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A Criação

OLODUMARE

Na tradição Yorubá, Deus possui muitos nomes, sendo o mais antigo:


nOlodumare ou Edumare. A palavra Olodumare constitui contração de Ol'(Oni)
odu mare (ma re), o que significa Ol'(Oni) = senhor de, parte principal,
líder absoluto, chefe, autoridade/ Odu = muito grande, recipiente profundo,
muito extenso, pleno; Ma re = aquele que permanece, aquele que sempre é; Mo
are = aquele que tem autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na
terra e é incomparável; Mare = aquele que é absolutamente perfeito, o supremo
em qualidades.
nOlorun, contração de Ol' = Senhor / Orun = céu, significando Senhor do Céu;
Orise contração de Ori = cabeça / Se = origem, significando fonte da qual se
originam os seres ou fonte de todos os seres; Olofin-Orun, contração de
Olofin = rei / orun = céu, significando Senhor do Céu; Olori, contração de
Oni = Senhor / ori = cabeça, significando Senhor de tudo o que é vivo.
nSão atributos do Ser Supremo: Único, Criador, Rei, Onipotente,
Transcendente, Juiz e Eterno. É considerado Oyigiyigi Ota Aiku - a poderosa,
durável, inalterável rocha que nunca morre. Não recebe cultos diretamente,
porém sempre que uma divindade é cultuada a oração inicia por Ase (axé):
Possa Deus aceitar isso.

A COSMOLOGIA YORUBANA
No princípio dos tempos existiam dois mundos: o Orum, o espaço sagrado dos
orisás, e o Aiyê, o espaço dos seres vivos. Os orixás são os santos do
candomblé, representantes das forças da natureza, que têm ligação direta com
os elementos água, fogo, terra e ar, e tudo o que está contido neles.No Aiyê,
então, só existia água. Foi quando Olodumaré, Deus supremo dos iorubás,
resolveu recriar o espaço para a humanidade. Para essa tarefa incumbiu seu
filho primogênito, ORINSALÁ (o nome mais sagrado de Osalá). Entregou-lhe um
saco (apo iuá) contendo ingredientes especiais -- a terra inicial, a galinha
de cinco dedos, uma pomba e um camaleão. A terra deveria ser lançada sobre a
imensidão das águas. A galinha de cinco dedos deveria ir ciscando a terra
para alargá-la o mais que pudesse. A pomba, ao voar, orientaria a extensão da
terra expandida. E o camaleão, atento à tudo, observaria a execução da tarefa
atribuída a Orisanilá, para reportar os fatos à Olodumaré.Assim, com seu
cajado (opasorô) e o saco da criação (apo iuá) Orisanilá iniciou sua
caminhada do Orum para o Aiyê, o planeta Terra habitado pelos seres vivos.
Entretanto, no meio do caminho, sentiu-se cansado e com sede. Parou para
descansar e bebeu um pouco de emu (vinho da palmeira do dendezeiro). A
interrupção de sua jornada, por outro lado, era a oportunidade que seu irmão
caçula, ODUDUA, precisava para competir perante os olhos de seu pai,
Olodumaré, nessa tarefa de grande importância. Então enquanto Orisanilá
dormia, Odudua pediu a seu pai que ele cumprisse tal tarefa, o que foi
permitido. Olodumaré, por sua vez, lhe disse com autoridade: "Assuma a missão
de criar a terra dos seres vivos", o que foi feito prontamente.
Depois da galinha ciscar a terra, a pomba orientar a sua expansão e o
camaleão verificar se a tarefa foi cumprida, no terceiro dia Odudua criou a
terra firme, que passou a chamar-se ILÊ IFÉ (que no idioma iorubá significa
"terra que foi sendo ciscada"). Criou ainda, do barro e da água, bonecos
inanimados de todas as formas e de todas as cores esculpidas por suas mãos.
Orisanilá mostrou-se, perante o pai, arrependido do seu ato de
irresponsabilidade. E para que não se sentisse tão humilhado, Olodumaré
resolveu, em um supremo ato de inspiração, dar a Orisanilá outra tarefa de
tanta importância quanto a primeira, e ainda mais nobre: a de conceber a vida
nos bonecos inanimados. E assim ele soprou nas narinas do boneco de barro,
criando os seres humanos.Esse sopro da vida é chamado pelos iorubás de emi.
Assim, Odudua é o criador de Ilê Ifé, primeira cidade do mundo para os
iorubás. E Orisanilá é o concessor da vida, aquele que dela dispõe, por ter
criado os seres humanos.

ORÚN = O CÉU, O ALÉM, O ESPAÇO SOBRENATURAL, O OUTRO MUNDO, OUTRO PLANO.


AIYÉ = TERRA ,O MUNDO. O UNIVERSO FÍSICO CONCRETO.

ÌTÀN (LENDA) da separação AYIE-ORÚN:


Havia uma mulher estéril que insistia em ORISALÁ (divindade mestra da criação
dos seres humanos), para que pudesse gerar um filho, diante da insistência
ele permitiu com a condição de este filho, jamais pudesse sair do AIYÉ. O
garoto ao atingir puberdade, despertou a curiosidade de ir ao Orún, um dia
fugiu de casa, ultrapassou os limites do aiyé e entrou em orún gritando e
desafiando Orisalá , atravessou os vários espaços que compõe o Orún até
chegar em Orisalá. Este irritado lançou seu òpàsòro (cajado) que veio cravar-
se em aiyé, separando-o para sempre de orún e entre os dois apareceu o SANMÒ
(céu-atmosfera).Existem nove espaços de orún (quatro deles situados sob a
terra).Um dos nomes mais conhecidos de OYÁ IGBALÉ (igbalé= voltar à terra,
aquela que varre a terra )patrona dos mortos, é YÁSAN que deriva do seu
ORÍKI: IYÁ-MESAN-ÒRUN - Mãe-dos-nove-òrun. É também saudada como Alákòko,
senhora do òpákòko, tronco ou ramo da árvore akòko, tronco ritual que liga os
nove espaços do orún ao aiyé, e o "assento" consagrado onde serão invocados
ao ancestrais.

A PRIMEIRA FILHA DE ORISÁ

Obatalá... Espera, Osun! Não posso interferir no processo de vida e morte,


mas tenho, como tu mesma tens poderes para criar e consagrar símbolos que
perpetuem um ser. Que o represente em qualquer situação e que possa ser
renovado constantemente. Um símbolo vivo de alguém que já morreu!
E este símbolo deverá participar de todos os rituais em nossa honra! E
representará, com sua presença, não só a presença de seu pupilo, como também
de todos aqueles que um dia receberam o sagrado OSU, que estabelece a aliança
firmada entre o iniciado e seu Orisá! Um símbolo que possa representar também
a Terra, onde habitam seus corpos depois de levados por IKU!

A GALINHA D'ANGOLA gritaram todos em uníssono.


Osun providenciou, imediatamente, uma galinha d'angola, que naquele tempo era
inteiramente preta, e Obatalá lá soprou sobre ela pó de efun, pintalgando-a
de branco, como hoje ela é. Osun, então, modelou, com manteiga de orí da
Costa, um cone ao qual acrescentou diversos componentes mágicos, e fixo-o
sobre a cabeça da ave, dando a ela o status de ODOSU (aquele que possui OSU),
que distingue os iniciados no Culto dos Orisás.
OBATALÁ sentenciou: A partir desse dia, serás representado, em todos os
rituais, por ETU, a galinha d'angola. Qualquer ritual em que ela não estiver
presente, não será por nós validado. Esta ave é, a partir de agora o símbolo
dos iniciados do qual foste o precursor e , por isso nascerá provida de OSU e
da pintura de efun que é feita em minha honra!
É por isso que, ainda hoje, a galinha d'angola deve estar presente em todas
as cerimonias em honra aos Orisás, e uma parte dela compõe o OSU, que é
colocado sobre a cabeça do neófito na hora de sua iniciação.

Trecho do livro - Igbadu - A Cabaça da Existência ( Adilson de Osalá)


A Galinha D'Angola ( J. Flavio P. de Barros)

Ancestralidade
Na Cultura Jeje-Nagô ,a vida não se finda com a morte.
Àtúnwa, É O Nome Dado Ao Processo Divino De Existência Única:

A Continuidade Da Vida. Olodumarê , O Supremo Deus Yorubá

No Momento Do Nascimento Oferece Aos Homens Um Conjunto De Forças Sagradas


Que Possibilita A Vida.São elas:

Ara: O Corpo Físico Vindo Da Lama.


Ese: Elementos Do Organismo Humano.
Okan: Coração Físico E Espiritual - Órgão Que Centraliza O Poder De Vida E
Sede Da Inteligência, Do Pensamento E Da Ação.
Ojiji: Essência Espiritual.
Emi: O Sopro Divino De Vida.
Ori: A Individualidade E A Identidade.
Odu: O Destino E O Caminho A Ser Percorrido.
Asé: Força Movimentadora Da Vida.
Orisá: Guardião De Cada Existência Humana.

Todos Estes Aspectos Não Morrem...Voltam As Suas Origens, Isto É, Ao Orun,


Pois Pertencem A Olorun E Só Ele Pode Liberá-Las. Estas Forças Divinas,
Animaram Os Antepassados, Os Ancestrais, As Raízes Mães Do Asé Orisá, Ao
Partirem Do Aiyê E Voltam Ao Aiyê Para Animar Seus Descendentes E Discípulos.
A Ancestralidade Confirma A Imortalidade, Pois A Vida Continua No Orun Como
Ancestrais.Do Orun A Ancestralidade A Tudo Assiste.No Culto De Orisá,
Ancestrais Significa:"Aqueles Que Um Dia Tiveram A Energia De Vida No Aiyê E
Que Cuja Energia De Vida É Repassada As Novas Gerações, Garantindo A
Continuidade Da Vida E Do Culto Aos Deuses Africanos. "Como Conclusão A Vida
Presente Depende Da Vida Passada De Nossos Ancestrais.

ÌKÚ - MORTE

É visto como um agente criado pôr olódùmarè para remover as pessoas cujo
tempo na Terra tenha terminado. A morte é denominada Ìkú, e trata se de um
personagem masculino. Sua lógica é para as pessoas mais velhas, e que, dadas
certas condições, devem viver até uma idade avançada. Pôr isso , quando uma
pessoa jovem morre, o fato é considerado tragédia; pôr outro lado, a morte de
uma pessoa idos é ocasião para se alegrar. Sobre isto, costuma se dizer Ikú
Kí pani, ayò Io npa ni a morte não mata, são os excessos que matam.
O odú òyèkú méji revela, em um de seus ìtàn, que a morte começou a matar
depois que sua mãe foi espancada e morta na praça do mercado:
No dia em que a mãe da morte foi espancada
No mercado de Ejìgbòmekùn
A morte ouviu
E gritou alto, enfurecida
A morte fez do elefante a esposa de seu cavalo
Ele fez do búfalo sua corda
Fez do escorpião o seu esporão bem firme pronto para a luta.

Posteriormente, a morte foi subjulgado depois que seus inimigos conseguiram


que ela comesse o que era proibido comer, segundo o conceito do èwò, visto
anteriormente ,só conhecido através do jogo de ifá. Neste relato, é a esposa
de Ikú, Olójòngbòdú, que revela este segredo:

Nós consultamos Ifá para Olójòngbòdú


Mulher de Ikú
Ela foi chamada cedo, pela manhã
Eles perguntaram o que seu marido não podia comer
Que o tornasse capaz de matar outros filhos de pessoas ao redor?

Ela disse que a Morte, seu marido, não podia comer ratos
Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ratos?
Ela disse que as mãos da morte tremeriam sem parar
Ela disse que a Morte, seu marido, nào podia comer peixe

Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse o peixe?


Ela disse que os pés da Morte tremeriam sem parar
Ela disse que a morte, seu marido, não podia comer ovo de pata
Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ovo de pata?
Ela disse que a morte vomitaria sem parar.
A conclusão deste odú é que foram dados á morte todos os alimentos proibidos,
o que a fez acalmar e impedir a sua tarefa que estava sendo feita sem
qualquer critério, ou seja, a Morte foi subjulgada apenas depois que seus
inimigos conseguiram que ele comesse o que era proibido comer. Verificamos
novamente a importância do respeito ás coisas proibidas, éwò, cujo
conhecimento só é possível através do sistema de ifá.
Devemos registrar que, no processo de divinização de ifá, ocorrendo a caída
deste odú, irá revelar vitória de qualquer pessoa sobre a morte.
Embora a morte seja inevitável, e imprevisível, vimos que ele pode sofrer
alterações através da intervenção de Òrúnmìlá ou de qualquer outro òrísà
junto a Olódùmarè, e isto é previsto em outro mito, quando Èsú consegue
subornar o filho de Ikú, que revela o modo pelo qual Ikú matava com o uso de
uma clava a fonte indispensável de seu poder. Sem essa clava , Ikú tornava se
impotente. Èsù foi ajudado pôr Ajàpàá, a tartaruga, que conseguiu o que
desejava, conforme o dito Ajàpàá gbé òrúkú Iowó Ikú A tartaruga tirou a clava
das mãos de Ikú. Posteriormente, fez um pacto com Òrúnmìlà, com a condição
dele ajudá- lo a recobrar a sua clava; em troca, Ikú só levaria aqueles que
não se colocarem sob a proteção de Òrúnmìlà ou aqueles que estivessem com a
data já determinada para o fim de suas vidas na terra. Isto reflete a
necessidade de um constante acompanhamento da situação de uma pessoa através
do jogo. Daí o provérbio Arùn Ia wò, a Ki Wo Ikú A doença pode ser curada a
morte não pode ser remediada. E ainda o odú Irò-sùn oso revela:
Se Ikú não chegar, adoremos Òsùn
Se Ikú não chegar, adoremos Òrìsà
Se ikú realmente chegar, não adianta Ikú receber sacrifício.

Autor: José Beniste

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