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DIREITO ROMANO

2.011
Maio – em construção
DIREITO
O termo “direito” tem dois sentidos técnicos:
• O Direito Objetivo (norma agendi) pode ser entendido como a norma
propriamente dita.
Exemplo: O Direito Civil busca a defesa das partes nas relações jurídicas
interpessoais.

O Direito Subjetivo (facultas agendi) é a possibilidade que a norma dá ao
um indivíduo exercer determinado conduta descrita na lei. É a lei, que
aplicada ao caso concreto autoriza a conduta de uma parte.
Exemplo: se uma pessoa te deve um valor em dinheiro, a lei te concede o
direito de cobrar a dívida por meio de um processo judicial de execução.

Famosa definição romana pela qual os mandamentos do direito são:


Viver honestamente, não lesar a ninguém e dar a cada um o que é seu.
DISTINÇÕES DO DIREITO ROMANO
• Ius naturali (direito natural): uma norma constituída de antemão pela natureza e
não pela criação arbitrária do homem.
• Ius gentium (direito das gentes): Destinava-se a todas as pessoas; comum a todos
os povos.

• Ius civile (direito civil): Também chamado de ius quiritium, destinava-se


exclusivamente aos cidadãos romanos.
• Ius honorarium (direito pretoriano): Era elaborado e introduzido pelo pretor que,
com base no seu imperium (poder de mando) introduzia novidades, criava novas
regras e modificava substancialmente as antigas do ius civile.
• Ius extraordinario (direito extraordinário): Elaborado na época imperial, mediante
atividade jurisdicional quase exclusiva do imperador. Seus funcionarios
substituiram os pretores.
SUJEITOS DE DIREITO
São as pessoas que possam ter relações jurídicas:
Temos as pessoas:
• Natural ou humana
(Obs: o escravo era considerado coisa e somente poderia
ser objeto da relação jurídica.)
• Jurídicas – seres abstratos aos quais a ordem jurídica
considera sujeitos de direitos. Exemplos: Associações e as
fundações.
PESSOA JURÍDICA
Corporações ou associações:
Conjunto de pessoas físicas ao qual a ordem jurídica outorga
personalidade, que se reunem para a consecução de determinado
objetivo.
Era necessário no mínimo 3 associados, um estatuto que regulasse sua
organizaçao e funcionamento, e que sua finalidade fosse lícita.
Necessário autorizaçao do Senado.
Visa a obtenção de lucro.

Fundações:
São bens aos quais a ordem jurídica atribui personalidade, destacados
do patrimonio de uma pessoa fisica ou jurídica, e destinado
normalmente para fins educacionais.
Não há associados, mas administradores.
Não tem fins lucrativos
PERSONALIDADE JURÍDICA

É aptidão (potencialidade) da pessoa (PN


ou PJ) para ser sujeito de direitos e
obrigações.
CAPACIDADE JURÍDICA
(capacidade jurídica de gozo)

É o limite da Personalidade jurídica.

Requisitos da Capacidade Jurídica de Gozo:


1 - Livre
2 - Cidadão romano
3 - Independente do pátrio poder (sui iuri – pater
familias)
Esses três requisitos são pressupostos
da Capacidade Jurídica de Gozo

1. LIBERDADE - Status libertatis

2. CIDADANIA - Status civitatis

3. SITUAÇÃO FAMILIAR - Status familiae


CAPITIS DEMINUTIO
* CAPITIS DEMINUTIO MÁXIMA
Perda liberdade (Ex: escravidão por divida)
Perdia também o Status Civitatis e o Familiae

* CAPITIS DEMINUTIO MÉDIA


Perda da cidadania (Ex: renúncia a cidadania ou deportação)
Perdia também o Status Familiae.

* CAPITIS DEMINUTIO MÍNIMA


Mudança da posição familiar (Ex: na adoção de uma família inteira, o
seu pater familiae terá uma redução de sui iuri para alieni iuri).
Pode ocorrer o aumento no caso do filho que toma o lugar do pater.
CAPACIDADE JURÍDICA DE AGIR
(OU DE FATO)
É a capacidade de exercício ou
a capacidade de praticar atos jurídicos.
Nem toda e qualquer pessoa tinha capacidade
jurídica de agir, pois dependia:
1 - Idade
2 - Sexo
3 - Sanidade mental perfeita
4 - Prodigalidade
IDADE
No período pré-clássico e clássico
A maioridade se dava ao checar na idade de procriação:
12 anos para as mulheres
14 anos para os homnes

No período pós-clássico
A maioridade se dava com a plena capacidade mental
Impuberes
- Infantes menores: menor de 7 anos – incapaz - necessário tutor
- Infantes maiores: de 7 a 25 anos - capacidade restrita - necessário
curador

Puberes: Maiores de 25 anos

Imperador podia conceder favor especial: H >20 M >18


SEXO
O sexo influiu na Capacidade de Agir até o
século IV d.C., época que as mulheres passaram
a ser capazes.

Anteriormente ela sempre precisava ser


assistida por um tutor.
SANIDADE MENTAL PERFEITA
A insanidade mental tornava absolutamente
incapazes os loucos, que eram representador
por um curador.
Dementes: louco continuado
Fusiose: louco com intervalos de lucidez.

Obs.: nos períodos de consciência o furiose era


capaz e respondia pelo seus atos.
PRODIGALIDADE
Período Arcaico: só é prodigo o que gastava
desordenadamente e loucamente os bens na
qualidade de herdeiro.
Período Clássico: é aquele que gasta
desordenadamente e loucamente seus haveres,
qualquer que seja a procedência.
Ele teria restrições quanto a administração do seu
patrimônio. Ele deveria sempre ser assistido
nesses atos por um curador.

Capacidade Jurídica de Gozo: Capacidade Jurídica de Agir:
1 - Livre 1 - Idade
2- Cidadão romano 2 – Sexo
3- Indep. do pátrio poder 3 - Sanidade mental perfeita
(sui iuri – pater familias)
4 - Prodigalidade
ESCRAVIDÃO
• A escravidão era um instituto reconhecido por todos os
povos da antiguidade.
• Os romanos consideravam seus escravos todos os
estrangeiros que caíssem em seu poder originários de
países não reconhecidos.
• A pessoa podia ser levada a escravidão:
- Por punição de alguns crimes: Ex: homicídio,
deserção.
- Pela insolvência (arcaico)
- Por não ter seu nome na declaração do censo.
- Pelo nascimento: Era escravo o filho do escravo.
Com Justinano se a mãe em algum momento da
gravides fosse livre o filho seria livre.
ESCRAVIDÃO
• O escravo não era sujeito de direito. Não tinha cap. Jurídica
de gozo – Não tinha direitos privados nem públicos.
• Sua união conjugal não era casamento . Não havia relação
de parentesco entre ele, a mulher e os filhos para fns de
successão.
• No início não possuia nenhum patrimonio e tudo pertencia
a seu dono. Podia ser alienado e morto pelo seu dono.
• Participava dos cultos.
• Na República o escravo já podia ter um pequeno pecúlio,
mas voltava ao seu dono.
• A condição de escravo era permanente, mesmo que fosse
abandonado pelo seu dono nao se tornava livre.
• A atribuição da liberdade do escravo era um ato voluntário
do dono através da manumissão.
MANUMISSÃO
Era o ato voluntário de atribuir
liberdade ao escravo.

Existia a manumissão pelo:


* Ius Civile
* Ius Honorarium
MANUMISSÃO DO IUS CIVILE
• IUS CIVILE
1. Manumissio vindicta (processo judicial)
2. Manumissio censu (nome no censo)
3. Manumissio testamento

Conferia ao escravo a liberdade e


a cidadania romana.
MANUMISSÃO DO IUS HONORARIUM
• IUS HONORARIUM
1. Manumissio inter amicos (testemunhas)
2. Manumissio per espistulam (escrito)
3. Manumissio per mensam (sentar-se à mesa)
4. Manumissio per pileum (colocar chapéu)

Esse liberto ficava numa situação inferior ao liberto pelo ius civile.
Igualava-se ao latino juliano. Seus direitos políticos eram
limitados.
PATRONATO
Era uma relação de interdependência entre o patrono e o liberto, nem sempre
equivalente.
Algumas restrições:

Obsequium: O liberto passava a ter o nome do patrono e devia a ele respeito e


reverencia continua. Só podia interpor ações com autorização do magistrado;

Operae: Devia certos serviços ao seu patrono;

Bona: O patrono tinha o direito a sucessão legítima dos bens do liberto. O pretor
garantiu ao patrono ½ da herança do liberto que morresse sem deixar filhos ou que os
deserdasse em vida. Isso mesmo contra outros herdeiros estranhos nomeados no
testamento.

Com o favor imperial Natalium restitutio cessam os direitos do patronato e o


liberto adquire, retroativamente a posição de ingênuo.
OBJETO DE DIREITO
Coisa é o objeto das relações jurídicas que tenha
valor econômico.

Os romanos faziam distinção entre:


* Coisas em comércio – res in commercio.
* Coisas fora do comércio – res extra commercium.
OBJETO DO DIREITO
Res in commercio: são aquelas que podiam ser
apropriadas por particulares.

Res nulium: são as coisas sem dono.

Res communis: são as coisas que pertencem a


todos.

Res hostium: são as coisas dos inimigos de Roma.


OBJETOS DE DIREITO

Estavam fora do comércio (res extra commercium):


• A coisa dedicada aos deuses:
Ex: templos, as portas das cidades, os muros, os
túmulos
• A coisa comum a todos
Ex: o ar, a água, o mar e as praias), as coisas
públicas (estradas, o Fórum).
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS
quanto à tangibilidade (tocar).
• COISAS CORPORES
São tangíveis, podem ser tocadas e existem
corporeamente.
Ex: mesa
• COISAS INCORPÓRES
Não tangíveis, não podem ser tocadas.
(Para alguns existe intelectualmente)

Essa classificação servia para distinguir


coisas e direitos. Ex: direito autoral.
(em regra só as coisas corpóreas são suscetíveis de posse)
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS
quanto à formalidade do ato

• RES MANCIPI
Era necessário ato solene para transferir a propriedade,
isto é, pela mancipatio.
Ex: Os terrenos itálicos (não provinciais)
Os animais de tiro e carga (cavalo, vaca, burro)
Os escravos
As quatro servidões prediais rusticas

• RES NEC MANCIPI


A transferência se dava apenas pela entrega da coisa, isto
é, pela traditio (tradição).
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS
quanto à mobilidade.

• COISAS MÓVEIS
São as coisas transportáveis e semoventes (se
movem por força própria).

• COISAS IMÓVEIS
São os terrenos e as coisas que estiverem
ligadas a ele definitivamente
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS
quanto à fungibilidade (substituição).

• COISAS FUNGÍVEIS
São as coisas substituíveis por outras do mesmo
gênero, qualidade e quantidade.
Ex: um quilo de arroz, um litro de vinho, uma
ovelha, um escravo.
• COISAS INFUNGÍVEIS
São as coisas que não podem ser substituídas,
por outra de mesmo gênero, qualidade e
quantidade.
Atenção: pode ser pactuado.
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS
quanto à consuntibilidade (consumir).

• COISAS CONSUMÍVEIS
São as coisas que se exaurem com seu uso
normal. Ex: alimentos e bebidas.
• COISAS INCONSUMÍVEIS
São as coisas que não se deterioram muito
rapidamente com seu uso e podem ser utilizadas
por um período prolongado.
Ex: estátua, carro.

Atenção: identifique o ponto de vista da análise – caso do livro / veículo.


CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS
quanto à divisibilidade .

• COISAS DIVÍSIVEIS
São as coisas que podem ser repartidas sem
perder o valor proporcional ao do todo.
Ex: 1 Kg de arroz diante de uma tonelada.
• COISAS INDIVÍVEIS
São as coisas que se divididas reduzem ou
perdem o valor econômico.
Ex: uma estátua, um escravo.
Atenção: pode ser pactuado
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS
quanto à individualidade.

• COISAS SIMPLES
É uma unidade orgânica, natural ou artificial.
Ex: bolo
• COISAS COMPOSTA
São formadas da união artificial de várias coisas
simples. Ex: um carro.
• COISAS COLETIVAS OU UNIVERSAIS
Abrange um aglomerado de coisas simples, que só
juridicamente estão ligadas entre si.
Ex: rebanho, uma biblioteca.
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A
OUTRAS COISAS (outro bem)
Quanto à autonomia ou dependencia
• COISAS PRINCIPAL
É aquela a que existe de forma autônoma e independente.

• COISAS ACESSÓRIA
É aquela que está subordinada a coisa principal:
Pars rei: Pode ser parte da coisa principal, sendo destacável ou não,
se sem ela a coisa principal não se considere completa.
Exemplo: Uma casa dentro de uma chácara.
Instrumenta: Pode ser autônoma, mas servir como instrumento ou
embelezamento da coisa principal.
Exemplo: Uma enxada dentro de uma chácara.
ALVES, José Carlos Moreira. Direito Romano I.
Rio de Janeiro: Foresne, 2002, p.143.

“Essa distinção tem interesse prático: Os negócios


jurídicos, que se referem à coisa principal,
abarcam, necessáriamente, as pars rei; o mesmo
não sucede com os instrumenta e os ornamenta,
que, para seguirem o destino da principal,
necessitam de declaração expressa neste
sentido.”
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A
OUTRAS COISAS (outro bem)

• FRUTOS
São coisas novas produzidas naturalmente e periodicamente por uma outra,
chamada frutífera.
São frutos naturais: os frutos das árvores, dos animais do rebanho.
São frutos civis: as rendas com locação ou arrendamento.

Enquanto o fruto estiver pendente não tem individualidade própria, segue a


sorte do principal.

Destacado o fruto da coisa frutífera, passe ele a ter individualidade própria


e pode ser objeto de relação jurídica separadamente.

Qual implicação????

Obs. Fruto é diferente de produto, pois este diminui a coisa principal


CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A
OUTRAS COISAS (outro bem)

• BENFEITORIAS
São as despesas para conversar, melhorar ou aumentar o deleite da coisa
principal.

– Necessárias: as que tem por fim evitar que a coisa se deteriore. Ex:
arrumar o telhado.

– Uteis: as que visão aumentar a fruição (aproveitamento) da coisa. Ex:


pintura

– Voluptuárias: São as de mero deleite, como o embelezamento da


coisa: Uma estatua, uma fonte no jardim.

Implicações???
.

PERTENÇAS
São os bens que, não constituindo partes integrantes,
destinam-se, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou
ao aformoseamento de outro (ex: cama, mesa ou
armários de uma casa etc.). As pertenças, apesar de
serem bens acessórios, não seguem o destino do
principal, salvo se o contrário resultar da lei, da
manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
ATO JURÍDICO
• Fatos
- Sem efeitos jurídicos – animal que nasce na floresta.
- Com efeitos jurídicos – animal que nasce no zoo.
• Fatos Jurídicos
- Com vontade – atos jurídicos voluntários
- Sem vontade - atos jurídicos involuntários
• Fatos Jurídicos voluntários
- Lícitos – conseqüências jurídicas
- Ilícitos – contrários ao ordenamento jurídico - delitos
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS JURÍDICOS
• Quanto a declaração de vontade:
- Unilaterais
Declaração de vontade de uma única parte.
Ex: Testamento, alforria de um escravo
- Bilaterais
Declaração de vontade de duas partes, fundindo-se num só acordo. São os
contratos
Ex: Compra e venda, locação.

• Quanto aos efeitos:


- Inter vivos: A eficácia não depende do falecimento de uma das partes.
Ex: Compra e venda
- Causa mortis: São aqueles praticados para ter efeitos quando do falecimento de
uma das partes.
Ex: Testamento
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS JURÍDICOS
• Quanto a procedência
-Ius civile: é aquele ao qual o ius civile atribui efeitos jurídicos.
Ex: Mancipatio
-Ius honorarium: é aquele ao qual o ius honorarium atribui efeitos
jurídicos, graças a proteção que o pretor lhes dava.

• Quanto causas e motivos


- Causais ( concretos ou materiais) são aqueles cujo fim prático está ligado
ao ato e aparece claramente no proprio ato.
- Motivos são infinitos.
Ex: Pode ser uma compra para presentear um amigo.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS JURÍDICOS
• Quanto a forma – solene e não solene
- Soneles: a manifestação da vontade das partes deve obedecer às
formalidades exigidas.
Ex: Mancipatio, iuri cessio, estipulatio
- Não solenes: a manifestação pode manifestar-se independente
de quaisquer formalidades.
Ex: Traditio

• Quanto a vantagem e desvantagens


- Oneroso: é aquele em que, para cada uma das partes, as
vantagens implicam desvantagens.
- Gratuito: é aquele em que as vantagens não implicam
desvantagens para a parte a que se destinam.
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
• Elementos essenciais:

• Elementos naturais

• Elementos acidentais:
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

• Elementos essenciais:
- Capacidade de agir. (já analisada)

- Manifestação da vontade isenta de vícios.

- Objeto lícito, possível, determinado ou


determinado.
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

• Elementos naturais
- Depende de cada tipo de negócio.
- Pode ser excluido ou modificado pelas partes
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
• Elementos acidentais:

- Condição: Evento futuro e incerto.


a) Condição suspensiva.
Ex: Eu comprei seu quadro se ele ganhar uma exposição.
b) Condição resolutiva
Ex: Você receberá uma mesada até se casar.
(≠ Você receberá uma mesada até completar 21 anos )

- Termo: Evento futuro e certo.


Termo inicial (dies a quo = dias a partir do qual)
Termo final (dies ad quem = dias para o qual se vai)

- Modo ou encargo. Consiste em impor ao destinatário uma


obrigação. (somente pode em NJ gratuito)
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
• Elementos essenciais:
- Capacidade de agir
- Manifestação da vontade isenta de vícios
- Objeto lícito, possível, determinado ou determinado.

• Elementos naturais
- Depende de cada tipo de negócio.
- Pode ser excluido ou modificado pelas partes

• Elementos acidentais:
- Condição: Evento futuro e incerto.
Condição suspensiva
Condição resolutiva
- Termo: Evento futuro e certo.
Termo inicial
Termo final.
- Modo ou encargo. Consiste em impor ao destinatário uma obrigação. (só pode em NJ gratuito)
VÍCIOS DO CONSENTIMENTO
ERRO
Erro é o falso conhecimento de um fato.
ERRO ESSENCIAL – PODE LEVAR A NULIDADE
a) Erro de negócio: discrepância se refere a própria essência do ato.
Ex: Quer fazer um contrato de locação, mas faz de venda.
b) Erro de pessoa: divergência refere a identidade de uma das partes ou
pessoas. Ex: Queria empresar dinheiro para o Ticio rico, mas empresta
para o Tício pobre.
c) Erro quanto ao objeto: recai na identidade física do objeto.
Ex: Comprar lote número 12, pensando ser o 13.
d) Erro de substância: relaciona com as qualidades essenciais do objeto do
ato. Ex: Comprar anel de cobre, pensando ser de ouro.
VÍCIOS DO CONSENTIMENTO
ERRO
Erro é o falso conhecimento de um fato.
- ERRO ACIDENTAIS – NÃO LEVA A NULIDADE

a) Erro de qualidade:
Ex: comprar vinho estragado, pensando comprar vinho bom.

b) Erro de quantidade:
Ex: querendo comprar 100 litros de vinho, compra 1000.

c) Erro de pessoa quando não é elemento essencial do negócio


Ex: Vender a Ticio penando ser Claudio, uma mercadoria exposta na loja.

d) Erro de ignorância da regra do direito


Normalmente ningume pode alegar ignorancia da lei. As exceçoes eram as mulheres, os menores de 25 anos, os soldados,
os caipiras, esses podiam escusar-se por ignorar a lei.
VÍCIOS DO CONSENTIMENTO
DOLO
(Ser levado ao erro por um terceiro)

• DOLO: Comportamento malicioso de alguém com o fito de


enganar a outra parte, falsificando a verdade, para tirar
vantagem própria.

– Dolos Bonus:
É aquele que é tolerado. São aqueles que o comerciante faz dos seus
produtos que ninguem com bom senso acreditaria .
Ex: compre essa boneca ela só falta falar…

– Dolus malus
Aquele que não é tolerado. Tem objetivo de prejudicar um terceiro.

Pode ser impetrado as seguintes ações:


Actio dolo e Exceptio doli, in integrum restitutio ob dolum
VÍCIOS DO CONSENTIMENTO
COAÇÃO
Coação trata-se da pressão física ou psíquica, ilegal, exercida
por alguém contra o agente , a fim de que este pratique,
contra sua vontade, um ato jurídico.
Coação Absoluta: É aquela que consiste de forçar fisicamente alguém a
praticar um ato contra a vontade.
Ex: Colocar uma faca na mão de outra pessoa e forçá-la até ferir outra.
Coação Relativa: É aquela resultante de ameaça, causadora de medo no
sujeito, impelindo-o, assim à pratica de ato contra sua vontade
Ex: Apontar uma arma para uma pessoa e dizer: o dinheiro ou a vida.
Ações possíveis: in integrum restitutio e actio quad metus causa.
VÍCIO DO CONSENTIMENTO
SIMULAÇÃO E RESTRIÇÃO MENTAL
Simulação: É a discrepância entre a vontade interna e a sua
manifestação, quando querida pelo agente.
Ex: uma pessoa finge querer praticar uma compra e venda,
quando no íntimo, quer fazer uma doação.

Simulação absoluta: quando as partes não querem nenhum ato.

Simulação relativa: quando as partes concordes praticam um


determinado ato, querendo ato diverso do praticado.

Restrição mental é a simulação unilateral, quando uma parte


faz uma declaração divergente de sua vontade interna.
POSSE
É um poder de fato sobre uma coisa corpórea: a efetiva
subordinação física da coisa a alguém.
Necessário dois elementos:
* Corpus – parte material
* Animus – parte intencional
Posse é um fato
Propriedade é um direito. Na propriedade o poder jurídico é absoluto sobre a coisa.

Na locação, o locatário não tem a posse, mas a detenção.


PROPRIEDADE
A propriedade é um poder jurídico absoluto e exclusivo
sobre uma coisa corpórea.
A propriedade confere ao seu titular o direito de usar,
gozar e dispor da coisa e, exclui toda e qualquer
ingerência alheia.
O poder jurídico do proprietário é ilimitado, mas
limitável (pelo próprio proprietário ou pela lei).
Algumas limitações: o prop. terreno ribeirinho deve
tolerar o uso público da margem; a manut. de
estradas marginais ao terreno era do prop.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
MODO ORIGINÁRIO:
Ocupação: Tomada de posse de uma coisa in commercio, que não esta sob o domínio de ninguém – res nullius.
Necessário o Animus.

Invenção: Coisa muito tempo desaparecida que seu dono se tornou desconhecido. Pertencerá em parte ao
descobridor e parte ao dono do terreno. Exceção: se foi contratado para procurar ou se estava proibido
de procurar ali. Nesses casos pertence ao proprietário.

União de coisas: Junção material de duas ou mais coisas. A principal absorve a acessória. O terreno é sempre
principal e incorpora tudo que estiver ligado (construções, sementes, plantas, árvores).
Acréscimos de terrenos: alluvio – lentamente; avulsio – forma abrupta (indeniz)
Toalha absorve o bordado; a pintura absorve a tela.

Especificação: Confecção de coisa nova com material alheio. Ex: balde de cobre derretido para consertar o
braço da estátua.

Aquisição dos frutos: Em regra pertence ao proprietário. Exceções: Há casos de que são de pessoas diversas.
Ex: Efiteuta, usufrutuário, possuidor de boa fé.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
MODO DERIVADO:
Mancipatio: Destinava a transferência das res mancipi.
Ex: Os terrenos italicos (não provinciais)
Os animais de tiro e carga (cavalo, vaca, burro)
Os escravos
As quatro servidões prediais rusticas
In iuri cessio: Destinava a transferência tanto de res
mancipi e res nec mancipi.
Traditio: É a simples entrega da coisa. É o modo mais
natural de transferir a propriedade.
USUCAPIÃO
É um tipo especial dos modos de aquisição da
propriedade.

Baseia-se na posse por tempo prolongado, que


transforma uma situação de fato em direito.
USUCAPIÃO
PRÉ - CLÁSSICO
Já constava na Lei das XII Táboas.
Uso ininterrupto:
Terrenos – 2 anos
Outras coisas – 1 ano
O que adquire ficava dispensado de justificar a sua posse,
uma vez decorrido o prazo prescrito.
Aplicava-se a todas as relações de senhoria, inclusive o
poder do pater família. (inclusive o poder marital – manus).
Posteriormente ficou restrito a propriedade.
USUCAPIÃO
CLÁSSICO
• Pressupõe coisa suscetível de dominium ex iuri
Quiritium, ou seja: prop. quiritária:
Titular seja cidadão romano
Coisa in commercio, exceto terrenos provinc.
Coisa adquirida por meio reconhido do Ius civile. (modo originario; usucapião; res mancipi, a mancipatio e a
in iuri cessio; e para a res nec mancipi a traditio).
Se alguém comprasse uma res mancipi e o vendedor não realizasse os atos solenes só o usucapião supria
nestes casos a falta da mancipatio ou da in iuri cessio.

• A posse da coisa qualificada pela intenção de te-lá como


própria (possessio civilis).
• Justo titulo e justa causa
• A boa fé.
• Decurso do prazo: 2 anos – terrenos; 1 anos – restante.
USUCAPIÃO
MEIOS DE DEFESA PROCESSUAL
• PRAESCRIPTIO LONGI TEMPORIS
Era concedida ao possuidor contra quem lhe exigisse a coisa por meio de ação
reivindicatória. Paralisava a prevenção do autor contra o réu.
Prazo: 10 anos – se moram = cidade; 20 anos se moravam locais ≠.
Necessário: * Justo título; * Boa fé
Início aplicada aos terrenos provinciais, foi estentida aos moveis.
Muito usada pelos pelegrinos, pois nao podiam fazer uso do USUCAPIÃO. (Ius
civile). Mas tarde se tornou um meio de aquisição.

• PRAESCRIPTIO LONGISSIMI TEMPORIS


Estabeleceu a extinção da ação reinvindicatória depois de decorridos 40 anos,
depois passou para 30 anos.
Requsitos: sem exigencia de boa-fe; nem de justo título.
Nunca será proprietário, terá apenas um meio de defesa processual
USUCAPIÃO
REFORMA DO USUCAPIÃO POR JUSTINIANO
• PRAESCRIPTIO LONGI TEMPORIS
Torna-se um modo de aquisição de propriedade aplicada a bens imóveis
Necessário: boa fé e justo título
Prazo: 10 anos – se moram = cidade; 20 anos se moravam locais ≠.
• USUCAPIÃO
Modo de aquisição dos móveis , mesmo requisitos acima.
Prazo: 3 anos.

• PRAESCRIPTIO LONGISSIMI TEMPORIS


Passou a ser modo de aquisição da propriedade, pelo decurso do prazo de 30
anos
Necessário: Boa fé do possuidor, sem justo título.
PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE
A proteção se efetua por meio de actiones in rem.
REI VINDICATIO
Era uma ação do proprietário quiritário que não possuía a coisa contra
aquele que a possuía, mas não era proprietário. Cabe ao réu provar
o seu direito.
Tratando de réu de boa fé, só seriam restituídos os frutos separados.
Com Justiniano foi imposto a restituição
As benfeitorias necessárias e uteis deveram ser indenizadas, se
possuidor de boa fé. Podia reter o bem até a indenização.
A propriedade pretoriana era protegida pela Actio Publiciana, era um
artifício que o pretor fazia como se o tempo já houvesse decorrido.
ACTIO NEGATORIA
Era uma ação de defesa – negatória in rem actio. O proprietário
possuidor alega ter o direito real sobre a coisa violado.
PROTEÇÃO DA POSSE
INTERDICTUM UTI POSSIDETIS
Aplica-se na turbação duradoura da posse de um imóvel. Na posse viciosa o efeito era
duplo: recuperar e conservar a posse.

INTERDICTUM UTRUBI
Proteção de um móvel contra turbação. Também seria para recuperar a posse.

INTERDICTUM UNDE VI
Proteção da posse não viciosa de um imóvel contra o esbulho violento. Prazo de até 1
ano do esbulho.

INTERDICTUM DE VI ARMATA
Proteção contra esbulho a mão armada.

INTERDICTUM DE PRECARIO
Recuperar a posse de quem a recebera a título precário, por liberalidade, para ser
restituída a pedido do proprietário.
DISTINÇÃO ENTRE
DIREITO REAL E DIREITO PESSOAL
DIREITO REAL
O direito real caracteriza-se como uma relação entre o homem e a coisa. O
direito real traduz apropriação de riquezas, tendo por objeto um bem
material, erga omnes; isto é, o direito real é o vínculo existente entre o seu
titular e a coisa.
Há uma relação direta, entre seu titular e a coisa; aquele exerce sobre esta um
poder direto e imediato.

DIREITO PESSOAL
O direito pessoal caracteriza-se como uma relação entre Pessoas. Tem por objeto
uma prestação (um ato ou uma abstenção), vinculando o sujeito ativo ao
sujeito passivo (credor e devedor).
O poder do seu titular atua sobre uma pessoa – o devedor, que lhe deve uma
prestação de conteúdo econômico.

.
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
Os direitos reais sobre coisa alheia compreendem:

Os direitos reais de gozo

Os direitos reais de garantia


É o que o credor, eventuamente, tem sobre uma coisa para assegur-lhe o recebimento do seu credito.
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
DIREITOS REAIS DE GOZO
A) SERVIDÕES PREDIAIS (DRSCA, DRGo)
DRSCA, DRG, SPr Existem sempre entre dois prédios (dominante e o serviente). O direito da
servidão não esta ligado a pessoa, mas ao prédio. São perpétuas e indivisíveis.

Servidões prediais RÚSTICAS


* Inter – passagem a pé, a cavalo ou em liteira
* Via - deveria ser uma mescla entre a inter e a actus
* Actus – passagem de rebanho ou carro.
* Aqueduto – passagem de água

Servidões prediais URBANAS


* Aquarum – direito de escoar as águas da chuva
* Parietum – direito de colocar ganchos, traves no muro ou parede. Avançar balcões,
galerias ou telhados.
* Luminum – Limitava a altura da construção
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
DIREITOS REAIS DE GOZO
B) SERVIDÕES PESSOAIS (DRSCA, DRGo)
DRSCA, DRG, SPe São estabelecidas em favor de determinada pessoa. São limitadas no tempo.

* USUFRUTO (DRGSCA, DRG, Spe)


É o direito ao uso de uma coisa alheia e ao gozo de seus frutos. Se extingue no mais tardar com a morte
do usufrutuário, ou pode ser por determinado prazo. Se fosse P.J. no máximo em 100 anos.
O proprietário é chamado de nú-proprietário. O usufrutuário não pode modificar substancialmente a
coisa ou mudar seu caráter. Só pode ser sobre coisa inconsumível. O direito do usufruto era
intransferível, mas podia ser cedido a título gratuito ou oneroso.

* USO (DRGSCA, DRG, Spe)


É o direito de usar de uma coisa , não podendo receber seus frutos. Não pode ser cedido.

* HABITAÇÃO e TRABALHO DE ESCRAVOS E ANIMAIS (DRGSCA, DRG, Spe)


Direito bem mais restrito. E refere ao uso de uma casa para habitação. Inclui também o direito de usar
dos serviços de escravos e animais.
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
DIREITOS REAIS DE GOZO

C) SUPERFÍCIE (DRSCA, DRGo)

Era o direito de usar e gozar por longuíssimo prazo, terreno


urbano, para fins de construção.
Necessário pagamento de foro anul.
A construção pertencia ao proprietário do terreno, mas o
superficiário podia usar, gozar e dispor.
Era alienável a titulo gratuito ou honeroso e transferia-se aos
herdeiros.
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
DIREITOS REAIS DE GOZO

D) ENFITEUSE (DRSCA, DRGo)


Era o direito de usar e gozar, por tempo ilimitado, de um predio
rústico alheio, para cultivo.
Necessário pagamento de foro anual.
Os direitos praticamente se igualam ao do propreitário (pode
transformar, modificiar, alienar e se transfere para aos herdeiros.
O proprietário tem o direito de preferencia para a compra do
terreno. Não tendo interesse ele deve receber 2% sobre o valor
negociado, que recebe o nome de laudemium.
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA

DIREITOS REAIS DE GARANTIA


A) FIDUCIA (DRSCA, DRGa)

Garantia de uma obrigação principal por meio da transferência


da propriedade (res mancipi).
O credor passava a ser dono da coisa e deveria restitui-la no
final. Nada lhe impedia de dispor da coisa até a devolução.
O credor fica muito protegido ao contrario do devedor.
Era muito comum no período clássico e desapareceu na pós-clas.
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
DIREITOS REAIS DE GARANTIA
B) PIGNUS - PENHOR (DRSCA, DRGa)

Consistia na transferência da posse da coisa dada em garantia ao


credor.
O credor não podia dispor da coisa a menos que estivesse pactuado.
Se o credor usasse sem a devida autorização ele cometia furto de
uso.
Se fosse feito um acordo para que o credor recebesse os frutos da
coisa penhorada, em troca de abatimento da divida, isso se
chamava anticrese.
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
DIREITOS REAIS DE GARANTIA

C) HYPOTHECA (DRSCA, DRGa)

Na hipoteca o credor não ficava com a posse da coisa. A


coisa dada em garantia ficava vinculada simplismente
pelo acordo, tendo o credor um direito oponível
contra todos.
Poderia existir um concurso creditório. Quando corriam
vários direitos de hipoteca, prevalecia o direito mais
antigo em detrimento do direito mais recente. Os
credores podiam sub-rogar os direitos creditórios.
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
Os direitos reais de gozo Os direitos reais de garantia
A) Servidões prediais: Fiducia
* Rusticas (inter, via, actus, arqueduto) Penhor
* Urbanas (aquarum, parietum, luminum) Hipoteca
B) Servidões pessoias:
* Usufruto
* Uso
* Habitaçao
e trabalho de escravos e de animais
C) Efiteuse
D) Superfície
CONTRATOS
FAMÍLIA
CASAMENTO

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