D O C U M E N T O T É C N I C O

Impulsione o projeto de produtos superiores

com o SolidWorks Simulation

RESUMO

O SolidWorks® Simulation oferece os recursos avançados que você

precisa para comercializar seus produtos com muito mais rapidez.
Os projetistas podem detectar logo os erros, alterar o andamento
do projeto instantaneamente e criar produtos com desempenho
superior a custos reduzidos.
 Introdução

Como a tecnologia de simulação pode aperfeiçoar o processo

de projeto?

Para as empresas que pretendem ser as melhores do mercado, o software

de simulação é uma ferramenta de valor inestimável, mesmo nos primeiros
estágios do desenvolvimento de produtos. A tecnologia de simulação fornece
as ferramentas e os equipamentos certos, na hora certa, permitindo que os
engenheiros de projeto tomem as melhores decisões. Qual é o resultado
final? Produtos superiores, custos mais baixos e comercialização mais rápida.

Quando gerentes e chefes de equipes de projeto se envolvem logo no

Ao capacitar as equipes de início do processo, eles também ampliam suas visões. Com um melhor
produtos para tomar melhores entendimento sobre a simulação feita com base na análise de elementos
decisões de projeto, sua empresa finitos (FEA), eles podem contribuir para aperfeiçoar o processo de
pode desenvolver produtos mais desenvolvimento de produtos. Este documento técnico mostra a importância
rapidamente, cometer menos erros da simulação para impulsionar o projeto de produtos e processos, e oferece
e se tornar mais lucrativa.
sugestões para uma implementação bem-sucedida.

FIGURA 1:
O PROCESSO TRADICIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

Como o SolidWorks Simulation otimiza o desenvolvimento de

produtos
Nos últimos oito anos, a indústria de CAD/CAE (projeto auxiliado por
computador/engenharia auxiliada por computador) tem obtido um sucesso
notável na tarefa de tornar ferramentas tradicionais de análise mais fáceis
e acessíveis para engenheiros de projeto. Porém, o fluxo de trabalho sempre
foi “Aqui está o projeto e, agora, aqui está a análise”, com ênfase na natureza
seqüencial das tarefas (Figura 1).
Entretanto, a separação explícita entre projeto e análise, ou simulação, ignora
os benefícios obtidos pelo compartilhamento e a iteração entre as tarefas.
O fato importante é que tudo faz parte do projeto. Ao capacitar as equipes
de produtos para tomar melhores decisões de projeto, sua empresa pode
desenvolver produtos mais rapidamente, cometer menos erros e se tornar mais
lucrativa. Para isso, os projetistas devem tomar decisões sobre forma, ajuste e
função, e verificá-las a cada etapa durante todo o processo de projeto.
A Figura 2 ilustra como a tomada de decisão exerce um papel vital no fluxo
de trabalho realístico de um processo para desenvolvimento de um novo par
de óculos virtuais 3D.

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É evidente que o processo de
projeto não é um processo linear,
mas sim uma seqüência de decisões
e ajustes. Por isso, o perigo ou
o risco no desenvolvimento de FIGURA 2:
produtos vem da tomada de MAPA REALÍSTICO DO DESENVOLVIMENTO DE UM PRODUTO
decisões em excesso, sem
saber se elas são as melhores. Ir do ponto A até o B da maneira mais eficiente possível envolve atingir
metas como custos mínimos de desempenho, rapidez na comercialização e
fabricação. Infelizmente, à medida que os projetistas testam idéias, ajustam,
voltam ao início, exploram e verificam, muitas respostas geram mais perguntas.

É evidente que o processo de projeto não é um processo linear, mas

sim uma seqüência de decisões e ajustes. Por isso, o perigo ou risco no
desenvolvimento de produtos vem da tomada de decisões em excesso,
sem saber se elas são as melhores. Se forem encontrados problemas mais
tarde no processo de projeto, você terá dificuldades para se recuperar
rapidamente ou sem gerar custos. Mas com confirmações periódicas de
que o projeto está no caminho certo (melhor), você pode minimizar o risco.

E se houvesse uma tecnologia, uma ferramenta ou um processo que pudesse

oferecer um retorno mais imediato? Considere um tipo de GPS (Sistema de
posicionamento global) para o desenvolvimento de produtos que afirme “isso
provavelmente não foi uma boa idéia”, logo depois do projetista tomar uma
decisão. Isso reduziria o risco dessa decisão incorreta gerar erros adicionais
durante o desenvolvimento do projeto. Em vez de tomar uma série de decisões
que mais tarde exigiriam uma mudança radical no andamento do projeto,
você poderia realizar pequenas correções continuamente, acertando a linha
de desenvolvimento do processo. A Figura 3 mostra os resultados dessas
pequenas correções (a linha contínua) no projeto de uma trava de cartucho
de impressora: um trajeto muito mais eficiente que a errática linha pontilhada.

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Quase todas as decisões nascem
e se desdobram a partir daquelas
que já existem. Quanto mais rápido
o engano for detectado, o processo
revertido para o momento de sua
ocorrência e corrigido, menor
a possibilidade de se investir
dinheiro em uma idéia (final)
essencialmente ruim.
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Figura 3: LINEARIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PARA
AUMENTAR A EFICIÊNCIA
Quanto mais linear o processo, maior é a sua eficiência. Com um custo de
projeto mais baixo, você tem mais possibilidades de criar um produto ideal,
em vez de produzir um que seja apenas “satisfatório”.
Os especialistas afirmam que o fator importante a ser gerenciado durante o
desenvolvimento do produto é a rapidez com que os enganos são descobertos,
pois esse conhecimento está diretamente associado à eficiência. Quase todas
as decisões nascem e se desdobram a partir daquelas que já existem. Quanto
mais rápido o engano for detectado, o processo revertido para o momento de
sua ocorrência e corrigido, menor a possibilidade de se investir dinheiro em
uma idéia (final) essencialmente ruim. Isso é um resultado colateral normal
do processo mais “linear” mostrado acima.
Influencia nas decisões de projeto
É fundamental fazer “correções de rumo” o mais rapidamente possível após
uma tomada de decisão. Isso se torna uma resposta efetiva à pergunta
“Como o projetista pode saber que a decisão foi correta”?
Apresentaremos o exemplo de um fluxo de trabalho real para uma decisão de
projeto. A Figura 4 mostra um banco de plástico. O objetivo é projetar um novo
banco com dois requisitos de projeto principais: ele tem que (1) agüentar uma
pessoa de aproximadamente 90 quilos, e (2) ser o mais barato possível.
FigurA 4:
PROPOSTA DE PROJETO DE UM BANCO
Três abordagens possíveis são mostradas na Figura 5. Pode ser que
funcione um projeto que utilize paredes uniformes, sem elementos para
aumentar a rigidez e com a espessura mínima permitida pelo processo
de moldagem. Esta “primeira abordagem” só utiliza 390 cm3 de plástico.
3

A simulação mostra que a opção
com nervura menos profunda
atende aos requisitos estruturais
e adicionar material para aumentar
sua profundidade não contribui
em nada, exceto para aumentar
o custo do projeto.
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Adicionar nervuras de enrijecimento não aumenta apenas o custo do
produto, mas também melhora o desempenho estrutural. O modelo do
SolidWorks Simulation mostra que adicionar “algumas nervuras” aumenta
o custo em 10 por cento, enquanto que uma opção final mais conservadora
- usar as nervuras mais profundas possível sem alterar o estilo geral -
aumenta o custo em 30 por cento.
Figura 5:
OPÇÕES DE NERVURAS PROPOSTAS PARA AUMENTAR A RESISTÊNCIA
Considerando estas três opções, a versão “sem nervuras” parece ser a
decisão de maior risco, e com maior probabilidade de falhas. Ao mesmo
tempo, é provável que o projeto com nervuras mais profundas seja o mais
resistente. Este processo imaginado abrange as opções de alto e baixo
risco. Sem qualquer outra informação adicional, a maioria dos engenheiros
de projeto optaria pelas nervuras mais profundas, para serem conservadores.
A empresa acabou de adotar ferramentas lentas e de alto custo com base
no senso comum, e este projeto de nervura específico pode ainda não ser
suficiente. Ao mesmo tempo, o projeto do produto pode ser excessivo, violando
assim as metas de custo.
Agora, considere a possibilidade de tomar essa decisão a partir de dados
reais sobre o desempenho de cada conceito, o que reduziria o risco até um
nível aceitável. A Figura 6 mostra os resultados de cada opção, calculados
pelo pacote SolidWorks Simulation.
Figura 6:
RESULTADOS DA SIMULAÇÃO PARA TRÊS OPÇÕES
Até um projetista inexperiente pode ver que as preocupações a respeito do
projeto sem enrijecimento eram justificadas. Entretanto, os resultados para os
dois projetos com nervuras contradizem o “senso comum” pela melhor opção.
A simulação mostra que a opção com nervura menos profunda atende aos
requisitos estruturais e adicionar material para aumentar sua profundidade
não contribui em nada, exceto para aumentar o custo do projeto.
4
 O que isso nos diz sobre projetar com base no senso comum? Embora
a maioria dos projetistas acerte mais do que erre, o que significa esse
“acerto” merece algum esclarecimento. Após a escolha da abordagem mais
conservadora, testes indicariam que o objeto poderia suportar um adulto
de 90 quilos e todos ficariam satisfeitos. O projeto seria aparentemente
“satisfatório”. Entretanto, ninguém saberia que, com esse fluxo de trabalho,
o projeto estava com excesso de 20 por cento em relação ao custo do
material. Qual empresa pode se sustentar dessa maneira?

Perguntas que surgem no processo de desenvolvimento de produtos

Figura 7:
TRÊS CATEGORIAS DE PERGUNTAS SOBRE O PROJETO

No exemplo anterior e na maioria dos trabalhos que envolve a criação

de produtos, as perguntas que conduzem a decisões de projeto tangíveis
podem ser agrupadas em três categorias (Figura 7):

1. Vai funcionar?

2. É satisfatório?

3. Ele pode ser melhor? Mais rápido? Mais econômico?

A maioria dos projetos passa pelas duas primeiras etapas seqüencialmente.

Quando a resposta à pergunta 1 é “sim”, os detalhes do projeto são
comparados com as especificações e as metas de custo para avaliar a
pergunta 2. Em seguida, a maioria dos projetos é entregue à manufatura
após a qualidade “satisfatória” ser confirmada pelos métodos tradicionais
de prototipagem.

Entretanto, inserir o conceito de “melhor, mais rápido, mais econômico” no

processo de decisão é importante para tornar sua empresa mais eficiente
e o processo de projeto mais robusto. Ainda assim, submetidos a pressões
cada vez maiores para reduzir o tempo de comercialização dos produtos,
como os projetistas podem otimizar as tarefas tradicionais sem adicionar
tempo ou custo ao desenvolvimento? A resposta está na conhecida
expressão “Trabalhe com mais inteligência e não com mais esforço”.
A simulação é a solução ideal para fornecer a vantagem competitiva
na busca do “melhor, mais rápido, mais econômico”.

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 O que define simulação?

A simulação é uma tecnologia acessível e utilizável por engenheiros de

projeto de modo geral hoje em dia, profissionais de linha de frente que
fazem a maior parte das perguntas e tomam a maioria das decisões. Além
disso, a simulação se tornou essencial nas empresas que lutam para se
manterem competitivas em seus mercados.

Quando utilizada como parte

de suas tomadas de decisão
diárias, a simulação é uma das
poucas ferramentas que podem
efetivamente linearizar o processo
de projeto. A simulação responde
a perguntas exatamente quando as
respostas podem orientar melhor
as decisões subseqüentes.
Figura 8:
TRÊS TIPOS DE SIMULAÇÃO

No projeto de produtos mecânicos, a simulação se enquadra normalmente

em três áreas (Figura 8):

• A simulação estrutural prevê se uma peça ou um sistema vai quebrar,

dobrar demais (como o banco), vibrar, empenar ou se desintegrar.

• O software de fluxo de fluidos mostra como um sistema responde a

condições como fluxos de água, ou de ar interno ou externo, identificando
velocidades de fluido, pressões e temperaturas.

• Análises de mecanismos dinâmicas sintetizam junções e localizam forças,

velocidades e acelerações.

Na indústria de software de simulação, essas funções são normalmente divididas

entre produtos distintos. O pacote do SolidWorks Simulation é configurado
especificamente desta maneira: o SolidWorks Simulation responde a perguntas
estruturais, o SolidWorks Flow Simulation trata de questões sobre fluidos e o
SolidWorks Motion aborda questões sobre mecanismos.

Quando utilizada como parte de suas tomadas de decisão diárias, a

simulação é uma das poucas ferramentas que podem efetivamente
linearizar o processo de projeto. A simulação responde a perguntas
exatamente quando as respostas podem orientar melhor as decisões
subseqüentes.

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A riqueza de resultados de uma
simulação baseada em FEA
freqüentemente destaca limitações
com algumas simplificações que
não são prontamente percebidas
no resultado numérico ou no
gráfico XY de um cálculo à mão.
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Como os engenheiros obtêm respostas atualmente?
Engenheiros de produto e administradores no mundo inteiro descrevem
uma abordagem razoavelmente consistente para o processo padrão de
projeto quando a simulação não é empregada.
“Procuramos algo que funcionou no passado e o tornamos
maior/menor.”
Embora muitas decisões de projeto bem-sucedidas sejam realmente baseadas em
versões e experiências anteriores de produtos, essa abordagem normalmente não
explica como fazer algo melhor. Ela apenas fornece uma orientação para se obter
mais da mesma coisa. O novo produto pode ser de fato “satisfatório”, mas pode
não começar a tratar do “melhor, mais rápido, mais econômico”.
“Usamos cálculos em planilhas ou à mão.”
Cálculos realizados à mão constituem a abordagem tradicional que fornece
resultados há séculos. A maioria dos engenheiros se sente à vontade
com cálculos à mão, considerando que são mais confiáveis e precisos
do que ferramentas de simulação com as quais não estão acostumados.
A realidade, entretanto, é que cálculos à mão exigem suposições e
simplificações significativas em relação a geometria, tolerância dimensional,
carga e propriedades do material. De fato, o nível de abstração exigido por
cálculos à mão geralmente limita seu valor a estimativas aproximadas em
áreas pré-selecionadas e que exigem uma atenção especial.
De maneira análoga, a riqueza de resultados de uma simulação baseada em
FEA freqüentemente destaca limitações com algumas simplificações que
não são prontamente percebidas no resultado numérico ou no gráfico XY
de um cálculo à mão. Ainda assim, a validade da simulação é questionada,
enquanto que o cálculo “testado e comprovado” continua sendo aceito.
FigurA 9:
COMPARAÇÃO DE CÁLCULOS À MÃO COM SIMULAÇÃO
Um teste simples confirma que, com as mesmas simplificações e abstrações,
a simulação gera exatamente os mesmos resultados locais que o cálculo
realizado à mão, como mostrado na Figura 9. O que também pode ser
visualizado nesta figura, entretanto, é que os projetistas começam a entender
o fluxo de carga ou a tensão em toda peça, obtendo visões adicionais
mesmo nesses casos altamente abstratos, embora comuns.
O valor da simulação em relação ao cálculo à mão equivalente fica ainda
mais evidente quando se testa geometrias reais que podem ser fabricadas,
como o vaso de pressão esférico mostrado na Figura 10.
7
Mesmo com as limitações de
um único protótipo, realizar várias
iterações para cobrir a capacidade
de fabricação pode ter um custo
proibitivo. Com a simulação,
entretanto, o custo por iteração é
reduzido quase exponencialmente.
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Figura 10:
RESULTADOS DE TENSÃO EM UM VASO DE PRESSÃO ESFÉRICO
Equações de formas fechadas podem prever a tensão tangencial no vaso de
pressão, o que pressupõe uma esfera sem quebras. Entretanto, o cálculo à
mão não destaca uma informação muito importante: o bocal vai falhar primeiro.
O foco é muito limitado e pressupõe que a falha só ocorrerá onde o cálculo for
conveniente. O valor da simulação está na capacidade de observar o sistema
inteiro e visualizar problemas que podem não ter sido previstos.
Portanto, a simulação apresenta mais riscos que o cálculo à mão? Não,
porque quem estiver à vontade com os cálculos à mão terá as mesmas
respostas com a simulação, além de mais informações. A simulação também
pode ser muito mais rápida do que passar pelas etapas de cálculo, mesmo
em problemas simples.
“Nós testamos os protótipos.”
O teste é mais confiável que a simulação? Muitos engenheiros de projeto
acreditam que, tal como nos cálculos à mão, a simulação é abstrata, mas o
teste é “real”. Entretanto, o teste de falha fornece dados apenas sobre um
ponto, confirmando se a peça vai passar ou falhar sob um único conjunto
de condições. O teste não diz qual será o próximo ponto onde a peça
poderá quebrar, ou se a falha seria iminente caso a carga de teste fosse
ligeiramente superior. Da mesma forma, o teste não pode prever se a peça
vai quebrar no mesmo lugar em outra amostra, construída com propriedades
de materiais ou dimensões que tenham valores diferentes dentro do
intervalo de tolerância.
Mesmo com as limitações de um único protótipo, realizar várias iterações
para cobrir a capacidade de fabricação pode ter um custo proibitivo. Com a
simulação, entretanto, o custo por iteração é reduzido quase exponencialmente.
Depois de um modelo sólido paramétrico ter sido construído no SolidWorks
Simulation, alterar as condições ambientais ou o tamanho de características
para realização de novos testes é quase imediato e essencialmente sem custo.
O software permite até acessar uma planilha com valores de parâmetros para
executar uma série de simulações automaticamente.
Em questão de minutos, projetistas podem observar muito mais combinações,
das inúmeras variáveis que fazem parte do caos que é o desenvolvimento
e fabricação de produtos, do que seria possível avaliar em testes físicos.
Aproveitar essa capacidade permite que a equipe do projeto faça todas as
perguntas que nunca poderiam ser feitas no passado. Com isso, eles adquirem
uma visão geral muito mais abrangente para tomar as melhores decisões.
8

Quando se coloca a simulação
à frente do processo de projeto,
o risco é removido em vez de
integrado e há tempo suficiente
para ir além do “satisfatório”.
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Quando se coloca a simulação à frente do processo de projeto, o risco
é removido em vez de integrado e há tempo suficiente para ir além do
“satisfatório”.
Não precisamos de simulação de projeto...
Então por que não estão todos adotando essa abordagem? Engenheiros
e até administradores apresentam estas razões:
• “Nossas peças nunca quebram.” A empresa que acredita nesta
declaração não dispõe de informações suficientes ou não está tentando
melhorar, pois as peças podem estar sendo projetadas com excesso
de material. A maioria das empresas cujas peças sempre funcionam
da primeira vez provavelmente desperdiçou recursos.
• “Sempre obtemos o melhor projeto na primeira tentativa.”
Embora isso possa acontecer, é impossível saber se o projeto “é
o melhor” na primeira tentativa. Isso só pode ser validado por uma
série de iterações de projeto, onde variações são aplicadas até não
haver mais melhoramentos.
• “A simulação demora demais.” Esta percepção tem origem na
prática tradicional de aguardar até o final do processo de projeto
para validar todas as decisões de uma vez. Quanto mais complexo
o modelo, mais demorada é a aplicação da malha, a solução, a
depuração e a interpretação. Isso normalmente não é problema
quando a simulação é usada interativamente para direcionar o
projeto logo no início do processo.
• “Não sabemos como usar” ou “É necessário um especialista.” Esses
obstáculos costumavam ser reais de fato. Entretanto, uma das razões do
grande sucesso do SolidWorks Simulation em fornecer ferramentas de
simulação para engenheiros de projeto é não precisar de um especialista,
quando utilizado da maneira descrita neste documento. Se isso fosse
necessário, o software só serviria como ferramenta de validação final
e não um impulsionador de qualidade e inovação.
A despeito do fato da simulação imediata oferecer os benefícios de correções
contínuas no andamento do processo antes da tomada de decisões de alto
custo, muitos especialistas em análise argumentam que a simulação de projeto
é uma proposta perigosa. A preocupação é que os engenheiros desenvolvam
modelos “deficientes” de análise estrutural e tomem decisões “deficientes”
com base nesses modelos. Entretanto, essa preocupação não se confirma
quando colocada no contexto do processo real de projeto na maioria das
empresas.
Sem a simulação, o engenheiro projeta o produto a partir de decisões
baseadas nos cálculos à mão aplicáveis, dados históricos ou instinto. O
produto será construído, testado e poderá funcionar ou não. Essa é uma
prática aceita. Todavia, se a simulação for realizada, ela será aplicada ao
projeto com base exatamente no mesmo senso comum. Embora seja
possível não detectar alguma falha no projeto ou presssupor a necessidade
de correções desnecessárias, é improvável que um bom projetista faça uma
alteração radical ou contra sua própria intuição com base apenas nos dados
de simulação.
9

As empresas respondem aos
sinais da administração: a maioria
dos engenheiros de projeto não
adotará uma nova tecnologia se
não acreditar que ela terá a devida
importância e visibilidade nos níveis
superiores da empresa.
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Independentemente da qualidade da simulação ou da interpretação dos
resultados, o teste físico ainda é o fator que confirmará a validade do projeto.
Por outro lado, a análise no início do processo pode oferecer visões de valor
inestimável, pois permite observar tensões inesperadas ou deformações que
contrariem a intuição. A exposição de irregularidades ou de características
mal interpretadas justifica o esforço.
Existe outra vantagem sutil nesse processo. Quando engenheiros de projeto
verificam suas decisões individuais durante o processo, eles entendem a sua
importância. Eles entendem porque um engenheiro com 20 anos de experiência
na empresa sempre coloca uma nervura em uma determinada posição ou utiliza
um recurso de bloqueio. Depois que os engenheiros entendem porque uma
decisão funciona, eles não precisam questioná-la novamente.
Que fatores comerciais asseguram uma simulação de projeto
bem-sucedida?
Após a introdução da simulação iterativa e interativa no processo de
projeto, o foco se volta para questões de implementação e processo.
Como o administrador pode maximizar o valor dessa tecnologia?
A diretoria deve apoiar a simulação de maneira pró-ativa
Isso significa apoiar a simulação, não apenas comprá-la. Muitas licenças de
“software de prateleira” estão sendo desperdiçadas em empresas porque a
orientação, declarada de maneira explícita ou implícita, é que a simulação é um
recurso para “apagar incêndios”, e não uma ferramenta de projeto para uso
regular e generalizado. Se uma empresa percebe que um produto para realizar
simulações não está funcionando como esperado, a administração precisa
reavaliar de modo mais amplo como ele está sendo usado.
O apoio à simulação também significa trabalhar para sua integração ao fluxo
de trabalho. As empresas respondem aos sinais da administração: a maioria
dos engenheiros de projeto não adotará uma nova tecnologia se não acreditar
que ela terá a devida importância e visibilidade nos níveis superiores da
empresa.
Dispor de expectativas realistas e determinar fatores
mensuráveis
Uma das maneiras mais rápidas de acabar com uma iniciativa de simulação
é colocar expectativas irreais quanto ao seu sucesso. Procure saber, talvez
com a ajuda de especialistas externos, o que se espera da simulação e
como medir o seu progresso.
Para realizar um projeto inicial, escolha um produto já existente com um
histórico sólido para comparar o desempenho simulado aos dados atuais
deste produto. Observe atentamente o comportamento das tendências
e os ganhos relativos às diferentes opções de projeto.
Valide todas as decisões “verificáveis”
Qualquer produto pode ter dados operacionais difíceis de serem obtidos ou
formas imprevisíveis de uso pelo consumidor. Pode haver respostas do sistema
impossíveis de serem medidas ou facilmente correlacionadas. A melhor forma
de validar esses aspectos incertos do produto ainda pode ser a aplicação de
testes. Parâmetros que sejam verificáveis, compreensíveis e bem definidos são
adequados para a simulação. Empresas de sucesso identificam esses fatores
e asseguram seu acompanhamento durante a evolução do projeto.
10
 A adequação de especialistas a esse modelo de negócios

Existe uma diferença entre a simulação e a análise usadas no nível de projeto

como ferramentas de prototipagem digital de estágio final. Quando todas as
decisões foram verificadas e o projeto está pronto para prototipagem, ele pode
ser complexo o suficiente para tornar necessária a ajuda de um especialista.
Essa pessoa deve ser capaz de verificar a grande quantidade de informações
sendo gerada e tomar as melhores decisões sobre o significado dos dados,
a partir de um posicionamento “aprovado/reprovado”.

Especialistas também são extremamente importantes como professores

e mentores. As empresas mais bem-sucedidas na simulação de projetos
atualizam regularmente as habilidades e conhecimentos de suas equipes
O valor da ferramenta de simulação na área, usando especialistas internos ou externos.
está em permitir que projetistas
explorem e experimentem novas
opções. Em vez de perguntar se Testes continuam sendo responsáveis pela decisão final na
uma decisão é adequada ou não, validação de projetos
pergunte como ela pode melhorar,
ou até mesmo ser “a melhor”. Todas as empresas possuem um “portão” tradicional que serve como árbitro
Uma percepção mais apurada final para a aceitação; ele pode ser um teste, uma análise especializada
e a inovação são subprodutos ou a conformidade com códigos de projeto. Poucas empresas investem
importantes do processo de suficientemente em tecnologia de simulação para substituir esses “portões”
simulação.
pelo equivalente virtual, por que esse é o verdadeiro domínio do especialista.
Entretanto, a simulação implementada desde o inicio do projeto permite
que o protótipo de alto custo testado física ou virtualmente tenha mais
probabilidade de dar certo nesse ponto.

A simulação de projeto é mais do que um “corretor ortográfico”

sofisticado

Nosso conselho final: não use a simulação como um “corretor ortográfico”.

Quando se trata de simulação, não se limite a uma resposta do tipo
polegares para cima ou para baixo que indiquem que a solução é
“satisfatória”. O valor da ferramenta de simulação está em permitir que
projetistas explorem e experimentem novas opções. Em vez de perguntar
se uma decisão é adequada ou não, pergunte como ela pode melhorar, ou
até mesmo ser “a melhor”. Uma percepção mais apurada e a inovação são
subprodutos importantes do processo de simulação.

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O grupo Aberdeen conduziu um
estudo independente, co-patrocinado
pela NAFEMS, uma organização
internacional sem fins lucrativos
que oferece apoio à qualidade e ao
ensino de simulação, em empresas
que usam ferramentas de simulação
de projeto na engenharia como
elementos impulsionadores de
processos. Os consultores concluíram
que os principais fabricantes, em
suas respectivas categorias, utilizam
a simulação na fase de projeto, em
contraste com apenas 75 por cento
das empresas consideradas com o
pior desempenho em suas indústrias.
Os dados mostraram que o uso da
simulação no processo de projeto tem
influência extremamente positiva na
lucratividade geral dessas empresas,
medida em relação ao tempo para
comercialização assim como ao custo.
Conclusão
A simulação de projeto integrada ao fluxo de trabalho permite que as
empresas comercializem seus produtos mais rapidamente. Os projetistas
podem detectar logo os erros, alterar o andamento do processo, descobrir
a maneira certa de abordar o problema e, então, criar produtos mais
econômicos e com o melhor desempenho.
Embora a simulação esteja tradicionalmente voltada à validação do “uso
planejado” do produto, ela também auxilia na verificação do “uso indevido
previsível”, como saber o que acontece se a peça for torcida ou receber carga
fora do centro. A diminuição dos custos de verificação dos aspectos de um
modelo pela simulação permite observar mais casos de uso indevido previsível
do que algum dia foi possível com os métodos tradicionais de prototipagem.
Quando gerentes e chefes de equipes de projeto se envolvem, eles também
ampliam a sua percepção de um modo geral. A partir da compreensão dos
aspectos básicos da tecnologia de simulação, eles podem fazer perguntas
inteligentes sobre o que levou os projetistas a solucionarem um problema de
uma determinada maneira ou a chegarem a um cálculo ou suposição específica.
Para as empresas preocupadas em ser as melhores do mercado, o
software de simulação é uma ferramenta valiosa, mesmo nos primeiros
estágios do desenvolvimento de produtos. O maior benefício da tecnologia
de simulação é a oportunidade que ela oferece para realizar muitas
perguntas relacionadas ao comportamento esperado dos produtos e
aos ambientes onde funcionarão. O software de simulação fornece aos
engenheiros de projeto as ferramentas e o material apropriado, na hora
certa, para incorporarem as hipóteses ao processo de projeto. O resultado
é “melhor, mais rápido, mais econômico”.
Quando a equipe de projeto tem a capacidade de tomar as melhores
decisões, o resultado final são produtos superiores. A simulação de
projeto é a melhor ferramenta para fazer com que isso aconteça.
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