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Poder de Polícia da Administração Pública

1. Introdução;
2. Poder de Polícia da Administração Pública;
3. Limitações aos Poderes;
4. Discricionariedade e Vinculação;
5. Conclusão.

1. Introdução

Através desse estudo, visamos à abordagem dos poderes


inerentes à Administração Pública com enfoque no Poder de Polícia.
Apesar da importância de todos esses mecanismos conferidos pelo
ordenamento jurídico à Administração Pública para que possa
disciplinar as relações sociais e alcançar o interesse público, o Poder
de Polícia tem especial destaque por ser o principal instrumento de
intervenção do poder público nos interesses particulares dos
administrados.

2. Poder de Polícia

A criação e evolução do Estado nos levam a perceber que seu


principal objetivo é a regulação das relações entre seus indivíduos.
Daí a importância de a Administração Pública buscar primordialmente
os interesses da coletividade em detrimento do interesse subjetivo.
Para que ela, através de seus “agentes públicos”, alcance esse
objetivo lhe é conferida certas prerrogativas específicas
indispensáveis à realização do interesse público, quais sejam, os
poderes administrativos.
Dentre esses, destacaremos o poder de polícia. Sua existência está
intimamente ligada ao embate entre o interesse público e privado,
embate esse que por vezes obriga a imposição de restrições aos
direitos dos indivíduos.
Em suma, quando o Poder Público adentra a órbita do interesse
privado restringindo-o em prol do interesse público, estará exercendo
seu Poder de Polícia.
O Poder de Polícia se divide em dois sentidos, amplo e restrito.
Em sentido amplo significa todo o tipo de restrição imposta pelo
Estado em relação aos direitos individuais. Incluindo-se nesse sentido
o exercício da atividade legislativa que estabelece o perfil dos
direitos.
Em sentido estrito, seria a prerrogativa concedida aos agentes da
Administração para, no exercício regular e legal de suas funções,
limitar e/ou condicionar a liberdade e a propriedade.
Vale transcrever alguns conceitos, doutrinários e legais, a respeito
dessa espécie de poder administrativo:

“o modo de atuar da autoridade administrativa que consiste em


intervir no exercício das atividades individuais susceptíveis de fazer
perigar interesse gerais, tendo por objeto evitar que se produzam,
ampliem ou generalizem os danos sociais que as leis procuram
prevenir” (Marcelo Caetano).

“... a prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza a


Administração Pública a restringir o uso e o gozo da liberdade e da
propriedade em favor do interesse da coletividade.” (José dos Santos
Carvalho Filho)

Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou


disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Art. 78, Código Tributário Nacional)

2.2 Poder de Polícia Originário e Delegado

Poder de Polícia Originário é aquele exercido pelas pessoas


políticas do Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios),
alcançando os atos administrativos provenientes de tais pessoas. O
Poder de Polícia Delegado é aquele executado pelas pessoas
administrativas do Estado, integrantes da chamada Administração
Indireta. Diz-se delegado porque esse poder é recebido pela entidade
estatal a qual pertence.

2.3 Polícia Administrativa e Polícia Judiciária

Polícia administrativa é aquela tipicamente inerente à função


fiscalizatória da Administração incidente sobre as atividades dos
indivíduos, se inicia e completa no âmbito da função administrativa.
A Polícia Judiciária por sua vez, apesar de ser atividade
administrativa, inicia o preparo para a atividade jurisdicional penal.
Está ligada a função de segurança pública, atingindo não só a
atividade do indivíduo, mas o próprio indivíduo que comete um ilícito
penal.
Considerando essas vertentes do poder de polícia identificamos
dois tipos de caráter do poder em questão, caráter preventivo e
repressivo.
Naquele a Administração busca prevenir que o dano social chegue
a se consumar. No segundo, intenta a repressão e punição ao dano já
causado.
Embora ocorra essa divisão, observa-se que os doutrinadores já
não admitem essa divisão absoluta, uma vez que constantemente os
agentes desempenham atividades preventivas e repressivas
simultaneamente.

3. Limitações ao Poder de Polícia

O Poder de Polícia não é ilimitado, assim como o poder estatal não


é absoluto.
Existem limites traçados pela lei que incidem sobre o poder de
polícia realizado pela Administração Pública. Quanto aos fins: só
dever ser exercido para atender ao interesse público. Quanto à
competência e ao procedimento: deve-se observar a norma legal
pertinente. Quanto ao objeto: segundo o princípio da
proporcionalidade dos meios aos fins, o poder de polícia não deve ir
além do necessário para satisfazer o interesse público que tem a
função de proteger.
Além disso, cabe salientar que o exercício do poder de polícia pode
ser objeto de controle judicial. Nesse caso, os atos praticados pela
administração podem ser apreciados pelo Poder Judiciário com
relação à legalidade dos mesmos. No entanto, não poderá o judiciário
adentrar na valoração do mérito da execução do ato por ser essa a
atividade finalística do administrador, o que, ocorrendo, violaria o
princípio da separação dos poderes.

4. Discricionariedade e Vinculação

O Poder de Polícia, como ato administrativo, de acordo com a


situação específica do seu exercício, poderá ser discricionário ou
vinculado.
No primeiro caso, a Administração Pública encontra na lei
diretrizes gerais para a sua atuação. Nesse caso a lei franqueia à
Administração Pública a possibilidade de decidir e executar atos
conforme seu juízo de conveniência e oportunidade. O Ilustre
doutrinador José dos Santos C. Filho cita como exemplo de Poder de
Polícia discricionário a capacidade do Município em regular a forma,
local e condições para o exercício do comércio em prol da ordem
urbana.
Ao falarmos em vinculação trilhamos o caminho oposto a
discricionariedade. Nos atos vinculados a Administração Pública
encontra na lei a dimensão fixa do exercício do Poder de Polícia. A
execução da atividade é definida inteiramente na lei.
É necessário destacar que, apesar do poder de polícia poder ser
discricionário, ele (como todos os outros atos administrativos
discricionários) são em parte vinculados ao menos no que tange a
competência, a forma e a finalidade.

5. Conclusão
Ao estabelecer limites e limitações, a legislação, pode impor ao
titular do direito um “fazer”, um “não-fazer” ou um “suportar”. Os
limites expressos no próprio conteúdo de direito e as limitações ao
seu exercício, estabelecidas pelas regras jurídicas, formam um
estatuto de direito mínimo e atendem ao princípio de sua
relatividade, não podendo ser absoluto um direito como o de
propriedade, eis que seu conteúdo e exercício têm que possibilitar
sua coexistência com outros direitos e o respeito recíproco dos
mesmos.
Frente às dificuldades sociais, diuturnamente enfrentadas pelo
cidadão, enfoca-se o ensaio da interveniência soberana do Estado na
propriedade e nas atividades socialmente desenvolvidas, baseada no
interesse coletivo do bem comum. Partindo do princípio que o
interesse individual decai perante o coletivo, a intervenção deixa de
ser um ato considerado opressivo e figura-se como instrumento de
construção da sociedade, amainada de conflitos, possibilitando-se a
formação de uma conjuntura social eficaz e funcional.

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