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Este trabalho pretende estabelecer um diálogo entre professores(as) voltado à

apropriação e utilização do espaço exposicional como um recurso pedagógico na área


de ciências naturais. A concepção de verdade, de certo e errado e,
consequentemente, as certezas terão que ceder espaço à ousadia e à coragem dos
que se lançam em novas empreitadas, por mares poucos navegados.
A única certeza é que temos um longo caminho a percorrer, aonde vamos chegar vai
depender dos ventos de nossas idéias e das concepções que podem nos levar a
portos muitas vezes nunca antes pisados ou manter-nos ancorados em nossas antigas
convicções. Este trabalho não pretende dar respostas, ou ensinar caminhos, dar
receitas ou bulas, é antes de tudo a crença de que conhecimento se constrói com
diálogo e interlocução.

A estratégia escolhida foi a de fazer um paralelo entre os avanços científicos dos


últimos 40 anos com os 40 anos do Panorama da Arte Moderna Brasileira. A idéia
central é estabelecer um diálogo entre os avanços científicos e tecnológicos e sua
relação com a produção artística dos panoramas, ou seja, mostrar como esses
avanços refletiram no trabalho artístico e como esse diálogo pode ser percebido pela
sociedade.

Vale lembrar aqui o conceito de verdade em ciência e o conceito de verdade na arte,


bem como a distância que cada um de nós apresenta destes universos: a arte e a
ciência. Convivemos todos os dias com ambos, mas de tão próximos não
dimensionamos a sua presença no nosso cotidiano.
O conceito de objetividade tão presente na ciência não pode ser separado da
dimensão da subjetividade do cientista e, da mesma forma, toda a subjetividade do
artista não pode ser separada da objetividade do seu tempo.

As descobertas científicas continuamente produzem novos olhares sobre a realidade,


seja pelo desvelamento do novo ou pela revelação de estruturas nunca antes vistas ou
dimensionadas, como a descoberta das partículas subatômicas ou a possibilidade de
captar imagens de órgãos em pleno funcionamento.

Como medir os grandes avanços da ciência nos últimos 40 anos?

De todas as possibilidades, esse trabalho opta pela menos subjetiva, visto que a
objetividade é uma das preocupações da ciência _ com sua obsessão por medir,
avaliar e mensurar. O caminho escolhido, com todas suas limitações, é demonstrar os
laureados pelo Nobel nas áreas de física, química e fisiologia/medicina. É fato que até
mesmo o Nobel apresenta uma variação da temporalidade. Nem sempre a grande
descoberta atual é reconhecida imediatamente. A estrutura do DNA, por exemplo, foi
demonstrada em 1953 por Watson e Crick em uma publicação na revista “Nature”,
mas o reconhecimento pela academia só veio nove anos depois. O mesmo aconteceu
com outras descobertas, como as imagens da microscopia eletrônica ou a ressonância
magnética nuclear. Da mesma forma uma artista pode não ter sido reconhecido em
seu tempo e apenas depois de anos é que tem seu valor denunciado.

Existe uma distância entre uma descoberta científica, seu reconhecimento e sua
utilização no cotidiano do homem,como, por exemplo, a energia nuclear. Essa é a
diferença entre a ciência e a tecnologia. A ciência busca respostas, e a tecnologia visa
a sua utilização prática no cotidiano humano. A ciência não é boa nem má, ela é uma
forma de produção do conhecimento humano. A utilização que se faz desse
conhecimento (tecnologia) é que pode ser boa ou má, dependendo dos interesses em
jogo.

Na física, os grandes avanços se deram no sentido de identificar, conhecer e se


apropriar do mundo subatômico. O que antes era visto como indivisível (átomo) se
mostra cada vez mais desmembrado pela curiosidade humana. A dança dos sete véus
que a cada rodada revela mais e mais. O mesmo vale para o olhar que se
desenvolveu para o macro, o Universal. A descoberta de radiações de fundo, buracos
negros e novas estrelas levaram e elevaram nossos olhares do microscópico ao
macroscópico. Tudo isso nos deu nossa dimensão de humanidade e mudou
significativamente a forma de vermos e de nos relacionarmos com o mundo que nos
cerca. Assim como no Renascimento a descoberta da perspectiva inaugurou uma
nova forma de enxergar e de se relacionar com o mundo, a holografia inaugurou a
tridimensionalidade real e não apenas aparente. A ilusão deixou de existir. O olhar do
homem se encanta em mostrar o que não podia ser visto, e apenas percebido pelas
manifestações ou expressões matemáticas. A ciência nos aproxima da realidade e, ao
mesmo tempo, nos distancia dela. É um paradoxo.

Na química, os grandes avanços ocorreram com sua associação à biologia, a


bioquímica e a biologia molecular, Exemplos são as descobertas do funcionamento
celular e do controle da célula. É possível dizer ainda que o grande avanço da química
se deu na área da informação, ou seja, como a célula reconhece seu papel, informa
suas necessidades e transmite essa informação às outras células.
Os avanços na fisiologia e na medicina encampam desde as áreas microscópicas até
as áreas de interesse social, como a etologia (comportamento animal). Também é
preciso citar os grandes avanços na área de imunologia e controle de doenças e seus
mecanismos.

Em linhas gerais, podemos estabelecer alguns eixos reconhecidos pelo Nobel:

1. O mundo ultra-microscópico da vida e das partículas. As imagens. O


macro e o micro.
Desde a invenção dos primeiros microscópios por Hans e Zacharias Jansen em 1590
o olhar humano pode perscrutar cada vez mais o universo do invisível. As lentes
possibilitavam aumentos nunca antes conseguidos pelo simples olhar humano. Este
olhar pode se voltar com Leeuwenhoek para os âmbitos da natureza e do homem e
descobrir as primeiras bactéria em 1675. Em 1903 Richard Zsigmondy desenvolve o
ultramicroscópio que é capaz de estudar os objetos através da passagem com
comprimentos de ondas luminosas. Premio Nobel de Química em 1925. Em 1932
Fritz Zernike inventa o microscópio de contraste de fase que permite através da
variação do feixe luminoso estudar matérias transparentes. Premio Nobel em 1953.
Em 1938 – Ernst Ruska desenvolve o microscópio eletrônico atingindo magnificações
nunca antes imaginadas. Premio Nobel de Física em 1986.
Em 1981 – Gerd Binnig e Heinrich Rohrer inventam o microscópio de tunelamento
que proporciona imagens tridimensionais de objetos abaixo do nível atômico. Prêio
Nobel em física 1986. o outro lado da história também é igualmente encantador. A
partir da invenção de um instrumento ótico que aproximava os objetos Galileu pode
aperfeiçoar está invenção e mira-la nos céus longínquos descobrindo novos astros,
descrevendo as crateras lunares e etc.
“Telescópios para radiação infravermelha e raios-X tornaram-se comuns ao final do
século XX. Para a captação astronômica de microondas e radiofreqüência, existem os
radiotelescópios.

Os Telescópios contemporâneos podem operar isoladamente, ou em conjunto para


compor ou combinar suas imagens aumentando assim o poder de resolução.

Nos instrumentos ópticos profissionais, além da ampliação da imagem, é possível


captar as radiações eletromagnéticas e separá-las em diferentes comprimentos de
onda, processo chamado de Espectrografia, ou espectroscopia. Isso permite entender
a composição e história dos astros em estudo.”

2. As teorizações que ainda não apresentam verificação experimental, ou


seja, como a ciência se torna capaz de prever as ocorrências, e cria
modelos para a compreensão do que vai se descobrir. Predição.

Muitas propriedades das substância são muito antes de serem descobertas


imaginadas e previstas pelos cientistas. Foi assim com Kelulé e a origem do anel
benzênico (ele sonhou com oroboros).
Foi assim também com Mendeleyev em 1869 ao propor o arranjo da tabela periódica.
E=mc2

A conhecida equação de Einstein de 1905 E=mc2 demonstra que a energia (E) é


equivalente a massa (m). Ela sugere que o conceito de massa é realmente mais
complexo do que podem acreditar asa nossas experiências cotidianas com o nossos
corpos. De fato, a energia pode ser transformada em partículas com massa e massa
pode ser transformada em energia. A energia e a massa passam a ser completamente
diferentes do conceito que aprendemos nos conceitos chaves da física.

3. As apreensão e representação da ciência.


Como a ciência cria demonstrações abstratas para retratar as coisas concretas.
Os buracos negros, o átomo, pulsares e supernovas, o DNA. É basicamente o
caminho contrário das predições. Quando a ciência descobre novos objetos ou
fenômenos, precisa descreve-os para que outros tenham compreensão da nova
descoberta. Todos sabem da existência do átomo, mas depois de tantas
transformações qual seria a melhor forma de representa-lo?

4. As respostas do corpo aos agentes estranhos e seus mecanismos de


ação.
O eterno jogo da vida e da morte sempre intrigou e mobilizou o homem. Desde as
primeiras ervas mastigadas até os tratamentos genéticos a busca do entendimento
e da cura das enfermidades foi uma tônica dominante na sociedade. Desde o
controle da entrada de agentes patogênicos através da higiene e da prevenção,
até os mecanismos de profilaxia foi uma longa história sofrimento e dor. O nosso
corpo precisa perceber a invasão de um corpo estranho, sinalizar para os órgãos
responsáveis e destacar defesas que possam salvaguardar a nossa saúde. Cada
agente estranho gera uma resposta específica (vacina). Ao longo desses 40 anos
podemos perceber que está sempre foi uma preocupação do Nobel.

5. A informação da vida – sua dimensão fractal


Definir vida sempre foi uma questão central da espécie humana e
consequentemente da ciência. Sangue do meu sangue, carne da minha carne, eu
te dei essa vida; sempre foram expressões que configuravam certo grau de
parentesco e da transmissão do princípio de vida de um ser a outro. A descoberta
da célula por Robert Hook em 1665 abriu um novo campo de inquisição sobre os
limites da vida. A formulação da teoria celular em 1839 por Schleiden e Schwann
afirmava que todos os seres vivos são constituídos por células e que elas se
orginam de células pré-existentes. Da a descoberta do núcleo celular em 1833
pelo pesquisador escocês Robert Brown até a sua relação com o material génético
descrito por Watson e Crick em 1953 foram necessários 120 anos. A descoberta
da estrutura da molécula de DNA abriu um novo campo na Biologia, todo controle
celular e transmissão da vida de uma célula a outra era mediada pelo DNA, O
Nobel soube reconhecer os esforços da ciencia em desvendar esses caminhos e
mistérios.

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