O comércio exterior no Brasil muito evoluiu nos últimos dez anos. Primeiro foi a abertura das importações a
partir de 1990, segundo foi a implantação do Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX a partir
de 1994, depois os avanços até a criação do MERCOSUL, a privatização dos portos, das rodovias, a entrega
da ferrovia a iniciativa privada, investimentos esses que representaram uma melhora no chamado custo
Brasil tornando-o um país mais competitivo no cenário internacional.
O cenário otimista criado a partir desses investimentos, fez com que muitas empresas vissem no comércio
exterior uma oportunidade para expandir seus negócios.
Para atuar No comércio exterior é preciso atuar com precisão, rapidez, visão empreendedora, buscando
sempre estar a frente da concorrência e chegar primeiro ao cliente.
Concorrência acirrada;
Redução de custos;
Busca da melhoria na qualidade.
Mas na negociação com o exterior há algumas diferenças que não podemos desconsiderar se comparado
com o mercado interno
Longas distâncias;
Moeda;
Idioma;
Legislação;
Barreiras tarifárias e não tarifárias.
Além das diferenças entre os mercados, é preciso se ajustar quanto as diferenças culturais, padronizações
exigidas nas negociações e outras exigências dentro do comércio entre os países.
Muito importante na negociação é a definição dos possíveis fornecedores. A empresa deverá identificar seus
fornecedores externos e por que não desenvolver novos fornecedores internos.
As empresas interessadas poderão obter uma relação das empresas que querem comercializar com o Brasil.
O risco comercial nas operações internacionais tem que ser levado em consideração no desenvolvimento do
negócio. A negociação com empresas do mercado externo requer cautela, principalmente quando a
negociação envolver montantes elevados e o exportador solicitar primeiro a remessa de divisa (fechamento
antecipado de câmbio ) para então embarcar a mercadoria.
O levantamento cadastral e a análise do perfil comercial do fornecedor permitem ter dados suficientes
Uma vez desenvolvido e definido o fornecedor e cabe lembrar que é importante contar com dois ou mais
fornecedores, o importador dará início à negociação.
Contato Inicial
O importador deverá colocar suas necessidades sobre o produto, o prazo para o embarque, o prazo para
entrega e solicitar as condições de pagamento oferecidas pelo exportador.
O exportador por sua vez deverá deixar clara a possibilidade de atender ao cliente.
Um dos aspectos importantes a ser definido é o envio de amostras, se for preciso, para análise da qualidade
do produto que deverá obedecer aos padrões estabelecidos pelo importador.
Num primeiro momento o exportador enviará ao importador uma “ proposta ” a Fatura Pro Forma.
A Fatura Pro Forma trará todos os dados negociados inicialmente entre as duas empresas, mercadoria,
quantidade, preço unitário e total, Nomenclatura Comum do Mercosul, modalidade de pagamento, prazo de
entrega, etc.
Análise da Proposta
Com a Fatura Pro Forma é possível calcular os custos da importação, desde de o embarque até a chegada
na fábrica do importador.
Importador deverá formalizar a compra através da colocação do pedido de compra que deverá conter todas
as informações de interesse do importador e do exportador.
Instruir o embarque;
Definir local de chegada;
Meio de transporte;
Necessidade de aguardar emissão de L.I.
Agente no exterior;
Prazo de embarque e entrega;
Confirmar o pedido;
Documentos necessários a serem enviados ao importador;
Outras informações de interesse de ambos.
Follow Up de Embarque
O importador deverá estar atento para que os prazos estabelecidos, por exemplo pela fábrica ou pela área
de vendas, sejam cumpridos e o sucesso depende do Follw up de embarque e acompanhamento da
chegada e desembaraço.
Deverá ainda estar atentos aos problemas que podem causar atrasos, tais como greve do porto, aeroporto,
Receita Federal, etc.
O acompanhamento do desembaraço aduaneiro junto ao despachante representa um papel importante do
setor de comércio exterior evitando assim perder tempo na entrega da mercadoria ao setor de produção.
Nesse sentido os colaboradores da área de comércio exterior deverão trabalhar, sempre afinados com as
áreas envolvidas com o produto, no intuito de buscar cada vez mais melhorar o processo de negociação,
compras, embarque, desembaraço e entrega da mercadoria.
Decidir importar levando em conta os aspectos administrativos e gerenciais
Escolher o produto e o mercado fornecedor
Providenciar os documentos exigidos para que o Despachante Aduaneiro se credencie junto à Receita
Federal e obtenha a senha de acesso ao Siscomex, passando a ser o representante legal da empresa junto
à essa secretaria
Negociar com o fornecer no exterior os seguintes pontos : nome e endereço completo do fornecedor,
mercadoria - descrição completa, quantidade/unidade, valor e moeda da negociação, embalagem - tipo,
material e dimensões, peso líquido e peso bruto, prazo para pagamento, prazo para embarque ou entrega da
mercadoria, condição de venda (Incoterm), observando as normas vigentes no país, modalidade de
pagamento, locais de embarque e de destino da mercadoria, meio de transporte, se é permitido transbordo
ou não, documentos e n.º de vias, definir qual o banco que fará a cobrança, se for o caso
Aspectos Cambiais
Providenciar a contratação de câmbio, conforme as normas determinadas pelo Banco Central e de acordo
com a modalidade de pagamento negociada.