PÚBLICA.
1. CONCETO
Para Sylvia Di Pietro, o Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que tem por
objeto os órgãos, os agentes e pessoas juridicamente administrativas, que integram a
administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce os bens de que se
utiliza, para a consecução de seus fins, de natureza pública.
É o regime adotado pelo Estado para a correção dos atos administrativos ilegais ou
ilegítimos praticados pelo poder público em toda sua esfera de governo. O Brasil adotou o
sistema de jurisdição única, ou seja, do controle administrativo pela justiça comum. Tal
sistema é o da separação entre o executivo e o Judiciário, ou seja, entre o Administrador e o
Juiz.
1. 2. Noções Preliminares
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OBS: Em nenhuma hipótese, o poder público pode atuar para representar a si próprio.
III- Reflexos: Por força dos interesses que representa quando atua, a administração
recebe do ordenamento jurídico prerrogativas e obrigações que não se estendem
aos particulares.
2. PRINCÍPIOS
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
OBS: Destinatários dos princípios: Administração Direita e Indireta das esferas Federal,
Estadual, Municipal e Distrital.
OBS: As pessoas são criadas para a execução de serviços públicos quando não competem
com a iniciativa privada, ou para a exploração de atividade econômica, quando competem
com a iniciativa privada.
Ex.: Metrô é sociedade de economia mista estadual, compõe a administração indireta,
prestando serviço público.
OBS: Caro leitor, caso tu te depares com uma questão em um concurso público, ou exame
de ordem que te questionarem quais são os princípios gerais da administração pública, na
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ordem em que se apresentam na CFRB/88, lembre-se: Legalidade,
Impessoalidade,Moralidade,Publicidade e Eficiência = LIMPE.
I-Legalidade
Assim, como ensina Di Pietro, “a administração pública não pode por simples ato
administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou impor obrigações
aos administrados; para tanto ela depende da lei”.
II-Impessoalidade
O fim legal é aquele que a lei estabelece, tendo sempre um objetivo, que é o interesse
público.
Por impessoalidade devemos também entender que há uma proibição da prática do ato
administrativo para satisfazer interesse privado ou para favorecer determinada pessoa ou
determinada situação.
Esse princípio também deverá ser entendido para se excluir a promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos sobre suas realizações administrativas, conforme o
artigo 37, § 1o da Constituição da República Federativa do Brasil.
“A publicação dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
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nomes, símbolos ou imagens que caracterizam promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos”.
Qualquer ato administrativo que não atender ao interesse público estará sujeito à anulação
por desvio de finalidade.
Observe que o desvio de finalidade por parte dos agentes públicos constitui modalidade de
abuso de poder.
III-Moralidade
Por considerações de Direito e de Moral, o ato administrativo não terá que obedecer
somente à lei jurídica, mas também à lei ética da própria instituição, porque nem tudo que é
legal é honesto, como já diziam os romanos.
A moral administrativa é imposta ao agente público para sua conduta interna, segundo as
exigências da instituição a que serve e a finalidade de sua ação, que é o bem comum da
coletividade administrada.
IV-Publicidade
É a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos.
Um ato, mesmo regular, precisa da publicação para produzir efeitos no mundo jurídico.
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Observe que os atos irregulares não passam a ser regulares devido à publicação,
simplesmente continuam a ser irregulares e passíveis de anulação, entretanto, foram
publicados.
“Regra geral, todos os atos administrativos tem que ser publicados, entretanto, poderá haver
sigilo nos casos de segurança nacional, investigações policiais, ou interesse superior da
Administração Pública a ser preservado em processo previamente declarado sigiloso, nos
termos do Decreto federal 79099 / 77”.
Observe que qualquer documento público poderá ser examinado na repartição por qualquer
interessado, que poderá obter certidão ou fotocópia autenticada para fins constitucionais.
Por órgão oficial entende-se o Diário Oficial das entidades públicas e os jornais contratados
para estas publicações oficiais.
A publicidade não poderá caracterizar promoção pessoal do agente público, artigo 37, 1o da
CRFB, entretanto, como já vimos, se isto ocorrer, o agente estará indo contra o princípio da
Impessoalidade.
V-Eficiência
Alexandre de Moraes define o princípio da eficiência como sendo aquele que impõe a
administração direta e indireta e aos seus agentes a persecução do bem comum, por meio do
exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa,
eficaz, sem burocracia, e sempre em busca de qualidade, primando pela adoção dos
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critérios legais e morais necessários para a melhor utilização possível dos recursos
públicos, de maneira a evitar desperdícios e garantir-se uma rentabilidade social.
O objetivo é que o servidor público tenha mais eficiência no serviço para que a
Administração Pública possa alcançar seus objetivos mais rapidamente. Eficiência é o
melhor resultado com o uso racional dos meios.
A redação do inciso III, dada pela Emenda constitucional nº 19, deixa bem claro o princípio
da eficiência, e estabelece que o servidor público estará sujeito a avaliação periódica de seu
desempenho, mesmo estável no serviço público.
Planejamento
Coordenação
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O objetivo é harmonizar todas as atividades da Administração Pública, submetendo-as ao
que foi planejado.
Delegação de Competência
Controle
Tenha como exemplo a supervisão ministerial a que estão sujeitos todos os órgãos da
Administração Federal.
Descentralização
Estes órgãos, que são indispensáveis ao exercício de suas funções e atividade típicas, não
possuem personalidade jurídica e, portanto, não agem em nome próprio, agem em nome do
Estado.
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O ente ou entidade descentralizada, age por outorga ou por delegação.
Princípios Gerais
Devemos entender que Regime Jurídico é o que rege pessoal na Administração Pública,
regime jurídico que poderá ser estatutário ou celetista.
Quando falamos em regime estatutário, o servidor é regido por um estatuto. Por exemplo o
estatuto federal é a Lei 8112/90 e se aplica a toda a Administração Direta, Autárquica e
Fundacional.
Quando o regime jurídico é celetista o empregado público é regido pela CLT. Este regime
encontramos em toda a Administração Direta e Indireta.
Portanto devemos entender que Lei Complementar estabelecerá quais são as carreiras
estatutárias e estas carreiras só encontramos na Administração Direta, Autárquica e
Fundacional. Quando a Lei Complementar não dispuser sobre o regime estatutário,
devemos entender que o regime será celetista, seja na Administração Direta ou na
Administração Indireta.
Por exemplo, a Lei Complementar estabelece que a Carreira de Auditor Fiscal da Receita
Federal é estatutária, portanto este servidor será regido pelo estatuto federal, Lei 8112/90.
2) Princípio da Razoabilidade.
3) Princípio da Proporcionalidade.
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I. VINCULADO, quando age na forma da lei. Por exemplo, um fiscal da Receita que
é obrigado a aplicar multa a contribuinte que não cumpriu com uma obrigação
tributária.
II. DISCRICIONÁRIO, quando age no uso da conveniência administrativa. Por
exemplo, servidores de uma comissão competente que podem prestar determinado
serviço através de seu órgão ou delegar para um particular.
III. HIERÁRQUICO, quando delega ou avoca atribuições.
IV. DISCIPLINAR, quando aplica sanções.
V. REGULAMENTAR, quando cria normas.
VI. DE POLÍCIA, quando fiscaliza.
4) Princípio da Motivação.
Uma pessoa não poderá ser privada da sua liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal.
Revogação Anulação
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A Administração Pública revoga por motivos de A Administração ou o Poder Judiciário anula o
conveniência administrativa. ato por razões de ilegalidade
O ato que revoga será discricionário O ato que anula será vinculado
Considerações
Efeito EX NUNC, quer dizer que não retroage. O ato consumado, que já produziu efeitos
não será revogado. A revogação será dos efeitos que o ato viria a produzir. Portanto,
podemos afirmar que somente atos válidos poderão ser revogados.
Observe que um ato válido está produzindo efeitos. Se o ato for discricionário e a
Administração o achar inconveniente ou inoportuno, poderá revogar, ou seja, fazer com que
o ato pare de produzir efeitos.
Por exemplo, uma permissão de serviços públicos. Uma empresa vence procedimento
licitatório e passa a prestar um serviço de utilidade pública, linha de ônibus. Se não há mais
interesse da Administração em que terceiros prestem este serviço, a Administração revoga
o ato.
Observe que por motivos de boa fé, um ato nulo pode ser transformado em válido, ou seja,
o ato nulo poderá ser convalidado. Por exemplo, o agente que praticou o ato não tinha
competência, entretanto, agiu de boa fé. Este ato poderá ser convalidado pelo agente
competente.
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Observe que se um policial, no exercício da sua função, está em perseguição
automobilística, dirigindo com cautela, e não consegue evitar colisão com automóvel de
cidadão que estava trafegando. A Administração será responsável pelos danos materiais
causados por seu agente.
Observe que se o agente agiu com dolo ou culpa, por exemplo, o policial foi imprudente, a
Administração paga e move ação regressiva para cobrar do agente.
8) Presunção de Legitimidade
9) Especialidade
10) Tutela
11) Autotutela
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