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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURSO DE FISIOTERAPIA

Maiara Serra Maia


Mayra Silva Ferreira
Nayana Mota Carvalho

ANÁLISE DE FATORES DE RISCO PARA DORES


OSTEOMIOARTICULARES EM TRABALHADORES DO SETOR DE
LIMPEZA DA UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA:
Uma correlação com a qualidade de vida.

Belém-Pa
2009
2

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA

Maiara Serra Maia


Mayra Silva Ferreira
Nayana Mota Carvalho

ANÁLISE DE FATORES DE RISCO PARA DORES


OSTEOMIOARTICULARES EM TRABALHADORES DO SETOR DE
LIMPEZA DA UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA:
Uma correlação com a qualidade de vida.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


curso de Fisioterapia do Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde da Universidade da
Amazônia para obtenção do grau de bacharel em
Fisioterapia.
Orientadora: Profª Tainá Alves Teixeira.
Co-orientadora: Ft. Biatriz Araújo Cardoso.

Belém-Pa
2009
3

Maia, Serra Maiara

Ferreira, Silva Mayra

Carvalho, Mota Nayana

Análise de Fatores de Risco Para Dores Osteomioarticulares Em


Trabalhadores do Setor de Limpeza da Universidade da Amazônia:
Uma correlação com a qualidade de vida/ Maiara Serra Maia, Mayra
Silva Ferreira, Nayana Mota Carvalho_ Belém, 2009.
71 f.

Trabalho de Conclusão de Curso.


(Graduação) - Universidade da Amazônia, 2009.
Curso: Fisioterapia
Orientadora: Profª. Tainá Alves Teixeira.
.
4

Maiara Serra Maia


Mayra Silva Ferreira
Nayana Mota Carvalho

ANÁLISE DE FATORES DE RISCO PARA DORES


OSTEOMIOARTICULARES EM TRABALHADORES DO SETOR DE
LIMPEZA DA UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA:
Uma correlação com a qualidade de vida.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


curso de Fisioterapia do Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde da Universidade da
Amazônia para obtenção do grau de bacharel em
Fisioterapia.
Orientadora: Profª Tainá Alves Teixeira. Co-
orientadora: Ft. Biatriz Araújo Cardoso.
Banca Examinadora

_____________________________________
Prof.ª Tainá Alves Teixeira
Orientadora
_____________________________________
Prof. Said Kalume Kalif
_____________________________________
Prof.ª Daniela Teixeira Costa
Apresentado em: / /
Conceito:
Belém-Pa
2009
5

DEDICATÓRIA

Dedicamos à todos os que nos ajudaram, direta ou indiretamente, na realização


deste trabalho.
6

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente à Deus, que nos inspira todos os dias a nos


mantermos firmes e com a alma alegre diante das missões da vida.
À nossos pais por todo amor incondicional nos auxiliando em busca de nossa
evolução moral e espiritual.
À nossos professores e colegas de turma, os primeiros pelo compromisso com
nossa formação e o despertar do conhecimento, e aos segundos pelos momentos
vividos que deixarão saudades.
7

RESUMO

O trabalho de limpeza é exigente e intensivo. O profissional da limpeza desempenha


atividades pertinentes ao asseio e conservação de pisos, paredes, esquadrias, mobiliários,
equipamentos e outros tais tarefas exigem trabalho manual excessivo e com padrões físicos
repetitivos, o que favorece o surgimento de distúrbios osteomioarticulares. O presente estudo
busca analisar os fatores de risco para dores ostemioarticualres em trabalhadores do setor de
limpeza e conservação da Universidade da Amazônia relacionando com a qualidade de vida.
Através de uma amostra de 18 funcionários do sexo masculino, foram aplicados o
Questionário de Hábitos do Trabalho e o SF-36, observou-se que a maioria dos participantes
apresenta dor no tronco 55.6%, 27.8% apresenta dor no pescoço, 22.2% apresenta dor nos
membros superiores, 16.7% apresenta dor nos membros inferiores, quando correlacionado os
domínios da qualidade de vida e a intensidade da dor, o Domínio “Dor” é o único que
apresenta associação significante, sendo a dor considerada de intensidade fraca. Conclui-se
que são necessárias mudanças significativas no que diz respeito à organização do trabalho,
para que se possa realizar as tarefas sem causar danos a saúde dos trabalhadores, sendo
necessário considerar as especificidades de cada individuo. Sendo que algumas sugestões
fazem-se necessárias, visando o bem estar dos trabalhadores.

Palavras – chaves: Fatores de Risco, DORT’S, Qualidade de Vida.


8

ABSTRACT

The work of cleaning and demanding and intensive. The professional cleaning performs
activities related to the cleanliness and maintenance of floors, walls, window frames,
furniture, equipment, these tasks require excessive manual labor and repetitive physical
standards, which gives rise to musculoskeletal disorders. This study seeks to analyze the risk
factors for pain ostemioarticualres sector workers in the cleaning and conservation of the
Amazon University relating to the quality of life. Using a sample of 18 male employees, were
applied Habits Questionnaire Labor and the SF-36, it was observed that most of the
participants has pain in the trunk 55.6%, 27.8% presented pain in the neck, 22.2% presented
pain upper limbs, 16.7% presented pain in the legs, when correlated domains of quality of life
and pain intensity, Domain "Pain" is the only one with significant association, the pain is
considered to be of low intensity. It is concluded that significant changes are needed with
regard to the organization of work, so you can perform tasks without causing damage to the
health of workers is necessary to consider the specifics of each individual. And some
suggestions are necessary, seeking the welfare of workers.

Keywords: Risk Factors, DORT'S, Quality of Life


9

LISTA DE ILUSTRAÇÃO

FIGURA 1: Limpeza de Banheiro 35


FIGURA 2: Limpeza de Banheiro 35
FIGURA 3: Limpeza de Banheiro 35
FIGURA 4: Limpeza de Banheiro 35
FIGURA 5: Limpeza da Sala de aula 36
FIGURA 6: Limpeza do Gabinete 36
FIGURA 7: Limpeza do Gabinete 36
FIGURA 8: Limpeza do Gabinete 36
FIGURA 9: Recolhendo Lixo 37
FIGURA 10: Recolhendo Lixo 37
FIGURA 11: Limpeza do Quadro 37
FIGURA 12: Limpeza do Quadro 37
FIGURA 13: Limpeza do Vidro 38
FIGURA 14: Limpeza do Piso 38
FIGURA 15: Limpeza do Piso 38
FIGURA 16: Limpeza do Piso 38
FIGURA 17: Prevalência de algias conforme o local afetado 39
FIGURA 18: Ocorrência (absoluta) de Dor na Cervical e Outra ocupação 40
10

LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Descrição geral da amostra, segundo as características sócio-demográficas 34


TABELA 2: Descrição geral dos domínios SF-36 40
TABELA 3: Verificação da associação entre Dor na Cervical e Fatores de Risco 41
TABELA 4: Verificação da associação entre Dor no MMSS e Fatores de Risco 42

TABELA 5: Verificação da associação entre Dor no Tronco e Fatores de Risco 43


TABELA 6: Verificação da associação entre Dor no MMII e Fatores de Risco 44

TABELA 7: Associação entre Qualidade de vida e Dor na Cervical 45


TABELA 8: Associação entre Qualidade de vida e Dor no MMSS 46
TABELA 9: Associação entre Qualidade de vida e Dor no Tronco 47
TABELA 10: Associação entre Qualidade de vida e Dor no MMII 48
TABELA 11: Correlação entre os domínios da Qualidade e Vida e a Intensidade da dor 48
11

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEP – Comitê de Ética em Pesquisa

DECOM – Departamento de Conservação e Manutenção

DORT – Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho

EUA – Estados Unidos da América

GHRI – General Health Rating Index

INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social

LER – Lesão por Esforço Repetitivo

MHI – Mental Health Inventary

MMII – Membros Inferiores

MMSS – Membros Superiores

OIT – Organização Internacional do Trabalho

OMS – Organização Mundial de Saúde

OMT – Organização Mundial do Trabalho

PIB – Produto Interno Bruto

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido


12

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 12
2. REFERENCIAL TEÓRICO 15
2.1 TRABALHADORES DE LIMPEZA E SEU COTIDIANO LABORAL 15
2.2 A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE LABORAL PARA A SAÚDE 17
2.3 A PRESENÇA DE DORES OSTEOMIOARTICULARES INFLUENCIANDO
NA SAÚDE DO TRABALHADOR 20
2.3.1 Postura: Os Efeitos Sofridos Pelo Corpo 22
2.4 A BUSCA DA QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DO TRABALHO 25
2.4.1. Questionário SF-36: um método avaliativo pra qualidade de vida 26
2.5 FISIOTERAPIA PREVENTIVA: O CAMINHO PARA O BEM ESTAR 29
3. METODOLOGIA 30

3.1 TIPO DE ESTUDO 30

3.2 LOCAL DO ESTUDO 30

3.3 AMOSTRA 30

3.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 31

3.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 31

3.6 COLETA DE DADOS 31

3.7 ANÁLISE DOS DADOS 32

3.8 RISCOS E BENEFÍCIOS 32

4. RESULTADOS 34
5. DISCUSSÃO 49
6. CONCLUSÃO 55
7. BIBLIOGRAFIA 56
8. APÊNDICE 63
9. ANEXO 71
13

1. INTRODUÇÃO

No Brasil, o segmento de asseio e conservação emprega aproximadamente um milhão


de trabalhadores, segundo o sindicato patronal da categoria. Registros oficiais – Relação
Anual de Informações Sociais dão conta de que, no ano de 2000, aproximadamente 64.000
empresas terceirizavam mão-de-obra em limpeza, empregando em torno de 400.000
limpadores (MAÇÃIRA, 2004).
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos
últimos cinco anos o número de trabalhadores nos serviços de limpeza (baixa escolaridade),
foi o que mais cresceu, saiu de 983.111 para 1.475.083.
O trabalhador de limpeza, de acordo com Maçãira (2004, p. 19) “atua na remoção de
poeira, lavagem, polimento, desinfecção e conservação de superfícies fixas como pisos,
paredes e tetos, ou de móveis e equipamentos diversos. Utiliza grande variedade de produtos
químicos e as tarefas podem ser realizadas com ferramentas manuais como vassoura, rodo,
balde, pá, escova, esponja, pano, pulverizador ou com o auxílio de máquinas como aspirador
de pó, varredeira, enceradeira, máquinas lavadora e extratora, entre outros”.
É consenso na literatura especializada que a manutenção de uma má postura leva ao
desequilíbrio postural. Sendo assim, os trabalhadores que realizam as suas atividades laborais,
desenvolvendo posições não adequadas estarão expostos a inadequações na postura
(DELIBERATO, 2002).
O desequilíbrio postural associa-se às doenças osteomioarticulares que estão entre as
três primeiras causas de incapacidade física, e potencialmente associada à piora da qualidade
de vida e redução da produtividade (BOFF, 2002).
A capacidade para o trabalho está diretamente relacionada com a possibilidade de
realizar atividades que envolvam as aptidões físicas, mentais, funcionais e sociais
(Organização Mundial da Saúde - OMS, 1993).
Os trabalhadores do serviço de limpeza, durante a realização de suas atividades de
trabalho, tendem a realizar flexão e rotação de tronco, agachamento, ortostatismo prolongado,
além de realizarem transportes de cargas de maneira não adequada; deste modo, mantêm e
repetem posturas inadequadas que geram desvios posturais. Tais desvios culminam com o
aparecimento de disfunções na correta biomecânica corporal, e essas disfunções são
14

responsáveis pelo desenvolvimento de dores e patologias osteomioarticulares, segundo


(RIBEIRO et al, 2006).
As doenças ocupacionais tem sido preocupação de muitas empresas e também um
grande desafio para os trabalhadores, profissionais da saúde e de recursos humanos. Isto
devido ao bem estar físico e psicológico dos trabalhadores, refletirem no seu desempenho
profissional e pessoal. Entre essas doenças, pode citar as Doenças Ocupacionais Relacionada
ao Trabalho (DORT’S) a prevalência desses distúrbios vem crescendo de modo importante
nos últimos anos, representando assim, o principal fator de agravo à saúde entre as doenças
ocupacionais, sendo considerada a segunda causa de afastamento de trabalho no Brasil.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).
Essas doenças podem estar relacionadas às condições de trabalho precárias, tais como
tarefas repetitivas, esforço físico contínuo (CHILLIDA & COCCO, 2004).
Tal profissional costuma lidar com situações insalubres em sua rotina, sem dispor de
recursos específicos para o manuseio do lixo e adotando posturas inadequadas à realização de
atividades laborais.
O profissional da limpeza presta um serviço de suma relevância à comunidade
acadêmica, uma vez que este é o responsável pelo ambiente limpo e agradável da
universidade, assim, sem o seu trabalho, as dependências físicas certamente seriam sujas e
com odor desagradável.
Destinar atenção a este profissional é na verdade uma contribuição para todos que
estudam e trabalham na universidade, pois o benefício que estes recebem é tão essencial
quanto à boa saúde desse profissional. Visto que este profissional sofre influência das
condições de trabalho, de saúde e estilo de vida, além do próprio envelhecimento biológico,
resultando na diminuição dos movimentos das articulações, perda da força, resistência
muscular e elasticidade dos tecidos, aumento das dores músculo-esquelética e diminuição das
tomadas de decisões.
À sociedade acadêmica, é fundamental conhecer a respeito de problemas ocupacionais
que influenciam a vida de certos nichos profissionais, que podem ser beneficiados pela
atuação da fisioterapia, bem como qualquer outra área da saúde, a qual pode por em prática os
conhecimentos da prevenção e reabilitação de acordo com as especificidades de cada ser
humano. É fundamental a percepção dos acadêmicos de como e o quanto eles podem
contribuir para a melhoria da qualidade de vida de um grupo de trabalhadores tão próximos,
partindo de conhecimentos adquiridos na graduação.
15

O planejamento, organização e desenvolvimento de projetos no qual as ações


executadas vêm de encontro às diretrizes curriculares dos cursos de saúde, enfatizam a
necessidade da formação do profissional com visão crítica e reflexiva que seja capaz de
desenvolver suas competências a partir da realidade em que está inserido. Assim, este trabalho
justifica-se pela relevância tanto pela contribuição do trabalhador de limpeza para todos que
estudam e trabalham na universidade, pois o benefício que estes recebem é tão essencial
quanto à boa saúde desse profissional, bem como a sociedade acadêmica para conhecer a
respeito de problemas ocupacionais que influenciam a vida de certos deste trabalhador e que
podem ser beneficiados pela atuação da fisioterapia.
Este trabalho visa analisar os fatores de risco para dores osteomioarticulares em
trabalhadores do setor de limpeza e conservação da Universidade da Amazônia, relacionando
com a qualidade de vida.
16

2. REFERENCIAL TEÓRICO

CAPITULO I

2.1 TRABALHADORES DE LIMPEZA E SEU COTIDIANO LABORAL

O trabalho de limpeza é exigente e intensivo. Assim, os trabalhadores de limpeza


realizam em pouco tempo muitas tarefas que envolvem trabalho manual excessivo e que é
considerado fisicamente pesado, segundo Rocha (2003).
Em termos de definição, Laville (1977), ressalta que as características de limpeza
dizem respeito ao asseio e conservação de pisos, paredes, esquadrias, mobiliários e
equipamentos de saneamento, em favor da saúde dos usuários. Nesse sentido, o profissional
de limpeza é conhecido mundialmente como uma ocupação de serviço básico. Esse
trabalhador está inserido em muitos ambientes, como escolas, escritórios, hospitais.
Nos ambientes de trabalho, o trabalhador de limpeza é essencial para a manutenção
adequada dos ambientes, bem como para o controle da contaminação ambiental por agentes
químicos e biológicos, exercendo um papel relevante na prevenção dos efeitos nocivos à
saúde dos trabalhadores e usuários. Porém, a limpeza apresenta um aspecto ambíguo, uma vez
que a adoção de posturas inadequadas nas diversas ações realizadas durante as tarefas também
podem contribuir para o desenvolvimento de patologias.
Dessa forma, pode-se compreender que os profissionais de limpeza estão diretamente
envolvidos com os processos de manuseio, transporte e destinação dos resíduos, expondo-se a
risco de acidentes de trabalho, ocasionados pela falta de capacitação e condições adequadas
de trabalho (FERREIRA e ANJOS, 2001).
Rocha (2003), apud Louhevara (2000) classificam o trabalho de limpeza como
dinâmico e pesado, caracterizando-se assim, ainda hoje, por envolver uma grande demanda
física. Logo, os profissionais de limpeza têm uma demanda laboral intensiva e ainda, além
desta carga, utilizam para a realização das suas tarefas mais utensílios manuais (baldes,
vassouras, panos, dentre outros). Além disso, pode-se identificar que o trabalho de limpeza
exige movimentos repetitivos, força o que implica em posturas desfavoráveis. Portanto, os
trabalhadores de limpeza apresentam um alto risco para desenvolver problemas de saúde,
principalmente os relacionados ao sistema músculo-esquelético.
17

A limpeza é uma tarefa principalmente manual com muito pouca mecanização. Trata-
se de trabalho combinado, esforços musculares dinâmicos e estáticos e realizado com a
utilização de vários equipamentos manuais (ROCHA, 2003).
Para Ferrari et al. (2004), os trabalhadores realizam tarefas que envolvem trabalho
manual e excessivo, como a limpeza de vidros, do chão, torção de panos, carregam baldes,
atividades estas, que são realizadas repetidamente durante uma única jornada de trabalho e
que são considerados fisicamente pesado.
Em um estudo com os trabalhadores de limpeza realizado no Hospital do Reino Unido,
foi identificada a alta prevalência de desconforto e dor músculo-esquelético, sendo que ficou
evidenciado que a presença de ferramentas inadequadas, repetitividade de tarefas, posturas e a
falta de organização do trabalho estavam associadas ao aumento dos problemas músculo-
esqueléticos (ROCHA, 2003).
18

CAPITULO II

2.2 A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE LABORAL PARA A SAÚDE

Segundo Figueiredo e Mont’Alvao (2005), a Ginástica Laboral teve origem no Japão,


em 1928, sendo aplicada, diariamente em funcionários dos correios, visando à descontração e
o cultivo da saúde. Após a Segunda Guerra Mundial, o hábito foi difundido por todo o Japão.
Lima (2004) conceitua a Ginástica Laboral como “a prática de exercícios”, realizada
coletivamente durante a jornada de trabalho, prescrita de acordo com a função exercida pelo
trabalhador, tendo como finalidade a prevenção de doenças ocupacionais, promovendo o bem-
estar individual, por intermédio da consciência corporal: conhecer, respeitar, amar e estimular
o seu próprio corpo.
Segundo Martins et al. (2001), são exercícios efetuados no próprio local de trabalho,
com sessões de cinco, dez ou quinze minutos, tendo como principais objetivos a prevenção
das lesões por Esforço Repetitivo e os Distúrbios Osteomioarticulares Relacionados ao
Trabalho LER/DORT e a diminuição do estresse, através dos exercícios de alongamento e de
relaxamento.
Para Barbosa (2002), os exercícios laborais buscam promover o relaxamento e o
alongamento dos músculos mais solicitados na prática laboral, pois a prática de relaxamento
atua no músculo, favorecendo uma maior irrigação sanguínea.
Tem sido registrado por Targa apud Cañete (2001), que a finalidade da Ginástica
Laboral Corretiva é estabelecer o antagonismo muscular, utilizando exercícios que visam
fortalecer os músculos fracos e alongar os músculos encurtados, destinando-se ao indivíduo
portador de deficiência morfológica, não patológica, sendo aplicada a um grupo reduzido de
pessoas.
Segundo Cooper (1983), são necessários alguns cuidados na prática laboral correta,
como: uso de roupas leves, calçado adequado, uma boa ingestão de água para hidratar o
corpo, piso que ofereça segurança para o indivíduo praticar os exercícios, não realizar
atividade seguidas das refeições, respeitar os limites individuais e acompanhamento de
profissional especializado.
Os exercícios laborais devem ser realizados dentro da empresa, pois desta forma, há
um controle maior no momento de se auferir resultados para que estes possam ser
direcionados as necessidades dos funcionários, com conseqüente redução da perda de tempo
ou desculpas pela falta de tempo.
19

A Ginástica Laboral proporciona benefícios, tanto para o trabalhador, quanto para a


empresa. Além de prevenir as Lesões por Esforço Repetitivo / Doenças Ocupacionais
Relacionada ao Trabalho (LER/DORT), ela tem apresentado resultados mais rápidos e diretos
com a melhora do relacionamento interpessoal e o alívio das dores corporais (GUERRA,
1995; MENDES, 2000 apud OLIVEIRA, 2003).
As condições gerais de vida, assim como as condições de trabalho, contribuem para
tornar muitos trabalhadores de 40 a 50 anos inaptos a responder às exigências das tarefas que
lhes são propostas (WISNER, 1994).
Além do fator sedentarismo, a exposição às agressões, de diferentes origens e
características, sofridas diariamente é outro fator que pode atuar de forma negativa na
qualidade de vida das pessoas, muitas vezes sem perceber, para a execução de uma tarefa, em
determinado posto de trabalho, o homem gera sobrecargas mecânicas em suas estruturas
osteomioarticulares, principalmente, quando assume posturas ocupacionais ou funcionais
inadequadas em função de postos de trabalho mal projetados. (KNOPLICH, 1996).
A ergonomia tem encaminhando soluções eficazes na concepção e desenvolvimento de
produtos, de interfaces e de sistemas de trabalho, atuando com ótimo resultado no diagnóstico
e prevenção de acidentes e doenças, na reestruturação produtiva das empresas e em processos
de transferência de tecnologia. (FOX & MATHEWS, 1999).
Aspectos presentes na sociedade moderna como questões relacionadas às condições de
trabalho, o mercado altamente competitivo, a ameaça iminente da perda de emprego e outras
dificuldades do dia a dia, fazem os trabalhadores vivenciarem cada vez mais situações
estressantes no ambiente de trabalho.
Como o estresse tem várias causas e afeta diferentemente as pessoas, não é possível
estabelecer uma forma única para preveni-lo ou combatê-lo. Existem diversas medidas que
podem ser adotadas, tais como: o enriquecimento das tarefas, o redesenho do posto de trabalho,
treinamento, à prática de ginástica laboral, etc.
Uma determinada postura de trabalho mantida por tempo prolongado, pode levar a uma
contínua tensão dos músculos mais solicitados e gerar distúrbios circulatórios e metabólicos,
além de causar dor ou desconforto muscular.
O serviço de alimentação institucional caracteriza-se por trabalho intensivo onde
freqüentemente exige-se dos funcionários alta produtividade em tempo limitado, porém em
condições inadequadas de trabalho, com problemas de ambiente, equipamentos e processos.
Tais condições acabam levando à insatisfação, cansaço excessivo, queda de produtividade,
problemas de saúde e acidentes de trabalho. (SANTANA, 1997).
20

O mais convincente dos argumentos, que se pode utilizar para demonstrar que a
atividade física constitui um importante instrumento de promoção da saúde e da
produtividade, é que vale a pena praticar exercícios físicos regularmente, em virtude dos
benefícios comprovados cientificamente (POLETTO e AMARAL, 2004).
A ginástica laboral (alongamentos) não é garantia do não-desenvolvimento do
distúrbio, mas é um ponto de partida imprescindível para a prevenção (YENG, 2001).
21

CAPITULO III

2.3. A PRESENÇA DE DORES OSTEOMIOARTICULARES INFLUENCIANDO NA


SAÚDE DO TRABALHADOR

Com o advento da era industrial, teve início o processo de fabricação de produtos em


massa e a crescente especialização dos operários no sentido de melhorar a qualidade, de
aumentar a produção e de diminuir custos. Essa especialização levou os trabalhadores a
executarem funções específicas nas empresas, com a realização de movimentos repetitivos,
associados a um esforço excessivo, o que fez com que muitos indivíduos passassem a sentir
dores, fazendo com que a incidência de patologias relacionadas ao trabalho aumentasse
progressivamente.
Historicamente, o primeiro relato a associar queixas dolorosas nos membros
superiores a tipos de atividade de trabalho foi feito, provavelmente, por Ramazzini, em 1713.
Apesar de esta primeira associação datar do século XVIII, só recentemente o assunto
despertou interesse mundial (MARTINS et al., 2001).
Deste modo, pode-se definir Doença Ocupacional como sendo toda moléstia
diretamente relacionada à atividade desempenhada pelo trabalhador ou às condições de
trabalho às quais ele está submetido. As mais comuns são as Lesões por Esforço Repetitivo
(LER) ou Doenças Ocupacionais Relacionadas ao Trabalho (DORT), que englobam cerca de
30 doenças, entre elas a tendinite (inflamação de tendão) e a tenossinovite (inflamação da
membrana que recobre os tendões).
LER ou DORT são os nomes dados às afecções de músculos, tendões, sinóvias
(revestimento das articulações), nervos, fáscias e ligamentos, isoladas ou combinadas, com ou
sem degeneração de tecidos, as quais atingem principalmente os membros superiores, região
escapular e pescoço (CODO, 1998). Outros autores relatam ainda que DORT’s sejam doenças
ocupacionais relacionadas a lesões por traumas cumulativos. É o resultado de uma
descompensação entre a capacidade de movimento da musculatura e a execução de
movimento rápido e constante (OLIVEIRA, 2003).
De acordo com Helfenstein (1998), a etiologia deste conjunto de afecções é complexa,
pois abrange vários fatores multifatoriais. Entretanto a carga dinâmica, ou seja, o movimento
repetitivo é geralmente solicitado aos músculos dos ombros, antebraço, punho e mãos para
execução de tarefas. No entanto a carga estática, ou de contração isométrica mantida é
22

geralmente requerida aos músculos do pescoço e da cintura escapular, a fim de manter os


membros superiores fixos em determinadas posições para executar as tarefas propostas.
“Quanto mais repetitivo o movimento durante o desenvolvimento da atividade
realizada pelo colaborador, maior será a probabilidade de aparecimento dos distúrbios, além
do tempo, pois a quanto mais alta a freqüência, maior a possibilidade de aparecer distúrbios”
(BARBOSA, 2002, p.95).

A ocorrência das LER/DORT em grande número de pessoas, em diferentes países e


em atividades consideradas leves, alterou o modo de pensar de que o trabalho pesado,
envolvendo esforço físico, fosse mais desgastante que o trabalho leve, neste sentido os
profissionais cujo foco de atenção é a saúde funcional especialmente na saúde do trabalhador,
vem atuando na educação em saúde, reeducação, prevenção e modificação de hábitos com
vistas a uma vida com mais qualidade.
Segundo a Organização Mundial do Trabalho (OMT) os países arcam com custos
médios equivalentes a 4% de seu Produto Interno Bruto (PIB) a cada ano, em decorrência de
acidentes de trabalho, de tratamento de doenças, de lesões e de incapacidades relacionadas ao
trabalho (ANDRADE, 2000).
Há dados que comprova que aproximadamente, 75% a 90% dos custos médios nas
empresas são devidos aos doentes com lombalgias crônicas, o que também poderá
desencadear os DORT (KSAN, 2003). O ônus gerado ao governo, às indústrias e aos
trabalhadores leva os meios médicos a realizar estudos e discussões que possam contribuir
para uma melhor compreensão dessa patologia, já considerada como epidemia
(FUNDACENTRO, 2009).
Esses distúrbios são responsáveis pela maior parte dos afastamentos do trabalho e
pelos custos com pagamentos de indenizações, tanto no Brasil como na maior parte dos países
industrializados. Segundo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) a LER é a
segunda causa de afastamento no Brasil. A cada 100 trabalhadores na região Sudeste, por
exemplo, um é portador de LER de acordo com a Organização Mundial Saúde - OMS, (1993).
Baseado em resultados de estudos, é interessante notar que os fatores que contribuem
para o surgimento das LER/DORT são: força, repetição, velocidade e movimentos como
cálculos, digitação, escrita, atendimento ao telefone, entre outros (FORNASARI et al., 2000).
Outro dado alarmante é que, aproximadamente, 75% a 90% dos custos médios nas empresas
são devidos aos doentes com lombalgias crônicas, o que também poderá desencadear os
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (KSAM, 2003).
23

O indivíduo treinado, fisicamente bem condicionado, que mantém posturas e


movimentos corretos durante a jornada de trabalho, que inclui intervalos apropriados para
descanso; terá maior probabilidade em desempenhar suas atividades no trabalho sem prejuízo
da sua saúde. Também um ambiente de trabalho organizado terá sempre uma baixa incidência
de enfermidades músculo-esqueléticas.
Contribuindo na prevenção e na redução das LER /DORT, a fisioterapia preventiva
visa à promoção da saúde e a melhoria das condições de trabalho, além de melhorar o
relacionamento interpessoal, de reduzir os acidentes de trabalho e, conseqüentemente, de
aumentar a produtividade, gerando um maior retorno financeiro para empresa.

2.3.1. Postura: Os efeitos sofridos pelo corpo

Segundo Bricot (2004), Charles Bell já apresentava o problema que a posturologia


tenta hoje resolver: como um homem consegue manter a postura em pé ou inclinada contra o
vento que sopra sobre ele? É necessário que as forças gravitacionais passem através do centro
dos eixos articulares, para que haja equilíbrio entre músculos, ligamentos e outras estruturas
adjacentes à articulação.
“A boa postura pode ser definida como a habilidade de manter o centro de massa
corporal em relação com a base de sustentação, a fim de evitar quedas e permitir a execução
correta dos movimentos” (JOÃO, 2007, p.214).

Para Palmer & Eplek (2000, p. 45), “a postura correta consiste no alinhamento do
corpo com eficiência biológica e biomecânica máximas, o que miniminiza os estresses e as
sobrecargas infligidas ao sistema de apoio pelos efeitos da gravidade”.

A boa postura pode ser definida como a habilidade de manter o centro de massa
corporal em relação com a base de sustentação, a fim de evitar quedas e permitir a execução
correta dos movimentos (WESTCOTT et al., 1997).
A má postura pode ser causa de várias lesões. Cuidar da postura no trabalho, no lazer e
em casa, fazer caminhada e alongamentos são atitudes que promovem a saúde e ajudam a
combater as lesões posturais. Muitas pessoas são acometidas de dores no corpo,
principalmente nas costas, e somente depois de algum tempo percebem que sua postura estava
errada. A educação postural é algo que se deve buscar desde a infância, para evitar problemas
na idade adulta.
24

É consenso na literatura especializada que a manutenção de uma má postura leva ao


desequilíbrio postural. Sendo assim, os trabalhadores que realizam as suas atividades laborais
desenvolvendo posições não adequadas estarão expostos a inadequações na postura. Então
relacionando postura e saúde do trabalhador, torna-se evidente que diversas afecções
ocupacionais podem surgir em decorrência destas inadequações. As posturas inadequadas
impõem esforços adicionais desequilibrados e inesperados, podendo atingir a coluna vertebral
e as extremidades superiores e inferiores. A disfunção postural pode ser causada pela adoção
de maus hábitos posturais, como no posicionamento prolongado associado à ocupação ou
ambiente de trabalho (RIBEIRO et al, 2006).

Os comprometimentos comuns associados às disfunções posturais são: dor por


sobrecarga biomecânica, comprometimento da mobilidade devido à restrição de músculos,
articulações ou fáscia, comprometimento muscular associado à fraqueza, devido a más
posturas sustentadas, controle postural insuficiente pelos músculos estabilizadores, senso
sinestésico de postura alterado associado a maus hábitos posturais prolongados, falta do
conhecimento do controle e da biomecânica vertebral saudável. (BARBOSA, 2002).
As posturas inadequadas impõem esforços adicionais desequilibrados e inesperados,
podendo atingir a coluna vertebral e as extremidades superiores e inferiores. A disfunção
postural pode ser causada pela adoção de maus hábitos posturais, como no posicionamento
prolongado associado à ocupação ou ambiente de trabalho (OLIVER, 1999).
Para prevenir algias e obter uma postura correta é preciso praticar atividades físicas
regularmente, corrigir sempre a própria postura nas atividades diárias domésticas e/ou
profissionais, mantendo a coluna ereta.

A avaliação postural envolve uma gama de fatores que a tornam complexa, como
características físicas do ambiente em que se vive, questões sócio-cultural e emocional,
sedentarismo, obesidade e outros. As práticas de atividades físicas também influenciam na
postura que podem causar desequilíbrios, gerando alterações de força, flexibilidade, equilíbrio
e coordenação motora, além de agir diretamente sobre o crescimento ósseo, de acordo com
João (2007).

Cada indivíduo está sujeito a sofrer as influências favoráveis ou negativas das


atividades que realiza ao longo da vida, e que certamente causarão impacto sobre a sua
postura. Para Kendal et al. (1995, p.84), “a concentração em um tipo de atividade
proporciona um alto percentual para desequilíbrio muscular”, dessa forma, as atividades
precisam ser consideradas de forma global para que se possa identificar quais os efeitos sobre
25

a postura do indivíduo. O autor acredita que “pode ser possível eliminar ou minimizar
influências posturais desfavoráveis intrínsecas a atividades relacionadas com elas caso as
implicações posturais sejam conhecidas e sejam feitos os ajustes sempre que seja prático”.

É sabido que para a correção dos defeitos posturais é necessário aplicar medidas
terapêuticas paralelas às orientações posturais, que visem os fundamentos de um bom
alinhamento.
26

CAPITULO IV

2.4. A BUSCA DA QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DO TRABALHO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida é a


“percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de
valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”
(FLECK, 2000, p. 34). Portanto, uma queda na qualidade de vida pode implicar em prejuízos
na saúde e contribuir na instalação de níveis de incapacidade para a realização de atividades
laborais, de lazer e sociais. (BUSS, 2000).

Podemos notar que há relação intrínseca entre trabalho exercido e qualidade de vida
do trabalhador. É relevante citar que as doenças ocupacionais aparecem como fator
desencadeante para o declínio de uma série de fatores correlacionados, perpassando desde a
produção diária em seu ambiente de trabalho até o próprio convívio em sociedade.

A saúde do trabalhador é uma preocupação no mundo moderno, merecedora de


diversos estudos na busca de desvendar seus segredos, melhorando a vida do trabalhador, sua
produtividade e os resultados oferecidos pela sociedade.

Para Ferreira (2000), como a evolução deste marco inicial do incentivo à promoção da
saúde, multiplicaram-se estudos feitos nos mais variados países, que tinham por finalidade
demonstrar, por exemplo, a importância sanitária da doação de medidas de controle da
poluição ambiental e em locais de trabalho, da prevenção de acidentes em geral, vacinação,
realização de exames de rastreamento de doenças, e, finalmente, o papel dos profissionais de
saúde como agentes catalisadores da mudança do estilo de vida prejudiciais para a saúde de
seus clientes.

Para Limongi-França (2004), a base da discussão sobre o conceito de qualidade de


vida encerra escolhas de bem-estar e percepção do que pode ser feito para atender às
expectativas criadas tanto por gestores como por usuários de ações de qualidade de vida na
empresa.

A busca de melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, não somente sua


melhoria econômica implica em diversas transformações, uma das quais é a busca de novas
formas de associação e organização. (SINGER, 2000).
27

Para Rodrigues (1996), uma melhor qualidade de vida no trabalho quer dizer não
somente ter melhores condições materiais, mas também buscar melhores condições de ter
maior autonomia, participação, condições para o auto desenvolvimento, enfim, ter condições
de maior auto-realização.

A preocupação com a Qualidade de Vida no Trabalho tem início a partir das


convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em que os países membros
adequaram a legislação em seus países para a melhoria do trabalho, principalmente no que
concerne à saúde, higiene e segurança do trabalhador.

Frank Pot em seu trabalho de pesquisa de (2003), apresenta a preocupação de vários


países em equalizar os procedimentos de qualidade de vida dos trabalhadores,
correlacionando a Qualidade de Vida no Trabalho com a produtividade, mostrando o quanto
as empresas deixam de ganhar, quanto gastam e, além disso, o custo social da má gestão dos
processos que afetam a saúde dos trabalhadores.

É necessário o conhecimento básico sobre Saúde Ocupacional e seus particulares


conhecimentos sobre a saúde do trabalhador, visto que um determinado grupo de doenças é
característico das atividades de trabalho e precisam receber abordagens especiais para que
possam ser tratadas adequadamente. As doenças específicas ligadas a cada atividade, não se
limitam apenas as Doenças Ocupacionais Relacionadas ao Trabalho (DORT). Estreitar laços
com médicos e enfermeiros, mas não se esquecer dos assistentes sociais e psicólogos, que,
certamente, muito acrescentam ao nosso trabalho.

2.4.1.Questionário SF-36: um método avaliativo para qualidade de vida

Santos (2006), apud Thompson (1996), referem que a avaliação da qualidade de vida
através de questionários tem sido reconhecida como uma importante área do conhecimento
científico no campo da saúde. Isto porque os conceitos de saúde e qualidade de vida se
interpõem – considerados como satisfação e bem-estar nos âmbitos físico, psíquico,
socioeconômico e cultural – e a prioridade nos tratamentos de quaisquer doenças ou
síndromes tem sido cada vez mais, a busca pela saúde, em seu âmbito mais abrangente, e a
melhora da qualidade de vida. Neste sentido o uso de questionários de qualidade de vida
permite uma avaliação mais objetiva desta combinação de fatores subjetivos. Na prática
28

clínica, eles podem identificar os âmbitos mais influenciados por determinada síndrome e
avaliar a efetividade de uma intervenção e da análise de custo-utilidade do tratamento.
Estes instrumentos podem ser específicos ou genéricos. Os instrumentos específicos
são capazes de avaliar de forma particular, determinados aspectos da qualidade de vida,
próprios de uma população com uma determinada doença.
Já os instrumentos genéricos foram desenvolvidos com o objetivo de estudar a
qualidade de vida de indivíduos com qualquer patologia, ou mesmo de indivíduos saudáveis.
Muito utilizado, o Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey (SF-
36), é um instrumento de medida de qualidade de vida desenvolvido no final dos anos 80 nos
Estados Unidos da America - EUA (VIACAVA, 2002). Este instrumento foi traduzido e
validado no Brasil para avaliar a qualidade de vida em pacientes com artrite reumatóide e
mostrou-se adequado às condições socioeconômicas e culturais da população brasileira, sendo
de fácil e rápida administração. (CICONELLI, 1999).
Martinez (2002), coloca que o SF-36 é um questionário genérico, com conceitos não
específicos para uma determinada idade, doença ou grupo de tratamento e que permite
comparações entre diferentes patologias e entre diferentes tratamentos. Considera a percepção
dos indivíduos quanto ao seu próprio estado de saúde e qualidade de vida contemplado os
aspectos mais representativos da saúde. É também de fácil administração e compreensão, do
tipo auto-aplicável.
O SF-36 foi criado a partir de uma revisão dos instrumentos ligados a qualidade de
vida já existentes na literatura nos últimos 20 anos, Ciconelli (1997). O SF-36 é um inventário
que avalia 8 aspectos distintos:
1. Capacidade Funcional (10 itens) os itens avaliam tanto a presença como a extensão das
limitações impostas à capacidade física (em 3 níveis: muita, pouca ou sem limitação);
2. Aspectos físicos (4 itens);
3. Aspectos emocionais (3 itens);
4. Dor (2 itens) foram baseados numa questão do SF-20 sobre a intensidade da dor, acrescida
de uma questão sobre a interferência da dor nas atividades da vida diária do paciente;
5. Estado Geral de Saúde (5 itens) derivados do questionário General Health Rating Index
(GHRI);
6. Vitalidade (4itens) considera tanto o nível de energia, como o de fadiga e foram derivados
do questionário de avaliação de Saúde Mental (Mental Health Inventory (MHI));
7. Aspectos Sociais (2 itens) analisam a integração do indivíduo em atividades sociais;
8. Saúde Mental (5 itens).
29

Estes itens foram escolhidos porque resumem os 38 itens do questionário de avaliação


de Saúde Mental (MHI-38). Procuram investigar as dimensões: ansiedade, depressão,
alterações do comportamento ou descontrole emocional e bem estar psicológico.
Os itens são avaliados, dando-se um resultado para cada questão, que são
posteriormente transformados numa escala de 0 a 100, em que zero é considerado o pior e 100
o melhor estado (TEIXEIRA, 2002).
30

CAPITULO V

2.5. FISIOTERAPIA PREVENTIVA: O CAMINHO PARA O BEM ESTAR

A fisioterapia preventiva preconiza a prevenção, promoção e recuperação da saúde das


pessoas, de forma integral e contínua. “Quem trabalha com prevenção tem de se preparar para
antecipação de um evento, pois que de outro modo o evento já virou doença”, afirma
(BARBOSA, 2002, p. 112). Desse modo é possível aplicar até mesmo recursos curativos,
porém com objetivos profiláticos, o que resulta em mudança na visão e atuação dos
profissionais da saúde.
O processo preventivo pode ser dividido em quatro etapas, como sugere Barbosa
(2002): a) Conhecer os processos fisiopatológicos; b) Informar amplamente; c) Agir pró -
ativamente e d) Conscientizar. Seguindo essas etapas, assegura-se que o trabalho preventivo
possui maior probabilidade de ser executado com eficiência e obter resultados satisfatórios.
“Sendo o fisioterapeuta um profissional da área da saúde, além de capacitado, tem a
responsabilidade de atuar como agente provedor de saúde, atuando diretamente nos três níveis
de prevenção”, segundo Albiero et al. (2005, p.3). Esses níveis são: prevenção primária,
secundária e terciária. A fisioterapia atua no nível terciário, realizando atendimentos
domiciliares.
O fisioterapeuta proporciona uma relação mais próxima entre paciente e terapeuta,
além de permitir que o profissional conheça as condições em que vive o indivíduo, o que
contribui para um atendimento mais personalizado.
Tendo a oportunidade de reconhecer os sinais de uma patologia, o fisioterapeuta pode
fazer uso de recursos fisioterápicos, ou não, reduzindo os fatores que potencializam os
sintomas da doença.
De acordo com Gimenes (2005, p. 9), “investir na saúde e na qualidade de vida do
trabalhador preventivamente é mais vantajoso do que arcar com sua debilidade ocupacional,
ou até sua demissão”. Em suma, a Fisioterapia preventiva é mais lucrativa tanto para o
empregador que se conscientiza com a segurança do seu empregado, quanto para o segundo,
que fica mais protegido de doenças osteomioarticulares pertinentes ao trabalho.
31

3. METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada a partir da aprovação da orientadora (APÊNDICE 1) e da co-


orientadora (APÊNDICE 2), do responsável pelo Departamento de Conservação e
Manutenção (DECOM) da Universidade da Amazônia (APÊNDICE 3), do Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP), da Universidade da Amazônia pelo Protocolo N° 250702/09 e dos
indivíduos pesquisados por meio do termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
(APÊNDICE 4).

3.1 TIPO DE ESTUDO

O tipo de estudo realizado é de caráter Analítico, descritivo, observacional e


transversal.

3.2 LOCAL DO ESTUDO

O presente estudo foi desenvolvido na Universidade da Amazônia localizada na


Avenida Alcindo Cacela, nº 287 bairro do Umarizal, Av. Senador Lemos, nº 2809, bairro
Telégrafo e Tv. Quintino bocaiúva, nº 1808, bairro Nazaré em Belém-Pará, no turno
vespertino de junho a setembro de 2009, nos dias da semana de segunda a sexta-feira.

3.3 AMOSTRA

O estudo foi realizado com um total de 18 trabalhadores do setor de limpeza do sexo


masculino, com idades variadas de 27 a 60 anos. Participaram da pesquisa todos aqueles que
se enquadraram nos critérios de inclusão.
32

3.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Foram inclusos todos trabalhadores do setor de limpeza que são lotados no DECOM,
com idade entre 27 a 60 anos, do sexo masculino que aceitaram participar do estudo, e que
assinaram o TCLE (APÊNDICE 4).

3.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos os trabalhadores do setor de limpeza que não estavam lotados no


DECOM, que estavam fora da faixa etária da pesquisa, que apresentavam alterações
psicológicas/ cognitivas, que não puderam responder o questionário e que não tinham
assinado o TCLE (APÊNDICE 4).

3.6 COLETA DE DADOS

Os trabalhadores do setor de limpeza participantes da pesquisa foram submetidos a


dois questionários. O primeiro refere-se aos hábitos no trabalho, possui 31 perguntas
fechadas. O questionário possui perguntas quanto a adoção de atitudes relacionadas à
segurança do trabalho, satisfação do trabalhador, fatores ligados ao esforço físico, fatores
relativos ao final do expediente, movimentos realizados durante um dia normal de trabalho.
Tais perguntas relacionam-se com a rotina de trabalho, fatores que podem ou não influenciar
para o desenvolvimento de dores osteomioarticulares (APÊNDICE 5).

Já o segundo questionário relacionado com a qualidade de vida o SF-36


(CICONNELI, 2007) é um questionário multidimensional formado por 36 itens, englobados
em 8 escalas ou componentes: Capacidade Funcional (10 itens), Aspectos Físicos (4 itens),
Dor (2 itens), Estado Geral de Saúde (5 itens), Vitalidade (4 itens), Aspectos Sociais (2 itens),
Aspectos Emocionais (3 itens), Saúde Mental (5 itens) e mais uma questão de avaliação
comparativa entre as condições de saúde atual e de um ano atrás. Avalia tanto aspectos
33

negativos de saúde (doença ou enfermidade), como aspectos positivos (bem-estar). Cada


componente varia de zero a 100, sendo zero o pior escore e, 100 o melhor (ANEXO 1).

3.7 ANÁLISE DOS DADOS

Para a análise estatística foram utilizados métodos descritivos e inferenciais. Na


análise descritiva foram determinadas principais medidas numéricas, a saber: Média,
Mediana, Desvio-Padrão, Mínimo, Máximo para variáveis quantitativas. Quanto à análise
inferencial foi aplicado o teste estatístico U de Mann-Whitney destinado a comparar a
diferença entre as medianas de duas amostras cujos escores são a nível ordinal. Outro teste o
de Exato de Fisher verificou-se a associação e o local de dor (Cervical, MMSS, Tronco e
MMII), e o Fator de risco. O teste de correlação linear de Pearson foi aplicado com objetivo
de verificar a associação entre duas variáveis quantitativas. Fica estabelecido o nível de
significância alfa = 0,05 como padrão de decisão para rejeição da hipótese de nulidade. Foram
indicadas com asterisco (*) as diferenças estatisticamente significativas. Todo o
processamento estatístico foi realizado sob o suporte computacional do pacote bioestatístico
BioEstat versão 5.

3.8 RISCOS E BENEFÍCIOS

Durante a pesquisa, os trabalhadores de limpeza não foram expostos a nenhum tipo de


risco, pois nenhuma conduta fisioterapêutica foi realizada, bem como as pesquisadoras
também não estavam sujeitas a nenhum tipo de risco.

Através dos questionários aplicados, foi possível trazer como beneficio aos
trabalhadores de limpeza informações sobre possíveis dores ocupacionais causadas pelo seu
trabalho, e assim mostrá-los como melhorar sua qualidade de vida para que não sejam
prejudicados futuramente, o qual pode ser criado um projeto futuro. Enquanto para as
pesquisadoras, o beneficio foi a ampliação de seus conhecimentos científicos.
34

De acordo com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (2000), os


resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em sigilo, sendo divulgados apenas em
publicações cientificas, sem mencionar os dados pessoais dos pesquisados.
35

4. RESULTADOS

O Departamento de Conservação e Limpeza (DECOM) é composto por 18


funcionários do sexo masculino, sendo que estes ocupam o cargo de auxiliar de serviços
gerais na Universidade da Amazônia (UNAMA). A variação da idade é de 27 anos a 60 anos,
em relação ao estado civil, a maioria se diz solteiro (55.56%) e quanto ao grau de
escolaridade, 9 (50%) possuem ensino médio completo.
As características sócio-demográficas dos funcionários do DECOM da UNAMA
pesquisados estão representadas na tabela1 abaixo.

Tabela 1: Descrição geral da amostra, segundo as características sócio-demográficas.


Características (n=18)
Idade
[min-máx], mediana [27-60], 36
Média ±dp 38.7± 9.8
Sexo n (%)
Masculino 18 (100.0)
Feminino 0 (0.0)
Estado Civil: n (%)
Casado 6 (33.33)
Solteiro 10 (55.56)
Viúvo 2 (11.11)
p-valor 0.0695
Escolaridade n (%)
Fundamental Incompleto 5 (27.78)
Médio Completo 9 (50.00)
Médio Incompleto 4 (22.22)
p-valor 0.3114
Fonte: Protocolo da pesquisa.
Teste Qui-Quadrado (para uma amostra)

As principais atividades da limpeza são: limpeza janelas, porta, escadas; limpeza e


enceramento dos pisos; limpeza de salas de aula, quadro negro, banheiros, gabinetes,
auditórios e laboratórios; limpeza dos vidros e divisórias; limpeza e capinagem do
estacionamento; recolher o lixo. Além do trabalho de limpeza e conservação, também é
realizado o carregamento de materiais, equipamentos, móveis, quando solicitados pela
instituição.
36

Algumas das principais atividades estão representadas nas figuras 1 a 16:

Figura1: Limpeza do Banheiro Figura2: Limpeza do Banheiro

Figura3: Limpeza Banheiro Figura4: Limpeza Banheiro


37

Figura5: Limpeza de sala aula Figura6: Limpeza Gabinete

Figura7: Limpeza Gabinete Figura8: Limpeza Gabinete


38

Figura9: Recolhendo Lixo Figura10: Recolhendo Lixo

Figura11: Limpeza Quadro Figura12: Limpeza Quadro


39

Figura13: Limpeza de vidro Figura14: Limpeza de piso

Figura15: Limpeza de piso Figura16: Limpeza de piso

A figura 17 refere-se à prevalência de algias conforme o local afetado, a maioria dos


participantes da pesquisa, no total de 10 (55.6%) referiu algias no Tronco como a principal
moléstia, 27.8% apresentaram algias na Cervical, 22.2% apresentaram algias nos Membros
Superiores (MMSS), 16.7% apresentaram algias nos Membros Inferiores (MMII).
40

Figura 17: Prevalência de algias conforme o local afetado.


Prevalência (%)
60

50

40

30

20

10

0
Cervical MMSS Tronco MMII

Local da dor

Fonte: Protocolo da pesquisa.

As medias de Qualidade de Vida obtida com a aplicação do SF-36 em 18 entrevistados


estão apresentadas na tabela 2.
Foram observados escorres médio, em geral, acima de 50 para a maioria dos domínios.
Considerando-se que o escore em cada domínio pode variar de zero a 100, os resultados
demonstram valores médios elevados na grande maioria dos domínios analisados. Os
Aspectos Emocionais apresentou a maior pontuação e estado geral de saúde a menor
pontuação.
Ao realizar-se a avaliação da qualidade de vida na amostra geral (n=18), o protocolo
SF-36 apresenta os resultados divididos em domínios, visto que a qualidade de vida é um
conceito multifatorial. Os domínios do SF-36 apresentaram os seguintes resultados: O
domínio Limitação por Aspectos Emocionais apresentou a maior média (76±31.9), em
segundo lugar o domínio Limitação por Aspectos Físicos (75±22.7), o domínio Capacidade
Funcional apresentou a terceira maior pontuação (74±21.4). Os outros domínios apresentaram
valores médios considerados baixos: o domínio Dor (31±14.1), o domínio Vitalidade
(49±16.9), o domínio Aspectos Sociais (46±10.5), e o domínio Saúde Mental (54 ±14.2).
Entretanto, o domínio Estado Geral da Saúde (30±9.9) foi o domínio com menor pontuação
média.
41

Tabela 2: Descrição geral dos domínios SF-36.


Min-Máx Mediana P25-P75 Média ±dp
Capacidade Funcional 25-100 80 56-90 74 ±21.4
Limitação Aspectos Físicos 25-100 75 56-100 75 ±22.7
Dor 10-60 30 20-38 31 ±14.1
Estado Geral Saúde 15-50 30 21-39 30 ±9.9
Vitalidade 5-70 53 40-60 49 ±16.9
Aspectos Sociais 13-63 50 41-50 46 ±10.5
Limitação Aspectos Emocionais 0-100 100 67-100 76 ±31.9
Saúde Mental 24-76 56 49-60 54 ±14.2
Fonte: Protocolo da pesquisa.

Dentre todas as associações de Dor na Cervical e Fatores de Risco, observou-se que


somente o fator “Outra ocupação” (Figura 18) apresentou associação significativa (p-
valor=0.0474*). Observou-se que a “Dor na cervical” era presente em 80% dos trabalhadores
que declararam ter “Outra ocupação”, entretanto, nos trabalhadores sem “Outra ocupação”
apenas 23.1% apresentavam Dor no Cervical. Para medir a força dessa associação foi
calculado o Odds Ratio (OR=13.33) o qual indica que o risco de Dor na Cervical é 13 vezes
maior nos trabalhadores que possuem outro emprego.

Figura 18:Ocorrência (absoluta) de Dor na Cervical e Outra ocupação, (n=18).

Dor na cervical

Fonte: Protocolo da pesquisa.

Quanto as outras associações não verificou-se uma associação significativa entre fator
de risco e dor na cervical, visto que o p-valor > 0.05 (Tabela 3). Entretanto, foi observado que
100% dos entrevistados usam Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), mas apenas 67%
42

(12 trabalhadores) referem terem sido treinados para realizar o trabalho. Que o esforço físico
intenso ocorre em 100% dos trabalhadores que apresentam dor na cervical e essa percentagem
cai para 69.2% nos trabalhadores que não apresentam dor na cervical. Que para 80% dos
trabalhadores que apresentam outros tipos de algia, a dor ocorre no final do expediente, e essa
percentagem cai para 61.5% nos trabalhadores que não apresentam a dor, especificamente, na
cervical. Não há discordâncias significativas sobre o motivo da dor. Foi observado que os
movimentos de correr e pular são realizados por 100% dos trabalhadores entrevistados.

Tabela 3: Verificação da Associação entre Dor na Cervical e Fatores de Risco


(n=18).
Presente (n=5) Ausente (n=13)
Sim % Sim % p-valor
Adoção de atitudes relacionadas à
segurança do trabalho
Treinamento para o trabalho 4 80 8 61.5 0.6148
Orientação riscos 4 80 10 76.9 0.9998
Acesso a EPI 5 100 11 84.6 0.9998
Usa EPI 5 100 13 100 0.9998
Satisfação do trabalhador
Trabalha Satisfeito 5 100 10 76.9 0.6148
Hora Extra 4 80 9 69.2 0.9998
Outra Ocupação 4 80 3 23.1 0.0474*
Intervalos 5 100 12 92.3 0.9998
Fatores ligados ao esforço físico
Esforço físico intenso 5 100 9 69.2 0.2778
Atividade exige postura adequada 4 80 11 84.6 0.9877
Alongamento 3 60 4 30.8 0.326
Musculação 1 20 4 30.8 0.9998
Padrão repetitivo 4 80 12 92.3 0.4902
Cansado no final do expediente 4 80 11 84.6 0.9877
Fatores relativos ao final do expediente
Dores no final do expediente 4 80 8 61.5 0.6148
Dor atrapalha trabalho 2 40 3 23.1 0.5826
Faz algo para passar dor 3 60 9 69.2 0.9993
Motivo da dor esforço excessivo 2 40 6 46.2 0.9998
Motivo da dor ritmo do trabalho 2 40 3 23.1 0.5826
Motivo da dor relacionada ao processo trabalho 0 0 3 23.1 0.5221
Motivo da dor descuido 0 0 2 15.4 0.9998
Motivo da dor falta treinamento 2 40 2 0 0.5327
Movimentos realizados durante um dia
normal de trabalho
Movimento agachar-se 3 60 6 46.2 0.6471
Movimento correr 5 100 13 100 0.9998
Movimento pular 5 100 13 100 0.9998
Movimento varrer 2 40 6 46.2 0.9998
Movimento carregar peso 4 80 7 53.8 0.5956
Movimento subir descer escada 3 60 8 61.5 0.9975
Fonte: Protocolo da pesquisa.
*Teste Exato de Fisher.
43

Para avaliar associação entre dor no MMSS e fator de risco (Tabela 4) foi aplicado o
Teste Exato de Fisher o qual não encontrou associação estatisticamente significante, visto que
para cada fator de risco o resultado do p-valor >0.05, considerado não significativo.

Tabela 4: Verificação da Associação entre Dor no MMSS e Fatores de risco


(n=18).
Presente (n=4) Ausente (n=14)
Sim % Sim % p-valor
Adoção de atitudes relacionadas à segurança
do trabalho
Treinamento trabalho 3 75 9 64.3 0.9998
Orientação riscos 3 75 11 78.6 0.9814
Acesso a EPI 4 100 12 85.7 0.9998
Usa EPI 4 100 14 100 0.9998
Satisfação do trabalhador
Trabalha Satisfeito 4 100 11 78.6 0.5539
Hora Extra 2 50 11 78.6 0.5327
Outra Ocupação 0 0 7 50 0.1193
Intervalos 4 100 13 92.9 0.9998
Fatores ligados ao esforço físico
Esforço físico intenso 3 75 11 78.6 0.9814
Atividade exige postura adequada 4 100 11 78.6 0.5539
Alongamento 2 50 5 35.7 0.9998
Musculação 2 50 3 21.4 0.5327
Padrão repetitivo 4 100 12 85.7 0.9998
Cansado no final do expediente 4 100 11 78.6 0.5539
Fatores ligados ao final do expediente
Dor no final do expediente 4 100 11 79 0.3421
Dor atrapalha trabalho 0 100 5 57.1 0.2778
Faz algo para passar dor 4 0 8 35.7 0.2451
Motivo da dor esforço excessivo 3 100 5 57.1 0.2745
Motivo da dor ritmo do trabalho 1 75 4 35.7 0.9998
Motivo da dor relacionado ao processo do trabalho 1 25 2 28.6 0.9951
Motivo da dor descuido 1 25 1 14.3 0.4052
Motivo da dor falta treinamento 0 25 4 7.1 0.5242
Movimentos realizados durante um dia normal de
trabalho
Movimento agachar-se 1 25 8 57.1 0.3294
Movimento correr 4 100 14 100 0.9998
Movimento pular 4 100 14 100 0.9998
Movimento varrer 1 25 7 50 0.5882
Movimento carregar peso 4 100 7 50 0.1193
Movimento subir descer escada 2 50 9 64.3 0.9998
Fonte: protocolo da pesquisa.
44

A avaliação estatística para testar a existência de associação entre dor no tronco e


fatores de risco (Tabela 5) foi realizada através do Teste Exato de Fisher. Em todos os fatores
avaliados o teste de hipóteses evoluiu para um p-valor >0.05, o qual não é estatisticamente
significante, portanto não há evidências suficientes para confirmar a associação entre os
fatores avaliados e a dor no tronco.

Tabela 5: Verificação da Associação entre Dor no Tronco e Fatores de risco


(n=18).
Presente (n=10) Ausente (n=8)
Sim % Sim % p-valor
Adoção de atitudes relacionadas à segurança
do trabalho
Treinamento trabalho 6 60 6 75 0.638
Orientação riscos 8 80 6 75 0.9998
Acesso a EPI 9 90 7 87.5 0.9998
Usa EPI 10 100 8 100 0.9998
Satisfação do trabalhador
Trabalha Satisfeito 7 70 8 100 0.2157
Hora Extra 7 70 6 75 0.9998
Outra Ocupação 4 40 3 37.5 0.9998
Intervalos 9 90 8 100 0.9998
Fatores ligados ao esforço físico
Esforço físico intenso 7 70 7 87.5 0.5882
Atividade exige postura adequada 8 80 7 87.5 0.9998
Alongamento 2 20 5 62.5 0.1448
Musculação 2 20 3 37.5 0.6078
Padrão repetitivo 9 90 7 87.5 0.9998
Cansado no final do expediente 9 90 6 75 0.5588
Fatores ligados ao final do expediente
Movimento agachar-se 5 50 4 50 0.9998
Movimento correr 10 100 8 100 0.9998
Movimento pular 10 100 8 100 0.9998
Movimento varrer 7 70 1 12.5 0.5882
Movimento carregar peso 5 50 6 75 0.3665
Movimento subir descer escada 8 80 3 37.5 0.1448
Movimentos realizados durante um dia normal
de trabalho
Dores no final do expediente 6 60 6 75 0.6382
Dor atrapalha trabalho 3 30 2 25 0.9998
Faz algo para passar dor 6 60 6 75 0.6381
Motivo da dor esforço excessivo 2 20 6 75 0.0536
Motivo da dor ritmo do trabalho 3 30 2 25 0.9998
Motivo da dor relacionado ao processo do trabalho 3 30 0 0 0.2157
Motivo da dor descuido 2 20 0 0 0.4771
Motivo da dor falta treinamento 2 20 2 25 0.9998
Fonte: Protocolo da pesquisa
45

A avaliação quantitativa da associação entre dor no MMII e os Fatores de Riscos


(Tabela 6), e o provável motivo da dor foi realizada pelo Teste Exato de Fisher, o qual avaliou
a significância estatística entre a exposição aos fatores e a ocorrência desse tipo de algia. Os
fatores não apresentaram evidências estatisticamente significante (p-valor >0.05) de
associação com a dor no MMII.

Tabela 6: Verificação da Associação entre Dor no MMII e Fatores de Riscos


(n=18).
Presente (n=3) Ausente (n=15)
Sim % Sim % p-valor
Adoção de atitudes relacionadas à segurança
do trabalho
Treinamento trabalho 1 33.3 11 73.3 0.2451
Orientação riscos 3 100 11 73.3 0.5539
Acesso a EPI 2 66.7 14 93.3 0.3137
Usa EPI 3 100 15 100 0.9998
Satisfação do trabalhador
Trabalha Satisfeito 3 100 12 80 0.9998
Hora Extra 2 66.7 11 73.3 0.9877
Outra Ocupação 1 33.3 6 40 0.9998
Intervalos 3 100 14 93.3 0.9998
Fatores ligados ao esforço físico
Esforço físico intenso 3 100 11 73.3 0.5539
Atividade exige postura adequada 3 100 12 80 0.9998
Alongamento 2 66.7 5 33.3 0.5282
Musculação 2 66.7 3 20 0.1716
Padrão repetitivo 3 100 13 86.7 0.9998
Cansado no final do expediente 2 66.7 13 86.7 0.4412
Fatores ligados ao final do expediente
Dores no final do expediente 2 66.7 10 66.7 0.9755
Dor atrapalha trabalho 0 0 5 33.3 0.5221
Faz algo para passar dor 3 100 9 60 0.5147
Motivo da dor esforço excessivo 1 33.3 7 46.7 0.9998
Motivo da dor ritmo do trabalho 1 33.3 4 26.7 0.9877
Motivo da dor relacionado ao processo do trabalho 1 33.3 2 13.3 0.4412
Motivo da dor descuido 1 33.3 1 6.7 0.3137
Motivo da dor falta treinamento 0 0 4 26.7 0.5539
Movimentos realizados durante um dia normal de
trabalho
Movimento agachar-se 2 66.7 7 46.7 0.9998
Movimento correr 3 100 15 100 0.9998
Movimento pular 3 100 15 100 0.9998
Movimento varrer 2 66.7 6 40 0.5588
Movimento carregar peso 2 66.7 9 60 0.9998
Movimento subir descer escada 2 66.7 9 60 0.9998
Fonte: protocolo da pesquisa.
46

Na avaliação estatística da correspondência entre Qualidade de vida e Dor na Cervical


(Tabela 7) foi realizada pela correlação linear de Pearson, conforme recomenda Ayres (2007,
p.76). Os oito aspectos da qualidade de vida (SF-36) avaliados não apresentaram
correspondência estatisticamente significante (p-valor > 0.05) com a dor na Cervical.

Tabela 7: Associação entre Qualidade de vida e Dor na Cervical


Dor Cervical Presente (n=5) Ausente (n=13) p-valor
Capacidade Funcional 90 80 0.3243
83 ±17.2 71 ±22.4
Limitações Aspectos Físicos 75 75 0.6934
70 ±27.4 77 ±21.6
Dor 30 30 0.6573
28 ±8.4 32 ±15.9
Estado Geral Saúde 20 30 0.0611
23 ±7.6 33 ±9.5
Vitalidade 55 50 0.8053
49 ±16.4 49 ±17.8
Aspectos Sociais 37.5 50 0.1039
38 ±15.3 49 ±6.02
Limitações Aspectos Emocionais 100 66.7 0.2000
93 ±14.9 69 ±34.6
Saúde Mental 52 56 0.7674
54 ±14.9 54 ±14.6
Fonte: Protocolo da pesquisa.

A avaliação estatística da correspondência entre Qualidade de vida e Dor no MMSS


(Tabela 8) foi realizada pela correlação linear de Pearson, conforme recomenda Ayres (2007,
p.76). Dos oito aspectos da qualidade de vida (SF-36) um apresentou significância estatística,
o domínio Limitações de Atividades Emocionais (p-valor=0.0093*), pois quando comparados
os presentes e ausentes, observa-se que os ausentes apresentaram melhores escores do que os
com dor presente, enquanto os demais não apresentaram correspondência estatisticamente
significante (p-valor > 0.05) com a dor no MMSS.
47

Tabela 8: Associação entre Qualidade de vida e Dor no MMSS.


Dor MMSS Presente (n=4) Ausente (n=14) p-valor
Capacidade Funcional 60 87.5 0.1371
61.3 ±14.4 78 ±22
Limitações Aspectos Físicos 50 75 0.2025
62.5 ±25.0 79 ±22
Dor 30 30 0.3956
35 ±10 30 ±15
Estado Geral Saúde 40 30 0.1843
35 ±10 29 ±9.7
Vitalidade 45 52.5 0.5240
40 ±28 52 ±13
Aspectos Sociais 50 50 0.9998
47 ±6.3 46 ±11.6
Limitações Aspectos Emocionais 33.3 100 0.0093*
33 ±27 88 ±21.0
Saúde Mental 56 56 0.9577
54 ±20.0 54 ±13.2
Fonte: Protocolo da pesquisa.

A avaliação estatística da correspondência entre Qualidade de vida e Dor no tronco


(Tabela 9) foi realizada pela correlação linear de Pearson. Dos oito aspectos da qualidade de
vida (SF-36) um apresentou significância estatística, o domínio Aspectos Sociais (p-
valor=0.0185*), pois quando comparados os presentes e ausentes, observa-se que os presentes
apresentaram melhores escores do domínio Aspectos Sociais do que os ausentes. Assim esse
domínio apresentou diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos, enquanto os
demais domínios não apresentaram correspondência estatisticamente significante (p-valor >
0.05) com a dor no tronco.
48

Tabela 9: Associação entre Qualidade de Vida e Dor no Tronco.


Tronco Presente (n=10) Ausente (n=8) p-valor
Capacidade Funcional 83 70 0.7558
76 ±23 73 ±20
Limitações Aspectos Físicos 75 75 0.8590
75 ±26 75 ±19
Dor 30 30 0.8242
32 ±17 30 ±11
Estado Geral Saúde 30 33 0.8590
30 ±10 30 ±10
Vitalidade 53 45 0.6569
53 ±9.0 45 ±24.0
Aspectos Sociais 50 38 0.0185*
51 ±4.0 39 ±12
Limitações Aspectos Emocionais 100 50 0.0914
90 ±16 58 ±39
Saúde Mental 58 54 0.1551
57 ±16 50 ±12
Fonte: Protocolo da pesquisa.

A avaliação da associação entre Qualidade de Vida e Dor no MMII (Tabela 10) não
foi possível a realização do teste estatístico de Mann-Whitney, devido à insuficiência de
dados, o qual não se aplica em amostra com menos de quatro indivíduos, pois poucos casos
(n=3) foram afirmativos de Dor no MMII. Entretanto destacaram-se as seguintes observações.
O domínio Capacidade Funcional apresentou os maiores escores medianos, e o domínio
Estado Geral de Saúde os piores escores.
49

Tabela 10: Associação entre Qualidade de vida e Dor no MMII.


Dor MMII Presente (n=3) Ausente (n=15)
Capacidade Funcional 90 80
87 ±6.0 72 ±23
Limitações Aspectos Físicos 50 75
50 ±25 80 ±19.0
Dor 30 30
27 ±6.0 32 ±15
Estado Geral Saúde 25 30
25 ±5.0 31 ±10
Vitalidade 60 50
62 ±8 47 ±17
Aspectos Sociais 50 50
46 ±7 46 ±11
Limitações Aspectos Emocionais 67 100
67 ±33 78 ±33
Saúde Mental 76 56
71 ±9 50 ±13
Fonte: Protocolo da pesquisa.

A avaliação da correspondência linear entre a intensidade da dor, medida pela escala


visual analógica de dor e os oito domínios da qualidade de vida (SF-36) (Tabela 11) foi
avaliada pela correlação linear de Pearson. Entre todos os avaliados somente o domínio “Dor”
apresentou associação estatisticamente significante (p-valor = 0.0088*), portanto, nos outros
domínios não se observou associação significativa com a dor (p-valor >0.05).

Tabela 11: Correlação entre os domínios da Qualidade de Vida e a Intensidade da dor.


Coeficiente de
Domínios p-valor Associação com a Dor
Correlação
Capacidade Funcional -0.0624 0.8056 Inexistente
Limitações Aspectos Físicos -0.0392 0.8773 Inexistente
Dor 0.5972 0.0088* Fraca, mas existente
Estado Geral Saúde -0.1264 0.6173 Inexistente
Vitalidade -0.1314 0.6031 Inexistente
Aspectos Sociais 0.2963 0.2303 Inexistente
Limitações Aspectos Emocionais 0.3031 0.2214 Inexistente
Saúde Mental 0.1068 0.6731 Inexistente
Fonte: Protocolo da pesquisa.
50

5. DISCUSSÃO

A presente discussão pretende enfatizar os aspectos mais importantes encontrados


nesse estudo, visando contribuir para prevenção dos fatores de risco existentes no processo de
trabalho de limpeza.
Tendo em vista que as atividades de trabalho na maioria das vezes predispõem
sobrecarga na atuação profissional do indivíduo, seja por cargas de peso excessivo a estrutura
corporal, bem como, a sobrecarga de executar uma tarefa e manter-se por muito tempo na
mesma postura com repetidos movimentos Lesões por esforço repetitivo/ Doenças
osteomioarticulares relacionadas ao trabalho (LER/DORT), estudos relatam problemas
álgicos à postura corporal inadequada nas atividades de vida diária (KNOPPLICH, 1996).
Através do questionário de desconforto/dor Rocha (2003), em sua pesquisa pode
identificar que os funcionários do setor de limpeza apresentam desconforto e dor nos
membros superiores (ombros, cotovelo, punhos), dor no tronco (costas inferior), dor na
cervical, dor nos membros inferiores (pernas e pés). Estudos similares realizado com
trabalhadores de limpeza de escolas e hospitais no Reino Unido através do Robens Centre for
Heath Ergonomics, os resultados obtidos identificaram a alta prevalência de desconforto e dor
de natureza musculoesquelética. As principais áreas afetadas são: cotovelo, joelho, punho e
mão direita, costas, pescoço e ombro direito.
As ferramentas inadequadas, repetitividade de tarefas, posturas e a organização do
trabalho foram associadas com o aumento dos problemas de riscos musculoesquelético
(WOODS, BUCKLE, 2000 apud ROCHA, 2003).
Corroborando com Martarello e Bennatii (2009), que em seu estudo 37% dos
trabalhadores de higiene e limpeza apresentaram dor na região do pescoço e membros
inferiores.
Segundo resultados de sua pesquisa Cabeça (2009), constatou que as queixas
persistentes foram mais freqüentes na região cervical, mão e dedos e ombro.
Os resultados do presente estudo mostraram resultados satisfatórios para pesquisa,
porém, estatisticamente não houve significância, visto que para cada fator de risco o resultado
do p-valor >0.05, em razão de a amostra ser pequena, visto que a quantidade de trabalhadores
do sexo masculino lotados no Departamento de Conservação e Limpeza (DECOM) não é
representativa. Entretanto foi possível extrair considerações relevantes a respeito das
51

influências que esses profissionais recebem em sua constituição física e emocional em função
do trabalho executado.
Pelo questionário de hábitos no trabalho demonstrou que mais da metade dos
trabalhadores do setor de limpeza indicou o tronco como o segmento corporal mais atingido
pelos sintomas osteomusculares.
Ainda que não tenha sido significativa a verificação da associação entre fatores de
risco e algias, esse fato não pode ser ignorado, uma vez que os trabalhadores de limpeza
costumam relatar queixas nas costas atribuídas à limpeza de janela (postura) e manuseios de
saco de lixo, afirmam (LINDEM & GUIMARÃES, 2001).
Sendo assim, o trabalho contínuo e repetitivo gera ao longo do tempo desequilíbrios
biomecânicos. Corroborando com Settimi e Silvestre (1995), os autores entendem que o
processo inflamatório atinge os grupos musculares mais solicitados, além de posturas viciosas
do tronco, e da impossibilidade da alternância de postura no decorrer do trabalho e a própria
organização do mesmo.
A prevalência de postura inadequada mantida por longo tempo, durante a jornada de
trabalho é fator que predispõem quadros de dor e desconforto ocorrendo injúrias e
impossibilitando muitas vezes a atuação efetiva do trabalhador. Muitos estudos têm sido
realizados para evidenciar os múltiplos fatores de risco, como causa importante de desordens
musculoesqueléticas relativas ao trabalho (MARRAS, 2000 apud FERRARI, 2004).
Deste modo Woods et al.(1999), compreende que devido a variedade de tarefas
empreendidas, realizando postura incômoda, força e insuficiência de repouso, os funcionários
da limpeza são mais suscetíveis as lesões músculo - esqueléticas.
Compreendemos que o trabalhador fadiga e lesiona seu tronco devido ao trabalho
estático ou com movimentos que se repetem, não havendo tempo para se recuperar após uma
contração, deixando-os vulneráveis as DORT’S. Também, não se podem ignorar os empregos
anteriores, nos quais dos 8 (oito) funcionários que estão há menos de um ano trabalhando no
DECOM, 7 (sete) relataram que anteriormente trabalhavam em serviços como pedreiro, setor
de limpeza hospitalar, carregador de madeira e cozinheiro. Tarefas consideradas pesadas,
repetitivas, e muitas vezes com uso de equipamentos e imobiliários inadequados as
especificidades da estrutura física de cada indivíduo.
Embora este estudo não tenha como objetivo investigar o passado em outros
empregos, o estilo de vida adotado por cada um e a condição Sócio-econômica, é essencial
ressaltar que quanto mais baixo o nível de escolaridade, maior a probabilidade de conquistar
empregos que exijam mais força braçal, do que intelectual, assim como menor a renda per
52

capta, pressupondo que tais indivíduos recebam um salário vil, e, portanto com poucas
condições de buscar tratamentos para seus problemas de saúde, bem como adotar medidas
como comprar um bom colchão, trocá-lo no período adequado, deitar e levantar corretamente
da cama.
Para verificar as diferenças entre os trabalhadores estudados, foram avaliadas as
médias dos domínios do SF-36 de acordo com a presença ou ausência de sintomas
osteomusculares encontrados no questionário de hábitos no trabalho. Quando avaliada a
associação entre Domínio e Dor no tronco os Aspectos Sociais do trabalhador mostraram-se
prejudicados em função da dor.
Esta correlação nos mostra que estes indivíduos deixam de freqüentar eventos sociais
como: sair com a família, com os amigos e outros, devido à dor que o desestimula a
sociabilidade, além de presumível que possa ser uma atitude que vise se preservar para
atividade laboral. Tal situação pode pressupor que este trabalhador tenha um
comprometimento na qualidade do sono, conseqüentemente no humor e nas relações afetivas.
Quando se refere à dor na cervical verificou-se que a prevalência foi de 27.8%. Dentre
todas as verificações das associações de dor na cervical e fatores de risco, observou-se uma
associação significativa (p-valor=0.0474*) entre Outra ocupação e Dor na cervical mostrando
que a dor influencia os indivíduos com outras ocupações.
Acredita-se, que aqueles trabalhadores que apontaram como fator de risco para dor na
cervical seja o fato de possuir outra ocupação, como pedreiro, eletricista, borracheiro, vigia
entre outros relatados em conversas informais, seja diariamente ou nos fins de semana,
pressupõe-se que tal indivíduo possui uma carga de tensão emocional maior, visto que a
jornada de trabalho é dupla, a preocupação em se manter no emprego, além de concluir, que
este trabalhador, muito provavelmente possui outra ocupação para completar a renda mensal,
a qual sustenta a família.
Portanto, além da má postura, a dor na cervical também pode ter um fundo emocional
motivador – o estresse. Por apresentar grande mobilidade em relação ao restante da coluna, a
região cervical está mais sujeita a dor e contraturas musculares e episódios de alta tensão
psicológica.
Os músculos localizados atrás, na cervical têm de estar sempre tensos para suportar a
parte de cima do corpo. Mas, quando eles trabalham além da conta, sofrendo contrações
constantes de fundo nervoso, a dor é inevitável. Inclusive, pode ser irradiado para os ombros
ou ainda resultar em dor de cabeça.
53

O indivíduo que passa a semana se dividindo em duas atividades, em sua maioria de


execução desgastante, com posturas repetitivas e com o pensamento em chegar ao final do
mês com a renda necessária para quitar dívidas e assegurar o alimento da família, é um ser
tenso, cansado, cujo emocional torna o sistema orgânico vulnerável as dores na cervical.
Infelizmente, nem sempre o trabalhador recebe uma remuneração satisfatória para ter
saúde em todos os aspectos da vida. Por isso, muitos recorrem à hora extra e outras ocupações
como forma de suprir as necessidades de suas famílias, em detrimento da saúde física e
emocional.
Quando avaliado a associação entre Domínio e Dor na cervical não mostrou diferença
estatisticamente significativa.
Quando se refere a dor no MMSS verificou-se que a prevalência foi de 22.2%. Na
associação entre dor no MMSS e fatores de risco, observou-se uma associação não
significativa (p-valor >0.05).
Devido a extrema mobilidade dos membros superiores, é que acaba por gerar lesões
principalmente nas articulações do ombro, cotovelo e punho, como mostra nos estudos de
Moreira (2002), que em sua pesquisa com funcionários de um laboratório, observou que 60%
de sua mostra relata dores no ombro. O referido autor explica que devido aos vícios posturais,
a maioria inclina o tronco para frente, para alcançar objetos de trabalho que muitas vezes são
pesados e acabam por lesioná-las.
Em decorrência desse fato, a associação da qualidade de vida e dor nos membros
superiores dos entrevistados teve relevância estatística (p-valor<0.05). No domínio
Limitações de atividades emocionais, quando comparados os presentes e ausentes, mostram
que a dor pode ser um aspecto limitante para o individuo, seja no convívio social quanto no
familiar, por exemplo.
Para Sanches e Boemer (2002), a dor é uma forma de limitação de possibilidades ou
de transformações da existência. Ela significa um agravo à existência, porque não é somente o
corpo físico que se encontra doente, mas a vida em suas várias dimensões, como a sua relação
consigo mesma, família, trabalho, lazer. A dor em si pode trazer complicações tanto no
trabalho quanto na via pessoal do indivíduo, pois ela pode causar transformações na
existência do mesmo, alterando seu convívio no meio.
A dor nos MMII esteve presente em 16,7% dos pesquisados. Apesar da não
significância estatística (p-valor > 0.05) pode-se perceber que as dores ao final do expediente
fazem-se presente, e que apesar de não atrapalhar o trabalho executado, ela é um fator que, em
longo prazo, pode gerar diminuição das potencialidades, como encontrado nos estudos de
54

Martarello e Benatti (2009), onde afirmam que os Distúrbios osteomusculares causados pelo
desgaste comprometem a potencialidade de saúde dos trabalhadores.
É comum a presença de dor nos membros inferiores devido a uma jornada de trabalho
que exige algumas horas de caminhada e sustentação na postura ortostática. Em seus estudos,
SANTOS(1995) observou que as regiões de maior incidência de dor nos membros inferiores
foram tornozelos, pé e joelho.
Em um trabalho realizado com profissionais do setor de enfermagem franceses e
belgas, foi relatado que caminhavam cerca de 4 a 7 km por dia na unidade (ESTRYNBEHAR,
1996). Da mesma forma, os participantes do presente estudo realizam longas caminhadas
durante sua jornada de trabalho, visto que as dependências dos campus da Universidade da
Amazônia analisados, são amplos e comportam várias salas. Outro fato a ser notado é que os
avaliados apontaram como movimento de correr e pular como os mais executados, porém,
acredita-se que os pesquisados não compreenderam o teor da pergunta, uma vez que, em suas
atividades laborais aparentemente não realizam tais movimentos.
Na associação entre Dor no MMII e Qualidade de Vida não houve significância
estatística. Porém o Estado Geral de Saúde em três pesquisados mostrou-se precário, no qual
apresentou mediana 25.
Para a maioria dos domínios tanto do questionário de hábitos de trabalho, quanto do
SF-36, não foi significativo, pois o p-valor >0.05 não é considerado significativo.
Sabe-se que o trabalho de limpeza exige grande esforço corporal, o que implicaria em
um bom preparo físico, boa alimentação e orientações posturais para melhor executar a
atividade laboral. Mesmo participando de treinamento, ao assumir a função e anualmente, foi
possível perceber que não há orientações posturais corretas no trabalho, no intuito de prevenir
lesões, segundo informações colidas por meio de questionário e conversa informal.
Portanto, não se pode descartar nenhum dos domínios da pesquisa, visto que cada um
pode contribuir para o surgimento de doenças músculos – esqueléticas em menor ou maior
grau variando de individuo para individuo.
Na avaliação dos resultados obtidos através do Questionário SF-36, aplicado nos
trabalhadores de limpeza, foram observados escores médio, em geral, acima de 50 para a
maioria dos domínios. Considerando-se que o escore em cada domínio pode variar de zero a
100, os resultados demonstram valores médios elevados na grande maioria dos domínios
analisados. Os Aspectos Emocionais apresentou a maior pontuação e Estado Geral de saúde,
Vitalidade e Dor, as menores pontuações.
55

Em um trabalho realizado por Martarello e Bennatii (2009) em relação à qualidade de


vida relacionada à saúde dos trabalhadores de higiene e limpeza, os resultados do estudo
mostram valores médios elevados (acima de 70) para a maioria dos domínios analisados do
SF-36. O domínio Capacidade Funcional, que avalia a presença e extensão de restrições
relacionadas à capacidade física dos indivíduos, apresentou a maior pontuação entre os
grupos. As menores pontuações obtidas do SF-36 foram: os domínios Estado Geral de Saúde,
Vitalidade e Dor.
No presente estudo quando correlacionado os domínios da qualidade de vida (SF-36) e
a intensidade da dor, mostrou-se que o Domínio “Dor” foi o único que apresentou associação
significante, considerando a intensidade da dor fraca.
A dor presente nos trabalhadores de limpeza ainda que considerada fraca está presente
no cotidiano dos mesmos, conforme os resultados obtidos. Tal resultado conduz à conclusão
de que a dor fraca não inviabiliza a atividade laboral e nem os Aspectos Sociais, atividades
físicas, atividades emocionais, saúde mental, vitalidade, capacidade funcional, estado geral de
saúde, porém a tendência, com o passar do tempo, caso essas dores não sejam tratadas de
modo adequado, que incluem não só tratamento médico, mas também mudanças ergonômicas,
orientações e treinamento no ambiente de trabalho, a dor passará aumentar progressivamente,
o que provavelmente influenciará no futuro nas atividades descritas acima.
Quando vista de forma mais focalizada, a correlação entre qualidade de vida e dor
revela a preocupação com a capacidade de viver sem doenças ou de superar as dificuldades
dos estados ou condições de morbidade.
Neste sentido a Fisioterapia preventiva aplicada em conjunto com outros setores da
saúde, pode reverter o quadro, que hoje apresenta dor leve, regredindo-o. Deste modo,
preserva-se o sistema musculoesquelético do individuo, para que este obtenha qualidade de
vida, tanto em seu trabalho, como na vida pessoal, uma vez que, a dor é um fator
desestimulante e limitante quando em estágio avançado.
Sendo assim, algumas sugestões fazem-se necessárias, visando o bem estar dos
trabalhadores: implantar um programa de reeducação postural para que os trabalhadores
saibam utilizar seus equipamentos e evitar os vícios de postura; realizar rodízios das tarefas,
para evitar a repetitividade; redefinir as funções realizadas especificamente pelos profissionais
da limpeza; aumentar o quadro de funcionários, para diminuir a sobrecarga de trabalho;
implantar programa de valorização do trabalho da limpeza, visto que é uma função tão
essencial, porém passa despercebida pela sociedade acadêmica.
56

6. CONCLUSÃO

O estudo identificou que a maioria dos entrevistados sente dor fraca, porém não
inviabiliza o trabalho e não influencia na sua qualidade de vida. Verificou-se que esses
trabalhadores possuem consciência que há um grande desgaste físico para execução de suas
atividades, e que tal situação pode predispor ao surgimento de dores e lesões músculo –
esquelética.
Portanto, o uso de força excessiva, posturas inadequadas e repetitividade de
movimentos, são fatores de que podem se associar a curto e longo prazo à piora da qualidade
de vida e redução da produtividade.
Diante disso, são necessárias mudanças significativas no que diz respeito à
organização do trabalho, para que se possa realizar as tarefas sem causar danos à saúde dos
trabalhadores, sendo necessário considerar as especificidades de cada individuo.
57

7. BIBLIOGRAFIA

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64

8. APÊNDICE

APÊNDICE 1 : ACEITE DO ORIENTADOR

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS
CURSO DE FISIOTERAPIA

Eu, TAINÁ ALVES TEIXEIRA aceito orientar o trabalho intitulado “ANÁLISE DE


FATORES DE RISCO PARA DORES OSTEOMIOARTICULARES EM
TRABALHADORES DO SETOR DE LIMPEZA NA UNIVERSIDADE DA
AMAZÔNIA: UMA CORRELAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA” de autoria dos
alunos Maiara Serra Maia (061.190.096-5), Mayra Silva Ferreira (061.190.609-9) e Nayana
Mota Carvalho (061.190.093-4) declarando ter total conhecimento das normas de realização
de Trabalhos Científicos vigentes, segundo o Manual de Orientação de Trabalhos Científicos
do Curso de Fisioterapia da UNAMA para 2009, estando inclusive ciente da necessidade de
minha participação na banca examinadora por ocasião da defesa do trabalho. Declaro ainda
ter conhecimento do conteúdo do anteprojeto ora entregue para o qual dou meu aceite pela
rubrica das páginas.

Belém - Pará, 25 de Fevereiro de 2009.

______________________________________________________

TAINÁ ALVES TEIXEIRA


65

APÊNDICE 2 : ACEITE DO CO-ORIENTADOR

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS
CURSO DE FISIOTERAPIA

Eu, BIATRIZ ARAÚJO CARDOSO aceito co-orientar o trabalho intitulado “ANÁLISE


DE FATORES DE RISCO PARA DORES OSTEOMIOARTICULARES EM
TRABALHADORES DO SETOR DE LIMPEZA NA UNIVERSIDADE DA
AMAZÔNIA: UMA CORRELAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA” de autoria dos
alunos Maiara Serra Maia (061.190.096-5), Mayra Silva Ferreira (061.190.609-9) e Nayana
Mota Carvalho (061.190.093-4) declarando ter total conhecimento das normas de realização
de Trabalhos Científicos vigentes, segundo o Manual de Orientação de Trabalhos Científicos
do Curso de Fisioterapia da UNAMA para 2009, estando inclusive ciente da necessidade de
minha participação na banca examinadora por ocasião da defesa do trabalho. Declaro ainda
ter conhecimento do conteúdo do anteprojeto ora entregue para o qual dou meu aceite pela
rubrica das páginas.

Belém - Pará, 25de Fevereiro de 2009.

______________________________________________________

BIATRIZ ARAÚJO CARDOSO


66

APÊNDICE 3: OFICIO DE PERMISSÃO DE ACESSO AO DECOM

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS
CURSO DE FISIOTERAPIA

Belém, 25 de março de 2009.

Ao Departamento de Conservação e Manutenção da Universidade da Amazônia

Solicitamos a permissão para o acesso nas dependências do DECOM para realizarmos

pesquisa intitulada “ANÁLISE DE FATORES DE RISCO PARA DORES

OSTEOMIOARTICULARES EM TRABALHADORES DO SETOR DE LIMPEZA NA

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA: UMA CORRELAÇÃO COM A QUALIDADE DE

VIDA” das alunas do 7° semestre da Universidade da Amazônia, Maiara Serra Maia, Mayra

Silva Ferreira e Nayana Mota Carvalho, trabalhadores da limpeza com o intuito de auferir

informações para a realização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Estando também

ciente e concordando com a publicação dos resultados encontrados no trabalho de conclusão

de curso.

Atenciosamente,

___________________________
JOSÉ ANTÔNIO LIMA
67

APÊNDICE 4: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

ANÁLISE DE FATORES DE RISCO PARA DORES OSTEOMIOARTICULARES


TRABALHADORES DO SETOR DE LIMPEZA NA UNIVERSIDADE DA
AMAZÔNIA: UMA CORRELAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA.

Você está sendo convidado a participar do projeto de pesquisa acima citado. O documento
abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa que estamos fazendo. Sua
colaboração neste estudo será de muita importância para nós, mas se desistir a qualquer
momento, isso não causará nenhum prejuízo a você.
Eu, ___________________________, residente e domiciliado na ______________________,
portador da Cédula de identidade, RG ____________ , e inscrito no CPF_________________
nascido (a) em _____ / _____ /_______ , abaixo assinado (a), concordo de livre e espontânea
vontade em participar como voluntário (a) do estudo “ANÁLISE DE FATORES DE
RISCO PARA DORES OSTEOMIOARTICULARES EM TRABALHADORES DO
SETOR DE LIMPEZA NA UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA: UMA CORRELAÇÃO
COM A QUALIDADE DE VIDA”.

Estou ciente que:

I) Essa pesquisa terá como objetivo analisar os fatores de risco para dores
osteomioarticulares em trabalhadores do setor de limpeza da Universidade da Amazônia e
relacionar com a qualidade de vida.
II) Os dados serão coletados no Departamento de Conservação e Limpeza da
Universidade da Amazônia através de questionários, o primeiro possui perguntas
relacionadas com a rotina de trabalho, fatores que podem ou não influenciar para o
desenvolvimento de dores osteomioarticulares. Já o segundo questionário relacionado com
a qualidade de vida o SF-36 é um questionário multidimensional formado por 36 itens.
III) Não sou obrigado a responder as perguntas realizadas no questionário de avaliação;
IV) A participação neste projeto não tem objetivo de me submeter a um tratamento, bem
como não me causará nenhum gasto com relação aos procedimentos médico-clínico-
terapêutico efetuados com o estudo;
68

V) Tenho a liberdade de desistir ou de interromper a colaboração neste estudo no


momento em que desejar, sem necessidade de qualquer explicação;
VI) A desistência não causará nenhum prejuízo à minha saúde ou bem estar físico. Não
virá interferir no atendimento ou tratamento médico;
VII) A minha participação neste projeto contribuirá para acrescentar à literatura dados
referentes ao tema, direcionando as ações voltadas para a promoção da saúde e não
causará nenhum risco;
VIII) Não receberei remuneração e nenhum tipo de recompensa nesta pesquisa, sendo
minha participação voluntária;
IX) Os resultados obtidos durante este ensaio serão mantidos em sigilo;
X) Concordo que os resultados sejam divulgados em publicações científicas, desde que
meus dados pessoais não sejam mencionados;
XI) Caso eu desejar, poderei pessoalmente tomar conhecimento dos resultados parciais e
finais desta pesquisa.
( ) Desejo conhecer os resultados desta pesquisa.

( ) Não desejo conhecer os resultados desta pesquisa.

Belém, de de 2009.

Declaro que obtive todas as informações necessárias, bem como todos os eventuais
esclarecimentos quanto às dúvidas por mim apresentadas.

.........................................................................
Assinatura do participante

Testemunha 1 : _______________________________________________
Nome / RG / Telefone

Testemunha 2 : ___________________________________________________
Nome / RG / Telefone

Responsável pelo Projeto:


Tainá Alves Teixeira (pesquisador responsável)
Telefone para contato: 91-81434837
69

APÊNDICE 5 : QUESTIONÁRIO DE HÁBITOS NO TRABALHO

QUESTIONARIO DE HÁBITOS NO TRABALHO

1) Nome:
2) Idade:
3) Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
4) Estado civil: ( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Viúvo(a)
5) Nível de escolaridade:
( ) Sem escolaridade

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior

6) Recebeu algum tipo de treinamento para realização do trabalho?


( ) Sim ( ) Não
7) Recebeu algum tipo de orientação referente aos riscos ocasionados pelo seu trabalho?
( ) Sim ( ) Não
8) Você possui acesso ao equipamento de proteção individual (EPI) completo?
( ) Sim ( ) Não
9) Você faz uso do equipamento de proteção individual completo?
( ) Sim ( ) Não
10) Qual o tempo de trabalho na instituição?
( ) 1 ano ou menos

( ) 1 a 2 anos

( ) 2 a 3 anos

( ) 3 anos ou mais

11) Em relação ao seu trabalho, você se considera: ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito


70

12) Você faz hora extra? Sim ( ) Não( )


13) Você tem outra ocupação? Sim ( ) Não ( )
14) Há intervalos durante o turno de trabalho? Sim ( ) Não ( )
15) Durante a execução de seu serviço faz esforço físico intenso? Sim ( ) Não ( )
16) Realiza atividade que exige postura física inadequada? Sim ( ) Não ( )
17) Você se alonga diariamente antes de iniciar seu trabalho? Sim ( ) Não ( )
18) Você realiza algum tipo exercício de fortalecimento (musculação)? Sim ( )
Não ( )
19) A direção de seus movimentos diários segue um padrão repetitivo? Sim ( )
Não ( )
20) Sente-se cansado ao final do expediente? Sim ( ) Não ( )
21) Sente dores durante ou ao final do expediente? Sim ( ) Não ( )
22) Qual parte do corpo é acometida por dor? (escolher uma ou mais alternativas)
( ) pescoço
( ) membros superiores
( ) tronco
( ) membros inferiores

23) Classifique sua dor?

FONTE: Carvalho; Kowacs (2006).

24) A dor atrapalha o seu trabalho? Sim ( ) Não ( )


25) Faz alguma coisa para passar a dor? Sim ( ) Não ( )
26) No que atribui o motivo das dores no seu trabalho? (escolher uma ou mais
alternativas).
( ) esforço excessivo ( ) ritmo do trabalho ( ) relacionado ao processo do trabalho
( ) descuido ( ) falta de treinamento
27) Quais os movimentos mais realizados durante suas atividades de trabalho? (Escolha
uma ou mais alternativas)
71

( ) Agachar-se
( ) Correr
( ) Pular
( ) Varrer
( ) Carregar peso
( ) Subir e descer escadas
28) Pela empresa empregadora, você possui acesso a:
( ) Assistência médica integral ( ) Exames de saúde periódicos
( ) Palestras sobre a saúde do trabalhador ( ) Vacinação contra doenças infecto-
contagiosas
29) Já fez algum tratamento? Sim ( ) Não ( )
30) Faz o uso de algum remédio para diminuir a dor? Sim ( ) Não ( )
31) Você dorme bem? Sim ( ) Não ( )
72

9. ANEXO

ANEXO 1: Questionário de Qualidade de Vida SF-36

Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida -SF-36

1- Em geral você diria que sua saúde é:


Excelente (1); Muito Boa (2); Boa (3); Ruim (4); Muito Ruim (5)

2- Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua saúde em geral, agora?
Muito Melhor (1); Um Pouco Melhor (2); Quase a Mesma(3); Um Pouco
Pior(4); Muito Pior(5)

3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso,
quando?

Sim, Sim, Não, não


Atividades dificulta dificulta
dificulta
muito. um pouco de modo algum
a) Atividades Rigorosas, que exigem muito esforço,
tais como: correr, levantar objetos pesados, 1 2 3
participar em esportes árduos.
b) Atividades moderadas, tais como: mover uma
mesa, passar aspirador de pó, jogar bola varrer a 1 2 3
casa.
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vários lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h) Andar vários quarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
73

4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou com
alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?

Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho 1 2
ou a outras atividades?
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex. 1 2
necessitou de um esforço extra).

5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como se sentir
deprimido ou ansioso)?

Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho 1 2
ou a outras atividades?

b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2


c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como 1 2
geralmente faz.

6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente


1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?

Nenhuma Muito Leve Moderada Grave Muito grave


leve
1 2 3 4 5 6

7- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o
trabalho dentro de casa)?
74

De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente


1 2 3 4 5

8- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as
últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor, dê uma resposta que mais se aproxime de
maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.

Uma boa Uma pequena


parte do parte do tempo Nunca
Todo A maior parte Alguma parte
tempo
Tempo do tempo do tempo
a) Quanto tempo você tem
se sentindo cheio de vigor, 1 2 3 4 5 6
de vontade, de força?
b) Quanto tempo você tem
se sentido uma pessoa 1 2 3 4 5 6
muito nervosa?
c) Quanto tempo você tem
se sentido tão deprimido 1 2 3 4 5 6
que nada pode animá-lo?
d) Quanto tempo você tem
se sentido calmo ou 1 2 3 4 5 6
tranqüilo?
e) Quanto tempo você tem
se sentido com muita 1 2 3 4 5 6
energia?
f) Quanto tempo você tem
se sentido desanimado ou 1 2 3 4 5 6
abatido?
g) Quanto tempo você tem
1 2 3 4 5 6
se sentido esgotado?
h) Quanto tempo você tem
se sentido uma pessoa 1 2 3 4 5 6
feliz?
i) Quanto tempo você tem
1 2 3 4 5 6
se sentido cansado?

9- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?
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Todo A maior parte do Alguma parte do Uma pequena parte Nenhuma parte do
Tempo tempo tempo do tempo tempo
1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?

A
maioria A maioria Definitiv
Não a-
Definitivamente das vezes das vezes
sei mente
verdadeiro verdadeir falso falso
o
a) Eu costumo obedecer um
pouco mais facilmente que as 1 2 3 4 5
outras pessoas.
b) Eu sou tão saudável quanto
1 2 3 4 5
qualquer pessoa que eu conheço
c) Eu acho que a minha saúde
vai piorar. 1 2 3 4 5

d) Minha saúde é excelente. 1 2 3 4 5

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