DESAFIOS DA PRODUÇÃO
DE BIOETANOL DE CANA-DE-AÇÚCAR
“Potencial do BioEtanol para a substituição de produtos petroquímicos (Biorefinarias). Desafios
da mudança da trajetória petroquímica para a de biomassa.”
O grupo São Carlos é um dos maiores conjuntos sucroenergéticos do Brasil com três usinas em
operação: São Carlos, localizada no município paulista de São Carlos. Iracema, situada na cidade de
Iracemápolis e Boa Vista em São João Da Boa Vista. Além das três usinas, o Grupo possui uma
unidade para produção de ácido ribonucléico, a Amtok.
As usinas São Carlos e Iracema produzem açúcar e etanol enquanto a Usina Boa Vista é dedicada
exclusivamente à produção de etanol. Todas elas geram energia elétrica a partir da queima do
bagaço da cana, garantindo auto-suficiência e venda do excedente. Já a Amtok é fabricante de
derivados de levedura por meio de avançados processos biotecnológicos que atendem,
principalmente, os mercados de alimentação humana e animal.
Foram processados na safra 2010/2011 um total de 13,1 milhões de toneladas de cana, que
resultaram em cerca de 873,4 mil toneladas de açúcar e 565,4 mil m³ de etanol.
Como todos sabem o petróleo, que é a matéria prima mais usada no mundo todo, tem seus dias
contados, ela não é uma fonte não renovável, e cada vez esta ficando mais cara, e uma saída para
isso é procurar por uma fonte barata e renovável de energia.
Nosso grupo desde sua existência trabalhou com a cana para a obtenção de açúcar e etanol.Apesar
do aumento de 77% nos últimos anos na produção global de etanol, de aproximadamente 28
milhões de m³ em 2000, para aproximadamente 49 milhões de m³ em 2007, este mercado ainda é
considerado em estágio inicial de desenvolvimento mundialmente. Aproximadamente 75,0% de
todo o etanol consumido no mundo é utilizado como combustível. O etanol é um combustível
menos poluente que a gasolina, derivada do petróleo, por ser limpo e renovável e apresentar
contribuições relevantes para a redução dos gases que causam o efeito estufa. O alto teor de
oxigênio do etanol reduz os níveis das emissões de monóxido de carbono em relação aos níveis
emitidos com a queima da gasolina, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados
Unidos. Misturas de etanol também reduzem as emissões de hidrocarbonetos, um dos maiores
contribuidores para o desgaste da camada de ozônio. Como um incrementador da octanagem, o
etanol também pode reduzir emissões cancerígenas de benzeno e butano. Preocupações e iniciativas
ambientais vêm aumentando a consciência da necessidade de reduzir o consumo mundial de
combustíveis fósseis e adotar combustíveis menos poluentes, como o etanol. Um exemplo é o
Protocolo de Quioto, que estabelece que os países considerados industrializados comprometem-se a
reduzir suas emissões de dióxido de carbono e outros cinco gases que causam efeito estufa entre
2008 e 2012. Um total de 165 países ratificou o acordo. Espera-se que iniciativas globais como o
Protocolo de Quioto aumentem a demanda por etanol nos próximos anos. Atualmente, os Estados
Unidos e o Brasil são os principais produtores e consumidores de etanol no mundo, sendo que a
maior parte do álcool produzido nos Estados Unidos deriva do milho, enquanto no Brasil é deriva
da cana-de-açúcar.
Detalhamento do problema