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21-09-2009

Aluna flagrada em plágio da monografia perde direito à indenização por


danos morais

Foi julgada na sessão do dia 17, da 5ª Turma Cível, apelação cível


interposta por uma universidade de Campo Grande em face de aluna, a
qual foi flagrada praticando plágio na monografia de conclusão de
curso. A aluna foi repreendida pelo orientador, o que gerou
constrangimento pela própria postura desonesta dela.
A acadêmica ajuizou ação de reparação de danos morais julgada
procedente, condenando a instituição de ensino ao pagamento de R$
3.000,00. Na ação, a aluna fundamentou que teria sido abruptamente
impedida pelo orientador de apresentar o trabalho de conclusão de
curso sob o argumento de que teria cometido plágio. Sustentou ainda
que o professor em questão não teria feito o devido acompanhamento,
análise e discussão dos textos elaborados, além de faltar com a
verdade ao afirmar que o trabalho estava bem redigido e apto a ser
apresentado.
No momento da apresentação, foi surpreendida, diante da banca já
composta, pelas palavras do orientador que denunciou o plágio e a
atitude ilícita. A aluna argumentou na ação que seu orientador a
submeteu à situação que lhe causou constrangimento e vexame.
Da sentença que acolheu o pedido da acadêmica, a universidade
ingressou com a apelação argumentando, em síntese, que a aluna não
sofreu dano moral, pois o trabalho foi reprovado pela banca, e não foi
o fato alvo de publicidade a ponto de ferir sua honra, não havendo
provas de que o orientador usou palavras como "canalha" e
"estelionatária", conforme sustentou em sua versão a aluna, e que o
sofrimento experimentado não passaria de mero aborrecimento, o qual
não teria existido se ela não tivesse cometido plágio. Afirmou, ainda,
que a aluna é a única responsável pelos danos que alegou ter sofrido,
pois a culpa seria exclusivamente dela.
Entre as duas versões, o relator do processo, Des. Sideni Soncini
Pimentel, destaca que "há um fato comprovado e, de certa forma, não
impugnado nestes autos: o de que o plágio efetivamente existiu. A
peculiaridade está em que a apelada tentou justificar-se, dando a
entender que o que se considerou como "plágio" teria sido, na verdade,
fruto de sua inexperiência e, em última medida, do descaso do
professor. Por inexperiência ou desconhecimento, ela teria errado, ao
fazer as citações, dando a impressão de que teria, simplesmente,
copiado texto alheio".
No entendimento da relatoria, os documentos dos autos demonstram que a
aluna transcreveu na íntegra de texto alheio como se fosse de sua
autoria, "o que é muito diferente da falta de experiência ou
desconhecimento das normas e padrões adotados na elaboração de
trabalhos científicos". Consideração relevante, afirma o
desembargador, já que "ainda que o orientador tenha sido omisso e
negligente, não se pode acreditar que um aluno universitário, prestes
a obter o bacharelado em Direito, não tenha a mínima noção de que
escrever um trabalho não é o mesmo que copiar um texto de outro e
apresentá-lo como próprio, principalmente quando se trata de trabalho
tão importante e sério (ao menos assim deveria ser encarado por alunos
e professores), como é o trabalho de conclusão de curso".
E segue o magistrado na sua observação de que foi percebida claramente
a pretensão de a aluna imputar a responsabilidade ao orientador por
ter sido flagrada na prática de plágio e censurada diante da banca.
Não houve nenhum exagero, até mesmo porque a aluna foi censurada
justamente diante daqueles em que ela pretendia enganar. "Esquece-se,
no entanto, de que o trabalho estava plagiado e de que procurava se
aproveitar desse fato. É enfática, ao criticar a postura do
orientador; mas silencia no que diz respeito ao próprio erro",
complementou o relator, mencionando também que "Não se pode confundir
a humilhação, o vexame, a exposição gratuita e desnecessária de
alguém, com o único propósito de denegrir-lhe a honra, com a
repreensão de um professor, sem excessos, feita em ambiente fechado de
uma universidade. Uma coisa é não se ter o direito de ofender a honra
de outrem; outra, bem diferente, é ter a obrigação de evitar uma
situação vergonhosa criada pela própria vítima".
Desta forma, por unanimidade, os desembargadores que participaram do
julgamento deram provimento ao recurso, para que a sentença seja
reformada e os pedidos da aluna sejam julgados totalmente
improcedentes. Como consequência, ela deverá arcar com as custas
processuais e honorários advocatícios, que, com fundamento no art. 20,
§ 4 do CPC, foi estipulado em R$ 500,00.
Fonte: TJMS

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