Anda di halaman 1dari 30

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA

GUSTAVO THEODORO LASKOSKI

PADRÃO SONET/SDH
SISTEMAS ÓPTICOS

CURITIBA
JULHO 2006
GUSTAVO THEODORO LASKOSKI

PADRÃO SONET/SDH
SISTEMAS ÓPTICOS

Trabalho referente à disciplina de Sistemas


Ópticos do Curso Superior de Tecnologia em
Eletrônica do 6º período da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná e realizado
pelo aluno Gustavo Theodoro Laskoski.

Orientado pelo Drº Jean Carlos Cardozo

CURITIBA
JULHO 2006
RESUMO

A informação é um grande mercadoria no sistema capitalista e no desenvolvimento


contemporâneo. As grandes organizações precisam transmitir informação com segurança,
qualidade e rapidez, a velha citação “ informação é poder”, pode ser complementada com a
seguinte frase: informação é vantagem competitiva. Com o avanço tecnológico e o surgimento
de redes ópticas, existiu a necessidade de desenvolver uma padronização das redes de
comunicação.
Tendo em vista a importância no desenvolvimento de novos padrões para as redes de
comunicação, esse trabalho tem a finalidade de descrever os dois principais padrões existentes
nas redes de comunicação síncronas. O conteúdo que será abordado nesse trabalho descreverá
os principais conceitos adotados pelos padrões SONET e SDH para solucionar os problemas
existentes na interconexão das redes ópticas. Entre os principais conceitos, serão descritos as
taxas de transmissão, a estrutura de multiplexação e a estrutura em camadas.
A abordagem desse trabalho foi realizada de acordo com o contexto histórico do
surgimento da padronização das redes ópticas síncronas, sendo descrito as recomendações do
padrão SONET, o desenvolvimento da hierarquia digital síncrona e a compatibilidade
existente entre as redes SONET/SDH.

Palavras-chave: redes ópticas síncrona, hierarquia digital síncrona, redes de comunicação


síncrona.
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – ESTRUTURA DE UM QUADRO SONET STS-1 ..................................... 10


FIGURA 2 – CAMADAS DE OVERHEAD DO QUADRO SONET .............................. 11
FIGURA 3 – CAMPOS DE OVERHEAD DENTRO DO QUATRO SONET ................. 12
FIGURA 4 – PONTEIRO INDICANDO O INÍCIO DA CARGA ÚTIL .......................... 12
FIGURA 5 – CONCATENAÇÃO E MULTIPLEXAÇÃO DE UM QUADRO SONET . 15
FIGURA 6 – ESTRUTURA DE MULTIPLEXAÇÃO SONET ....................................... 16
FIGURA 7 – ESTRUTURA DE UM QUADRO SDH STM-N ........................................ 17
FIGURA 8 – ESTRUTURA EM CAMADAS DO PADRÃO SDH ................................. 18
FIGURA 9 – ESTRUTURA DE MULTIPLEXAÇÃO SDH ............................................ 20
FIGURA 10 – EQUIPAMENTOS DE UMA REDE SDH ................................................ 22
FIGURA 11 – REDES PONTO-A-PONTO E PONTOMULTIPONTO .......................... 23
FIGURA 12 – CONFIGURAÇÃO DE UMA REDE EM BARRAMENTO .................... 24
FIGURA 13 – CONFIGURAÇÕES DE REDE ANEL UNIDIRECIONAL ..................... 24
FIGURA 14 – CONFIGURAÇÕES DE REDE EM ANÉL COM 4 FIBRAS ÓPTICAS . 25
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – TAXAS DE TRANSMISSÃO DO PADRÃO SONET ............................... 09


TABELA 2 – PRINCIPAIS TAXAS DE TRANSMISSÃO AMERICANA ..................... 10
TABELA 3 – TRIBUTÁRIOS VIRTUAIS DO PADRÃO SONET .................................. 14
TABELA 4 – TAXAS DE TRANSMISSÃO DO PADRÃO SDH .................................... 16
TABELA 5 – TAXAS DE TRANSMISSÃO DO CONTÊINER SDH .............................. 19
TABELA 6 – TAXAS DE TRANSMISSÃO SONET E SDH ........................................... 21
TABELA 7 – NÍVEIS DE POTÊNCIA NA FONTE ÓPTICA E NO RECEPTOR .......... 22
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANSI - American National Standards Institute


ADM - add/drop multiplexing
ATM - Asynchronous Transfer Mode
BLSR - Bidirectional Line-Switched Ring
BSSR - Bidirectional Span-Switched Ring
CCITT - Internacional Telecommunication Telephone Consultative Committee
ECSA - Exchange Carrier Standards Association
ITU-T - Internacional Telecommunications Union
MSOH - Multiplex Section Overhead
OAM - Operations Administration Maintenance
OC - Optical Carrier
PDH - Plesiochronous Digital Hierarchy
POH - Path Overhead
RBOC - Regional Bell Operating Companies
RSOH - Regenerator Section Overhead
SDH - Synchronous Digital Hierarchy
SONET - Synchronous Optical Network
STM - Synchronous Transport Module
STS - Synchronous Transport Signal
ULSR - Unidirectional Line-Switched Ring
UPSR - Unidirectional Path-Switched Ring
SUMÁRIO

RESUMO ........................................................................................................................... III


LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................ IV
LISTA DE TABELAS ....................................................................................................... V
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................ VI
SUMÁRIO ......................................................................................................................... VII
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 08
2 REDES ÓPTICAS SÍNCRONAS – SONET ................................................................. 09
2.1 Taxas básicas de transmissão ...................................................................................... 09
2.2 Estrutura do quadro SONET ....................................................................................... 10
2.3 Camadas de overhead .................................................................................................. 11
2.4 Tributários virtuais ...................................................................................................... 14
2.5 Multiplexação SONET ................................................................................................ 14
3 HIERARQUIA DIGITAL SÍNCRONA – SDH ............................................................ 16
3.1 Taxas de transmissão .................................................................................................. 16
3.2 Estrutura do quadro SDH ............................................................................................ 17
3.3 Camadas de overhead SDH ........................................................................................ 17
3.4 Estrutura em camadas ................................................................................................. 18
3.5 Multiplexação SDH .................................................................................................... 19
4 COMPATIBILIDADE SONET/SDH ............................................................................ 21
4.1 Equipamentos de rede ................................................................................................. 22
4.2 Topologia de rede ........................................................................................................ 23
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 27
ANEXO A – RECOMENDAÇÕES .................................................................................. 29
8

1 INTRODUÇÃO

Os primeiros sistemas de transmissão ópticos utilizavam padrões altamente


proprietários, sendo implementado inicialmente nas redes públicas de telefonia. As diferentes
tecnologias adotadas pelos fornecedores dificultavam a interconexão de novos equipamentos e
tornavam o custo de instalação e manutenção extremamente elevado, existindo a necessidade
de criar um padrão para os equipamentos, interfaces e modos de transmissão. As redes ópticas
síncronas (SONET) foi a solução adotada pelo Instituto Nacional de Padronização Americano
(ANSI) como referência para as redes de comunicação ópticas. Para compatibilizar a
transmissão mundial, começaram as primeiras pesquisas sobre a hierarquia digital síncrona
(SDH) em 1986 com o envolvimento da União Internacional de Telecomunicações (ITU-T)
antiga CCITT, foi publicado em 1988 as três primeiras recomendações num encontro em
Melbourne. Com o desenvolvimento de um padrão internacional, muitos países investiram em
novas redes de comunicação com a tecnologia SDH, visando melhorar os serviços de
telecomunicações e inserir novas tecnologias no mercado. Em 1994, a British Telecom
instalou o primeiro anel óptico com tecnologia SDH e a Companhia de Telefones do Brasil
Central (CTBC) instalou o primeiro anel óptico brasileiro com equipamentos da Siemens. A
Nortel Networks publicou em seu site oficial uma participação de 38% no mercado de redes
SONET/SDH que teve um montante de quatro bilhões de dólares no ano 2000.
A evolução das redes ópticas é caracterizada por três gerações distintas. As redes
ópticas de primeira geração são caracterizadas pela substituição dos meios de transmissão
existentes por fibras ópticas. A segunda geração já dispõem de fibras em configuração
específica para o desempenho de algumas funções. A terceira geração é caracterizado pela
utilização do roteamento de comprimento de onda (ASSIS, 2004).
Seguindo essa ordem cronológica, a primeira geração foi caracterizada pelo
surgimento do padrão SONET nos Estados Unidos e depois pelo padrão SDH na Europa.
Atualmente, as redes ópticas de alta velocidade podem ser definidas como um sistema de
comunicação SONET/SDH presente nas três gerações das redes ópticas.
9

2 REDES ÓPTICAS SÍNCRONAS – SONET

O padrão SONET foi desenvolvido para interligar as centrais telefônicas americanas


controladas por diferentes empresas devido o processo de quebra de monopólio privado das
telecomunicações na década de 80 nos Estados Unidos, dividindo o Sistema Bell em
Empresas Operantes Bell Regionais (RCBO). Para favorecer as interligação das redes
telefônicas entre as RCBOs foram estabelecidas as seguintes condições:

– Definir um formato de multiplexação síncrona capaz de transportar sinais de níveis


mais baixos.
– O padrão deveria favorecer a manutenção centralizada.
– O padrão deveria fornecer mecanismos de transporte para novos serviços.
– Apresentar maior eficiência nos multiplexadores add/drop (ADM).
– Deveria ter mecanismos de proteção contra falhas na rede.

2.1 Taxas básicas de transmissão

As taxas básicas de transmissão estão descritas na tabela 1, a taxa básica de referência


corresponde ao sinal sinal de transporte síncrono de nível 1 (STS-1) para os sinais elétricos e
de portadora óptica 1 (OC-1) para os sinais ópticos. As outras taxa corresponde aos valores
múltiplos inteiros da taxa de referência básica.

TABELA 1 – TAXAS DE TRANSMISSÃO DO PADRÃO SONET

Sinal Taxa de transmissão Capacidade


STS-1 , OC-1 51.840 Mb/s 28 DS1 ou 1 DS3
STS-3 , OC-3 155.520 Mb/s 84 DS1 ou 3 DS3
STS-12 , OC-12 622.080 Mb/s 336 DS1 ou 12 DS3
STS-48 , OC-48 2488.320 Mb/s 1344 DS1 ou 48 DS3
STS-192 , OC-192 9953.280 Mb/s 5376 DS1 ou 192 DS3
Fonte: TEKTRONIX. Disponível em: <www.webproforum.com/tektronix/full.html> (2006)

A capacidade de transmissão das taxas de transmissão do padrão SONET,


também são descritas em função da capacidade de transmissão dos sinais digitais
multiplexados. Na tabela 2 é apresentada as principais taxas de transmissão americana.
10

TABELA 2 – PRINCIPAIS TAXAS DE TRANSMISSÃO AMERICANA

SINAL Taxa de bit Canais


DS0 64 Kb/s 1 DS0
DS1 1.544 Kb/s 24 DS0
DS2 6.312 Kb/s 96 DS0
DS3 44.736 Mb/s 28 DS1
Fonte: TEKTRONIX. Disponível em: <www.webproforum.com/tektronix/full.html> (2006)

De acordo com a tabela 2, os sinais DS1, DS2 e DS3 correspondem as taxas de


transmissão PDH do padrão americano. As taxas mais elevadas de transmissão dos sinais
PDH não correspondem aos valores múltiplos inteiros da taxa de referência devido as grandes
diferenças existentes entre os sinais de sincronismo, existindo a necessidade de adicionar bits
de correção na transmissão de cada quadro, aumentando o overhead dos pacotes transmitidos.
Essa relação entre sincronismo, overhead e taxa de transmissão também é valida nos sistemas
de transmissão quase síncronos (PDH) de outros países, sendo utilizado a inserção de bits de
justificação (positiva ou positiva-zero-negativa) para manter o sincronismo do sistema.

2.2 Estrutura do quadro SONET

A estrutura básica do quadro SONET é formada por uma matriz de 90 colunas e 9


linhas, sendo que cada posição corresponde a um byte. Na figura 1 é apresentado a estrutura
de um quadro SONET STS-1, constituído de 810 bytes, sendo 27 bytes de overhead e 783
bytes destinados à transmissão de dados.

FIGURA 1 – ESTRUTURA DE UM QUADRO SONET STS-1


Fonte: Optical fiber communications. Keiser, Gerd. Pág 468.
11

De acordo com a figura 1, o quadro pode ser dividido em duas estruturas principais. A
primeira estrutura corresponde ao cabeçalho, sendo classificada de acordo com as camadas de
overhead; e a segunda estrutura corresponde a transmissão de dados.

2.3 Camadas de overhead

O quadro SONET tem um cabeçalho de informação principal utilizado para o controle


da transmissão, administração e manutenção da rede. O campo de overhead do quadro
SONET é dividido em três camadas contidas no cabeçalho do quadro e no campo de
transmissão de dados. Na figura 2 é apresentada as camadas de overhead do quadro conforme
a utilização nos equipamentos da rede de transmissão.

FIGURA 2 – CAMADAS DE OVERHEAD DO QUADRO SONET


Fonte: TEKTRONIX. Disponível em: <www.webproforum.com/tektronix/full.html>

De acordo com a figura 2, as camadas são divididas em seção, linha e caminho. A


camada de seção é responsável pela conexão entre dois equipamentos próximos, podendo ser
dois regeneradores, um equipamento terminal de linha e um regenerador ou dois
equipamentos de terminal de linha. A camada de linha fornece suporte a transmissão de
dados, auxilia na adição e retirada de canais, multiplexação, concatenação e suporte de
manutenção de linha. O overhead de caminho é utilizado dentro do cabeçalho para gerenciar o
ponto de construção e recepção do quadro e dentro do campo de dados para gerenciar a
informação entre diversos campos de quadros distintos. Na figura 3 é indicado a localização
dos campos de overhead no quadro SONET; as três primeiras linhas do quadro corresponde
ao overhead de regeneração ou seção, as últimas seis correspondem ao overhead de linha. No
campo de dados esta localizado o overhead de caminho.
12

FIGURA 3 – CAMPOS DE OVERHEAD DENTRO DO QUATRO SONET


Fonte: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) . Disponível em:
<http://www.gta.ufrj.br/seminarios/semin2004_1/sonet/files/sonet_101.pdf> (2006)

No quadro SONET STS-1 (figura 3) o campo que contém o cabeçalho de seção é


formado 9 bytes, sendo os dois primeiros utilizados para indicar o início do quadro e o
terceiro definido como seção inicial para o primeiro quadro e seção de desenvolvimento para
os quadros subseqüentes. Os bytes localizados no meio do cabeçalho de seção (bytes 4, 5 e 6)
são utilizados para controlar uma seção da rede. Os três últimos bytes correspondem ao canal
de comunicação de dados, utilizado para o gerenciamento remoto entre dois terminais de
seção. Abaixo do cabeçalho de seção esta situado o cabeçalho de linha formado por 27 bytes.
Na figura 4 é mostrado os dois primeiros bytes do cabeçalho de linha destinados a localização
do início do campo de dados.

FIGURA 4 – PONTEIRO INDICANDO O INÍCIO DA CARGA ÚTIL


Fonte: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) . Disponível em:
<http://www.gta.ufrj.br/seminarios/semin2004_1/sonet/files/sonet_101.pdf> (2006)
13

De acordo com a figura 4, o ponteiro indica o início do campo de dados ou carga útil
dentro do quadro transmitido, auxiliando na localização, adição e extração de tributários. Para
localizar o início do campo de dados é utilizado como referência o valor corresponde entre a
diferença do início da carga útil e o início do quadro, se esse valor for negativo, ou seja,
ocorrer um estouro de buffer é utilizado o terceiro byte do cabeçalho de linha para armazenar
o valor do ponteiro. Os ponteiros também são utilizados para compensar as diferenças de
freqüência e fase existentes na transmissão, ou seja, o ponteiro indica o início do quadro e o
processo enchimento permite alinhar dinamicamente os quadros. Quando a taxa de
transmissão dos quadros é muito baixa em comparação com a taxa STS-1 (51.840Mbps) os
bits 7, 9, 11,13 e 15 são invertidos dentro do ponteiro para informar a necessidade de iniciar o
processo de justificação positiva.
O processo de justificação positiva consiste em adicionar bytes para alinhar os quadros
e manter o sincronismo da rede. Para manter o valor de referência de localização é
incrementado o valor do ponteiro de cada quadro subseqüente para compensar o deslocamento
provocado pela adição de bytes. Quando a taxa de transmissão do campo de dados é maior
que a taxa de transmissão do quadro os bits 8, 10, 12, 14 e 16 são invertidos para iniciar o
processo de justificação negativa. Nesse processo um byte é retirado do campo de dados e
armazenado no campo H3 do overhead de seção. Devido o processo de retirada de um byte
por quadro, o campo de dados é adiantado em alguns bytes.
Além de gerenciar a transmissão entre dispositivos adjacentes, é necessário verificar os
pontos de construção e recepção do quadro entre dois dispositivos finais. Para realizar esse
controle é utilizado o overhead de caminho (POH), sendo dividido em dois blocos: o
cabeçalho de caminho do sinal de transporte síncrono (STS-POH) e o cabeçalho de caminho
do tributários virtuais (VT-POH). O STS-POH é distribuído de maneira uniforme em nove
bytes (um por coluna) no quadro STS-1, contendo informações sobre a rota e os pacotes
transmitidos. O primeiro byte é utilizado para verificar se a transmissão de dados esta ativada.
O segundo byte é utilizado para verificar a existência de um erro de transmissão no caminho
através de um código de paridade par. O terceiro e quarto byte são utilizados para transportar
informação sobre sinal e caminho respectivamente. E os bytes restantes são utilizados como
canal de comunicação entre cabeçalhos de caminho. O VT-POH é distribuído em quatro bytes
padronizados. O primeiro byte contém informações sobre os sinais e rotas, o segundo
corresponde a conexão fim-a-fim do caminho, o terceiro corresponde ao monitoramento de
conexão tandem de baixa autorização e o quarto byte é utilizado para proteção dos caminhos.
14

2.4 Tributários virtuais

Os tributários virtuais são níveis de transmissão síncrona do quatro STS-1 utilizados


para a transmissão de sinais de baixa velocidade. Na tabela 3 é apresentada as taxas de
transmissão e o tamanho correspondente aos tributário.

TABELA 3 – TRIBUTÁRIOS VIRTUAIS DO QUADRO SONET

Classificação Taxa de bit Tamanho do tributário


VT 1.5 1.728 Mbps 9 linhas e 3 colunas
VT 2 2.304 Mbps 9 linhas e 4 colunas
VT 3 3.456 Mbps 9 linhas e 6 colunas
VT 6 6.912 Mbps 9 linhas e 12 colunas
Fonte: TEKTRONIX. Disponível em: <www.webproforum.com/tektronix/full.html> (2006)

Os tributários são agrupados e transmitidos juntos dentro do campo de dados em 7


grupos com 12 colunas de bytes, sendo que cada grupo transmite um tipo de tributário. De
acordo com os dados da tabela 3, um grupo pode ser formado por uma das combinações:

– Quatro tributários VT1.5;


– Três tributários VT 2;
– Dois tributários VT 3;
– Um tributário VT 6

Os grupos não tem overhead e são intercalados com outros grupos de tributários
virtuais e alocados no campo de dados do quadro transmitido.

2.5 Multiplexação SONET

Um quadro SONET STS-N pode transmitir outros quadros de hierarquia inferior pelo
processo de concatenação ou multiplexação. O padrão SONET define que a concatenação
consiste em utilizar três quadros STS-1 para formar um quadro de sinal de transporte síncrono
de nível 3 concatenado (STS-3c). A taxa de transmissão do quadro é definida como:

STS-3c = 3 x (90 colunas) x (9 linhas) x (8 bits) / 125us = 155.520 Mbps


15

A concatenação consiste em agregar quadros de hierarquia inferior para formar um


quadro com hierarquia superior, na figura 5 (a) é mostrado o processo de concatenação na
formação de um quadro SONET STS-3C. O quadro STS-3c é formado pelo encadeamento
dos quadros STS-1, ou seja, o overhead do quadro STS-3c é formado pelo encadeamento das
estruturas de overhead dos três quadros STS-1 e o campo de dados é formado pelo
encadeamento dos dados dos quadros de hierarquia inferior.
O processo de multiplexação consiste em formar um quadro de hierarquia superior
pelo entrelaçamento de bytes, na figura 5 (b) é mostrado a multiplexação de um quadro
SONET STS-3 a partir de três quadros STS-1. O primeiro byte do quadro STS-3 corresponde
ao primeiro byte do primeiro quadro STS-1, o segundo byte corresponde ao primeiro byte do
segundo quadro STS-1, formando sucessivamente a estrutura do quadro que será transmitido.

FIGURA 5 – CONCATENAÇÃO E MULTIPLEXAÇÃO DE UM QUADRO SONET


Fonte: Fonte: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) . Disponível em:
<http://www.gta.ufrj.br/seminarios/semin2004_1/sonet/files/g_9snt.pdf> (2006)

A multiplexação pode ser formada por diversas combinações de hierarquias e


tributários virtuais, na figura 6 é apresentado a estrutura de multiplexação SONET. Os sinais
transportados em outros tributários estão localizados à esquerda da figura 6, sendo
correspondente as taxas da hierarquia plesiócrona americana (PDH).

FIGURA 6 – ESTRUTURA DE MULTIPLEXAÇÃO SONET


Fonte: TEKTRONIX. Disponível em: <www.webproforum.com/tektronix/full.html> (2006)
16

3 HIERARQUIA DIGITAL SÍNCRONA – SDH

A padronização da hierarquia digital síncrona (SDH) iniciou com um grupo de estudos


da ITU-T em junho de 1986. Dois anos depois foram aprovadas as primeiras recomendações
(G.707, G.708 e G.709). Também foram aprovadas outra recomendações de multiplexação,
sincronismo e gerenciamento de redes (G.784). O funcionamento das redes SDH é baseado
nos princípios da multiplexação síncrona, ou seja, os sinais de tributários individuais podem
ser multiplexados em um sinal com taxa de transmissão superior sem a necessidade de
estágios intermediários de multiplexação. As principais características do padrão SDH são:

– Canais de serviço e supervisão de grande capacidade, permitindo gerenciar as redes


remotamente.
– Visibilidade total dos tributários em todos os estágios da rede.
– Compatibilidade com novos serviços, por exemplo ATM.
– Tratamento de informações em nível de byte.

3.1 Taxas de transmissão

As taxas de transmissão do padrão SDH são descritas na tabela 4. A taxa de referência


básica corresponde ao módulo de transporte síncrono de nível 1 (STM-1) e as taxas superiores
correspondem aos múltiplos inteiros da taxa de referência básica.

TABELA 4 – TAXAS DE TRANSMISSÃO DO PADRÃO SDH

Níveis de sinais Taxas brutas


STM-1 155.520 Mbps
STM-4 622.080 Mbps
STM-16 2488.320 Mbps
STM-64 9935.280 Mbps
Fonte: Algoritmos de otimização para redes de telecomunicações – UFMG. Disponível em:
<www.cpdee.ufmg.br/~joao/TesesOrientadas/VAS2000_1.pdf> (2006)

Além desses níveis, existe uma estrutura denominada de STM-0, com taxa bruta de
51.840 Mbps, utilizada para sistemas de satélite e rádio-enlace, a qual é desconsiderada como
nível hierárquico (NEC do BRASIL, 1998).
17

3.2 Estrutura do quadro SDH

A estrutura básica de um quadro SDH STM-1 é formada por uma matriz de 9 linhas e
270 colunas, sendo que cada posição corresponde a um byte. Cada linha é formada por 9 bytes
de overhead e 261 bytes de informação. Na figura 7 é apresentada a estrutura de um quadro
SDH STM-N.

FIGURA 7 – ESTRUTURA DE UM QUADRO SDH STM-N


Fonte: EDUARDO, Universidade de São Paulo (USP). Disponível em:
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18133/tde-02102005-232026/publico> (2006)

Cada quadro é transmitido linha por linha e da esquerda para direita com duração de
125us, sendo definida a taxa de referência básica como:

STM-1 = 270(colunas) x 9(linhas) x 8 bits / 125us = 155.520 Mbps

O número de bytes de overhead e informação aumentam em função do produto do


valor correspondente ao nível (N) para as taxa correspondentes ao valores múltiplos do quadro
STM-1.

3.3 Camadas de overhead SDH

O cabeçalho do quadro SDH com taxa de referência básica corresponde aos 9


primeiros bytes do quadro, sendo dividido em três campos. O primeiro campo corresponde ao
overhead de seção regenerador (RSOH), desempenhando a função de monitoração de erro,
alinhamento de frame e supervisão do sistema.
18

O segundo campo de overhead do quadro SDH corresponde ao ponteiro, contendo


informações de localização de tributários dentro do campo de informação. A estrutura de
ponteiro é formada por 9 colunas na linha 4 (ver figura 7). O último campo corresponde ao
overhead de seção de multiplexação (MSOH), responsável pela adição e inserção de
tributários e controle de erros do sistema. Além das três estruturas contidas no campo de
overhead do quadro SDH, o campo de informação contem uma coluna correspondente ao
overhead de caminho (POH) utilizado para gerenciar o ponto de construção e recepção do
quadro e informação entre diversos campos de quadros distintos.

3.4 Estrutura em camadas

A hierarquia digital síncrona foi desenvolvida utilizando a abordagem entre cliente e


servidor, apresentando um estrutura semelhante as camadas de rede em função do overhead do
padrão SONET (figura 2). Porém, o padrão SDH definiu um conceito mais amplo na relação
entre as camadas de overhead e os equipamentos conectados a rede. Na figura 8 é mostrado a
estrutura em camadas do padrão SDH, sendo divida em duas camadas principais. A primeira
esta relacionada a camada de circuitos, sendo definida como a camada de mais elevada
hierarquia da estrutura e responsável pela retirada de informação útil da interface elétrica ou
óptica do equipamento. A segunda camada corresponde ao transporte do quadro SDH, sendo
subdividida em camada de meio de transmissão e camada de via ou caminho. A camada de
meio de transmissão contém as seções de regeneração e multiplexação, sendo dependente do
meio físico de propagação do sinal transmitido.

FIGURA 8 – ESTRUTURA EM CAMADAS DO PADRÃO SDH


Fonte: TELECO telecomunicações – tutorial redes sdh. Disponível em:
<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrsdh/pagina_1.asp> (2006)
19

De acordo com a figura 12, a camada de via é divida em função do tributários


transmitidos. Os tributários são definidos como contêiner virtual, sendo utilizado na estrutura
de multiplexação da hierarquia digital síncrona.

3.5 Multiplexação SDH

A multiplexação SDH consiste em transportar tributários de ordem inferior em


tributários de ordem superior. O menor tributário definido pela padrão é chamado de
contêiner, sendo definido nas recomendações G.702 e G.703 da ITU-T, outras recomendações
estão disponíveis nos Anexos – recomendações. As taxas de transmissão do contêiner são
descritas na tabela 5.

TABELA 5 – TAXAS DE TRANSMISSÃO DO CONTÊINER SDH

Contêiner Tributários
C-4 139.264 Kbps
C-3 34.368 e 44.736 Kbps
C-2 6.312 Kbps
C-12 2.048 Kbps
C-11 1.544 Kbps
Fonte: PUC-RS, Faculdade de Engenharia. Redes de transmissão digital PDH e SDH.
Disponível em: <http://www.dca.fee.unicamp.br/~rangel/telefonia/home-page/sdh.pdf> (2006)

As taxas do contêiner SDH corresponde as taxas da hierarquia digital plesiócrona


síncrona dos padrões europeu e norte-americano. Na figura 9 é mostrado a estrutura de
multiplexação SDH, sendo localizada a estrutura de contêiner no lado esquerdo da figura 9. O
processo de multiplexação inicia com a adição de um overhead no contêiner, formando uma
estrutura chamada de contêiner virtual (VC), sendo definida na camada de via na estrutura de
camadas do padrão SDH (figura 8). O contêiner virtual é alinhado e adicionado um overhead
de ponteiro de unidade tributária que indica o início de cada contêiner virtual, sendo definido
a unidade tributária (TU). A primeira multiplexação é iniciada após o primeiro alinhamento de
estrutura da unidade tributária (figura 9), sendo formado um grupo de unidade tributária
(TUG) que contém diversas unidades tributárias idênticas. Esses grupos são multiplexados
para formar um novo contêiner virtual que recebe um overhead de controle responsável pela
adaptação entre as camadas de via alta ordem e a camada de multiplexação.
20

Na última etapa cada quadro é separado em grupos de unidade administrativas (AUG)


e são multiplexados formando as taxas de transmissão do padrão SDH STM-n (tabela 4).

FIGURA 9 – ESTRUTURA DE MULTIPLEXAÇÃO SDH


Fonte: TELECO telecomunicações – tutorial redes sdh. Disponível em:
<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrsdh/pagina_1.asp> (2006)
21

4 COMPATIBILIDADE SONET/SDH

Com o surgimento da hierarquia digital síncrona, o padrão americano para as redes


ópticas síncrona (SONET) sofreu pequenas alterações que possibilitaram interligar as redes
síncronas existentes no mundo. Na tabela 6 é apresentado uma tabela comparativa entre as
taxas de transmissão do padrão SONET e SDH. A taxa de transmissão do padrão SONET é
determinada pelo produto entre o número N e a taxa de transmissão STS-1. O padrão ANSI
T1.105 determina que os valores de N são 1, 3, 12, 24, 48 e 192. Já a taxa de transmissão do
SDH é determinada pelo produto entre o número M e a taxa de transmissão STS-3, sendo
recomendado pela ITU-T os valores de M igual a 1, 4, 8, 16, 32 e 64.

TABELA 6 - TAXAS DE TRANSMISSÃO SONET E SDH

SONET – Nível elétrico SONET – Nível óptico SDH Taxa de transmissão


(STS-N) (OC-N) (STM-M)
STS-1 OC-1 51.840 Mbps
STS-3 OC-3 STM-1 155.520 Mbps
STS-12 OC-12 STM-4 622.080 Mbps
STS-24 OC-24 STM-8 1244.160 Mbps
STS-48 OC-48 STM-16 2488.320 Mbps
STS-96 OC-96 STM-32 4976.640 Mbps
STS-192 OC-192 STM-64 9953.280 Mbps
Fonte: Optical fiber communications. Keiser, Gerd. Pág 469.

Para garantir uma conexão segura entre equipamentos de diversos fabricantes, os


padrões SONET e SDH fornecem detalhes das características de fontes ópticas, resposta do
receptor e as distâncias de transmissão para os diversos tipos de fibras ópticas. Na tabela 7 é
apresentado os níveis de potência da fonte óptica e do receptor para taxas de transmissão de
até 2,5Gb/s. Esses valores descritos na tabela 7 são utilizados para garantir taxas de erro de bit
menores que 10¹º para links de até 1 Gbps e 10¹² para links de maior performace. A resposta
considerada do receptor é para as condições de piores casos, sendo definido como o mínimo
aceitável para garantir uma taxa de erro menor que 10¹º. Para transmissões de longa distância
é possivel utilizar fontes ópticas com lasers de alta potência, desde que seja utilizado um
limite seguro imposto. De acordo com a recomendação ITU-T G.655, se for utilizado um laser
de classe 3A, o limite de potência é de +17dBm para um link com 160 Km de distância.
22

TABELA 7 – NÍVEIS DE POTÊNCIA NA FONTE ÓPTICA E NO RECEPTOR

Distância SONET SDH Fonte óptica (dBm) Receptor (dBm)


Até 15 Km OC-3 STM-1 -15 até - 8 -23
OC-12 STM-4 -15 até -8 -23
OC-48 STM-16 -10 até -3 -18
Até 40 Km OC-3 STM-1 -15 até -8 -28
OC-12 STM-4 -15 até -8 -28
OC-48 STM-16 -5 até 0 -18
Até 80 Km OC-3 STM-1 -5 até 0 -34
OC-12 STM-4 -3 até +2 -28
OC-48 STM-16 -2 até 3 -27
Fonte: Optical fiber communications. Keiser, Gerd. Pág 471.

4.1 Equipamentos de rede

Os padrões SONET e SDH definiram três equipamentos de rede principais, na figura


10 é mostrado os três tipos de equipamentos que compõem uma rede SDH. O primeiro
equipamento é o multiplexador terminal de linha (TM para o padrão SDH e PTE para o
padrão SONET), sendo utilizado como dispositivo de entrada da rede. O multiplexador de
terminal de linha possibilita utilizar diversos tributários de entrada e apresenta opções de
controle e gerenciamento de seção. O segundo equipamento é o multiplexador de adição e
retirada de canais (ADM para os dois padrões), sendo utilizado principalmente entre duas
conexões ponto-a-ponto. Os equipamentos ADM possibilitam a inserção e retirada de
tributários de ordem inferior. O terceiro equipamento é o cross-connect digital (DXC ou DCS
para os dois padrões), sendo utilizado para rotear canais de ordem inferior.

FIGURA 10 – EQUIPAMENTOS DE UMA REDE SDH


Fonte: TELECO telecomunicações – tutorial redes sdh. Disponível em:
<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrsdh/pagina_1.asp> (2006)
23

4.2 Topologia de rede

Os padrões SONET e SDH definem quatro configurações de rede. A primeira é a


configuração ponto-a-ponto, que consiste na conexão entre dois multiplexadores terminal de
linha interligados por uma fibra óptica com ou sem regeneradores no caminho. A segunda
configuração é a ponto-multiponto que consiste no acréscimo de um multiplexador de adição
e retirada de canais (ADM) na conexão que interliga dois equipamentos de terminal de linha.
Na figura 11(a) é apresentado a configuração de rede ponto-a-ponto e 11(b) a configuração
ponto-multiponto.

FIGURA 11 – REDES PONTO-A-PONTO E PONTO-MULTIPONTO


Fonte: TEKTRONIX. Disponível em: <www.webproforum.com/tektronix/full.html> (2006)

De acordo com a figura 8, as topologias ponto-a-ponto e ponto-multiponto utilizam


dispositivos multiplexadores de canais nas extremidades da rede . Em determinadas situações
a conexão entre dois equipamentos multiplexadores pode ter uma distância elevada, sendo
possível utilizar regeneradores de linha. Esses equipamentos sincronizam os pacotes
transmitidos e restabelecem o overhead da camada de seção sem alterar a estrutura do quadro.
Diferente da conexão ponto-a-ponto, as outras configurações permitem a inserção e retirada
de canais na conexão entre dois dispositivos multiplexadores. Na figura 11(b) um dispositivo
ADM é utilizado na formação de uma rede ponto-multiponto, possibilitando retirar ou
adicionar qualquer sinal STS-N e rotear para outro enlace. A outra topologia existente é a
arquitetura em barramento, podendo ser implementada de duas maneiras. A primeira consiste
em utilizar dois ou mais dispositivos multiplexadores e um dispositivo de conexão cruzada de
nível (W-DCS). A segunda arquitetura consiste em utilizar um equipamento de conexão
cruzada (DCS) que permite transportar vários tributários como elemento central da rede.
24

Na figura 12 é mostrado a configuração de uma rede SONET em barramento, sendo


formada por um DCS como elemento central (hub), equipamentos regeneradores e
multiplexadores.

FIGURA 12 – CONFIGURAÇÃO DE UMA REDE EM BARRAMENTO


Fonte: TEKTRONIX. Disponível em: <www.webproforum.com/tektronix/full.html> (2006)

A principal topologia utilizada nas redes SONET e SDH é a estrutura em anel devido
os vários mecanismos de proteção existentes. A recomendação G.841 definiu diversas
orientações de proteções em anéis unidirecional e bidirecional. Na figura 13 é apresentado a
topologia de um anel unidirecional chaveado em linha (ULSR) e caminho (UPSR).

FIGURA 13 – CONFIGURAÇÕES DE REDE ANEL UNIDIRECIONAL


Fonte: Algoritmos de otimização para redes de telecomunicações – UFMG. Disponível em:
<www.cpdee.ufmg.br/~joao/TesesOrientadas/VAS2000_1.pdf> (2006)

A redes ULSR (figura 13a) são formadas por um fibra unidirecional primária e um
secundária de proteção, sendo necessário realizar selecionar a fibra de proteção manualmente.
As redes UPSR (figura 13b) é composta de duas fibras unidirecionais com sentidos de
transmissão opostos. Nesse configuração a rede não necessita ser chaveada manualmente
devido o sentido full-duplex existente na transmissão.
25

Em transmissões bidirecionais com dois pares de fibra óptica (redes BLSR), o


mecanismo de chaveamento é complexo e envolve o completo conhecimento da configuração
da rede e do modo a que o administrador de rede isole as partes danificadas
(HABISREITINGER, 1998).
As outras configuração com pares de fibra óptica consiste em redes formadas por
quatro fibras. Na figura 14 é mostrado as configurações de rede em anéis de 4 fibras, sendo
formada duas estruturas uma com chaveamento em linha (BLSR-F) e com pequeno intervalo
de chaveamento (BSSR).

FIGURA 14 – CONFIGURAÇÕES DE REDE EM ANÉL COM 4 FIBRAS ÓPTICAS


Fonte: Algoritmos de otimização para redes de telecomunicações – UFMG. Disponível em:
<www.cpdee.ufmg.br/~joao/TesesOrientadas/VAS2000_1.pdf> (2006)

As redes em anel BLSR-F (figura 14a) são formadas por um par de fibra óptica de
transmissão e um par de proteção, sendo realizada a conexão automática pelos
multiplexadores presentes entre o local da falha. As redes em anel BSSR (figura 14b) tem a
mesma estrutura das redes BLSR-F porém o mecanismo de falha é diferente, sendo eficaz se
apenas um dos pares for danificados.
Além dessas configurações definidas pela ANSI e ITU-T, as redes ópticas podem
apresentar outras configurações devido a evolução das técnicas de multiplexação por
comprimento de onda (WDM) e o surgimento de novos dispositivos ópticos.
26

5 CONCLUSÃO

Esse trabalho apresentou os principais conceitos básicos dos padrões SONET e SDH,
evidenciando a descrição dos padrões de acordo com o contexto histórico. O surgimento de
um padrão para as redes ópticas síncronas iniciou com o processo de quebra de monopólio
privado na área de telecomunicações nos Estados Unidos, resultando no surgimento de
padrões proprietários que dificultavam a manutenção do sistema de telefonia. Com o
desenvolvimento do padrão SONET, a União Internacional de Telecomunicações (ITU-T)
iniciou as primeiras pesquisas no desenvolvimento de um padrão mundial que pudesse
favorecer a interligação das redes ópticas, sendo criado a Hierarquia Digital Síncrona (SDH)
que resultou em algumas alterações do padrão SONET. As recomendações sugeridas pelo
padrão SONET priorizavam atender a necessidade de centralização de serviços entre as
diversas empresas de telecomunicações existentes. Além disso, algumas recomendações
sugeriram o desenvolvimento de formatos de multiplexação que pudessem transportar sinais
de outros modos de transmissão, sendo definidas as taxas de transmissão do padrão. Na
análise do padrão SDH foram constatadas algumas semelhanças nos conceitos básicos
definidos pelo padrão SONET. As taxas de transmissão SDH correspondem aos valores
múltiplos da taxa de referência porém com taxa maior em comparação com o padrão SONET,
existindo uma compatibilidade da transmissão entre a taxa de referência SDH e o sinal de
transporte síncrono de nível 3 do padrão SONET. A interligação entre as redes de
comunicação SONET e SDH favoreceram o padronização dos equipamentos de rede e do
tratamento e convergência de informação, contudo os dois padrões não estabeleceram um
padronização de conectividade, sendo um dos principais problemas encontrados nas redes
atuais.
27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[01] KEISER, Gerd. Optical fiber communications, 3º Edição McGraw-Hill Higher


Education.

[02] SOARES NETO, Vicente; GAMBOGI NETO, Jarbas. Telecomunicações: redes de alta
velocidade, sistemas PDH e SDH. 2.ed. São Paulo: Érica, 2002.

[03] NAVES; WALDMAN. Estratégias evolutivas para a rede óptica a partir de anéis
WDM. Disponível em: <http://www.optinet.fee.unicamp.br/files/sbrt2002_NW.pdf>. Acesso
em: 29 março de 2006.

[04] LAUFER, Rafael . Synchronous Optical Network e Next-generation SONET. Grupo


de teleinformática e automação, programa de engenharia elétrica, UFRJ. Disponível em:
<http://www.gta.ufrj.br/~rlaufer/work/graduate/alta-velocidade/sonet.pdf>. Acesso em: 02
abril de 2006.

[05] MAGALHÃES, Maurício Ferreira. Redes Ópticas de Transporte. UNICAMP.


Workshop RNP – SBRC 2003, Natal - Rio Grande do Norte. Disponível em:
<http://www.rnp.br/_arquivo/wrnp2/2003/protocolo_giga.pdf> . Acesso em: 02 abril de 2006.

[06] BETINI, Roberto. Tópicos avançados em redes, o backbone de fibra. PUC-PR, PPGIA.
Disponível em: <http://www.ppgia.pucpr.br/~betini/arqs/Mestrado/Tar-2/TAR-S23.pdf>.
Acesso em: 03 abril de 2006.

[07] JAIN, Raj. SONET. The Ohio State University, Seminários UFRJ. Disponível em:
<http://www.gta.ufrj.br/seminarios/semin2004_1/sonet/files/g_9snt.pdf> Acesso em: 07 maio
de 2006.

[08] TEKTRONIX. Synchronous Optical Network (SONET) tutorial. Disponível em:


<http://www.webproforum.com/tektronix/full.html>. Acesso em: 07 maio de 2006.

[09] RAMNARAYAN, S. Next Generation SONET – An analysis. UFRJ. Disponível


em:<http://www.gta.ufrj.br/seminarios/semin2004_1/sonet/files/next_generation_sonet.pdf>.
Acesso em: 07 maio de 2006.

[10] USP. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18133/tde-


02102005-232026/publico/TESE-Eduardo.pdf> . Acesso em: 04 julho de 2006.
28

[11] CAMPOS, Glaucia. Redes de alta velocidade, redes SDH. DIMAP, UFRN. Disponível
em: <http://www.dimap.ufrn.br/~glaucia/RAV/8.SDH.pdf>. Acesso em: 09 julho de 2006.

[12] DE CASTRO, Maria Cristina. Planejamento de redes comutadas. PUC-RS. Disponível


em: <http://www.ee.pucrs.br/~decastro/ pdf/Redes_Comutadas_Cap3_2.pdf >. Acesso em: 09
julho de 2006.

[13] ROMAN, Ângelo; ROYER, Francisco. Redes de transmissão digital sistemas PDH e
SDH. Especialização em telecomunicações, 2001, PUC-RS. Disponível em:
<http://www.dca.fee.unicamp.br/~rangel/telefonia/home-page/sdh.pdf>. Acesso em: 11 julho
de 2006.

[14] FERREIRA. Sérgio M. Algoritmos de Otimização para Redes de Telecomunicações.


Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica – UFMG. Disponível em:
<http://www.cpdee.ufmg.br/~joao/TesesOrientadas/VAS2000_1.pdf>. Acesso em: 11 julho
de 2006.

[15] BERNAL, Huber. Redes SDH. Tutorial Teleco, 2003. Disponível em:
<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrsdh/pagina_1.asp>. Acesso em: 11 julho de 2006.

[16] VIEIRA, Luis Carlos. Transmissão digital. DAELN, UTFPR. Disponível em:
<http://pessoal.cefetpr.br/lcvieira/sistel/apostilasistel/transmissaodigital.pdf>. Acesso em 11
julho de 2006.

[17] ASSIS, Karcius D. Rosário. O suporte ao tráfego de internet pela rede óptica
“planejamento e projeto”. Tese (área de concentração de telecomunicações e telemática),
2004, Departamento de Comunicações – UNICAMP.
29

ANEXO A – RECOMENDAÇÕES
30

Fonte: TELECO telecomunicações – tutorial redes sdh. Disponível em:


<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrsdh/pagina_1.asp> (2006)

Anda mungkin juga menyukai