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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE NACIONAL DE DIREITO

Seminário

A economia brasileira pós Plano Real e as

melhorias na distribuição de renda

Rio de Janeiro

2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE NACIONAL DE DIREITO

Adolpho Aguirre

Caroline Gama

Fernanda Fernandes

Géssyka Brandão

Seminário designado à disciplina de


Economia e Direito I direcionada ao
1º período noite com orientação do
professor Mauro Osório.

Rio de Janeiro

2010
Introdução
Após várias tentativas de combate à inflação, o Ministro da Fazenda do então
governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, chamou uma equipe de
acadêmicos e operadores do mercado financeiro para auxiliá-lo no
desenvolvimento de um plano econômico de estabilização. Depois de uma
longa preparação, a equipe econômica de Fernando Henrique lançou o Plano
Real em julho de 1994.

O Plano Real
O Plano Real diferiu dos anteriores porque não fez uso do congelamento de
preços e salários. A transição do cruzeiro, moeda então vigente, para o real,
deu-se por meio da criação da Unidade Real de Valor (URV), que foi usada
durante algum tempo como referência para os preços. Com o tempo o cruzeiro
foi eliminado e a URV virou a moeda chamada real.

Para eliminar a inflação e manter a estabilidade dos preços, foram adotadas as


seguintes medidas:
1) Contenção dos gastos públicos
2) Privatização de empresas estatais
3) Equiparação do real ao dólar
4) Forte elevação do juro para atrair investidores externos e manter o equilíbrio
do valor entre o dólar e o real.

Economia Pós-Plano Real


Na fase pós Real, a inflação caiu, o ambiente econômico tornou-se mais
estável e previsível, mas a equação básica do crescimento não foi solucionada.
Como a capacidade instalada não cresceu o quanto deveria, qualquer
movimento de crescimento de consumo foi abortado por medidas de restrição
de crédito, elevação dos juros e aumento dos compulsórios, de forma que o
crescimento tornou-se um subproduto, não objetivo principal da política
econômica.
Melhorias na distribuição de renda
O Plano Real trouxe consigo alguns benefícios à classe mais pobre da
população, a começar pela eliminação da pressão inflacionária sentida durante
toda a década de 80 até meados dos anos 90.

A inflação é o mais injusto e cruel dos impostos. São os mais pobres que o
pagam. Empresas e famílias de alta renda aprenderam a se defender. Têm
acesso aos substitutos da moeda que a indexação e um sofisticado mercado
financeiro desenvolveram nos muitos anos de convívio com a inflação elevada.
Enquanto isso os assalariados de baixa renda e a legião dos excluídos do
Brasil industrial vêem deteriorar-se a cada dia o valor de seus escassos
rendimentos. Não há, assim, política social mais eficaz do que a queda da
inflação. Combater a fome, priorizar o gasto público com programas de cunho
social e aumentar sua eficiência é obrigação de um governo [...]. Mas só a
estabilidade de preços criará condições para a distribuição de renda,
permitindo preencher o abismo entre o Brasil rico, industrializado, moderno e
eficiente e o Brasil miserável, de tudo desprovido. (CARDOSO, 1993, p. 116)

Ou seja, acabar com a inflação, de modo a devolver o poder de compra da


classe pobre brasileira (cerca de 40% em 1994) era também uma preocupação
dos formuladores do plano.

Um ganho adicional de renda real adveio da eliminação da incerteza associada


à forte oscilação dos salários reais. Esse ganho derivado da estabilização da
moeda explicitou-se no mercado pela maior facilidade que os assalariados
passaram a ter no acesso ao crédito ao consumidor, que se expandiu de forma
considerável no período: entre junho e dezembro de 1994, os empréstimos do
sistema financeiro às pessoas físicas se expandiram em 150%.

Há de se considerar também a existência de determinados fatores que


limitaram direta ou indiretamente a distribuição de renda, dentre os quais
podemos citar as altas taxas de juros, a perda da competitividade da indústria
brasileira e o déficit público. Mas, apesar de limitarem, não impediram a
redução da pobreza, como mostra os fatores a seguir:
- Âncora verde: que foi o comportamento moderado dos preços alimentares
que favoreceu os mais pobres, devido à maior ponderação dos preços de
alimentação na estrutura de despesa dessas famílias.

- Elevação relativamente maior dos preços dos produtos nontradeables: em


detrimento da não concorrência de produtos importados nesse setor. O
aumento dos preços em comércio e serviços elevou o rendimento dos
trabalhadores, em particular daqueles com rendimentos mais baixos.

- Aumento do salário mínimo em 42% em maio de 1995: teve um impacto


amortecido pelo aquecimento da economia que já vinha ocorrendo pós-Real,
mas no que diz respeito aos benefícios previdenciários e assistenciais teve
papel decisivo no aumento dos rendimentos da base da distribuição.

Conclusão
O Plano Real trouxe uma série de conseqüências à população brasileira
permanentes até os dias de hoje, das quais podemos ressaltar: a manutenção
das baixas taxas inflacionárias e referências reais de valores, o aumento do
poder aquisitivo das famílias, a modernização do parque industrial do país e o
crescimento econômico advindo da geração de empregos.

Dezesseis anos depois, pode-se dizer que o país possui uma moeda forte,
afinal de contas, produtos não alteram mais o seu valor em questão de horas,
como acontecia nos anos 90, quando as máquinas remarcadoras de preços,
que se tornaram o símbolo da inflação, não paravam um minuto de funcionar
nos supermercados.
Bibliografia:
* “História do Brasil no contexto da história ocidental” – Luiz Koshiba e Denisa
Manzi Frayze Pereira.

* “Economia Brasileira” – Antônio Correa Lacerda

* Políticas Sociais no Brasil pós Plano Real – Rafael Moraes, Róber Iturriet
Ávila e Stefano José Caetano da Silveira.

* Os Determinantes da Distribuição da Renda Brasileira no Plano Real no


período de 1994 a 2002 – Gislaine Nascimento Coelho.

Sítios visitados:
http://www.tendenciasemercado.com.br/conhecendo-a-historia/plano-real-
completa-16-anos-afastando-pais-da-hiperinflacao/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_Real

http://www.eco.unicamp.br/artigos/artigo35.htm

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