Horacio Terraza foi o Gerente do Trabalho do Banco Mundial para o projeto, auxiliado
por Andrea Semaan, Gloria Leiva e Erica Felix. Kulsum Ahmed forneceu apoio e visão
para desenvolver o conceito original e os quadros de referência para o desenvolvimento
do Manual. Mr. Carl Bartone forneceu o seu incentivo, visão e comentários para
desenvolver o Manual de uma maneira que o torna uma ferramenta útil para incentivar e
apoiar o desenvolvimento de projeto LFG e LFGTE na LAC e no Caribe. Sandra
Greiner, Franck Lecocq, e Johann Heister forneceram comentários e visões valiosas
para o Manual a partir da perspectiva do Fundo Protótipo de Carbono.
Uma série de estudos de caso foi escrita para o Banco Mundial para apoiar e fornecer
exemplos de projetos representativos dos projetos LFG e LFGTE. Visão e apoio valioso
foi dado pelos autores dos estudos de caso incluindo: Dr. Robert Eden of The Barclay
Centre (Turquia); Mr. J.H. Penido Monteiro (Brasil); Mr. Quentin Hurt e Mia Antoni of
Ecoserv (África do Sul); Dr. Hans Willumsen da LFG Consultant (Latvia e Polônia);
Frederick Mosher e Meagan Wheeler da Conestoga Rovers & Associates (Canadá);
Avila Rueda (México), e Dr. Sebastian Valdes (Chile).
O manual se beneficiou enormemente dos insumos recebidos numa sessão de uma
grande oficina realizada em Monterey, México. A presença e a participação ativa dos
participantes na oficina são apreciadas e qualquer comentário feito no esboço do
Manual foi incorporado no documento final.
SIGLAS E ABREVIATURAS
AE Entidades Solicitantes
CDM Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
CER Reduções Certificadas na emissão
CH4 Metano
CIDA Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional
CO2 Dióxido de Carbono
COP/MOP Conferência das Partes /Reunião das Partes
DOE Entidades Operacionais Nomeadas
DNA Autoridade Nacional Nomeada
EB Diretoria Executiva
eCO2 Dióxido de carbono equivalente (essa é a moeda para a discussão das
reduções na emissão de GHG)
EIT Economias em Transição
ELECTROBRAS Empresa de energia elétrica do governo brasileiro, composta por
um consórcio de grandes geradores de eletricidade
ERs Reduções na Emissão (nem sempre GHGs)
ERU'S Unidades da redução na emissão
ERPA Acordo de compra das reduções nas emissões
ESMAP Programa de Assistência de Gestão do Setor Ambiental
GHG Gás de Efeito Estufa (observar que existem diversos, mas os equivalentes
ao dióxido de carbono são a moeda corrente usada para avaliação)
GWP Potencial de Aquecimento Global
H2S Hidróxido de Enxofre
Handbook Manual para a Preparação de Gás de Aterro para Projetos de Energia
HCA Acordo com o País Anfitrião
IC&I Industrial, comercial e institucional (categoria dos tipos de lixo)
IPP Produtores independentes de energia elétrica
IRR Taxa Interna de Retorno
IPCC Painel Internacional sobre a Mudança do Clima
SIGLAS E ABREVIATURAS
JI Implementação conjunta
k Constante usada na modelagem de LFG
kWh Kilowatt hora
LAC América Latina e o Caribe
LBT Tecnologia de biodigestor em Aterro Sanitário
LDC País em desenvolvimento tardio
LFG Gás de Aterro Sanitário
LFGTE Gás de Aterro Sanitário para Energia
MSW Resíduo Sólido Municipal
MW Megawatt
NGO Organização Não-Governamental
O2 Oxigênio
O&M Operação e Manutenção
PCF Fundo Protótipo de Carbono
PDR Relatório Preliminar de Desenho
PP Participantes do projeto
ppb Partes por bilhão (usado para definir as concentrações de gás e líquido)
ppm Partes por milhão (usado para definir as concentrações de gás e líquido)
PROINFA Programa para incentivar fontes alternativas de energia elétrica o Brasil
PVM Protocolo de validação preliminar
ROI Returno sobre o Investimento
SP Subprojeto
UNFCCC Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima
U.S. EPA Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos
UNIDADES DE MEDIDAS, EQUIVALÊNCIAS AOS
EUA E FATORES DE CONVERSÃO
A iniciativa do Banco Mundial no geral tem uma abordagem por etapas. A primeira
etapa visa auxiliar os países clientes da LAC a compreender melhor as melhores
práticas, os modelos de negócios e os arranjos para o desenvolvimento de fontes de
energia não-convencionais nos grandes aterros sanitários da região da LAC através dos
sistemas de recuperação e utilização do LFG.
Espera-se que esse Manual seja utilizado por aqueles que são proprietários, operam,
realizam trabalho de engenharia e regulam os locais de aterro sanitário na LAC como
mapa da via para a avaliação de projetos candidatos e para iniciar o desenvolvimento de
projetos de gestão do LFG. O Manual tem a intenção de ser um guia prático que usa
informações de referência e uma série de ferramentas instrutivas para educar, orientar e
estabelecer uma base para a tomada de decisões, avaliação técnica de viabilidade,
avaliação econômica e de mercado sobre todos os aspectos necessários para o
desenvolvimento bem sucedido de projetos de gestão do LFG. Embora esse Manual seja
voltado para a região da LAC, os princípios podem ser aplicados a qualquer região do
globo com ajustes de alguns parâmetros para levar em consideração as diferenças
climáticas e geográficas bem como os fatores econômicos e as influências locais.
EXONERAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
© XXXX The International Bank for Reconstruction and Development / The World Bank
1818 H Street, NW
Washington, DC 20433
Telefone 202-473-1000
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Os dados, as interpretações e conclusões aqui expressas são as do(s) autor(es) e não refletem
necessariamente a visão da Diretoria Executiva do Banco Mundial ou dos governos que ela representa.
O Banco Mundial não garante a exatidão dos dados incluídos nesse trabalho. As linhas de fronteiras,
cores, denominações e outras informações apresentadas em qualquer mapa desse trabalho não implicam
em juízo de qualquer espécie pelo Banco Mundial em relação à situação legal de qualquer território ou o
endosso ou aceitação de tais fronteiras.
DIREITOS E AUTORIZAÇÕES
O material nesse trabalho está sob direito autoral. Copiar ou transmitir partes de ou todo o
trabalho sem a devida autorização poderá ser violação da lei aplicável. O Banco Mundial incentiva a
divulgação do seu trabalho e, normalmente, concede rapidamente a autorização.
Para autorização para fotocópias ou re-imprimir qualquer parte desse trabalho, favor enviar solicitação
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SUMÁRIO EXECUTIVO
A região da América Latina e Caribe (LAC) é altamente urbanizada; em média, 75 por
cento de seus 500 milhões de habitantes vivem em cidade, principalmente nas grandes
cidades, o que leva a concentração de resíduos sólidos e aos problemas correspondentes
de manejo desses resíduos. Muitas cidades da LAC ainda jogam os seus resíduos
sólidos em locais abertos criando problemas com a contaminação da superfície e do
lençol freático por chorume e com a emissão de gás de aterro sanitário (LFG) para a
atmosfera. O LFG é composto, aproximadamente, em 50 por cento de metano e 50 por
cento de dióxido de carbono e é, portanto, considerado um gás de efeito estufa (GHG)
poderoso. As cidades mais importantes e prósperas na LAC começaram a melhorar a
prática da disposição dos resíduos sólidos e introduziram aterros sanitários. Não
obstante a tendência a aterros sanitários na LAC, somente poucas cidades no Chile e no
Brasil coletam ativamente o GHG e utilizam o valor energético inerente ao GHG ou
estão planejando fazê-lo (com apoio do Fundo Global do Meio-Ambiente-GEF), como
em Monterrey, no México, e em Maldonado, no Uruguai. Em contraste com esse uso
benéfico limitado do GHG, a experiência na América do Norte e na Europa é a
existência de várias centenas de projetos de gestão de gás de aterro sanitário (LFG) e de
gás de aterro sanitário para energia (LFGTE) e outros muitos surgindo nessa linha a
cada ano. Assim, há uma significativa oportunidade para aumentar a recuperação de
LFG e a utilização de aterros sanitários na LAC, desde que existam as condições de
mercado apropriadas. A receita gerada por projetos de gerenciamento de LFG pode
proporcionar um grande incentivo para melhorar o desenho e operação dos aterros
sanitários e fazer avançar o sistema de gerenciamento de lixo em cidades da LAC.
A gestão do LFG poderia ser realizada e colocada em prática com êxito na maior parte
dos aterros sanitários na LAC e no Caribe. O custo de capital para a coleta e
infraestrutura de utilização do LFG, e o início dos mercados de carbono e de energia
renovável tornam o desenvolvimento desses projetos mais aplicável a aterros sanitários
grandes e profundos (geralmente maiores do que 1 milhão de toneladas de lixo com uma
profundidade de mais de 15 metros). No entanto, cada projeto potencial de gestão do
LFG deveria ser avaliado com base nas condições locais, incluindo as condições no
aterro sanitário, a oportunidade de vender créditos de carbono, o preço da energia, os
créditos tributários disponíveis e os incentivos verdes disponíveis. Os projetos de
manejo de LFG menores se tornam muito mais viáveis à medida que o valor das CERs e
dos produtos de energia aumenta. Na Europa, a cobrança da energia pode apoiar
projetos instalados de menos de 0,5 MW e menos de 1 milhão de toneladas de lixo.
É necessário que um projeto de LFGTE possa ser interligado a uma grade de energia
urbana ou a uma rede de distribuição de gás ou esteja perto de um usuário final
adequado de energia. No caso das condições da LAC, isto possibilitaria as mais
promissoras aplicações para as cidades grandes e de tamanho médio. Na LAC, existem
atualmente 117 cidades com uma população maior do que 500 mil pessoas. Juntas, essas
cidades perfazem uma população total de 225 milhões de habitantes e uma taxa de
geração de lixo em torno de 74 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano.
Presumindo que a metade dessas cidades preenchesse os critérios gerais para projetos de
LFGTE viáveis, há o potencial de gerar o equivalente a mais de 800 MW de energia
elétrica. Esta estimativa presume uma taxa estável de geração de lixo e 35 por cento de
eficiência na conversão para energia, ambas são premissas conservadoramente baixas
para a LAC.
De igual e possivelmente maior importância é o potencial para atingir reduções da
emissão anual de mais de 40.000.000 de toneladas equivalentes de dióxido de carbono
(eCo2) por ano. À medida que o mercado internacional de carbono evolui, o incentivo
para gerar reduções na emissão através da captura e uso do LFG será elevado nas
cidades da LAC. Há benefícios potenciais na redução das emissões associadas à redução
na emissão de LFG na atmosfera, mas também benefícios adicionais da redução da
emissão podem ser obtidos por meio do deslocamento do uso do combustível fóssil se o
LFG for utilizado por seu valor energético inerente. Atualmente, o mercado
internacional de carbono está em seus primórdios e ainda há incerteza sobre o valor
futuro das reduções de emissão geradas por projetos de gestão de LFG. No entanto, as
projeções atuais do valor das reduções na emissão de parte dos aterros sanitários da
LAC poderiam exceder a USD$100 milhões por ano.
Ambos os sistemas de coleta e utilização de LFG deveriam ser capazes de cuidar do teor
de alta umidade inerente ao LFG, o que tipicamente pode causar sérias questões
operacionais que podem limitar a capacidade de extrair e/ou usar o LFG eficazmente.
Dependendo da aplicação, o LFG bruto pode requerer algum grau de processamento de
gás antes de ser utilizado para atender a essas preocupações.
A extração e a utilização do LFG requerem diligência permanente através de toda a vida
útil de um projeto por causa da natureza heterogênea do resíduo que produz o LFG e das
características mutantes do LFG com o tempo. Portanto, os projetos de gestão de LFG
são, de alguma forma, mais sensíveis do que os típicos projetos de infraestrutura e
precisam ser operados e gerenciados com cuidado. A recuperação do recurso
combustível é, na maioria dos casos, uma atividade secundária numa grande área de
manejo de resíduo. A compreensão deste fator é crítica para o êxito de um projeto. É
crítico para o sucesso da indústria de gerenciamento de LFG que as operações e a
interação com as atividades de gerenciamento de resíduo para cada obra em potencial
sejam consideradas como cruciais ao desempenho eficaz e bem sucedido dos sistemas.
* redução de resíduos;
* maximização da reutilização de resíduo e reciclagem;
* incentivo à deposição e ao tratamento de resíduos ambientalmente saudáveis; e
* extensão de serviços de lixo.
Normalmente, espera-se que os projetos de gestão de LFG operem além de vinte anos
para permitir a viabilidade financeira do projeto. Cada projeto precisa ser analisado
separadamente para determinar as circunstancias particulares da obra do projeto
potencial. A expansão e a manutenção do campo do dreno e do bombeamento para
coletar o gás é uma responsabilidade permanente que precisa ser claramente definida
para proteger e garantir os fluxos de receita. Uma compreensão de como a obra do
aterro sanitário é construída e operada é também necessária para determinar a natureza,
o escopo e os custos de um sistema para coletar LFG como fonte de combustível. Este
fator algumas vezes não recebe a atenção e prioridade que merece. Simplesmente dito, é
necessário compreender quanto LFG provavelmente está sendo gerado, mas também é
importante compreender as condições físicas no aterro para determinar a capacidade de
coletar eficazmente o combustível de LFG para uma longa vida útil do projeto.
A Parte 1 é formada de seções que permitem ao leitor obter uma compreensão técnica
do recurso LFG e do uso potencial do combustível e está organizada para proporcionar
uma compreensão básica tanto do recurso de LFG como de todos os elementos. A Parte
1 visa ser amplamente aplicável em todos os projetos potenciais dentro da LAC. A
extensão dos materiais discutidos será, se necessário, bastante ampla e haverá algum
presumido pré-conhecimento para usuários do Manual. Materiais de referencia que
proporcionam referência mais detalhada em relação a tópicos individuais apresentados
no Manual serão identificados para os leitores que possam requerer informação
adicional em relação a materiais subjetivos específicos. A Parte 1 do Manual
compreende as seguintes duas Seções:
Depois da revisão e assimilação dos materiais fornecidos nas Parte I & II, espera-se que
o leitor terá uma apreciação de todos os fatores e insumos que precisarão ser
considerados para o desenvolvimento de uma avaliação de viabilidade de um projeto
especifico e um caso comercial para um projeto de gestão de LFG. A formação
apresentada nas Partes I e II não visa a ser especifica a um local ou país, mas enfoca a
preparação do leitor com a compreensão e fundamento pertinentes para permitir que um
projeto seja avaliado. Espera-se que o Manual será usado por todos os setores da
indústria e possa ser usado por membros individuais da equipe do projeto com áreas de
interesse e experiência diferentes para ajudar a identificar questões chaves que precisam
ser consideradas em cada projeto.
1.5 Antecedentes
A região da LAC é altamente urbanizada com 75 por cento de seus 500 milhões
habitantes, em média, morando em cidades, principalmente cidades grandes, levando
assim à concentração de resíduos sólidos e correspondentes problemas de manejo dos
resíduos. Muitas cidades da LAC jogam os resíduos sólidos do munícipio (MSW-
Municipal Solid Waste) em lixões abertos, criando problemas de contaminação por
chorume da superfície e do lençol freático, e a liberação de LFG para a atmosfera,
incluindo volumes significativos de metano, um poderoso GHG. As cidades mais
importantes e prósperas na LAC começaram a melhorar as práticas de disposição dos
resíduos sólidos e introduziram aterros sanitários. Não obstante a tendência na LAC por
aterros melhorados, somente algumas poucas cidades na LAC coletam ativamente o
LFG e utilizam o valor energético inerente ao LFG ou estão planejando faze-lo (com
apoio do GEF) como em Monterrey, México, e Maldonado, Uruguai. Em contraste com
esse uso benéfico limitado do LFG na LAC, a experiência na América do Norte e
Europa é de que existem varias centenas de usinas de LFG visando a recuperação e
utilização de energia ou queima como manejo do LFG, além de muitas mais usinas
estarem surgindo a cada ano. Assim, há uma oportunidade significativa para aumentar a
utilização e recuperação de LFG nos aterros na região da LAC, desde que existam as
condições de mercado apropriadas, ou que possam ser desenvolvida.
A coleta e a utilização de LFG viável é normalmente limitada a grandes e profundos
aterros (por exemplo, acima de 1 milhão de toneladas de resíduos instaladas com uma
profundidade de mais de 15 metros), no entanto as condições para cada obra precisam
ser analisadas individualmente em relação à venda potencial de créditos de carbono,
fixação de preço de energia, créditos tributários e outros incentivos ^verdes^ que
possam estar disponíveis. Para projetos de LFGTE, é também necessário que exista o
potencial para ligar o projeto de LFG a uma rede de energia urbana ou rede de
distribuição, ou esteja perto de algum usuário final de energia (a construção de um
gasoduto com esse objetivo especial é, normalmente, limitada a 3 km). No caso da
LAC, isto limitaria aplicações promissoras de LFGTE às cidades grandes e
intermediarias. Na LAC, há atualmente 117 cidades com população superior a 500 mil
habitantes, com um total de 225 milhões de habitantes e atualmente gerando cerca de 74
milhões de toneladas por ano de resíduos sólidos que é depositado em locais
identificáveis. Presumindo que metade dessas cidades preenchesse os critérios gerais
acima para projetos de LFGTE viáveis, há o potencial de gerar o equivalente a mais de
800 MW de energia elétrica (presumindo condição estável e eficiência de conversão de
35 por cento).
Uma série de estudos de caso de LFGTE está sendo oferecida como Anexos ao Manual.
Esses estudos de caso preparados independentemente serão usados para ajudar a ilustrar
conceitos, restrições e metodologias que possam ter sido usadas com êxito para
desenvolver projetos de LFGTE ao redor do mundo.
2
Gás de Aterro – Compreendendo o Recurso
2.1 Geração de LFG e Fatores de Geração
Os fatores primários que influenciam a distância com que o gás migra desde os
resíduos até os solos adjacentes são a permeabilidade do solo adjacente ao
aterro e o tipo de cobertura de superfície de terra ao redor do aterro.
Geralmente, maior a permeabilidade do solo adjacente ao aterro, maior a
distancia de migração possível. O conteúdo de água do solo tem um efeito
importante em sua permeabilidade com respeito ao fluxo de LFG. À medida
que o conteúdo de água aumenta, a transmissibilidade efetiva de solo ou
resíduo para o fluxo de gás diminui. Alem disso, o tipo de cobertura de
superfície terrestre afeta a ventilação do LFG que pode escapar para a
atmosfera. Superfícies terrestres congeladas ou pavimentadas limitam a
ventilação de gás para a atmosfera e, portanto, aumentam a distancia de
migração potencial. Um alinhamento do aterro pode reduzir grandemente o
potencial para a migração de sub superfície. A presença de solos heterogêneos
ao redor do local ou esgotos e outro serviço de utilidade enterrado aumentara a
distancia de migração potencial ao longo desses corredores. O LFG pode
migrar uma distancia significativa a partir do aterro em esgotos ou leito de
esgoto. A avaliação do potencial para migração sub superfície a partir de um
local deve considerar esses fatores.
É pratica típica presumir que o LFG gerado consiste de 50 por cento de metano
e 50 por cento de dióxido de carbono para que o LFG total produzido seja igual
a duas vezes a quantidade de metano calculado a partir da Equação “1”.
II ANÓXICA 1 A 6 MESES
Figura 2.3
FASES TÍPICAS DE PRODUÇÃO DO LFG
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE
GÁS DE ATERRO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
FONTE:
FARQUHAR AND ROVERS, 1973,
AS MODIFIED BY REES, 1980,
AND AUGENSTEIN & PACEY, 1991.
Semi-Vidas dos Subprodutos da Biodegradação
Embora haja vários pontos negativos que possam surgir da presença do LFG,
há numerosos benefícios associados ao manejo adequado do LFG, e seu uso
potencial como fonte de energia. Os projetos de gestão de LFG que coletam e
queimam o LFG tem o potencial de gerar receita por meio da venda e
transferência de créditos de redução na emissão, o que proporciona um
incentivo e meios para melhorar o desenho e a operação do aterro e para
desenvolver um sistema global de manejo de lixo melhor.
Figura 2.4
CUSTO VERSUS EFICIÊNCIA DE RECUPERAÇÃO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE
GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
Figura 2.5
DETALHE TÍPICO DE UM DRENO VERTICAL DE EXTRAÇÃO DO LFG
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE
GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
CORTE
CAMADA DE COLETA HORIZONTAL TÍPICA
FORA DE ESCALA
Figura 2.6
DETALHE DA VALA DE COLETA HORIZONTAL TÍPICA DE LFG
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE
GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
• melhor controle aéreo das emissões de gás;
• o campo de drenos pode ser expandido para refletir as modificadas
condições de aterro; e
• a coleta de condensação pode ser minimizada.
Essas condições podem não ser absolutamente idênticas em cada aterro, mas
elas servem como uma boa diretriz para assegurar o funcionamento apropriado
do sistema de coleta de LFG e minimizar a intrusão de ar na queima da usina
de LFGTE.
Um cabeçote de anel no aterro pode ser usado quando não houver terra
disponível para a construção de um sistema de cabeçote fora do limite do
resíduo. Cabeçotes de anel fora do aterro reduzem parte dos problemas
associados com a colocação de tubos no refugo. Cabeçotes de anel devem ser
equipados com válvulas para permitir o isolamento de partes do aterro, e portos
de monitoramento para monitorar a qualidade e a quantidade de gás. Sistemas
de cabeçote duplo têm sido utilizados em alguns aterros grandes e profundos
que têm uma longa vida ativa de aterro para segregar o gás rico em metano a
partir de porções mais profundas do aterro desde o gás coletado de perto da
superfície que pode ser diluído via intrusão de ar. Há numerosos
critérios/restrições de desenho relacionados às instalações de tubos para
especificar como encostas de mínimo e máximo; remoção da umidade
condensada; estresses de diferenciais e assentamentos totais; e estresses de
carga morta e viva.
O sistema de ventilação deveria ter a capacidade para manejar 100 por cento
da taxa estimada de produção do LF no período de pico, além de alguma
capacidade extra para controlar a migração. Algum nível de redundância de
defesa é normalmente recomendado para todos os sistemas de ventilação que
fornecem combustível para um sistema de utilização de LFG que gera receitas.
Dependendo do tamanho e idade de um aterro, uma abordagem por etapas na
construção da usina de controle de LFG é, freqüentemente, benéfica caso os
incrementos graduais na produção de LFG forem antecipados.
Queima de LFG
U
Para dar uma simples diretriz de custo, uma queima de gás de resíduo de
combustão de 1000 m3/hora de LFG custaria na faixa de $50.000 e $100.000
dependendo dos controles periféricos e dos apetrechos de segurança
requeridos. Para comparação relativa, um tambor blindado com uma
capacidade semelhante tem uma variação de custo duas vezes a da queima de
gás de resíduo. Alguns componentes como os sistemas refratários ou de
controle podem variar substancialmente de preço dependendo dos requisitos
de desempenho.
• vácuo;
• pressão diferencial;
• temperatura;
• composição de LFG (metano e conteúdo de 02); e
• posição da válvula.
Inspeção regular deveria ser realizada na usina de coleta de LFG para registrar
o fluxo de gás, a temperatura de chama, as concentrações de combustível e
oxigênio do LFG, temperaturas suportáveis, vezes de funcionamento do motor
e quaisquer outros parâmetros críticos. Só pessoal familiarizado com a
operação do sistema de coleta de LFG deveria realizar a correção de
irregularidades ou ajuste da operação do sistema.
A coleta ativa de LFG precisa estar ligada a outros sistemas ativos no aterro,
como operações de aterramento ativos, coleta de chorume, alinhamento de
linha e sistemas de cobertura finais. O desenho final do aterro precisa levar em
consideração todos os sistemas numa maneira progressiva para assegurar a
interconexão de sistemas e a expansão potencial de aterro progressiva.
Algumas das questões de interconexão e/ou interferência com a coleta de LFG
ativa incluem:
• A conexão do sistema de coleta de LFG ao sistema de coleta de
chorume. A quantidade e qualidade de LFG coletáveis a partir do
sistema de chorume podem ser significativas. Uma válvula precisa ser
instalada no ponto de conexão para permitir ajuste de fluxo e pressão
aplicados sobre o sistema de coleta de chorume. O risco desta conexão
é que se vácuo excessivo for aplicado o oxigênio pode ser puxado para
dentro dos sistemas de coleta de LFG e de chorume.. A intrusão de
oxigênio para dentro de ambos esses sistemas pode ser um perigo tanto
de segurança quanto de operação.
• As operações de aterramento em andamento podem resultar em
intrusão de ar no sistema de coleta de LFG bem como no aterro em si.
Em aterros ativos, precisa-se tomar cuidado para proteger/cobrir os
tubos de coleta de LFG com cobertura adequada de resíduo/ínterim
antes da ativação pra minimizar a intrusão de ar. A intrusão de ar
excessiva diluirá o LFG coletado, reduzindo seu conteúdo de energia, e
pode causar incêndios de aterro. Em locais abertos outro risco é
equipamento pesado danificar tubulação subterrânea exposta ou mal
enterrada.
• A expansão progressiva do campo de coleta de LFG é benéfica ao
aumentar a capacidade de coleta de LFG mas pode interferir com o
alinhamento existente e sistemas de cobertura finais. Após a expansão
do campo de coleta de LFG (instalação de drenos/valas e laterais
associadas), qualquer interrupção da cobertura final precisa ser
reconstruída até sua condição original.
O LFG pode ser classificado em três categorias, com base no nível de pré-
tratamento/processamento antes da utilização. Elas são:
Aquecimento
U
O LFG pode ser usado com tratamento mínimo para alimentar uma fornalha no
aterro ou fora dela, secagem em estufa, ou uma caldeira. Devido ao valor de
aquecimento relativamente baixo, tal equipamento precisa ser desenhado para
operar com o combustível de LFG. O usuário final precisa ter uma demanda
constante e adequada pelo combustível e estar dentro de estreita proximidade
do aterro. O gás é transportado tipicamente a uma instalação vizinha por meio
de uma tubulação apropriada. É necessário desenhar a tubulação de
suprimento para evitar o acúmulo de condensado dentro dos tubos resultante
em possível bloqueio. O LFG bruto pode também ser usado para pequenos
projetos pilotos ou de demonstração, como aquecimento de uma estufa no
aterro.
Embora o uso direto do LFG faça sentido intuitivo, é preciso que um usuário
adequado já exista em estreita proximidade do aterro. Um “usuário adequado”
significa uma aplicação que possua um perfil de usuário de carregamento de
base, o que demonstra uma demanda de combustível adequada e continuada
o ano todo excedendo a oferta disponível no aterro. Requer também o uso de
equipamento que queime o combustível com tempo de retenção e temperatura
adequado para assegurar eficiência apropriada de destruição dos numerosos
componentes gasosos no LFG. Os critérios para determinar a viabilidade e
adequação deste tipo de projeto são discutidos mais a fundo posteriormente
nesta seção.
Caldeira/Turbina de Vapor
U
O LFG de baixo teor pode também ser usado como combustível para caldeiras
para produzir vapor para aquecimento ou geração de eletricidade. Este método
de utilização requer tratamento mínimo porque o LFG potencialmente
danificador não entra em contato com quaisquer peças em movimento em
virtude dos gases estarem contidos dentro de tubos de caldeira, que são mais
fortes.
Micro-turbinas
U
As micro-turbinas podem usar gás de LFG de baixo teor com uma capacidade
de aquecimento tão baixa como 350 Btu/scfm. Elas podem tipicamente
proporcionar até 75 kW de energia elétrica e 85 kW de calor para aplicações
combinadas de calor e energia. Os sistemas de micro-turbinas contêm um
compressor, um recuperador, um combustor, uma turbina e um gerador
magnético permanente, mas requerem um espaço muito pequeno para
operação (Capstone, 2002). A capacidade menor dessas unidades as torna
mais adequadas em aterros mais velhos, menores ou remotos com baixas
taxas de produção de LFG (Environment Canadá, 2002).
Até esta data, as micro-turbinas não se têm provado a opção mais efetiva de
custo para os projetos de LFG de maior tamanho e que geralmente são
considerados aplicáveis para a LAC e o Caribe. Elas são adaptáveis a
pequenas instalações e podem se tornar muito mais apropriadas para
instalações remotas e pequenas, caso o valor da energia elétrica ou CERs
continuar a aumentar os valores da receita que sejam aplicáveis na Europa.
Uma exceção a isto pode ser as aplicações específicas no Caribe onde os
custos da energia elétrica já estão chegando aos da Europa. Com valores de
receita líquida acima de $0.,08 kW/h, os projetos de pequena escala com
micro-turbina ou motores a pistão podem se tornar viáveis.
• Condensadores e resfriadores;
• Esfregadores e filtros;
• Sistemas de reaquecimento;
• Sistemas melhorados de ventilador/compressor para compensar as perdas de
calor; e
• Toda tubulação associada, válvulas, instrumentação e controles.
Motores a pistão que usam LFG de teor médio como combustível são
prontamente disponíveis e podem ser obtidas como unidades modulares ou
dentro de um completo pacote de gerador paralelo. Estão disponíveis em
vários tamanhos com produções elétricas variando de menos de 0,5 MW a
mais de 3,0 MW por unidade. Elas têm um custo de capital comparativamente
baixo por kW e uma maior eficiência do que a maior parte de turbinas a gás e a
natureza modular dos sistemas de motores a pistão proporciona flexibilidade
para maior expansão do que pode ser requerido devido à natureza incerta da
produção de LFG futura. Essas unidades podem ser acrescentadas em
estágios incrementáveis menores do que as turbinas a gás. As desvantagens
desta tecnologia incluem maiores custos de manutenção do que para as
turbinas a gás e uma exigência de pessoal de manutenção especializado. Os
gases de exaustão podem conter alguns produtos de combustão incompleta e
há um alto consumo de óleo lubrificante, o que inclui a necessidade de
provisão de despejo do óleo usado.
A maior parte dos motores a pistão que foram adaptadas para aplicações de
LFG e provadas em uso em numerosos aterros é produzida nos Estados
Unidos e na Europa. Os custos básicos desses itens de equipamento são
geralmente bem conhecidos e bem definidos. O custo de capital desses grupos
de geradores está na faixa entre $600.000 e $800.000 por MW de capacidade
geradora dependendo do tamanho da instalação e da máquina específica que
sejam escolhidas para a aplicação. Tenha cuidado ao usar estes custos porque
eles tipicamente só representam entre 40 a 60% do custo de instalação total
para gerar a energia elétrica e os custos do sistema de coleta de LFG também
são adicionais a este custo.
Turbinas a Gás
U
Há poucas turbinas a gás que têm sido adaptadas com sucesso para
aplicações de LFG. No entanto, o pacote de compressão que precisa preceder
a turbina é a peça de equipamento mais sensível para a confiabilidade eficiente
no longo prazo da instalação. Tipicamente, são os requerimentos para o
estágio de compressão que regerão o nível de processamento de LFG que
será necessário para assegurar custos razoáveis de operação e manutenção
para a instalação.
Dado o número relativamente limitado de aplicações das turbinas que se
espera para a LAC e no Caribe, é altamente recomendado que se obtenha uma
lista de preços específica para aterros grandes no estágio de pré-investimento
para assegurar que esta opção de tecnologia receba uma avaliação justa.
O ciclo combinado usa tanto turbina(s) a gás como turbina(s) a vapor para
produzir eletricidade. Este processo produz uma melhora significativa na
eficiência da conversão elétrica em até mais de 40 por cento e pode ser
realizado pela recuperação e utilização de lixo de alta qualidade a partir de
turbinas a gás numa caldeira de aquecimento de resíduo. O calor do lixo é
então usado para produzir vapor para a turbina a vapor. O uso de calor do lixo
a partir de turbina(s) a gás reduz o volume de LFG requerido para a caldeira.
As usinas de ciclo combinado são geralmente custo efetivas somente no caso
de produção maior do que l0 MW.
Células Combustíveis
U
Remoção de Umidade
U
A absorção usa um líquido com uma alta afinidade com a água. O LFG a ser
absorvido é ou introduzido no fundo de uma coluna de meio absorvente ou o
meio é borrifado na corrente de LFG. A água é removida do gás por meio de
um processo de reações físicas e químicas com o meio absorvente. O êxito
deste processo depende do meio absorvente específico e das características
do LFG.
Remoção de Particulado
U
O dióxido de carbono não tem valor calórico algum e cria um líquido corrosivo
quando combinado com vapor d’água. Ao usar métodos de extração, adsorção
e de separação de membrana, o dióxido de carbono pode ser removido do
LFG, aumentando o valor calorífico do gás e coletando o dióxido de carbono
para outros fins. Alguma tecnologia proprietária existe para remover o dióxido
de carbono usando um solvente, baixas temperaturas e pressão alta. Alguns
processos usam estágios múltiplos de crivos moleculares para adsorver o
dióxido de carbono. Além disso, membranas que são permeáveis apenas para
a fração de dióxido de carbono do LFG podem ser usadas para separar as
importantes frações de LFG. Todas essas tecnologias são caras e tendem a
limitar sua aplicação a projetos de LFGTE a menos que haja um valor de
mercado muito alto para os produtos combustíveis.
Uma análise do custo de ciclo de vida/receita que inclui uma avaliação realista
da disponibilidade de usina em linha para a localização geográfica específica
deveria considerar o seguinte: acesso ao conhecimento técnico requerido,
acesso às peças de substituição requeridas, e o escopo e extensão de peças
de reposição mantidas na instalação. O tempo de produção perdido pode
mudar rápida e dramaticamente a viabilidade econômica de um projeto.
4
A Gestão do LFG e as Políticas, Legislação,
Regulamentação e Mercados de Energia
As políticas sobre energia e a legislação relacionada controlam a capacidade
de Mercado para os produtos da gestão do LFG, tais como as reduções das
emissões ou a energia. Os mercados de energia atuais estão no processo de
desenvolverem políticas relacionadas à redução das emissões que são
aplicáveis diretamente aos projetos LFGTE e os custos exigidos para a
produção de diversos produtos da energia para leva-los para o mercado.
Uma razão importante para que o LFGTE seja uma das oportunidades menos
onerosas na redução de emissões é que a combustão do LFG transforma o
metano em dióxido de carbono. Desse modo, os créditos da redução de
emissões são um resultado natural da coleta e queima ou da utilização do LFG,
porque a medida em que ocorre a combustão do metano, as emissões
equivalentes em dióxido de carbono são diminuídas. A adição do valor
econômico aos créditos da redução de emissões nos projetos de gestão do
LFG fornece: um incentivo positivo para a melhoria no desenho e
funcionamento dos aterros sanitários; uma influência positiva para a melhoria
geral no sistema de gestão do lixo; e contribuiria potencialmente para a
viabilidade do financiamento de um projeto LFGTE que resultaria em projetos
desenvolvidos que de outra forma não seriam considerados viáveis
financeiramente.
4.1 Antecedentes
Tópicos Regulatórios ou de Política Premissa para aplicação de Preocupações Especiais Projeto Potencial -
Questões Regulatórias ou de Insumos Específicos
Políticas para LFG –para-
Projetos de Energia
Energia Elétrica
1 Autoridade Reguladora para a geração de energia elétrica • É crucial identificar o nível • O Artigo 27 da Constituição
para a localização de projeto candidato ou local de governo e a hierarquia do México prevê direitos
da autoridade para a exclusivos ao estado para a
geração de energia elétrica geração de energia elétrica.
(por ex., federal, estadual, Para outros geradores, a
regional ou outra) eletricidade gerada deve ser
• Está a administração da para uso próprio.
regulamentação sob o mesmo • O selo verde pode ser
nível de autoridade obrigatório através de
governamental (por ex., iniciativa governamental
algumas jurisdições podem (ECP 79 no Canadá) que
passar a administração de uma permite a identificação de
regulamentação para um nível geradores certificados de
diferente de governo ou para “energia verde”
uma empresa ou corporação
controlada pelo governo)?
• Existem mecanismos
legislativos que crie
demanda para a geração
alternativa de eletricidade?
2 Autoridade Reguladora para a distribuição de energia • É crucial identificar o nível • Situações de monopólio
elétrica para localização de projeto candidato ou de local de governo e a hierarquia podem
da autoridade para a dificultar/impossibilitar a
geração de energia elétrica transmissão de eletricidade.
(por ex., federal, estadual, Negociações para taxas de
regional ou outra). Observar derivação são possíveis no
que isso pode ser ou não a Brasil.
mesma regula-mentação ou
autoridade como observado
acima para a geração.
• Está a administração da
regulamentação sob o mesmo
nível de autoridade governa-
mental (por ex., algumas
jurisdições podem passar a
administração de uma regula-
mentação para um nível
diferente de governo ou para
uma empresa ou corporação
controlada pelo governo)?
• Quem é responsável pela
construção e manutenção
das linhas de transmissão
para conectar o aterro
sanitário à rede?
• Qual é a atual estrutura de
distribuição do mercado
(desregulamentação,
empresa estatal, etc.)?
Quadro 4.1
LISTA DE VERIFICAÇÕES PARA POLÍTICAS APLICÁVEIS, REGULAMENTAÇÕES
E MERCADOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁIOS PARA
PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
Tópicos Regulatórios ou de Premissa para aplicação de Questões Regulatórias Preocupações Especiais Projeto Potencial -
Política ou de Políticas para LFG –para- Projetos de Insumos Específicos
Energia
3 Autoridade para Emitir Contratos •A regulamentação permite aos produtores •O Mercado de eletricidade
para os Produtores Independentes independentes de energia elétrica ter acesso à desregulado na Argentina dá
de Energia Elétrica (IPPs) rede de distribuição e ao mercado? o mecanismo para os IPP
• São os produtores independentes de energia venderem para o sistema
elétrica bem vindos ou tolerados num país ou elétrico.
região específica? •No México, o Artigo 27 dá ap
estado direitos exclusivos para a
geração, transmissão e
distribuição ao serviço público.
A Comissão Reguladora de
Energia é a entidade que fornece
as autorizações exigidas para os
investidores do setor privado
instalarem ou importarem
energia elétrica.
4 Estabelecimento de Preços para •Quem estabelece os preços para a energia •O contrato de Getlini's
Energia Elétrica no Atacado gerada elétrica? (Latvia) prescreveu como
pelos IPP’s •Como muda o preço da energia elétrica no decorrer resultado de atrasos no projeto,
do tempo? causando problemas
•Existem limites de tempo para contratos que significativos.
podem prejudicar os preços se ocorrerem atrasos
no projeto?
5 Livre Acesso da Energia Elétrica e •É permitido o “livre acesso” (uso das linhas de Caso exista uma situação de
Cobranças pelo Acesso transmissão para transporte de eletricidade gerada)? monopólio, os custos de
•Caso positivo, quem regula isso? transmissão podem ser
•Quem estabelece o preço para o acesso à grade substantivos.
de transmissão distribuição, e o livre acesso às
mesmas?
•Existem quaisquer tarifas associadas com a
geração privada e acesso para a venda de
eletricidade?
•Quem é responsável pelo desenho do sistema
interligado?
Quadro 4.1
LISTA DE VERIFICAÇÕES PARA POLÍTICAS APLICÁVEIS, REGULAMENTAÇÕES
E MERCADOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁIOS PARA
PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
Tópicos Regulatórios ou de Política Premissa para aplicação de Preocupações Especiais Projeto Potencial -
Questões Regulatórias ou de Insumos Específicos
Políticas para LFG –para-
Projetos de Energia
6 Autorizações e Aprovações • Quem as emite? •Tipicamente, isso é uma questão
• Autorização para Construção • Quais são os prazos e custos controlada pelo governo
•Autorização para emissões na atmosfera associados com essa questão?
• Autorizações para funcionamento
7 Reduções na Emissão •As liberações de carbono são •As regulamentações obrigando que a
reguladas e por isso não podem coleta do LFG seja exigida afetaria o
ser vendidas? Existem quaisquer valor do crédito de carbono
regulamentações ou políticas • Os projetos poderiam não
relacionadas com a existência de representar o conceito de
liberação do carbono? “adicionamento” sob essas
•As regulamentações impõem regulamentações
quaisquer restrições sobre a
propriedade, transferência ou
validação das reduções na emissão?
8 Categoria Energia Elétrica Verde ou Energia •Está o conceito de energia •Em alguns casos, o preço da
Renovável renovável ou energia verde energia verde inclui a transferência
embutido em quaisquer políticas ou dos créditos pelas reduções na
regulamentações? emissões para as concessionárias de
•A identificação como “energia energia
verde” permitiria aumento de
preço?
•Existem quaisquer requisitos ou
políticas específicas para a
certificação embutida em
quaisquer políticas ou
regulamentações de energia?
•A lei designa automaticamente
os créditos pela energia
renovável aos geradores ou às
concessionárias ou diretamente
aos consumidores?
8 Contratos de Venda de Energia Elétrica •Existe qualquer contrato padrão •Pode existir potencial para alterar
de venda de energia elétrica que a estrutura de preços da
sejam aplicáveis ao projeto eletricidade com o
potencial? estabelecimento de um sistema de
•Existe adicional de tarifa sobre o eletricidade desregulado (e.g. no
preço da eletricidade? México)
9 Testes nas Emissões •Há algum teste específico •A situação normal é que os custos
embutido em quaisquer políticas para os testes e certificação caiam
ou regulamentações sobre sobre a entidade geradora
energia? Isso podem ser um item
caro e afetar a etapa de
financiamento de qualquer projeto
em desenvolvimento? Referir-se
também ao Quadro 5.1 para as
questões de regulamentação ou
política ambiental.
•Caem os custos para os testes
e a certificação de uma fonte de
energia como verde sobre a
agência certificadora (ou
governo) ou sobre o produtor de
eletricidade?
10 Regulamentações ou Políticas Pendentes •É crucial saber se existem •Podem existir questões relacionadas
qualquer regulamentação ou política com a propriedade do lixo? e.g., é o
pendente nas áreas pertinentes aos município no qual o lixo foi gerado ou
projetos LFG para Energia devido é a entidade na qual está localizada o
às implicações diretas associadas aterro sanitário. A solução dessa
com o fluxo da receita e de questão é muito importante.
propriedade das reduções na
emissão que possa ser gerada por
um projeto.
11 Impostos e Taxas •Imposto federal, estadual ou
municipal se aplica ao projeto?
•O imposto sobre importação ou
outra taxa relacionada se aplica
aos projetos de energia
renovável?
12 Tratamento Tributário /Incentivos/Créditos •Aplica-se qualquer isenção •A disponibilidade de créditos
tributária aos projetos e para as fiscais nos EUA foi o iniciador
tecnologias de geração de primordial para que os projetos
eletricidade mais limpa? LFGTE fossem executados.
•Quais são os impostos • No Canadá, existem créditos fiscais
aplicáveis e as taxas de R&D disponíveis
depreciação para esse tipo de
projeto?
Quadro 4.1
LISTA DE VERIFICAÇÕES PARA POLÍTICAS APLICÁVEIS, REGULAMENTAÇÕES E MERCADOS.
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁIOS PARA PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
Tópicos Regulatórios ou de Premissa para aplicação de Questões Regulatórias ou Preocupações Especiais Projeto Potencial -
Política de Políticas para LFG –para- Projetos de Energia Insumos Específicos
Há potencial para influenciar a promulgação da
legislação?
•Existem incentives fiscais para o trabalho de R&D
para a geração de energia elétrica verde?
13 Projetos de Energia Sustentável •Há legislação que apóie as iniciativas para se
desenvolver projetos de energia renovável?
14 Aprovações e Cobranças pela •As aprovações e cobranças pela interligação
Interligação podem ser um item significativo com relação ao
custo e cronograma para se desenvolver um projeto
potencial. Quais sãos os requisitos e custos para se obter
esse acesso ao mercado?
•Quais são os requisitos ou restrições técnicas para
se ligar à rede (voltagem, corrente, etc.)?
Quadro 4.1
LISTA DE VERIFICAÇÕES PARA POLÍTICAS APLICÁVEIS, REGULAMENTAÇÕES E MERCADOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁIOS PARA PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
Tópicos Regulatórios ou de Política Premissa para aplicação de Questões Preocupações Especiais Projeto Potencial -
Regulatórias ou de Políticas para LFG –para- Insumos Específicos
Projetos de Energia
21 Contato de Venda de Combustível •Existe qualquer contrato padrão de venda de
combustível que seja aplicável ao projeto em
potencial?
•Os adicionais sobre a tarifa para os
consumidores existem?
22 Regulamentações ou Políticas • É crucial saber se existem regulamentações
Pendentes ou políticas pendentes nas áreas pertinentes
aos projetos LFG para Energia. Podem haver
implicações diretas associadas com os fluxos de
receita da redução nas emissões e sobre a
propriedade de quaisquer reduções na emissão
geradas por um projeto.
23 Impostos e Taxas •Aplica-se aos projetos imposto federal ou
estadual sobre vendas?
24 Tratamento Tributário, Incentivos e •Aplicam-se quaisquer incentives ou créditos
Créditos fiscais na qualificação de projetos e para
tecnologias para queima mais limpa de
combustível biogás?
•Quais os impostos e taxas de depreciação
aplicáveis para esse tipo de projeto?
•Existem incentives fiscais para trabalho de
R&D relacionados aos projetos de energia
renovável?
25 Projetos de Energia Sustentável •Há legislação que apóie as iniciativas de
desenvolvimento de projetos de energia
sustentável?
Quadro 4.1
LISTA DE VERIFICAÇÕES PARA POLÍTICAS APLICÁVEIS, REGULAMENTAÇÕES
E MERCADOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁIOS PARA
PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
Tópicos Regulatórios ou de Política Premissa para aplicação de Questões Preocupações Especiais Projeto Potencial -
Regulatórias ou de Políticas para LFG –para- Insumos Específicos
Projetos de Energia
21 Contratos de Venda de Combustível •Existe qualquer contrato padrão de venda de
combustível que seja aplicável ao projeto em
potencial?
•Existe ágio na tarifa cobrada aos
consumidores?
22 Regulamentações ou Políticas • É crucial saber se existem regulamentações
Pendentes ou políticas pendentes nas áreas pertinentes
aos projetos LFG-para-Energia. Podem haver
implicações diretas associadas com a receita pela
redução nas emissões e à propriedade de qualquer
redução nas emissões geradas por um projeto.
23 Impostos e Taxas • Aplica-se aos projetos imposto federal ou
estadual sobre vendas?
24 Tratamento Tributário, Incentivos e •Aplica-se qualquer incentivo ou crédito fiscal
Créditos aos projetos qualificados e para tecnologias
para queima mais limpa do biogás?
•Quais são os impostos e as taxas de
depreciação aplicáveis a esse tipo de projeto?
•Existe incentivo fiscal para o trabalho de R&D
para projetos de energia renovável?
25 Projetos Sustentáveis de Energia •Há legislação de suporte para as iniciativas
de desenvolvimento de projetos sustentáveis
de energia?
Quadro 4.1
LISTA DE VERIFICAÇÕES PARA POLÍTICAS APLICÁVEIS, REGULAMENTAÇÕES
E MERCADOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁIOS PARA
PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
Tópicos Regulatórios ou de Política Premissa para aplicação de Questões Preocupações Especiais Projeto Potencial -
Regulatórias ou de Políticas para LFG –para- Insumos Específicos
Projetos de Energia
Outras Questões de Mercado,
1 Restrições sobre a propriedade de •Existem limitações sobre quem retém a •A legislação mexicana tem
projetos propriedade dos projetos? atualmente restrições sobre a
propriedade
2 Requisitos da representação no país •O Protocolo de Quioto estipula que a
do MDL representação no país do MDL participe em
qualquer transferência internacional de créditos
pela redução nas emissões.
•Que níveis de taxas estão envolvidos?
•Quais as aprovações exigidas?
Quadro 4.1
LISTA DE VERIFICAÇÕES PARA POLÍTICAS APLICÁVEIS, REGULAMENTAÇÕES E MERCADOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁIOS PARA PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
Tópicos Regulatórios ou de Política Premissa para aplicação de Questões Preocupações Especiais Projeto Potencial -
Regulatórias ou de Políticas para LFG –para- Insumos Específicos
Projetos de Energia
Outras Questões de Mercado
1 Restrições sobre a propriedade nos •Existem limitações sobre quem pode reter a •Atualmente, a legislação
projetos propriedade do projeto? mexicana tem restrições.
2 Requisitos do escritório no país •O Protocolo de Quioto estipula que o escritório no
relacionados com MDL país relacionado com MDL participe em qualquer
transferência internacional de créditos pela redução
na emissão.
•Quais são os níveis das taxas envolvidas?
•Quais as aprovações que são exigidas?
4.2 Denominações de Energia Verde, Adequação de GHG e
Reduções Aceleradas de Impostos.
A legislação nacional para se estabelecer a adequação dos mercados de GHG está em
elaboração em diversos países, incluindo o Reino Unido, a Dinamarca, a Holanda,
Canadá, França, Austrália e Nova Zelândia. Por exemplo, o Canadá aprovou uma
legislação recentemente intitulada ECP-79 que pretende melhorar o potencial dos
investimentos em projetos de eletricidade renovável de baixo impacto, incluindo
projetos LFG. A legislação especifica os tipos de projetos que terão autorização para
utilizar o a certificação Ecólogo, com a qual pretende-se permitir que a energia seja
denominada “verde” e, assim, ser comercializada a um preço mais alto para os
consumidores. Uma cópia da ECP-79 é fornecida como documento de referência no
Apêndice B, sendo a legislação discutida mais detalhadamente na Seção 5.2.
O reconhecimento da energia gerada pelo LFG como “verde” pode dar a oportunidade
para se cobrar dos consumidores um preço maior, assumindo-se que haja desejo e
capacidade de pagamento pelas tarifas aumentadas pelos consumidores.
Uma estratégia bem diferente está sendo usada no Brasil onde os distribuidores de
energia elétrica de fontes alternativas estão negociando preços diferenciados.
Especificamente, os preços normativos estão listados no Quadro 4.2, além de
demonstrarem os preços relativos para a eletricidade produzida através da utilização de
mecanismos de geração diferentes. Isso é uma estratégia alternativa (ao apoio no desejo
dos consumidores em pagar) para incentivar mecanismos específicos de geração de
eletricidade.
O governo federal no Brasil criou o PRONFA, o qual foi estruturado para incentivar a
geração de energia verde. Dentro desse programa, a ELETROBRAS, um consórcio de
grandes geradoras no Brasil, garante a compra da eletricidade produzida por pequenos
produtores verdes por um prazo de até 15 anos.
Além disso, as taxas de interligação com a rede elétrica estão sendo reduzidas
para a energia verde que inclui os projetos LFGTE para aproximadamente 50%
do valor cobrado pelas formas tradicionais de energia. Essas medidas são
positivas, mas o preço oferecido aos projetos LFG, os quais seriam
provavelmente tratados como projetos de Biomassa. O preço da receita
especificado no Quadro 4.2 é por si só inadequado para incentivar projetos
LFG sem alguma outra forma suplementação de receita tais como os CERs.
Com a desregulamentação futura, é provável que a estrutura observada acima
seja alterada.
4.3 Legislação
LFGTE
Dada a situação acima, uma série de questões são muito relevantes para o
potencial de utilização dos projetos LFGTE:
A LEGISLAÇÃO NO MÉXICO
Do carvão: 45 $/Mwh
Do óleo diesel: 50 $/Mwh
De geotécnica: 55 $/Mwh
De fontes combinadas: 30 $/Mwh
5
Políticas, Legislação e Regulamentação
Ambientais e de Manejo de Lixo.
O Protocolo de Quioto clama pela criação de créditos pela redução dos GHG
somente nos casos onde a ação for voluntária. Portanto, ao se acessar o
potencial de um projeto de manejo de LFG é essencial que haja consciência de
todas as regulamentações ambientais existentes e futuras que podem afetar
potencialmente a viabilidade do projeto como uma ação voluntária. O
desenvolvimento de regulamentações ambientais mais rígidas poderia eliminar
o potencial para a criação e venda dos créditos pela redução nas emissões de
GHG caso não sejam consideradas cuidadosamente.
Questão Regulatória ou de Discussão & Premissa para aplicação nas Questões Preocupações Especiais Insumos Específicos
Política Regulatórias ou de Políticas para os Projetos LFG para para o Projeto em
Energia Potencial
Manejo de Lixo
1 Autoridade Regulatória sobre o •Quais os níveis de governo têm jurisdição sobre o Brasil
Manejo de Lixo para a manejo de resíduos sólidos? •A exigência de uma avaliação
localização de um projeto ambiental e da licença de
proposto ou local candidato funcionamento está sob controle
nacional
•A aprovação das instalações é
controlada por regulamentações
estaduais
Argentina
•O Pacto Federal sobre o Meio
Ambiente (COFEMA) define as
regulamentações
•Regras municipais e estaduais
específicas têm o suporte das
regulamentações nacionais.
2 Autorizações e Aprovações •Quem as emite? Canadá
•Quais são os prazos e os custos para se obter as •Autorizações regulamentadas
mesmas? provincialmente
EUA
•EPA dos EUA, a subseção D delineia
os controles do aterro sanitário e os
governos estaduais emitem as
autorizações.
Brasil
•Regulamentações nacionais
•Aprovações e autorizações emitidas
pelo órgão estadual de meio-ambiente
•Leva aproximadamente 4 meses
Argentina
•Sistemas Provinciais de Saúde
(SIPROSA) criados pela Lei 5.652, de
26 de setembro de 1984.
QUADRO 5.1
LISTA DE VERIFICAÇÕES APLICÁVEIS NAS POLÍTICAS, LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÕES AMBIENTAIS E PARA O MANEJO DE LIXO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
Questão Regulatória ou de Discussão & Premissa para aplicação nas Questões Preocupações Especiais Insumos Específicos
Política Regulatórias ou de Políticas para os Projetos LFG para para o Projeto em
Energia Potencial
3 Exigência de Consulta Pública • É exigida consulta pública ou envolvimento Canadá
relacionado para satisfazer o processo de revisão •Autorizações são regulamentadas
ambiental? Se for, as implicações de tempo e custos provincialmente
precisam ser identificadas.
4 Propriedade do Local do Aterro •A quem pertence o local em perspectiva e, portanto, o Brasil
Sanitário recurso LFG? •Pode ser o município gerador ou o
município onde o aterro sanitário estiver
localizado
5 Padrões e Requisitos de •Quais são os requisitos de desenho para os aterros Brasil
Desenho e Funcionamento dos sanitários que possam influenciar as características da •Exigência de EIA Resolução do
Aterros Sanitários geração e do recurso LFG? CONAMA No. 001 de 23 de janeiro de
•Por exemplo, a natureza do sistema de cobertura afeta 1986
tanto a taxa de geração de gás como influencia a Argentina
capacidade para capturar efetivamente o LFG. •Lei 5652, 26 de setembro de 1984
•Interferirá o projeto de utilização do LFG com a •Lei 7076, 26 de setembro de 2000
recuperação do local do aterro sanitário e o seu uso final
pretendido?
6 Exigências para Despejo de •Existem obstáculos sobre o tipo de lixo que pode Brasil
Lixo ir para o aterro sanitário, tais como específicos •Órgão estadual do meio ambiente
materiais orgânicos e inorgânicos? regs.
Argentina
•Lei 7076, 26 de setembro de 2000
QUADRO 5.1
LISTA DE VERIFICAÇÕES APLICÁVEIS NAS POLÍTICAS, LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÕES AMBIENTAIS E PARA O MANEJO DE LIXO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
Questão Regulatória ou de Discussão & Premissa para aplicação nas Questões Preocupações Especiais Insumos Específicos
Política Regulatórias ou de Políticas para os Projetos LFG para para o Projeto em
Energia Potencial
7 Regulamentações ou Políticas •Existem alterações legislativas ou de políticas previstas
Pendentes que mudem drasticamente a composição do lixo
vindouro? Esse item pode ser crucial em relação à
valorização de qualquer redução potencial nas emissões
para o projeto em potencial.
Qualidade di Ar
A consulta pública pode ser exigida como parte do processo para a obtenção
das autorizações e aprovações para um projeto de manejo de LFG. É
importante identificar esse requisito devido o tempo e os custos envolvidos na
realização de um processo de consulta pública.
É crucial ter uma compreensão clara do desenho atual e futuro e dos padrões de
funcionamento para o aterro sanitário porque os mesmos podem ter de diversas
maneiras um efeito negativo sobre um projeto potencial de manejo do LFG.
Além disso, a legislação que influencie no tipo de lixo a ser permitido no aterro pode ter
efeitos negativos sobre o projeto de manejo do LFG caso haja ênfase na remoção de
material orgânico do fluxo de resíduos. Isso porque o LFG é gerado pela fração
orgânica do lixo em decomposição. As projeções futuras para o preenchimento do aterro
são um componente significativo para as projeções de geração do LFG e, desse modo,
estão diretamente ligadas ao valor desse recurso e à justificativa econômica necessária
para apoiar o projeto.
É importante não somente ter uma boa compreensão das regulamentações e políticas
atuais regendo o desenho e o funcionamento do aterro, mas também ter consciência da
legislação futura que poderia afetar a viabilidade de um projeto de manejo do LFG. A
vida útil normal desses projetos (10 a 20+ anos), particularmente dos projetos LFGTE,
torna-os vulneráveis à introdução de leis futuras especialmente em relação ao
estabelecimento de reduções nas emissões de GHG voluntárias.
Redução do Lixo
U
Como observado acima, haverá lixo residual que necessitará ser manejado e processado.
Os projetos de manejo do LFG são completamente compatíveis com o movimento
progressivo da política de manejo de lixo integrada e sustentável. Reconhecer que uma
grande parte do LFG que será gerado nos próximos 20 anos é resultado do que já é
depositado nos aterros sanitários valida a premissa de que os projeto de gestão do LFG
deveria ser um elemento chave em qualquer estratégia. Embora seja importante coletar
o LFG, ela é uma atividade secundária além do despejo do lixo no aterro. Daí, existe a
necessidade de integrar o sistema de coleta de gás com as atividades do aterro.
Sustentação
U
determinar que o projeto tenha sido considerado como válido. Essa validação é
enviada para a EB através da apresentação de um relatório de validação, uma
solicitação de registro e da taxa de registro, a menos que uma das Partes ou
três membros da EB requeira uma revisão. Caso a revisão for requerida, deve
ser tratada dentro de duas reuniões do COP/MOP (aproximadamente seis
meses).
verificar as reduções nas emissões alcançadas pelo projeto. Isso poderá incluir
visitas ao local, uma revisão dos registros de desempenho, entrevistas com os
participantes do projeto e interessados locais, coleta de mensurações,
manutenção das práticas estabelecidas, além de testes de exatidão do
equipamento de monitoramento para assegurar a validade das reduções nas
emissões e das metodologias usadas para calcula-las. Os resultados da
verificação serão disponibilizados tanto para o público em geral como para a
EB no formato de um relatório de verificação.
não ser que uma das Parte dos PP ou, pelo menos, três membros da EB
solicitem uma revisão, Se for solicitada uma revisão, ela deverá ser realizada
dentro de 30 dias após a sua solicitação e a decisão deverá ser conhecida
pelos PP e pelo público. Sob instruções da EB, o administrador de registro de
MDL emitirá a quantidade de CERs especificada na conta pendente da EB no
registro de MDL. O número de CERs exigido para cobrir os custos das
despesas e auxiliar atingir os custos de adaptação serão lançados nas contas
de gestão de MDL apropriadas. O saldo dos CERs será lançado nas contas do
PP de acordo com a sua solicitação.
Uma vez validado e registrado o projeto com o MDL, precisa-se então ser
verificado que os procedimentos de monitoramento estabelecidos no PDD são
seguidos de forma exata e os dados coletados desses procedimentos são
exatos. Os dados reais coletados devem também ter uma referência cruzada
pelas premissas feitas para calcular as ERs estimadas resultantes da atividade
do projeto para testar a exatidão e para ajustar qualquer premissa que tenha se
demonstrado incorreta. Esse processo é realizado pelas DOEs e acontece
periodicamente durante a vida do projeto.
Ainda que a verificação seja simples, como observado acima, para os projetos
de gestão do LFG, o processo de validação precisa ainda satisfazer todos os
requisitos para alcançar o CER ou o reconhecimento de situação semelhante.
Para estabelecer a base de referência e o adicionamento das reduções nas
emissões para cada projeto potencial, é crucial a compreensão do recurso
LFG. É importante que as partes interessadas na realização de um projeto de
redução nas emissões avalie cuidadosamente o local proposto para o aterro
sanitário e compreenda as sensibilidades do local e como isso afetará o
sucesso final do projeto. Com relação às emissões de metano, preocupações
de segurança e social devem ser analisadas além dos benefícios potenciais do
projeto avaliado a partir dessa perspectiva. É também importante considerar
como o projeto de gestão do LFG afetará as operações de preenchimento do
aterro, já que esse é o objetivo primordial da existência do aterro sanitário.
O Modelo Scholl Canyon, explicado na Seção 2.2, pode ser usado para
desenvolver estimativas de produção do metano durante a vida útil do aterro
sanitário como apresentado na Seção 8.0. O metano produzido pelo aterro
sanitário desde o início das atividades do aterro sanitário até quando não
houver mais LFG suficiente a ser coletado seria proposto como representando
a “atividade normal” ou condição de referência para um projeto potencial de
redução nas emissões. A condição de referência do projeto para se calcular a
redução na emissão poderá ser influenciada por medidas de controle de LFG
pré-existentes no aterro sanitário ou pelos requisitos para qualquer autorização
de funcionamento que poderá ser relacionado especificamente ao controle do
LFG.
Nos projetos onde houver diversas partes contribuindo com o projeto (por ex,,
lixo é produzido em um município enquanto que o aterro está localizado em
outro), é importante estabelecer a propriedade inequívoca dos créditos, já que
representam um bem vendável. Outras preocupações com o estabelecimento
das reduções nas emissões que influem o processo de validação são a
situação de evolução do processo do ciclo MDL e o desenvolvimento dos
critérios de regulamentação no país anfitrião.
• Carboncredits.nl, carboncredits.nl;
• Fundo Fiduciário de Carbono, www.thecarbontrust.co.uk; e
A LoE é escrita pelo país anfitrião do projeto (País Anfitrião) para o Banco
Mundial que atua como Curador para o FPC (Curador). A LoE é um endosso
unilateral do País Anfitrião do Projeto e normalmente é procurado pelo FPC
quando um projeto potencialmente viável é identificado. O propósito da LoE é
minimizar o risco para o FPC que um País Anfitrião possa mais tarde
determinar que o projeto não está alinhado com os seus critérios de
sustentação e (ou por outras razões) se recusar a emitir uma LoA. Nos casos
em que o LoA já tiver sido dada or estiver disponível num curto espaço de
tempo, O Curador pode dispensar a exigência de uma LoE.
A LoI é o primeiro documento escrito assinado entre a Entidade do Projeto e o
Curador.
A LoA é uma carta formal do País Anfitrião em que ele concede a aprovação
formal do projeto dentro dos propósitos do Artigo 12 do Protocolo de Quioto.
Umas exigência mais importantes da LoA é a confirmação de que o projeto
contribui para o desenvolvimento sustentável do País Anfitrião. A LoA é
exigida pelo Protocolo de Quioto e é, desse modo, essencial para a aceitação
do projeto pelo UNFCCC.
A prioridade do vendedor de CERs, por outro lado, desejará o preço mais alto
possível pelos créditos das emissões a serem compradas. Algumas
considerações sobre uma oferta auxiliarão a minimizar os riscos e aprimorar o
esforço mercadológico potencial das reduções nas emissões incluem:
• quantidade e preço;
7
Os Fatores de Risco Relacionados aos Aspectos
Ambientais, Financeiros e de Manejo de Recursos dos
Projetos de Gestão do LFG.
A tecnologia LFGTE está comprovada e tem potencial real para os locais nos
quais a geração, o Mercado, a legislação e as condições de investimento são
indutoras para o desenvolvimento de um local específico para o LFG.
Entretanto, as regulamentações e as políticas relacionadas com a utilização do
LFG ainda estão em fase de desenvolvimento na LAC, ainda que essas
políticas e regulamentações tenham o potencial para serem moldadas a favor
do desenvolvimento de tais projetos, a situação atual de incerteza deles
representa um risco e uma preocupação para empreendedores potenciais e
para as instituições de financiamento. Com o desenvolvimento potencial futuro
de um mercado internacional de carbono, há também uma oportunidade para
aprimorar mais o retorno so investimento em projetos LFGTE para aumentar a
probabilidade de que se tornem uma realidade na LAC.
Alguns dos riscos ou algumas das incertezas podem ser mitigadas com os
dados do teste de bombeamento em conjunção com o modelo LFG para
demonstrar a qualidade e as quantidades atuais auxiliando a refinar os insumos
parâmetros para o modelo. Entretanto, isso não mitiga todos os riscos já que
os testes de bombeamento podem somente indicar os recursos para o período
de realização do teste de campo, não podendo fornecer indicação alguma
sobre o recurso de gás futuro. Tipicamente, para se obter o financiamento para
um projeto de utilização, uma empresa privada exigirá um nível de segurança
razoável em que os modelos de taxa de produção e coleta de LFG sejam
representativos das condições reais.
Quantificar esse fator de risco ou qualquer dos demais é difícil e não há uma
resposta ou formula simples que possa ser utilizada. O princípio básico que
quanto maior for o percentual de recuperação do LFG assumido, maior serão
os riscos inerentes do projeto. Isso é evidente em si, mas não é fácil quantificar
e precisa ser feito baseado especificamente no projeto.
Uma outra fonte de risco com projeto LFGTE é o equipamento utilizado para
coletar e gerir o LFG e o seu funcionamento. As tecnologias para coletar e
utilizar o combustível LFG são, em geral, bem desenvolvidas e confiáveis. Não
é a tecnologia ou o equipamento que colocam o projeto em risco, mas sim, as
condições específicas do aterro que podem limitar a aplicação e/ou a eficácia
das tecnologias já comprovadas.
Todo o LFG que estiver sendo gerado dentro do lixo não pode ser coletado.
Um sistema coletor de LFG bem desenhado e operado pode coletar
normalmente 75 por cento ou mais da quantidade total de LFG que é gerado.
Na subseção anterior, foi observado que a quantidade de LFG gerada é só
estimativa, e ela só é boa na medida em que os dados disponíveis e a
aplicação da avaliação do modelo do LFG também o forem.
Expandir e manter um dreno coletor de LFG no campo para coletar gás é uma
responsabilidade que precisa ser definida claramente para proteger e
assegurar os fluxos de receitas para qualquer projeto LFGTE. A maioria dos
projetos LFGTE tem uma vida útil potencial acima de 20 anos e ao se preservar
esse ativo de longo prazo pode auxiliar em assegurar a
viabilidade/oportunidade financeira para gerar um retorno apropriado para o
investimento.
Existem alguns princípios e questões muito básicas que precisam ser sempre
questionadas e cuidadas na etapa de pré-investimento que leve a um projeto
de gestão do LFG bem sucedido. No final da etapa de pré-investimento, o que
se segue deve ser compreendido e quantificado claramente:
OBSERVAÇÃO: EXISTEM MARCOS E REQUISITOS ESPECÍFICOS NO PROCESSO MDL
QUE PRECISAM SER COORDENADOS JUNTO COM O DESENVOLVIMENTO GERAL DO PROJETO.
Figura 8.1a
FLUXOGRAMA DO CICLO DE ATIVIDADE DO PROJETO LFG
ETAPA DE PRÉ-INVESTIMENTO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DO GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDAL
Figura 8.1B
FLUXOGRAMA DO CICLO DE ATIVIDADE DO PROJETO LFG
ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DO GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDAL
Figura 8.1C
FLUXOGRAMA DO CICLO DE ATIVIDADE DO PROJETO LFG
ETAPA DE IMPLEMENTAÇÃO, COMISSIONAMENTO E OPERAÇÃO DO PROJETO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DO GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDAL
(i) O recurso LFG precisa ser estimado e as análises de sensibilidade
concluídas para as quantidades de gás presente e futura que podem ser
geradas e recuperáveis no aterro proposto. Isso inclui a quantificação de
quaisquer riscos ou incertezas que possam afetar as quantidades de gás
recuperáveis;
(iii) A equipe do projeto precisa ser estabelecida com a compreensão total das
áreas de responsabilidade e responsabilização;
(iv) O desenho conceitual precisa estar concluído num nível que permita
adequar as estimativas de custo tanto para o capital como para os custos
operacionais para apoiarem as negociações para os fluxos de financiamento e
de receita; e
Para facilitar o processo de seleção inicial, uma planilha modelo simples foi
fornecida para auxiliar na etapa de avaliação inicial do recurso. Essa planilha
baseia-se no Modelo Scholl Canyon escrito na seção 2.2. O Quadro 8.2 é um
quadro de dados de insumo que pode ser usada para elaborar a informação
sobre a quantidade de lixo a ser usada na modelagem da geração do. O
quadro exige estimativas das quantidades de lixo expressa em toneladas
métricas para cada um dos anos em que o aterro estiver em funcionamento e
para as projeções futuras de depósito de lixo. Para alguns locais, isso pode ser
um simples exercício, mas para outros que têm dados limitados, isso poderá
exigir algum esforço e premissas para desenvolver o campo de insumos
necessário. Para esses locais com pouco ou nenhum dado, a estimativa da
quantidade de lixo pode ser difícil. Normalmente, sabe-se o ano em que o
aterro foi inaugurado, mas freqüentemente as quantidades anuais de lixo
depositado não estão disponíveis sobre parte ou toda a história do local.
Assumindo-se que há um plano de aterro válido e limites definidos par o
despejo do lixo, poderá ser possível estimar o volume de lixo no local com base
nos dados históricos e atuais para a determinação do volume de ar que fica no
aterro. Então, é necessário converter esse volume em densidade aproximada
do lixo baseado numa compreensão dos equipamentos e das práticas de aterro
utilizadas.
QUADRO 8.2
QUADRO DOS DADOS DE INSUMO DE UM LOCAL CANDIDATO – DESENVOLVIMENTO DE PROJETO POTENCIAL DE LFG
MANUAL PARA A PREPAÇÃO DE GÁS DE ATERRO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
Parâmetros Modelos
Dados do Gás
Densidade do CH4 (STP 0.72 kg/m3
Densidade do CO2 (STP 1.97 kg/m3
Valor Energético 18.63 MJ/m3
500 Btu/ft3
As densidades do lixo num aterro sanitário pode variar de menos de 500kg /m3 a mais de 1000 kg/ m3 e devem ser designadas com
base no conhecimento das condições específicas do local, incluindo a geometria do aterro. Com freqüência, é uma boa prática a
verificação cruzada da quantidade estimada em relação as estimativas industriais de geração de lixo per capita para a área geográfica
onde estiver localizado o aterro. O fator de risco das projeções das quantidades de LFG gerado depende da confiança sobre a massa
de lixo depositada. Designar as quantidades disponíveis e projetadas de lixo é um passo crucial já que são essas quantidades que
representam o potencial do recurso. Qualquer análise de sensibilidade deveria ser desenvolvida com o conhecimento da gama
potencial de matéria orgânica a ser decomposta dentro do aterro proposto.
Caso haja uma parte do aterro, o qual é sabido conter lixo não orgânico e, portanto, não decomposto (não contribui na geração de gás
tal como entulho de tijolo ou concreto), pode-se aplicar um fator de redução nas quantidades de lixo que é usada como insumo no
Quadro 8.2 para o percentual de lixo inorgânico presente. Só é recomendado fazer uma redução direta para o lixo inorgânico se
existirem registros que documentem essas quantidades. Deve-se reconhecer que o exercício de modelagem aplicado é empírico por
natureza. Se designado corretamente, os parâmetros modelo têm a intenção de reconhecer que somente uma parte da quantidade
total de lixo é orgânica. O parâmetro Lo leva esse fator em consideração. O parâmetro Lo normalmente está na faixa de 170 m3/ton de
lixo, assumindo-se um conteúdo médio de umidade de 25 por cento. De fato, esse é um valor médio devido o lixo inorgânico que não
se decompõe não geraria gás LFG e uma tonelada de matéria orgânica que possa ser totalmente decomposta teria um Lo
aproximando-se a 400 m3/ton.
É importante que qualquer análise de pré-viabilidade para um projeto em perspectiva dê muita atenção para a avaliação do recurso
LFG. Todos os cálculos subseqüentes, as quantidades retiradas e as projeções financeiras basear-se-ão nessa estimativa e, por isso,
merece uma atenção e compreensão estrita.
Após a conclusão do quadro da quantidade de insumo, a modelagem da geração de LFG pode utilizar, assim, os dados para gerar as
curvas de geração de gás específicas para o local. O Quadro 8.2 utiliza os dados compilados e calcula as taxas anuais de geração de
LFG para cada ano da vida útil de geração do local proposto. A Figura 8.2 apresenta os dados de geração do LFG num formato de
gráfico para facilitar a interpretação e auxiliar no dimensionamento da instalação de coleta e de utilização do LFG. A Figura 8.2
apresenta uma análise de sensibilidade potencial para a geração de LFG que pode, assim, ser usada para designar os parâmetros de
desenho do projeto e das metas de coleta de LFG. A FigurA 8.3 utiliza as curves produzidas na Figura 8.2 e designa uma quantidade
potencialmente recuperável de LFG num número que demonstra também o fluxo aproximado de LFG típico necessário para a geração
de energia elétrica (em incrementos de 1 MW).
Figura 8.2
GRÁFICO DA GERAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
A seleção de uma constante k e um parâmetro Lo específico para o local para a
modelagem em computador requer alguma compreensão das características do local e
do lixo. No exemplo específico dado, assumiu-se o seguinte:
• uma analise de sensibilidade deveria usar tanto os valores menores como maiores
para Lo e k no desenvolvimento de uma análise da geração potencial de LFG. A curva
LFG gerada será usada como base para todas as discussões posteriores relativas às
etapas de pré-viabilidade e de desenvolvimento detalhada.
As curvas usadas na Figura 8.3 para a análise subseqüente são baseadas nos fluxos
médios de gás da análise de sensibilidade e uma taxa de recuperação do LFG
assumida de 75 por cento.
• curvas positivas de toda a tubulação para permitir que o condensado gerado pelo
LFG drene da tubulação para impedir que o líquido bloqueie o fluxo de LFG na
tubulação;
•vácuo aplicado disponível para dreno individual de gás ou para as camadas não
deveria exceder a 20 polegadas de coluna d’água; e
• os sistemas de tubulação deveriam ser selecionados para fluxo alto, velocidade baixa
e minimizar as perdas por atrito no sistema.
QUADRO 8.3
LISTA DE VERIFICAÇÕES E PROJEÇÕES DE CUSTOS
SISTEMA DE COLETA DE LFG EM ATERROS CANDIDATOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
Utilização do LFG
<1 MW NA Tipicamente, esses aterros não
são viáveis para utilização caso
tenham que pagar pelo custo de
coleta do LFG
Poderia ser considerado caso o
custo ativo da coleta de gás
não for incluído
Os dados acima dão alguma orientação relacionada aos custos O&M para uma
usina. Os custos para uma usina de combustível direto precisam ser
desenvolvidos caso a caso, mas alguns princípios básicos se aplicam. Os
custos fornecidos nessa serão não incluíram provisão alguma para os custos
administrativos que serão discutidos no contexto das condições específicas de
mercado.
No Quadro 8.6 foi incluído com todos os dados de insumo necessários na parte
superior da planilha, além de células de insumo sombreadas para facilitar a
entrada dos insumos de um projeto proposto. Uma série de parâmetros pré-
estabelecidos também foi sugerida com uma explicação do insumo fornecidos
no disco de computador. Ao se mover o cursor sobre a célula de insumo
revela-se essas explicações, além dos insumos sugeridos. Os valores
fornecidos nas células de insumo são usados para calcular os diversos fluxos
de caixa mostrados no canto esquerdo do quadro. Esses valores são
projetados assumindo-se um prazo de 20 anos para o projeto e são utilizados
para avaliar a viabilidade econômica preliminar do projeto.
Custo de Capital
O custo de capital refere-se aos custos calculados com o uso do Quadro 8.3 e
do Quadro 8.4 para os sistemas de coleta e de utilização do LFG,
respectivamente.
Premissas
Quanto mais próximo o elo que o proprietário do recurso LFG tiver com o
projeto, maior a probabilidade do projeto se tornar viável. O proprietário do local
do aterro sanitário e do recurso LFG combustível tem a perspectiva mais
simples e mais fácil para o desenvolvimento de um projeto de LFG. Contudo,
com freqüência o proprietário do local do aterro é uma entidade pública com
pouca ou nenhuma capacidade para agir como um empreendedor do recurso
LFG. A especialização e os recursos para desenvolver um projeto de gestão do
LFG, particularmente um projeto LFGTE, estão além da capacidade,
especialização e experiência de uma empresa de manejo de resíduos
municipal ou estadual. Essa é uma das razões primordiais pela qual os projetos
potenciais permanecem, ainda, sem desenvolvimento. Em muitas jurisdições
na LAC, o reconhecimento do valor potencial inerente das reduções nas
emissões de GHG pode fazer do cálculo econômico para uso do recurso LFG
uma realidade futura. Uma das principais exigências para as reduções nas
emissões de GHG para darem um insumo benéfico a esses projetos é a
titulação clara e a validação dos CERs. A maneira específica na qual um
projeto é desenvolvido e como são validadas e transferidas as reduções nas
emissões são cruciais para o sucesso de um projeto.
• um acordo para a validação dos CERs com a definição clara sobre o título das
reduções nas emissões;
Nos casos em que isso for uma opção, deveria ser explorada e, quase
certamente, terá o melhor retorno sobre o investimento com o risco menor se
houver mercado adequado disponível e preparado para executar acordos de
longo prazo para o uso do combustível. Isso presume que o perfil de utilização
do combustível seja compatível com a geração de LFG no Aterro e que o
Mercado esteja sempre disponível para receber o LFG.
Empreendedor
O esboço geral do Manual foi desenvolvido de forma que possa ser usado
como uma descrição preliminar e um índice de matérias dos principais
elementos do plano de negócio em apoio ao projeto. As diversas ferramentas e
quadros fornecidos podem ser usados como planilhas para se colocar as
informações básicas necessárias para concluir o plano de negócio preliminar.
Uma outra consideração que precisa ser feita quando o aterro sanitário é
aberto ao público é a da segurança. Os drenos de extração no sistema de
coleta do LFG seriam visíveis e acessíveis a qualquer um na massa de lixo.
Uma outra consideração que deve ser feita quando o aterro sanitário for aberto
ao público é a de segurança. No interesse de preservação de um sistema de
coleta de LFG bem mantido e em funcionamento, a proteção de indivíduos
presentes sobre a massa de lixo e a manutenção de uma relação congruente
entre os proprietários da instalação de utilização e os catadores de lixo, é
importante que as bocas dos drenos sejam seguras contra vandalismos e
invasões. Considerações devem ser feitas com relação ao desenho escolhido
da boca de dreno e os equipamentos de cobertura e de fechamento a ser
empregado, caso seja uma questão em potencial no aterro.
Esse tipo de abordagem poderia ser bem sucedido para iniciar um projeto de
coleta e queima de FLG para gerar CERs, mas não tem sido bem sucedido
normalmente para se iniciar projetos LFGTE na América do Norte ou na LAC.
Normalmente, o negócio primordial dos Proprietários do Aterro é o
funcionamento dos sistemas de manejo do lixo. O negócio das instalações
LFGTE requer conjuntos de habilidades e especializações diferentes daqueles
normalmente disponíveis para o funcionamento de um sistema de manejo de
lixo. Como resultado, os projetos podem tender a ficaram parados na etapa de
pré-investimento e, independentemente da economia potencialmente atraente,
e podem nunca ser desenvolvidos.
QUADRO 8.7A
COMPARAÇÃO DAS ETAPAS DE PRÉ-INVESTIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE
PROJETOS NO ESTUDO DE CASO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE
ENERGIA
Banco Mundial
QUADRO 8.7A
COMPARAÇÃO DAS ETAPAS DE PRÉ-INVESTIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE
PROJETOS NO ESTUDO DE CASO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE
ENERGIA
Banco Mundial
QUADRO 8.7A
COMPARAÇÃO DAS ETAPAS DE PRÉ-INVESTIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE
PROJETOS NO ESTUDO DE CASO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE
ENERGIA
Banco Mundial
QUADRO 8.7B
COMPARAÇÃO DAS ETAPAS DE PRÉ-VIABILIDADE NO ESTUDO DE CASO – PROJETOS
DESENVOLVIDOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE
ENERGIA
Banco Mundial
QUADRO 8.7B
COMPARAÇÃO DAS ETAPAS DE PRÉ-VIABILIDADE NO ESTUDO DE
CASO – PROJETOS DESENVOLVIDOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA
PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
QUADRO 8.7B
COMPARAÇÃO DAS ETAPAS DE PRÉ-VIABILIDADE NO ESTUDO DE
CASO – PROJETOS DESENVOLVIDOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA
PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
QUADRO 8.7B
COMPARAÇÃO DAS ETAPAS DE PRÉ-VIABILIDADE NO ESTUDO DE
CASO – PROJETOS DESENVOLVIDOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA
PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
QUADRO 8.7B
COMPARAÇÃO DAS ETAPAS DE PRÉ-VIABILIDADE NO ESTUDO DE
CASO – PROJETOS DESENVOLVIDOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA
PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
QUADRO 8.7B
COMPARAÇÃO DAS ETAPAS DE PRÉ-VIABILIDADE NO ESTUDO DE
CASO – PROJETOS DESENVOLVIDOS
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA
PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
Os fluxos de receita podem advir de mais de uma fonte, às vezes muito mais
fontes dependendo do valor do produto e da venda de CERs. Se, como é o
caso mais freqüentemente, a economia do projeto não funciona sem múltiplos
fluxos de receita, a complexidade da fase de desenvolvimento do projeto pode
aumentar substantivamente. Parceiros financeiros olham fluxos de receita e
mercados “novos e em desenvolvimento” como um risco maior, particularmente
para projetos que têm um período de retorno relativamente longo para o
investimento de capital inicial.
Pode haver uma série de outros acordos que precisam ser negociados e
executados concorrentemente com os citados acima. Por exemplo, um projeto
de LFGTE pode requerer um acordo separado para acesso de ganho a um
sistema ou rede para a venda e/ou transmissão dos produtos de energia.
Acordos precisam ser condicionais com a execução da doação ou arranjos
financeiros. Em todos os casos as ligações entre esses vários acordos
precisam ser compreendidas e vistas como fatores dentro da fase de
desenvolvimento do projeto numa base de aterro específico.
A discussão para a fase de trabalho descrita abaixo inclui uma visão geral de
seus objetivos e tarefas. Quaisquer considerações e/ou restrições de desenho
que possam afetar o cronograma de trabalho ou orçamento estão também
apresentadas.
Cada estágio de desenho subseqüente deveria ser uma extensão ao PDR para
completar progressivamente detalhes para satisfazer requerimentos de critérios
de desenho.
1) Condições Existentes,
2) Plano de Aterro (95 por cento),
3) Plano/Perfis para todas as características principais,
4) Detalhes Típicos,
5) Desenhos de Layout de Instalação,
6) Importantes Desenhos de Equipamento e
7) Diagramas de Processo e Instrumentação.
Built-Operate)
Own-Operate)
Administração da Construção
U
Supervisão da Construção
U
• manter boas relações públicas (corte de fita, visitas públicos, release para a
imprensa).
Um dos itens que precisam ser enfatizados através deste Manual é a natureza
de um recurso de combustível de LFG. A coleta de LFG, enquanto pode ser
tanto confiável e relativamente continuada através do tempo, só será assim se
houver apropriado cuidado e atenção do operador tanto nas operações dos
sistemas quanto na extensão de modificação/progressiva do sistema de coleta
de LFG durante a vida do projeto. O recurso de LFG nunca deveria ser
pensado, nem tratado, como um recurso estático ou passivo. Isso coloca
ênfase adicional na compreensão da operação dinâmica do aterro e dos planos
de manutenção que serão requeridos para assegurar operação efetiva e
desempenho global dos sistemas de LFGTE.
Este projeto tem sido operacional durante aproximadamente cinco anos e está
funcionando bem e é o único estudo de caso que seria caracterizado como
estando num modo operacional de estado relativamente firme. Há duas lições
chaves aprendidas deste projeto. Primeiro, levou mais de seis anos para
negociar e finalizar um contrato para levar a mercado e vender energia elétrica
da instalação. Isto serve para reforçar a necessidade de estabelecer acesso a
mercado como uma área importante para enfrentar e prevenir de se tornar um
impedimento a desenvolver projetos de LFGTE na LAC. Segundo, este aterro
está sendo operado com clara separação de responsabilidades entre a coleta
de LFG e as funções de utilização de LFG. Este enfoque pode ser feito para
trabalhar se tanto o dono quanto o empreiteiro tem áreas claras e
contratualmente bem definidas de responsabilidade.
QUADRO 9.1
COMPARAÇÃO DAS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DO
ESTUDO DE CASO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DO GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA
PROJETOS DE ENERGIA
Banco Mundial
Item Santiago
Chile
Valparasio (El Molle) Errázuris Le Panto La Feria
Dados do Aterro:
REFERIR-SE AOS QUADROS 8.7a e 8.7b PARA
P P
Este projeto no estudo de caso serve para reforçar uma série de elementos
importantes, incluindo:
SEÇÃO 1
Johannessen, Lars Mikkel and Gabriela Boyer, "Observations of Solid Waste Landfills
in Developing Countries: Africa, Asia, and Latin America", Working Paper Series #3,
Urban Development Division, World Bank, Washington, DC, 1999.
Landfill Gas and Composting: A Potential GEF Strategy for LCR, prepared for the
World Bank's Latin America and Caribbean Region Office (LCR) by K. Ahmed
and C. Bartone, March 2001.
Estimates taken from Prototype Carbon Fund: Annual Report 2002, World Bank,
Washington, DC, 2002.
SEÇÃO 2
Augenstein, D., and J Pacey, "Landfill Methane Models" 14th Annual Landfill Gas
Symposium Proceedings, Research Triangle Park, 1991. Ed. SWANA. Triangle
Research Park. 1991. III-87 – III-111.
http://www.ec.gc.ca/pdb/ghg/1990_00_report/appa6_e.cfm#scroll
CRA, "Design and Operation of Non-Hazardous Solid Waste Landfills to Optimize the
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Canada, Ottawa, Ontario, January 2000.
Emission Factor Documentation for AP-42 Section 2.4 Municipal Solid Waste Landfills
(Revised) Office of Air Quality Planning and Standards Office of Air and
Radiation U.S. Environmental Pretection Agency Research Triangle Park, North
Carolina, 2771 August 1997
Ham, Robert K., and Morton A. Barlaz, "Measurement and Prediction of Landfill Gas
Quality and Quantity" in Sanitary Landfilling : Process, Technology and
Environmental Impact ed. Thomas H. Chistensen, Raffaello Cossu, and Rainer
Stegmann (Academic Press, New York, 1989) p.155-158
Intergovernmental Panel on Climate Change. Geneva: IPCC, 1995.
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Technological issues in Technology Transfer ed. Carlos Pereyra. 1999
<http://www.grida.no/climate/ipcc/tectran/255.htm>
Lu, James; Morrison, Robert; Stearns, Robert, March 1981. "Leachate Production and
Management from Municipal Landfills, Summary and Assessment", In-Land
Disposal Municipal Solid Waste EPA-600/9-81-200a.
McBean, E.A., F.A. Rovers, and G.J. Farquhar. Solid Waste Landfill Engineering and
Design, New Jersey: Prentice Hall, 1995.
Mosher, F.A., and J.R. Yardley. "Landfill Gas Collection System Efficiencies: Facts
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Park, 19-21 March 1996. Ed. SWANA. Triangle Research Park. 1996. 133-45.
Reinhart, D.R., and B. Al-Yousfi. "The Impact of Leachate Recirculation on Municipal
Solid Waste Landfill Operating Characteristics." Waste Management & Research 14
(1996): 337-346
McBean, E., Rovers, F., and Farquhar, G., "Solid Waste Landfill Engineering and
Design", Prentice-Hall Publishing Co., New Jersey, 1995.
McCreanor, P.T., and D.R. Reinhart, 2000. "Mathematical modeling of leachate routing
in a leachate recirculating landfill" Wat. Res. (2000) Vol. 34, No. 4, pp. 1285-1295.
Zison, S.W., "Landfill Gas Production Curves, Myth vs. Reality" GRCDA '90
SEÇÃO 3
Capstone Micro Turbine Fact Sheet. Chatsworth: Capstone Turbine Corp., 2002.
Conestoga-Rovers & Associates (for Waste Treatment Division, Hazardous Waste
Branch), Guidance Document for Landfill Gas Management, (Environment
Canada, Ottawa, 1996)
SEÇÃO 5
SEÇÃO 6
Makarenko, Jay, (March 21st, 2002) The Kyoto Protocol & Global Warming
http://www.mapleleafweb.com/features/environment/kyoto/05.html
PCF Team, November 2000. Research Report 01. Preliminary Validation Manual
http://prototypecarbonfund.org/docs/pvm_guidelines.ppt
Pronove, Gao, (February 2002) The Kyoto Protocol and the Emerging Carbon
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r0.unctad.org/ghg/sitecurrent/download_c/pdf/Emerging_Carbon_Market.pdf
PCF, Additionality Baseline, Validation and Verification Presentation
<www.protoypecarbonfund.org>
SEÇÃO 8
Thorneloe, S. A. and Peer, R. L., 1990, "Landfill Gas and the Greenhouse Effect".
Technical paper, International Conference on Landfill Gas, October 1990.
CCD-003
Preâmbulo
Notificação
Interpretação
“MW” significa mega watt ou 106 watts, além de uma unidade de energia
elétrica;
“MWh” significa mega watt – hora, sendo uma unidade de energia elétrica
igual a um mega watt de energia elétrica produzida, consumida ou em fluxo
durante um período de uma hora;
(a) a vida útil da usina era menos de dois antes da sua parada; e
(b) mais de 75% do justo valor de Mercado da atividade após a re-energização
for derivada dos equipamentos novos instalados e das alterações resultantes
da re-energização;
“turbina eólica” significa um sistema que usa pás ou hélices ligadas um eixo
para a captura da energia cinética do vento. O vento empurra as pás ou hélices
e faz girar o eixo. O eixo move, direta ou indiretamente uma série de
engrenagens, o gerador para produzir eletricidade; “resíduos madeireiros e
agrícolas” significa uma forma de biomassa limpa e inclui, entre outras:
Definição de Categoria
2. Essa categoria compreende a eletricidade de fontes renováveis que são
capazes de causar impactos relativamente baixos sobre o meio ambiente e
produzir benefícios potenciais que incluam, entre outros, baixa emissão líquida
de gás de efeito estufa, recursos não-renováveis limitados ou sem
esgotamento, emissões reduzidas de outros poluentes, além dos impactos
reduzidos sobre os ecossistemas e espécies aquáticas, ribeirinhas e terrestres.
Tecnologias de geração especialmente reconhecidos nesse documento de
critérios incluem:
(a) eletricidade de uso alternativo;
(b) eletricidade gerada com biogás;
(c) eletricidade gerada com biomassa;
(d) eletricidade fotovoltaica;
(e) eletricidade gerada com água; e
(f) eletricidade gerada pela água.
Requisitos Gerais
(b) ser gerada de tal forma que todos os passos do processo, incluindo a
disposição dos resíduos sólidos que surjam daí satisfaçam atos governamentais,
portarias e regulamentações incluindo as usinas localizadas no Canadá, Lei da
Pesca e Lei de Proteção Ambiental do Canadá de 1999, (CEPA, 1999).
Nos casos em que o biogás é usado como substituto parcial na usina geradora
que está designada para utilizar primordialmente combustível não-renovável,
os cálculo dos pontos de carga serão baseados somente naqueles valores das
emissões operacionais lançadas na atmosfera que possam ser alocados para
a combustão do biogás.
Nos casos em que o biogás é usado como substituto parcial na usina geradora
que está designada para utilizar primordialmente combustível não-renovável,
os cálculo dos pontos de carga serão baseados somente naqueles valores das
emissões operacionais lançadas na atmosfera que possam ser alocados para
a combustão de biomassa limpa.
(b) se gerados a partir de resíduos madeireiros e/ou agrícolas, e nos casos em
que o gerador e a fonte de resíduos sejam do mesmo proprietário;
i) uso somente de resíduos madeireiros e/ou agrícolas que foram retirados de
operações que implementaram um sistema seguro de manejo ambiental e
aderiram a práticas seguras de manejo ambiental,
ii) assegurar que a taxa de colheita não exceda os níveis que possam ser
sustentáveis, e
iii) não usar os resíduos das espécies que estejam listadas nos Apêndices
CITES;
(c) caso seja gerada de fontes combustíveis de biomassa limpa contendo
madeira impregnada de sal, lama ou líquidos residuais de polpas das fábricas
que usam o branqueamento elementar por cloro, a usina não deverá emitir as
dioxinas e/ou furanas policloradas em excesso ao que se segue, o que for mais
baixo:
i) 100 pg I-TEQ/m3; ou
ii) os limites para os novos aquecedores de polpa e papel consumindo madeira
impregnada de sal na forma especificada pelos Padrões Ampliados para
Dioxinas e Furanas do Canadá
(Conselho Canadense de Ministros do Meio Ambiente); e
(d) se gerada a partir de lavouras dedicadas para energia:
i) uso somente de lavouras dedicas para energia que tenham sido fonte das
operações que implmentaram um sistema seguro de manajo ambiental e
aderiram à práticas seguras de manajo ambiental, e
ii) assegurar que a taxa de colheita não exceda os níveis que possam ser
sustentáveis.
Verificação
12. A eletricidade certificada ECP deve ser gerada por instalações que sejam
também certificadas e, assim, satisfaçam os requisitos gerais e específicos de
tecnologia desse documento de critérios. Quando essa eletricidade certificada
for vendida, o vendedor deve disponibilizar, quando solicitado, as fontes de
geração e/ou o Tipo ou mistura de Tipos de eletricidade a venda.
15. A adequação às seções 3(b), 9(a) e 9(b) deverão ser atestadas por uma
declaração assinada pelo Chefe Executivo ou autoridade equivalente do
emissor. A adequação com as seções 9(a) e 9(b) deverão ser confirmadas
também por evidência adicional, incluindo inter alia a correspondência do
representante autorizado de cada órgão governamental aplicável que tenha
emitido uma licença e/ou autorização de funcionamento para a instalação.
O Programa de Escolha Ambiental deverá ser informado imediatamente, por
escrito, pelo licenciado de qualquer não adequação que possa ocorrer durante
o prazo da licença. Na ocorrência de qualquer não adequação, a licença
poderá ser suspensa ou retirada como for estipulado no acordo de
licenciamento. No caso de litígio relacionado com a suspensão ou retirada da
licença, o acordo de licenciamento prevê a arbitragem.