2.011
Maio – em construção
DIREITO
O termo “direito” tem dois sentidos técnicos:
• O Direito Objetivo (norma agendi) pode ser entendido como a norma
propriamente dita.
Exemplo: O Direito Civil busca a defesa das partes nas relações jurídicas
interpessoais.
•
O Direito Subjetivo (facultas agendi) é a possibilidade que a norma dá ao
um indivíduo exercer determinado conduta descrita na lei. É a lei, que
aplicada ao caso concreto autoriza a conduta de uma parte.
Exemplo: se uma pessoa te deve um valor em dinheiro, a lei te concede o
direito de cobrar a dívida por meio de um processo judicial de execução.
Fundações:
São bens aos quais a ordem jurídica atribui personalidade, destacados
do patrimonio de uma pessoa fisica ou jurídica, e destinado
normalmente para fins educacionais.
Não há associados, mas administradores.
Não tem fins lucrativos
PERSONALIDADE JURÍDICA
No período pós-clássico
A maioridade se dava com a plena capacidade mental
Impuberes
- Infantes menores: menor de 7 anos – incapaz - necessário tutor
- Infantes maiores: de 7 a 25 anos - capacidade restrita - necessário
curador
Esse liberto ficava numa situação inferior ao liberto pelo ius civile.
Igualava-se ao latino juliano. Seus direitos políticos eram
limitados.
PATRONATO
Era uma relação de interdependência entre o patrono e o liberto, nem sempre
equivalente.
Algumas restrições:
Bona: O patrono tinha o direito a sucessão legítima dos bens do liberto. O pretor
garantiu ao patrono ½ da herança do liberto que morresse sem deixar filhos ou que os
deserdasse em vida. Isso mesmo contra outros herdeiros estranhos nomeados no
testamento.
• RES MANCIPI
Era necessário ato solene para transferir a propriedade,
isto é, pela mancipatio.
Ex: Os terrenos itálicos (não provinciais)
Os animais de tiro e carga (cavalo, vaca, burro)
Os escravos
As quatro servidões prediais rusticas
• COISAS MÓVEIS
São as coisas transportáveis e semoventes (se
movem por força própria).
• COISAS IMÓVEIS
São os terrenos e as coisas que estiverem
ligadas a ele definitivamente
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS
quanto à fungibilidade (substituição).
• COISAS FUNGÍVEIS
São as coisas substituíveis por outras do mesmo
gênero, qualidade e quantidade.
Ex: um quilo de arroz, um litro de vinho, uma
ovelha, um escravo.
• COISAS INFUNGÍVEIS
São as coisas que não podem ser substituídas,
por outra de mesmo gênero, qualidade e
quantidade.
Atenção: pode ser pactuado.
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS
quanto à consuntibilidade (consumir).
• COISAS CONSUMÍVEIS
São as coisas que se exaurem com seu uso
normal. Ex: alimentos e bebidas.
• COISAS INCONSUMÍVEIS
São as coisas que não se deterioram muito
rapidamente com seu uso e podem ser utilizadas
por um período prolongado.
Ex: estátua, carro.
• COISAS DIVÍSIVEIS
São as coisas que podem ser repartidas sem
perder o valor proporcional ao do todo.
Ex: 1 Kg de arroz diante de uma tonelada.
• COISAS INDIVÍVEIS
São as coisas que se divididas reduzem ou
perdem o valor econômico.
Ex: uma estátua, um escravo.
Atenção: pode ser pactuado
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS
quanto à individualidade.
• COISAS SIMPLES
É uma unidade orgânica, natural ou artificial.
Ex: bolo
• COISAS COMPOSTA
São formadas da união artificial de várias coisas
simples. Ex: um carro.
• COISAS COLETIVAS OU UNIVERSAIS
Abrange um aglomerado de coisas simples, que só
juridicamente estão ligadas entre si.
Ex: rebanho, uma biblioteca.
CLASSIFICAÇÕES DAS COISAS EM RELAÇÃO A
OUTRAS COISAS (outro bem)
Quanto à autonomia ou dependencia
• COISAS PRINCIPAL
É aquela a que existe de forma autônoma e independente.
• COISAS ACESSÓRIA
É aquela que está subordinada a coisa principal:
Pars rei: Pode ser parte da coisa principal, sendo destacável ou não,
se sem ela a coisa principal não se considere completa.
Exemplo: Uma casa dentro de uma chácara.
Instrumenta: Pode ser autônoma, mas servir como instrumento ou
embelezamento da coisa principal.
Exemplo: Uma enxada dentro de uma chácara.
ALVES, José Carlos Moreira. Direito Romano I.
Rio de Janeiro: Foresne, 2002, p.143.
• FRUTOS
São coisas novas produzidas naturalmente e periodicamente por uma outra,
chamada frutífera.
São frutos naturais: os frutos das árvores, dos animais do rebanho.
São frutos civis: as rendas com locação ou arrendamento.
Qual implicação????
• BENFEITORIAS
São as despesas para conversar, melhorar ou aumentar o deleite da coisa
principal.
– Necessárias: as que tem por fim evitar que a coisa se deteriore. Ex:
arrumar o telhado.
Implicações???
.
PERTENÇAS
São os bens que, não constituindo partes integrantes,
destinam-se, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou
ao aformoseamento de outro (ex: cama, mesa ou
armários de uma casa etc.). As pertenças, apesar de
serem bens acessórios, não seguem o destino do
principal, salvo se o contrário resultar da lei, da
manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
ATO JURÍDICO
• Fatos
- Sem efeitos jurídicos – animal que nasce na floresta.
- Com efeitos jurídicos – animal que nasce no zoo.
• Fatos Jurídicos
- Com vontade – atos jurídicos voluntários
- Sem vontade - atos jurídicos involuntários
• Fatos Jurídicos voluntários
- Lícitos – conseqüências jurídicas
- Ilícitos – contrários ao ordenamento jurídico - delitos
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS JURÍDICOS
• Quanto a declaração de vontade:
- Unilaterais
Declaração de vontade de uma única parte.
Ex: Testamento, alforria de um escravo
- Bilaterais
Declaração de vontade de duas partes, fundindo-se num só acordo. São os
contratos
Ex: Compra e venda, locação.
• Elementos naturais
• Elementos acidentais:
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
• Elementos essenciais:
- Capacidade de agir. (já analisada)
• Elementos naturais
- Depende de cada tipo de negócio.
- Pode ser excluido ou modificado pelas partes
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
• Elementos acidentais:
• Elementos naturais
- Depende de cada tipo de negócio.
- Pode ser excluido ou modificado pelas partes
• Elementos acidentais:
- Condição: Evento futuro e incerto.
Condição suspensiva
Condição resolutiva
- Termo: Evento futuro e certo.
Termo inicial
Termo final.
- Modo ou encargo. Consiste em impor ao destinatário uma obrigação. (só pode em NJ gratuito)
VÍCIOS DO CONSENTIMENTO
ERRO
Erro é o falso conhecimento de um fato.
ERRO ESSENCIAL – PODE LEVAR A NULIDADE
a) Erro de negócio: discrepância se refere a própria essência do ato.
Ex: Quer fazer um contrato de locação, mas faz de venda.
b) Erro de pessoa: divergência refere a identidade de uma das partes ou
pessoas. Ex: Queria empresar dinheiro para o Ticio rico, mas empresta
para o Tício pobre.
c) Erro quanto ao objeto: recai na identidade física do objeto.
Ex: Comprar lote número 12, pensando ser o 13.
d) Erro de substância: relaciona com as qualidades essenciais do objeto do
ato. Ex: Comprar anel de cobre, pensando ser de ouro.
VÍCIOS DO CONSENTIMENTO
ERRO
Erro é o falso conhecimento de um fato.
- ERRO ACIDENTAIS – NÃO LEVA A NULIDADE
a) Erro de qualidade:
Ex: comprar vinho estragado, pensando comprar vinho bom.
b) Erro de quantidade:
Ex: querendo comprar 100 litros de vinho, compra 1000.
– Dolos Bonus:
É aquele que é tolerado. São aqueles que o comerciante faz dos seus
produtos que ninguem com bom senso acreditaria .
Ex: compre essa boneca ela só falta falar…
– Dolus malus
Aquele que não é tolerado. Tem objetivo de prejudicar um terceiro.
Invenção: Coisa muito tempo desaparecida que seu dono se tornou desconhecido. Pertencerá em parte ao
descobridor e parte ao dono do terreno. Exceção: se foi contratado para procurar ou se estava proibido
de procurar ali. Nesses casos pertence ao proprietário.
União de coisas: Junção material de duas ou mais coisas. A principal absorve a acessória. O terreno é sempre
principal e incorpora tudo que estiver ligado (construções, sementes, plantas, árvores).
Acréscimos de terrenos: alluvio – lentamente; avulsio – forma abrupta (indeniz)
Toalha absorve o bordado; a pintura absorve a tela.
Especificação: Confecção de coisa nova com material alheio. Ex: balde de cobre derretido para consertar o
braço da estátua.
Aquisição dos frutos: Em regra pertence ao proprietário. Exceções: Há casos de que são de pessoas diversas.
Ex: Efiteuta, usufrutuário, possuidor de boa fé.
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
MODO DERIVADO:
Mancipatio: Destinava a transferência das res mancipi.
Ex: Os terrenos italicos (não provinciais)
Os animais de tiro e carga (cavalo, vaca, burro)
Os escravos
As quatro servidões prediais rusticas
In iuri cessio: Destinava a transferência tanto de res
mancipi e res nec mancipi.
Traditio: É a simples entrega da coisa. É o modo mais
natural de transferir a propriedade.
USUCAPIÃO
É um tipo especial dos modos de aquisição da
propriedade.
INTERDICTUM UTRUBI
Proteção de um móvel contra turbação. Também seria para recuperar a posse.
INTERDICTUM UNDE VI
Proteção da posse não viciosa de um imóvel contra o esbulho violento. Prazo de até 1
ano do esbulho.
INTERDICTUM DE VI ARMATA
Proteção contra esbulho a mão armada.
INTERDICTUM DE PRECARIO
Recuperar a posse de quem a recebera a título precário, por liberalidade, para ser
restituída a pedido do proprietário.
DISTINÇÃO ENTRE
DIREITO REAL E DIREITO PESSOAL
DIREITO REAL
O direito real caracteriza-se como uma relação entre o homem e a coisa. O
direito real traduz apropriação de riquezas, tendo por objeto um bem
material, erga omnes; isto é, o direito real é o vínculo existente entre o seu
titular e a coisa.
Há uma relação direta, entre seu titular e a coisa; aquele exerce sobre esta um
poder direto e imediato.
DIREITO PESSOAL
O direito pessoal caracteriza-se como uma relação entre Pessoas. Tem por objeto
uma prestação (um ato ou uma abstenção), vinculando o sujeito ativo ao
sujeito passivo (credor e devedor).
O poder do seu titular atua sobre uma pessoa – o devedor, que lhe deve uma
prestação de conteúdo econômico.
.
DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA
Os direitos reais sobre coisa alheia compreendem: