor são aplicados
ao cabo, resultando num pulso carregado de corrente que pode causar um trip ou shutdown no
inversor.

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Quanto maior a falta de casamento da impedância maior será a amplitude da


onda refletida. A velocidade da onda refletida depende da indutância e capacitância do cabo,
além do “rise time” do dispositivo de comutação, determinam a distância na qual a onda atingirá
sua maior amplitude.

A figura abaixo nos mostra um exemplo de onda refletida.

Se os tempos de subida forem suficientemente lentos, ou o cabo suficientemente


curto, o nível de ocorrencia de ondas refletidas é muito baixo. A relação entre o comprimento
do cabo do motor, o tempo de subida e o resultante incremento dos picos de tensão, pode ser
observado no gráfico a seguir.

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A seguir temos a medição da tensão nos terminais do motor com cabo de 2 m.

Abaixo temos a medição da tensão nos terminais do mesmo motor, porém com 30 m
de cabo.

A diferença entre as medições de tensão de pico é de aproximadamente 210 Volts, e


existe uma diferença de 5 Vrms entre as duas formas de onda (digitos pequenos no display).
Um voltimetro comum não pode enxergar este problema. Deve ser usado um scopemeter.

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Para um osciloscópio comum, deve ser capturado o disparo sobre um pulso simples,
usando o modo tiro simples com cursores habilitados a fazer medição da tensão de pico
durante o tempo de subida. A seguir temos as figuras com sinais sem e com ringing
respectivamente.

O real perigo desta condição de sobretensão de pico pela onda refletida, é a queima
do motor em função do comprimento do cabo de alimentação deste.

- Efeitos do ringing em sistemas UPS-carga com cabos longos:

Também aqui, temos o conceito de rapidez em resposta de estabilização de


voltagem por parte da UPS, estabilizador ou nobreack, em função da alta eficiência e da boa
regulação. Isto leva à uma alta velocidade de comutação, onde a longa distância entre o
equipamento e a carga, pode gerar uma sobremodulação de tensão no lado da carga. O
fenômeno de propagação da onda pode ser explicado da mesma forma que o item anterior.

Temos uma característica também a ser observada e estudada, que é a


ocorrência do equipamento estar ligado em vazio (por algum motivo a carga está desligada) e
acontecer uma flutuação qualquer na entrada deste. Porém, por estar sem a carga, a
impedância do sistema é maior, por conseguinte o descasamento de impedância também
maior, já que o sistema enxerga somente a impedância da carga em standby, o suficiente para
formar uma barreira para a onda refletida. Neste caso, a onda pode causar a queima de
fusíveis se for uma onda de corrente ou a queima de placas ou até curto-circuito se for uma
onda de tensão.

As soluções para evitar falhas, minimizando as amplitudes das ondas refletidas em


relação à motores e inversores ou softstarts são:
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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- Utilizar motores adequados para tais condições que devem seguir a


especificação NEMA MG-31. Tais motores tem capacidade de suportar picos 1600 V, sem no
entanto podermos evidenciar a vida útil destes.

- Instalar terminadores de linha próximo ao motor, que vão facilitar o casamento


de impedância motor/cabo. Porém estes terminadores não tem nenhuma eficiência na
qualidade das formas de onda no motor, apesar de não introduzirem quedas de tensão que
afetem o torque.

- Também podem ser usados filtros específicos para este problema e que
sejam calculados e casados para a carga e para a onda refletida gerada pelo inversor ou
controlador do mesmo. Devem ser instalados na saída do inversor ou softstart e se adequarem
às condições ambientais, como prevenção de explosões. Solução mais viável e segura para o
sistema.

- Limitar o comprimento do cabo entre o motor e o inversor ou softstart e


adequar a impedância deste em função da bitola. Esta solução nem sempre é possível ser
utilizada. Na prática, isto pode facilmente conduzir para o descasamento de impedância entre
motor e cabo, resultando assim em picos indesejados de ondas em PWM que são aplicadas
aos terminais do motor.

- Reatores de linha na saída do inversor ou softstart, que vão reduzir o “rise


time” do mesmo, limitando a amplitude dos picos da forma de onda no motor. Esta, é uma
solução cara dependendo da característica do motor. Porém, de certa eficiência como mostra o
gráfico abaixo.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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A visualização destas soluções tomando-se como exemplo um motor de 10 HP com


inversor, conforme matéria do periódico da Rockwell, está mostrada no gráfico a seguir. A
solução de filtragem, apesar de não ter sida mostrada no gráfico original, mas pela nossa
experiência e com as diversas medições e implementações feitas, ela apresenta praticamente
a mesma curva do terminador na rede, porém com uma série de vantagens além das que tem
o terminador.

As análises dos problemas de onda refletida nas instalações industriais devem ser
feitas puntualmente e caso a caso, pois cada circuito e sistema tem suas características
elétricas intrínsecas e as variáveis operacionais devem ser levadas em consideração com
muita cautela para não haver falseamento nos resultados.

Por isto, é de extrema importância que se tenha experiência e equipamentos de


medição e monitoração adequados para solucionar cada caso.

Queremos enfatizar que o problema das ondas refletidas não ocorre somente em
motores, mas também em cargas alimentadas por estabilizadores e nobreacks que usam a
tecnologia dos IGBTs, e todos os outros equipamentos da área de controle e monitoração.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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3.14 – Inrush:

Palavra inglesa que significa irrupção, afluxo ou surto, onde alguns autores a
identificam como corrente de partida e outros como corrente de carregamento ou ainda
corrente de magnetização.

Na realidade, o fenômeno inrush não é uma condição de falta e sim uma condição
transiente, que ocorre durante a energização de transformadores, capacitores e motores num
periodo de alguns milisegundos, que pode provocar um aumento de tensão considerável no
sistema, vindo a causar sinistros irreparáveis.

A corrente de inrush é tipicamente causada por:

- energização de motores, transformadores e capacitores,


- reestabelecimento de tensão após a eliminação de um curto-circuito severo
em algum ponto do sistema, cuja característica é chamada de recovery inrush.
- energização de um equipamento em paralelo com outro que já está em
operação, como exemplo clássico os transformadores e capacitores, onde temos esta
característica chamada de sympathetic inrush.

Já está mais do que comprovado por autores renomados, que a presença de


corrente inrush é denotada pela presença das seguintes características na análise harmônica
pelo bargraph, onde temos:

- A componente DC Offset varia entre 40 e 60% da fundamental,


- O segundo harmônico é de até 70% da fundamental,
- O terceiro harmônico está entre 10 e 30% da fundamental.

Alguns equipamentos de proteção de transformadores e sistemas, utilizam-se das


técnicas de avaliação da forma de onda, que os mantem sempre ativos para detectar
condições de inrush inicial, recovery e sympathetic, onde temos os seguintes métodos:

- Detecção de inrush pela análise harmônica da corrente diferencial


instantânea,
- Detecção de inrush pela análise da forma de onda da corrente diferencial
instantânea,
- Detecção de inrush de forma adaptativa.

Fisicamente o fenômeno não pode ser controlado, tendo em vista que na partida dos
equipamentos citados, o instante do chavemento nunca está sob controle, sendo assim um
transiente magnético é praticamente inevitável. O alto surto de corrente observado
ocasionalmente na energização destes equipamentos pode causar uma queda de tensão
momentânea se a impedância da fonte for considerável, além de sobrecorrentes, ondas de
frequências altas e aleatórias, ou ainda ondas refletidas no sistema.

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Ainda fisicamente falando, o fenômeno é explicado, segundo o item 6.2.1 da norma da


CPFL (documento nº 2912), escrito da seguinte maneira:

Quando um transformador é desenergizado, a corrente de magnetização segue o laço de


histerese até o zero, e a densidade de fluxo segue para um valor residual Br (veja figura 1). A
figura 1 mostra a onda de corrente de magnetização I1 e da densidade de fluxo B1
definitivamente interrompida no instante marcado pela primeira linha vertical tracejada, na qual
a corrente passou pelo zero, com o fluxo em um valor residual Br. Se o transformador não
fosse desenergizado as ondas de corrente e de densidade de fluxo teriam seguido as curvas
tracejadas, mas com o transformador sendo desenergizado, elas seguem as linhas sólidas
horizontais I2 e B2, a corrente em zero e a densidade de fluxo em +Br.

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Para ilustrar o fenômeno do "Inrush" sob condições que levarão ao transiente máximo,
assumiremos que o circuito é restabelecido no instante indicado pela segunda linha tracejada
vertical quando a densidade de fluxo estaria normalmente em seu máximo valor negativo (-
Bmax). Desde que o fluxo magnético não pode ser criado ou destruído instantaneamente, a
onda de fluxo ao invés de partir com seu valor normal (-Bmax no caso presente) e crescer
seguindo a curva tracejada, parte do final de B2, com valor residual +Br e traça a curva B3. A
curva B3 é uma curva senoidal deslocada ao invés da característica de saturação do circuito,
porque, com uma tensão senoidal aplicada, a força contra eletro-motriz e, portanto, a onda de
fluxo tem de ser senoidais. A saturação modifica não o fluxo, mas apenas a corrente de
magnetização necessária para produzir o fluxo.

A onda de corrente, correspondente à onda de densidade de fluxo B3, é mostrada como


I3. O valor teórico máximo da curva B3 é Br+2Bmax, e, se o transformador for desenhado para
uma densidade de fluxo econômico Bmax, a crista de B3 produzirá super saturação no circuito
magnético e produzirá uma crista muito grande na corrente de magnetização.

Deve-se lembrar que a onda de densidade de fluxo controla a corrente e não a corrente
controla a densidade de fluxo.

Um exemplo típico de medição de corrente de inrush, está na figura a seguir.

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3.15 – Surges (surtos):

São transitórios originados a partir de descargas atmosféricas ou níveis altos de


descargas eletrostáticas e por isso são chamados de impulsos atmosféricos e em alguns casos
de impulsos eletrostáticos. A característica principal é a frequência alta (> 5 kHz) com um
tempo de duração < 200 µs.

A figura abaixo exemplifica este transitório:

3.16 – Notchs (cortes):

Causados por curto-circuitos momentâneos no sistema elétrico devido à comutação


de chaves de conversores estáticos. Suas características dependem do tempo de comutação e
é relacionada em função da reatância da fonte de energia vista pelo retificador no ponto da
onda em que a condição ocorre.

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3.17 – Ruído:

Este é o resultado da subreposição à forma de onda de tensão ou corrente, de uma


perturbação aleatória, com frequência até 2 MHz. Esta sobreposição agraga componentes
estranhas com amplitudes aleatórias. As perturbações podem ser causadas por entrada de
cargas que ressonam am alta frequência ou por componentes defeituosos no sistema.

A partir da sua geração, podem se propagar à longas distância até encontrar cargas
susceptíveis e receptoras (consumidoras) em algum ponto do sistema. Um exemplo clássico
são os isoladores presentes em linhas de baixa ou alta tensão, atuação de disjuntores quando
sentem uma falta à terra, arco elétrico no sistema, centelhamento em abertura de chaves ou
escovas de motores, equipamentos de transmissão desbalanceados e “vazando” para o terra
ou com retorno para a rede do sistema.

Nos computadores, eles podem atravessar o sistema de filtragem das fontes


(dimensionado só para 60Hz) e motivar um funcionamento errático so sistema além de
instabilidades em monitores e unidades de disco.

Conforme a intensidade, os ruídos podem trazer danos permanentes aos


equipamentos.

O termo ruído é usado normalmente para sinais indesejados que aparecem durante
um processo de medição e podem interferir com o sinal sendo medido ou tratado como
informação.

As fontes de ruídos podem ser classificadas como:

-Fontes naturais – temos as descargas atmosféricas e as descargas eletrostáticas.

-Fontes artificiais – são aquelas produzidas conforme as seguintes categorias:


- Transmissores e receptores de radiocomunicação;
- Linhas de transmissão e subestações de média e alta tensão;
- Start de iluminação fluorescente e de descarga;
- Aparelhos eletrônicos de audio e vídeo em geral;
- Equipamentos de tração elétrica;
- Flashes eletrônicos;
- Motores elétricos desbalanceados;
- Equipamentos de solda elétrica;
- Sistemas de comunicação eletromecânica;
- Sistemas de Ignição de motores à explosão (rotor e platinado);
- Antenas de transmissão desbalanceadas ou não casadas com seus
equipamentos de transmissão;
- Dobrada de frequências originadas do espelhamento de ondas de rádio;

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A distância entre a fonte de ruído e a receptora de ruído, tem influência quando as


fontes são do tipo artificial. Porém, quando as fontes são naturais, pode haver interações entre
fonte e receptor distantes muitos quilômetros, podendo o meio ser o ar ou o solo.

No gráfico abaixo temos um exemplo de ruído.

Existem dois tipos básicos de ruído:

- Ruído de interferência: Acontece devido à interação entre campos


magnéticos ou elétricos externos com o sistema de medida ou tratamento de
informação. Podemos citar como exemplo o ruído produzido pela rede AC.

- Ruído aleatório: Acontece devido ao movimento de eletrons e outros


portadores de carga em componentes e sistemas eletrônicos. Este ruído pode
aparecer nas seguintes formas:

- Ruído térmico: é gerado pelo movimento randômico dos eletrons e outros


portadores de carga em resistores e semicondutores. A tensão rms de ruído
para uma certa largura de banda é dada por:

Vn = 4 ∗ κ ∗ R ∗ T ∗ Δf

Onde: k = constante de Boltzmann


R = resistência do material
T = temperatura absoluta
∆f = faixa de frequência

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- Ruído “shot”: é devido a flutuações na taxa de difusão de portadoras de


carga através das barreiras de potencial em junções P-N. A tensão rms de
ruído é dada por:

Vns = 2 ∗ κ ∗ T ∗ rd ∗ Δ f

Onde: rd = resistência diferencial do diodo ≅ 26/Id (mA)

- Ruído (1/f): também chamado de “Flicker noise” deve-se ao fluxo de


portadores de carga em médios descontínuos e fica predominante em
frequências muito baixas, apresentando uma tensão rms de ruído inversamente
proporcional à frequência.

- Ruído por má conexão: como o próprio nome diz, nasce de uma má


conexão devido a sujeira em contatos, contatos mecânicos mal feitos ou soldas
frias.

Com a presença de ruídos, temos os seguintes tipos de interferência:

- Acoplamento galvânico: Quando diversos circuitos apresentam um


acoplamento direto de interferências, através do mesmo terra.

- Acoplamento indutivo: Também chamado de acoplamento magnético ou


eletromagnético. Neste caso uma corrente elétrica circulando num circuito
próximo gera um campo magnético varável e que induz uma corrente no
sistema de interesse.

- Acoplamento capacitivo: Os cabos de energia, terra e condutores do


sistema, estão separados por um dielétrico que é o ar e portanto podem existir
capacitâncias entre eles, que permitem o acoplamento com o sistema de sinais
de ruído.

- Terras múltiplos: Se um instrumento apresenta diversas conexões para o


terra, isto permite a produção de uma interferência no sistema de medida ou
tratamento de informação.

- Acoplamento por RF ou microondas: O ruído pode ser acoplado através


de ondas de rádio ou microondas. Porém este fato é estudado como Rádio
interferência e é alvo do subitem a seguir.

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A capacidade de um sistema rejeitar ruído é quantificada nas seguintes formas


típicas:
- Ruído em modo normal: corresponde àquele ruído que ocorre junto ao sinal
medido ou a ser tratado, e o sistema não consegue discriminar esta forma de
ocorrência.

- Ruído em modo comum: corresponde àquele ruído que aparece entre o


terminal de terra e um outro terminal do sistema. Existem métodos (utilização
de amplificadores diferenciais) que permitem a redução do ruído que ocorre
desta forma.

- Ruído em modo diferencial: corresponde àquele ruído que aparece entre


dois condutores vivos.

A rejeição em modo comum (CMRR) é a habilidade do sistema de medida ou de


tratamento de informação, reduzir o erro introduzido por um ruído que ocorre da seguinte
forma:
⎡Vcm ⎤
CMRR (dB) = 20 ∗ log 10 ⎢
⎣ Ve ⎥⎦

Onde: Vcm = Valor de pico do ruído em modo comum


Ve = Valor de pico do erro produzido a uma certa frequência.

A relação sinal ruído é a razão entre a potência do sinal e a potência do ruído no


sistema de medida ou de tratamento de informação. Com o resultado deste cálculo, temos a
condição de escolher o tipo de instrumento é necessário para realizar a medição.

⎡ Vs ⎤
S / N (dB) = 20 ∗ log 10 ⎢ ⎥
⎣Vn ⎦

Onde: Vs = Tensão do sinal


Vn = Tensão do ruído.

Esta é uma matéria muito vasta, e deve ser tratada com propriedade e por
profissionais especialistas no assunto. Porém, o que devemos ter em mente, é que quando nos
depararmos com situações em que seja preciso tratar ou atenuar ou filtrar o sinal, temos que
ter a segurança de não alterar o sinal de dados para medição ou tratamento deste, e portanto
não alterar a natureza do processo do sistema.

Esta teoria faz parte dos estudos da Compatibilidade Magnética e aqui temos a
intenção de citar os tópicos para mostrar que existem e podem ser um grande problema em
suas pesquisas de campo.

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3.18 – Rádio-interferência:

Diferente do ruído, apesar de ser considerado a causa de ruídos, que se propaga


pela rede elétrica, a Rádio interferência é gerada fora do sistema elétrico, se propagando pelo
ar e captada por algum componente ou equipamento do sistema. Seus níveis produzem a
poluição eletromagnética e dependendo da sua magnitude, geram mais problema do que a
poluição elétrica. É intermitente e são de alta frequência, na faixa de 0,5 à 100 MHz ou mais.
Pode ser gerada por distúrbios nas ERBs celulares, nos transmissores de TV, nas estações de
rádio comercial ou amador, nas subestações em alta tensão, nas máquinas de eletro-erosão,
nas operações desbalanceadas de fornos de indução e muitos outros.

É claro que os níveis de interferência das ondas dependem dos seguintes fatores:
- Potência da fonte geradora de ruído e por conseguinte do valor dos campos
eletromagnéticos, tensão e corrente envolvidos;
- Valor das frequências geradas na fonte de ruído;
- Suscetibilidade dos equipamentos presentes no ambiente do sistema;
- Técnicas e equipamentos utilizados na minimização das interferências
eletromagnéticas;

As interferências por radio frequência e eletromagnéticas são responsáveis pela


maioria dos problemas de performance dos sistemas e seus protocolos de transmissão, dos
quais podemos citar:
- Acoplamento eletromagnético entre cabos ;
- Perda de bits, incrementando o BER (Bits error rate);
- Perda de bits devido à dificuldade de leitura de sinais nos sistemas de rádio;
- Incremento do erro de sinal, em sistemas que utilizam o PCM (Pulse Code
Modulation), pela introdução de níveis de tensão que dificultam a leitura de sinal.

A Rádio-interferência é medida pela emissividade e susceptibilidade dos


equipamentos no meio em que estão inseridos no sistema. Este fenômeno pode ser conduzido
ou irradiado. Portanto temos:

- Emissão Irradiada – quando um sistema apresenta um de seus


componentes gerando sinais eletrônicos de alta frequência. As partes metálicas
podem funcionar como antenas de irradiação não intencional, da energia
eletromagnética interferente, poluindo eletromagneticamente o meio ao qual
todo o sistema está inserido.

- Emissão Conduzida – quando um sistema de conexão (cabos de


aterramento, de energia e de comunicações) apresenta amplitudes de
correntes de interferência no sistema, contaminado pelos equipamentos
emissores dentro do ambiente ou mesmo fora dele dependendo da amplitude
do sinal irradiado.

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- Suscetibilidade Irradiada – quando um sistema apresenta uma configuração


tal que seus componentes passam a ter a capacidade de captar ondas
eletromagnéticas presentes no ambiente em que estão funcionando, causando
problemas em seu funcionamento devido a influência da energia
eletromagnética interferente.

- Suscetibilidade Conduzida – quando um sistema apresenta alterações no


seu funcionamento normal devido aos sinais interferentes vindos através de
cabos e conexões.

Mas dentro deste contexto, temos o diagrama a seguir com os diversos caminhos da
rádio-interferência. Do lado esquerdo temos os sinais a serem transmitidos e do lado direito
temos os sinais espúrios e ruídos.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
CREA-ES 2967-D
Visto CREA-SP 1100029676
“ENGENHARIA DE SOLUÇÕES”
HARMÔNICAS E DISTÚRBIOS x EFICIÊNCIA PRODUTIVA
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O controle sobre o meio ambiente (ar, solo ou outro) eletromagnético do sistema é


de uma dificuldade enorme para os pesquisadores, já que os fatores que o determinam muitas
vezes não são passíveis de controle.

Num sistema de transmissão e recepção, temos os sinais a serem transmitidos e os


sinais indesejáveis em forma de ruídos e espúrios, que são gerados pelo próprio sistema. As
interferências supra sistema e intra-sistema é que devem ser compatibilizadas de forma que o
sistema como um todo absorva ou conviva com níveis rebaixados para que seja mantido a
operacionabilidade do sistema.

Com a presença da Rádio-interferência pode surgir um efeito chamado ECO, que


em linhas de transmissão de dados causam efeitos similares ao ruído e em menor escala,
podem surgir nas linhas de alimentação e controle de sistemas industriais.Toda vez que há
uma mudança de impedância numa linha, ondas de sinais serão refletidos e voltarão por esta
mesma linha, podendo corromper os sinais que estão sendo transmitidos. Não devemos
confundir o efeito ECO com o Ringing, apesar da causa ser a mesma: Falta de casamento ideal
de impedância.

Portanto, a medida certa de um projeto de solução, é eliminar ou rebaixar ao máximo


os ruídos originados na fonte. Quando não se tem acesso à fonte, deve-se diminuir a
susceptibilidade do receptor. Quanto ao meio ambiente eletromagnético, deve-se tentar reduzir
as possibilidades dos caminhos.

Num exemplo de um circuito de alimentação ligando um QGBT e um equipamento,


onde há uma incidência de descarga atmosférica sobre a linha ou próximo dela, temos a
propagação de um surto para o equipamento. A linha é o meio conduzido para o surto e é o
receptor com relação à descarga. Já que não é possível eliminar a fonte, deve-se estudar a
possibilidade de transferir a corrente da descarga para o solo. Mas o equipamento em relação
à linha é um receptor e também deve ser protegido com filtros e supressores.

Da mesma forma, podemos fazer uma analogia com descargas eletrostáticas, que
são geradoras de radio-interferência, em sistemas elétricos fechados, com fonte geradora,
meio conduzido ou induzido e receptor.

Os problemas envolvendo rádio-interferência crescem dia a dia, quantitativamente e


qualitativamente, levando a engenharia de pesquisa e solução ao desenvolvimento de
respostas para tais problemas.

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documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
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3.19 – Descarga Eletrostática - ESD:

Este também é um dos maiores fantasmas nas instalações elétricas. Seja num
sistema hospitalar, telecomunicações ou industrial, os resultados sempres são catastróficos.
Também em função do grande avanço tecnológico da eletrônica em geral, onde temos os
semicondutores se tornam cada vez menores, consumindo menos energia e
consequentemente se tornando cada vez mais sensíveis aos transientes externos. Como toda
evolução tem um preço (ou vários), neste caso temos a conta expressa na grande sensibilidade
dos componentes eletrônicos às descaragas eletrostáticas, conhecidas por ESD (Electrostatic
Discharge), impondo uma prevenção contínua no sistema.

A exigência de altos investimentos para a prevenção e controle das cargas


eletrostáticas geradas nos sistemas para se evitar que elas sejam descarregadas nos
componentes ou circuitos eletrônicos, pois caso ocorra, os danos materiais e financeiros
sempre são bem maiores. Portanto, as providências para se evitar descargas eletrostáticas
devem ser tomadas em todos os processos aos quais os componentes estão sujeitos tais como
manuseio, empacotamento, armazenagem até a montagem final e operação destes.

Mas as cargas eletrostáticas não são apenas um mal que deve ser evitado a
qualquer custo. Elas podem ser muito úteis se soubermos dominá-las. Alguns equipamentos
utilizados hoje em dia têm seu funcionamento baseado nos efeitos dessas cargas como, por
exemplo, as copiadoras eletrônicas, impressoras laser e o “fax”, que operam por eletroscópia.
Esta consiste em se “carregar” a área do papel que será impressa com cargas estáticas que
atrairão as partículas de tinta (conhecida como toner) e posteriormente fundir estas partículas
ao papel através de um rolo aquecido, por isso é que os papéis costumam sair quentes destas
máquinas.

A eletricidade estática é uma carga elétrica em repouso, e normalmente é criada por


fricção e separação. A fricção causa o calor que excita as partículas moleculares do material.
Quando dois materiais são então separados, pode haver uma transferência de elétrons de um
material para o outro. A ausência ou excesso de elétrons, cria um campo elétrico conhecido
como eletricidade estática. A separação simples de dois materiais, pode gerar campos elétricos
estáticos.

O volume de eletricidade estática gerada depende dos seguintes fatores:


- do tipo de material sujeito à fricção ou separação,
- da quantidade de fricção ou separação a que os materiais estão sujeitos,
- da temperatura e umidade relativa do ambiente ou meio.

Como material podemos citar o plástico comum. Em condições de umidade relativa


do ar baixa, criado quando o ar fica aquecido durante o inverno, também promove a geração de
cargas elétricas estáticas significantes.

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Os materiais que facilmente transferem elétrons (ou assumem carga) entre átomos
são chamados condutores e parecem ter "elétrons livres”. Como exemplo de condutores temos
metais, carbono e a camada de suor do corpo humano. Os materiais que não transferem
facilmente elétrons são chamados isoladores. Alguns isoladores conhecidos são plásticos, vidro
e ar. Ambos os condutores e isoladores podem ficar "carregados" com eletricidade estática.
Quando um material é carregado, fica habilitado para descarregar rapidamente quando chegar
perto de outro com um potencial diferente.

Os estragos provocados pelas descagas eletrostáticas dependem de diversas


variáveis tais como:
- a tensão desenvolvida (que depende da quantidade de cargas acumuladas);
- como ela é descarregada (a resistência que ela encontra no caminho);
- a sensibilidade do material ou componente atingido (tipo de material);
- o nível da umidade relativa do ar.

Muitas de nossas atividades comuns e diárias podem gerar cargas em nosso corpo
que são potencialmente prejudiciais para os componentes eletrônicos. Alguns exemplos são
apresentados na tabela abaixo:

UMIDADE RELATIVA DO AR 65 a 95 % 10 a 20 %

Atividades geradoras de eletricidade estática Tensão Eletrostática (V)

Caminhar sobre o carpete 1.500 35.000


Caminhar sobre o um piso de vinil sem tratamento 250 12.000
Sentar numa cadeira com estofamento de vinil 700 6.000
Sentar numa cadeira com estofamento de poliuretano 1.500 18.000
Manuzear um envelope vinil de sedex ou malote 600 7.000
Pegar uma sacola plastica 1.200 20.000
Trabalhador numa bancada 100 6.000

A descarga eletrostática, em seu modo de fluir (ser descarregada), depende de


alguns fatores tais como a origem da descarga:
- proveniente do corpo humano,
- proveniente de uma máquina,
- carga natural do componente que é indiscriminadamente aterrado,
- carga eletrostática gerada para produzir trabalho (caso das copiadoras).

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No caso do corpo humano, as resistências elétricas aproximadas encontradas são


dadas na tabela abaixo

Parte do corpo humano que serve


Resistência elétrica
de caminho para a ESD
Ponta dos dedos Aproximad. 10 kohms
Palma da mão Aproximad. 1 kohms
Mão segurando um objeto metálico Aproximad. 500 ohms

Como foi citado, a sensibilidade do material ou componente é outro fator a ser


considerado. Na tabela abaixo temos as tolerâncias de alguns tipos de componentes
semicondutores.

Tensão máxima
Dispositivo eletrônico
suportada (Volts)
MOSFET 100 a 200
JFET 140 a 10.000
CMOS 250 a 2.000
SCR 680 a 1.000
Diodo Schottkly, TTL 300 a 2.500
Transistores Bipolares 380 a 10.000

Pense na Estática Como Contaminação.


O prejuízo causado por eventos invisíveis e indetectáveis podem ser entendidos
comparando a ESD com a contaminação hospitalar do corpo humano por vírus ou bactéria.
Embora vírus e bactéria são invisíveis, eles podem trazer danos severos até antes de se poder
descobrir sua presença. Uma defesa contra esta ameaça invisível é a esterilização.
Para o empregado, a ameaça escondida na descarga eletrostática deve ser de
grande preocupação. A ESD pode reduzir significativamente a rentabilidade da empresa. Isto
pode afetar seu lucro, habilidade da mesma em competir no mercado globalizado e até o
emprego dele. Todo mundo gosta de ter orgulho em seu trabalho, mas sem a ESD
adequadamente controlada, seus melhores esforços podem ser destruídos por eletricidade
estática que não é sentido e nem visto.

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3.20 – Descarga Atmosférica (raio):

Mesmo sendo um fenômeno natural, inserimos este tópico por considerarmos que
sua ocorrência causa muitos distúrbios nos sistemas de energia e pelo fato do mesmo ser
citado em alguns pontos deste trabalho. Mas o assunto deve ser pesquizado nas bibliografias
de vários autores estudiosos do assunto, tanto na área de aterramento elétrico quanto na área
de geologia.

Por isto, temos aquí, apenas uma breve teoria para explicação do fenômeno e para
elucidação de alguns distúrbios que surgem em função deles.

3.20.1 - HISTÓRICO DO RAIO:

Segundo estudos arqueológicos executados nas décadas de 40 e 50, em diversos


locais do planeta, ficou comprovado que o fenômeno “raio” sempre existiu, fazendo parte
inclusive da formação geológica da terra e de sua evolução.

A ciência atesta que há milhões de anos, no processo de resfriamento do planeta,


tempestades violentas existiam em abundancia. Com o resfriamento da terra, as tempestades
se estabilizaram, mantendo-se num equilíbrio natural.

Como a ação do raio é acompanhada pela luminosidade e trovoada, sua presença


sempre foi respeitada e observada, tendo-se encontrado registros arqueológicos como indica o
quadro a seguir:

Nacionalidade do Local da Ano de Local de


Arqueólogo
arqueólogo expedição referência referência
Nippur 1200 a. C.
James E. Americano
Eridu 5000 a. C. Mesopotâmia
Knudstad Univ. de Chicago
Tepe Gawra 3500 a. C.
Howard Carter Inglês Gizé 1100 a. C. Egito
Wilhelm W.
Alemão Sacai e Nara 1500 a. C. Japão
Kuehn
Egina
G. H. Luquet Francês 700 a. C. Grécia
Mégara
A. Hermann Alemão Nepal 9000 a. C. África

Na idade antiga, o raio estava sempre associado a deuses e divindades, sendo


fartamente apresentado na literatura grega de 700 a. C., onde temos os registros mitológicos
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de Zeus (Deus do raio). Também temos registros na mitologia chinesa, onde encontra-se Tien
Mu (Deusa da trovoada) e Lien Tsu (Deus do Trovão). O fenômeno raio passou a ser tão
rotineiro naquela época, que a partir de certa data encontramos vários registros em diversos
documentos e manuscritos, que são citados inclusive na Bíblia.

Antigamente, os efeitos destrutivos do raio eram associados às pedras


incandescentes que violentamente caíam do céu na ponta do raio. Só no século XVIII
começaram os pesquizadores a associar o raio aos fenômenos da descarga elétrica das cargas
acumuladas nas nuvens. Deste modo, o arco elétrico associado à descarga explicou a
luminosidade do raio, sendo que a trovoada é produzida pelo rápido aquecimento e expansão
súbita do ar.

Ainda no século XVIII, temos diversas experiências de alguns cientistas que


contribuíram para deixar o início das grandes pesquisas e descobertas de nosso século.

Benjamin Franklin e Romas, mostraram através de uma experiência de empinar


uma pipa durante uma tempestade, a existência de cargas elétricas nas nuvens. Franklin
registrou que sentiu pequenas descargas elétricas intermitentes pelo seu corpo.

Éster e Geitel explicam a formação de cargas nas nuvens, e consequentemente a


formação dos raios.

O pesquisador russo G. W. Richman não teve a mesma sorte, pois ao repetir a


experiência de Franklin, morreu fulminado pelo raio que caiu em sua pipa, mostrando assim o
caminho a ser seguido pelos pesquisadores a respeito de escoamento da descarga.

Alguns pesquisadores americanos e alemães, amarraram balões e pipas ao corpo


de animais, para estudar os efeitos e reações fisiológicas dos animais devido ao raio.

Com a evolução tecnológica dos tempos atuais, foram montados alguns laboratórios
nos Estados Unidos e em alguns pontos da Europa, onde usa-se processo mais sofisticado,
como o de criar entre o laboratório e a nuvem um caminho de ar ionizado produzido pelo
lançamento de foguetes. Através desse caminho, a probabilidade do raio escoar para terra é
maior, possibilitando um melhor exame do raio através de máquinas fotográficas rotativas
especiais de alta velocidade, que foram desenvolvidas para congelar várias tomadas
sucessivas do raio, bem como através de oscilógrafos especiais para acompanhar sua
performance.

Os estudos evoluiram e chegaram aos efeitos dos raios depois que tocam a terra.
Seus efeitos dissipativos rasos e profundos no solo, a geração de correntes telúricas e seus
fluxos pelo solo, frequências espúrias geradas, diferença de potencial entre pontos distantes e
pontos justos, o efeito de saturação do solo nas suas diversas camadas e muitos outros que
vão de encontro às nossas necessidades de gerar proteções cada vez mais eficazes para os
sistemas elétricos em geral.

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3.20.2 - FORMAÇÃO DO RAIO:

Segundo alguns estudos, as nuvens que mais freqüentemente dão margem a raios
são os nimbus e os cúmulus, que na Europa estão entre os 300 e os 1000 metros de altura
sobre o nível do solo. Em geral estas nuvens têm base plana de 3 a 15 km², que se apresenta
carregada negativamente, enquanto o cume da nuvem assume carga positiva.

A parte da superfície terrestre que se encontra diretamente sobre a base da nuvem,


se carrega positivamente por indução eletrostática. Com isto, podemos reduzir o fenômeno ao
que acontece em um condensador quando o dielétrico está submetido a uma tensão tal que se
perfura.

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Sabemos que antes de chegar à perfuração, o dielétrico sofre uma espécie de


infiltração filiforme ramificada que precede o fenômeno final e que se inicia de modo mais
acentuado na armação negativa, enquanto que a ação da armadura positiva sobre o dielétrico
é menos apreciável. A penetração efetua-se por saltos e com uma certa velocidade, até
conseguir a formação de um caminho contínuo e a conseqüente descarga de perfuração.

Na formação dos raios observam-se os mesmos fenômenos, quer dizer, a


constituição de uma espécie de canalização filiforme devido à ionização de capas cada vez
maiores da parte da atmosfera situada entra a nuvem e a terra, que conduz para esta uma
descarga negativa, lenta e pouco luminosa, que não progride de modo contínuo, mas segundo
direções imprevisíveis e com paradas no avanço.

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Ao mesmo tempo, do terreno, e especialmente das proeminências do mesmo,


casas, árvores, etc., parte uma descarga idêntica e de sinal oposto, denominada “Descarga de
Chamada”, que se alarga para o alto até encontrar o canal ionizado devido à ação da nuvem.
Neste momento acontece a perfuração do dielétrico com uma descarga final, chamada
“Descarga de Retorno”, de grande luminosidade e que dá origem ao trovão. Se estas
descargas não forem suficientes para neutralizar toda a carga da nuvem, forma-se então uma
sucessão de descargas contínuas da nuvem, até que seja atingido o equilíbrio.

Observou-se que o comprimento da descarga é tanto maior quanto mais elevada é a


estrutura da qual procede, com respeito ao terreno que a rodeia, o que explica a freqüente
queda de raios no cimo das montanhas ou edifícios de altura considerável, dado que muitas
vezes a descarga de chamada chega diretamente à nuvem.

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A espessura do canal de descarga, depende da resistência que o meio dielétrico


impõe, da distância entre o ponto de ignição e o de dispersão na terra, do volume de carga a
ser escoada e do nível de dispersão encontrado no solo. Para um mesmo instante de
escoamento, podemos ter várias ramificações com diferentes espessuras do canal.

Isto é devido ao fortíssimo gradiente que existe no extremo superior de tais


estruturas. Uma estatística norte-americana assinala uma média anual de dois raios para as
estruturas de altura não superior aos 200 m, enquanto que para alturas superiores à média,
aumenta consideravelmente. Estes valores não devem ser interpretados em modo absoluto,

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porém como resultado obtido considerando o número médio de raios caídos em um período de
um considerável número de anos.

Ao longo do movimento e fluxo do canal principal, formam-se caminhos secundários


que devido a influência de cargas na atmosfera ao redor do canal e dentro da própria nuvem,
além da ionização do ar, vão se formando as ramificações com diâmetros bem menores do que
o canal principal, com corrente média de 1 KA, fazendo com que esses canais se estinguam na
própria nuvem ou atmosfera carregada, não chegando ao solo, conforme mostra a sequência
de figuras a seguir.

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Aproveitamos para esclarecer aqui, a diferença entre raio, relâmpago e trovão


segundo alguns autores e pesquisadores:

- Raio: é a própria descarga elétrica que ocorre para a neutralização das


nuvens carregadas através de uma descarga que ocorre entre a nuvem e a
terra.

- Relâmpago: é o efeito luminoso causado pelo arco elétrico do raio, ou seja é


uma enorme centelha elétrica que salta de uma nuvem para outra de diferente
carga ou dentro da própria nuvem, causando assim uma descarga dentro da
nuvem, ou ainda da nuvem para a terra.

- Trovão: é o deslocamento da massa de ar que circula o caminho do raio em


função da elevação da temperatura (de até 30.000 graus), provocando a
expansão do ar e por isto o estrondo sonoro.

- Corrente Eletrônica: é o fluxo de descarga originada na nuvem e que parte


em direção à terra, percorrendo um caminho tortuoso e geralmente
ramificando-se. Estas descargas não são contínuas, mas se processam em
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etapas de algumas dezenas de metros e com intervalos de repouso de


algumas dezenas de microsegundos. Também conhecidas como descargas
piloto.

- Corrente Iônica: é o fluxo de descarga que se origina na terra indo de


encontro à descarga piloto, para formar a descarga principal.

- Corrente principal: é formada pelo encontro da corrente iônica com a


corrente eletrônica, formando um fluxo de intensidade muito alta (pode chegar
a valores de 250 kA dependendo da largura do canal) que segue para a terra,
provocando uma disruptura alta e por conseguinte o famoso trovão.

A distância entre a corrente iônica e a corrente eletrônica é que vai determinar o


valor da corrente principal (corrente de retorno ou descarga principal). Abaixo temos uma
tabela de referência para alguns valores em relação à distância entre elas:

Distância entre a corrente Nível da corrente


iônica e a eletrônica (m) principal (kA)
20 de 1 a 5
50 de 5 a 15
100 de 15 a 50
200 de 50 a 100
250 de 100 a 250

Quanto maior a magnitude da descarga principal descarregada no solo, dependendo


das características deste e da conformidade da estrutura de dispersão enraizada nele, maior a
probabilidade de disruptura deste solo, saturação de camadas, formação de fluxos de correntes
com frentes de ondas de frequências altíssimas com velocidades de propagação de ondas
altas também. Também temos que quanto maior a frequência, menor o tempo de dispersão em
função do meio de propagação.

Alguns autores consideram o relâmpago simplesmente o efeito luminoso. Mas as


diversas teses e postulados existentes teorizam que o raio sempre é composto do efeito
elétrico, luminoso e sonoro.

Como a luz é mais rápida do que o som, muitas vezes ouvimos o trovão bem depois
de vermos o raio ou relâmpago. Para saber a que distância caiu o raio, é só contar o tempo
entre a ocorrência luminosa e a sonora e dividir o resultado por 3. Como exemplo temos um
tempo de 12 segundos. Este dividido por 3 nos dá uma distância aproximada de 4 Km.

Alguns estudos e levantamentos meteorológicos de institutos oficiais e das Forças


Armadas, indicam uma estatística média anual de 1,2 raios para as estruturas de altura até 50
m do solo, independente da altitude da região e para as estruturas com altura superior, a média
anual chega a patamares bem maiores (considerar na ordem de 12,8 raios), dependendo da
região e de sua composição dentro dos mapas isoceráunicos.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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Os mapas isoceráunicos e em especial as linhas isoceráunicas neles traçadas


constituem uma boa base para o estudo da freqüência do fenômeno, posto que no projeto da
instalação necessária na proteção das edificações, pode ser útil, seguindo as linhas,
informando-se do que se fez em casos semelhantes e quais foram os resultados obtidos em
outras instalações.

Temos abaixo um exemplo do mapa isoceráunico da região sudeste.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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3.20.3 - APÓS A QUEDA DO RAIO:

A maioria dos estudos estão voltados para o fenômeno em si ou para os seus efeitos
em relação aos sistemas de proteção. Poucos são os estudos dedicados ao fenômeno durante
a sua dissipação no solo. Para efeito de pesquisa no setor de proteção e mais especificamente
no que diz respeito às malhas de aterramento, é de suma importância os estudos realizados na
geologia, pelos pesquizadores de renome tais como Orellana da Espanha, Prof. Kunetz de
Berlin, Prof. Dr. Antonio C. O. Braga da UNESP de Rio Claro – SP, e poucos mais, que tiveram
parte de seus estudos e pesquisas voltados para este lado do assunto.

Este assunto está intimamente relacionado com a característica geoeletrica do solo.


A seguir temos uma explicação do fenômeno da condutividade do solo, segundo o material
didático intitulado Métodos Geoelétricos Aplicados do Prof. Dr. Antonio C. O. Braga da UNESP
de Rio Claro – SP.

Observando-se os conceitos fundamentais da resistividade elétrica aplicados em


relação as propriedades fundamentais dos materiais, temos a Lei de Ohm que define uma
relação empírica entre a corrente fluindo através de um condutor e o potencial de voltagem
requerido para conduzir a corrente, em sua formulação V = R * I. Aumentando o comprimento
do condutor, o valor da resistência aumenta e se diminuirmos o diâmetro do condutor, o valor
da resistência também aumenta. Levando-se em consideração a natureza e o estado físico do
material, temos a formulação:
ρ∗L
V= ∗Ι
S
Portanto, a resistividade é o produto da tensão pela corrente por uma longitude
(ohm.m).

Abaixo temos a forma de onda típica de uma corrente de descarga atmosférica.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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E abaixo temos a forma de onda completa.

O tempo de duração do raio vai depender da amplitude da descarga, da resistência


que esta encontra no solo para seu escoamento, das características da frente de onda e das
modificações impostas pelo fenômeno ao ar que é o seu dielétrico, tais como a ionização deste.
Segundo estudos específicos da área, os raios do tipo negativo tem a intensidade de corrente
maior do que os positivos e portanto, sua curva característica tem duração maior e com picos
mais carregados.

Um solo pode ser considerado como sendo um agregado com estruturas de minerais
sólidos, líquidos e gases, onde sua resistividade é influenciada pelos seguintes fatores:
- resistividade dos minerais que formam a parte sólida do solo,
- resistividade dos líquidos e gases que preenchem suas lacunas ou poros,
- umidade,
- porosidade,
- textura e a forma e distribuição das lacunas,
- processos que ocorrem na quantidade de líquidos nas lacunas e a estrutura
mineral, tendo como exemplo o processo de absorção de íons na superfície
dos minerais, diminuindo a resistividade total deste solo.

Os mecanismos de propagação das correntes elétricas pelo solo podem ser do tipo:

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
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- condutividade eletrônica que deve-se ao transporte de eletrons na matriz do


solo, sendo a resistividade ditada pelo modo de agregação dos minerais e pela
quantidade e caracterítica das lacunas existentes.

- condutividade iônica que deve-se ao deslocamento dos íons existentes nos


líquidos contidos nas lacunas do solo, sedimentos inconsolidados ou fissuras
deste solo.

Logo, a resistividade do solo é função decrescente da quantidade de água, da


natureza dos sais dissolvidos e da porosidade (quantidade de micro lacunas) total
comunicante. Isto explica as diversas variáveis da resistividade para os diversos tipos de solo
ditando seus comportamentos frente às descargas elétricas no solo e ao comportamento das
malhas no mesmo.

Tomando-se como ponto de partida do estudo a descarga elétrica em um ponto do


solo, a uma distância de uma malha de terra, considerando que a corrente flui a partir do ponto
de inserção, radialmente ao longo de linhas diretas, haverá uma diferença de potencial nos
pontos de dispersão desta malha.

Porém, ao analisarmos o mesmo ponto onde houve a incidência da descarga,


dizemos que o solo ficou saturado, ou seja com a passagem abrupta da grande amplitude de
corrente num tempo muito curto, houve o consumo dos líquidos deste solo (por evaporação),
consumindo parte dos sais e a outra parte cristalizou, havendo tambem a expanção dos sólidos
em função do calor desprendido, fazendo com que a resistência do solo aumentasse.
Normalmente, após o fenômeno, o solo fica com uma característica meio escura.

Caso esta descarga caia numa malha de terra, ou seja canalizada para ela,
acontecerá o mesmo com o solo em seu entorno, e o mesmo deverá ser tratado para retomar
as características de dispersão. Levará um tempo para a recuperação natural, mas com os
compostos existentes, do tipo GEM, encurta-se o tempo de recuperação. Esta teoria pode ser
explicada pela tese de Ward (1990). Este fenômeno varia de solo para solo. Tambem temos a
disruptura do solo em torno das hastes dependendo da amplitude da corrente da descarga.
Mas a inércia desta disruptura pode ser prorrogada com o GEM, que tem uma estrutura de
material que resiste mais ao nível de corrente e principalmente à frente de onda, pois com a
maior dispersão de frequência, leva ao escoamento mais rápido e sem degradação do material,
dependendo é claro da intensidade de corrente.

Também temos o efeito da ionização do solo, principalmente ao redor das hastes,


que só se inicia depois de alcançado um determinado valor de densidade de corrente. O efeito
de ionização é similar ao do Efeito Corona, diferenciados pelo meio que é o solo para o
primeiro e o ar para o outro. Alguns modelos já foram propostos, mas o de melhor explicação
do fenômeno, e que nos dá a descrição do comportamento dinâmico das características de
aterramentos concentrados é o de Liew e Darveniza. No medelo propostos por eles, o solo é
caracterizado por tres zonas, dependentes da resistividade do solo e da densidade de corrente
conforme nos mostra a figura a seguir.
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Os potenciais que surgem, podem estar ligados à presença dos minerais que
formam a parte sólida do solo, atividade bioelétrica de materiais orgânicos, gradientes térmicos
e de pressão nos líquidos e gazes existentes e as camadas características do mesmo solo.

3.20.4 - CONSEQUÊNCIAS DO RAIO:

Um raio ao cair na terra, pode provocar grandes efeitos de destruição, devido ao alto
valor de sua corrente elétrica que gera intensos campos eletromagnéticos, calor, e outros.

Além dos danos causados diretamente pela corrente elétrica e pelo intenso calor, o
raio pode provocar sobretensões em redes de energia elétrica, em redes de telecomunicações,
de TV a cabo, antenas parabólicas, redes de transmissão de dados e praticamente todos os
sistemas que são consumidores de energia elétrica.

Essa sobretensão é denominada Sobretensão Transitória.

Por sua vez, as Sobretensões Transitórias podem chegar até as instalações elétricas
internas ou de telefones, de TV a cabo ou de qualquer unidade consumidora como residência,
comércio e serviços indústriais. Os seus efeitos, além de poder causar danos a pessoas e
animais domésticos, podem:

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- Provocar a queima total ou parcial de equipamentos elétricos ou danos à


própria instalação elétrica interna e telefônica entre outros.
- Reduzir a vida útil dos equipamentos;
- Provocar enormes perdas, com a parada de equipamentos, etc.

É importante salientar que as redes de energia elétrica, de telecomunicações são


obviamente totalmente separadas uma das outras.

As Sobretensões Transitórias originadas de descargas atmosféricas podem ocorrer


de dois modos:

- Descarga Direta: o raio atinge diretamente uma rede elétrica ou telefônica.


Neste caso, o raio tem um efeito devastador, gerando elevados valores de
sobretensões sobre os diversos circuitos.

- Descarga Indireta: o raio caindo a uma distância de alguns quilometros de


uma rede elétrica . A sobretensão gerada é de menor intensidade do que a
provocada pela descarga direta, mas pode causar sérios danos. Essa
sobretensão induzida acontece quando uma parte da energia do raio é
transferida através de um acoplamento eletromagnético com uma rede elétrica.

A maior parte das Sobretensões Transitórias de origem atmosféricas que causam


danos a equipamentos, são ocasionadas pelas descargas indiretas.

A ação destruidora dos raios se deve às elevadas amplitudes de corrente e tensão,


causando aquecimento e efeitos danosos. Já a ação de intermitência e interferência se deve à
intensidade dos campos e ondas eletromagnéticas que por sua vez espalham frequências
espúrias que são impossíveis de se planificar tais como a tensão e corrente.

Não podemos deixar aqui de comentar sobre o fenômeno do poder das pontas que
ocorre porque, em um condutor eletrizado a carga tende a se acumular nas regiões
pontiagudas, criando um campo elétrico maior que nas regiões mais planas.

Assim se aumentarmos continuadamente a carga elétrica no condutor, a intensidade


do campo elétrico em torno dele aumentará também, até que na região pontiaguda o valor da
rigidez dielétrica do ar será ultrapassado antes que isto ocorra nas demais regiões.

Portanto nas proximidades da região pontiaguda que o ar se tornará condutor e será


através da ponta que a carga se escoará.

É por isso que quando estamos em um campo aberto, não é aconselhável ficarmos
em pé ou debaixo de alguma árvore, pois podemos criar em volta um campo elétrico que
poderá romper a rigidez dielétrica do ar fazendo com que este se torne condutor e ocorra uma
descarga elétrica entre a pessoa ou a árvore e a nuvem.

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Conhecendo o poder das pontas, Benjamim Franklin teve então a idéia de construir
um dispositivo que exercesse uma proteção contra raio. Este dispositivo, o pára-raios exercerá
função de criar em volta dele um ar com características condutoras que fará com que o raio
caia sobre ele e não em qualquer lugar da vizinhança. É por isso que uma edificação sempre
tem que ter um pára-raios ou estar na zona de proteção de algum outro.

A partir desta mesma teoria, alguns autores desenvolveram os estudos técnicos e


matemáticos do poder das pontas para o solo, principalmente em função das hastes de
aterramento, salvaguardando algumas características e efeitos, principalmente no que diz
respeito à dispersão ou concentração de ondas eletromagnéticas.

Também temos estudos de alguns autores a respeito do efeito de ionização do solo


para sistemas de aterramento quando submetidos a elevados valores de correntes impulsivas e
a geração de campos e saturações eletromagnéticas. Estes efeitos nos interessa em função
da nossa filosofia de trabalho e pesquisa no campo da Eficiência Produtiva dos sistemas
elétricos industriais.

Queremos ainda citar os efeitos das perturbações de um choque em um ser humano


que variam e dependem de:
- Percurso da corrente elétrica pelo corpo;
- Intensidade da corrente elétrica;
- Tempo de duração de um choque;
- Espécie da corrente;
- Freqüência da corrente;
- Estado de umidade da pele;
- Condições orgânicas do individuo.

As perturbações no indivíduo manifestam-se por parada respiratória, parada


cardíaca, necrose, e alterações no sangue. Existem bibliografias especializadas neste assunto,
tanto na área de engenharia e principalmente na área médica com inúmeros e vastos estudos
de casos que podem explicar melhor e mais cientificamente os efeitos e sequelas das
descargas atmosféricas em animais e seres humanos.

As abordagens deste assunto em relação às diversas áreas, em seus


desenvolvimentos técnicos, matemáticos, físicos e geométricos prevalecem até hoje através de
diversos estudos, sendo constantemente complementados em função das modelagens e
trabalhos novos que vão sendo adicionados. Mas sempre temos como base, os trabalhos dos
grandes autores e profissionais aqui cotados.

3.21 – Interrupções transitórias:

São as interrupções cuja perda de potência ocorre durante 0,5 ciclo ou mais.

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3.22 – Interrupções momentâneas:

É uma subdivisão da interrupção transitória, e fica definida pela perda de potência


completa menor que 2 segundos.

3.23 – Interrupções temporárias:

Esta subdivisão é definida pela perda de potência completa com duração maior que
2 segundos e menor que 1 minuto.

3.24 – Interrupções sustentadas:

Aqui temos a perda de potência completa com duração maior que 1 minuto.

Os estudos apurados devem caracterizar (ou parametrizar) a existência dos diferentes


tipos de distúrbios, e ver quais os níveis que os equipamentos ou o sistema podem tolerar e os
que estão presentes no sistema em estudo.

De uma maneira ou de outra, os distúrbios elétricos contribuem para a instabilidade dos


sistemas e consequentemente para a ineficiência produtiva do mesmo, em função da
severidade do estressamento ou do line-board da instabilidade desses sistemas de potência.

A partir dos fenômenos conceituais aqui descritos, que estão geralmente envolvidos com
as instabilidades de tensão, corrente e principalmente frequência, temos que a sistematização
da Engª de Solução e Pesquisa, deve reconhecer as seguintes características:

- instabilidade de tensão em seu período de atuação,


- instabilidade de corrente,
- instabilidade de frequência,
- instabilidade transitória de ângulo,
- instabilidade de ângulo de pequeno sinal.

Todos os fenômenos aqui descritos estão relacionados com o nosso foco de estudo que
é harmônicos, frequências espúrias e instabilidades na frequência fundamental e frequências
de transmissão de dados e sinal; tanto na alimentação quanto no terra. Podemos afirmar que
qualquer destes distúrbios, ou causam ou são causados por harmônicos e frequências
espúrias.

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4 – AS DISTORÇÕES HARMÔNICAS

Como já foi citado, a distorção harmônica produz uma forma de onda que é não-
senoidal e repetitiva. Tal forma de onda pode ser decomposta em uma fundamental V1 e as
harmônicas V2, etc.. Usualmente, a maioria dos profissionais de engenharia, ligados
indiretamente à sistemas e instalações elétricas de potência, apenas estudam as harmônicas
no máximo até a sua 20ª ordem, considerando as de ordens maiores como despresíveis. Este
é um erro fatal para a diagnose e mitigação efetiva de um sistema com problemas.

Por enquanto, vamos nos ater ao caso da tensão rms que é dada por:
V=√(V12+ V22+...+ V202)

A tensão harmônica é definida como:

VH=√( V22+...+ V202) e portanto pode ser calculada como VH=√( V2 – V12)

A Distorção Harmônica Total (THD) é definida como THD= VH / V1 (%)

Portanto temos as expressões abaixo para tensão e corrente respectivamente:

∑V n
2

DHVT = 2
× 100 (%)
V1

∑I 2
n

DHIT = 2
× 100 (%)
I1

Harmônicas em excesso são uma preocupação uma vez que podem causar
aquecimento em máquinas síncronas / de indução, interferência em sistemas de comunicação
e transmissão de dados ou danos a capacitores e computadores.

As Harmônicas podem ser medidas com medidor portátil específico ou por um


monitor de QE. O segundo é preferível quando as harmônicas são variáveis. Os limites
aceitáveis são regulamentados pelas normas da IEEE e IEC, conforme os descritivos a seguir.

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NORMAS RELATIVAS À CORRENTE DE LINHA: HARMÔNICAS DE BAIXA


FREQÜÊNCIA
Norma IEC 1000-3-2: Limites para emissão de harmônicas de corrente (<16 A por fase)
Tabela II.1
Limites para as Harmônicas de Corrente
Classe C Classe D
Classe A Classe B
Ordem da Harmônica (>25W) (>10W, Classe D
Máxima Máxima
n % da <300W) [A]
corrente [A] corrente[A]
fundamental [mA/W]
Harmônicas Ímpares
3 2,30 3,45 30.FP 3,4 2,3
5 1,14 1,71 10 1,9 1,14
7 0,77 1,155 7 1,0 0,77
9 0,40 0,60 5 0,5 0,40
11 0,33 0,495 3 0,35 0,33
13 0,21 0,315 3 0,296 0,21

15<n<39 3 3,85/n 2,25/n

Harmônicas Pares
2 1,08 1,62 2
4 0,43 0,645
6 0,3 0,45

8<n<40

Recomendação IEEE para práticas e requisitos para controle de harmônicas no


sistema elétrico de potência: IEEE-519
Esta recomendação (não é uma norma) produzida pelo IEEE [2.4] descreve os
principais fenômenos causadores de distorção harmônica, indica métodos de medição e limites
de distorção.
Seu enfoque é diverso daquele da IEC, uma vez que os limites estabelecidos
referem-se aos valores medidos no Ponto de Acoplamento Comum (PAC), e não em cada
equipamento individual. A filosofia é que não interessa ao sistema o que ocorre dentro de uma
instalação, mas sim o que ela reflete para o exterior, ou seja, para os outros consumidores
conectados à mesma alimentação.

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forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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Os limites diferem de acordo com o nível de tensão e com o nível de curto-circuito


do PAC. Obviamente, quanto maior for a corrente de curto-circuito (Icc) em relação à corrente
de carga, maiores são as distorções de corrente admissíveis, uma vez que elas distorcerão em
menor intensidade a tensão no PAC. À medida que se eleva o nível de tensão menores são os
limites aceitáveis.

A grandeza TDD (Total Demand Distortion) é definida como a distorção harmônica


da corrente, em % da máxima demanda da corrente de carga demanda de 15 ou 30 minutos.
Isto significa que a medição da TDD deve ser feita no pico de consumo.

Harmônicas pares são limitadas a 25% dos valores acima. Distorções de corrente
que resultem em nível cc não são admissíveis.

Tabela II.2
Limites de Distorção da Corrente para Sistemas de Distribuição (120V a 69kV)
Máxima corrente harmônica em % da corrente de carga (Io - valor da componente
fundamental)
Harmônica ímpares:
Icc/Io <11 11<n<17 17<n<23 23<n<35 35<n TDD(%)
<20 4 2 1,5 0,6 0,3 5
20<50 7 3,5 2,5 1 0,5 8
50<100 10 4,5 4 1,5 0,7 12
100<1000 12 5,5 5 2 1 15
>1000 15 7 6 2,5 1,4 20

Tabela II.3
Limites de Distorção da Corrente para Sistemas de Sub-distribuição (69001V a 161kV)
Limites para harmônicas de corrente de cargas não-lineares no PAC com outras cargas
Harmônicas ímpares:
Icc/Io <11 11<n<17 17<n<23 23<n<35 35<n TDD(%)
<20 2 1 0,75 0,3 0,15 2,5
20<50 3.5 1,75 1,25 0,5 0,25 4
50<100 5 2,25 2 0,75 0,35 6
100<1000 6 2,75 2,5 1 0,5 7,5
>1000 7.5 3,5 3 1,25 0,7 10

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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Tabela II.4
Limites de distorção de corrente para sistemas de alta tensão (>161kV) e sistemas de
geração e co-geração isolados.
Harmônicas ímpares:
Icc/Io <11 11<n<17 17<n<23 23<n<35 35<n THD(%)
<50 2 1 0,75 0,3 0,15 2,5
>50 3 1,5 1,15 0,45 0,22 3,75
Para os limites de tensão, os valores mais severos são para as tensões menores
(nível de distribuição). Estabelece-se um limite individual por componente e um limite para a
distorção harmônica total.

Tabela II.5
Limites de distorção de tensão
Distorção individual THD
69kV e abaixo 3% 5%
69001V até 161Kv 1,5% 2,5%
Acima de 161Kv 1% 1,5%
wer System. Project IEEE-519. Outubro 1991.

A presença dos harmônicos nas Máquinas elétricas (trafos, geradores motores e


outros), origina uma diminuição do rendimento da máquina, que se deve não só à existência de
campos girantes com sentido de rotação contrário ao do campo fundamental, mas também ao
aumento das perdas no cobre e no ferro da máquina. Este aumento das perdas leva à
chamada desclassificação das máquinas. O fator K de um sistema, está diretamente
relacionado com tal desclassificação.

Se a corrente elétrica que circula nos enrolamentos de uma máquina for não
sinusoidal, o seu valor eficaz será dado pela raiz quadrada da soma dos quadrados dos valores
eficazes das respectivas ordens harmônicas (incluindo a fundamental) e da ordem contínua.
Claro que sendo a corrente não sinusoidal, e portanto contendo ordens harmônicas, o seu valor
eficaz verdadeiro será superior ao que seria se fosse somente sinusoidal (apenas a
fundamental).

Usualmente as componentes harmônicas de corrente provem de cargas não lineares


ou de alguns disturbios no sistema elétrico, enquanto as distorções harmônicas da tensão é
devida à interação entre estas correntes e a impedância dos sistema e da linha.

A seguir temos os problemas associados à distorção da corrente segundo a


demonstração da expressão matemática:
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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- Baixo Fator de Potência:

- Para tensão e correntes senoidais:

- Para Tensão senoidal:

Abaixo temos um exemplo de uma onda distorcida e o seu respectivo espectro.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
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Para melhor entender a forma de onda e seu espectro, temos a figura tridimensional
da onda da figura anterior.

Cada ordem harmônica apresenta uma sequência, que poderá ser de sequência
positiva, negativa ou nula. Para efeito de estudos e simulações de sistemas, levamos em
consideração as harmônicas de ordem ímpar, apesar de em estudos mais avançados,
observarmos que a resultante de duas impares consecutivas, gera uma resultante de ordem
par entre as duas, podendo gerar oscilações mecânicas em sistemas turbina-gerador ou motor-
carga. Veremos este fato no desenvolvimento do item 6.3, 6.4, 6.5, 6.6 e 6.7, onde vamos
verificar oscilações mecânicas em enrolamentos de trafos e máquinas. Os famosos “zumbidos
esquisitos” de máquinas e trafos podem denotar a presença de harmônicos com características
graves para o sistema como um todo.

Por isto, é importante ter noção do desenvolvimento das sequências das ordens
harmônicas e se definir as resultantes em módulo, ângulo e sinal. Mostramos a seguir o quadro
com as sequências de algumas harmônicas de maior volume de estudos, podendo-se estender
a tabela à ordens maiores conforme a necessidade de estudo.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
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QUADRO DE SEQUÊNCIAS DE ORDENS HARMÔNICAS


Tipo Sequência + - 0 + - 0 +
Ordens
h=1 h=2 h=3 h=4 h=5 h=6 h=7
Harmônicas
de Potência

harmônicas
Frequência 60 120 180 240 300 360 420
Ordens
h=8 h=9 h = 10 h = 11 h = 12 h = 13
harmônicas
Frequência 480 540 600 660 720 780
Dependente do

características
carregamento

Ordens
h= 14 h = 15 h = 16 h = 17 h = 18 h = 19
harmônicas
e das

Frequência 840 900 960 1020 1080 1140

Ordens
h= 20 h = 21 h = 22 h = 23 h = 24 h = 25
harmônicas
Frequência 1200 1260 1320 1380 1440 1500
Ordens
h= 26 h = 27 h = 28 h = 29 h = 30 h = 31
harmônicas
Frequência 1560 1620 1680 1740 1800 1860
Ordens
Harmônicas em PWM

h= 32 h = 33 h = 34 h = 35 h = 36 h = 37
harmônicas
Frequência 1920 1980 2040 2100 2160 2220
Ordens
h= 38 h = 39 h = 40 h = 41 h = 42 h = 43
harmônicas
Frequência 2280 2340 2400 2460 2520 2580
Ordens
h = 44 h = 45 h = 46 h = 47 h = 48 h = 49
harmônicas
Frequência 2640 2700 2760 2820 2880 2940
Ordens
h = 50 h = 51 h = 52 h = 53 h = 54 h = 55
harmônicas
Frequência 3000 3060 3120 3180 3240 3300
Ordens
h= 56 h = 57 h = 58 h = 59 h = 60 h = 61
harmônicas
Frequência 3360 3420 3480 3540 3600 3660

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Podemos observar que o quadro anterior está dividido em 3 seções, sendo que na
1ª, as ordens são consideradas Harmônicas de Potência, na 3ª temos as ordens das
Harmônicas em PWM e na 2ª dependendo da amplitude que as mesmas carregam e das
caracteríisticas, podem ser consideradas de potência ou em PWM.

É necessário atenção na definição e nas características das harmônicas baixas em


PWM, em virtude das amplitudes de corrente e da composição do bargraph, para se tomar
decisões e ações de contenção das mesmas.

Outra observação que deve-se ter são as características do bargraph. Nos gráficos
abaixo, temos exemplos de uma característica DIATÔNICA NEGATIVA, onde temos as
impares consecutivas com a 1ª mais alta do que a segunda, nos diversos níveis de
carregamento dos diferentes circuitos.

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No gráfico abaixo, temos um exemplo de uma característica DIATÔNICA POSITIVA,


até a 13ª ordem, uma característica de torre com uma resultante ressonante na 18ª ordem em
função da soma da 17ª com a 19ª e uma característica DIATÔNICA NEGATIVA, nas demais.
Este circuito apresentava problemas com estufamento das “latas” dos capacitores e era
intermitente, ou seja, o gráfico variava, além de termos uma temperatura alta no trafo.

Temos ainda várias outras características, que pela experiência, demonstra


claramente os efeitos das distorções harmônicas nos sistemas.

Este assunto será esplorado com maior profundidade no capítulo 5, onde tem-se a
análise dos espectros, suas caracterizações e consequências.

Sabendo-se que cada instalação e seus ramais, tem suas características intrínsecas
e particulares, em termos de alimentação, carregamento, sazonalidade operacional, níveis
harmônicos, transientes e transitórios, frequência de corte e outros, notamos características
semelhantes conforme o tipo de carga e o tipo de aplicação desta. Portanto, existe uma
estatística de problemas, sinistros e eventos para os diversos setores de consumidores,
estando uns avaliados em grau de risco mais alto e outros mais baixo.

Após várias pesquisas, ao longo dos últimos 10 anos, de diversos profissionais,


entidades acadêmicas e empresas especializadas, temos a seguir os seguintes níveis de
distorções harmônicas geradas conforme alguns dos setores industriais.

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Planilha dos exemplos dos níveis de distorções harmônicas


Valores Valores Tipos de
Ramo de médios Máximos cargas
Setor Alimentação
atividade
THDI THDV THDI THDV Não lineares
13,8 KV 15,0 8,0 40,0 14,6 Fornos a arco e
Siderurgia
460 V 63,0 14,0 86,0 21,0 indução

13,8 KV 4,0 0,5 8,9 0,8


Motores
460 V 32,0 2,2 46,0 2,5
Metalurgia
13,8 KV 8,0 1,0 14,0 2,0
Soldas
460 V 43,0 2,9 56,0 3,5

Usinas de 13,8 KV 4,0 0,5 8,0 0,6


Motores
alcool 460 V 28,0 2,1 36,0 2,9
13,8 KV 20,0 1,0 40,0 1,5 Geradores e
Cogeração
460 V 28,0 1,8 38.0 2.5 motores

13,8 KV 2,5 0,8 5,0 1,0


Industrial Bebidas Motores
460 V 7.3 1.1 13.8 1.6
13,8 KV 3,0 0,9 9,0 1,1 Motores e
Cimento
460 V 11,0 1,3 19,0 1,9 esteiras

Borracha e 13,8 KV 4,0 1,0 7,0 1,1 Motores e


plasticos 460 V 8,3 1,3 17,4 1,9 aquecedores

13,8 KV 3,0 1,0 5,6 2,0 Motores e


Alimentícia
460 V 4,0 2,1 9,1 3,2 aquecedores

13,8 KV 4,0 0,9 6,0 1,3


Textil Motores
460 V 6,7 1,3 13,5 2,3
13,8 KV 3,5 1,5 6,0 1,8
Labratórios Motores
460 V 4,8 2,1 11,9 3,5
Equipamentos 13,8 KV 2,5 0,8 5,0 1,0
Portuária de elevação e Motores
transporte 460 V 15,3 1,9 27,2 3,1

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Planilha dos exemplos dos níveis de distorções harmônicas


Valores Valores Tipos de
Ramo de médios Máximos cargas
Setor Alimentação
atividade
THDI THDV THDI THDV Não lineares
13,8 KV 10,0 2,5 19,0 6,3 Equipamentos
Telefonia fixa
220 V 22,0 5,0 65,0 16,7 de centrais

13,8 KV 2,5 1,5 5,1 1,9 Equipamentos


de CCCs
Telecomunicações

Telefonia 380 V 11,3 2,2 21,9 3,9


móvel 13,8 KV 8,0 1,0 14,0 2,0 Equipamentos
220 V 17,5 3,7 26,9 5,3 de ERBs

13,8 KV 4,0 0,5 8,0 0,6


Rádios Transmissores
220 V 23,5 2,9 37,9 4,5
13,8 KV 20,0 1,0 40,0 1,5
Centrais de
380 V 5,8 1,2 17,3 2,1 Estudios e CTs
TV
220 V 13,5 3,6 31,7 5,1

Linhas 13,8 KV 3,0 0,9 9,0 1,1


Ferroviária

Retificadores
Férreas 460 V 22,6 5,6 66,9 8,4

Centrais de 13,8 KV 4,0 1,0 7,0 1,1 Equipamentos


controle 220 V 13,4 1,5 28,3 2,1 de CCTs

13,8 KV 3,0 1,0 5,6 2,0 Centrais de ar


Comercial

Shoppings
380 V 13,2 1,6 24,9 1,9 e Iluminação

Núcleos de 13,8 KV 3,5 1,5 6,0 1,8 Computadores


PD 380 V 11,1 1,8 22,5 2,3 e periféricos

13,8 KV 3,1 1,0 5,4 2,0


Condominial

Residências Elevadores e
classe alta 220 V 9,2 2,3 36,1 3,4 Iluminação

Salas 13,8 KV 3,5 1,5 6,0 1,8 Computadores


comerciais 220 V 24,1 4,7 42,9 7,1 e periféricos

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Planilha dos exemplos dos níveis de distorções harmônicas


Valores Valores
Ramo de Tipos de cargas
Setor Alimentação médios Máximos
atividade
THDI THDV THDI THDV Não lineares
13,8 KV 15,0 8,0 40,0 14,6
Clínicas Iluminação
220 V 9,5 1,3 17,9 2,2
13,8 KV 4,0 0,5 8,9 0,8 Centros
380 V 11,5 2,3 22,7 3,6 cirúrgicos
Hospitalar

Hospitais
13,8 KV 8,0 1,0 14,0 2,0 Centros de
220 V 13,1 2,4 25,5 3,6 diagnoses

13,8 KV 4,0 0,5 8,0 0,6 Equipamentos


Laboratórios
220 V 11,3 1,9 16,8 3 eletrônicos

Centros de 13,8 KV 20,0 1,4 40,0 1,9 Equipamentos de


Diagnose 220 V 11,9 2,1 23,1 3,2 diagnose

Classe média 220 V 2,5 0,7 5,0 1,1 Iluminação e


Residencial
Classe alta 220 V 5,3 1,9 27,1 2,7 eletrodomésticos

Os dados relacionados nas tabelas acima se referem às várias extratificações (nas


chaves gerais de entrada) de diversos autores de medições, em várias empresas e de
trabalhos em entidades acadêmicas, ao longo dos últimos 10 anos na região sudeste.

Pode haver alterações para maior, em função do desenvolvimento tecnológico da


automação industrial, equipamentos eletrônicos de telecomunicações e hospitalares,
eletrodomésticos, e várias outras cargas, que são a base dos níveis de geração de harmônicos
nas instalações. Porém, essas tabelas servem como parâmetro para as análises particulares
de cada setor de consumo.

Seria prudente preparar uma tabela que demonstrasse os níveis harmônicos de


diversos equipamentos industriais geradores de distorções harmônicas e de diversos
fabricantes, que provavelmente facilitaria para os projetistas na elaboração dos projetos de
instalações elétricas industriais, possibilitando uma menor margem de erros dentro do contexto
da eficiência produtiva.

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Para complementar, temos a tabela a seguir, com os parâmetros gerais das


correntes das cargas presentes num edificil comercial.

Quadro das características de equipamentos num edificil comercial


THDI IHDI (%)
Carga Operação
RMS Fund Harm % 3ª 5ª 7ª 9ª
Parado 0,25 0,16 0,2 130 88 68 44 24
Aparelho de Fax Imprimindo 3,75 3,74 0,22 6 5 2 2 3
Enviando 0,25 0,16 0,19 120 87 65 39 18
Relógio Ligado 0,05 0,05 0,02 47 19 5 6 1
PC Pentium Ligado 0,69 0,49 0,48 98 79 51 22 8
PC Macintosh Ligado 1 0,6 0,8 130 90 72 50 32
PC Laptop Ligado 0,16 0,09 0,13 140 92 78 60 40
Monitor 17” Ligado 0,61 0,4 0,46 110 87 61 35 17
Phone Switch Ligado 0,12 0,11 0,04 40 34 18 7 4
Parada 1 0,59 0,81 140 88 74 11 39
Fotocopiadora
Copiando 10,5 10,4 1,76 17 5 13 7 1
Vídeo Cassete Ligado 0,19 0,11 0,16 150 91 77 62 47
Sistema de vídeo Ligado 0,93 0,6 0,71 120 86 65 42 21
Microondas Ligado 9 8,21 3,69 45 43 12 4 2,2
Refrigerador Resfriando 4,46 4,45 0,22 5 4 2 1 0,6
Maq esc elétrica Ligada 0,11 0,1 0,03 33 30 10 7 4
Fluoresc eletrôn Ligada 0,12 0,08 0,09 120 85 64 40 22
Fluoresc PL Ligada 0,13 0,13 0,02 15 3,9 9,2 3,7 3,1
Fluoresc magnet Ligada 0,31 0,31 0,04 13 12 3 2 0,8
UPS Carga PC 7 4,31 5,52 130 89 71 49 27

Impressora Parada 0,26 0,16 0,21 130 90 73 52 30


Laser Imprimindo 0,4 0,27 0,3 110 85 61 34 10

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
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O aumento significativo dos níveis de harmônicos ao longo dos anos, se deve aos
seguintes fatores:
- Maior utilização de lâmpadas de descarga no lugar das lâmpadas
incândescentes.
- Aumento do volume de aplicação dos controladores de velocidade (ASD) e
partida de máquinas e processos, tais como inversores, softstarts, PLCs e outros.
- Aumento da sofisticação e dos níveis de frequência dos clocks de
computadores e centros de controles inteligentes dos vários setores.
- Aumento da sofisticação e precisão dos equipamentos de diagnose e
controles hospitalares.
- Aumento da sofisticação dos eletrodomésticos em geral.

Esta tendência exagerada, generalizada e necessária da sofisticação dos


equipamentos e controles, faz com que o conteúdo harmônico injetado nos sistemas seja cada
vez mais elevado, elevando a circulação das correntes harmônicas pelas redes de distribuição,
causando uma série de efeitos indesejáveis nos diversos tipos de consumidores,
comprometendo cada vez mais a qualidade de energia, gerando influências destacadas a
seguir:
- Maior consumo de energia reativa, causando redução no fator de potência e
aumento das quedas de tensão nos sistemas e redes de distribuição.
- Aumento do nível de distorções de tensão, transitórios, transientes e
intermitências em geral, causando sinistros e queimas em equipamentos dos consumidores e
até das concessionárias.
- Aumento dos níveis de ressonância nas redes e sistemas de distribuição.

Por isto, cada vez se torna menor os níveis de suportabilidade dos sistemas e redes
de distribuição, causando perdas de equipamentos, de receita para todos (consumidores e
concessionárias) e perdas de produção.

A partir de estudos ao longo de todos esses anos de Engenharia Elétrica dentro do


meio acadêmico, com desenvolvimento e soluções matemáticas e abordagens de pesquisas
laboratoriais e de campo aplicativo, obteve-se a conceituação dos transientes de Energia
Simples, que são aqueles nos quais existe somente uma forma e locação de energia
armazenada (magnética ou elétrica). Quando ambas as energias são contidas ou aceitas pelo
circuito, um transiente de Energia Dupla ou Multipla pode ser envolvido.

A partir da conceituação, obteve-se a classificação quanto a ocorrência como:


- Transientes de iniciação – onde um circuito originalmente parado é ativado.

- Transientes de rebaixamento – nos quais um circuito ativado se torna


desativado mais ou menos rapidamente, e alcança um eventual estado estático
de corrente e/ou voltagem zero.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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- Transientes de transição – quando há uma mudança súbita de um estado


estático para outro, sendo ambos energéticos.

- Transientes complexos – nos quais um circuito, enquanto ainda em período


de transição devido a uma perturbação, é sujeito a mais perturbações; ou nos
quais a força perturbante é variável.

- Transientes de relaxação – nos quais ocorre ciclicamente uma transição para


estados que, quando alcançados, se tornam instáveis.

Existem classificações mais detalhadas relacionadas com a distinção e interconexão


de circuitos nas suas forma simples ou complexas, com parâmetros fixos ou variáveis.

O assunto é de grande alcance e complexidade e não lhe pode ser feita justiça em
pequena extensão. Os poucos compêndios existentes, tratam do assunto em no máximo dois
capítulos ou como pequenos ganchos de explicação dentro da matéria de análise de circuitos
ou de redes.

Com o aprofundamento dos estudos de transientes, distúrbios e harmônicos, caíram


alguns mitos tais como o de que não há transientes em um circuito resistivo, pois tal circuito
nunca está isolado dentro de uma instalação devido simplesmente à sua alimentação de
tensão e corrente, que já vem composta de transientes, distúrbios e harmônicas de outras
áreas, e que influenciam substancialmente nestes circuitos. Tendo em vista que o próprio
equipamento resistivo, processa energias elétricas e magnéticas existentes no seu alimentador,
bem como as energias advindas ou geradas pelo seu próprio campo elétrico. Portanto, temos
também os efeitos das harmônicas nos circuitos resistivos, e tais efeitos são nocivos tanto
quanto em qualquer outro tipo de circuito.

As harmônicas são ondas que possuem frequências múltiplas da frequência


fundamental (60Hz) e são classificadas dentro do universo dos transientes. A corrente
harmônica pode ser comparada à corrente de curto-circuito. A corrente de curto-circuito flui da
fonte que a gera para a fonte de energia e nâo se consome com a impedância do sistema. Já a
corrente harmônica flui da fonte que a gera em direção à fonte de energia, porém se consome
com a impedância do sistema. Quando há ressonância no sistema, o fluxo de corrente
harmônica vai em direção ao par ressonante (Indutância ou capacitância) alterando a
característica citada.

Também devemos observar as harmônicas geradas nas sobretensões dos impulsos


atmosféricos e as geradas dos impulsos de manobras. As frequências espúrias e os distúrbios,
incluindo os harmônicos, são de amplitude mais alta e periodicidade bem menor nos impulsos
atmosféricos, tornando-se até mesmo uma rajada de harmônicos. Já nos impulsos de
manobras, temos amplitude menor e periodicidade maior, caracterizando uma permanência
bem maior no sistema, com mais chance de provocar sinistros, do que os impulsos
atmosféricos que podem causar “acidentes”, em se tratando dos níveis harmônicos gerados.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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Para entendermos melhor, este último parágrafo temos como base um item do livro
“Transitórios Eletromagnéticos em Sistemas de Potência” do Engº Luiz Cera Zanetta Junior,
que explica muito bem e da seguinte maneira resumida no gráfico abaixo.

A forma de onda de uma sobretensão de impulso de manobra tem uma frente de


onda lenta, enquanto a forma de onda de uma sobretensão de impulso atmosférico tem uma
frente de onda rápida, onde as frequências presentes nos dois tipos de transitórios tem valores
característicos menores para impulsos de manobras e maiores para impulsos atmosféricos.
Quando há a incidência destas sobretensões em circuitos com a presença de ressonância, as
perdas e os transitórios gerados são maiores, mas tendem a se consumir espontaneamente
mais rápido em função da impedância intrínseca.

A análise da forma de onda distorcida é feita através da decomposição da mesma


em formas de ondas senoidais a 50 ou 60HZ (fundamental) e múltiplas da mesma. Essas
formas de onda com frequência múltipla da fundamental denominam-se componentes
harmônicas ou simplesmente harmônicas.

Tal análise, denominada Análise de Fourier, permite quantificar os níveis de


harmônicos existentes no sistema. Quando diminuímos ou eliminamos os níveis de harmônicos
do sistema, estamos diminuindo ou eliminando as distorções de tensão e corrente do sistema.
Na realidade, a eliminação total é impossível, mas dentro de parâmetros operacionais
aceitáveis, o máximo de diminuição dos níveis de harmônicos, já são suficientes para se ter
uma aceitável operacionabilidade do sistema como um todo

Outro método de análise é a Análise de Wavelet, utilizada para a análise das


informações temporais durante a transformação dos sinais para o domínio da frequência. Nos
estudos de Qualidade de Energia Elétrica, muitos sinais de interesse, carregam numerosas
informações não estacionárias ou transitórias, tais como impulsos, sags e outros. Apesar das
técnicas de janelamento de sinal também conhecido como Transformada de Fourier de tempo
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reduzido (STFT), que apresentam o sinal em análise em função da frequência e tempo


simultâneamente, o método de Wavelet se mostra mais eficaz e seguro.

Até agora, e em qualquer descritivo sobre o assunto de Harmônicos ou


interharmônicos, temos as siglas DFT, FFT, STFT e outras. Para que não haja dúvidas, temos
as seguintes definições:

- DFT (Discrete Fourier Transform) é a aplicação numérica da Análise de


Fourier. Na prática, o sinal é analisado acima de um período limitado de tempo
(Tw), usando um número limitado (M) de amostras do sinal real. O resultado do
DFT depende da escolha destes parâmetros, Tw e M. O inverso de Tw é a
frequência básica do DFT (fb)

- FFT (Fast Fourier Transform) é um algorítimo especial que admite um


pequeno tempo de computação. Isto requer que o número de amostras (M)
seja um múltiplo inteiro de 2 (M = 2i). Porém, os modernos processadores
digitais de sinal tem tal capacidade, que a complexidade extra numa DFT
(tabelas das funções seno e coseno) pode ser mais econômica e flexível do
que as frequências bloqueadas das FFTs.

- STFT (Short time Fourier Transform) é um algorítimo que como já foi dito
analisa o sinal em função da frequência e tempo simultâneamente.

Outra ferramenta matemática utilizada é a função de Bessel.

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5 – CARACTERIZAÇÃO DAS DISTORÇÕES HARMÔNICAS


SEGUNDO O BARGRAPH
Como já foi citado anteriormente, as distorções harmônicas de um sistema são
estudadas em forma de bargraph, ou seja decomposição pictográfica em forma de espectro
mostrando cada ordem conforme já mostrado e mais uma vez exemplificado na figura abaixo.

A figura acima é uma foto da tela do instrumento analisador de espectro da Fluke, com
a medição no ponto descrito, nas instalações de uma rede de TV. Para esta medição, tem-se a
respectiva estratificação, com a geração dos gráficos correspondentes como vemos a seguir.

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No gráfico anterior, temos o espectro das ordens harmônicas, com as porcentagens de


cada ordem existente naquele ponto, os dois cursores setados nas 2 maiores ordens, onde
temos a visão de ordens pares de pequena amplitude. Este mesmo gráfico pode ser visto com
as ordens harmônicas com suas respectivas frequências, na forma logarítimica, com a
amplitude de corrente rms e com a corrente true rms conforme a sequência a seguir.

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Portanto, para cada medição, tem-se a possibilidade de gerar 5 gráficos de


estratificações diferentes, dando a possibilidade de fazer as devidas análises e comparações,
para se traçar um perfil do ponto medido que pode corresponder à um equipamento, um ramal,
alimentador ou alguma proteção. Também tem-se a geração do banco de dados com os
valores numéricos básicos originais relativos aos gráficos, conforme mostrado na sequência
numérica a seguir. Para nos situarmos, esta primeira parte se refere aos dados do datablock
visto no gráfico.

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"Title " "Amps"


"ID " 1
"Type " "Harmonics"
"Date " 01/21/95
"Time " 22:19:08
"X Scale " 6,003000E+01
"X At 0% " 0,000000E+00
"X Resolution " 0,000000E+00
"X Size " 52
"X Unit " "Hz"
"X Label " "Frequency"
"Y Scale " 0,000000E+00 0,000000E+00
"Y At 50% " 0,000000E+00 0,000000E+00
"Y Resolution " 0,000000E+00 0,000000E+00
"Y Size " 0
"Y Unit " "A" "Degrees"
"Y Label " "Amplitude" "Phase"
"Description " "Saída do trafo 9 - Fase R"

A seguir temos a base de dados da medição relativa ao gráfico propriamente dito.


Estes dados não podem ser mudados, para ser feito uma geração inversa, evitando assim um
falseamento de leitura ou de resultados. Esta base de dados, algumas vezes precisa ser
consultada, para se saber o valor exato das frequências e das amplitudes de corrente de cada
ordem, tendo em vista que cada linha abaixo se refere à uma ordem harmônica, com as
respectivas características.

Na 1ª coluna temos a ordem harmônica, na 2ª temos a amplitude de corrente rms e na


3ª coluna temos o angulo de fase respectivo daquela ordem. Os outros dados mostrados nos
gráficos são gerados pelo próprio software, que nada mais é o cálculo de porcentagens e
referências logaritimicas ou de amplitudes em relação à fundamental.

0,000000E+00 0,000000E+00 0,000000E+00


6,003000E+01 3,011300E+02 0,000000E+00
1,200600E+02 3,509000E-01 6,800000E+01
1,800900E+02 4,965000E+01 -1,690000E+02
2,401200E+02 1,140300E+00 1,230000E+02
3,001500E+02 1,596400E+01 1,180000E+02
3,601800E+02 2,631500E-01 -3,000000E+00
4,202100E+02 8,947000E+00 5,900000E+01
4,802400E+02 4,386000E-01 -1,310000E+02
5,402700E+02 4,561000E+00 -1,700000E+01
6,003000E+02 1,754300E-01 -8,800000E+01
6,603300E+02 5,701000E+00 -1,390000E+02

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14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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7,203600E+02 8,771000E-02 7,200000E+01


7,803900E+02 3,947000E+00 1,640000E+02
8,404200E+02 8,771000E-02 1,400000E+01
9,004500E+02 1,666600E+00 6,900000E+01
9,604800E+02 1,754300E-01 -3,700000E+01
1,020510E+03 9,649000E-01 4,900000E+01
1,080540E+03 8,771000E-02 -1,630000E+02
1,140570E+03 2,017500E+00 -6,600000E+01
1,200600E+03 8,771000E-02 -1,200000E+01
1,260630E+03 1,491200E+00 -1,610000E+02
1,320660E+03 2,631500E-01 1,280000E+02
1,380690E+03 1,228000E+00 1,070000E+02
1,440720E+03 2,631500E-01 4,800000E+01
1,500750E+03 5,263000E-01 3,300000E+01
1,560780E+03 1,754300E-01 -7,300000E+01
1,620810E+03 4,386000E-01 -2,500000E+01
1,680840E+03 8,771000E-02 -1,140000E+02
1,740870E+03 2,631500E-01 -1,290000E+02
1,800900E+03 2,631500E-01 1,500000E+02
1,860930E+03 2,631500E-01 1,420000E+02
1,920960E+03 8,771000E-02 -4,000000E+01
1,980990E+03 2,631500E-01 9,600000E+01
2,041020E+03 8,771000E-02 -8,200000E+01
2,101050E+03 8,771000E-02 -4,000000E+00
2,161080E+03 8,771000E-02 -1,600000E+02
2,221110E+03 1,754300E-01 -6,400000E+01
2,281140E+03 8,771000E-02 5,000000E+01
2,341170E+03 8,771000E-02 -1,060000E+02
2,401200E+03 1,754300E-01 1,470000E+02
2,461230E+03 8,771000E-02 -1,620000E+02
2,521260E+03 8,771000E-02 1,200000E+02
2,581290E+03 5,263000E-01 -4,200000E+01
2,641320E+03 1,754300E-01 1,600000E+01
2,701350E+03 2,631500E-01 -4,700000E+01
2,761380E+03 8,771000E-02 -8,800000E+01
2,821410E+03 8,771000E-02 3,300000E+01
2,881440E+03 8,771000E-02 8,900000E+01
2,941470E+03 2,631500E-01 -1,530000E+02
3,001500E+03 1,754300E-01 1,270000E+02
3,061530E+03 8,771000E-02 1,300000E+02

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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Outro tipo de gráfico que muito auxilia para determinar os níveis sazonais com
máximos e mínimos, é o de medição periódica com os parâmetros de THD e os de corrente
rms. Podemos tirar um instantâneo durante o periódico de um valor médio predominante,
conforme mostram os 3 gráficos a seguir.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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Com este tipo de gráfico, podemos conhecer os picos de harmônicos no ponto medido
no referido período, e podemos partir para as devidas análises necessárias.

Partindo-se para a análise dos gráficos de barra, cada tipo demonstra uma anomalia no
sistema e já pode nos mostrar o tipo de problema que pode estar acontecendo ou a vir a
acontecer dependendo das amplitudes das correntes harmônicas reinantes no mesmo.

Vamos aquí comentar alguns tipos de gráficos em suas características e efeitos reais
que aconteceram nos pontos medidos, conforme a denominação de cada característica.

5.1 – Característica Diatônica negativa:

Quando temos esta característica de bargraph, geralmente o sistema apresenta


problemas com fontes, PLCs, softstart, sistemas de controle em geral. Também pode ocorrer
os problemas com comando de controle erradas, ou perda de ordens de controle ou ainda
erros em monitorações sem haver a queima de componentes. A queima só existe de acordo
com a amplitude de corrente harmônica que a ordem carrega nos níveis de harmônicas de
potência. Porém, se o sistema suporta tal desnível, existe ainda o problema com as ordens em
PWM, que com um mínimo de amplitude de corrente em suas ordens, podem causar transtorno
nos níveis e itens de controle.

No caso da figura abaixo, o setor sofria com queima de fontes e mother boards dos
computadores. Em alguns casos, havia somente os resets indesejáveis de máquinas e o atrazo
no scaneamento de controle da rede.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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Podemos observar melhor, a partir da estratificação da mesma medição da figura


acima, conforme mostrado a seguir.

Na característica do gráfico acima, fica denotado que existe uma amplitude maior na
5ª, 11ª, 17ª, 23ª, 29ª, 35ª, 41ª e 47ª; existindo uma menor amplitude na ordem impar
subsequente. Pelas ordens citadas serem de sequência negativa e terem uma maior amplitude
de corrente, e sempre existir o carregamento em menor volume nas ordens subsequentes,
chamamos de diatônica negativa.

Deve-se ter muito cuidado quando do modelamento deste tipo de circuito, em virtude
das somatórias vetoriais (em módulo e ângulo). Normalmente os softwares fazem a somatória
certa, porém o erro é no carregamento dos dados. Disto depende o sucesso de um projeto de
filtragem ou de uma simples readequação do sistema.

5.2 – Característica Diatônica positiva:

Inversamente ao explicado no item anterior, neste tipo de característica, existe uma


amplitude maior na segunda ordem da dupla, ou seja, maior carregamento na 7ª, 13ª, 19ª e
assim por diante, existindo uma menor amplitude nas ordens anteriores. Pelas ordens citadas
serem de sequência positiva e terem uma maior amplitude de corrente, e sempre existir o
carregamento em menor volume nas ordens anteriores, chamamos de diatônica positiva.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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No caso da figura abaixo, o setor sofria com os erros no sistema automático de


correção do fator de potência e havia queima de algumas “latas” de capacitores no estágio
final, o que indicava que quando este entrava, colocava o sistema em ressonância.

A seguir temos a estratificação da figura acima.

Observamos que a característica é positiva até a 19ª ordem e daí por diante passa a
ter uma característica negativa nas ordens em PWM. Por isto o erro no comportamento de
controle do sistema.

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5.3 – Característica triatônica:

Esta é uma característica muito comum nos sistema, e comumente encontrada em


secundários de trafos e barramentos de QGBTs e CCMs. Mostramos abaixo duas figuras que
demonstram esta característica.

No caso do gráfico acima, o sistema apresentava problemas de aquecimentos em


alguns cabos de ramais, queima de motores e lâmpadas.

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5.4 – Característica de torre:

Com esta característica, observamos duas ordens impares subsequentes, onde há o


surgimento de uma ordem par intermediária de pequena amplitude, que demonstra a
possibilidade da existência de binários resistentes em enrolamentos de trafos à jusante do
ponto de medição ou de motores à montante deste, dependendo da direção do fluxo das
amplitudes harmônicas do sistema, conforme mostra a figura abaixo e seu gráfico estratificado.

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5.5 – Característica espraiada:

Esta característica é denotada pela existência de amplitudes de correntes


harmônicas em todas as ordens, podendo ser somente nas impares ou nas pares também,
conforme nos mostra a medição abaixo, que no caso, o sistema apresentava problemas de
controle dos PLCs e inversores. No caso abaixo, as amplitudes eram baixas, que não
apareciam na medição direta, mas na extratificação ficaram denotadas.

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5.6 – Característica de Vale:

Este tipo de característica, geralmente produz problemas de ordens digitais em


sistemas de controle e a queima de componentes ou equipamentos é decorrentes dos níveis
de harmônicas de potência existente neste gráfico. Esta configuração é comum em sistemas
carregados com PLCs e sistemas de comunicação.

Área de vale

Este tipo de característica também é encontrado em sistemas elétricos com


adensamento de computadores e impressoras à laser. Dependendo da configuração do
nobreak ou do estabilizador, estes podem ter suas saídas queimadas ou módulos de
estabilização queimados.

Um outro local que pode ser encontrado este tipo de característica são as
instalações de Call Centers.

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5.7 – Característica de ressonância indutiva:

Com esta característica de gráfico, normalmente temos uma ressonância indutiva,


que pode estar degradando motores ou enrolamentos de trafos ou qualquer outro na parte de
potência de transmissão de telecomunicações. A característica marcante é o aparecimento de
ordens pares carregando amplitudes de corrente harmônicas razoáveis, que pode ser
vizualizado na medição abaixo e no gráfico estratificado correspondente.

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5.8 – Característica de ressonância capacitiva:

A característica de ressonância capacitiva, que causa a degradação dos capacitores


no sistema, aparece com componentes DC, que chamamos de ordem par negativa, conforme a
medição abaixo e seu respectivo gráfico estratificado.

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5.9 – Característica de rampa negativa:

Esta característica denota um problema grave de sobreaquecimento do cabeamento


e do trafo de comando, com saturação do neutro/terra com problemas de queima de
equipamentos conectados no secundário do mesmo, além de ordens de comandos erradas e
sinistros operacionais. Abaixo temos o gráfico já estratificado da fase.

Abaixo, temos o gráfico já estratificado do center tap do mesmo trafo.

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5.10 – Característica de montanha russa:

Esta característica denota um problema grave de funcionamento e ressonância em


banco de capacitores. É a pior condição em que um banco de capacitores pode estar
mergulhado, cujas consequências são a degradação do dielétrico do mesmo, alta temperatura,
além de potencias de perdas que acabam alterando o comportamento do mesmo no circuito,
chegando ao ponto de não haver a correção projetada do FP do sistema. Abaixo temos um
exemplo de um gráfico de medição.

Abaixo temos o gráfico estratificado da medição acima, indicando suas


predominantes.

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Temos ainda, para o mesmo gráfico de medição anterior, uma segunda


estratificação com indicação das frequências das ordens e a indicação do valor das ordens
quadradas predominantes e da amplitude de corrente de um dos picos das ordens em PWM.

Normalmente, esta característica tem a configuração contrária da característica de


vale, e pode haver uma certa relação entre os dois num mesmo circuito, com sintomas de
consequências tais como queima de equipamentos devido as ordens de harmônicos de
potência ou desligamentos intempestivos devido as ordens de harmônicos em PWM.
Dependendo das amplitudes de correntes das ordens em PWM, estas podem causar ondas
refletidas em inversores, UPSs e retificadores.

5.11 – Burst (Rajadas de harmônicos):

Aproveitamos este item para falar sobre as Rajadas de Distorções Harmônicas


(RDH), também conhecidas como burst. Este fenômeno consiste do aumento momentâneo
(período muito rápido) dos níveis de distorção Harmônica de corrente produzida por uma carga
durante o seu funcionamento ou pela entrada em funcionamento.

Nem todo equipamento consegue captar um burst, porem podemos identificá-los


através das medições periódicas em que notamos uma certa linearidade na maior parte da
medição em um período e em alguns pontos identificamos picos de THD com valores no
mínimo 5x maior do que os demais valores.

Estas rajadas podem ser causadas por motores de grande porte, desbalanceados e
mergulhados em sistemas carregados de harmônicos de corrente. As rajadas podem causar
pulsos de corrente que sempre alteram o estado lógico dos sistemas de controle, quando estes
coincidem com a passagem pelo zero da onda ou com o pico máximo desta, causando uma
somatória vetorial em módulo e ângulo.
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As rajadas podem ser do tipo puntuais e esporádicas, onde temos um pulso no


gráfico e o próximo só acontecerá vários ciclos de operação depois. As causas podem ser
diversas, mas temos que ter a noção do que isto causa no sistema. Vide o exemplo no gráfico
abaixo que é relativo a uma medição num banco de capacitores de uma indústria de celulose.

Quando temos dois ou mais pulsos num intervalo curto e depois não aparece mais
nenhum pulso, tambem consideramos um burst, do tipo disparo. Esta configuração aparece
muito em máquinas de solda a ponto ou solda tig e mig, conforme mostra o gráfico abaixo.

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Quando temos 2 ou 3 pulsos longos num ciclo operacional, consideramos uma


característica de arrasto, conforme nos mostra o gráfico abaixo.

Tambem temos uma característica em que logo após um pulso, temos o


aparecimento de uma onda refletida que aparece no gráfico como um final de onda. Porém, a
variação durante o arrasto demonstra a ocorrência da onda refletida. Vide a indicação no
gráfico abaixo, que pertence ao quadro de alimentação de um sistema de transmissão de
telefonia celular.

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6 – CONSEQUÊNCIAS DAS DISTORÇÕES HARMÔNICAS NOS


SISTEMAS ELÉTRICOS
Como já foi dito, em todos os sistemas elétricos existem componentes harmônicas de
tensão e corrente com amplitudes variáveis, que causam efeitos indesejáveis no funcionamento
dos sistemas. O grau com que as componentes harmônicas interferem e produzem efeitos no
sistema elétrico, depende da susceptibilidade da carga, dos níveis dos parâmetros básicos
(tensão, corrente e frequência) vigentes no circuito e das amplitudes dos transientes e
transitórios existentes. A seguir temos a análise desses efeitos, onde efeitos sobre significa as
consequências a partir das distorções harmônicas e efeitos de significa as causas que acabam
gerando ou amplificando os níveis harmônicos.

6.1 – Efeitos sobre os condutores elétricos:

O aumento da resistência e, por conseguinte, das perdas nos condutores dos


sistemas elétricos é devido ao efeito pelicular. O fato já existe na frequência fundamental
(60Hz), apesar de aparentemente não ser levado em conta, uma vez que o mesmo já é
incorporado às tabelas de condutores. O efeito pelicular é o resultado da indutância própria do
condutor, a qual não é uniforme, através da seção reta do condutor.

O centro de um condutor é enlaçado por mais linhas de fluxo magnético do que sua
superfície, sendo assim a indutância do centro maior do que a da superfície, o que faz com que
menos corrente se estabeleça no centro. Esta distribuição desigual da corrente faz com que a
resistência dos condutores se apresente maior, para frequências maiores que a fundamental,
provocando maiores perdas elétricas e sobreaquecimento dos mesmos, podendo ocorrer
danos na capa de isolamento dos mesmos.

As áreas de maior aquecimento são as pontas dos cabos que estão conectadas à
terminais de componentes de proteção ou de equipamentos, provocando problemas de
dissipação térmica, levando à degradação dos terminais e podendo causar até curto-circuitos,
quando estes se soltam de seus terminais.

Para explicar a teoria acima, temos que os condutores elétricos tem 2 grandes
problemas relacionados com harmônicos.

- Efeito pelicular (Skin):

O efeito pelicular, restringe a seção de condução real da corrente em função


inversa à frequência presente. Portanto, um sistema carregado com harmônicos de corrente,
com amplitudes e ordens altas, diminuem sensivelmente a área real de condução, conforme a
figura abaixo.

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A curva anterior nos mostra a seção transversal eo diâmetro dos condutores


que devem ser utilizados para que o efeito pelicular não tenha aumento significativo na
resistência do cabo. Quanto maior a frequência no condutor, menor é sua área real de
condução e maior é o efeito Joule por motivo de aumento na resistência à condução da
corrente. Vide figura abaixo.

Superfície do cabo

Linha imaginária com


sistema composto
apenas pelos 60 Hz Linha imaginária de um
sistema composto pelos 60
Hz mais os harmônicos de
corrente em altas ordens

Temos estudos de casos em instalações industriais, com circuitos de 70 KW


em 460 Volts trifásico, cujos cabos de alimentação estavam extremamente quentes, apesar dos
mesmos serem de 95 mm². Porém, com levantamento e medições, foi constatado que havia
um nível de 6% na THD de tensão e 76% na THD de corrente.

- Efeito de proximidade:

O efeito de proximidade é causado pela interação dos campos magnéticos


produzidos pelos cabos adjacentes ao cabo em estudo. Quanto maior esta interação, maior
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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será a resistência do condutor, além de ser maior o nível de corrente carregada com
frequências espúrias no mesmo. Porconseguinte haverá uma diminuição maior da área de
condução do mesmo.

Este fato se agrava muito quando temos cargas sensíveis aos distúrbios elétricos e
seus cabos de alimentação estão mergulhados em bandejamentos carregados de cabos de
circuitos diversos, geradores de harmônicos e de alta sazonalidade de carga.

Os dois efeitos são cumulativos e provocam perdas elétricas de monta e


superaquecimentos acima do suportado pelo próprio cabo e pelo seu isolamento.

Estes dois efeitos, sob frequências altas (acima de 3 KHz) em cabos longos com
ressonâncias excitadas, podem resultar em ondas refletidas ao longo da linha, com
sobretensões altíssimas dependendo da impedância existente e do casamento desequilibrado
deste dentro do sistema.

Quando este efeito é alto, temos um comprometimento drástico do isolamento do


cabo, principalmente se tivermos pulsos de sobre-tensão e impulsos altos de amplitude de
correntes harmônicas de altas ordens de frequências (harmônicas em PWM).

Os pulsos de sobre-tensão resultante de ressonância são inversamente


proporcionais aos níveis de efeito pelicular e ordens harmônicas baixas, devido ao
amortecimento apresentado pela variação da resistência do cabo, e podem ser visualizados no
gráfico a seguir.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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Portanto, num comprimento longo de cabo com bitola maior, temos um menor efeito
pelicular e caso tenhamos maior nível de ressonância e maior ordens de harmônicos de
corrente, maior será o nível de tensão da onda refletida em função da ressonância. Para a
carga na ponta do circuito, isto é fatal, e pode vir a queimar a mesma.

Cabos relativamente novos com isolamento ressecado ou amolecido, normalmente


são consequências deste fato. Também deve-se ficar atento quando obtiver resultados de
termografias em que demonstrem um aumento de temperatura ao longo do cabo ou no
comprimento de 1 metro junto à conexão do mesmo com o equipamento de proteção.

6.2 – Efeitos sobre os isoladores:

A composição das harmônicas com a fundamental pode caracterizar uma distorção


de tensão com valores acima do pico nominal de tensão de um sistema. Tal fato solicita dos
isoladores uma resistência de isolamento acima da nominal do mesmo, em regime
permanente, o que pode levar o isolamento à fadiga.

Também temos que a presença de componentes harmônicas de corrente de ordens


altas pode minar ao longo do tempo as cadeias do material isolante, terminando por furar o
dielétrico deste.

Por isto, deve-se ter o cuidado e a vistoria visual dos vários isoladores, inclusive os
isolamentos dos cabos e suas disposições nos leitos, a fim de se ter o completo controle de
curtos circuitos entre os mesmos.
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Não só o isolamento de cabos, mas também os diversos tipos de isoladores sofrem


com a presença de harmônicos. Os pulsos de harmônicas em PWM, geram pontos de fadigas
nos mesmos, que vão se ampliando até haver um rompimento do dielétrico e por conseguinte
formando um caminho para a drenagem de uma corrente piloto, que formará o caminho final
para a corrente de curto circuito entre a fase e a massa que dá apoio à base do isolador.

Este efeito é comum em placas de circuito impressos que entram em curto e que
estão inseridas em circuitos de alimentação carregados de níveis harmônicos, onde os pulsos
das mesmas vão degradando pontos do isolamento até ocorrer a perfuração final e a queima
da placa. Portanto, o sinistro ocorre devido à fadiga do isolamento pela composição das
harmônicas com a fundamental que caracterizam uma distorção de corrente com valores acima
do pico nominal, minando a resistência do meio dielétrico do isolamento.

Estes efeitos variam com o tipo de material isolante. A porcelana é o material que
menos sofre com este efeito, mas não fica descartada a hipótese de fadiga. Em segundo lugar
vem o vidro. A seguir temos o celeron, epóxi, baquelite e outros que são mais susceptíveis ao
efeito.

Durante o período de perfuração do dielétrico, caso o material isolante tenha lacunas


de ar no molde, podem ocorrer micro chaveamentos, que além de acentuarem o efeito, causam
níveis de harmônicos e inter-harmônicos que são imprevisíveis. Isto pode ser observado nos
isoladores de cadeia das linhas de transmissão e nos pára-raios de linha.

6.3 – Efeitos de isoladores:

De maneira inversa ao item anterior, aqui temos um isolador que sofreu uma
degradação por uma descarga atmosférica ou um curto circuito franco, e que por um motivo ou
outro houve uma degradação do isolador, seja com rachaduras, trincas ou fissuras que foram
suficientes para provocar um certo chaveamento no sistema entre fase e terra, e que a partir
destes, passou a haver uma geração de frequências espúrias, suficientes para interagir ou
entrar em ressonância com a carga, que acaba por levar o isolador ao colapso total. Mas
durante o período de “chaveamento” produz efeitos nefastos ao sistema e que dificilmente são
detectados por ações comuns de manutenção, e só acabam por ser descobertos através do
trabalho de pesquisa e mitigação no sistema.

Aqui também, é importante o cuidado com a vistoria visual dos isoladores,


principalmente os de média e alta tensão, a fim de se ter o completo controle de probabilidade
de curtos circuitos nos mesmos e por fim a detecção dessa geração de transientes.

Este problema deve ser motivo de rastreamento em isoladores de torres e linha de


transmissão, isoladores de pedestal em subestações e atá em para-raios de linha, que estão
mais susceptíveis a este tipo de problema. A análise destes deve ser um item em forma de
estudo de caso, além de termos bibliografias excelentes sobre o assunto tais como as do Profº
Dr. Luiz Cera Zanetta Júnior.
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6.4 – Efeitos sobre os motores de indução:

É de nosso conhecimento a existência de perdas nas máquinas elétricas, que


podem ser divididas em perdas no cobre, no ferro e mecânicas.

- Perdas no cobre:

São perdas que existem nos circuitos elétricos formados pelos enrolamentos
da máquina quando percorridos pela corrente elétrica. Essas perdas são provocadas pelo
efeito Joule (R*I²). No caso, o enrolamento da máquina percorrido por uma corrente alternada,
sofre o efeito pelicular, já explicado no item 6.1.

Portanto, as perdas no cobre são diretamente proporcionais ao quadrado da


corrente. Se esta corrente for carregada de volume harmônico, o seu valor eficaz será dado
pela raiz quadrada da soma dos quadrados dos valores eficazes dos respectivos harmônicos
(incluindo a fundamental). Por isto o seu valor eficaz será maior do que se o sistema tivesse
uma corrente puramente sinusoidal. Por isto um aumento das perdas no cobre, gerando calor
pelo efeito pelicular.

Também temos um aumento da reatância localizada em pontos dos


enrolamentos, em função da alteração da frequência e por conseguinte aumenta o campo
magnético próximo ao centro do campo magnético.

- Perdas no ferro:

São as perdas que ocorrem por histerese e por correntes de Faucault devidas
à variação da densidade de fluxo no ferro da máquina. A variação do fluxo magnético origina o
aparecimento de um campo elétrico no núcleo dos materiais magnéticos. Estes podem formar
circuitos fechados, onde são induzidas f.e.m.´s proporcionais à frequência do fluxo magnético
indutor.

Estas f.e.m.´s vão dar origem à correntes elétricas (correntes de Faucault),


que ao percorrerem os circuitos fechados, geram perdas por efeito Joule. A energia assim
dissipada constitui as perdas por correntes de Faucault.

Quando o campo magnético é gerado por correntes não sinusoidais


(carregadas de harmônicos), o fluxo magnético variável conterá também além do termo
fundamental, um conjunto de termos harmônicos.

As f.e.m.´s induzidas no material magnético terão igualmente uma componente


fundamental e um conjunto de termos harmônicos, acontecendo o mesmo com as correntes
por estas originadas sobre os circuitos fechados que se formam no material magnético.

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A resistência dos referidos circuitos fechados aumenta conforme aumenta a


frequência das sucessivas ordens harmônicas.

As perdas por histerese em conjunto com as perdas por corrente de Faucault


representam as perdas no ferro e podem ser calculadas pela expressão:

Phist = khist * ƒ * Βⁿmax

O valor de Βⁿ
max diminui conforme aumenta o nível de ordem harmônica,
independente da variação das constantes K.

Desenvolvendo fórmulas e expressões, chegamos à conclusão que para uma


corrente de magnetização de 5ª ordem, por exemplo, tem-se 5 ƒ
ciclos de magnetização, mas
que provavelmente a energia não devolvida no total é inferior à não devolvida para o termo
fundamental, uma vez que o ciclo histerésico terá uma menor área devido ao menor valor da
corrente, e logo menores valores de Hmax e de Βmax.

- Perdas mecânicas:

A capacidade de uma determinada máquina suportar as consequências dos


níveis harmônicos depende dos seus aspectos construtivos e dos efeitos que estes níveis
harmônicos produzem, essencialmente no seu aquecimento extra e em particular nos
sobreaquecimentos localizados que em geral se fazem sentir nos rotores das máquinas.

Temos ainda os problemas dos binários harmônicos motores ou de frenagem e


ainda a possibilidade de vários harmônicos distintos criarem binários de oscilação pendular.

Estas duas características acima, levam a um desbalanceamento mecânico e a


oscilações indesejáveis, que por conseguinte podem levar à problemas com rolamentos,
mancais, acoplamentos e até mesmo à um empeno de eixo num caso muito grave. Atritos de
mancais e escovas, desbalanceamento da ventilação, aumentando a temperatura do motor.

Outro fenômeno é a presença de harmônicos no fluxo magnético, produzindo


alterações no acionamento, como componentes de torque que atuam no sentido oposto ao da
fundamental, como ocorre com a 5ª, 11ª, 17ª, ... , ou seja todas as de sequência negativa. Isto
significa que tanto a 5ª ordem quanto a 7ª induzem à uma 6ª harmônica no rotor, assim como a
11ª ordem quanto a 13ª induzem à uma 12ª harmônica e assim por diante. O mesmo ocorre
com outros pares conforme já foi citado e demonstrado na característica diatônica.

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O sobreaquecimento que pode ser tolerado, depende do tipo de rotor utilizado.


Rotores bobinados são mais seriamente afetados do que os de gaiola. Os de gaiola profunda,
por causa do efeito pelicular que leva a condução da corrente para a superfície do condutor do
enrolamento em frequências elevadas, produzem maior elevação de temperatura do que os de
gaiola convencional.

A ação de binários resistentes originados por harmônicos de sequência


negativa, podem causar o aparecimento de torques oscilatórios com magnitudes proporcionais
às das correntes harmônicas devido à interação destas correntes harmônicas com o campo
magnético de freqüência fundamental, além de aumento das perdas suplementares no cobre,
num ciclo constante e geométrico até ao pico máximo da curva, levando à fadiga não só
mecânica, mas também eletromagnética.

Todas estas perdas podem causar também o desbalanceamento do circuito em


função de um maior consumo em uma das fases, como efeito de compensação desses efeitos.

6.5 – Efeitos sobre as máquinas síncronas:

As máquinas síncronas, por sua vez, são muito mais sensíveis a tensões distorcidas
do que as máquinas de indução.

A presença de tensões distorcidas no estator, induz correntes harmônicas no rotor,


em regime permanente. O rotor que é projetado para suportar correntes alternadas só na
partida, fica sujeito a estas correntes harmônicas alternadas, podendo causar danos ao
mesmo.

Estas máquinas sofrem pelos mesmos motivos dos motores de indução, onde nelas
temos uma alteração forte no torque e no arrasto da partida, levando à perda de rendimento,
de potência e da vida útil. O maior problema se concentra nos enrolamentos amortecedores. O
ruído audível neste tipo de motor é maior.

6.6 – Efeitos sobre as máquinas assíncronas:

A amplitude e a frequência da tensãoaos terminais dos enrolamentos rotóricos de


uma máquina assíncronadependem idealmente da velocidade de rotação da mesma, tensão de
alimentação do estator e da razão entre o nº de espiras do estator (Ns) e do rotor (Nr).

R = Nr
Ns
Com a máquina parada, a amplitude da tensão do rotor (Vr) é igual à do estator (Vs)
vezes a razão de transformação r. A frequência da tensão do rotor (fVr) é igual à frequência da

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tensão do estator (fVs). Neste caso, a máquina funciona como um simples transformador do
estator (primário) para o rotor (secundário).

A medida que a velocidade cresce, Vr e fVr vão diminuindo, até que à velocidade de
sincronismo, Vr se anula.

A partir da velocidade de sincronismo, Vr e fVr vão aumentando, até que ao dobro


da velocidade de sincronismo, ficam iguais a Vs e fVs.

S = ωs - ω
ωs

Vr = Vs . ІsІ

ƒVr = ƒVs . ІsІ

É necessário transformar estas tensões alternadas de amplitude e frequência


variáveis em tensão contínua com o menor ripple possível de tensão na saída e com as
correntes consumidas do rotor com um menor conteúdo harmônico possível.

Os harmônicos de corrente no rotor devem ser minimizados de forma a diminuir as


perdas e a minimizar os harmônicos injetados na rede através da corrente do estator da
máquina, uma vez que as correntes do rotor são refletidas nas correntes do estator.

Qualquer desbalanceamento ou alteração neste funcionamento, esta máquina sofre


com os níveis harmônicos e passa a injetar harmônicos de corrente na rede. Este fato se torna
perigoso quando essas frequências harmônicas são de ordens altas.

6.7 – Efeitos sobre os geradores:

Como já foi dito, algumas componentes harmônicas, ou pares de componentes,


podem estimular oscilações mecânicas em sistemas turbina-gerador, tal como no motor-carga,
devido a uma potencial excitação de ressonâncias elétricas e mecânicas.

Dependendo do nível de oscilações torcionais dos elementos do rotor, pode-se ter


flexões nas palhetas e uma possível falha de geração de energia, ou da frequência ou até a
geração de níveis harmôniocos pelo próprio gerador (turbina). Isto também se aplica em
geradores à diesel. Outro fato que ocorre demais nas instalações, é o de o gerador demorar
em assumir a carga, em função da variação de frequência, e esta se altera em função do nível
alto de harmônicos de corrente e tensão.

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6.8– Efeitos sobre os transformadores:

A partir de todos os efeitos explicados até agora, também temos as perdas no cobre,
as perdas no ferro e as perdas mecânicas devido ao nível de harmônicas de corrente ou
tensão. Observamos um aumento da reatância subtransitória com a frequência. O surgimento
de binários parasitas aumenta as capacitâncias parasitas entre espiras e/ou entre
enrolamentos, podendo realizar acoplamentos indesejáveis e eventualmente produzir auto-
ressonâncias.

Após pesquisas acadêmicas de várias ordens, a comunidade técnica observou que


com o surgimento dos binários parasitas, temos um aumento das correntes de inrush, para
magnetização da máquina, com perdas razoáveis nos enrolamentos amortecedores, indutores
e induzidos.

Os harmônicos de sequência zero (Sinfásicos), são aqueles que se somam no


condutor neutro, quando este existe. Quando o trafo possui enrolamentos em triângulo, os
harmônicos de sequência zero circulam na malha fechada formada por esse triângulo,
provocando aumento das perdas do cobre.

Esta mesma comunidade técnica (Instituto de Física da USP) chegou à uma


comparação acadêmica das perdas magnéticas em aços elétricos com e sem a presença de
harmônicos de corrente, utilizando dois métodos, onde um emprega a medida das perdas pela
área do diclo e o outro emprega a medida das perdas pela potência média, para um mesmo
tipo de material. Esta tabela permeia vários estudos das perdas no ferro de trafos e máquinas,
onde estamos desenvolvendo filtros ou melhor, atenuadores para o rebaixamento das
frequências espúrias nos entreferros.

Tabela de comparação da medida das perdas magnéticas


(pesquisa da IFUSP)
Com Sem
Perdas FeSi – 1,6T / 60Hz
harmônicos harmônicos
Método da medida das perdas pela área do ciclo 4,31 3,63

Método da medida das perdas pela potência média 4,41 3,69

Já no trafo com enrolamento secundário em estrela, com neutro acessível, o


condutor neutro será percorrido por uma corrente (desde que existam harmônicos sinfásicos),
mesmo estando o sistema equilibrado. Já no caso de sistemas desequilibrados, a situação
piora e muito, gerando problemas maiores e de magnitude até fatal.

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Com a presença de harmônicos de corrente, o efeito das reatâncias de dispersão


fica ampliado, já que seu valor é diretamente proporcional ao quadrado da frequência e da
corrente. Com isto temos um aumento das correntes induzidas pelo fluxo disperso.

As harmônicas de potência, ficam nos enrolamentos dos trafos, pois os mesmos


interagem com os campos de transformação e pouco destes é passado do primário para o
secundário ou vice versa. Porém, os harmônicos em PWM, que carregam amplitudes de
corrente baixas como suas portadoras, passam para o outro lado do circuito e em alguns casos
causando estragos razoáveis no funcionamento dos mesmos.

As perdas mecânicas normalmente se refletem em ruído audível. A presença de


harmônicos de corrente de baixa ordem faz com que a máquina produza ruídos mais graves
(diferente do ruído de carga ou sobrecarga) e os harmônicos de altas ordens provocam ruídos
cada vez mais agudos, de acordo com a frequência média destas harmônicas em PWM.
Quanto maior o desequilíbrio de carregamento entre fases, maior o nível de ruído audível tendo
casos de níveis acima de 90 db.

O cuidado passa a ser extremo em trafos à óleo, pois além da produção das perdas
mecânicas, tem-se o aumento da temperatura e por conseguinte da degradação do óleo
isolante, podendo levar a máquina ao colapso.

Os trafos à seco, encapsulados à vácuo, possuem uma capacidade de atenuação


das correntes harmônicas em ordens mais altas (até à 25ª), devido às características de
construção. Este fenômeno já foi observado entre dois trafos de 1000kVA colocados no mesmo
circuito (troca de trafos). Agora estamos estudando matematicamente estas causas e efeitos,
com simulações e pesquisas de campo.

Os trafos monofásicos, tem seus problemas agravados pelo center tap ligado ao
aterramento, que pode ter um nível de degradação tal que venha influenciar no rendimento do
mesmo.

Os TCs de barramento em anel ou janela flutuante podem sofrer por falsa corrente
diferencial causada por ressonância, influenciando na relação de transferência do mesmo e
dando um certo erro de análise pelo sistema de medição ou controle e proteção.

Os TPs sofrem pela imprecisão da relação de transformação ocasionada pela


combinação entre as capacitâncias do divisor de potencial e o circuito dos mesmos, que resulta
em diversas frequências espúrias.

6.9 – Efeitos sobre capacitores:

Para descrever a respeito dos efeitos das harmônicas sobre os capacitores, temos
necessariamente que tecer considerações sobre Fator de Potência relacionado com as
distorções harmônicas de corrente e tensão.
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A partir do circuito genérico acima, temos a definição do Fator de Potência como


sendo a relação entre a potência ativa e a potência aparente consumidas por uma carga,
independentemente das formas que as ondas de tensão e corrente tenham. Os sinais variantes
no tempo devem ser periódicos e de mesma frequência. Na expressão abaixo, temos a base
de desenvolvimento dos vários modelos.

Num sistema com formas de ondas sinusoidais, a equação acima tem por
desenvolvimento final o cosseno da defasagem entre as ondas de tensão e corrente (φ).
Analisando o desenvolvimento da fórmula, temos a expressão a seguir como determinante do
Fator de Potência.

O valor médio do produto das senoides nos dá a Potência ativa do sistema. O valor
de pico do sinal da Potência instantânea, é numericamente igual ao da Potência aparente. Com
a defasagem nula, temos a Potência instantânea será sempre maior ou igual a zero.

À medida que varia a defasagem até 90º, a Potência instantânea assume valores
médios positivos até à correspondência com a Potência ativa, ou seja, um valor nulo.

Fazendo-se os modelamentos de estudo, tem-se:

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- Modelo 1: Tensão senoidal e correntes distorcidas:

Para este modelo temos a expressão:

Neste caso, a Potência ativa é dada pelo produto da tensão (senoidal) por
todas as componentes harmônicas da corrente (não-senoidal). Este produto é nulo para todas
as harmônicas exceto para a fundamental, devendo-se ponderar tal produto pelo cosseno da
defasagem entre a tensão e a primeira harmônica da corrente. Desta forma, o fator de potência
é expresso como a relação entre o valor RMS da componente fundamental da corrente e a
corrente RMS de entrada, multiplicado pelo cosseno da defasagem entre a tensão e a primeira
harmônica da corrente.

Com o desenvolvimento dos cálculos, podemos notar que se for feito o produto
da onda fundamental por qualquer das harmônicas, o valor médio será nulo, uma vez que se
alternarão intervalos positivos e negativos de mesma área. Também durante o
desenvolvimento matemático, apresenta variações da corrente e suas composições, com
diversas angulações.

A relação entre as correntes é chamada de fator de forma e o termo em


cosseno de Fator de deslocamento.

Portanto chegamos ao valor RMS da corrente em função das componentes


harmônicas, como segue abaixo.

Na sequência, temos a definição da Taxa da Distorção Harmônica como


mostrado na expressão abaixo.

Seguindo ainda o raciocínio, temos o FP escrito como:

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
CREA-ES 2967-D
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- Modelo 2: Tensão e correntes distorcidas e mesma base de frequência:

Aquí, o cálculo do FP deve seguir a equação citada no início do item, ou seja, é


necessário obter o valor médio do produto dos sinais a fim de se conhecer a potência ativa.
Num caso genérico, tanto a componente fundamental quanto as harmônicas podem produzir
potência, desde que existam as mesmas componentes espectrais na tensão e na corrente, e
que sua defasagem não seja 90 graus.

Conforme o desenvolvimento matemático, temos uma discrepância devido ao


valor médio a ser produzido por cada componente harmônica presente tanto na tensão quanto
na corrente. Valores médios negativos são possíveis desde que a defasagem entre os sinais
seja superior a 90 graus. É o que ocorre, levando a uma potência ativa menor do que aquela
que seria produzida se apenas as componentes fundamentais estivessem presentes.

Um sistema elétrico com baixo Fator de Potência e elevada distorção


harmônica nos revela os seguintes pontos importantes:
- A máxima potência ativa absorvível da rede é fortemente limitada pelo FP.
- As harmônicas de corrente exigem um sobredimensionamento da
instalação elétrica e dos transformadores, além de aumentar as perdas
(efeito pelicular).
- A componente de 3a harmônica da corrente, em sistema trifásico com
neutro, pode ser muito maior do que o normal.
- O achatamento da onda de tensão, devido ao pico da corrente, além da
distorção da forma de onda, pode causar mau-funcionamento de outros
equipamentos conectados à mesma rede.
- As componentes harmônicas podem excitar ressonâncias no sistema de
potência, levando a picos de tensão e de corrente, podendo danificar
dispositivos conectados à linha.

As perdas de um sistema, são ditadas pelo nível do FP conforme nos mostra o


gráfico abaixo:

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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Devido às características de energia dos vários tipos de consumidores e de suas


cargas, podemos dizer que é de suma importância os estudos detalhados da instalação, para
se determinar os níveis de harmônicos existentes, o nível de FP existente nos vários setores da
instalação, as simulações de carregamentos, correntes de curto-circuito, fluxo de amplitude de
correntes harmônicas e por fim o melhor sistema de correção de FP posicionado levando-se
em conta, à partir das simulações, a inexistência de ressonâncias o menor nível delas, para
que se tenha estabilidade global do sistema e uma economia potencial de energia, com o
menor fator de perdas possível.

De acordo com as normas, os capacitores de potência devem atender às seguintes


condições de operação:

- Suportar uma tensão igual à nominal (V=1,0pu).


- Admitir uma operação contínua com uma corrente de fase cujo valor eficaz
não ultrapasse 131% do valor nominal.

Outra consideração a que se deve ter, é quanto ao posicionamento dos capacitores


para correção do FP.

A compensação junto ao primário do trafo, somente a concessionária de energia se


beneficiará junto aos seus sistemas e redes de distribuição, permanecendo as distorções, os
intensos fluxos de correntes harmônicas nos barramentos de QGBTs e CCMs e os problemas
junto ao interior das instalações e no próprio trafo.

A compensação junto ao secundário do trafo, ainda permanece a vantagem junto à


concessionária de energia incluindo agora o trafo, permanecendo ainda as distorções, os
intensos fluxos de correntes harmônicas nos barramentos e os problemas junto ao interior das
instalações.

Com a compensação junto a grupos de cargas,nos QGBTs e CCMs, os fluxos de


correntes harmônicas se restringem a trechos menores do sistema, havendo assim a
diminuição das distorções e dos problemas no interior das instalações.

Com a compensação diretamente nas cargas, os fluxos de correntes harmônicas


podem ser fatais à estas, além de somatizar no aparecimento de ressonâncias ou ondas
refletidas quando for o caso.

Portanto, para qualquer instalação, sempre haverá a necessidade de se realizar um


estudo específico e pormenorizado, para diminuirmos as chances de problemas com os
distúrbios citados.

Ainda segundo estudos acadêmicos da UNICAMP, USP e outras universidades,


temos a tabela de economia potencial de energia em função do posicionamento da correção do
FP.
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Primário do Secundário Central


Posicionamento do sistema de correção do
Trafo de do Trafo de de Carga
FP
entrada entrada cargas

Perdas totais sem compensação (W) 8148 8148 8148 8148

Perdas totais com compensação (W) 8125 5378 4666 3346

% total das perdas com compensação 13,54 8,96 7,78 5,58

Redução de perdas para carga de 60 kVA (W) 23 2770 3482 4802

% de redução de perdas / 60 kVA 0,04 4,62 5,8 8,0

Portanto, cada caso deve ser devidamente estudado e ponderado em função do


custo benefício do sistema a ser adotado, e da garantia da plena funcionabilidade da instalação
e consequentemente da eficiência produtiva do mesmo.

É importante a correção do FP num sistema elétrico, porém não devemos nos


esquecer que quando se está dentro dos limites de corrente fundamental mas com elevado
nível harmônico no capacitor, este aumenta a distorção em um sistema e contribui com o
fenômeno de ressonância do circuito, aumentando enormemente a distorção, que pode
terminar por explodir capacitores e transformadores, uma vez que as proteções não operam
adequadamente com a presença de harmônicas no sistema. Este fato ocorre devido a
interação entre os capacitores e os trafos de serviço, podendo haver a amplificação das
distorções harmônicas enquanto o capacitor não estoura. Esta interação é chamada de
ressonância harmônica ou ressonância paralela.

Não podemos esquecer que os problemas se agravam mais ainda com a presença
da corrente de inrush de capacitores e trafos linkados no sistema.

Temos que enfatizar que os capacitores não geram harmônicas, mas agravam os
problemas potenciais das mesmas. Na verdade são os que mais sofrem com as mesmas.
Sofrem por efeito pelicular nos condutores e placas internas, sofrem com harmônicas em PWM
que vão minando o dielétrico entre placas do mesmo, e quando menos se espera, os mesmos
entram em curto somente com uma simples corrente de fechamento de circuito, mesmo que
este esteja em vazio.

Temos mais informações básicas e esclarecedoras no capítulo 7 (A influência das


harmônicas no Fator de Potência).

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6.10 – Efeitos sobre cargas Resistivas:

Uma grande parte das cargas dos sistemas são constituídas de resistências
passivas ou pela combinação de arranjos R-L. Como exemplo de cargas desta natureza temos
as lâmpadas incandescentes e aquecedores resistivos, onde observamos que para certos
níveis de distorções, diminui-se a vida útil destes equipamentos, em função das sobretensões e
sobrecorrentes causadas.

Como exemplo de análise de cargas resistivas temos:

- Lâmpadas incandescentes:
Estas, quando estão sob o efeito de níveis harmônicos altos, por característica,
tendem a absorver parte dos mesmos, principalmente as harmônicas de sequência nula.

Porém, quanto maior o nível de harmônicas em PWM existir no circuito, maior


será a degradação do filamento das lâmpadas em função do efeito pelicular e por conseguinte
do efeito joule em cascata, aumentando a luminosidade da mesma, e diminuindo abruptamente
a vida útil das mesmas. Com a maior temperatura, há um maior distendimento do filamento até
ao ponto de rompimento. Também, enquanto a lâmpada está nesta fase de distendimento,
qualquer impulso a mais de tensâo ou corrente, ou qualquer distúrbio neles, causa a queima
prematura da mesma.

Por isto, quanto maior o nível harmônico de um sistema, maior é o volume de


queima de lâmpadas.

- Lâmpadas fluorescentes:
Estas, quando estão sob o efeito de níveis harmônicos altos, por característica,
tendem a absorver parte dos mesmos pelos seus reatores, que acabam entrando em
ressonância no sistema. Isto pode causar a queima prematura dos reatores.

Também podemos observar que quanto maior o nível de harmônicas em PWM


existir no circuito, maior será a degradação do filamento das lâmpadas, tendo em vista que as
mesmas passam pelo reator e vão causar estragos nos filamentos das lâmpadas, também em
função do efeito pelicular e por conseguinte do efeito joule em cascata, aumentando a
luminosidade da mesma, e diminuindo abruptamente a vida útil das mesmas. Ainda não
conseguimos precisar quem queima primeiro, se a lâmpada ou o reator, mas é fato que sofrem.
Este fato serve para as lâmpadas PL também.

- Todas as outras lâmpadas de descarga:


Estas acompanham o mesmo dilema das lâmpadas fluorescentes, sofrendo
pelos mesmos princípios citados acima.

- Resistências de aquecimento:
Estas, dependendo da configuração física das mesmas, em material e forma,
podem além de sofrer com o efeito pelicular e o efeito Joule, sofrer também com impulsos de
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corrente ou pulsos de tensão, que podem causar campos binários em pontos dos enrolamentos
resistivos, criando sobretensões nos mesmos e levando àqueles pontos à fadiga e queima.

- Resistências de torque para partida de motores:


Estas, sofrem ainda mais com os campos binários em pontos dos
enrolamentos resistivos, criando sobretensões e aumento de temperaturas nos mesmos e
levando àqueles pontos à fadiga, distendimento e abertura dos mesmos.

6.11 – Efeitos sobre fusíveis, disjuntores e relés de proteção:

Um nível significante de correntes harmônicas nos fusíveis causa aquecimentos


adicionais em seus contatos, levando à alterações na característica Tempo x Corrente dos
mesmos. Isto pode ser particularmente significativo para as falhas ocorridas em locais com
baixos níveis de corrente de curto-circuito. No caso de disjuntores, podemos ter efeitos
indesejáveis resultantes de harmônicas e ressonância no circuito, causando o seu
desligamento indesejável, principalmente quando se tem disjuntores com bobinas de mínima e
sistemas trip.

Os relés de proteção dependem do fluxo de corrente e geralmente respondem ao


quadrado da corrente ou ao produto das correntes produzido pelas grandezas de entrada. Os
relés analógicos de estado sólido respondem aos picos e distorções do sinal de entrada, que
podem criar problemas de modificação das características de seus bimetálicos. Já os relés
microprocessados, usando filtros digitais para extrair somente a fundamental, e atenuar os
níveis harmônicos. Mas dependendo dos níveis de harmônicos em PWM e das ressonâncias
formadas com o próprio sistema de seus sensores eletrônicos, pode haver uma resposta
errada do relé e por conseguinte uma atuação intempestiva. Apesar de sabermos que as
distorções precisam ser severas para que haja um resultado sinistro no funcionamento do relé,
cada vez mais, os níveis de distorção harmônicas nos sistemas elétricos estão aumentando e
passamos a notar as intempestividades com os relés.

Os relés sofrem com as harmônicas de sequência zero, pois estas causam


operações indevidas das proteções de terra.

Os relés de frequência estáticos são susceptíveis de alterações em suas


características na presença de harmônicos, variando sua performance conforme a
característica sequencial das harmônicas que predominam no sistema. Os níveis de burst no
sistema contribuem muito para isto.

Os relés diferenciais podem sofrer com problemas de falsa resposta em função da


diferença entre as correntes carregadas e as correntes de análise dos mesmos. Este fato se
acentua quando os níveis de distorção são acima de 20%.

Os relés eletromecânicos podem ter seus conjugados invertidos com níveis altos de
distorção.
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Temos que salientar, que hoje, a maioria dos relés funcionam normalmente com
distorções harmônicas de níveis até 15%, salvo casos especiais que devem ser analisados.

6.12 – Efeitos da ressonância:

A ressonância é uma característica de todos os circuitos L-C, sendo eles do tipo


série ou paralelo, e é definida pela igualdade das reatâncias capacitivas e indutivas, ou seja: XL
= XC.

Este ponto de ressonância é portanto um valor de frequência que garante a


igualdade acima mostrada, podendo ser uma frequência harmônica ou um valor próximo.
Porem os efeitos de cada um dos tipos de ressonância citados (Série/Paralelo) são diferentes

No caso da ressonância em paralelo, esta apresenta um elevado valor de


impedância, pela combinação em paralelo da reatância capacitiva com a reatância indutiva, na
frequência onde ambas são iguais. Isto pode representar um sério problema quando esta
impedância for percorrida por uma corrente, mesmo que pequena, de mesma frequência,
fazendo com que se eleve drasticamente as tensões em seus terminais e as correntes
harmônicas desta ordem existentes no sistema.

Nos sistemas de potência, a utilização de capacitores para correção de Fator de


Potência pode caracterizar uma ressonância paralela no ponto de instalação a frequências
harmônicas que estejam presentes no sistema.

Desta forma, em sistemas onde existem cargas geradoras de harmônicas


significativas, é imprescindível a realização de Estudos Harmônicos para garantir a instalação
segura dos bancos de capacitores para correção de Fator de Potência, evitando com isto
danos a esses bancos e ao próprio sistema.

Este fenômeno se caracteriza por uma impedância muito baixa para a frequência de
ressonância, podendo então ser utilizada para eliminar ou atenuar as distorções do sistema.
Tal situação configura os chamados “Filtros Harmônicos”, que é a solução adotada em
sistemas com graves problemas harmônicos.

Mas além dos níveis harmônicos, deve se ter o maior cuidado com os níveis de
ondas refletidas do sistema em função do comprimento da cabeação e seu casamento de
impedância.

6.13 – Efeitos sobre equipamentos de medição:

Apesar de hoje termos a maioria dos medidores de todos os tipos numa


configuração digital, vamos citar aqui os efeitos nos analógicos e nos digitais.

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- Medidores analógicos:
Os medidores analógicos são equipamentos projetados para trabalhar em
ambientes puramente senoidais, ou seja, para uma dada frequência de projeto e mínimas
distorções nas formas de onda de corrente e tensão, onde os mesmos deverão operar
satisfatoriamente e os erros de medição deverão estar dentro da classe de exatidão dos
mesmos, previstos em normas técnicas de aprovação de modelos.

Porém, com a crescente evolução da eletrônica embarcada em todos os


setores (industrial, comercial, residencial e todos os outros), o desempenho desses medidores
fica alterado, com respostas inexatas, dentro de fatores de erros inaceitáveis perante as
normas.
Os dois principais componentes de erro de medição num ambiente carregado
de níveis harmônicos altos, são: erros dependentes da frequência, devido à limitada faixa de
frequência de operação nos circuitos conversores de entrada do próprio instrumento em sí; e
erros devidos à não linearidade que é originado das características não lineares do material do
medidor e é dependente da forma de onda das grandezas medidas.

Essa classe de medidores podem apresentar erros significativos, variando


numa ordem de 1 à 2,5% para distorções de atá 30% na THD e chegando até 25% em
distorções até 90%.

- Medidores digitais:
Os medidores digitais, são equipamentos eletrônicos capazes de registrar o
parâmetro real, independentemente da forma de onda. Portanto, são apropriados para
ambientes carregados de harmônicos. Porém, seus pontos de pega de corrente podem ter
seus sinais distorcidos por medirem estes quantitativos.

6.14 – Efeitos sobre computadores, periféricos e rede de dados:

As harmônicas são um dos disturbios capazes de causar sinistros nestes


equipamentos. Porém é, dentre todos eles, a que tem maior incidência de casos e promoção
de falhas. Sabemos que todos esses equipamentos trabalham fazendo referência com o terra,
operando à níveis baixos de tensão (± 5V) e níveis de suportabilidade baixíssimos em relação à
disturbios. Os distúrbios podem causar:
- Falhas em componentes eletrônicos,
- Apagamento de memória (FAT de HDs) ou instruções de programas,
- Erros de paridade,
- Rebaixamentos na velocidade dos sistemas internos,
- Erros de paridade e de scaneamento de rede,
- Atuação aleatória e errada dos circuitos de proteção internos,
- Reinicializações e desligamentos indesejados,
- Queima de periféricos (modens, placas de rede, som e vídeo e outros),
- Queima de placa mãe e placas secundárias.

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As harmônicas podem penetrar na alimentação do equipamento, por meio de


acoplamentos indutivos ou capacitivos e até mesmo pelo aterramento, que passam a ser mais
efetivos com o aumento da freqüência, produzindo assim, efeitos em amplitudes de correntes,
que passam a ser entendidas pelo sistema funcional como ordens digitais, podendo ocasionar
os distúrbios citados, além de reboots e setups, alterar a ordem e velocidade do scaneamento
da rede, danificar clusters de disco, queimar saídas seriais e ou paralelas, principalmente se
houver impressoras com controles bidirecionais, queimar sistemas SCSI e mother board, e uma
gama enorme de periféricos que dependem de uma certa estabilidade da energia.

Como exemplo, temos um fato ocorrido num cliente onde tinhamos um sistema
carregado de harmônicos (68% na THDI) com mais de 5 computadores em rede, servidos por
uma impressora matricial e outra a lazer. Toda vez que as impressoras partiam
simultaneamente com uma das máquinas plugadas na internet, queimava o modem e o HUB
de impressão. Foi descoberto que havia ressonância entre duas máquinas e a impressora a
laser. Além de termos um terra saturado com 3 A e 27% de harmônica de corrente na THD.
Com a partida das impressoras, era gerado um pulso altíssimo pela laser que passeava pelo
terra que era altíssimo para os equipamentos. Também tivemos no histórico, antes da queima,
reboots de máquinas e queima de clusters de 2 HDs. Readequação do terra e filtragem do
sistema resolveu o problema.

Para melhor visualizarmos o horizonte dos efeitos e causas de distúrbios de energia


em computadores, temos a tabela abaixo:

Distúrbios Surto
Impulso Impulso Onda
SAG Outage de THDI Flicker
Efeitos 2 x nom 4 x nom refletida
terra
Atuação errada de proteção CA Sim Sim Sim Sim
Problemas em fontes internas Sim Sim Sim Sim
Falha de circuitos internos Sim Sim Sim
Ordens operacionais erradas Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Problemas com disco rígido Sim Sim Sim
Travamentos intermitentes Sim Sim Sim
Reboots e setups aleatórios Sim Sim Sim Sim
Erros de paridade em redes de
Sim Sim Sim
dados
Cintilação de monitores Sim Sim
Baixa velocidade nas redes Sim Sim Sim
Queima de periféricos por
Sim Sim Sim Sim
cabos de sinal

Em ambientes de CPD e núcleos de Processamentos de dados, todos esses


distúrbios são visualizados constantemente no dia a dia, e muitas vezes não se dá a devida
importância ao assunto, e a ineficiência produtiva reina sem que haja a percepção do
disperdício.

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6.15 – Efeitos sobre os Sistemas de telecomunicações:

No hall das telecomunicações, vamos salientar a telefonia móvel, telefonia fixa, rádio
e TV, com alguns efeitos praticamente comuns à esses setores. Os equipamentos de
telecomunicações dessas áreas são muito sensíveis à distúrbios de energia elétrica e de
aterramento. Sendo na maioria das vezes compostos de sistemas digitais, que processam
audio, e utilizam o terra como referência, operando com diversos níveis de tensão, além de
serem conectados através de redes internas e externas (transmissão), sofrem por distúrbios de
energia e pior ainda, podem transferir alguns sinais espúrios de audio à nível de transmissão,
na grande maioria das vezes imperceptíveis ao sentido humano.

Os altos níveis de harmônicos podem causar:


- Alteração de controles de audio e aumento dos níveis de ruído,
- Interferência na transmissão de dados,
- Falha de componentes eletrônicos,
- Baixa relação sinal-ruído (interferência na transmissão de audio ou fonia),
- Dessintonia de estações transmissoras,
- Perda de sinal de paridade e aumento do scaneamento do sistema,
- Distorção das bandas laterais portadoras de sinais,
- Aumento intermitente de ruído no trafego,
- Mutação na portadora de sinal da base de transferência de dados.

A presença de correntes e tensões harmônicas no sistema de potência e no


aterramento, podem causar estes ruídos espúrios, devido ao acoplamento comum existente
entre este e os sistemas diretos de comunicação, através dos campos magnéticos e elétricos
existentes. A densidade de equipamentos existente dentro de uma instalação levam à limites
cada vez mais tênues da ressonância no sistema, o que normalmente ocorre devido à falta de
conhecimento ou preocupação com as características dos projetos de alimentação e
distribuição nestas áreas.

No setor da telefonia, temos fatores de ponderação, que demonstram a relação da


resposta do aparelho telefônico, com o acoplamento entre circuitos e a sensibilidade do ouvido
humano para várias frequências. Apesar destes fatores demonstrarem os efeitos das
harmônicas no ruído telefônico, independente dos parâmetros elétricos do sistema, os mesmos
servem de base para indicar a qualidade do sistema, e servem de base para outras análises
em outras áreas da telecomunicação.

Muitas vezes, a sobreposição de ruído em áudio e imagem, podem vir de


ressonância e produto de frequências cuja fundamental está baseada nos 180 Hz, que é a
frequência reinante nos aterramentos (3ª harmônica), e que passam a ser a base (fundamental)
de várias outras frequências espúrias existentes dentro das bandas de operação e transmissão
nos setores de telecomunicações. Com amplificações e transmissões inerentes ao setor, estes
espúrios se propagam interna e externamente, causando estragos.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
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No caso da difusão de rádio, tais espúrios podem afetar a qualidade da recepção e


alterar o nível de nitidez do sinal, afetando as portadoras no caso de FMs e da perda em dB no
caso das AMs. A existencia de níveis harmônicos altos, alteram até a oscilação da frequência
de transmissão dependendo da amplitude de corrente dos níveis harmônicos reinantes nos
sistemas e do tipo de VFO existente no sistema.

Fatores como o TIF (Telephone Influence Factor) utilizados nos Estados Unidos e o
THFF (Telefone Harmonic Form Factor) utilizados na Europa, tem características semelhantes
e dão a medida da intensidade do acoplamento entre o sistema elétrico e o telefônico em
função da frequência. É comum a perda de potência de transmissão em função do aumento
das perdas por níveis espúrios. E se estes níveis passam para a transmissão, temos alteração
no comportamento da antena de transmissão e assim por diante.

Na planilha abaixo, temos os fatores de ponderação no sistema (Ph).

Frequência Valor em Valor Frequência Valor Valor Frequência Valor Valor


(Hz) (dB) numérico (Hz) em (dB) numérico (Hz) em (dB) numérico
50 - 63,0 0,71 800 0,0 1000 1950 - 2,86 720
60 - 58,0 1,26 850 0,3 1035 2000 - 3,01 708
100 - 41,0 8,91 900 0,6 1072 2050 - 3,12 698
120 - 36,0 15,8 950 0,9 1109 2100 - 3,24 689
150 - 29,0 35,5 1000 1,0 1122 2150 - 3,36 679
180 - 24,4 60,3 1060 0,9 1109 2200 - 3,48 670
200 - 21,0 89,3 1100 0,6 1072 2250 - 3,60 661
240 - 17,0 141 1150 0,3 1035 2300 - 3,72 652
250 - 15,0 178 1200 0,0 1000 2350 - 3,84 643
300 - 10,6 295 1250 - 0,20 977 2400 - 3,96 634
350 - 8,5 376 1300 - 0,40 955 2450 - 4,08 625
360 - 7,9 403 1350 - 0,65 923 2500 - 4,20 617
400 - 6,3 484 1450 - 1,10 881 2550 - 4,33 607
420 - 5,8 513 1500 - 1,30 861 2600 - 4,46 598
450 - 4,7 582 1550 - 1,49 842 2650 - 4,59 590
480 - 4,0 631 1600 - 1,68 824 2700 - 4,73 580
500 - 3,6 661 1650 - 1,86 807 2750 - 4,87 571
550 - 2,7 733 1700 - 2,4 791 2800 - 5,01 562
600 - 2,0 794 1750 - 2,22 775 2850 - 5,15 553
650 - 1,4 851 1800 - 2,39 760 2900 - 5,30 543
700 - 0,9 902 1850 - 2,56 745 2950 - 5,45 534
750 - 0,4 955 1900 - 2,71 732 3000 - 5,60 525

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forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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O fator de influência TIF, é definido matemáticamente como:

n
TIF = ∑ (Kh . Ph . Uh)² ( pu )
h =1

Temos ainda IT definido pela expressão abaixo:

n
IT = ∑(Kh. Ph . Ih)² ( Amperes)
h =1

Temos que: h = ordem harmônica


Uh = Tensão harmônica (pu)
Ih = valor eficaz da corrente harmônica de ordem h (A)
Ph = fator de ponderação no sistema (planilha anterior)
Kh = coeficiente de acoplamento entre a linha de energia e telefônica

O parâmetro IT tem relação direta com as correntes harmônicas, resistividade do


solo, densidade dos circuitos telefônicos em interação com os circuitos elétricos,
desequilíbrio das fases de alimentação, níveis de ressonâncias, já que existe o acoplamento
entre o sistema telefônico e de energia, com variação proporcional à frequência reinante.

Numa análise minuciosa, quando se tratar de harmônicos de potência, devemos ter


o cuidado ao se utilizar este parâmetro, já que o IT dá importância excessiva às harmônicas
de ordens altas, e isto pode produzir um erro de interpretação e por conseguinte de
distribuição da filtragem. Mas é um fator fundamental em sistema de telecomunicações,
tendo em vista o nível de frequência reinantes nos mesmos. Também nos casos da área de
engenharia biomédica (hospitalar), em função do universo dos equipamentos existentes,
deve-se levar em consideração tal parâmetro.

Sabemos que a composição das harmônicas num sistema carregado depende das
ressonâncias existentes e dos valores eficazes de geração desta, bem como dos PACs de
referência para os cálculos. Portanto, o desenvolvimento dos cálculos de TIF e do IT devem
ser feitos à partir da pesquisa dos pontos onde a composição das harmônicas é de pior
características levando-se em consideração o mesmo PAC.

A média ponderada dos pontos de medição deve ser usada para os níveis
harmônicos de ordem baixa (harmônicas de potência) para que haja consistência de dados.
Mas no caso das harmônicas de ordem alta (harmônicas em PWM), deve-se partir para os
picos de incidência, onde obtém-se as amplitudes de atuação, independentemente da
consistência, já que em frequências altas, qualquer pico somado às mesmas causam
problemas no sistema. Esta regra básica de rastreamento está descrita no capítulo 6.

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Sem entrar em detalhes e desenvolvimentos profundos deste assunto, onde o


campo é vasto e se estende para outras áreas, merecendo um trabalho mais elaborado
extenso nos detalhes e variáveis, que não são poucas, queremos que fique a idéia e que
sirva de base para a implementação de novas teses.

6.16 – Efeitos sobre os sistemas de controle de processos (PLCs e outros):

Os equipamentos que compõe estes sistemas, são baseados em


microprocessadores e por conseguinte apresentam os mesmos sintomas dos efeitos sobre
computadores. Estes sistemas tem sensibilidade afetada pelos distúrbios elétricos cujas
varáveis estão relacionadas com o aterramento, características do projeto, velocidade de
operação, densidade e interligações entre equipamentos no sistema e configuração da rede de
comunicação.

Distúrbios Surto
Impulso Impulso Onda
SAG Outage de THDI Flicker
Efeitos 2 x nom 4 x nom refletida
terra
Falha de/em circuitos Sim Sim Sim
Erros de memórias Sim Sim Sim
Instabilidade na velocidade do
Sim Sim Sim
sistema
Falha de SCRs e similares Sim Sim Sim
Problemas com fontes de
Sim Sim Sim Sim
alimentação
Reinicializações de ordens ou
Sim Sim Sim Sim
blocos de ordens
Travamentos ou blackouts Sim Sim Sim
Intempestividade operacional Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Religamentos inesperados de
Sim Sim Sim
micro sistemas

6.17 – Efeitos sobre os retificadores e Conversores estáticos de potência:

Estes equipamentos, tem como base de funcionamento, a variação da velocidade


através da tensão alternada ou contínua, controlando a frequência e tensão.

Na equação geral abaixo temos:

h = (n × p )
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Onde: - h é a ordem harmônica,


- n é qualquer nº inteiro,
- p é o nº de pulsos.

Uma tabela válida tanto para conversores quanto para retificadores conforme a
forma de onda e o número de pulsos, que determinam as características do espectro
harmônico gerado.

Número de
Tipo de Ordem harmônica presente
pulsos
Retificador de meia onda 1 2, 3, 4, 5, 6, 7 .......
Retificador de onda completa 2 3, 5, 7, 9, ......
Retificador de onda completa trifásico 6 5, 7, 11, 13, 17, 19, ......
Retificador de onda completa trifásico 12 11, 13, 23, 25, 35, 37, .....

Temos como consequência dos níveis harmônicos presentes na alimentação destes


equipamentos os seguintes itens:
- Falha em componentes eletrônicos.
- Interferência nos programas.
- Travamento de certas operações.
- Controle e interface digital/analógico com operações erradas.
- Realimentação ativada por falsa operação induzida.
- Ativação de SCRs de controle fora do tempo previsto devido à amplitude e
velocidade dos picos harmônicos.
- Em sistemas de Corrente Contínua, podem surgir tensões indesejáveis devido
à modulação de pulsos intermitentes (harmônicas em PWM).

Todos os equipamentos desta categoria, são sensíveis ao ponto de comutação ou


de passagem pelo zero da onda senoidal quando do carregamento de níveis harmônicos. No
caso de conversores e inversores, pode haver o deslocamento do ponto natural de comutação
alterando o desempenho dos mesmos e dependendo do nível deste deslocamento, pode levar
à queima do equipamento. Já no caso dos retificadores controlados, pode haver um
rebaixamento da tensão de saída ou a piora do fator de potência.

Estes equipamentos, além de sempre serem geradores de harmônicos, também


podem ser afetados pelas harmônicas, caso ocorram ressonâncias que afetem a amplitude de
corrente e a freqüência de operação, principalmente quando eles utilizam os cruzamentos com
o zero da onda fundamental, conforme já citado anteriormente, para realizar suas operações e
ordens funcionais, onde as distorções na forma de onda passam a alterar e inviabilizar seu
funcionamento.

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6.18 – Efeitos sobre os equipamentos de biomedicina (hospitalares):

Os equipamentos da área biomédica são eletrônicos e em sua maioria utilizados em


aplicações de monitoramento médico de sinais vitais, dosagem de medicamentos, diagnósticos
de órgãos ou do corpo inteiro, auxilio efetivo em cirurgias, terapias com sistemas invasivos e
até a substituição de órgãos temporariamente.

A evolução e sofisticação de todo o aparato de equipamentos biomédicos, bem


como as instalações e sistemas hospitalares coloca este setor de consumo de energia numa
situação muito delicada frente aos distúrbios de energia. Os desafios para a estabilização do
sistema elétrico hospitalar são cada vez maiores, exigindo um nível de pesquisa e engenharia
de solução mais refinado e específico.

Por ser uma área de ultra responsabilidade, já que está diretamente ligado ao
mantenimento da vida, não se pode ter erros e falhas por mínimas que sejam.

Temos como consequência dos níveis harmônicos presentes na alimentação destes


equipamentos os seguintes itens:
- Interferências nas medições e análises.
- operações erradas ou imprecisas.
- Sobreposição de sinais em sistemas que estejam ligados ao coração (60 `230
batidas por minuto, com 110 mV de média de pulso cardíaco) o que levaria a um
falseamento de leitura ou de sobre impulso elétrico para um ressuscitador cardíaco.
- As ondas celebrais estão na faixa de 3 à 100Hz, que qualquer impulso com
frequência próxima pode alterar o funcionamento normal de um eletroencefalograma.
- A perda de referência nas lâminas de varredura de uma tomografia
computadorizada ou de um falseamento de resultado (sombras) em uma
ressonância.

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Efeitos 2 x nom 4 x nom refletida
terra
Falha de/em circuitos Sim Sim Sim
Erros medições Sim Sim Sim Sim Sim
Travamento no processo de
Sim Sim Sim Sim
diagnósticos
Problemas com fontes de
Sim Sim Sim Sim
alimentação
Reinicializações de
Sim Sim Sim Sim Sim Sim
diagnósticos inesperadas
Cintilação do visores de
Sim
monitoramento
Religamentos inesperados Sim Sim Sim

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7 – A INFLUÊNCIA DAS HARMÔNICAS NO FATOR DE POTÊNCIA


Sabemos que a corrente elétrica total que circula numa carga qualquer é resultante da
soma vetorial de duas componentes de corrente elétrica. Uma componente que é denominada
de corrente ativa e a outra que é denominada de corrente reativa. A soma vetorial da corrente
ativa e da corrente reativa é denominada de corrente aparente.

Também sabemos que o resultado da multiplicação da corrente pela tensão é


denominada de potência. Logo, o produto da corrente ativa numa carga pela tensão a que está
submetida esta carga resulta na potência ativa da carga e o produto da corrente reativa numa
carga pela tensão a que está submetida esta carga resulta na potência reativa da carga e, a
soma vetorial da potência ativa e da potência reativa de uma carga resulta na potência
aparente da carga.

Sabemos ainda, que o resultado da multiplicação da potência pelo tempo é denominada


de energia. Sendo assim, o produto da potência ativa de uma carga por um intervalo de tempo
t resulta na energia ativa da carga e, o produto da potência reativa de uma carga pelo mesmo
intervalo de tempo t resulta na energia reativa da carga e, a soma vetorial da energia ativa e da
energia reativa de uma carga, se podemos dizer assim, resulta na energia aparente da carga.

Vetorialmente, a potência reativa está defasada (adiantada ou atrasada) de 90º em


relação à potência ativa.

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Se a carga consome energia reativa, diz-se que a energia reativa consumida está 90º
atrasada em relação à energia ativa. No sentido anti-horário (ao contrário dos ponteiros do
relógio) a curva da potência ativa atinge pontos de máximos e de mínimos 90º na frente da
curva da potência reativa, ou seja, a curva da potência reativa está 90º atrasada em relação à
curva da potência ativa.

Se a carga fornece energia reativa, diz-se que a energia reativa fornecida está 90º
adiantada em relação à energia ativa. No sentido anti-horário (ao contrário dos ponteiros do
relógio) a curva da potência ativa atinge pontos de máximos e de mínimos 90º após a curva da
potência reativa, ou seja, a curva da potência reativa está 90º adiantada em relação à curva da
potência ativa.

Fisicamente, qualquer equipamento que transforme energia elétrica recebida em outra


forma de energia (térmica, luminosa, mecânica, etc) sem necessitar de uma "energia" para
efetuar a transformação é um equipamento consumidor de energia ativa. Qualquer
equipamento que, ao contrário, precise de uma "energia" para efetuar a transformação é um
equipamento consumidor de energia ativa e de energia reativa.

Em geral, a maioria das cargas de uma instalaçào elétrica são indutivas, ou seja, como
vimos, são consumidoras de energia reativa.

Elas consomem energia reativa porque precisam de um campo eletromagnético para


funcionarem, por exemplo, ela é a responsável pela magnetização dos enrolamentos de
motores, transformadores, reatores, etc que são equipamentos que necessitam de uma
"energia magnetizante" para transformar parte da energia recebida em trabalho util, ou seja, em
energia consumida transformada. Esta parcela de energia trocada entre o gerador e o receptor,
que não é propriamente consumida como energia, é que é a energia reativa.

Numa instalação elétrica normalmente teremos envolvidas então a Energia ativa, que
realiza o trabalho propriamente dito, gerando calor, iluminação, movimento, etc e a Energia
reativa, que manterá o campo eletromagnético. A soma destas duas energias, como já vimos,
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resulta na energia aparente ou energia total da instalação elétrica.A energia reativa poderá ser
indutiva ou capacitiva.Ela será indutiva quando a instalação elétrica a requisitar da fonte de
suprimento de energia elétrica (caso das cargas indutivas), neste caso ela é tida como
negativa. Ela será capacitiva quando a instalação elétrica a fornecer a fonte de suprimento de
energia elétrica (caso das cargas capacitivas), neste caso ela é tida como positiva.

Como já vimos, cabe lembrar que a energia reativa indutiva impões atrazo na corrente em
relação a tensão, já as cargas capacitivas que geram energia reativa capacitiva impõe
adiantamento na corrente em relação a tensão.

Esta é a razão de utilizarmos capacitores para corrigir o baixo fator de potência causado
pelas cargas indutivas na maioria das instalações elétricas. Para efetuar a medição da energia
ativa, as concessionárias utilizam medidores de energia ativa (quilowatímetros).

Como definição temos:


- As cargas que consomem energia reativa são denominadas de cargas indutivas.
- As cargas que fornecem energia reativa são denominadas de cargas capacitivas.
- As cargas que não consomem e nem fornecem energia reativa são chamadas de
cargas resistivas.
- As ressonância cuja amplitude de corrente está adiantada da tensão, chamamos
de ressonância capacitiva.
- As ressonância cuja amplitude de corrente está atrasada da tensão, chamamos de
ressonância indutiva.

Como exemplo de cargas que consomem energia reativa temos:


- Transformadores,
- Motores de indução,
- Reatores

Como exemplo de cargas que fornecem energia reativa temos:


- Capacitores,
- Motores síncronos,
- Condensadores síncronos

Afora a incidência da multa pela concessionária, o baixo fator de potência causa sérios
problemas às instalações elétricas, tanto do consumidor quanto da concessionária, como:
- Sobrecargas nos cabos e transformadores;
- Crescimento da queda de tensão;
- Redução do nível de iluminamento;
- Perdas de energia;
- Diminuição da vida útil dos equipamentos;
- Riscos de queima de equipamentos por problemas de isolamentos elétricos;
- Aumento dos problemas com distorções harmônicas na instalação.

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O Fator de Potência em um sistema senoidal puro (sem a presença de distorções


harmônicas) como já vimos, é a expressão do cosseno do ângulo formado entre os fasores da
potência aparente fornecida à carga, e a potência ativa que é efetivamente transformada em
trabalho. O triângulo das potências representa os elementos principais que compõe o fator de
potência, conforme mostra abaixo:

A Potência reativa indutiva QL e a Potência reativa capacitiva QC tem sinais opostos, e


quando somadas, são diminuídas uma da outra. Quando se instalam capacitores junto a um
sistema, à medida que aumentamos a carga capacitiva, a potência reativa é reduzida, com isto
o ângulo φ é reduzido, resultando num fator de potência maior.

Quando temos um sistema composto com cargas não lineares geradoras de distorções
harmônicas, o triângulo das potências sofre uma alteração, onde temos uma terceira dimensão,
provocada pelos Vas necessários para sustentar a distorção do sinal da frequência
fundamental e por conseguinte, é o que sustenta o nível de ressonância.

Para uma melhor visualização, temos a figura abaixo:

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Sabemos que:

P (t) = u (t) . i (t)


P = U 0 .I 0 + ∑ U n .I n . cos φ n
n =1

logo:

P = Uo . Io + U1 . I1 . cosφ1 + U2 . I2 . cosφ2 + .......

E portanto:

U 1 × I 1 × cos φ1 + U 2 × I 2 × cos φ 2 + L
Fator de Potência =
I eficaz × U eficaz

O Fator de Potência é o cosφ, apenas para uma senoide pura. Num sistema com cargas
geradoras de distorções harmônicas, temos a descrição de dois tipos de Fator de Potência:

- Fator de Potência Real:

Este leva em consideração os ângulos de fase de cada harmônica e a potência


reativa necessária para produzi-las, sendo este, o valor que deve ser efetivamente corrigido.

- Fator de Potência de deslocamento:

Este leva em consideração apenas a defasagem para a frequência fundamental.


Quando não temos distorções harmônicas, é igual ao Fator de Potência Real. Seu valor é
sempre mais elevado que o Fator de Potência Real.

Quando os níveis de distorções harmônicas são altos ou além disto pulsantes, a tarefa de
correção do Fator de Potência é mais complexa. Muitas vezes não basta acrescentar
capacitores na linha do sistema, sem que haja um estudo casado dos níveis harmônicos e do
fator de potência em todo o sistema elétrico em questão. Às vezes, a colocação de um banco
de capacitores pode trazer transtornos maiores do que a multa, tendo em vista que o mesmo
pode não corrigir o FP real, podendo adicionar ressonâncias ou acentuar as já existentes,
tornando a operacionabilidade do sistema insustentável, ficando mais caro devido à baixa
eficiência produtiva.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
CREA-ES 2967-D
Visto CREA-SP 1100029676
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Se tomarmos como exemplo um ramal industrial cuja carga alimentada tem as seguintes
características:

Dados

Item Valor Unidade Descrição Relação

1 100 kW Potência Ativa P


2 61,96 kVAr Potência Reativa Q
3 117,64 kVA Potência Aparente S
4 0,85 disp Cos φ FP
5 0,79 True Fator de Potência FPr
6 63,4 % Distorção Harmônica de corrente THDI
7 8,93 VA Dist DVA

Observamos que pelo método convencional, bastava um capacitor de 29 kVAr para a


correção. Porém, com a distorção harmônica existente, devemos optar por um banco
automático de 2 estágios, com um total de 45 kVAr. Observamos ainda que o Fator de
Potência Real está muito abaixo do Cos φ, e que o nível de distorção harmônica do sistema é
muito alto.

RESSONÂNCIA

Por uma questão estratégica, decidimos descrever mais sobre o assunto justamente
neste item, por acharmos que é muito pertinente e na maioria das vezes o fenômeno ocorre ou
se acentua quando da colocação de capacitores para correção do Fator de Potência do
sistema.

Como vinhamos enfatizando ao longo deste trabalho, é necessário a consideração do


estudo do problema potencial de ocorrência de ressonância harmônica em virtude das
condições das distorções harmônicas no sistema.

Como regra básica, temos que com componentes ideais nos circuitos, a reatância indutiva
tem seu aumento diretamente relacionado com o aumento da frequência e a reatância
capacitiva é inversamente proporcional com o aumento desta. Portanto, nas condições ideais,
na frequência de ressonância de um circuito indutivo-capacitivo (LC), temos que a reatância
capacitiva se iguala à reatância indutiva.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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Num circuito fechado e carregado, temos duas formas de ressonância a serem


consideradas:

- Ressonância em série:

Nesta, a impedância na frequência de ressonância se reduz somente à resistência


do circuito. No caso em que os componentes da impedância tem seus valores baixos, as
correntes sob a frequência de excitação são grandes. Nas figuras abaixo, temos o circuito
relativo, com os respectivos componentes da impedância, e seu gráfico característico de
impedância x frequência.

Na prática, a ressonância é limitada pela fonte. Se considerarmos que a capacidade


de potência da fonte de harmônicas, geralmente é bem menor que a capacidade de potência
do banco de capacitores, o fluxo de correntes harmônicas fica dentro de limites toleráveis.
Caso haja a geração de fluxo de correntes harmônicas vindas da fonte de energia, na faixa da
frequência de ressonância, pode ocasionar problemas sérios. O circuito em ressonância teria
um circuito em série sintonizado formado pelo banco de capacitor e o transformador abaixador,
perante a fonte de energia.

- Ressonância em paralelo:

Aqui, também a reatância capacitiva se iguala à reatância indutiva na frequência


existente. Porém, a impedância em paralelo é bem diferente. Na frequência de ressonância, a
impedância é muito grande, e quando passa a ser excitada por uma fonte com esta frequência,
haverá um fluxo de uma alta amplitude de corrente da indutância para a capacitância, embora a
fonte que a gerou seja pequena.

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forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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Na prática, quando a indutância da fonte de energia ressona com o banco de capacitores


na frequência de excitação das fontes de harmônicas do sistema, dizemos que houve uma
ressonância paralela no mesmo. E nesta condição, as harmônicas são amplificadas pela
condição de ressonância existente e são somente limitadas pelo amortecimento do circuito
paralelo. Portanto, podemos ter um excessivo fluxo de corrente harmônica e/ou o aparecimento
de sobretensões harmônicas, onde pode se agravar com o aparecimento de ondas refletidas
caso haja uma falta de casamento de impedância do sistema em função da cabeação. Isto é
comum em circuitos de motores alimentados por softstarts e inversores com ramais extensos.
E no caso dos softstarts e inversores, ainda temos uma agravante se o aterramento estiver
saturado com frequências espúrias e impulsos altos de corrente.

Se analisarmos o caso de um sistema, especificamente em um alimentador de


barramento, para o qual a grandeza constante é a Potência Aparente, já que ela define a
capacidade térmica e de condução do cabeamento, temos que a análise fasorial deve ser feita
conforme a combinação de fasores relativos a cada componente harmônica, já que a tensão e
a corrente tem ondas não senoidais. Lembrando que nos cálculos, não devemos esquecer do
módulo e ângulo das grandezas fundamentais e harmônicas.

Para um baixo fator de potência num sistema carregado de distorções harmônicas,


grande parte da capacidade de condução de corrente do cabeamento está sendo utilizado para
transmitir uma corrente que não produzirá trabalho na carga alimentada, além de termos uma
parte desta mesma corrente se perdendo em perda joulica na própria cabeação em função do
efeito pelicular.

Se na análise encontrarmos um nível razoável de ordens altas, com amplitudes


consideráveis de corrente, num cabeamento extenso, podemos ter binários no campo elétrico
ao longo do mesmo que vão produzir picos de ondas refletidas, diretamente proporcionais aos
picos de amplitudes de corrente harmônicas, que vão causar pontos minados no isolamento e
pontos quentes em suas conexões das extremidades. Cabos blindados tendem a sofre menos
com este efeito. Sob ressonância, os efeitos ficam aumentados em todos os aspectos.

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BANCO DE CAPACITORES

Por tudo que já foi dito, quando temos distorções harmônicas no sistema com correção do
Fator de Potência, temos a imposição do rastreamento, pesquisa das fontes geradoras dessas
distorções e análise das ressonâncias principalmente com o banco de capacitores.

Tendo uma instalação em operação, é necessário medir todos os barramentos, ramais,


cargas importantes e “nichos” de cargas conforme a definição baseada na experiência do
pesquisador. Portanto, essa experiência é que dita o sucesso da implementação da
“SOLUÇÃO”. Para que se tenha uma visão antecipada de tal implementação, é necessário
utilizar-se de medições completas (com todos os parâmetros elétricos), aliados aos diagramas
unifilares atualizados e compostos das respectivas distâncias dos cabeamentos e devidamente
simulados em softwares específicos e confiáveis.

Com isto, tendemos a chegar em valores mais próximos da realidade, onde todas as
tentativas e erros não causam custo de implementação física já que a simulação está no
campo computacional.

No caso de projetos novos, deve-se utilizar a mesma visão, porém, os dados de


medições serão substituídos pelos dados de fabricantes dos equipamentos e capacitores.
Partindo-se do presuposto que esses dados são confiáveis, e que para nossa simulação
passam a ser reais.

Normalmente temos após a implementação do projeto simulado como um todo, a


adequação e ajuste à realidade da infraestrutura elétrica com carregamento. As diferenças
entre os resultados práticos e os simulados do projeto, dependem do quão os dados
fornecidos pelos fabricantes de equipamentos são reais ou simples propagandas comerciais.
È claro que as grandes marcas prezam pelo bom nome e pela fidelidade do mercado, onde
não precisamos citar nomes para quem já está mergulhado neste universo.

Mas não bastam somente as “receitas de bolo” em medições, estratificações e


diagramas. É necessário o feling e a experiência do profissional para realizar as diversas
simulações de configurações para que se consiga a melhor configuração de circuitos e
posicionamento de cargas e banco de capacitores perante os barramentos, para que se
obtenha:
- o menor nível de harmônicos no sistema;
- o menor fluxo de correntes harmônicas na barra e por conseguinte a menor
potência de harmônicos e de perda no sistema;
- casamento orientado de geradores e receptores de harmônicos perante a barra de
distribuição;
- o máximo rebaixamento de bursts no sistema, principalmente os de altas ordens;
- a atenuação ou eliminação das ressonâncias;
- o maior rebaixamento dos níveis e picos de pulsos e impulsos no terra;
- o melhor ajuste dos bancos de capacitores;
- a melhor adequação da infraestrutura ao tratamento do Fator de Potência.
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Especificamente no caso de banco de capacitores, sofrendo com distorções harmônicas


no sistema, podem ser tomadas algumas ações de solução prática que serão citadas como
estudo de casos implementados segundo os itens abaixo:

- Método de alteração da especificação dos capacitores:

Tomando o caso que aconteceu em dada Indústria Metalúrgica, em SP, tem-se a


seguinte descrição do sistema. Instalação composta basicamente por motores acionados por
sistemas eletrônicos, robots de solda, máquinas de solda à ponto, prensas controladas por
CLPs, ou seja, a maioria dos equipamentos tem um nível razoável de eletrônica embarcada,
com a agravante de 50% serem monofásicos.

O sistema elétrico da referida indústria em análise possui dois transformadores de 1


MVA, 13,8 /0,44KV, operando em cabines separadas com cargas devidamente orientadas e
sistema automático de correção do fator de potência para cada um.

Iremos analisar as subestações em separado, em função das características das cargas


de cada uma, conforme segue abaixo:

- SE Ι:

A carga desta subestação é composta exclusivamente de prensas controladas por


sistemas eletrônicos, sistemas de iluminação com lâmpadas vapor de sódio, equipamentos de
escritório e laboratório de qualidade, balança de pesagem, sistemas de apoio (central
telefônica, central de combate à incêndio e outros de pequena potência).

Foram realizadas medições no QGBT, disjuntor e barramento geral, disjuntor do sistema


de correção do Fator de Potência e foi constatado uma corrente média de carga de 1.320 A, e
fator de potência médio de 0,93, conforme a atuação da carga e do sistema de capacitores.

A distorção da tensão na THD era de 4,3%, com a predominante de 5ª ordem. A


distorção da corrente na THD era de 45,9%, também com a predominante de 5ª ordem.

Devido aos níveis harmônicos estarem acima dos limites, é que foi observado problemas
como queima de capacitores, mal funcionamento de sistemas eletrônicos de controle e de
alguns equipamentos de informática do escritório e do laboratório de qualidade. O banco
automático de capacitores, com 270 KVAr, composto de capacitores de 15, 30 e 50 KVAr,
passou a sofrer perdas periódicas, após a instalação de 2 prensas de 800 Ton. Foram
observados estufamento de algumas “latas” (caixa), aquecimento excessivo e em alguns
casos vazamento de óleo isolante de algumas unidades. Também foi observado a perda de
programação do PLC de uma das prensas de 800 Ton., chegando a ocorrer a perda de dados
até duas vezes por dia.

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Tambem foi observado o aquecimento do banco de capacitores, cuja temperatura na


carcaça era de 47ºC, e portanto seu interior chegava facilmente aos 54ºC, o que é fatal para o
mesmo.

O banco automático em questão era composto de 8 estágios, sendo 3 capacitores de


50, 3 de 30 e 2 de 15 Kvar. A medição em um capacitor de 30 KVAr, 440 Volts e

- SE ΙΙ:

A carga desta subestação é composta exclusivamente de máquinas de solda à ponto,


máquinas de solda MIG e TIG, equipamentos de ferramentaria, sistema robotizado alimentado
por busway exclusivo, sistema de ar comprimido e arrefecimento de água, sistema eletrônico
de micro medição e sistemas de iluminação com lâmpadas vapor de sódio.

Foram realizadas medições no QGBT, disjuntor e barramento geral, disjuntor do sistema


de correção do Fator de Potência e foi constatado uma corrente média de carga de 1.722 A, e
fator de potência variando de 0,89 à 0,94, conforme a atuação da carga e do sistema de
capacitores.

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8 – O ESTUDO DAS HARMÔNICAS DE UM SISTEMA


O estudo de harmônicas se aplica à fase de projeto de uma instalação nova ou à uma
instalação já em operação. Um estudo completo é composto das seguintes etapas:

- Identificação dos pontos geradores e receptores do sistema.


- Pesquisa das características elétricas de cada carga.
- Medição dos parâmetros elétricos de cada ponto identificado e pesquisado.
- Estratificação dos parâmetros medidos de cada ponto.
- Análise da estratificação e das características dos gráficos de cada ponto.
- Simulação teórica do sistema com as características elétricas, dados medidos e
carregamentos pertinentes.
- Fluxogramação e diagramação das correntes harmônicas e dos níveis de onda
refletida.
- Mitigação para cada ponto, alimentador ou ramal do sistema em questão.
- Projeto do sistema de filtragem aplicável ao sistema.
- Projeto de cada filtro a ser aplicado para cada ponto ou ramal ou alimentador.
- Simulação teórica de cada filtro no sistema carregado.

Os sistemas elétricos, sejam em projetos novos ou em operação, sempre tem condições


em que há a necessidade da elaboração de um estudo de harmônicas. Abaixo temos algumas
das condições mais encontradas:

- Bancos de capacitores em sistemas com densidade de conversores, ou


geradores de harmônicos de médio e grande porte.
- Histórico de baixa eficiência produtiva, por problemas relacionados com
transitórios e principalmente com harmônicas.
- Presença de ressonâncias em pontos diversos do sistema elétrico.
- Expansão aleatória de instalações elétricas sem haver um planejamento e uma
programação de autosustentabilidade.
- Um alto desbalanceamento do sistema somado à sazonalidade de cargas que
produzam efeito de chaveamento e atracação.
- Presença de transformadores sub e sobre carregados, com desequilíbrios em
relação ao terra/neutro.
- Geradores com problemas de assunção de carga.
- Queima excessiva de inversores, motores, equipamentos eletrônicos de controle
e monitoração, lâmpadas e fontes em geral.

Como ponto de partida no estudo de harmônicas num sistema elétrico, temos que
conhecer o ponto de ressonância do mesmo, sendo necessário conhecer também a
capacidade de curto-circuito do PAC ou do ponto de aplicação do banco de capacitores.

Portanto, temos a equação a seguir:


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MVAcc
Hr =
MVAc

Onde: - Hr é o ponto de ressonância em pu da frequência fundamental.


- MVAcc é a capacidade de curto-circuito do alimentador ou ramal do sistema.
- MVAc é a capacidade em MVAc do banco de capacitores no local a ser
considerado.

Como ponto de partida, esta equação auxilia na determinação da ordem da frequência de


ressonância em relação ao espectro harmônico, determinando assim a probabilidade de
ocorrência de problemas.

A simulação teórica, nos dá um modelo matemático, que pode ser alimentado pelos
dados de medição e pelas características do sistema em operação, ou simplesmente pode ser
alimentado com dados teóricos de catálogo dos equipamentos, cujos resultados podem se
afastar muito da realidade, em função das adversidades reais da carga no sistema.
Normalmente os resultados e o modelo matemático implemental, apresentam a solução ou no
mínimo identifica o problema com suas causas e consequentes “vítimas”.

Para a realização de um estudo de harmônicas, são necessários os seguintes itens:

- Diagrama unifilar geral do sistema elétrico.

- Disposição física dos alimentadores e ramais na barra geral do sistema.

- Valor de curto-circuito e a relação X / R do sistema da concessionária. Se possível o


espectro de tensões e correntes harmônicas do sistema da concessionária no PAC
externo à instalação em estudo.

- Sazonalidade operacional da subestação da concessionária, alimentadora do


sistema em questão.

- Reatâncias e resistências das linhas condutoras de corrente do sistema.

- As características de ligação, reatâncias percentuais, potência nominal, potência


eficaz e potencia reativa do sistema e dos trafos do mesmo.

- As características elétricas e operacionais das máquinas rotativas.

- As características elétricas dos bancos de capacitores e reatores.

- As características elétricas dos conversores existentes.

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- Características operacionais da planta industrial em questão.

- Carregamentos do sistema de aterramento.

- Configuração do sistema de aterramento e seu histórico de descargas atmosféricas,


curtos-circuitos e cargas monofásicas utilizando o mesmo.

- Maior atenção com sistemas que estejam próximos ou que abrigam fornos a arco,
ressonâncias magnéticas, geradores de frequência industriais, tomografias, raios X,
inversores de grande porte e retificadores para linhas ferroviárias.

Na fase de investigação, deve-se pesquisar o volume de paradas e sinistros, e categorizar


em dois fatores do ponto de vista produtivo:

-Distorções Harmônicas stressantes:

Quando a distorção harmônica é de curta duração e intermitente e está


caracterizada pela ausência de equipamentos destruídos, e por atrasos também de curta
duração na retomada de produção, com pouca perda de matéria prima. Porém este tipo de
evento, causa stress na infraestrutura, minando suas condições operacionais e ao final de um
período produtivo, minaram também os resultados operacionais.

-Distorções Harmônicas fatais:

Quando a distorção harmônica é de longa duração e presente em todas as etapas


do processo e está caracterizada pela destruição de equipamentos e componentes, e por
atrasos longos na retomada de produção, com perda razoável de matéria prima. Este tipo de
evento, causa sinistros e até acidentes na infraestrutura, zerando as condições operacionais e
ao final de um período produtivo, os resultados operacionais foram catastróficos.

Nos dois fatores acima, temos interrupções não planejadas, dotadas das devidas
características de perda de produção, degradação da qualidade de energia e disfunção do
sistema elétrico e de controle.

De posse de todos os dados citados, começamos a simulação teórica para gerarmos um


projeto de readequação do sistema, quer seja por implementação de um sistema de filtragem
ou pela simples readequação física dos alimentadores e ramais. As preocupações com os
níveis de ondas refletidas, também geram ações de readequação à estas.

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9 – IDENTIFICAÇÃO, PESQUISA E MITIGAÇÃO DAS HARMÔNICAS


NUM SISTEMA
É usual dentro do meio industrial, resolver problemas à partir de seu aparecimento
importunante nos resultados operacionais e produtivos. Por motivos voltados ao item
econômico, as empresas só investem em serviços desta natureza quando os sinistros e
intempestividades passam a desenvolver perdas de produção sensíveis ao faturamento final
delas. Porém, até sentir as citadas perdas, já se perdeu muito dinheiro, e muitas vezes já se
está na fase de degradação ou na fase terminal, que denota as paradas operacionais não
programadas e que provocam uma maçante perda econômica levando-se em consideração a
perda de matéria prima, perda em mão de obra, lucros cessantes, gastos prematuros com
equipamentos e peças de reposição, perdas de energia, perdas de qualidade na produção,
perdas de posição no mercado, perdas de credibilidade de produtos e muito mais perdas que
se possam imaginar e que gastaríamos folhas e folhas falando delas. A explicação mais
detalhada destas perdas está descrita nos capítulos 15 e 16 deste trabalho, e que nos dá a
idéia direta da influência das mesmas no universo total das perdas.

Pra se entender o intuito deste capítulo, onde sempre encontramos discussões sobre
soluções de alta disponibilidade e confiabilidade, devemos conhecer os seguintes conceitos:

- Falha: Uma falha acontece no universo físico, ou seja, no nível mais baixo do
hardware ou na estrutura do sistema. Podemos citar como exemplo uma flutuação
da fonte de alimentação e a interferência eletromagnética.

- Erro: Um erro normalmente é originário de uma falha, e é a representação da falha


no universo informacional. Um computador trabalha com bits, cada um podendo
conter 0 ou 1. Uma falha pode fazer com que um ou mais bits troque de valor
inesperadamente, o que certamente afetará o funcionamento normal do mesmo, e
isto é um Erro.

- Defeito: A informação errônea, se não for percebida e tratada, poderá gerar o


defeito. O sistema simplesmente trava, ou mostra uma mensagem de erro, ou ainda
perde os dados do usuário sem maiores avisos.

- Failover: O processo no qual uma máquina assume os serviços de outra, quando


esta última apresenta falha, é chamado de failover. Este pode ser automático ou
manual, sendo o automático o que normalmente se espera de uma solução de alta
disponibilidade e em alguns casos não crítico, no qual o sistema suporta um tempo
maior até a recuperação do serviço, temos o failover manual. Lembrando-se sempre
que além do tempo entre a falha e a sua detecção, existe também o tempo entre a
detecção e o reestabelecimento do serviço.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
CREA-ES 2967-D
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- Failback: Ao ser percebida a falha no sistema, além do failover é necessário que


se tenha a manutenção no equipamento que falhou. Ao ser recuperado de uma
falha, este equipamento será recolocado em serviço, e então se tem a opção de
realizar o processo inverso do failover, que se chama failback. Então, o failback é o
processo de retorno de um determinado serviço ou operação de um sistema ou
equipamento para seu sistema ou equipamento de origem. Também pode ser
automático ou manual.

- Missão: Quando se calcula a disponibilidade de um sistema, é importante que se


observe o conceito de missão. Missão de um sistema é o período de tempo no qual
ele deve desempenhar suas funções sem interrupções. Podemos citar como
exemplo um supermercado, que funcione das 8hs às 22hs, e não pode ter seu
sistema fora do ar durante este período. Se o sistema vier a apresentar defeitos fora
deste período, não atrapalham em nada o andamento correto do sistema quando o
mesmo é necessário. Mas se funcionasse 24 hs, claro que atrapalha, pois o mesmo
passa a ter uma missão contínua.

Portanto, uma falha no universo físico pode causar um erro no universo informacional,
que por sua vez pode causar um defeito percebido no universo do usuário do sistema. A partir
do defeito, um sistema sobressalente assume o principal, acontecendo o failover. Assim que o
sistema principal reassume o processo, temos o failback. A missão é o tempo de execução do
processo e não deve ser interrompido.

É importante identificarmos estes conceitos dentro do universo de pesquisa, para que não
se interrompa o processo produtivo, para que se determine as características dele, para
localizar o tempo de ocorrencia das falhas e associá-las com os distúrbios além de identificar a
periodicidade dos mesmos.

No universo industrial, já identificamos que os problemas começam a partir da concepção


do projeto de instalação elétrica que por cultura não leva em consideração a simulação dos
níveis harmônicos nos alimentadores, ramais e cargas consumidoras, o que nos leva a
defrontação com instalações totalmente degradadas e até em estados inoperantes, levando-se
em consideração os tempos operacionais projetados, e com rendimento abaixo do 50% destes
valores projetados.

É normal nos depararmos com casos de edificações novas, modernas, com investimentos
tecnológicos de última geração, mas com rendimentos e tempos operacionais baixíssimos, sem
explicações de projetistas e construtores, que satisfaçam os “PORQUES?”. Também é comum
a troca de equipamentos de qualquer natureza sob a alegação de que o mesmo não é bom ou
não se adequam, ao passo que na realidade o equipamento é de boa qualidade e de excelente
performance teórica, mas que naquela situação e características do sistema ao qual está
imerso, eles não produzem o suficiente.

Se trabalharmos com a filosofia de mitigação teórica e prática de harmônicos desde a


concepção do projeto até a finalização com a pesquisa dos níveis harmônicos após o start up
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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da instalação, temos grandes possibilidades de ter sucesso na redução destes níveis e no


enquadramento da instalação como um todo, em um nível de rendimento operacional próximo
do projetado, com probabilidade muito baixa de sinistros. Os riscos de intermitências são
reduzidos a valores baixíssimos que nos levam ao sucesso final do trabalho. O custo benefício
desta filosofia é incalculável, mas já pode ser observado nas diversas comparações práticas
entre as instalações lançadas no parque de consumidores.

Existe a indústria recém inaugurada e que não consegue fazer com que certa máquina
produza conforme o rendimento de catálogo do fabricante e a outra com a mesma máquina
que produza mais próxima deste.

Existe ainda o prédio recém inaugurado com equipamentos eletrônicos sofisticados e que
à medida que vai-se instalando suas cargas, os problemas começam a aparecer de uma
maneira evidente e fatal para sua operacionabilidade.

Existe também o hospital cuja área de laboratório e de CPD não estão funcionando à
contento, e a turma de manutenção ou construção não consegue identificar a causa, mirando-
se em fatores e causas erradas, que levam os mesmos à soluções inócuas, tais como trocar de
equipamento, adicionar componentes de proteção ou tomar ações de defesa inertes.

Como já foi dito, existe dois tipos de filosofia, sendo uma aplicada na fase de projeto e a
outra em plantas já instaladas. Os projetos devem ser concebidos voltados à luz da presença
de harmônicos, levando-se como base as simulações teóricas destes níveis, e as tomadas de
solução em relação dos seus PACs e posicionamentos das cargas em relação aos mesmos. Já
nas instalações existentes, devem ser rastreadas, pesquisadas e simuladas com dados reais
existente dentro dos níveis apresentados, cuja mitigação vai depender da experiência do
profissional familiarizado com este universo.

Tanto na fase de projeto quanto na de adequação corretiva, temos a seguinte linha de


atuação:

9.1 – Identificação dos circuitos geradores e receptores:

Planejar e preparar a inspeção da instalação em operação ou do projeto da nova


instalação a ser instalada, é uma das premissas para um bom trabalho na Engenharia de
soluções. Esta fase se inicia com a análise do diagrama unifilar geral e completo da instalação
ou do projeto, com a determinação dos geradores e receptores de harmônicos em relação ao
PAC dentro do circuito carregado. O trabalho começa a partir do ramal de alimentação da
concessionária, passando pelos trafos e indo de encontro às cargas, não esquecendo das
linhas e proteções existentes no meio deste caminho.

Partindo para a análise em função da frequência, relacionamos os circuitos


geradores de harmônicos como sendo os circuitos oscilantes (geração de diversas frequências
múltiplas da frequência fundamental) e os circuitos receptores como sendo os circuitos
sintonizantes (consumidores do todo ou parte das frequências múltiplas da frequência
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fundamental geradas). Isto tudo dentro do universo das ressonâncias existentes. Também
devemos observar os circuitos amplificadores ou dobradores das frequências harmônicas
dentro do sistema.

Partindo-se da premissa de que o profissional tem experiência no assunto e que


conhece dos níveis harmônicos dos equipamentos presentes na instalação, deve o mesmo
fazer a vistoria física na instalação e a detecção de características físicas falhas, perante os
conceitos aqui apresentados. As características físicas da instalação estão relacionadas com
os seguintes itens:
- Posicionamento dos bancos de capacitores de correção do fator de potência e
dos problemas de queima e estufamento das “latas”.
- Identificação visual dos possíveis ramais que possam estar ressonando dentro
do sistema.
- Identificação de sobreaquecimentos nos cabos elétricos e nas chaves e
disjuntores.
- Conferência de nobreaks e retificadores no sistema.
- Posicionamento dos inversores, PLCs, sofstarts, conversores de frequência em
geral e dos demais geradores de harmônicos dentro do circuito carregado.
- Conferência das cargas que estão próximas eletricamente ou no entorno dos
geradores de frequência do sistema.
- Especial observação de trafos,TPs e TCs.
- Verificação de blindagens de equipamentos eletrônicos, principalmente os
ligados às telecomunicações e sistemas hospitalares.
- Compressores de ar e sistemas de ar condicionado devem ser observados
quanto aos seus históricos de problemas.

9.2 – Pesquisa dos parâmetros dos circuitos geradores e receptores:

Identificado todos os circuitos e devidamente caracterizados com seus dados


teóricos, deve-se partir para a pesquisa dos parâmetros vigentes em cada alimentador, ramal e
equipamento através das medições instantâneas e periódicas (ver detalhes no capítulo 7 a
seguir). Através das medições é que se tem a dimensão da degradação do sistema.

A pesquisa deve levar em conta os equipamentos de maior geração de harmônicos


por característica e o questionário feito anteriormente em cima dos distúrbios operacionais e
ocorrências históricas no sistema junto aos profissionais de manutenção e operação,. Quando
estamos na fase de projeto de uma instalação nova, a pesquisa é feita perante um questionário
específico respondido pelo cliente dono do empreendimento e pelas diversas simulações
teóricas realizadas, para se chegar à uma configuração de circuito e de componentes viável
para a instalação.

Os questionários devem ser claros e objetivos, por cada equipamento de maior


geração de harmônicos e que estejam sofrendo por sinistros no sistema, apresentando um
baixo rendimento devido às paradas constantes.
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9.3 – Mitigação dos problemas dos circuitos geradores e receptores:

Durante a fase de pesquisa teórica nas simulações, tem-se as mitigações no


sistema, para se chegar a um sistema compatível. Já a mitigação de uma instalação antiga,
depende de um anteprojeto baseado em simulação e dados de medição. Normalmente se
chega a resultados satisfatórios e com rendimentos bons do sistema de filtragem a ser
aplicado.

Identificado todos os circuitos e devidamente caracterizados com seus dados


teóricos e práticos, deve-se simular todos com os carregamentos e características teórica e
práticas da energia, para se determinar as ações a serem adotadas. Nesta fase, é necessário
experiência e conhecimento sobre o assunto, para que aliado aos resultados da simulação,
tenhamos sucesso na mitigação.

As ações de mitigação tem maior sucesso quanto maior for a parametrização da


realidade da energia nas simulações para determinação do sistema de filtragem a ser aplicado
ou da readequação dos circuitos do sistema em questão.

Dentre as várias ações de mitigação podemos citar:

- Limitar as perturbações geradas através de filtros para que os circuitos e


equipamentos possam absorver ou conviver com os níveis reinantes.
- Evitar os acoplamentos e ressonâncias, afastando os circuitos ressonantes
entre si, intercalando entre eles os circuitos consumidores de harmônicos.
- Rebaixar os níveis ao longo dos alimentadores, ramais e cargas, para uma
estabilidade geral do sistema.
- Readequar o posicionamento dos circuitos intercalando os circuitos oscilantes
e receptores,, levando-se em consideração a impedância harmônica do sistema
e tomando-se o cuidado com ondas refletidas no mesmo.
- Readequar o aterramento de dispersão de frequências espúrias das carcaças
de equipamentos, separando o ponto de dispersão diretamente na malha de
aterramento de massas.
- Providenciar um ponto exclusivo de dispersão para o sistema de filtragem na
malha de aterramento equipotencializada do sistema.

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10 – MEDIÇÃO, ESTRATIFICAÇÃO E ANÁLISE DAS HARMÔNICAS


NUM SISTEMA
Esta trilogia é a base fundamental de um estudo de harmônicas de um sistema. Com a
medição, temos a constatação dos níveis reinantes na instalação e a amplitude e direção do
fluxo harmônico no sistema. Com a estratificação, temos os gráficos, a base de dados e a
autenticação dos parâmetros reais do sistema. E finalmente com a análise, temos o
alinhamento das idéias de ações de mitigação, geralmente dentro de um contexto de
readequação do sistema ou parte dele, podendo ser aplicado a um projeto novo ou a um
sistema já em operação.

Portanto, temos as conceituações segundo a trilogia de base a seguir:

10.1 – Medição dos parâmetros elétricos:

Esta fase é essencial para a identificação das componentes harmônicas presentes


no sistema elétrico, bem como todos os transitórios e parâmetros intrínsecos da energia
elétrica, para que se possa traçar o perfil do sistema. Mas para garantir a fidelidade das
medições, os instrumentos devem estar devidamente calibrados e certificados, já que a
continuidade do trabalho termina na emissão de um laudo ou relatório da situação do sistema e
que o mesmo fará parte do histórico da instalação elétrica em questão.

Deve-se medir todos os pontos principais e críticos do sistema para se ter os dados
necessários para a estratificação e para a simulação teórica e modelagem matemática, que vai
permitir as tomadas de decisão de ações de readequação no caso de sistemas em operação.
Também serve de histórico para o acompanhamento do sistema, em sua evolução operacional.

Queremos salientar que não basta medir somente tensão e corrente, mas sim todos
os parâmetros da energia, com medições instantâneas e periódicas, em todas os
alimentadores e ramais dos QGBTs e CCMs, e das cargas geradoras de harmônicos presentes
nos subsistemas.

A quantidade de pontos e de medições por pontos deve ser de acordo com a


evolução dos trabalhos e da necessidade de se reafirmar ou determinar algumas
características inter-relacionais entre os diversos circuitos, para se determinar a influência entre
os mesmos e a necessidade de rebaixamento de sobrecorrentes e até sobretensões para
proporcionar a estabilização dos níveis e qualidade de tensão e corrente.

As medições devem ser realizadas através de instrumentos capazes de medir


grandezas elétricas com composição harmônica, reproduzindo com fidelidade tensões e
correntes em toda a faixa de frequências de interesse.

O levantamento de dados, a medição propriamente dita, deve ser composto por:


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- Tensão entre fases, fase e neutro e neutro e terra;


- Corrente nas fases, neutro e terra;
- Potências (ativa, aparente e reativa) trifásicas do sistema;
- Potências (ativa, aparente e reativa) monofásicas das fases e neutro;
- Harmônicos de tensão e corrente das fases, neutro e terra;
- Fator de potência e cos φ;
- Flicker;
- Frequência;
- Fatores de crista de tensão e corrente;
- Impedância e capacitância do sistema e subsistemas;
- Fator de carga das fases;
- Ângulos de fase;
- Pulsos e impulsos nas fases, neutro e terra;
- Resistividade do solo, da malha de terra e do sistema de aterramento.

Devem ser realizadas as medições de harmônicos nos alimentadores de cada


barramento referente a cada trafo, com o banco de capacitores nos estágios possíveis,
conforme a seguinte ordem:

- Sem capacitores,
- 25 % do banco inserido,
- 50 % do banco inserido,
- 75 % do banco inserido,
- 100 % do banco inserido.

Também devem ser realizadas as medições de harmônicos nos ramais dos


inversores de frequência e outras cargas geradoras de harmônicos, conforme a seguinte ordem
de carregamento:

- stand by,
- 25 % da velocidade,
- 50 % da velocidade,
- 75 % da velocidade,
- 100 % da velocidade.

Na presença de ressonâncias, deve-se pesquisar e identificar os circuitos


ressonantes, fazendo as devidas simulações com medições dos dois circuitos ligados, um e
depois outro desligado e os dois desligados.

As simulações práticas de carga são de extrema importância para a determinação


da geração e do fluxo de transitórios, principalmente de correntes harmônicas no sistema. A
amplitude e direção desses fluxos é que determinam o carregamento de dados e informações
nas simulações teóricas em softwares específicos.

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10.2 – Estratificação dos parâmetros elétricos:

A estratificação é uma fase composta da geração de gráficos e dados em função do


tempo e da frequência, amplitudes e valores unitários, para dar embasamento às análises e
tomadas de decisão que virão a seguir.

Na estratificação de medições instantâneas e periódicas são usados cálculos diretos


e estatísticos, segundo modelamentos matemáticos pré-definidos, cujos resultados vão
proporcionar uma análise mais real e abrangente do sistema.

A estratificação deve ser realizada na seguinte ordem:

- Nível de corrente e tensão das fases R, S e T;


- Fator de crista (picos) de tensão e corrente das fases;
- Curva da evolução da freqüência fundamental;
- Registro da flutuação das fases R, S e T;
- Níveis médios e de pico de harmônicos de tensão e corrente na THD (%)
das fases, neutro e terra;
- Gráficos das potências de harmônicos, com indicação do fator K das fases;
- Potências monofásicas das fases R, S e T, com gráficos individuais;
- Potência trifásica do sistema de 2 fases, com gráficos individuais;
- Nível de tensão existente entre terra e neutro;
- Nível de corrente harmônica do terra;
- Medição do nível de harmônicos de tensão entre as fases e o terra;
- Impedância e capacitância média do circuito;
- Fator K médio do sistema;
- Curva de comportamento, relacionada com a sazonalidade de carga e com
o ciclo operacional.

O trabalho de estratificação dos dados da medição é composto por:

- Geração do conjunto de gráficos de cada medição e ponto de análise.


- Geração de parâmetros de cada conjunto de medição, conforme a
influência e o nível de harmônicas de cada um.
- Geração de gráficos e dados das potências de perda.
- Geração de gráficos e dados dos trafos existentes no sistema.
- Geração dos gráficos e dados da resistividade da malha de terra, em
função da dispersão de freqüências harmônicas e da amplitude de corrente de
suas componentes.
- Geração dos gráficos e dados específicos dos pontos sinistrados no
sistema levando-se em consideração a sazonalidade de carga e de operação.
- Determinação da frequência de corte do sistema e ou dos subsistemas
existentes.

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10.3 – Análise de todos os parâmetros elétricos:

Este item é composto por análise, estudo, modelagem e simulação teórica, com o
intuito de se visualizar os efeitos das contribuições harmônicas e outros transitórios num
sistema onde estão inseridas cargas não lineares em tensão e corrente.

Através da modelagem das impedâncias e reatâncias do sistema, em função da


frequência, determina-se os pontos de maior suscetibilidade à ressonância e juntando-se o
trabalho de simulação computacional, onde pode se inserir a sazonalidade de carregamento e
operacional, tem se uma maior proximidade da realidade. Quanto maior o número de
parâmetros carregados nas simulações, mais próximo do real será o resultado e maior
probabilidade de acerto nas soluções.

Deve-se também observar as características denotadas da instalação quanto ao


comportamento indutivo ou capacitivo durante os períodos operacionais, tendo em vista a
mudança das amplitudes transitórias e por conseguinte dos seus efeitos e sinistros.

Quanto maior o conhecimento do sistema como um todo, bem como de todos os


seus componentes ativos ou passivos (em relação ao sistema), melhor será o resultado nos
modelos equivalentes, em relação à todas as faixas de frequência de interesse.

Também nesta fase, deve se gerar o Fator de Cancelamento Harmônico (HCF), que
por melhor que seja, nunca vai proporcionar a anulação das amplitudes harmônicas num
sistema, mas proporcionará o rebaixamento à níveis aceitáveis pelo sistema e dentro de um
contesto de estabilidade operacional exigente.

Através da análise e simulação, pode-se saber não só os níveis harmônicos atuais


reinantes no sistema elétrico em estudo, mas também como este se comportaria com novas
situações ou de expansões e até de readequações, permitindo uma configuração mais
adequada à nova realidade planejada.

As simulações de penetração de harmônicas deve ser feita no domínio do tempo e


da frequência. A determinação dos fluxos e direcionamentos das correntes harmônicas, bem
como do Fluxo das Potências Harmônicas, indicam o maior volume das potências de perda de
um sistema.

A validação das simulações e modelamentos adotados para cada instalação


depende do sucesso dos resultados obtidos nas mitigações implementadas e
consequentemente nos resultados operacionais obtidos na produção. Portanto, é normal
durante um trabalho desta envergadura, se modificar os modelos ou métodos adotados em
função da melhoria do sistema e dos resultados obtidos.

No capitulo 11, tratamos exclusivamente das simulações, denotando os melhores


simuladores disponíveis no mercado, com seus respectivos conceitos e aplicações.

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Num trabalho de análise e de simulação teórica, deve-se sempre levar em


consideração os dados das duas tabelas a seguir:

Efeitos das distorções harmônicas


Equipamento / Sistemas Efeitos observados
Sobreaquecimento, se o fator K do sistema é alto (superior a 2,7) e sua
Transformadores
carga é superior a 90% da nominal.
Os capacitores (de correção de fator de potência e de iluminação, por
Capacitores exemplo) se queimam quando a corrente neles é maior do que 1,3 vezes a
sua corrente devido a alta ressonância.
Sobreaquecimento e vibrações excessivas, se a o nível de harmônicas de
Motores de indução
corrente é superior a 10% na THD.
Sobreaquecimento, se o valor efetivo da corrente (medido com equipamento
Cabos “true-rms”) é superior à capacidade de corrente do cabo, alem da fadiga do
isolamento.

Perdas de dados e arquivos, além de danos em alguns componentes


Equipamentos e Sistemas de eletrônicos devido a que a tensão máxima é superior à nominal ou ao fato de
computação e controle que existe um diferencial de freqüência e corrente harmônica em seus
sistemas digitais, podendo provocar problemas com a rede de comunicação.

Quando presente nos cabos de aterramento, há a degradação do sistema de


Sistemas de aterramento
aterramento com saturação do mesmo, impedindo assim a dispersão.

Medidas de melhoramentos de instalações elétricas contaminadas por harmônicas


Equipamento ou instalação Projeto ou melhoramento
- Dimensionamento dos condutores considerando as harmônicas.
- Diminuição das correntes pelo neutro através de um melhor
balanceamento de cargas.
- Diminuição das correntes harmônicas através de filtros e transformadores
de isolação quando for o caso.
Circuitos
- Quadros e circuitos separados para equipamentos sensíveis (EES).
- Instalação do Sistema de Proteção e Filtragem conforme a corrente do
sistema e do consumo total da instalação.
- Aterramentos Adequados à dispersão de frequências espúrias, bem como
equipotencializações das malhas existentes no sistema.
- Substituição por capacitores anti-ressonantes.
Capacitores - Instalação do Sistema de Proteção e Filtragem numa configuração de
acordo com a característica do sistema de correção reativa.
- Melhoramento dos equipamentos (exigência aos fabricantes de fornecer
filtros de linha específicos).
Equipamentos poluidores
- Instalação de um Filtro de Linha específico para cada equipamento e outro
para seu circuito de comando quando for o caso.

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“ENGENHARIA DE SOLUÇÕES”
HARMÔNICAS E DISTÚRBIOS x EFICIÊNCIA PRODUTIVA
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11 – SIMULAÇÕES

Hoje em dia, cada vez mais se faz necessária a utilização da simulação de sistemas, visto
que esta traz alguns benefícios importantes, como por exemplo, a redução do tempo de
implementação de soluções e a redução do custo desta, uma vez que a implementação física
do sistema só se dará mediante ao resultado satisfatório da simulação. Isso ocorre pois o custo
da implementação de um protótipo demanda um investimento inicial alto e, sem a utilização da
simulação, muitos mais protótipos teriam que ser implementados a fim de se chegar a um
resultado satisfatório.

A ferramenta mais usada no CAD analógico sem dúvida é a simulação (a nível de


dispositivo ou comportamental), e tem como objetivo verificar a funcionalidade de um circuito
sem a necessidade de construí-lo.

Existem vários tipos de simulação e estas se realizam através de softwares específicos.


Os softwares mais comuns são os de simulação de circuitos, porém existem desde simuladores
de placa de circuito impresso, até os que possibilitam a simulação de quaisquer tipos de
sistemas, desde que possam ser modelados matematicamente através da teoria do controle
moderno.

11.1 – SIMULADORES:

Dentre os simuladores conhecidos, podemos citar os que são os mais usados em


engenharia, pois demonstram ser uma ferramenta poderosa na realização de projetos, tais
como, o MATLAB com SIMULINK, o ORCAD, que á uma versão atualizada do clássico PSpice
e temos ainda o software nacional PQF 7.0. Esses trez simuladores são utilizados em larga
escala tanto nas universidades quanto nas empresas de tecnologia ao redor do mundo. São
ferramentas básicas para qualquer trabalho de estratificação, análise e implementação de
sistemas. A seguir temos a descrição de algums softwares de simulação usados nos trabalhos
de análise de sistemas, e busca de soluções para os problemas existentes.

11.1.1 – MATLAB:

O Matlab com Simulink é um programa que fornece uma linguagem de alto nível e
um ambiente interativo para o desenvolvimento de algoritmos, visualização de dados e
computação numérica. Trata-se de um simulador de uso geral, pois através dele pode-se
simular qualquer tipo de sistema. Pode, também, ser usado em uma grande gama de
aplicações como processamento de sinais e imagem, projeto de controle, modelagem, análise
financeira e biologia computacional. Ferramentas adicionais, disponíveis separadamente,
possibilitam ao Matlab resolver problemas particulares em diversas áreas de aplicações.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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- Características:

- Linguagem de alto nível para computação técnica;


- Ambiente de desenvolvimento para códigos, arquivos e dados
- Ferramentas interativas para projeto e resolução de problemas;
- Funções matemáticas de álgebra linear, estatística, análise de Fourier,
filtragem e integração numérica;
- Funções Bi e Tridimensionais para visualização de dados;
- Ferramentas para a construção de interfaces gráficas personalizadas;
- Integração com aplicações e linguagens como, C++, Fortran e Excel.

A linguagem do Matlab suporta operações vetoriais e matriciais, fundamentais para a


solução de problemas científicos e de engenharia. Isso possibilita o desenvolvimento e a
execução rápidos. Com ele pode-se eliminar a necessidade de laços e, com apenas uma linha
de comando, pode-se substituir, por exemplo, várias linhas de programação de C ou C++.

Para a solução rápida de matrizes e vetores, o Matlab usa bibliotecas otimizadas,


proporcionando uma maior velocidade na resolução de problemas.

- Ferramentas de desenvolvimento:

- Matlab Editor: possui características de depuração, como breakpoints e


execução passo a passo;

- M-Lint Code Checker: analisa as linhas de comando e recomenda mudanças


para otimização de performance;

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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Além disso, com o uso do Matlab podemos realizar a análise de dados de fontes e
banco de dados externos, através do processamento, visualização e análise numérica. Possui
também ferramentas interativas para análise, como:

- Interpolação numérica;
- Correlação;
- Análise de Fourier;
- Estatística;
- Análise Matricial, entre outras.

A resposta gráfica do Matlab é de excelente qualidade, para qualquer simulação


implementada. Temos um exemplo na figura a seguir.

Através dessas características, denotamos que o Matlab é uma ferramenta de


simulação e análise poderosa, que permite que quaisquer sistemas sejam modelados e
simulados através de um simples diagrama de blocos aonde se implementam funções de
transferência.

Desde que um sistema possa ser modelado matematicamente, pode ser utilizado o
Matlab para seu estudo.

- Simulink:

O Simulink é um dos componentes mais importantes do Matlab. Responsável pelas


simulações, é facilmente utilizável e versátil, pois sua interface simples se limita a uma janela
aonde são inseridos os componentes.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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Os sistemas a serem modelados no simulink são implementados através de


diagramas de blocos, com os nós somadores, multiplicadores e os laços de realimentação
(positiva ou negativa).

Qualquer sistema pode ser implementado, desde que sua função de transferência
seja conhecida.

Interface Simulink

A resposta da simulação pode ser obtida graficamente ou em forma de tabela, que


pode ser facilmente manipulada utilizando-se o Microsoft Excel.

11.1.2 – ORCAD:

O Orcad é uma suíte de aplicativos de uso mais específico em eletroeletrônica que


permite o projeto e simulação de sistemas eletrônicos, além de permitir a criação do layout final
do projeto de placas de circuitos eletrônicos. Possui ferramentas que possibilitam a simulação,
desenho de esquemático, criação de componentes, criação automática da placa do circuito e
até mesmo a criação de fontes de sinal personalizadas para aplicação nas simulações.

Derivado do famoso software de simulação de circuitos eletrônicos PSpice, o Orcad


é a versão mais completa e abrangente pois possui todos os recursos necessários à realização
virtual de um projeto de circuitos eletrônicos. Possui vários tipos de simulação que varia desde
circuitos DC e AC, até circuitos digitais. Possibilita ainda o estudo e análise dos mesmos no
domínio do tempo (análise transitória) e no domínio da freqüência (diagramas de Bode). Os
componentes da suíte Orcad estão descritos abaixo:

- Capture CIS:

O Capture CIS integra uma aplicação de desenho de esquemáticos com um utilitário


de informação de componentes (CIS), que possibilita, através das características elétricas,
automaticamente selecionar o componente desejado.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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Sua interface (mostrada acima) é composta por uma janela onde temos as
informações com o nome do projeto e recursos utilizados (Gerenciador de Projeto). Esta janela
possibilita o total gerenciamento de informações e características do projeto em
desenvolvimento. Possui outra que denominamos de editor de esquemático, onde são
implementados os circuitos para simulação propriamente dita, e ainda conta com uma terceira
janela denominada Property Editor, onde podemos alterar as propriedades dos componentes
utilizados no projeto.

- O Gerenciador de Projetos:

O Gerenciador de Projeto organiza e simplifica os vários tipos de dados gerados no


processo de projeto. Através de um diagrama de árvore, muito parecido com o gerenciador de
arquivos do Windows, facilita a estrutura de navegação por todos os arquivos do projeto,
inclusive aqueles gerados pelos resultados da simulação. Este também é usado para coletar e
organizar todo os recursos que você precisa para seu projeto. Estes recursos incluem pastas e
páginas esquemáticas, bibliotecas de componentes, componentes, arquivos VHDL, e relatórios
de produção, assim como listas de materiais e netlists.

O projeto não contém todos os recursos, ele simplesmente serve como atalho para
os vários arquivos que este utiliza.
O arquivo de projeto é salvo com a extensão OPJ, que é um arquivo ASCII e pode
ser aberto em qualquer editor de texto. Abaixo temos a tela do Gerenciador de Projetos.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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- O Editor de Esquemático:

O Editor de Esquemático é usado para exibir e editar as páginas de esquemáticos.


Através dele pode-se colocar e eliminar componentes, fios, barramentos, e desenhar gráficos.
Possui ainda uma caixa de ferramentas que permite desenhar e inserir tudo o que seja
necessário para se criar um esquemático. Pode-se imprimir tanto dessa janela quanto da janela
do gerenciador de projeto. Temos a seguir a figura do Editor de Esquemático.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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- O Editor de Componentes:

Esta ferramenta é utilizada para criar e editar componentes. Através dele pode-se
criar e modificar componentes e símbolos e depois armazená-los em uma biblioteca existente
ou em uma nova. Pode-se também criar e editar fontes e símbolos de terra, e ainda títulos de
blocos.

Através das ferramentas “elétricas”, pode-se adicionar os pinos de conexão que


serão utilizados na montagem do circuito.

O Editor de Componentes mostra o pacote todo. Isso ocorre quando, fisicamente


temos um circuito que contém mais de um componente, mais comum em circuitos lógicos
integrados, como por exemplo um CI 74AC00 (porta lógica NAND com 2 entradas), que possui
2 portas por CI. Temos a seguir a figura do Editor de Componentes.

- Orcad Layout Plus:

Baseado numa planilha eletrônica, o Orcad Layout Plus possibilita fácil acesso às
regras de construção de placas de circuito impresso. Um poderoso floorplanning e um
avançado sistema de posicionamento de componentes proporcionam total controle sobre o
processo. O roteamento auto-interativo é ideal para projetos manuais.

O DRC (Design Rules Checking) facilmente avalia o circuito de modo a determinar


os melhores caminhos para as trilhas, evitando o cruzamento, além disso, o sistema de apoio
ao “Cobre Inteligente” permite que sejam implementados circuitos com múltiplas tensões.

Possibilita total integração com o Capture CIS, permitindo que, a partir de um


esquemático, facilmente pode-se obter o layout da sua placa de circuito impresso. Além disso,
qualquer alteração feita no esquemático pode ser facilmente passada ao Orcad Layout.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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As características do Orcad Layout Plus são:

- Tamanho de placa de 68x68 polegadas;


- 30 níveis (layers);
- 16 níveis de trilhas;
- 8.000 componentes por placa;
- 10.000 nós por placa;
- 32.000 conexões por placa;
- 16.000 conexões por nó;
- 8.000 componentes diferentes por placa;
- 3.200 pinos por componente;
- 250 tipos diferentes de rotas.

Temos a seguir a figura do Orcad Layout Plus.

- Pspice A/D:

O Pspice A/D é um programa de simulação que modela o comportamento de


circuitos analógicos ou de característica mista, ou seja, analógico-digitais.

Parte integrante da suíte Orcad, esse programa é utilizado em conjunto com o


Capture CIS para simular e analisar o comportamento do circuito implementado no editor de
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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esquemático e, com isso, possibilita o refinamento do mesmo antes que se proceda à


implementação de um protótipo.

O PSpice possibilita análises básicas e avançadas, dentre elas:

- Análises AC, DC e transitórias, permitindo que se teste a resposta do circuito


para diferentes entradas;
- Análises paramétricas, Monte Carlo e Análises de Sensibilidade / Pior Caso,
permitindo que se verifique o comportamento do circuito com a variação dos
parâmetros.
- Análise de Fourier, possibilita que sejam estudados os parâmetros de
influências de correntes e tensões harmônicas no circuito.
- Análise Térmica, possibilita o estudo do funcionamento do circuito mediante
uma temperatura específica, com essa análise pode-se testar o range de
funcionabilidade do mesmo.

Temos a seguir a figura do Pspice A/D.

O PSpice conta também com o PROBE, que é um aplicativo que possibilita o estudo
dos resultados da simulação através da geração de formas de onda e gráficos, após a
simulação ser realizada. Podem-se visualizar as formas de onda de qualquer ponto do circuito
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mediante a seleção correta das variáveis, ou através dos marcadores de tensão, corrente,
magnitude e ângulo de fase, disponíveis na janela do Capture CIS.

O Probe possibilita, em uma única janela, a inserção de gráficos de várias variáveis,


possibilitando a análise simultânea de diversos pontos do circuito, além de permitir a inserção
de ondas de sinais combinados, ou seja, podem-se realizar operações entre essas variáveis de
forma que a resposta seja combinada. Por exemplo, se temos uma forma de onda de corrente
no ponto A e outra no ponto B, podemos adicionar as duas e o gráfico final seria a soma das 2
correntes.

Temos a seguir a figura da resposta gráfica através do Probe.

- O Editor de Estímulos:

O editor de estímulos é um utilitário que permite “setar” e testar as entradas de


forma de onda para análise transitória. Pode-se, com ele, criar e editar fontes de tensão e
corrente para o circuito. Os “prompts” de menu guiam o usuário fazendo com que este forneça
os parâmetros necessários, como tempo de subida e descida do estímulo, entre outros.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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O programa produz um arquivo contendo os estímulos com suas especificações


transitórias. Estes estímulos são definidos conforme o simulador determina usando V para
fontes de tensão e I para fontes de corrente. Estas fontes são automaticamente parametrizadas
conforme a criação do estímulo

Temos a seguir a figura do Editor de Estímulos.

11.1.3 – PQF 7.0:

O PQF 7.0 é um software para analisar a qualidade da energia elétrica (Power


Quality) e resolver circuitos elétricos em regime permanente, visando proporcionar uma
ferramenta computacional simples, dinâmica e de uso diário na operação do sistema elétrico.

Este software realiza estudos de fluxo de carga, fluxo harmônico, calcula perdas
elétricas etc. Para tanto é necessário a implementação de um sistema ou circuito elétrico,
composto basicamente de uma fonte de tensão (Concessionária) e uma ou mais cargas
conectadas a esta fonte, diretamente ou através de elementos série como cabos e
transformadores. No tocante às cargas, estas podem ser lineares ou não-lineares, sendo que
as não-lineares são caracterizadas por uma tensão não proporcional à corrente,
proporcionando formas de onda não-senoidais ou distorcidas, tanto para corrente quanto para
a tensão. Estas formas de onda podem ser decompostas em várias senóides com freqüências
múltiplas à freqüência fundamental, conhecidas como “harmônicas”. Entre as cargas não-
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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lineares encontram-se os fornos de indução, fornos a arco, conversores de freqüência,


retificadores, No-breaks, lâmpadas fluorescentes, fontes chaveadas e equipamentos
eletrônicos em geral.

Enfoca os seguintes itens:


- Cálculo do fator de potência e sua correção;
- Alocação de banco de capacitores em ambientes com sinais senoidais e
aqueles contendo harmônicos;
- Cálculo das potências Ativa, Reativa e Aparente;
- Fluxo de carga;
- Fluxo harmônico,determinando os níveis de tensão e correntes harmônicas;
- Análise da suportabilidade de equipamentos que operem sob a presença de
harmônicos;
- Aplicação de normas ABNT para a avaliação do impacto dos harmônicos
sobre capacitores;
- Análise de circuitos elétricos em regime permanente;
- Tarifação de consumo Horo-Sazonal;
- Verificação dos níveis de tensão do sistema elétrico;
- Cálculo das perdas elétricas com e sem harmônicos;
- Projeto de Filtros Harmônicos.

A entrada de dados é bastante simples, visando a montagem de uma rede elétrica


sem dificuldades. Os dados de entrada assim como os resultados são comuns ao dia-a-dia dos
engenheiros e técnicos, ou seja, utiliza-se unidades em volts, watts, W , evitando a conversão
para o sistema por unidade (pu). O Software permite uma maior interação entre
usuário/máquina uma vez que utiliza o ambiente Windows.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
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As saídas são apresentadas de forma gráfica em telas, contendo os resultados de


tensão, corrente e potência total, harmônica e fundamental; limite operacional de
transformadores, motores e capacitores em função do conteúdo harmônico; indicação de
elevação ou queda da tensão acima dos limites aceitáveis (Sobretensão e subtensão); fator de
potência e perdas.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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Adicionalmente tem-se os resultados relativos à tarifação horo-sazonal (consumo de


energia), conforme as tarifas convencional, azul e verde.

O programa emite relatórios dos resultados obtidos que podem ser impressos, e
fornece gráficos em formas diversas como gráfico de barras, pizza, forma de onda da tensão e
corrente, etc.

Sem dúvida é a melhor ferramenta nacional para o trabalho de pesquisa, simulação


e análise, tornando a tarefa mais simplificada e segura.

11.2 – SIMULAÇÕES DE CIRCUITOS:

As simulações têm por finalidade implementar um circuito virtualmente, de maneira


que possa ser analisado e modificado infinitamente sem que seja necessária a produção de um
protótipo físico.

Têm por objetivo também, elucidar ao projetista todas as características de


funcionamento do circuito simulado, tais como polarização, ganho, freqüências de corte, região
de operação, níveis de corrente e tensão, entre outros, ou seja, todos os parâmetros que se
consideram importantes no projeto do mesmo.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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11.2.1 – Características:

Existem diversos tipos de simulações a se considerar quando se deseja estudar um


circuito. Dentre esses tipos característicos, alguns parâmetros específicos merecem destaque.

Podemos dividir os circuitos eletrônicos em três categorias como:

- Circuitos Analógicos: podemos destacar os amplificadores (classe, A, B,


AB, C e operacionais), filtros passivos, e outros.

- Circuitos Digitais: neste temos os circuitos lógicos combinacionais, flip-flops,


contadores, e outros.

- Circuitos de Sinal Misto: temos os conversores A/D e D/A, placas de


aquisição de dados, entre outros

Para cada tipo de circuito realiza-se a simulação de maneira diferente e com


parâmetros diferentes que devem ser observados.

11.2.1.1 - Simulação de Circuitos Analógicos

Nessa categoria de circuitos encontram-se os circuitos cuja entrada e saída


são analógicas, ou seja, circuitos que trabalham com sinais contínuos, ou seja, sinais que
variam continuamente no tempo, dentro de uma faixa de valores, por exemplo, a amplitude do
sinal de saída no alto-falante de um rádio pode assumir qualquer valor entre zero e o seu limite
máximo. Os equipamentos de reprodução e gravação de fitas magnéticas são outros exemplos
comuns de sistemas analógicos.

Realizando a simulação desse tipo de circuito necessita-se do estudo de


alguns parâmetros importantes como por exemplo, relação entre entrada e saída (função de
transferência), tanto para tensão como para corrente, defasamento angular, no caso de
circuitos senoidais, ganho em dB, entre outros.

Para que isso ocorra, algumas características de simulação devem ser


utilizadas como no caso das análises AC e DC.

11.2.1.1.1 - Análise DC

Em se tratando de análise DC temos 4 características que podem ser


determinadas através do simulador:

- Varredura DC (DC Sweep):

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
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A varredura DC permite ao usuário saber o efeito de cada fonte sobre o circuito


todo. Isso é possível pois o simulador utiliza-se do teorema da superposição onde o efeito de
cada fonte sobre a saída ou sobre um determinado componente pode ser calculado eliminando
qualquer outra fonte do circuito.

Para que isso seja possível, deve-se determinar qual a fonte que se queira
utilizar e qual variável de saída a ser estudada, permitindo que o programa faça todo o resto
automaticamente.

- Ponto de Polarização (Bias point):

O ponto de polarização é calculado automaticamente independentemente da


sua solicitação pelo usuário.

Trata-se de um ponto determinado aonde o circuito opera e é calculado, no


caso de circuitos amplificadores por exemplo, quando o mesmo está alimentado apenas por
fontes DC, ou seja, os sinais de entrada do circuito estão desligados.

Um exemplo clássico é o circuito amplificador classe A, cuja análise do ponto


de polarização determina se o transistor está operando na região linear ou se o mesmo está
operando nas regiões de corte ou saturação.

- Análise de Pequenos Sinais (Small-signal DC transfer):

A análise de pequenos sinais é a ferramenta que possibilita o cálculo do ganho


DC de um circuito. Isso é possível pois o simulador, nesse caso, calcula a função de
transferência e as impedâncias de entrada e saída do sistema.

Todo esse processo se deve ao fato do simulador utilizar-se das técnicas de


análises de pequenos sinais (modelo π, π-híbrido, βre) linearizando o circuito em torno do ponto
de polarização.

- Sensibilidade DC (DC Sensitivity):

Essa análise determina a sensibilidade de uma tensão em um nó determinado


para cada parâmetro dos dispositivos nele conectados. Da mesma forma que no caso anterior,
a análise de sensibilidade é feita linearizando o circuito em torno do ponto de polarização.

11.2.1.1.2 - Análise AC

Nesta categoria de análise encontramos dois tipos importantes:


“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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- Varredura AC (AC Sweep):

A varredura AC, na verdade, trata-se da análise de resposta em freqüência.

Nesta situação, o simulador dá como resultado uma curva com a varredura em


freqüência do sinal de entrada, ou seja, utilizando-se de uma fonte AC na entrada do circuito, o
simulador calcula a resposta do mesmo para cada valor de freqüência entre os valores inicial e
final, determinados pelo usuário. A curva de saída tanto pode ser de tensão quanto de
corrente.

Para circuitos ressonantes e filtros (ativos ou passivos) esta, talvez, seja a


análise de maior importância pois é através dela que se determina a freqüência de ressonância
(circuitos ressonantes) e as freqüências de corte (filtros), além de obter-se também a largura de
banda de circuitos (bandwidth).

Uma outra grandeza importante obtida nessa análise é o defasamento angular


que pode ser expresso entre duas tensões, duas correntes ou entre tensão e corrente. O
defasamento angular é dado em graus.

Pode-se também determinar o diagrama de Bode para tal circuito.

- Análise de Ruído (Noise Analysis):

A Análise de Ruído permite que se calcule a contribuição de cada componente


do circuito (resistor, semicondutor, etc.) através dos nós especificados pelo usuário. Também
calcula os ruídos equivalentes de entrada e saída do sistema.

Em relação aos semicondutores (diodos, transistores, etc.) o simulador ainda


calcula individualmente cada tipo de ruído presente no componente, ou seja, pode calcular os
ruídos térmicos, de disparo e de chaveamento (flicker).

11.2.1.1.3 - Análise Transitória

Uma das categorias mais importantes de análise, a análise transitória permite


efetivamente que se analise a resposta do circuito em relação ao sinal de entrada, ou seja, ela
nos dá a forma de onda de saída do circuito simulado em relação ao sinal de entrada.

Temos aqui dois tipos de análises básicas:

ƒ Análise no domínio do tempo:

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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A análise no domínio do tempo nos permite calcular a resposta do circuito


simulado, em relação ao sinal de entrada, de um tempo inicial a um tempo final. Geralmente
usamos o tempo inicial zero, mas isso não seria uma regra.

Parâmetros da Análise Transitória

Na seleção de parâmetros, além dos tempos inicial e final podemos também


determinar o intervalo de tempo no qual o simulador vai documentar os cálculos no arquivo de
saída da simulação. Dessa maneira, se solicitamos um tempo inicial zero (TIME = 0) e um
tempo final (Run to time = 1000 ns) e um passo de 20 ns, a cada 20 ns o simulador escreve a
resposta nesse ponto no arquivo de saída.

Durante a simulação, o PSpice mantém um passo interno (diferente daquele


que é escrito no arquivo de saída) auto-ajustável, dessa forma, além de manter a precisão, os
passos desnecessários são eliminados, como por exemplo num circuito que exibe na sua
resposta um longo período de inatividade.

Para evitar qualquer tipo de problema e para que o simulador não perca
nenhum dado importante, o passo máximo pode ser definido pelo usuário, fazendo com que o
PSpice não ultrapasse aquele passo máximo definido e não perca nenhum ponto importante a
ser calculado na simulação.

ƒ Análise de Fourier:
A análise de Fourier é habilitada através das opções do arquivo de saída da
simulação. Através dessa análise, o simulador calcula as componentes de Fourier da variável
escolhida pelo usuário.
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Além da componente DC o simulador calcula mais noventa ordens harmônicas


automaticamente, porém mais ordens podem ser solicitadas.

Os parâmetros de configuração são a freqüência fundamental, ordens


harmônicas e a variável de estudo. Determinando-se a variável de estudo, o simulador escreve
no arquivo de saída, em forma de tabela, as componentes de Fourier.

Parâmetros da Análise de Fourier

Um outro aspecto dessa análise é o espectrograma, ou seja, o espectro das


formas de onda de saída, que são apresentados na janela do Probe.

Toda a análise se baseia na transformada rápida de Fourier (FFT).

Espectrograma com Pspice


“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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11.2.1.2 - Simulação de Circuitos Digitais

Resulta da combinação de dispositivos desenvolvidos para manipular


quantidades físicas ou informações que são representadas na forma digital; isto é, tal sistema
só pode manipular valores discretos. Na sua grande maioria, estes dispositivos são eletrônicos,
mas também podem ser mecânicos, magnéticos ou pneumáticos. As calculadoras e
computadores digitais, os relógios digitais, os controladores de sinais de tráfego e as máquinas
de escrever são exemplos familiares de sistemas digitais.

Os circuitos digitais resultam da combinação de dispositivos desenvolvidos


para manipular quantidades físicas ou informações que são representadas na forma digital; isto
é, tais sistemas só podem manipular valores discretos. Na sua grande maioria, estes
dispositivos são eletrônicos, mas também podem ser mecânicos, magnéticos ou pneumáticos.
As calculadoras e computadores digitais, os relógios digitais, os controladores de sinais de
tráfego e as máquinas de escrever são exemplos familiares de sistemas digitais.

Em relação aos circuitos digitais, nem o nível de corrente nem o nível de


tensão são muito importantes apenas a resposta. Geralmente esses níveis são parametrizados
para obtermos algo do tipo zero/um ou ligado/desligado. Dessa maneira, temos um intervalo de
tensão que é considerado “zero” e outro que é considerado “um”.

Esses sistemas mais comumente utilizam a barreira dos 5 volts para o que é
ligado e desligado, com uma determinada tolerância, porém esse valor vem caindo
assustadoramente, o que demanda uma precisão muito maior dos circuitos hoje em dia. Para
intervalos entre 0 e 1,2 volts a saída é considerada nível lógico zero e para intervalos entre 3,5
e 5 volts, a mesma é considerada nível lógico 1.

Entre os circuitos digitais clássicos, podemos citar as portas lógicas (AND, OR,
NOT, XOR, NAND, etc.), contadores, somadores, multiplexadores, etc.

Quando se simula esse tipo de circuito, obtemos a resposta através de 2


maneiras: ou como um trem de pulsos, ou como a “tabela da verdade”, que expressa a saída
do mesmo para cada situação possível na entrada.

Os circuitos digitais geralmente são simulados um “clock” em sua entrada, de


forma que a cada pulso deste temos uma mudança de estado na saída, e se esses pulsos
forem continuados então teremos a resposta como um trem de pulsos.

11.2.1.3 - Simulação de Circuitos de Sinal Mixto

Circuitos de sinal misto são aqueles que incorporam tanto características de


circuitos analógicos, quanto de circuitos digitais. Estes, em algum momento trabalham com os
dois tipos de sinal.
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Como exemplos de circuito de sinal misto podemos citar os conversores A/D


(analógico-digital) e os conversores D/A (digital analógico).

Em relação à simulação desses circuitos, podemos empregar as técnicas


descritas anteriormente tanto para circuitos analógicos quanto para circuitos digitais, ou seja,
todas as análises podem ser empregadas.

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12 – INSTRUMENTAÇÃO
Monitorar os distúrbios de energia é uma medida racional para caracterizar o
desempenho de sistemas elétricos ou caracterizar os problemas específicos num sistema. No
final, esta caracterização se resume em estabelecer índices e critérios de identificação dos
distúrbios.

O estabelecimento de uma base de dados e por conseguinte de um histórico dos


distúrbios, requer uma instrumentação de medição compatível para cada tipo de distúrbio, com
calibrações em níveis aceitáveis e confiáveis do ponto de vista físico e profissional.

Para se determinar o instrumento a ser usado, é preciso saber o que vai medir, porque,
como, quanto, onde e quando; conforme mostrado abaixo:

- O que?
Está relacionado com o tipo de grandeza, sua magnitude e periodicidade.

- Porque?
Está relacionado com a finalidade da medição. Se a mesma é para
rastreamento de problemas, simples monitoração, estudos analíticos e específicos.

- Como?
Está relacionado com as condições físicas do local, e com o tipo de grandeza
existente (níveis de tensão e corrente).

- Quanto?
Está relacionado com o tempo de medição (instântanea ou periódica).

- Onde?
Está relacionado com os pontos de retirada de sinal ou de pega de valor
(tensão e corrente).

- Quando?
Está relacionado com o horário da medição em função do carregamento do
sistema.

Portanto, antes de se iniciar a medição, é necessário inspecionar o local e as condições


físicas para o trabalho. Se inteirar da sazonalidade operacional do sistema para traçar um
cronograma de serviços. Durante os trabalhos, deve-se estar preparado para as eventualidade
e ocorrências de sinistros, estando sempre alerta para os comportamentos adversos do
sistema, que ficam evidenciados na medição.

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Apesar da rápida e alta evolução tecnológica da eletrônica embarcada em equipamentos


e sistemas elétricos, observamos que os instrumentos de medição tem evoluído de forma
similar com velocidade altas e medidas eficientes e confiáveis.

A área de instrumentos elétricos de monitoramento apresenta constantes desafios e está


revestida de grande importância para a solução de cada caso dos problemas de qualidade de
energia num sistema elétrico.

A instrumentação para a execução dos trabalhos de levantamento e medição para um


trabalho completo de elaboração do Estudo Técnico de harmônicos e transitórios de um
sistema deve ser a seguinte:

- Terrômetro de 4 pontas para resistência da malha terra, com geração síncrona de


média freqüência (ex.: 1470 Hz), com corrente de saída de no máximo 50 mA, escala máxima
de 20 MΩ e 200 Vac, resolução 0,01 Ω e 0,1 V e precisão 1% para resistência e 2% em tensão.

- Terrômetro microprocessado de 3 pontas para resistência das equipotencializações


no solo e resistividade do solo, com geração síncrona de baixa freqüência (ex.: 270 Hz), com
corrente de saída de no máximo 20 mA, escala máxima de 20 KΩ e 200 Vac, resolução 0,01 Ω
e 0,1 V e precisão 1% para resistência e tensão.

- Terrômetro de 3 pontas para resistência da malha de terra interligada e em


operação, com geração fixa por cristal de alta freqüência (ex.: 25 KHz), escala máxima de 200
Ω, resolução 0,01 Ω e precisão 2% para resistência.

- Microhmímetro microprocessado, para resistência de contato de barramentos e


conexões de cabos, com medição a 4 fios, com corrente de saída de 1 mA a 100 A, escala de
200 µΩ e máxima de 200 Ω, resolução 0,1 µΩ e precisão de 0,50% para resistência.

- Analisador de espectro de energia monofásico e trifásico, para amplitudes de


correntes harmônicas no aterramento, com medições de harmônicos até no mínimo a 51ª
ordem, definição da freqüência fundamental a partir de 25 Hz, amplitudes de corrente e tensão
até 1250 KA e 750 V e oscilografação até 20 MHz.

- Registrador e analisador de energia microprocessado para harmônicos,


interharmônicos, perturbações, correntes de curto circuito, flicker e transitórios de corrente e
tensão do sistema de aterramento para análise dos distúrbios do mesmo.

- Megôhmetro eletrônico para medição da impedância da malha de aterramento,


com tensões de prova de 5, 10, 15 e 20 KV, escala até 4 GΩ, estabilidade de medição de 1% e
precisão 2 %.

- Megôhmetro microprocessado para testar a interligação entre malhas de terra, com


tensões de prova de 500 V até 5 KV com intervalos de 500V, escala até 4 TΩ, estabilidade de
medição de 1% e precisão 5 %.
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Todos os equipamentos devem estar devidamente calibrados e certificados, com prazos


de validade vigentes, para que não haja suspeita de erros acima do permitido pela norma.

Todos equipamentos devem efetuar as medições garantindo a operacionabilidade do


setor e a integridade dos equipamentos.

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13 – ATERRAMENTO ESPECÍFICO APLICADO


Este capítulo não tem a pretensão de dissertar sobre o assunto e nem legislar dentro do
universo abrangente da matéria, onde já existem profissionais de renome com publicações
específicas e de valiosa dimensão dentro do contexto técnico e acadêmico, que inclusive
serviram de base para este trabalho.

Tem-se notícia através do Arquiteto romano Vitruvio em sua obra De Architectura, que os
romanos, antes de edificar suas casas ou suas cidades, deixavam um rebanho de ovelhas
pastarem sobre o referido terreno, para em seguida examinar suas víceras, especialmente o
fígado. O fato é real e tem fundamento científico, tendo em vista que a terra imersa em um
vasto campo de radiação natural, indispensável para o desenvolvimento da vida, produz
também radiações nocivas, que em excesso podem afetar o funcionamento do fígado, cuja
função é filtrar o sangue, e é a primeira barreira que o corpo impõe às radiações telúricas.
Portanto tem-se aí as primeiras pesquisas rudimentares e involuntárias de solo.

Os estudos acadêmicos sobre aterramentos vem sendo desenvolvidos desde o início do


século por engenheiros de pesquisa, onde a base dos mesmos são os fenômenos impulsivos,
propagação de ondas, geração e absorção de transitórios, fluxos de corrente, referências de
sinal, dispersão e propagação de ondas impulsivas e senoidais ou não senoidais (frequências
industriais e de telecomunicações). A partir de 1934, com Bewley, passando por trabalhos de
Rudenberg (1945) com estudos específicos em alta frequência. Em 1995, Visacro apresentou
discussões sobre os aspectos fundamentais com relação à Compatibilidade Eletromagnética
baseado em aterramentos em baixas frequências e altas frequências, onde foi determinado que
as correntes capacitivas no solo são desprezadas para baixas frequências e muito significativas
para as altas frequências.

O comportamento dos sistemas de aterramento perante as frequências industriais e de


telecomunicações é um assunto de vasto campo de pesquisa e discussões técnicas, que
geram muitas teorias e simulações, que em sua maioria já foram comprovadas na prática
perante o universo de variáveis existentes no solo e nos materiais da malha.

Apesar das normas da ABNT, das concessionárias e das instituições técnicas


internacionais, que provêem as condições mínimas para o aterramento de sistemas, muitas
vezes é necessário ir além dos requisitos mínimos destas normas para se obter a estabilidade
e funcionabilidade regular de sistemas. O aterramento inadequado responde por 40% dos
problemas existentes numa planta industrial. Esses problemas são onerosos e estão
relacionados com danos físicos, tempos de parada e todos os outros que serão citados nos
capítulos adiante.

Junto com a evolução das tecnologias de automação industrial, vieram as necessidades


de um sistema de aterramento adequado e especifico para cada caso em função de se manter
a estabilidade e confiabilidade do sistema além da função de proteção que qualquer sistema
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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exige. Sabe-se que existem variações de tensão, freqüência, níveis de harmônicos de corrente
e tensão, descargas atmosféricas, surtos por curto circuitos, ruídos com uma variada gama de
frequência, além da alteração dos níveis de referência para os equipamentos eletrônicos.

Hoje, somado a estas necessidades citadas, temos ainda a imposição dos sistemas de
automação em obter garantia de referência e de dispersão de freqüências espúrias geradas
pelos próprios sistemas de controle e pelos sistemas eletrônicos em geral. Portanto, um
sistema de aterramento deve ser preparado para dispersar correntes de massa, freqüências
espúrias, dispersar os surtos de curtos circuitos e descargas atmosféricas, além de rebaixar os
níveis de corrente por eletricidade estática (quando for o caso), garantindo uma melhor
estabilização da operação de um sistema elétrico.

Qualquer equipamento com eletrônica embarcada de alta tecnologia que se comunica


com outros equipamentos ou com o sistema ou com a malha de automação, necessita de uma
tensão de referência “zero” e de criticidade muito baixa, para que tenha sua operação dentro
dos padrões apropriados segundo normas e referências dos fabricantes dos mesmos.

Variação da Diferença de Potencial, correntes altas na malha de terra, capacitância de


solo e saturação da malha de terra, causam o RUÍDO DE MODO COMUM. Com a presença de
ruídos e correntes parasitas na malha, tem-se um fluxo perigoso de corrente nos cabos de
aterramento de equipamentos e sistemas, contendo harmônicos e transitórios, podendo causar
acoplamentos resistivos ou capacitivos, em uma intensidade tal que possa queimar os mesmos
ou causar sinistros de monta irradiado em toda a planta conforme a intensidade dessas
correntes no terra. Também deve-se levar em conta as correntes telúricas normais do solo e
correntes capacitivas intrínsecas dos tipos de solo, que podem carregar um nível de frequência
perigoso.

Quando existe uma diferença de potencial entre o terra ao qual a fonte de energia faz
referência e o terra ao qual o equipamento faz referência, temos a grande possibilidade de
geração de RUÍDO DE MODO COMUM. Sempre há um acoplamento resistivo ou capacitivo
entre os circuitos internos de um equipamento e seu aterramento. Quando existe uma
circulação de corrente entre a carcaça do equipamento e o aterramento da fonte de
alimentação deste, temos a geração de uma diferença de potencial que não é bem vinda ao
sistema.

Caso a diferença de potencial e a corrente residual no terra não tenha variação ou seja,
são permanentes e seus ranges são mínimos, é muito dificil haver geração de ruídos, e a
referência “zero” dos equipamentos passam a ter um módulo a partir desses valores existentes,
e os equipamentos se adequam com aquele zero referencial. A alteração para o estado “um”,
se dá a partir desses mesmos valores. Portanto, podemos considerar que em módulo, uma
corrente de 180 mA e uma tenção de 150 mV, é razoável para o funcionamento da maioria dos
equipamentos eletrônicos que usam a referência zero. Claro que estes valores vem diminuindo
a cada ano, com a evolução da eletrônica embarcada industrial. O maior problema são os
distúrbios que estes “terras” podem ter ou sofrer, em função de suas características
intrínsecas.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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Portanto, o ruído de modo comum altera a referência de sinal para qualquer controle
eletrônico dependendo da intensidade, amplitude e frequência que este carrega. Para sistemas
de potência antigos, operando com um nível de 3 Volts e 250 mA de ruído, não temos sinistros,
já que estes muitas vezes equivalem à 1% dos parâmetros da energia de alimentação. Porém,
este mesmo nível em referência à fonte de alimentação de um equipamento eletrônico de
controle industrial moderno, pode equivaler à 30 ou 40% dos parâmetros de energia dos
circuitos internos deste. Neste caso, podemos ter sinistros de queima ou de modificação de
sinal ou resposta, alterando a operação deste.

Para a adequação dos equipamentos eletrônicos quanto ao aterramento, utiliza-se o


aterramento de todos eles através de uma Malha de Terra de Referência (MTR), para diminuir
ou até eliminar os ruídos de alta frequência proveniente dos acoplamentos capacitivos do
sistema. A construção de uma MTR, deve sempre levar em conta o comprimento médio de
onda das frequências reinantes no sistema de terra, procurando evitar meshs da malha
menores do que 1/10 do comprimento dessas ondas, onde teremos a dispersão ou consumo
na própria malha dos ruídos.

Muitas vezes, para se conseguir níveis aceitáveis nos aterramentos, é necessário além de
uma malha adequada, a instalação de atenuadores de pulsos e impulsos, devidamente
calculados, para se manter a integridade dos sinais de referência, principalmente em se
tratando de sensores e pickups, sendo que os mesmos não podem interferir no sinal matriz. É
prudente realizar medições de capacitância de solo, para se determinar a corrente capacitiva
do solo e entre a malha e o solo, bem como as diferenças de potencial intrínsecas do solo, para
que os atenuadores sejam calculados devidamente, levando-se em conta os parâmetros
intrínsecos do solo e da malha inserida neste.

Falando em capacitância de solo, K. T. Morgan, da Universidade da Florida, escreveu um


artigo onde cita que a frequência de oscilação é proporcional à capacitância do solo, implicando
no acréscimo de capacitância de maneira que também haja o acréscimo na frequência de
oscilação, mas que não é o caso, tendo em vista que o decréscimo de frequência com o
acréscimo de capacitância é uma relação não linear como demonstrada pela fórmula abaixo
regendo a resposta de frequência ressonante (F) de um circuito ajustado.

1
F =
2π LC
A indutância e capacitância são L (H) e C (F) respectivamente. Esta resposta não linear é
muito sensível para materiais com valores de baixa capacitância, isto é, baixa permissividade.
A partir daí, temos todo o desenvolvimento do cálculo e a caracterização de métodos de
monitoração, que torna mais fácil o desenvolvimento de modelos próximos do ideal em relação
aos diversos tipos de solos e suas composições, facilitando a prevenção na elaboração de
projetos de aterramentos mais adequados aos seus fins. Portanto, o levantamento da
capacitância do solo vem a determinar uma série de fatores importantes para os aterramentos.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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Para o cálculo prévio à instalação de um aterramento temos a aplicação das fórmulas


básicas a seguir:

- Resistência de uma haste:

ρa
Rh = ln (4 L / d )
2π L
Onde: Rh - Resistência da haste (Ω)
ρa - Resistividade do solo (Ωm)
L - Comprimento da haste (m)
d - Diâmetro da haste (m)

- Resistência equivalente à associação de hastes em paralelo:

Req = K Rh
Onde: Req - Resistência equivalente (Ω)
Rh - Resistência da haste (Ω)
K - Fator de redução

- Resistência da malha de aterramento:

R = (ρ a / 4 ) π / Amalha

Onde: R - Resistência da malha (Ω)


ρa - Resistividade do solo (Ωm)
A - Área da malha (m²)

- Determinação do mesh da malha:

D = C / 20 f
Onde: D – Janela da malha (m)
C - Velocidade da luz (300.000.000 m/s)
f - Frequência (Hz)

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Na construção de uma malha de aterramento cujo mesh seja muito menor que o
comprimento da onda da maior frequência interferente, não existirão diferenças de potencial
relevantes entre dois pontos quaisquer da malha. Portanto, a malha de aterramento de
referência deve ser projetada segundo este critério e terá um plano de referência sem
perturbações tanto para frequências baixas quanto para altas frequências na faixa de mega e
giga Hertz.

Recapitulando o que foi dito, temos a seguinte premissa básica e geral:

1/10 comprimento comprimento de onda da maior


da menor onda < Mesh << frequência interferente

Também deve-se levar em conta as correntes telúricas normais do solo e correntes


capacitivas intrínsecas dos tipos de solo, como já foi dito.

Além do tipo de solo, temos a variação das características físicas do mesmo tais como:

- Umidade:

A variação da resistividade em função da umidade é uma relação direta e é


visualizada no gráfico abaixo.

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Como exemplo prático desta relação temos a tabela estratificada de um solo arenos
como segue.

Índice de umidade % por peso Resistividade (Ω.m)


0 10.000.000
2,5 1.500
5 430
10 185
15 105
20 63
30 42

Já está mais do que comprovado a variação da atuação das malhas de aterramento


segundo o período ambiental de chuvas e secas, variando assim a capacidade de dispersão da
malha e por conseguinte todos os parâmetros do sistema qua são dependentes desta,
principalmente as referências de sinais de terra.

- Temperatura:

A variação da resistividade em função da temperatura é uma relação direta e é


visualizada no gráfico abaixo.

Com o aumento ou diminuição da temperatura, temos uma maior ou menor


concentração no estado molecular do solo, tornando-se mais seco ou úmido, dificultando ou
melhorando a condução da corrente de disperção da malha e elevando a resistividade desta.
Segue neste mesmo caminho a dispersão de frequências espúrias de um sistema, ficando
comprovado a variação da atuação das malhas de aterramento segundo o meio ambiente.
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- Salinidade:

A variação da resistividade em função da salinidade (concentração de sais) também


é uma relação direta e é visualizada no gráfico abaixo.

Com a variação da concentração de sais no solo, temos os solos com maior ou


menor capacidade de drenagem e fluxo de corrente e portanto uma maior dispersão da malha,
variando também a resistividade desta. Segue neste mesmo caminho a dispersão de
frequências espúrias de um sistema. Também fica comprovado a variação da atuação das
malhas de aterramento segundo o meio ambiente, tomando-se como exemplo a comparação
das malhas em solos perto do litoral e com as malhas em solos áridos do interior.

- Compactação do solo:

A variação da resistividade em função da compactação do solo também é uma


relação direta e é visualizada no gráfico abaixo.

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A compactação do solo influi diretamente na resistividade da malha, onde temos a


maior ou menor capacidade de drenagem e fluxo de corrente e portanto uma maior dispersão
da malha, variando também a resistividade desta. Basta observar a dificuldade de dispersão
em solos rochosos ou simplesmente em rochas compactas, que exigem configurações muito
mais caras para a implantação das malhas de aterramento.

- Capacitância do solo:

O método de medição da capacitância do solo é largamente empregado na


determinação dos níveis de umidade, condutividade e agregação do mesmo. Tomando carona
no mesmo príncípio, podemos determinar a direção do fluxo de correntes telúricas, a
frequência intrínseca do solo e finalmente a capacidade de dissipação de frequências espúrias
numa malha inserida no mesmo. Também podemos determinar estatisticamente a quantidade
de cristais, o tipo de meio (sólido, ar e água) das lacunas, que está relacionado com a
compactação, umidade. Para entendermos esta disposição, temos a figura abaixo onde
observamos uma representação exagerada de uma amostra microscópica de uma lâmina de
solo argiloso com o nível de umidade mais alta.

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Conforme o Prof. Dr. Antonio C. O. Braga, da UNESP de Rio Claro, o solo pode ser
considerado como sendo um agregado com estruturas de sólidos (cristais, minerais, grãos,
etc), liquidos e lacunas de ar ou gases, como mostrado acima, na qual sua resistividade,
capacitância, diferença de potencial, condutividade e outras características, são influenciados
pelos seguintes fatores:
- resistividade dos minerais e componentes que formam a parte sólida do solo;
- resistividade dos líquidos e gases que preenchem seus poros ou lacunas;
- nível de umidade do solo;
- nível da porosidade (lacuna) e tipo de gases que a preenche;
- textura da parte sólida e a forma e distribuição de seus poros;
- os caminhos condutivos de corrente em função dos processos elétricos que
ocorrem no contato dos líquidos e gases contidos nos poros com a parte sólida composta de
minerais e cristais.

Ainda falando da condutividade através do solo, como já foi citado, temos dois tipos:

- condutividade eletrônica que deve-se ao transporte de eletrons na matriz da parte


sólida, sendo a sua resistividade e sua capacitância governadas pela agregação dos
minerais e cristais e o grau de impurezas. Este tipo, de mecanismo é o que interessa
aos estudos aplicados à Engenharia Elétrica. Aquí, podemos estudar a dissipação de
frequências, campos magnéticos e condutividade, além dos dois itens já citados.

- condutividade iônica que deve-se ao deslocamento dos íons existentes nos


líquidos contidos nos poros de uma massa do solo, sedimentos inconsolidados ou
fissuras deste solo. Este tipo, de mecanismo é o que interessa aos estudos aplicados
à Hidrogeologia, Geologia e também à Engenharia Elétrica. Aquí, podemos estudar
as diferenças de potencial, os fluxos de correntes telúricas, o direcionamento destas
e a dissipação de campos elétricos.

Observando os estudos de vários autores em suas aplicações de Polarização induzida


(método baseado na medição das variações de voltagem ou frequência) em teses de
Hidrogeologia, temos algumas conclusões muito relevantes em nossas aplicações de
Engenharia Elétrica, que são:
- em arenitos ou aluviões saturados com água, a ddp é baixa quando temos
camadas distintas em que uma delas contem argila, porém a drenagem de corrente
é melhor e a reestruturação do solo mais rápida;
- em areia quartzosa pura saturada com água, a ddp é maior e a drenagem de
corrente é pior;
- a drenagem de corrente num solo argiloso depende da quantidade e da
composição da água e a determinação da direção do fluxo da corrente vai depender
do fluxo deste veio d’água formado no solo;
- a argila pura apresenta baixa resistividade e maior poder de drenagem;
- as camadas arenosas apresentam alta resistividade e menor poder de drenagem;
- as camadas siltosas apresentam menor poder de drenagem e resistividade
intermediária.
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- a presença de material orgânico em decomposição, acaba formando pequenas


pilhas eletrolíticas, que almentam a ddp intrínseca do solo, e a possibilidade de
fluxos de corrente indesejáveis.

- Corrosão em sistemas de aterramento:

A corrosão é um processo natural e cotidiano. Podemos dizer que é a volta do metal


ao seu estado primitivo, antes de ser purificado. Sabemos que os átomos são constituídos por
um equilíbrio de cargas negativas (elétrons) e positivas (íons). Os metais tem a tendência de
perder elétrons, transformando-se em íons.Ao submergirmos um metal em um eletrólito, que no
caso do aterramento é o solo, espontaneamente os íons positivos entram em solução, com
uma consequente circulação de uma corrente elétrica, chamada corrente galvânica. Com isto,
temos a destruição eletroquímica do metal, chamada de corrosão úmida.

A corrosão é portanto a destruição ou degradação do metal devido a reação com o


meio que o envolve.

Esta destruição eletroquímica deve-se às seguintes causas:

- Por heterogeneidade de metais que deve-se à submersão do metal num


eletrólito, onde este toma um potencial em relação ao meio que o envolve. A
partir destes potenciais, temos abaixo a tabela de potenciais naturais baseada
no potencial do hidrogênio.

METAL POTENCIAL (Volts)


Sódio - 2,71
Magnésio - 2,34
Alumínio - 1,67
Zinco - 0,76
Ferro - 0,44
Níquel - 0,25
Chumbo - 0,12
Hidrogênio 0,00
Cobre + 0,34
Prata + 0,80
Ouro + 1,20
Platina + 1,68

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A medida que descemos na tabela, temos a tendência de que quanto mais


negativo o potencial do metal, mais facilmente seu íon entrar em solução. A
platina não entra em solução, ou seja não se corroe. Portanto, a tendência do
metal em se corroer decresce à medida que é mais positivo seu potencial
natural. Conforme a tabela acima, a ddp entre o Ferro e o Cobre é de 0,78
Volts. Temos neste caso o cobre normalmente como anodo e o ferro como
catodo.

- Por heterogeneidade de eletrólitos que deve-se ao fato do meio (solo)


formar-se por zonas anódicas e catódicas naturalmente. Estas zonas podem
ser diferenciadas quanto ao seu estado de formação (diferença de eletrólito),
seu estado de concentração (diferença de concentração de eletrólito) e seu
estado de oxigenação (diferença de concentração de oxigênio).

- Por ação de correntes dispersas que deve-se ao fato de haver a ação de


correntes dispersas sobre um sistema de aterramento. Estas correntes podem
ser originadas em sistemas de tração elétrica, subestações retificadoras,
usinas de tratamento eletrolítico e outros. Na zona em que a corrente elétrica
entra na malha de terra, teremos a zona catódica, que não vai se corroer. No
ponto em que a corrente elétrica abandona a malha, temos uma zona anódica,
corroendo-se violentamente.

A proteção de um sistema de aterramento depende do contexto em que ele está


inserido dentro do meio ambiental da instalação. Qualquer forma de proteção catódica, é
baseado na neutralização das correntes elétricas que circulam entre as estruturas, seja por
sistema passivo (GEM) ou sistema ativo (Proteção catódica por corrente impressa).

- Proteção Catódica por corrente impressa:

Segundo os especialistas da área, por sua eficiência e maior longevidade, o método


de proteção catódica por corrente impressa é o mais indicado para grandes estruturas,
principalmente em tubulações enterradas e tanques de armazenamento de plantas industriais.

Os sistemas de proteção catódica por corrente impressa nos libera da voltagem


direcionada limitada dos anodos galvânicos. Uma tensão de corrente contínua oriunda de fonte
externa é "impressa" no circuito entre a estrutura protegida e os anodos. A fonte de energia
mais comum é o retificador de proteção catódica ou fonte de energia de CC.

Este equipamento simplesmente converte corrente elétrica alternada (de um sistema


de distribuição de eletricidade) para uma corrente elétrica contínua de baixa voltagem. A tensão
de saída da unidade pode ser ajustada. Retificadores de proteção catódica estão disponíveis
em diversas capacidades de saída, desde um ampère até centenas de ampères. Sistemas de
corrente impressa (Vide figura a seguir) são inerentemente mais complexos do que os sitemas
galvânicos e, tipicamente, requerem mais manutenção.
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Um fator importante para um levantamento elétrico desse sistema, é a agressividade


do solo em função de sua resistividade elétrica, que quanto mais baixas forem as resistividades
elétricas medidas mais facilmente funcionarão as micro e macro pilhas de corrosão, sempre
presentes nas superfícies de aço e ferro fundido enterradas, devido à variação da composição
química, presença de inclusões não metálicas e tensões internas diferentes, causadas pelos
processos de fabricação, conformação e soldagem dos tubos em questão, de onde temos a
tabela a seguir:

Resistividade Elétrica Agressividade

Até 10 Ω.m alta


10 Ω.m a 50 Ω.m Média
50 Ω.m a 200 Ω.m Baixa
Acima 200 Ω.m Muito baixa

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A partir da tabela acima, temos as seguintes observações:

- Os solos só podem ser considerados não agressivos quando apresentam


resistividades elétricas bastante uniformes e superiores a 200.000 Ω.cm.

- Mesmo em solos de altíssima resistividade elétrica, acima de 200.000Ω.cm,


pode haver corrosão severa em tubulações metálicas enterradas, devido à
ocorrência de outros fatores importantes, como, por exemplo, a presença de
correntes de fuga e a existência de pares bi-metálicos causados por sistemas
de aterramento elétrico. Dessa maneira, diagnósticos de ausência de corrosão
não podem ser feitos apenas com os valores medidos das resistividades
elétricas do solo.

- Em solos com resistividade elétrica variável, o que é comum de ocorrer, o


grau de corrosão é sempre mais acentuado, devido à presença das conhecidas
macro-pilhas de corrosão ou pilhas de resistividade elétrica diferencial.

Um outro fator de suma importância dentro da questão de vigilância elétrica do


sistema, é a influência dos potenciais tubo-solo, que devem ser medidos com voltímetros
eletrônicos de alta sensibilidade e alta impedância. Os valores dos potenciais tubo-solo podem
ser interpretados da seguinte maneira:

- Valores da ordem de -0,50V a -0,60V, fixos e sem flutuações, significam os


potenciais naturais de corrosão do aço ou do ferro fundido enterrados.

- Valores da ordem de -0,20V, fixos e sem flutuações, significam o potencial


natural do cobre enterrado, material usado nos sistemas de aterramento
elétrico.

- Valores entre -0,20V e -0,50V, muito comuns de ocorrer em plantas


industriais, podem significar a presença de corrosão galvânica, causada pelo
par galvânico aço/cobre, devido às ligações elétricas diretas (caso dos tanques,
que são aterrados eletricamente mediante ligação direta com a malha de
aterramento) ou indiretas (caso das tubulações, que são ligadas indiretamente
à malha de aterramento, através dos motores das bombas e outros
equipamentos elétricos aterrados ou através de ligações com os próprios
tanques).

- Valores iguais ou mais negativos que -0,70V podem significar que os tanques
ou as tubulações estão recebendo corrente de uma fonte externa de corrente
contínua, que pode ser um sistema de proteção catódica ou um sistema de
aterramento elétrico construído com anodos galvânicos de zinco, solução
algumas vezes adotadas, especialmente em tanques, com o objetivo de evitar
a corrosão galvânica causada pelo par aço/cobre. Eletrodutos galvanizados
enterrados, principalmente quando novos, costumam apresentar potenciais
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documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
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dessa ordem ou até mais negativos, devido à influência do zinco usado no


processo de galvanização.

- Potenciais flutuantes, com a ocorrência de valores positivos ou menos


negativos que -0,20V, significam a ocorrência de correntes de fuga, com
corrosão eletrolítica grave, forçada, causada pela influência de uma ou mais
fontes externas de corrente contínua, tais como proximidade com estrada de
ferro eletrificada (trem ou metrô), operação de máquinas de solda ou
proximidade com um sistema de proteção catódica de outra instalação.

- Potenciais iguais ou mais negativos que -0,85V significam que as tubulações


ou tanques que operam nessas condições estão protegidos catodicamente, e
portanto livres de qualquer tipo de corrosão. Essa condição pode ser
conseguida, em todos os pontos dos tanques ou das tubulações, mediante a
instalação de um sistema de proteção catódica.

Os valores acima podem variar até 35% do seu valor em função do tipo de solo em
que o sistema está mergulhado, e das interferências existentes no entorno.

Portanto, cada solo tem sua característica, que podemos chamar de complexa e dinâmica
e são muito relevantes os parâmetros naturais que influenciam nos cálculos de uma malha e na
sua estratificação, além da configuração e da aplicabilidade desta. Portanto qualquer
característica, natural ou ambiental, deve ser levada em conta e uniformizada em estudos
comparativos.

Não podemos esquecer dos níveis isoceraúnicos do lugar, pois com eles temos a noção
das probabilidades de saturação e desruptura elétrica do solo, onde as simulações nos dão
condição de uma análise física mais próxima do real, apesar de muitos pesquisadores
desprezarem as características e efeitos relacionados com a desruptura.

Um fato que não deve ser esquecido é a utilização de refletômetros (TDR), que medem a
capacidade de um solo em transmitir pulsos ou ondas eletromagnéticas de alta frequência, e os
medidores de capacitância (FDR), que medem a capacitância do solo usando ondas de rádio-
frequência. Estes equipamentos tem um range de precisão de +1 e -2% e são de suma
importância nos estudos de solo, e devem ser usados com cuidado para não causar sinistros
nas instalações em operação, principalmente as plantas de combustíveis e os sistemas de
telecomunicações. O primeiro tem eletrônica mais complexa, é mais caro e nos dois temos a
leitura dos dados em forma de gráficos e devem ser devidamente interpretados por profissional
experiente.

Para cada função de malha temos uma configuração mais adequada e de melhor
rendimento, conforme os vários estudos de autores e pesquisadores de grande relevância no
assunto. O rendimento de uma malha sempre está relacionado à todos os fatores citados aquí,

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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além dos níveis de surto, periodicidade e ddp constante na malha, além da interrelação entre
esta e o solo em que está inserida.

Perguntas como Interligar ou não as malhas de terra, aterrar ou não nas estruturas dos
prédios, tensão de passo e toque de um sistema, malhas de aterramentos específicos e muitas
outras, devem ser satisfeitas com estudos particulares e completos para cada caso e situação,
obedecendo às normas e principalmente à necessidade que o sistema elétrico impõe, além do
fator segurança operacional do sistema.

A equipotencialização deve ser feita preferencialmente no solo com cabos nus


interligando as malhas, de no mínimo 35 mm² ou de acordo com o cálculo a ser executado
conforme a característica da planta. O aterramento específico para EES, sistemas de filtragem
e outros devem ser equipotencializados na malha geral e seus cabos de escoamento devem
ser conectados diretamente nas malhas específicas através de solda exotérmica.

Outro fato de grande relevância são os aterramentos de sistemas de comunicações


seriais como RS 232, os quais são extremamente sensíveis à ruídos, já que os mesmos
utilizam o terra como referência para os sinais de transmissão (TX) e recepção (RX). Caso haja
diferenças de potenciais entre os terras, a comunicação poderá ser violada, havendo a quebra
ou a alteração de sinal. Isto ocorre quando o terra utilizado como referência não está dentro
dos padrões de suportabilidade do sistema de comunicação, servindo como antena receptora
de EMI. Isto significa que o mau aterramento é uma entrada livre para que os ruídos elétricos
entrem no sistema e causem problemas operacionais e mau funcionamento de equipamentos e
componentes.

Outro fato que temos observado em nossos atendimentos à sinistros em instalações de


clientes, são varistores que estão com uma certa degradação em seus componentes e acabam
emitindo ruídos carregados uma ordem de frequência, que acabam interferindo no
funcionamento dos EES. A partir do momento que um varistor sofreu um impacto, este tende a
ter um processo interno de chaveamentos aleatórios e intermitentes que provocam um certo
nível de harmônicos de corrente com altas ordens, que vão se espalhar pelo terra ou pela
instalação conforme o sinal desta corrente. Com isto, temos também as interferências em
equipamentos ultra sensíveis, tais como os da área Hospitalar, Telecomunicações e CPDs.

Isto se agrava, se houver um descasamento de impedância do sistema, gerando uma


certa onda refletida, podendo vir a queimar componentes destes sistemas.

Normas como a NEC (National Electric Code) permitem e regem os aterramentos


específicos ou separados, e que frequentemente são confundidos. Um aterramento específico
é composto por um condutor isolado, devidamente calculado, a partir de uma “barra ônibus”,
que recebe os cabos dos equipamentos a serem aterrados, seguindo direto para a malha
enterrada e equipotencializada com a malha geral, normalmente em anel, ou a um ponto de
dispersão (eletrodo que compõe a malha geral). A visualização disto está na figura abaixo,
editada na matéria da Automation Today nº 12 da Rockwell Automation:

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
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Uma estrutura de aterramento para os sistemas citados podem ter a configuração


conforme a figura abaixo, em forma de diagrama unifilar, onde vemos um exemplo que pode
ser perfeitamente adaptável ao tipo de industria e de necessidade que o sistema elétrico
imponha. Cabines com alimentação acima de 25 KV, devem ter seu aterramento separado por
motivos de segurança, salvo em casos excepcionais de intermitências.

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Em todos os sistemas elétricos existem malhas de terra que se estiverem degradadas


podem causar efeitos indesejáveis no funcionamento dos sistemas. Esses efeitos podem ser os
seguintes:

EFEITOS DE ORDEM DE PROTEÇÃO:

Podem manter energizado os equipamentos que estiverem ligados ao aterramento e


num sinistro com curto circuito não proteger o operador e o equipamento, além de aumento das
perdas nos motores, provocando maiores perdas elétricas e superaquecimento dos mesmos,
podendo ocorrer danos na capa de isolamento e fadiga prematura de rolamentos. Também
temos os problemas graves de choques elétricos levando a instalação à uma condição
insegura.

EFEITOS DE NÃO DISPERSÃO DE FREQUÊNCIAS:

Com o sistema degradado, o sistema de filtragem, ou as carcaças de inversores e


equipamentos que operam com altas frequências, podem causar problemas operacionais e
aumentar os níveis de harmônicos nestes pontos, alterando seus comportamentos
operacionais.

EFEITOS DE MENOR DRENAGEM DE SURTOS:

Pode haver um menor poder de dispersão das correntes de massa no caso de


surtos por Descargas Atmosféricas, curto circuitos e outros sinistros, que podem manter por
mais tempo um valor de carregamento de tensão ou corrente no sistema, levando o mesmo a
queimar seus componentes.

EFEITOS DE NÃO EQUIPOTENCIALIZAÇÃO:

A não equipotencialização de malhas, pode ocasionar falha de sistemas de


controles, queima de motores alimentados por inversores e softstart ou deles próprios,
causando transtornos operacionais e contribuindo para a diminuição da eficiência produtiva da
Fábrica.

EFEITOS SOBRE TRANSFORMADORES:

Pode manter o neutro do trafo carregado com correntes as vezes acima do normal
fazendo disparar os sistemas de proteção. Nos trafos com enrolamento em estrela, temos a
adição das componentes harmônicas no cálculo das perdas no ferro e por conseguinte na
diminuição do rendimento deste.
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EFEITOS SOBRE CAPACITORES:

Quando se está dentro dos limites de corrente fundamental mas com elevado nível
de corrente no aterramento, este passa a ter uma menor vida útil quando a sua ligação
depende do terra.

EFEITOS SOBRE APARELHOS DE MEDIÇÃO:

Os instrumentos de medição são afetados de maneira a falsear suas leituras e


controles, provocando erros de medição e controle quando for o caso.

EFEITOS SOBRE COMPUTADORES E SISTEMAS DE CONTROLE:

Dependendo do nível de corrente existente, pode alterar os níveis de referencia do


sistema eletrônico destes equipamentos e alterar seus sistemas funcionais, chegando a
queimar modens e placas de rede, queimar saídas seriais e ou paralelas e as linhas de rede do
sistema.

EFEITOS SOBRE OS PLCs E INVERSORES DE FREQUÊNCIA:

Pode causar correntes indesejáveis nos cabos entre o inversor e o motor, com níveis
capacitivos altas podendo queimar um deles ou alterar o nível de funcionamento normal dos
mesmos.

EFEITOS DE LOOP NO SISTEMA:

O retorno de correntes indesejáveis ao sistema, através de um circuito fechado pelo


terra, altera de uma maneira perigosa a funcionabilidade de um sistema ou equipamento, pois
na maioria das vezes não se identifica ou visualiza o tal “loop” e por conseguinte não se
consegue determinar a causa dos problemas.

EFEITOS SOBRE A BLINDAGEM DE CABOS:

Os cabos com suas blindagens aterradas em suas duas extremidades, pode haver a
circulação de uma corrente de equalização em função de uma diferença de potencial entre os
mesmos, causando ruído e ressonâncias de pequena ordem no sistema, que são suficientes
para causar problemas de monta. Porém, podemos ter circulação de correntes indesejadas em
blindagens aterradas em uma só extremidade, devido ao efeito capacitivo com outros cabos,
dentro de uma mesma bandeja.
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EFEITOS SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO:

Pode causar erros nos equipamentos de monitoração e proteção de sistemas elétricos


causando desligamentos erráticos e intempestivos. No caso de sistemas eletrônicos a causa é
o falseamento da referência que estes fazem com o terra.

EFEITOS SOBRE OS EQUIPAMENTOS HOSPITALARES:

Pode causar erros em resultados de diagnósticos ou criar sérios problemas em


equipamentos de manutenção vital de um paciente. Também pode causar problemas
diretamente nos pacientes dependendo do nível de frequência e da amplitude de corrente que
este sinal carrega.

EFEITOS SOBRE OS SENSORES:

Pode Causar sobreposição nas amplitudes de corrente dos sinais ou nos


amplificadores destes, causando erros destes mesmos sinais ou chegando a queimá-los.

EFEITOS SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO:

Os sistemas de comunicação e controle, podem dar respostas não desejadas ou


comandos não desejados pelo sistema. Também pode haver o aparecimento de interferências
nos sinais de transmissão.

EFEITOS DE ANTENA RECEPTORA:

Uma malha de terra mal calculada e desequilibrada perante as frequências, pode se


tornar uma antena de recepção de frequências aleatórias e involuntáriamente sintonizadas,
gerando campos e correntes indesejáveis, podendo ser a causa de todos os efeitos citados
acima, com maior particularidade com aqueles relacionados com sistemas eletrônicos de
controle, sinalização e comunicação. É o caso daquela CCC de uma certa empresa de telefonia
celular, cujos equipamentos de proteção da cabine de entrada ressonavam com os pulsos e
impulsos do aterramento de uma subestação retificadora do Metrô distante fisicamente 900 m,
cujo solo tinha a característica de um veio dágua subterrâneo que formava um canal direto
para o espraiamento das frequências despejadas pela retificação. Sendo assim, toda vez
(diariamente às 5 e 17 hs) que colocavam mais carros para atender os horários de pico do
metrô, a subestação despejava correntes e frequências no terra que era sistematicamente
irradiados pelo solo, sendo que tal canal, levava parte destes para a sintonia dos equipamentos
eletrônicos da CCC. A empresa sofreu com este problema porque simplesmente não foi feito
um levantamento de solo adequado em que o passo de medição da capacitância de solo era
de suma importância para o projeto.
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EFEITOS DE ANTENA TRANSMISSORA:

Da mesma maneira que o item anterior em seu exemplo, uma malha de terra mal
calcula e desequilibrada perante as frequências, pode se tornar uma antena de transmissão de
frequências aleatórias que podem ser involuntáriamente sintonizadas por outros componentes
ou sistemas, gerando campos e correntes indesejáveis, tambem podendo ser a causa de todos
os efeitos citados anteriormente, onde neste caso, a malha de aterramento da subestação
retificadora do Metrô é a “antena irradiante” das frequências espúrias em relação aos sistemas
vizinhos.

EFEITOS SOBRE OS SISTEMAS DE PROTEÇÃO CATÓDICA:

Qualquer malha de aterramento inserida numa região com sistema de proteção


catódica de estruturas metálicas, fere as características primárias deste, passando a interagir
com o mesmo. Deve-se ter o cuidado em se readequar os parâmetros do sistema de proteção
catódica, quanto ao número de eletrodos, o nível de corrente impresso nestes, o
reposicionamento dos eletrodos para readequação das linhas de fluxo da corrente galvânica e
outros parâmetros que podem ser relevantes de acordo com o sistema e o meio ambiente.

EFEITOS SOBRE O SOLO:

Qualquer malha de aterramento mal calculada e inadequada, quando submetida à


grandes amplitudes de correntes, seja por descargas atmosféricas ou curto-circuitos, podem
gerar no solo os efeitos de saturação deste, onde temos a alteração da capacidade de
dispersão das correntes e frequências espúrias pela malha. Também podemos ter o efeito de
disruptura do solo em torno das hastes ou na região interna da malha em geral, criando pontos
de chaveamento na malha e gerando correntes aleatórias que vão de encontro aos
equipamentos pendurados nesta.

Quando se fala, portanto, em aterramento adequado e eficiente, estamos falando em


assegurar a maior proteção possível a todos os equipamentos, garantir o seu funcionamento
regular, evitando perdas de produção, aumento dos custos de manutenção, reposição
desnecessária de equipamentos e componentes e principalmente, no caso de filtragem,
garantir um mínimo de frequência espúria no sistema e um importante fator que é a
melhora da eficiência produtiva da planta industrial.

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Efeitos de uma malha de aterramento no sistema


Equipamento /
Efeitos observados
Sistemas
Garantir a estabilização do neutro e a drenagem das
Transformadores
correntes parasitas e frequências espúrias dos mesmos.
Os capacitores (para FP e iluminação, por exemplo) ligados
Capacitores em neutros ou terras não estabilizados podem queimar com
mais facilidade e suas vidas úteis diminuem sensivelmente.
Altera ou falseia as leituras e provoca erros nos controles que
Equipamentos de Medição
dependem destas.
Permanência de correntes parasitas em suas carcaças e
Motores de indução
queima por curto circuito.
Proteção de sistemas Altera a referência que estes fazem com o terra, causando
elétricos intermitências e desligamentos indesejáveis.
Equipamentos de Altera a referência que estes fazem com o terra, causando
telecomunicações intermitências e desligamentos indesejáveis.
Altera o resultado de análise e podem produzir efeitos
devastadores pelo mesmo motivo do item anterior, ou pode
Equipamentos hospitalares
causar algum mal em equipamentos ligados diretamente ao
em geral
corpo humano, tais como eletrocardiogramas, equipamentos
de diálise e outros.
Geração de correntes parasitas nas blindagens dos mesmos
Cabos
podendo levar à queima de equipamentos.
Altera os sinais podendo levar à queima dos mesmos, devido
Sensores à sobreposição nas amplitudes de corrente ou injeção de
frequências espúrias indesejáveis.
Queima de componentes e módulos, contribuição para a
Equipamentos e Sistemas
perda de dados e arquivos, além de danos nos sistemas de
de computação e controle
comunicação.
Degradação do sistema de aterramento com saturação do
Sistemas de aterramento
mesmo impedindo a dispersão das correntes e geração de
não equipotencializados
potenciais nocivos aos sistemas eletrônicos.
Alteração da operacionabilidade do sistema com sintomas de
Sistemas de Proteção início de corrosão nas estruturas a serem protegidas
Catódica por corrente alterando a característica dos níveis de correntes injetadas
impressa pelo sistema, quando da insersão de uma malha de terra
próxima a este.

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A tabela abaixo aponta algumas ações para minimizar esses efeitos:

Medidas de melhoramentos das malhas de


aterramento
Equipamento /
Projeto ou melhoramento
instalação
- Dimensionamento dos condutores considerando as cargas
do sistema.
- Criação de barramentos para concentração de correntes
segundo suas áreas de criação.
Circuitos - Melhoria da impedância e aumento da dispersão através de
medições, cálculos e simulações.
- Instalação de cabos de equipotencialização pelo solo e
medidas de contenção das correntes telúricas e correntes
capacitivas do solo.
- Instalação de hastes adequadas em profundidade e
quantidade segundo cálculos e projeto específico.
Malhas
- Instalação de malhas adequadas aos fins conforme diagrama
anterior e com características adequadas ao sistema.
- Melhoramento da dispersão dos equipamentos e suas
carcaças ou partes específicas de acordo com a exigência dos
Equipamentos poluidores fabricantes dos mesmos.
- Instalação de malha específica para dispersão de correntes
do sistema de filtragem conforme diagrama anterior .

À luz do que foi exposto, temos as seguintes conclusões:

- Os terrenos não são elétricamente iguais.


- Num mesmo terreno, cada sistema de eletrodos de aterramento, dá origem
à diferentes resistências.
- Não existe uma única solução para todos os problemas de aterramento,
onde cada situação é particular e portanto se deve assumir suas
características.

Os parâmetros que incidem no valor de um aterramento são:

- A natureza geoelétrica do solo.


- A forma geométrica dos eletrodos de aterramento.
- A área e superfície de contato implícita no aterramento.
- As características do entorno da instalação.

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14 – AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS EM EQUIPAMENTOS


E COMPONENTES DE SISTEMAS
No capítulo 6, descrevemos sobre os efeitos das distorções harmônicas nos sistemas
elétricos (equipamentos e componentes). Aqui, vamos descrever as ações corretivas e
preventivas em equipamentos e componentes dos sistemas elétricos que estão sob a ação de
níveis de harmônicas indesejáveis. Vamos descrever os subitens na mesma ordem do capítulo
6, para ficar fácil algumas comparações e deduções.

14.1 – Condutores elétricos:

Os condutores elétricos denotam problemas na instalação quando estão


sobrecarregados pelo excesso de carga ou de componentes harmônicas de 3ª ordem,
resultando num aumento de temperatura (perda Joulica), degradando sua capa de isolamento
podendo levar à um curto circuito, degradação de terminais ou no mínimo à uma queda de
tensão na carga.

Na tabela abaixo, temos os problemas e algumas ações corretivas ou preventivas a


serem implementadas.

Ações corretivas e preventivas


Problema Causa Ação

Readequação da distribuição de cargas e das


Excesso de carga
bitolas do circuito.
Checkagem das cargas indutivas e suas
Desequilíbrio de carga
partidas, com readequação do circuito.
Harmônicos de corrente e de Levantamento dos níveis de harmônicos e
tensão, principalmente os de projeto de filtragem compatível com a
Aquecimento excessivo 3ª ordem. característica do circuito e readequação dos
de cabos ramais de distribuição no barramento
principal.

Má conexão dos terminais Checkagem e reaperto de todas as conexôes.

Levantamento dos níveis reativos do sistema


e comparação com o levantamento de
Baixo fator de potência
harmônicos para a elaboração do projeto e
implantação de correção do Fator de Potência
Transientes, Checkagem de todos os cabos ao longo do
EMI no caminhamento de
transitórios, impulsos e caminhamento e terminais, com a
cabos e ou mal contato das
pulsos observados no readequação da composição física dos
conexões
sistema mesmos.

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14.2 – Isoladores:

Os isoladores de uma maneira geral dão indícios de que estão com problemas na
instalação quando estão sobrecarregados pelo excesso de carga ou de componentes
harmônicas de 3ª ordem, resultando num aumento de temperatura (perda Joulica), degradando
sua capa de isolamento podendo levar à um curto circuito, degradação de terminais ou no
mínimo à uma queda de tensão na carga. Temos nesta categoria os isoladores de epóxi,
baquelite, termoplástico, porcelana e outros que são normalmente utilizados nos sistemas de
baixa tensão. Já nos sistemas de alta e média tensão, temos os isoladores de epóxi, vidro e
porcelana.

Na tabela abaixo, temos os problemas e algumas ações corretivas ou preventivas a


serem implementadas.

Ações corretivas e preventivas


Problema Causa Ação
Readequação da distribuição de cargas e
Excesso de carga das bitolas do circuito nos barramentos que
estão isolados dos quadros.
Checkagem das cargas indutivas e suas
Desequilíbrio de carga
partidas, com readequação do circuito.
Aquecimento excessivo
Harmônicos de corrente e Levantamento dos níveis de harmônicos e
de tensão, principalmente projeto de filtragem compatível com a
os de 3ª ordem. característica do circuito.
Má conexão dos terminais
Checkagem e reaperto de todas as
de fixação dos barramentos
conexôes.
e seus isoladores
Checkagem de todos os cabos ao longo do
EMI no caminhamento de
caminhamento e terminais, com a
cabos e no quadro ou mal
readequação da composição física dos
Transientes, transitórios, contato das conexões
mesmos.
impulsos e pulsos
observados no sistema
Degradação física dos Checkagem de todos os isoladores através
isoladores de medições e inspeção visual

14.3 – Inversores de frequência:

O restante deste capítulo está em desenvolvimento.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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15 – ANÁLISE E AÇÕES CONTRA OS DISTÚRBIOS ELÉTRICOS


A análise de vários estudos acadêmicos e particulares leva-nos a uma média brasileira
bem considerável e que está demonstrada no gráfico em pizza abaixo.

Descargas
atmosféricas Interrupções
3,80% de energia
1,80%

Variações de
tensão
12,23%
Disturbios por
Harmônicos
49,63%
Tensões
transitórias
32,54%

Dados retirados de trabalhos desenvolvidos na UFRJ – Centro Tecnológico

Observamos que de todos os problemas de energia encontrados em uma planta


industrial, praticamente a metade é devido às distorções harmônicas.

Sabemos que a maioria dos distúrbios e transitórios causam sinistros numa planta
industrial, e que geralmente podem ter seu agravamento com a ineficiência da malha de
aterramento e com sistemas desbalanceados e saturados.

Hoje, podemos afirmar que a estabilidade de uma planta industrial depende de seu
aterramento e de seu rebaixamento dos níveis harmônicos e outros transitórios à níveis que
sejam aceitáveis pelos sistemas elétricos.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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Os sistemas das instalações industriais devem ser analisados quanto às suas


intempestividades, transitórios e níveis harmônicos, incluindo uma análise do aterramento.

Temos como conseqüência dos níveis de harmônicos e transitórios os seguintes itens de


ações a serem tomadas:

- O nível operacional das cargas elétricas resulta na redução ou aumento da


solicitação de potência e conseqüentemente no aumento das potências de perda.

- As possibilidades de racionalização das disposições físicas dos circuitos da


instalação, resultam num arranjo com circuitos menores, mais eficientes e com menor nível
harmônico, resultando na redução das perdas na ordem de 15%.

- O posicionamento correto das cargas nos barramentos dos quadros elétricos nos
centros de carga pode melhorar os níveis de harmônicos do sistema, evitar quedas de tensão,
diminuir as potências de perda e garantir o máximo de aproveitamento da potencia
disponibilizada no barramento do CCM.

- Evitar o sobrecarregamento instantâneo dos Trafos, com correntes simultâneas de


partida de máquinas de grande porte, que geram perdas e baixo fator de potência, diminuição
precoce da vida útil e geração de harmônicos diversos.

- Evitar o subcarregamento dos Trafos (abaixo de 50%), pois os níveis harmônicos


gerados pelo entreferro do trafo e as consideráveis perdas no cobre e no ferro, acarretam picos
de correntes harmônicas altas e por conseguinte intermitências e sinistros de monta nas cargas
alimentadas pelos mesmos.

- Também o sobrecarregamento constante dos Trafos acarretam um saturamento a


nível de frequência espúria no entreferro e nos bobinados, causando o aparecimento de
binários resistentes originados por harmônicos de sequência negativa, que causam o
aparecimento de campos oscilatórios com magnitudes proporcionais às das correntes
harmônicas reinantes devido à interação destas correntes harmônicas com o campo magnético
de freqüência fundamental, além de aumento das perdas suplementares no cobre, num ciclo
constante e geométrico até ao pico máximo da curva, levando à saturação prematura do
bobinado, degradação dos cabos deste bobinado, fadiga da estrutura mecânica com vibrações
indesejáveis e por conseguinte o aumento drástico do nível de ruído do mesmo. Com tudo isto,
temos finalmente e principalmente o rebaixamento da vida útil deste trafo de até pela metade,
levando-se em conta que um trafo à óleo de 1000 KVA tem o custo aproximado de R$
25.000,00.

- Considerar a possibilidade de transferência de cargas entre CCM’s e até mesmo


entre transformadores de modo a otimizar os carregamentos médios de cada um deles, bem
como minimizar as perdas e níveis harmônicos nos barramentos de Baixa Tensão.

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- O aumento significativo dos níveis de harmônicos de corrente no sistema devido ao


baixo nível de dispersão da malha de terra em relação às frequências espúrias presentes nos
equipamentos tais como inversores, transformadores, motores, UPS e outros, que utilizam o
aterramento para dispersar tais correntes presentes em suas carcaças e núcleos.

- As intermitências e sinistros ocorridos em baixa tensão, podem ser atenuados a


valores absorvíveis pelo sistema e até mesmo eliminados. Já os de média tensão são em sua
maioria devidos ao aterramento (ou a falta de equipotencialização) de alguns componentes.

- Também com o aterramento saturado, temos um aumento das intermitências do


sistema e que tem a situação agravada com a presença de níveis altos de harmônicos de
corrente.

- Caso os cabos de interligação das malhas individuais estejam rompidos, o sistema


pode apresentar sintomas de intermitencia, presença de ddp, correntes e capacitâncias
parasitas do solo e outros problemas que começarão a produzir sinistros operacionais.

- A queima de motores alimentados por inversores e controladores de velocidade, em


função de sobretensôes por onda refletida, deve ser minimizado com atenuadores específicos,
já que não há possibilidade de se diminuir a distância do cabo entre os mesmos.

- Com os dados e considerações até aqui citados, deve-se traçar um histórico de


queimas de máquinas e paradas intempestivas do sistema, para os parâmetros de comparação
futura entre a situação antes da solução e depois.

- A revisão das curvas de proteção se faz necessária levando-se em conta os niveis


harmônicos depois da filtragem, os níveis de sobretensão refletida depois da filtragem e as
referências pelo nível de aterramento após as ações tomadas.

- Também é necessário a revisão dos parâmetros dos controles operacionais nos


sistemas, tendo em vista que após a filtragem, e com a consequente qualificação da energia e
dos sinais, deve-se readequar os inversores, PLCs, softstarts e outros controles, pois estarão
imersos num universo elétrico mais adequado e menos prejudicial à “saúde” dos mesmos e do
sistema como um todo, acarretando um menor consumo de energia e um realinhamento da
vida útil dos equipamentos.

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16 – PERDA ECONÔMICA EM FUNÇÃO DOS DISTÚRBIOS


ELÉTRICOS:
Num passado recente, o item Qualidade da Energia Elétrica não era tão importante,
porque a maioria das instalações não necessitava de um fornecimento de energia de alta
qualidade, já que seus processos e equipamentos não eram tão sensíveis aos distúrbios
elétricos. Também temos o fato que o insumo energia não era um aporte tão alto nos custos de
produção e portanto o aumento tarifário não implicava em aumento ou redução muito
expressiva dos lucros.

Atualmente, esta questão é um fator de extrema relevância, e até mesmo de


sobrevivência em alguns casos, onde a deterioração da Qualidade pode provocar ineficiências
operacionais e econômicas com significativas perdas para o consumidor.

A revista Busines Week (de 8 de Abril de 1991), informava que a "poluição" elétrica
estava custando cerca de US$ 26 bilhões por ano em danos e atitudes preventivas, só no
EEUU. As recentes revistas especializadas do setor de toda a parte do mundo, enfocam as
perdas anuais por volta de US$ 65 bilhões no EEUU, US$ 21 bilhões na Alemanha, US$ 11
bilhões na Bélgica e no Brasil estima-se uma perda de US$ 89 bilhões. E a "poluição" está
aumentando, tendo em vista que mais de 75% da energia elétrica esteja circulando por cargas
não-lineares. E que a maioria destas cargas são do tipo eletrônica de potência.

Como já dissemos, diante de um mercado globalizado crescentemente competitivo, o


assunto da Qualidade de Energia tem se tornado de fundamental importância no cenário
econômico nacional, uma vez que os modernos processos industriais produtivos podem sofrer
interrupções de diversas amplitudes, implicando em significativas perdas econômicas. E
também porque a sensibilidade dos equipamentos aos distúrbios elétricos tem aumentado
assutadoramente. Por outro lado a desregulamentação do setor elétrico em relação à tal
realidade, leva o sistema macro (de distribuição) e micro (de consumo) ao caminho do caos
que certamente vai influenciar no processo de desenvolvimento industrial.

Num produto comum (palpável), a qualidade fica implícita pela sua aceitação ou rejeição
no mercado, já que este é ditado pelo comportamento humano. No caso da Energia Elétrica,
sua aceitação é ditada pelo comportamento tecnológico de um sistema, carregado de
subsistemas e componentes, cuja satisfação está explicita na produtividade.

Sabe-se que a Qualidade da Energia depende muito mais dos consumidores que a usam
condominalmente, e portanto a “sujam”, do que das próprias concessionárias. Segundo a visão
dos especialistas, mais de 50% dos problemas de ineficiência produtiva ligada à qualidade da
energia, é gerado pelo próprio consumidor, que na maioria dos casos não tem noção do
universo em que está mergulhado.

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O parque de consumidores industriais, incluindo-se nestes todos os que não são


residenciais e comerciais de pequeno porte, precisam enchergar as perdas financeiras em
função das perdas operacionais e técnicas, que são intimamente ligadas à qualidade de
energia.

Segundo os dados da Eletrobrás, divulgados em matéria na Revista Eletricidade Moderna


de 1997, o perfil do consumo de energia no Brasil era expresso conforme o gráfico abaixo:

Para cada setor nós temos um perfil básico de cargas que levam consequentemente a um
perfil característico de níveis harmônicos e distúrbios elétricos. O perfil básico de cada setor
para o gráfico acima segundo os dados da Eletrobrás para aquela época é mostrado nos 3
gráficos a seguir.

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Hoje este panorama já se modificou em função do crescimento econômico do país e do


avanço tecnológico em todas as áreas e setores de consumo de energia. Junto deste avanço
tecnológico temos um “arrasto” da qualificação de energia já que o nível de sinistros e
distúrbios aumenta e caminha no sentido contrário. Não estamos nos referindo a balanço
energético e sim a um balanço da qualificação energética. E a qualificação energética está
relacionada a planos e ações internas dos consumidores, com readequações de cargas não
lineares, circuitos e proteções, distribuições equilibradas, aterramentos eficazes segundo as
necessidades da instalação e ações de upgrades e modernizações de equipamentos
produtivos.

Pelo volume do tipo de equipamento existente nas instalações, seja ela de qualquer setor
de consumo, conforme mostram os gráficos, podemos projetar o nível teórico dos níveis de
harmônicas no sistema e por conseguinte planejar as ações de pesquisa, identificação e
mitigação, conforme já foi citado. Claro que cada passo depende do quanto a energia elétrica e
sua estabilidade influenciam nos custos de produção.
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Quando se fala em perdas econômicas ou custos provocados pelos distúrbios elétricos,


deve-se ter em mente o que se está considerando como item influenciável nestes custos.

- Custo do não faturamento: este custo diz respeito ao prejuízo sofrido pelo
consumidor de energia (industrial ou não) pelo fato do mesmo não ter entregue o
produto acabado no prazo ou não poder concretizar uma venda em função do
gargalo produtivo, criado pela falta da readequação da infraestrutura.

- Custo do déficit: este custo está associado às restrições de natureza energética


(contratos de demanda e instalações de entrada inferiores à necessidade real) ou
nas capacidade instaladas no sistema elétrico do consumidor, ditada pela
ineficiência ou baixíssima eficiência produtiva de seus equipamentos.

- Custo da interrupção: este custo reflete os prejuízos causados pela restrição do


sistema em função dos distúrbios, que surpreendem de forma intempestiva, e para a
qual a infraestrutura não tem como precaver-se. As interrupções, que podem ser de
curta duração como causa direta (parada física do equipamento, subsistema ou
sistema) e relativamente de longa duração, tendo como causa indireta o tempo para
retomada da produção (restart).

O uso prático destes custos, podem ser adimitidos a curto prazo ou a longo prazo,
dependendo do horizonte informacional em que o consumidor está mergulhado.

Se levarmos em consideração as Metodologias de Avaliação, conforme a formulada pelos


Professores Dr. Paulo Gomes (UERJ) e pelo Dr. Marcus Th. Schilling (Universidade Federal
Fluminense) em seu RT de palestra no XIV SNPTEE, salvaguardando as dimensões e
projeções, temos a pesquisa interna, regressões econométricas e matriz insumo-produto.

Adaptando-se a metodologia citada, temos os seguintes conceitos:

- Pesquisa interna: Neste método, são elaborados questionários cujas informações


são obtidas diretamente junto aos subsetores produtivos e de manutenção. A partir
do resultado, obtem-se uma avaliação do custo de interrupção. Este método também
determina o grau de dependência entre o processo produtivo e a qualificação de
energia no referido processo. Determina-se ainda os gargalos produtivos e o
planejamento de investimento em readequação da infraestrutura.

- Regressões econométricas: Este método está voltado para a avaliação do Custo


do déficit e é recomendado nos casos em que os distúrbios elétricos provocam uma
diminuição na atividade operacional e econômica, tal que há perdas de acima de 2
horas ou até dias inteiros de produção, com atrazos ou cancelamentos de
transações comerciais. Podem ser estáticas (variáveis produção x consumo) e
dinâmicas (variáveis produção x consumo x tempo).

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- Matriz insumo-produto: a finalidade deste método é determinar um valor bem


próximo do real para o custo de déficit e é recomendado nos casos em que os
distúrbios elétricos tem frequência, duração e amplitude tão significativas que
chegam a provocar rejeição do produto pelo setor de controle de qualidade.

O custo médio da interrupção é feito ponderando-se o custo unitário de cada subsistema


produtivo pela sua participação no produto final da industria. Este custo médio deve ser
cálculado por dia operacional conforme é dado:

(Pss1 * Css1 + Pss2 * Css2 + Pss3 * Css3 + ...... + Pssn * Cssn )


Custo =
(Pss1 + Pss2 + Pss3 + ...... + Pssn )
Onde: Pssn se refere às participações percentuais dos subsetores no faturamento da
empresa
Cssn se refere aos custos unitários de cada subsetor para o período do dia e
duração da interrupção.

A avaliação do custo de paradas operacionais por falta de infraestrutura elétrica e


qualidade de energia, vem sendo uma preocupação cada vez mais intensa por parte das
indústrias no mundo. Dentre as potenciais aplicações desta metodologia, pode-se citar:

- Avaliação da viabilidade econômica de empreendimentos de equipamentos novos


ou upgrades nos existentes em função da infraestrutura existente;

- tomada de decisão quanto ao investimento em projetos e componentes para a


qualificação de energia, com vistas à confiabilidade e eficiência da produção;

- justificar investimentos para a readequação da infraestrutura;

- utilização de metodologias probabilísticas para o planejamento, execução e


operação do sistema a ser readequado;

- utilização nos estudos relacionados com a liberação da manutenção e


implementação de componentes da rede elétrica que venham a provocar
interrupções de carga ou simplesmente aumentem o risco de ocorrência.

O conhecimento das perdas econômicas em função dos distúrbios elétricos e da falta de


readequação da infraestrutura do sistema, permitirá às industrias e aos consumidores em geral,
planejar os seus sistemas dentro de níveis de confiabilidade e qualidade energética de acordo
com as metas produtivas e econômicas das mesmas.

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Podemos tomar este item como conclusão, onde temos a ilustração do volume das
perdas monetárias de uma industria de médio porte, com incidência razoável de distorções
harmônicas em sua instalação. Claro que cada caso depende do quanto a energia elétrica
incide nos custos de produção.

Homem/hora
Perdas de parado de
energia; 5,82 Produção;
Gastos com 6,12
mão de obra p/
manutenção;
11,70
Perda de
Matéria Prima;
5,21

Gastos com
peças p/
manutenção; Investimento
17,17 prematuro em
equipamentos
21,24%

Menor Lucros
velocidade de cessantes; 13,51
produção; 19,23

No gráfico anterior, temos os seguintes comentários para cada fatia da pizza que
representa as perdas monetárias num processo industrial completo ou num processo de um
produto:

- Investimento prematuro em equipamentos: 21,24 %

Este item está relacionado com a substituição antecipada de equipamentos que


porventura começaram a quebrar demais, ou tornaram-se obsoletos devido ao final prematuro
de sua vida útil ou diminuição considerável em sua capacidade de produção. É diferente do
investimento em modernização programada.

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- Menor velocidade de produção: 19,23 %

Este item está relacionado com quase todos os fatores deste gráfico, além de ter
associado ao seu valor, a queda do rendimento operacional intrínseco do parque de máquinas
e equipamentos em função de atraso de respostas de PLC’s de máquinas e equipamentos bem
como a lentidão na transmissão dos sinais e ordens da automação do parque de produção.

- Gastos com peças p/ manutenção: 17,17 %

Aqui temos o gasto com peças de manutenção e reposição para manter


equipamentos em linha, com a sua maior capacidade operacional, tendo em vista o fator vida
útil dos equipamentos e da planta como um todo. Estão inclusos neste item, a mão de obra de
terceiros.

- Lucros cessantes: 13,51 %

Qualquer parada total de produção provoca um lucro cessante direto, e


consequentemente uma perda de faturamento. Normalmente deve-se relacionar a este item,
somente os lucros líquidos.

- Gastos com mão de obra para manutenção: 11,70 %

Para se restabelecer a operação de qualquer equipamento ou circuito avariado por


harmônicos, demanda a necessidade de mão de obra especializada, técnica e geral.
Normalmente é uma mão de obra cara.

- Homem / hora parado de produção: 6,12 %

Aqui temos o gasto com pagamento de homem/hora sem estar produzindo, que
pesa no custo e achata ainda mais as margens de lucro.

- Perdas de energia: 5,82 %

Aqui temos o gasto com energia elétrica relativo ao consumo de potência de perdas,
que aumentam conforme aumenta o volume de harmônicos nas instalações elétricas.

- Perda de matéria prima: 5,21 %

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Nas paradas intermitentes das máquinas e equipamentos, sempre se tem um


desperdício de matéria prima, principalmente nas industrias de celulose, plásticos, gráficas,
químicas, têxteis e processos de transformação e amoldamento.

Nos primeiros programas de Qualificação e Conservação de Energia, tínhamos atuações


diretas em indústria de médio porte, sem se preocupar com a infraestrutura elétrica, onde
obtinha-se uma economia média em Reais na conta de energia, com ações específicas
concentradas no contrato de energia com a concessionária e com investimentos na
readequação e modernização de equipamentos, conforme nos mostra o gráfico abaixo.

Iluminação
1,00%
Acionamentos
Eletrônicos
15,00%

Motores
14,00%
Analise
Tarifária
50,00%
Outros
20,00%

No gráfico anterior, temos os seguintes comentários para cada fatia da pizza:

- Economia na área de Iluminação: 1 %

Este item está relacionado com as ações de substituição e ações de comportamento


(apagar Luzes), contribuindo em 3% no volume total da economia.

- Economia na área de Motorização: 14 %


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documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
CREA-ES 2967-D
Visto CREA-SP 1100029676
“ENGENHARIA DE SOLUÇÕES”
HARMÔNICAS E DISTÚRBIOS x EFICIÊNCIA PRODUTIVA
Cliente: CURSO DE APERFEIÇOAMENTO ESPECÍFICO data: 20/05/05 Folha: 226

Este item está relacionado com ações de troca da motorização por outra de melhor
rendimento, incluindo os acessórios tais como acoplamentos e outros.

- Economia na área de Acionamentos Eletrônicos: 15 %

Aqui temos as ações de troca ou readequação de parâmetros para maior rendimento


mecânico e operacional.

- Economia na área de Outros: 20 %

Aqui temos as ações de rebaixamento dos níveis de transitórios e disturbios do


sistema elétrico e de readequação do aterramento. Inclui-se aqui as ações com os geradores e
trafos.

- Economia na área de Análise Tarifária: 50 %

Aqui temos a análise do contrato de fornecimento de tarifas, readequação da


operação em função dos horários de ponta, adequação da correção do Fator de potência,
realinhamento e estabilização da sazonalidade operacional e outras ações que envolvam o
realinhamento do contrato com a concessionária e consequentemente os custos com o insumo
energia elétrica.

Com a necessidade da modernização dos processos industriais, da otimização dos


tempos produtivos do parque industrial e da fortíssima competição pelo mercado globalizado e
muito mais exigente, buscou-se também o aprimoramento dos programas, que são mais
personalizados e adequados às características de cada setor e cliente, buscando cada vez
mais a estabilidade da energia em função da eficiência de produtividade.

Deve-se tomar o cuidado em projetos de modernização fabril, em que diminuímos os


tempos produtivos de equipamentos de modo direto e micro, e diminuímos também a eficiência
de produtividade de um modo macro, tendo em vista que aumentamos os sinistros e
diminuímos o tempo médio entre falhas (MTBF – Medium Time Between Failures) de
componentes e sub sistemas, em função da falta de infraestrutura elétrica adequada para
absorção desta “modernidade”. Portanto, não se obtém sucesso e eficiência no projeto e o
volume de perdas monetárias passa a ser desastroso.

Em programas atuais de Qualificação e Conservação de Energia, com atuações precisas


em infraestrutura elétrica, foi comprovado uma média da distribuição pelos itens de economia
em Reais, tomando-se como parâmetro a conta de energia e principalmente o aumento da

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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produtividade com ações autosustentáveis em indústrias de médio porte conforme nos mostra
o gráfico a seguir.

Iluminação
Analise 3,00%
Tarifária Acionamentos
20,00% Eletrônicos
15,00%

Motores
12,00%

Infraestrutura Utilidades e
25,00% Apoio
25,00%

No gráfico anterior, temos os seguintes comentários para cada fatia da pizza:

- Economia na área de Iluminação: 3 %

Este item está relacionado com as ações de substituição e ações de comportamento


(apagar Luzes), contribuindo em 3% no volume total da economia.

- Economia na área de Motorização: 12 %

Este item está relacionado com ações de troca da motorização por outra de melhor
rendimento, incluindo os acessórios tais como acoplamentos e outros.

- Economia na área de Acionamentos Eletrônicos: 15 %

Aqui temos as ações de troca ou readequação de parâmetros para maior rendimento


mecânico e operacional.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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- Economia na área de Infraestrutura: 25 %

Aqui temos as ações de rebaixamento dos níveis de transitórios e disturbios do


sistema elétrico e de readequação do aterramento. Inclui-se aqui as ações com os geradores e
trafos.

- Economia na área de Utilidades e apoio: 25 %

Aqui temos as ações de modernização e readequação nos setores de CPD, Ar


condicionado, Ar comprimido, linhas estabilizadas e “nobreckeadas”.

- Economia na área de Análise Tarifária: 20 %

Aqui temos a análise do contrato de fornecimento de tarifas, readequação da


operação em função dos horários de ponta, realinhamento e estabilização da sazonalidade
operacional e outras ações que envolvam o contrato com a concessionária.

Portanto, o impasse a ser solucionado, é o da tomada de decisão em relação ao


aumento da eficiência produtiva x o estrangulamento pela falta de infraestrutura e qualidade
de energia. Como vimos, não é dificil quantificar, com um mínimo grau de precisão, quais os
potenciais de economia em perdas pelos dois motivos citados, tendo em vista que qualquer
esforço nessa direção será uma vantagem para a eficiência produtiva, não só no que tange ao
sistema elétrico fisicamente como um todo, mas também à máxima capacidade operacional
com possível postergação do investimento alto em equipamentos novos, para um prazo de
captalização para tal.

Já que os períodos de incerteza da economia, marcados por ciclos de stop and go,
impelem as industrias a partir para este tipo de investimento de readequação, caracterizando
uma preparação para um futuro de expansão.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
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17 – A ENGENHARIA DE SOLUÇÃO E PESQUISA:


As grandes transformações tecnológicas em todos os setores de consumo de energia,
vem ocorrendo numa velocidade muito alta, empurrando-nos para a Era do Conhecimento e da
Pesquisa eminentes, cujo resultado está no questionamento e substituição de paradigmas do
mundo tecnológico do consumo de energia elétrica, que até recentemente estava radicado nos
conceitos convencionais da engenharia elétrica do consumo energético. E quando nos
referimos ao nosso ramo, ainda passamos por problemas de maior ou menor rapidez de
adaptação dos conceitos e teses, que devem ser rearranjados de uma forma fundamental em
função da nova ordem que se afigura dentro do universo da pesquisa e solução.

Dentro deste contexto, está incluso o modelo educacional e o modelo especialista


aplicado, onde no cenário dos consumidores de energia, as imposições pela eficiência
produtiva aliada à qualidade, nos leva a um patamar de grandes mudanças e nos põe cara a
cara com a necessidade da informação, conhecimento e segurança nas mitigações.

Toda essa filosofia, se resume numa necessidade premente de se atualizar e vestir a


roupagem do estudo, pesquisa e solução, onde temos apontado para a engenharia essas
tendências e aspectos importantes do desenvolvimento tecnológico.

Na avaliação crítica do insumo energia elétrica do setor industrial ou melhor dizendo de


consumidores, tem que haver espaço para o investimento na Engenharia de Solução e
Pesquisa, já que este é o único caminho de se manter uma infraestrutura elétrica
autosustentável a partir dos seguintes desafios:

- do aumento produtivo,
- diminuição dos tempos produtivos,
- mantenimento do ciclo de vida útil real dos sistemas,
- diminuição das perdas energéticas,
- aproveitamento maior da mão de obra produtiva e manutenciadora,
- adequações e modernizações mais seguras dos sistemas diante da infraestrutura
- e finalmente o aumento do período de estabilidade funcional dos sistemas.

Utópico!!!

Talvez!

Mas a necessidade é mais do que real.

Como tarefa primordial para a implantação da Filosofia da Engenharia de Solução e


Pesquisa, dentro deste vasto tema que é a Qualidade de Energia, deverão ser considerados os
seguintes desafios básicos:

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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- Estabelecer a mudança ou readequação da base educacional do modelo


convencional de projeto e de análise de problemas, criando condições e ações para
que os profissionais se adequem à nova necessidade, reformulando alguns
conceitos e se conscientizando da responsabilidade que é cada vez maior dentro
deste universo.

- Estabelecer a conscientização da necessidade de readequação da infraestrutura à


qual estava acostumado, para receber a inserção maciça de novas tecnologias, onde
o objetivo final é a segurança no maior nível produtivo.

- Se orientar e avaliar perante suas implementações, para obter a solução e custo


mais adequado ao planejamento produtivo do sistema em questão.

- Se conscientizar da necessidade de estabelecer regras para o uso dos fatores de


risco em função da produtividade, sendo que os dados são conhecidos e suas
consequências mais ainda.

- Buscar a utilização mais eficiente das sofisticadas tecnologias de mitigação e


simulação, em função da prevenção, principalmente na fase de planejamento e
projeto, bem como a interação e integração das experiências em diversos setores
com maior ou menor risco de distúrbios.

- Reforçar a importância da disseminação da filosofia da Engenharia de solução e


pesquisa, como ponto crucial para as análises econômicas industriais.

- Aumentar a interação do departamento de engenharia e suas bases de


manutenção nas empresas, com os problemas reais e o horizonte onde suas
consequências podem chegar.

- Difundir a necessidade da veracidade de medições e dados em função da eficiência


das mitigações.

- Mostrar a necessidade da filosofia S&P (Solução e Pesquisa) aplicada em conjunto


e apoio à filosofia P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), dentro do contexto da
Qualidade e Conservação de energia.

- Determinar os pontos de agregação de valor, a partir da implantação desta filosofia


S&P, em função dos custos e segurança de produção.

- Preparar a empresa para o tratamento com a nova forma de visão de sua


infraestrutura, para que não haja surpresas quando de suas expanções futuras,
conscientizando toda a corporação da necessidade relevante do equilibrio entre a
racionalização de recursos e a necessidade de readequação da infraestrutura, com a
certeza de real economia com a redução de seus custos operacionais.

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A Engenharia de solução e pesquisa busca identificar a solução que atenda requisitos


técnicos, de custo e de prazo, para superar um problema ou vários, seguindo uma metodologia
de cinco etapas:

- Caracterização do problema e suas conseqüências;


- Identificação de soluções convencionais;
- Identificação de soluções não-convencionais;
- Análise técnica, de custos e de prazo para cada alternativa;
- Seleção e consolidação da proposta mais eficiente.

Soluções Integradas

Incorporam Projeto + Simulação + Instalação + Startup, garantindo maior eficiência


Produtiva, com continuidade de ação e de responsabilidade.

Desenvolver soluções simuladas computacionalmente para que resultem na melhoria da


qualidade do sistema elétrico como um todo.

Solução técnica e economicamente viável, criando condições autosustentáveis, buscando


minimizar as indisposições operacionais e eliminar as perdas energéticas puntuais e macros.

A adoção dos princípios do desenvolvimento de projetos de sistemas autosustentáveis


pelos consumidores, o estímulo ao uso de tecnologias mais limpas e o compromisso com a
melhoria contínua da infraestrutura são bases que regem a nova Política da necessidade da
Qualidade de energia como um todo.

Na aplicação desta Política tem que haver o comprometimento com a monitoração e


controle dos fluxos energéticos desejados e espúrios para que não haja efeitos impactantes ao
sistema, buscando permanente a prevenção da poluição dos distúrbios elétricos em seus níveis
e amplitudes.

Também faz parte desta Política, assumir como comprormissos mínimos o cumprimento
da legislação, normas e acordos aplicáveis a nossas atividades e à proteção do meio ambiente,
da saúde e da segurança. Quando recomendável serão estabelecidos padrões próprios de
procedimento que excedam esses compromissos mínimos.

A educação, treinamento e motivação de nossos colaboradores são compromissos


assumidos nesta Política, visando reduzir riscos de acidentes, eliminar falhas e responder às
expectativas das partes interessadas, protegendo a saúde profissional de todos os
colaboradores.

É responsabilidade da Alta Administração, pública ou privada, a revisão periódica e a


disseminação desta Filosofia e dos objetivos e metas dos programas de Qualidade e

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Conservação de energia, assegurando a participação de todos os colaboradores na sua


aplicação permanente, onde, com certeza os resultados serão benéficos e rentáveis.

A realidade

Não podemos considerar os problemas e casos dos sistemas elétricos de energia, como
de solução simples ou como alguns pensam, de possível existência da famosa “receita de
bolo”, já que cada instalação tem sua característica particular e a alimentação da
concessionária tem característica pertinente àquele PAC do sistema, acentuando-se mais
ainda quando da sazonalidade operacional e finalmente a variação de dados elétricos em
relação ao meio ambiente tais como incidência de raios, tipo de terreno e os níveis de
perturbações que os vizinhos injetam na rede ou em seus aterramentos.

Isto mostra a complexidade da escolha dos parâmetros para start da simulação e a


necessidade da experiência do profissional em simular configurações que se adequem às
necessidades operacionais da planta em questão.

Contudo, a discussão de vários autores converge para um único ponto. É premente e


urgente a necessidade da disseminação da cultura da Engenharia de Solução e Pesquisa
pela comunidade técnica em geral, não só no meio acadêmico de graduação, em
Universidades e Escolas Técnicas, salvaguardando as devidas proporções, mas tambem a
aplicação de cursos de extensão, treinamento profissional geral ou “insitu”, workshops e
palestras para esclarecimentos, livros e cartilhas informativas e orientativas quanto ao
problema e a necessidade da busca de solução.

Isto não vai minimizar o problema e nem tornar mais fácil a sua solução, mas com
certeza, vai gerar a cultura de não se acreditar mais em fantasmas de uma instalação elétrica,
e o mais importante é o destaque para a busca de especialistas da área, sedimentando cada
vez mais a Filosofia da Engenharia de Solução e Pesquisa como necessidade presente nos
planejamentos econômicos de serviços para a manutenção e investimento em novos setores
e novas plantas industriais devidamente estruturados e readequados à realidade da expansão
que se pretende.

A previsão e solução de problemas com os distúrbios de energia requer conhecimento


de técnicas específicas nesta área, contando com a ajuda do modelamento computacional. A
avaliação do impacto destes distúrbios no sistema elétrico, bem como a previsão do custo
benefício das implementações necessárias às soluções, são condições primordiais para um
perfeito desempenho da Engenharia de Solução e Pesquisa.

Sendo cada instalação um caso particular de estudo e pesquisa, seus resultados


constituem contribuições científicas relevantes na área de Engenharia Elétrica, e deve ser
passada adiante, como já foi dito, na forma de artigos em conferências, simpósios, workshops
e congressos.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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Evidentemente, este assunto deve merecer infinita atenção, devido à conjuntura da


infraestrutura existente nos meios industriais, ou melhor dos consumidores de energia
elétrica, e porconseguinte deve ser mais desenvolvido pelo meio acadêmico, com a geração
de uma regulamentação e vasta conceituação sobre o assunto, além de modelamentos como
excelente alternativa para certificação da etapa de projeto, de certas etapas de construção e
manutenção, abreviando o desperdicio de trabalho, a prevensão de problemas e reduzindo
custos finais de produção.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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18 – CONCLUSÃO:

Diversos profissionais tem afirmado que a eficiência energética deve ser objetivada
durante a fase do projeto, e não quando o sistema já está construído ou em operação. Porém,
a nova mentalidade da Engenharia, tem em sua abordagem, que deve-se ter além de um
projeto adequado, uma instalação alinhada com a filosofia da qualidade e conservação de
energia, equipamentos e componentes eficientes, montagens eficientes e durante o start up
com ações de readequação dos distúrbios causados pela nova planta à dinâmica operacional
do cliente, aparando as arestas que sobraram da fase de projeto.

Portanto, com o que já foi dito no estudo de harmônicos suas causas e conseqüências,
temos uma relação direta deles com a diminuição da margem de lucro e até mesmo com a
perda de faturamento em alguns casos. Não que o projeto esteja errado, mas o item
sazonalidade operacional e o carregamento dinâmico (falando eletricamente), podem trazer
resultados que não estavam sendo esperados por ambas as partes.

O item custo de energia elétrica equivale a um montante muito pequeno em relação a


todos os problemas com custos existentes numa produção industrial ou de qualquer
consumidor de energia. Porém dizemos que mesmo que se reduza o consumo em 3 ou 6 ou 10
%, a melhora é muito mais substancial em face do montante de perdas que se apresentam na
operacionabilidade do sistema, quando se atua pela filosofia de eficiência produtiva.

Diante deste cenário, podemos afirmar categoricamente que antes de implementar


qualquer política de eficiência e qualidade de energia, deve-se conhecer os problemas
estruturais da instalação elétrica de um cliente e seu entorno, principalmente na fase de
projeto, com soluções de readequação a uma nova realidade que se apresenta com as
políticas a serem seguidas.

O parque industrial e até mesmo de consumidores em todas as suas espécies, devem


passar por readaptações conscientes e adequados à realidade do custo benefício de um
programa, porém com a sabedoria de que as perdas operacionais são de um universo muito
maior que as perdas elétricas e até mesmo materiais.

Dentro do contexto de Marketing, temos o jargão que diz “VENDA PERDIDA NÃO TEM
VOLTA”, já que no espaço tempo, ela não retroage em tempo perdido. Da mesma forma
acontece com o tempo operacional industrial, que não perdoa as paradas intempestivas, já que
normalmente elas produzem muito mais do que a simples perda de tempo.

Portanto em linhas gerais e realistas, O TEMPO É UMA MERCADORIA


ABSOLUTAMENTE PERECÍVEL, e por isto, irrecuperável. E deve ser a base do objetivo de
qualquer programa que leve em conta a EFICIÊNCIA DE PRODUTIVIDADE.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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Dentro de toda essa conceituação e explanação de idéias é que nosso trabalho tenta
facilitar a compreenção da matéria e as teorias existentes, mostrando à todos os responsáveis
nas áreas consumidoras de energia elétrica, que cada um tem o seu ponto de contribuição a
dar para o sucesso de um programa de atuação técnica, comportamental e gerencial.

A absorção e entendimento da teorização prática do assunto desde a diretoria até ao


auxiliar de serviços gerais é que vai dar a conclusão final deste trabalho e coroar de êxito as
verdadeiras intenções deste autor.

Intenções estas que se baseiam no principio da aplicação da ENGENHARIA DE


SOLUÇÃO E PESQUISA, cuja necessidade já se faz presente em todos os seguimentos
consumidores de energia elétrica, dentro de um mundo industrial globalizado e em avanço
extraordinário da tecnologia.

Afirmamos com veemencia que a monitoração dos níveis harmônicos de um sistema


elétrico é um trabalho “ad eternum”, pois em qualquer setor de consumo de energia elétrica ou
qualquer equipamento, sempre há a necessidade de um upgrade e por imposição da evolução
tecnológica, já temos que ter consciência de que sempre vai haver problemas, pois este
universo é imensurável e muito dinâmico. Portanto, repetimos a máxima:

“OLHAI E VIGIAI vossa infraestrutura para não cometer o pecado da


baixa Qualidade de energia e por conseguinte a baixa Eficiência produtiva”

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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19 – ESTUDO DE CASOS DAS DISTORÇÕES HARMÔNICAS NOS


SISTEMAS ELÉTRICOS:
Com o intuito de exemplificarmos os estudos e conceitos deste trabalho, passamos a
dissertar aqui, alguns estudos de casos relacionados com o assunto, tais como:

19.1 – Barramento x Cabos em circuitos carregados com distorções harmônicas:


Este item está sendo desenvolvido junto com a Beghim com a ajuda de alguns clientes.

19.2 – Filtragem de frequências espúrias dos entreferros de transformadores:


Este item está aguardando patrocinador para o desenvolvimento prático.

19.3 – Influência das condições ambientais nos níveis harmônico industriais:


Este item está sendo desenvolvido aguardando patrocinador da fase prática.

19.4 – Influência dos níveis harmônicos na operacionabilidade da telefonia móvel, fixa


e rádio e TV:
Este item já foi desenvolvido e está com a parte prática aguardando retomada junto a
outros patrocinadores.

19.5 – Estudo e análise dos níveis harmônicos nos diversos sistemas de aterramentos
das instalações:
Este item está sendo desenvolvido aguardando patrocinadores da fase prática.

19.6 – Estudo e análise dos níveis harmônicos nas instalações hospitalares:


Este item está aguardando patrocinador.

19.7 – Estudo e análise dos níveis harmônicos x eficiência produtiva nos diversos
setores e consumidores:
Este item está em desenvolvimento.

19.8 – Como projetar uma instalação elétrica segundo a filosofia de rebaixamento dos
níveis harmônicos:
Este item está em desenvolvimento.

19.9 – Senso estatístico dos níveis de distorções harmônicas nos diversos setores de
produção:
Este item está em desenvolvimento.

19.10 – Pesquisa e Mitigação dos níveis Harmônicos nos sistema elétricos em média e
alta tensão:
Este item está aguardando patrocinador.
“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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19.11 – Fornos à arco – Solução dos problemas com os distúrbios elétricos gerados:
Este item está em desenvolvimento.

19.12 – Estudo e análise dos níveis de pulsos e impulsos nos aterramentos de


sensores e pickups de controle e monitoração:
Este item está em desenvolvimento.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
Engº Eletricista Marcos Siqueira Moura
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20 – BIBLIOGRAFIA
A seguir, temos a bibliografia das teorias, conforme segue abaixo:

- Instalaciones Eléctricas de Albert F. Spitta da Editora Dossat

- Manual de Baixa Tensão de Theodor Schmelcher da Editora Nobel

- Electrical Engineering de Hammond & Gehmlich da McGraw-Hill Book Company

- Circuitos, Dispositivos e Sistemas de Ralph J. Smith da LTC Editora SA

- Análise e Projeto de Sistemas de Controle Lineares de D’Azzo & Houpis da


Guanabara Dois

- Electric Energy System Theory de Olle I. Elgerd da McGraw-Hill Book Company

- Normas da ABNT Nbr 5410 e NBR 5419, Normas VDE, normas ANSI e normas das
concessionárias, além dos manuais de fabricantes e publicações da IEEE.

- Manual de orientação aos consumidores sobre a nova legislação para o


faturamento de energia reativa excedente. Secretaria executiva do Comitê de Distribuição de
Energia Elétrica - CODI.

- Costs and Benefits of Harmonic Current Reduction for Switch-Mode Power Supplies
in a Commercial Office Building. Anais do IEEE Industry Application Society Annual Meeting -
IAS'95. Orlando, USA.

- Power Factor Correction - Incentives. Standards and Techniques. PCIM Magazine.

- Mauro Crestani, "Com uma terceira portaria, o novo fator de potência já vale em
Abril". Eletricidade Moderna, Ano XXII, n° 239, Fevereiro de 1994

- IEC 1000-3-2: "Electromagnetic Compatibility (EMC) - Part 3: Limits - Section 2:


Limits for Harmonic Current Emissions (Equipment input current < 16A per phase)".
International Electrotechnical Commision,, First edition 1995-03.

- Ivo Barbi e Alexandre F. de Souza, Curso de "Correção de Fator de Potência de


Fontes de Alimentação". Florianópolis, Julho de 1993.

- IEEE Recommended Practices and Requirements for Harmonic Control in Electric


Power System. Project IEEE-519. Outubro 1991.

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
documento publicado, circular ou projeto; nem publicado de qualquer forma sem a concordância escrita do autor, quanto à
forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
17/12/80) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 122,123,124,12, da lei 5.988 de
14/12/73, Lei dos Direitos Autorais)”.
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- IEEE Recommended Practices and Requirements for Harmonic Control in Electric


Power Systems. Project IEEE-519. October 1991.

- Sine-wave Distortions in Power Systems and the Impact on Protective Relaying.


Report prepared by the Power System Relaying Committee of the IEEE Power Engineering
Society. Novembro 1982

- S. B. Dewan: "Optimum Input and Output Filters for a Single-Phase Rectifier Power
Supply". IEEE Trans. On Industry Applications, vol. IA-17, no. 3, May/June 1981

- R. Gohr Jr. and A. J. Perin: "Three-Phase Rectifier Filters Analysis". Proc. Of


Brazilian Power Electronics Conference, COBEP ‘91,Florianópolis - SC, pp. 281-286.

- B. Mammano and L. Dixon: "Choose the Optimum Topology for High Power Factor
Supplies". PCIM, March 1991, pp. 8-18.

- I. Barbi e A. F. De Souza: Curso de "Correção de Fator de Potência de Fontes de


Alimentação". Florianópolis, Julho de 1993.

- J. H. Alberkrack and S. M. Barrow: "Power Factor Controller IC Minimizes External


Components". PCIM, Jan. 1993, pp. 42-48.

- J. M. Bourgeois: "Circuits for Power Factor Correction with Regards to Mains


Filtering". Application Note SGS-Thomson, April 1993.

- L. Malesani, L. Rossetto, G. Spiazzi, P. Tenti, I. Toigo and F. del Lago: "Single-


Switch Three-Phase AC/DC Converter with High Power Factor and Wide Regulation Capability".
Proc. of INTELEC '92, Washington, USA, 1992, pp. 279-285.

- E. L. de M. Mehl and I. Barbi: "The Curi Circuit: A High Power Factor and Low Cost
Three-Phase Rectifier". Proc. Of 3th COBEP, São Paulo, Dec. 1995.

- IEC/TR3 61000-2-1: 1990, Electromagnetic compatibility (EMC) Part 2:


Environment - Section 1 : Description of the environment - Electromagnetic environment for low-
frequency conducted disturbances and signalling in public power supply systems.

- IEC 61000-2-4 : 1994, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 2 : Environment -


Section 4 : Compatibility levels in industrial plants for low-frequency conducted disturbances.

- IEC 61000-3-2 : 1998, Ed. 1.2 Consolidated Edition, Electromagnetic compatibility


(EMC) - Part 3: Limits - Section 2: Limits for harmonic current emissions (equipment input
current <16A per phase).
- IEC/TR3 61000-3-6 : 1996, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 3 : Limits -
Section 6 : Assessment of emission limits for distorting loads in MV and HV power systems –
Basic EMC Publication
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forma e o contexto dentro do qual poderão aparecer. A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 da lei 6.895 de
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- IEC/TR3 61000-3-7 : 1996, Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 3 : Limits -


Section 7: Assessment of emission limits for fluctuating loads in MV and HV power systems –
Basic EMC Publication

- IEC 60038 : 1983, IEC standard voltages.

- IEC 60038-am1 : 1994, Amendment No. 1

- IEC 60038-am2 : 1997, Amendment No. 2

- IEC 61037 : 1998 Ed.1.2 Consolidated Edition, Electricity metering – Tariff and load
control – Particular requirements for electronic ripple control receivers.

- IEC/TR2 60868 :1986, Flickermeter – Functional and design specifications

- IEC/TR2 60868-am1 : 1990, Amendment No. 1

- IEC/TR2 60868-0 : 1991, Flickermeter – Part 0: Evaluation of flicker severity.

- IEC 60050-551 : 1998, International Electrotechnical Vocabulary (IEV) - Part 551:


Power electronics

- UIE (1992), Flicker measurement and evaluation

- UIE (1988), Connection of fluctuating loads.

Falta adicionar o restante da bibliografia do trabalho

“O todo ou qualquer parte deste Trabalho, ou qualquer referência a ele, não poderão ser inclusos em qualquer
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