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8º Congresso Internacional de Odontologia de Minas Gerais

Curso Internacional de Dentística

Coordenador: Dra Maria Luiza de Moraes Oliveira


Tema: Dentística Restauradora
Palestrantes: Prof. Dr. Marcos Vargas
Data: 20Abr2001

Programa:

 Histórico completo sobre os adesivos, analisando desde os primeiros até os de última


geração, com comprovação científica em microscopia eletrônica, abordando os seguintes
tópicos:
 Classificação;
 Princípios de adesão;
 Mecanismos de ação;
 Como aproveitar melhor.
 Restaurações estéticas de dentes anteriores com resina composta, com fechamento de
diastemas e facetas clínicas;
 Restaurações estéticas de dentes posteriores com resina composta –técnica direta;
 Apresentação de casos clínicos com embasamento científico em microscopia eletrônica
passo a passo;
 Técnicas de clareamento dental.

Adesivos dentinários:

 Para compreender o funcionamento dos adesivos dentinários e a íntima relação que


apresentam com as estruturas dentais precisa-se conhecer a química destes produtos e a
histologia dos tecidos dentais;
 Os adesivos dentinários têm reações diferentes em relação ao esmalte e a dentina e mesmo
em regiões diferentes do esmalte e da dentina.

Morfologia dentinária X ação dos adesivos:

 Há uma enorme diferença entre a dentina peritubular e da matriz dentinária, tanto na


estrutura quanto na morfologia, inclusive na composição mineral. Essa diferença é
responsável pelas diferenças nas respostas aos sistemas de adesão química, quando das
restaurações com resinas compostas;
 A dentina peritubular é constituída basicamente por hidroxiapatita, enquanto a dentina
intertubular possui maior composição orgânica. Por isso o ataque ácido consegue
exposição de maior número de túbulos dentinários na dentina intertubular onde não
precisa remover tanto mineral quanto na peritubular;
 Por sua vez, a dentina que está mais profunda e próxima da polpa é totalmente diferente
daquela que fica mais próxima ao esmalte e reagem diferentemente aos adesivos;

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 A dentina que está próxima à polpa tem maior volume de fibras colágenas e matéria
orgânica. Para complicar a adesão, pesa também a profundidade da cavidade porque o
sistema adesivo teria que alcançar essa camada para efetivar a adesão a esse nível. Além
disso, pesa também a configuração (direção) dos canalículos dentinários, fato que pode
favorecer ou desfavorecer a adesão;
 Quanto aos espaços odontoblásticos (prolongamentos), não se sabe como reagem ao
ataque ácido;
 O tipo de cavidade também conta. Os ácidos não funcionam bem na dentina das cavidades
classe V. Por isso, mesmo que desnecessariamente tem que ser removida parte da dentina
da parede axial dessa cavidade por ser extremamente mineralizada. Só assim pode se obter
melhor ataque ácido.

Classificação dos adesivos:

 Não é importante, mas há uma série de marcas comerciais que modificam a composição
dos produtos adesivos, classificando-os em categorias diferentes quanto à composição
química e quanto á localização da dentina na qual será utilizado.

Adesão em esmalte:

 O funcionamento da adesão no esmalte se dá devido ao preliminar preparo ácido da


superfície para que, uma vez removidos minerais da estrutura do esmalte, a resina possa
ser sobreposta logo em cima;
 Buonocore foi o primeiro cientista a desenvolver a técnica do ataque ácido sobre o
esmalte, em 1950;
 Desde então a adesão em esmalte é uma técnica muito confiável e não há dúvidas quanto á
efetividade;
 Ao longo da espessura do esmalte ocorrem diferentes níveis de adesão. Superficialmente
forma-se uma camada de esmalte desmineralizado mais áspero porque o ácido teve maior
ação nesse local. Mais profundamente fica mais liso porque não há boa penetração do
ácido;
 O esmalte não possui o componente água e por isso não é tão crítico na quebra da adesão.

Imagem microscópica da aplicação do adesivo:

 Microscopicamente, a imagem vista após o ataque ácido mostra que decorre da ação
desmineralizadora do ácido sobre o esmalte e dentina a formação de um espaço para a
penetração do adesivo;
 O adesivo não penetra em toda a profundidade do espaço removido pelo ataque ácido,
porque possui em sua formulação íons de H que são macromoléculas;
 Mesmo que se faça um ataque ácido mais prolongado o adesivo não penetra em todo a
profundidade. Ao microscópio é vista a área onde houve penetração do selante e abaixo
desta, a área livre de adesivo;
 Pode-se dizer que há três zonas distintas no desenho microscópico do sistema de adesivo:
- são zonas claramente visíveis correspondentes a esmalte/dentina selados pelo adesivo

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(superficial), dentina atacada pelo ácido mas não preenchida pelo selante (intermediária),
e a mais profunda contendo imagens de pedras de dentina desorganizada;
 Com aumento maior observa-se que, quando do uso de adesivo com carga, estas penetram
mais profundamente (macrotegs e microtegs);
 A penetração do adesivo no espaço em que foi removida a hidroxiapatita não ocorre
através de reações químicas, apenas mecanicamente. Pode ser afirmado que não existe
adesão química como se pensa.

Caso clínico de adesão em esmalte:

 O sistema de adesão foi utilizado em cavidade tipo Classe V;


 Essa é uma cavidade na qual encontra-se uma estrutura mineral esclerosada, lisa e difícil
de se obter uma boa configuração para o sistema de adesão;
 Ao microscópio a dentina encontrada nas lesões cervicais se apresenta bem compactada
na região peritubular;
 A broca carbide diamantada é a eleita para o preparo desta cavidade;
 Após preparo e limpeza da cavidade pode ser feito o bisel;
 As brocas produzem uma camada de smear layer que se deposita na superfície do preparo.
É uma camada levemente aderida à superfície e formada por hidroxiapatita, água, fibras
colágenas e micoorganismos se estes estiverem presentes;
 Aplica-se ácido simultaneamente em esmalte e dentina – é o que se chama de
condicionamento total;
 Ao aplicar o ácido o smear layer desaparece; o mesmo não ocorre com as fibras de
colágeno . Permanecem 2 a 4 micrômetros de fibra de colágeno;
 As fibras de colágeno não desaparecem porque são minimamente afetadas pelo ácido;
 Abaixo da smear desaparecida ficam fibras colágenas soltas e abaixo desta forma-se uma
zona desmineralizada;
• A forma de funil da penetração do ácido desfaz os minerais e forma uma zona híbrida em
volta dos canalículos;
 Se entendemos a adesão como substituição de alguma coisa, temos que colocar outra coisa
para substituir o mineral removido pelo ácido – o adesivo;
 O primer é o segundo componente da adesão e é basicamente uma substância que possui
duas polaridades. Uma fica interna à estrutura química e tem afinidade por água e a outra
é externa e não apresenta afinidade por água;
 O lúmem dos canalículos fica aberto porque a função do primer é formar uma camada
junto às fibras colágenas. A porção que gosta de água se liga à dentina e a que não gosta
vai se ligar ao adesivo;
 Sobre a camada de primer coloca-se o adesivo acompanhando a própria camada do
primer;
 Polimerizar o adesivo durante 10 a 20 segundos é um passo importante (parecer do
palestrante) para impedir deslocamento do produto quando da contração de polimerização
da resina, apesar dos fabricantes dizerem desnecessário fotopolimerizar o primer.

Acompanhamento do caso clínico ao microscópio:

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• O acompanhamento do caso facilita a compreensão do processo físico químico que ocorre
durante a restauração em resina. É possível entender que em cada fase pode haver uma
série de complicadores que podem causar desde sensibilidade a insucesso da restauração;

 Esta camada de depósitos superficial (smear layer), quando vista ao microscópio em corte
longitudinal apresenta dois aspectos: no topo da superfície a camada de smear layer e mais
profundamente a smear plug;
 Ao microscópio, em um corte longitudinal é possível ver túbulos dentinários tamponados
e outros abertos com maior ou menor penetração de selante;
 Ao microscópio o lúmem dos túbulos fica maior e a smear layer desaparece na superfície,
assim como a smear plug;
 O formato dos túbulos é cônico ao microscópio;
 Na verdade pouco importa se a resina penetra ou não profundamente nos canalículos
porque o importante é alcançar 4 micrômetros onde há anastomoses entre os canalículos;
• A zona híbrida é formada também nos canais colaterais atingidos pelo ácido;
• No topo da zona híbrida, ao microscópio eletrônico, vê-se claramente fibras colágenas
encapsuladas por resina;
• No final da zona híbrida não são detectados tantos espaços porque não se consegue
penetração na proporção que o ácido alcança;
• Por isso que a adesão na dentina não é tão confiável quanto no esmalte. Mesmo no
esmalte o adesivo não consegue uma penetração completa, mas o fator favorável é que
não há presença de água.

 Seqüência das camadas da restauração:

 Dentina não atacada pelo ácido;


 Camada de adesivo;
 Mistura de resina mais adesivo sobre a camada mais compacta inferior;
 Incrementos de resina;
 Resina na superfície da cavidade.

Reações químicas envolvidas:

 Há a formação de uma zona híbrida abaixo da camada onde se misturam o adesivo com as
fibras colágenas. Na zona híbrida ocorre a deposição de cristais de hidróxido de cálcio;
 A reação do adesivo trata-se do encapsulamento micromecânico de fibras colágenas e de
cristais de hidróxido de cálcio;
 Se observarmos a zona híbrida vemos que a mesma permanece intacta. Se pensarmos na
cárie como um ataque ácido proveniente de microorganismos, podemos inferir que a zona
híbrida funciona como proteção ao contínuo ataque.
• encapsulamento das fibras colágenas e o fato das anastomoses entre os túbulos serem
preenchidos por resina é que formam a adesão.

Classificação dos adesivos e como conseguir as melhores adesões com os produtos


disponíveis no mercado:

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Classificação de acordo com a aplicação clínica
• Adesivo total:
• Na técnica do adesivo total utiliza-se em seqüência o ácido, o primer e o
adesivo;
• Usa-se o ácido antes da aplicação do adesivo;
• É apresentado no comércio em combinação 2 e 3 passos;
• Quando a apresentação é em 2 passos tem-se o ácido + o primer e o
adesivo combinados;
• Exemplos de adesivo de 3 (três) passos: Al bond II, Scott bond multi
uso;
• Exemplos de adesivo de 2 (dois) passos: Single bond, Opt bond, Opt
bond II.

Ação do adesivo Self line:

 Dissolve a smear layer ;


 Não existe a etapa de ataque ácido primeiramente;
 As indústrias combinam o primer e o ácido em um frasco só;
 Penetram juntos na estrutura dental o ácido e os monômeros do primer;
 No comércio encontram-se combinações de 1 ou 2 passos;
 A formulação para um passo é fácil de compreender e prático de utilizar pois o frasco é
único;
 Na técnica de dois passos utiliza-se inicialmente o frasco único e acima desta inclui uma
camada de adesivo separadamente;
 Exemplos de adesivos de 2 (dois) passos – Clean Fill;
 Exemplo de adesivo de um só passo – Prompt.

Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de adesivos:

• Os melhores resultados alcançados são com adesivos de 3 (três) passos. Têm se mostrado
melhores que os de dois passos e self line;
• Os adesivos de dois passos têm a vantagem de reduzir as etapas, serem mais sensitivos e
reduzir também as chances de erro;
• O adesivo de dois passos tem menor número de frascos e gera menor confusão;
• O solvente tem que ser totalmente evaporado, o que ocorre nos adesivos de dois passos
mais facilmente que nos adesivos de três passos;
• Os adesivos de ácido total têm chances das fibras colágenas entrarem em colapso;
• A espessura do filme do adesivo de três passos é maior e melhor que no de dois passos.

Vantagens e desvantagens das diferentes técnicas de adesivos:

• No self line não importa permanecer 15, 20 ou 30 segundos a mais na aplicação do ácido,
pois não haverá diferença na área desmineralizada;

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• Nesse também não é preciso preocupar com a água, pois não é aplicado o ácido
isoladamente, então não precisa retirá-lo com água e consequentemente não necessitamos
calcular o volume de água a secar e/ou a deixar.

Classificação segundo a técnica do condicionamento ácido:

• Ataque ácido total:

• O sistema de ataque ácido total, como o próprio nome revela é uma


técnica de condicionamento de esmalte e dentina;
• Marcas encontradas no mercado – Single bond da 3M.

• Self Eteching:

• Nesse sistema como o ataque ácido é feito junto com o primer, ele
incorpora na smear layer;
• O papel da smear layer na adesão ainda não é conhecido. Somente as
pesquisas científicas nos próximos anos poderá descobrir;
• Marcas comerciais: Prompt, L - Pop, Clean fill.

Observação na microscopia eletrônica:

• No uso do self line a camada híbrida é menos espessa;


• No self line não há tanta penetração quando comparada ao ataque ácido convencional;
• Para o total etch (simultânea aplicação ácida na dentina e esmalte) existe a expressão same
etchant que significa – é o mesmo ácido, o substrato é diferente, então o esmalte deve ser
condicionado por mais de 15 segundos e a dentina por pouco menos;
• Nunca o ataque ácido deve ultrapassar os 15 segundos.

Ácidos:

• Quanto menor ph do ácido, maior a área desmineralizada;


• Não se pretende um ataque ácido profundo na dentina;
• As concentrações diferentes produzem diferentes áreas de desmineralização;
• De acordo com a espessura, quanto mais viscoso, melhor a penetração;
• O tempo de ataque é muito importante. Se dobrarmos o tempo dobrará a área
desmineralizada;
• As vezes, quando medimos milímetros parece ser inexpressivo, mas em adesão é muito
importante;
• É muito difícil conseguirmos fazer o ataque total por ser difícil lavar apenas a dentina
decorridos os 15 segundos, sugere-se aplicar o ácido no esmalte primeiro e depois na
dentina. Mas sabe-se que alguma parcela desse ácido vai contactar com a dentina em
determinadas áreas;
• Nessas áreas a aplicação do adesivo acaba sendo por mais tempo;

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• Se dobrarmos o tempo de contato do ácido com os tecidos deve ser dobrado o tempo da
aplicação do adesivo e dobrar o número de camadas do mesmo;
• Se o tempo de exposição aproximar a um minuto, desaparece a relação com o tempo de
aplicação do adesivo.

Adesão em áreas molhadas (Wet bonding):

• O conceito básico desta adesão é deixar a dentina úmida;


• Essa técnica previne a colabação das fibras colágenas, porque quando o ácido remove
a hidroxiapatita o colágeno pode colabar.

Tipos e uso do primer:

• O primer pode conter como solvente a água, álcool ou acetona;


• Nos esquemas de primer com acetona é extremamente importante que a dentina contenha
água;
• Os sistemas álcool + água vão remolhar a dentina para que haja infiltração do primer, por
isso não é tão importante a dentina estar molhada;
• Se a dentina se secar, pode ser reumidecida para continuar a técnica, pois se a dentina
secar não haverá infiltração do adesivo;
• Alguma empresas têm o reumidecedor da dentina, porém pode-se tranqüilamente ser
usada água, sem perder tempo e dinheiro;
• A questão é: O quanto deve ser molhada?
• A melhor indicação clínica é que você deixe a superfície brilhante sem água empoçada
nos cantos do preparo;
• Para os profissionais que têm dúvida e insegurança quanto à quantidade de água é
aconselhado o esquema do primer álcool ou água;
• Em experiência científica foi observado que para rehidratar a dentina demora o dobro do
tempo que leva para desidratar;
• Clinicamente se você tem que rehidratar calcule o tempo que essa dentina ficou seca. Isso
ocorre geralmente quando estamos trabalhando em quadrante;
• O ácido é um íon de H bem pequeno. Na água temos dois H e um O2 e mesmo a água não
consegue atingir a penetração;
• O álcool e a acetona ficam “caçando” a água, mas suas moléculas são maiores. Por sua
vez, as partículas de resinas são maiores ainda. Essa é a fragilidade de todos os sistemas
de adesão.

• Aplicação dos adesivos:

• Clinicamente procuramos fazer tudo que é possível para obter maior penetração do
adesivo;
• Os microbush são indicados porque você pode agitar o adesivo sobre a dentina auxiliando
sua penetração. Se deixarmos o primer infiltrar sozinho é mais difícil ele conseguir;
• Sem agitação do microbush não há penetração do primer nas ramificações dos canais, o
que pode ser comprovado na microscopia eletrônica;

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• Agitando o microbush facilita a evaporação do álcool ou acetona o que é um fator
positivo. Se o álcool ou a acetona penetram até a zona híbrida irão perturbar a
acomodação da resina e causar hipersensibilidade;
• A sensibilidade está associada a duas situações mais comuns:
• Não evaporar o solvente;
• Deixar o ataque ácido por longo tempo.
• O mesmo não ocorre no esmalte. Essa área não deve ser massageada quando da aplicação
do primer;
• Aplicam-se várias camadas do solvente;
• O jato de ar deve ser bem cuidadoso para não remover o primer;
• Clinicamente constatamos que o solvente do primer está evaporando quando o primer já
está bem brilhante;

Adesivos com carga e sem carga:


A qual dar preferência?

 Existem aspectos favoráveis e outros desfavoráveis dos adesivos com carga;


 A grande vantagem de incluir a carga é que entre a dentina e a resina forma uma
camada menos rígida que amortece o stress da contração de polimerização;
 Se aplicado o adesivo de carga em excesso torna-se mais difícil remover o solvente;
 A sua espessura pode prejudicar a justaposição de uma RMF ou coroa, por exemplo;
 Devemos ter cuidado com o marketing dos adesivos com carga e de outros materiais
odontológicos. Não quer dizer que o novo produto do mercado é uma melhoria dos
velhos;
 A indústria responsável pela fabricação do adesivo Primer Bond assegura que o
mesmo possui partículas chamadas nanofillers que penetram na zona híbrida. Porém
ainda não temos certeza que isso ocorre.

Microscopia dos adesivos com carga e sem carga:

 À microscopia é possível ver que partículas de cargas grandes e menores penetram na


camada híbrida.

Conclusões do debate:

• Na utilização do sistema adesivo deve-se dispensar no pote uma boa gota do primer.
Molha-se a microbush e o leva sobre a área condicionada pelo ácido;
• A teoria do ataque ácido sem proteção pulpar é controvertida. Alguns estudos demonstram
que se estivermos a 1mm da polpa, o ácido pode causar necrose pulpar. Mesmo o preparo
cavitário pode causar a necrose, mas parte dos estudiosos acha que causa injúria e outra
parte afirma que é inócuo à polpa;
• Sobre esse assunto os estudos realizados não têm protocolos muito definidos. As vezes
ocorre que a pesquisa em dentes de animais não considera que os dentes possam já estar
contaminado. Assim, os microorganismos são os causadores das injúrias e não o ácido;

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• Para fixação de próteses unitárias usualmente tem sido usado adesivo com componente
dual, cimento com componente dual ou cimento adesivo fotopolimerizável. Porém a
experiência tem demonstrado que apenas o cimento dual tem garantido a reação;
• Sempre que removemos a restauração, removemos junto a adesão antiga, de maneira que
todo o processo de ataque ácido e uso do sistema de adesão deve ser refeito para que o
profissional possa ter segurança no trabalho.

Pulp Capping:
Adesivos para capeamento pulpar:

• Não há pesquisas na área;


• É extremamente controvertido;
• Não há evidências de sua eficiência;
• Os estudos existentes foram feitos a curto prazo, o que não garante que ao longo de 4 a 5
anos a polpa possa sofrer reações;
• Ainda é indicado o uso do hidróxido de cálcio como melhor protetor pulpar;
• Pesquisa em macacos expondo a polpa e comparando a reação à aplicação de adesivos e
do hidróxido de cálcio. Porém as pesquisas não consideram que as polpas dentais nos
animais são hígidas, enquanto na cavidade bucal de humanos a polpa não está hígida, há
sempre injúrias prévias;
• Na exposição pulpar mecânica o tratamento conservador pode ou não ter bom
prognóstico. Geralmente as posteriores necroses pulpares ocorrem naqueles dentes onde já
existia a injúria microbiana por cárie presente;
• Quando ocorre exposição pulpar mecânica a primeira iniciativa é mais difícil: parar o
sangramento. É indicada a utilização de bolinha de algodão e pressão local. Há autores
que defendem a hipótese de que se o sangramento for contínuo e vermelho é sinal de que
já está envolvido um processo inflamatório e a contaminação. Mas para outros (inclusive
o palestrante) não há essa relação;
• Uma vez parado o sangramento, deve ser colocado hidróxido de cálcio para fazer a
proteção pulpar e subsequente ataque ácido que costuma causar novo sangramento. Usa-se
a bolinha de algodão novamente;

Amálgamas adesivos:
Na Universidade de Ayo todos os amálgamas são feitos sobre adesivo por:

 Propósito de selar dentina. Prime Bond somente sela a dentina, não adere ao amálgama;
 Adesão ao amálgama – adesivos especiais devem ser usados (Increase retention). Podem
reduzir a sensibilidade térmica por isolamento;
 Não há evidencias dessa redução da sensibilidade.

Sumário:

 Infelizmente as indústrias, como se fossem indústrias de computadores, estão lançando


muitos. produtos Exemplo disso é o Prime Bond substituído pelo Prime Bond II, Prime
Bond IIL e finalmente Prime Bond T;

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 Com isso não se confere um tempo propício para experimentar o produto e Ter confiança
e segurança das respostas orgânicas, pois até que se tenha algum resultado aquele produto
já saiu do mercado;
 A maior parte dos adesivos tem a mesma química, o importante é controlar a técnica, ou
seja, pode ser eleito um adesivo comum e a partir daí usá-lo até adquirir domínio em sua
técnica;
 Na verdade há muito marketing em torno dos adesivos;
 Um dos referenciais utilizados para detectar a evaporação do solvente é observar a camada
superficial que para de se movimentar.

Passos essenciais:

 Os incas já possuíam técnicas interessantes de osteointegração entre tecidos e materiais


em cirurgias gerais. No entanto, apesar de toda a evolução não conseguimos ainda fazer
uma restauração dental durar mais de dez anos;
 Nunca ultrapasse o tempo de condicionamento ácido: para a dentina deve ser de 15
segundos e para o esmalte um pouco mais;
 Aplicar o ácido inicialmente sobre esmalte e depois sobre a dentina. Como não há
separação visível entre as duas estruturas, sempre vai haver áreas de dentina
superatacadas. A tática é hiper molhar com o primer;
 O passo seguinte é retirar o solvente para polimerizar o adesivo.

Qual é o futuro?

 Marketing – um problema é que o cirurgião dentista não sabe se o material está sendo
retirado do mercado porque está sendo melhorado ou porque estava trazendo problemas;
 Introdução ultra rápida de variedade de materiais;
 Teremos cada vez menos passos – a tendência é a indústria oferecer mais comodidade
para o uso dos sistemas adesivos;
 Os novos produtos conferirão maior rapidez na técnica;
 Um dos problemas é a contração da dentina que desloca o solvente. Para o futuro as
indústrias estarão fabricando novas modalidades de produtos, minorando esta
inconveniência;
 Material restaurador auto adesivo.

Adesão do ionômero de vidro:

 Deve ser feito condicionamento superficial com ácido fraco;


 O ácido é tão fraco que a smear plug permanece intacta no canalículo;
 Há formação de íons de H e Ca e os íons negativos unem-se ao Ca+, ocorrendo assim
adesão química;
 Na interface entre material e esmalte parte do ionômero penetra nos canalículos e
promove, mesmo que reduzida, alguma adesão mecânica;
 Quando o H ataca o Ca há formação de camada híbrida também.

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Hipersensibilidade dentinária:

 É comum a queixa de hipersensibilidade quando usamos adesivos;


 É observada principalmente em exposição dentinária e cárie de colo;
 Caracteriza-se por dor intermitente produzida por estímulos térmicos e elétricos;
 Não são consideradas patologias;
 O motivo é que os túbulos dentinários estão expostos na raiz e com o nosso
envelhecimento há exposição radicular e os túbulos vão sendo expostos ao meio bucal;
 A comunicação das células odontoblásticas transmite a reação à polpa. Ocorrem
movimentos dos fluidos intracanaliculares;
 Cerca de 14 a 30% da população tem hipersensibilidade;
 É mais comum entre 30 a 40 anos;
 Ligada a absorção fisiológica e exposição fisiológica.

Dessensibilizantes dentinários:

 O modo de ação desses produtos é bloquear os canalículos para não passar o estímulo;
 O outro modo é evitar que o estímulo chegue à polpa.

Produtos dessensibilizante no mercado:


O argumento é que esses produtos protegem as células odontoblásticas;

 Super Seal;
 Gluma;
 Help Gluma + água.

O outro argumento é que esses produtos reduzem a permeabilidade da dentina:

 Seal & protect;


 Hurriseal;
 Gluma desenstizer;
 Dentina Sense 2.

Conclusões de recentes estudos:

 O uso da resina reduz 30% da hipersensibilidade;


 O uso de Gluna reduz 40% da hipersnsibilidade;
 O uso do Descence 2 reduz 50% da hipersensibilidade;
 O Super Seal reduz 97% da hipersensibilidade e tem sido utilizado rotineiramente na
Universidade de Ayo.

Reação do dessensibilizante ao microscópio:

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 No caso do Super Seal o produto não sela apenas superficialmente os túbulos como ocorre
com os demais. Há uma penetração no túbulo dentinário que reduz o fluxo dos líquidos
responsáveis pela transmissão da dor aos odontoblastos;
 Na verdade ocorre a penetração de cristais da substância na luz do túbulo;
 O Gluma está no mercado há muito tempo, mas não alcança penetração tão profunda
como o Super Seal;
 O Seal Protector é a base de resina. Para que sua penetração funcionasse bem haveria
necessidade do ataque ácido e formação de microporos. No entanto, na técnica da
dessensibilização dentinária não é indicado o condicionamento ácido;
 Os componentes químicos do Descence 2 tornam-se parecidos com uma couve flor, sendo
que essa morfologia os impede de penetrar nos canalículos;
 Há alguns vernizes com alta concentração de flúor que são eficazes para dessensibilizar
dentina;
 Outras alternativas de tratamento seriam a utilização de pastas dentais apropriadas como a
Sensodyne e a aplicação tópica de flúor com maior concentração (33%);
 Há relato de utilização de moldeira com hidrato de potássio durante o dia, associada ao
uso de sensodyne ou flúor tópico.

Clareamento dental:

 Nos EUA quem conduz esse tratamento é o Técnico Dental;


 Realizado durante 2 (duas) a (três) semanas;
 Há diferentes protocolos para o paciente:
 Todas as noites;
 Três horas ao dia;
 De duas em duas noites (caso de hipersensibilidade).

Indicações:

 Manchas de alimentos;
 Fluorose marrom;
 Traumatismos.

Observações:

 Os clareamentos caseiros (Home Bleaching) são de simples técnica;


 As farmácias e supermercados americanos oferecem esse produtos por um preço mais
acessível, porém não vêm acompanhados pela moldeira individual. Muitas pessoas
compram o produto barato no supermercado e fazem a moldeira no dentista;
 No caso da fluorose de mancha branca o agente clareador não atua nas manchas
propriamente ditas, no entanto age sobre o esmalte normal deixando-o mais claro e
promovendo uma melhoria na estética;
 Os produtos clareadores apresentam usualmente 10 a 16% de peróxido de carbamida;

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 Manchas de tetraciclina são removidas ou reduzidas;
 O O2 é que causa o clareamento. Há formação de uréia;
 Existem dentes resistentes ao clareamento. A chave é o diagnóstico. Quanto mais velho o
paciente mais difícil de se obter o clareamento. Nos pacientes jovens ocorre maior índice
de sucesso;
 As manchas marrons são mais fáceis de serem clareadas que as cinzas (como as de
tetraciclina);
 O manchamento por tetraciclina exige tratamento clareador que se estende por 3 (três) a
(cinco) meses;
 Os dentes com tratamento endodôntico apresentam uma resposta diferente ao
clareamento. A área cervical desses dentes clareia em uma proporção imprevisível e
variável nas pessoas. Estas regiões são mais difíceis de serem clareadas;
 A opção pelo clareamento pode ser limitada aos dentes que o paciente indica e queixa, ou
pode ser de pré a pré molar.

Técnicas:

 Em geral pode-se usar um clareador mais fluido, mas caso o paciente tenha bruxismo a
melhor opção é um material mais espesso;
 Uma das referências que se utiliza para avaliar a necessidade de clarear é comparando a
cor dos dentes com o branco dos olhos;
 Feita a moldeira, sua borda deve ser alisada com disco de feltro para reduzir o trauma nos
tecidos moles. Um dos fatores mais importantes é a confecção da moldeira e seu preparo e
acabamento para evitar irritação gengival;
 A espessura da moldeira utilizada nos EUA (1,0 a 1,5mm) é maior que no Brasil, para que
a mesma possa ser utilizada mais de uma vez. Além disso a moldeira fina sofre distorções
mais facilmente se o paciente a lava em água morna;
 Quando o clareamento é realizado em um só dente, a moldeira deve ser confeccionada e
nela a parede dos dois dentes vizinhos deve ser recortada;
 Devem ser feitos os reservatórios na vestibular dos dentes na moldeira, para acomodar a
solução clareadora;
 Antes de iniciar o clareamento deve-se registrar a cor do dente para confronto posterior
com o resultado;
 Sugere-se que seja feita uma arcada de cada vez. Essa técnica proporciona uma prazo
maior de tratamento durante o qual o clareamento vai se estabelecendo, porque o
clareamento ocorre a longo prazo;
 Pacientes que optaram por clarear as duas arcadas de uma só vez mostraram-se
insatisfeitos com a cor alcançada. Porém o que ocorre é que em curtos prazos não dá
tempo para ser alcançado o clareamento;
 É esperado que ao término do clareamento o paciente seja acompanhado constantemente
para fazer os retoques. Por isso aconselha-o a acondicionar o kit na geladeira para que de
dois em dois meses ele mesmo utilize a moldeira com o clareador por duas noites
consecutivas e volte com o material para a geladeira;

Instruções ao paciente:

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 Nunca garantir o resultado;
 Avisar ao paciente que o clareamento pode gerar dois tons diferentes;
 Nunca beber ou comer enquanto está com a moldeira;
 Nunca clarear dois arcos ao mesmo tempo;
 Compare com o arco oposto.

Efeitos colaterais:

 Hipersensibilidade;
 Inflamação gengival;
 Mulheres que pintam o cabelo;
 Há casos de irritação de garganta.

Efeitos inócuos:

 Esmalte, dentina e polpa são preservados;


 Pode ser usado sobre porcelana e resina;
 Os efeitos colaterais cessam após o término do tratamento.

Contra indicação:
 Fumantes porque associadas ao tabaco substâncias químicas do clareador tornam-se
carcinogênicas.

Clareamento de dentes não vitais:

 Nesses casos é indicado o clareamento endógeno;


 Não se usa mais o superoxol ou outro tipo de substância química clareadora à base de H,
porque foi constatado que causam reabsorções;
 Tem sido usado o Hylife e outros compostos de pó e água com base no peróxido de H a
35% como curativo intracanal durante 4 (quatro) a 5 (cinco) semanas, porém o nível de
sucesso é baixo.

Clareamento a Lazer – caso clínico:

 Foi realizada a técnica convencional de aplicação da substância clareadora sobre os dente


e incidência do lazer por 6 (seis) semanas consecutivas (exceto sábados e domingos),
período em que se atingiu o máximo clareamento;
 A aplicação era repetida subseqüentemente por 3 (três) vezes em cada sessão;
 Foi feito sob isolamento absoluto;
 Houve uma resposta positiva por duas a três semanas e depois ocorreu escurecimento
dental.

Microabrasão:

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 É uma técnica utilizada para remoção de pequenas manchas;
 Inicialmente faz-se a mistura de pedra pomes com ácido clorídrico a 10%, não havendo
necessidade de comprar o kit para microabrasão;
 A mistura deve ser aplicada duas a três vezes sobre a mancha com a taça de borracha;
 Deve ser feito sob isolamento absoluto;
 Deve ser feito polimento e muito lavado antes de retirar o isolamento evitando contatos do
ácido com outras estruturas bucais, porque o ácido é muito forte.

Associação de clareamento caseiro com microabrasão:

 É chamada técnica de Power Print;


 Existem várias marcas no mercado;
 Não é recomendada (pelo palestrista) porque o resultado é igual ao clareamento comum.
Resinas posteriores Classe II:

 A Odontologia estética iniciou-se com o clareamento dental e atualmente faz parte de um


contexto global, ou seja, em todo o mundo está desenvolvendo os conceitos estéticos
associado ao tratamento dentário. É um assunto comum em todos os países atualmente;
 A mídia reinvindica muito a estética. Inclusive hoje já não se fala em lipoaspiração e sim
lipoescultura. Dentes brancos e lábios grossos dão a impressão de pessoa saudável;
 Nos EUA entre as 145 coisas melhores para a beleza está o clareamento dental;
 Nas revistas americanas normalmente adquiridas nas bancas são usualmente encontradas
reportagens sobre estética dental, clareamento, laminado de porcelana, cirurgias gengivais
estéticas, entre outros. A estética odontológica é encontrada até na Iternet;
 Há diferença entre estética e a cosmética. A estética é relativa ao estudo da beleza. É um
conceito abstrato não havendo limites para sua definição. Além disso cada indivíduo a
percebe de uma forma diferente;
 A cosmética é qualquer tipo de substância colocada no corpo humano;
 A importância da estética e cosmética nos EUA está associada a:
 Demografia;
 Influência;
 Atributos físicos;
 Consumo;
 Lipo sculping;
 Todas as partes externas e internas do corpo.

Classificação das resinas:

 Há várias formas de classificar as resinas dentárias e há muitas resinas no mercado que se


encaixam em várias classificações;
 Podem ser classificadas de acordo com:
 Tipo de partícula;
 Tamanho das partículas;
 Viscosidade do material.

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Quanto ao tipo de partículas:

 Resinas de micropartículas:

 Possuem partículas de sílica de 0,0 a 0,4 Mm;

 Resinas híbridas:

 Mistura de partículas de sílica com partículas de outro material, de


0,04m;
 Possuem inúmeras indicações;
 Possuem boas propriedades físicas;
 Garantem um bom polimento;
 Não devem ser trabalhadas com pincéis e sim com instrumentos;
 São chamadas de microhíbridas.

Quanto ao tamanho das partículas:

 Resinas do tipo convencional – são maiores que 0 Mm – Ex. APH;


 Resinas modificadas
 Híbrida – Ex. Steox 0,1 a 1,0 Mm;
 Micropartícula – 0,04Mm.

Quanto à viscosidade:

 Resinas Flow;
 Resinas convencionais;
 Resinas condensáveis (packable).

Resinas Flow:

 São como cimentos resinosos;


 Possuem viscosidade mais baixa porque são formadas por partículas de carga em menor
número;
 Existem diferentes viscosidades entre elas;
 Algumas escorrem demais dificultando sua manipulação;
 Uma de suas utilidades é para forramento de Classe II (utilidade preferida do palestrante);
 Deve ser radiopaca para permitir o controle de cárie;
 Podem ser híbridas (Heliomolar) ou de micropartículas (Revolution);
 São geralmente indicadas para Classe V.

 Quando devemos usar resina Flow:

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 Classe V pequenas;
 Forrador na Classe II para remover retenção;
 Indicadas por alguns estudiosos para Classe I de pequenas proporções, porém sabe-se que
há desgastes do material durante a oclusão.

 Convencionais – Durafill é a mais comuns no comércio;

 Resinas Packable:

 São chamadas condensáveis porque esta é uma de suas vantagens;


 Não substituem o amálgama;
 Não têm a mesma resistência que o amálgama;
 Não podem ser condensadas e sim colocadas em camadas;
 A maioria se apresenta na forma híbrida;
 Possuem matriz de bis GMA – carregada com partículas;
 Possuem contração de polimerização de 69%, a flow de 67% e a convencional 68%;
 Segundo a indústria a restauração pode ser feita em um só incremento, porém a
experiência clínica fala que os incrementos devem ser de 2mm e a cada um deve ser
realizada a fotopolimerização;
 Possibilitam melhor escultura do ponto de contato;
 São caras e possuem grande conteúdo de carga;
 São radiopacas;
 Não escoam muito;
 O tamanho das partículas é de 15 Mm, como ocorre na Adaptic, usada por longo tempo;
 Durante a restauração podem ser usados anéis para permitir uma compensação para o
ponto de contato.

Marcas comerciais:

Alertic;
Piramic.

O papel da morfologia dental na estética:

 Os dentes têm em composição variada e os componentes têm teor orgânico diferentes;


 O esmalte é muito translúcido, então, pode ser colocada uma resina translúcida na última
camada de uma restauração para imitar o esmalte dentário;
 Se o dente correspondente possui mamelões, estes devem ser esculpidos na restauração;
 Considerar que o esmalte não é muito fluorescente, mas a dentina é;
 Precisamos observar muito os dentes para fazer a restauração mais parecida possível;
 Observar que a área mais translúcida dos dentes anteriores não é a incisal e sim um pouco
acima;
 Os dentes anteriores dos indivíduos adultos e idosos não têm tanta translucidez incisal;

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 Há diferentes texturas na superfície vestibular de dentes anteriores que devem ser imitadas
na restauração;
 Há muitas diferenças entre o dente do jovem, do adulto e do idoso nos aspectos estéticos;
 Devemos procurar saber o comportamento físico – químico dos materiais para eleger o
mais indicado;
 Já existem no comércio resinas para restaurações estéticas de dentes submetidos a
clareamento;
 A escala é como um livro. Os materiais têm sua própria escala, mas se comparamos, por
exemplo, três escalas de cores a resina A1 terá tonalidade diferente nelas;
 As resinas Herculite e Sterec são ideais para utilizar nos dentes anteriores;
 Experiências mostram grandes diferenças entre a fluorescência na Herculite e XRVD.

Esthetic X (Caulk):

 Tem cores opacas e translúcidas;


 Possui cores de clareamento;
 É muito aceita no mercado;

Point. 4 (Kerr):

 É considerada bom material;


 Não tem o tom opaco;
 Possui somente o translúcido que é para o esmalte;
 Pode ser associada ao opaco XRV da Herculite;
 É assim chamada por causa do tamanho das partículas.

Vitalescence (Ultradent):

 Bom material, mas difícil de ser esculpido;


 Possui a maior variedade de cores;
 São apresentadas no comércio em tubos;
 Não são encontradas em doses;
 Possui cores extremamente translúcidas, por isso indicadas para situações selecionadas;
 Devido à alta translucidez não podem ser usadas em grandes espessuras.

Filtek A – 110 (3M):

 Substitui a Silux Plus;


 Excelentes cores extra para as cervicais;
 Para as restaurações Classe III indica-se a utilização de três cores diferentes desse
material;
 Com essas três cores fazemos qualquer tipo de restauração cervical;
 Apresenta cores de esmalte e cores de dentina;

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 Apresenta cores incisais, amarelas e mais escuras.

Durafill VS (Kulzer):

 Está há mais de 25 anos no mercado;


 É a mais fácil de manipular;
 Porém é a mais frágil;
 A Heliomolar radiopaca é uma boa indicação para Classe II.

Materiais de acabamento:

 Pasta de polimento – Enamelise;


 Discos Soflex;
 Lâmina de bisturi nº 12;
 Brocas carbide:
 Forma de chama;
 Forma arredondada;
 Forma de bola.

Técnica para o polimento de resinas:

 Os discos Soflex possuem quatro tipos diferentes de granulações e são usados em


seqüência de acordo com a cor – vermelho (Red Sof lex), azul (Blue Due Comp), cinza
(Gray Due Comp), Flex Buf;
 As brocas carbides são diamantadas e são usadas para remover porções maiores de resina
na superfície lingual até obter um contato atramáutico com o antagonista;
 Na superfície lingual são utilizadas principalmente as forma de chama, arredondada e
forma de bola;
 As brocas são usadas também para os casos em que se quer produzir uma ondulação na
superfície vestibular imitando as próprias reentrâncias dentais;

Restauração Classe II – seqüência de um atendimento:

 Os pacientes têm pedido a troca de materiais de restaurações antigas por resina, mas a
escolha do material depende da oclusão do paciente e também da necessidade de substituir
cúspides, principalmente as de trabalho;
 Para a eleição de uma resina o paciente não pode ter bruxismo;
 Para a escolha do material deve ser considerado que os dentes posteriores (molares)
sofrem mais desgaste que os mais anteriores, em seqüência : 2º molares mais que 1º
molares, mais que 2º pré molares ...;
 A resina flow nunca pode ser levada ao ângulo cavo superficial e em área de contato;
 Para fazer resina é imprescindível o uso de isolamento absoluto;
 Grampos Dentsply, 3M, ou Palodent podem ser utilizados porque são bem recomendados;

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 O grampo compositise 3M possui as pontas do anel bem presas e, com isso, mantém boa
estabilidade durante o trabalho;
 Cuidado com os grampos porque muitos deles à medida que vão sendo utilizados vão
perdendo a flexibilidade e deteriorando sua função;
 Há inúmeros tipos de matriz no mercado;
 A matriz seccionada da Paliodent é mais espessa e deforma menos que as demais;
 Não pode haver separação entre a matriz e o dente;
 O uso da cunha não pode ser dispensado;
 No mercado odontológico há boas cunhas como a Primer;
 O anel deve ficar posicionado entre a cunha e a matriz para empurrar a cunha e ajustar a
matriz ao dente;
 O ataque ácido não deve ultrapassar os 15 segundos (para o esmalte um pouco mais);
 O adesivo deve ser levado à cavidade com o auxílio de uma microbush em movimento de
agitação para facilitar a penetração nos túbulos;
 Cada incremento de resina deve ser polimerizado por 20 segundos;
 No primeiro incremento usa-se a resina Flow;
 Para dente anterior o último incremento vai ser uma resina incisal;
 Após a restauração remove-se o anel, matriz e cunha;
 Inicia-se o polimento da restauração com o disco Soflex vermelho para contornar a crista
marginal e remover excessos nas superfícies Vestibular e Lingual. Em seqüência as
granulações devem ir reduzindo, até chegar no Flex buf;
 Para dentes posteriores não deve ser usado o Flex buf para não deixar com alto brilho;
 A lâmina 12 de bisturi é utilizada para retirar excesso de material no ângulo cavo
superficial;
Comentários do debate:

 Nas resinas as partículas são arredondadas o que reduz o stress;


 O efeito da redução das partículas de carga – pequenas mudanças geram grandes
diferenças na viscosidade. Reduzindo a carga ocorre uma tendência a contrair um pouco
mais;
 A força de contração é que tem importância e não a quantidade do material, ao contrário
do que se pensa. Quanto mais alto o módulo de elasticidade, mais rápida e com maior
força é a contração. E são justamente os que possuem maior volume de carga;
 Resina de menor carga pode ser colocada na base da restauração para amortecer as
pressões;
 Para dar clareamento na cervical daqueles dentes tratados de canal que sofreram um
escurecimento mais acentuado nessa região do colo dental, coloca-se guta percha branca
no interior da câmara, na direção cervical do dente. Ela dará por transparência maior
claridade;
 Anteriormente a cervical era preenchida com ionômero de vidro, mas a experiência não
foi boa pois, quando havia necessidade de refazer o tratamento de canal havia dificuldades
para a remoção do material e ocorriam muitas perfurações de soalho de câmara;
 O isolamento é indispensável na realização da resina. Se não conseguirmos isolar o dente
não devemos fazer a resina;
 O adesivo padronizado na Universidade de Ayo é o Single Bond;
 Existem quatro métodos diferentes de polimerização de resinas:

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 Método do modo continuado – polimerização constante por 20
segundos;
 Método rampante – inicialmente 10 a 15 segundos com intensidade
baixa de luz, a partir daí vai a 800mwatts;
 Método exponencial – inicia com 50mwattz e termina com 800 mwattz;
 Pulso retardado - É chamado de pulso retardado o tipo de polimerização
da resina composta na qual a incidência da luz é mais lenta. Decorrerá uma
menor velocidade de contração e menor chance de ruptura. São 3 segundos
com alta intensidade, depois faz-se o polimento normal da resina e retorna
para completar a polimerização.

Fonte de luz de polimerização:

 A luz azul é necessária;


 Pack lights – têm intensidade altíssima de luz – 800 000 watts;
 Halógena – 400 watts;
 Lazer – muito intensa. O Bike lights é um tipo de lazer que só emite luz em um único
comprimento de onda Só que ativa apenas a canforaquinona. Hoje as resinas têm outros
tipos de iniciadores;
 LDL lights - não é filamento. É encontrada nos relógios de pulso, quando acendemos para
ver as horas. São eficientes e não têm bulbo. A unidade de polimerização é do tamanho de
uma caneta. Ainda estão sendo trabalhadas.

Restauração Classe III – caso clínico:

 Faz-se o preparo da restauração com o bisel não muito longo;


 Condicionamento ácido e posteriormente o adesivo após remoção do ácido;
 Coloca-se o primeiro incremento na matriz e leva-o ao dente;
 Esse incremento pode ser de resina translúcida cor incisal (preferência do palestrante);
 Deve ser escolhida uma resina híbrida para a parte lingual;
 A concha lingual é feita com a matriz de modo que, ao remover a matriz, já tem a
superfície lingual pronta. Isso evita também problemas de contato traumático na oclusão;
 Com um instrumento adequado (IPC) coloca-se uma camada mais espessa de resina no
bisel e no ângulo cavo superficial;
 Ao polimerizar o segundo incremento, a borda do preparo da cavidade não deve ser visto
mais, ou seja, a resina deve tampar esta zona;
 Para despistar esse limite a resina deve ultrapassá-lo;
 Com o terceiro incremento termina a restauração usando a matriz de celulóide;
 Puxar a matriz com rapidez no final do trabalho;
 Antes de polimerizar aconselha-se fazer o alisamento da superfície com pincel para dar
acabamento.

Restauração Classe IV - caso clínico:

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 Antes de iniciar a restauração deve ser feito um polimento para remover manchas;
 Faz-se a seleção de cor olhando-se a porção média do dente e utilizando uma escala Vita;
 Utilizar o máximo de luz natural durante a escolha da cor;
 Escolhe o tom e usa uma ou duas tonalidades mais escuras;
 Se for difícil escolher a cor na escala Vita, pode também ser feito o teste com a própria
resina. Polimeriza uma pequena porção no meio do dente. Escolhe primeiro a tonalidade
cervical e depois as dos lados direito e esquerdo;
 Ao fazer o bisel não devemos esquecer de biselar a margem gengival do preparo;
 Utilizar instrumentos específicos (placing instruments) – pincel nº 1 para as margens, nº 2
para as superfícies vestibular e lingual, e outros instrumentos específicos;
 Pode ser utilizada uma matriz de silicone;
 Nesse caso específico as resinas escolhidas foram:
 1º incremento – Herculite R2 incisal;
 2º incremento – Universal A1;
 3º incremento – Universal A2 porque a escala indica a seqüência;
 É muito impotante como o profissional mescla esses materiais;
 Para criar efeito mamelão não devemos fazer linha reta na borda incisal da restauração.
Deve ficar ondulado para dar o aspecto mais natural;
 Para fazer o halo incisal nesse caso foi colocado pigmento branco como último
incremento na borda incisal.

Laminados de resina – caso clínico:

 O paciente queria alinhar os dentes;


 O trabalho podia ser feito em resina sem necessidade de envolver ortodontia;
 A oclusão era estável;
 Com os modelos montados no articulador faz-se o preparo, guia anterior e faz a matriz;
 No paciente faz-se o isolamento absoluto;
 Coloca-se o fio retrator;
 Coloca-se incrementos na matriz dos dois incisivos centrais ao mesmo tempo;
 Delineia o comprimento com a própria resina;
 Marca os mamelões;
 Preenche toda a vestibular com resina;
 Faz o alisamento com pincel;
 Após os incisivos centrais parte-se para laterais e caninos.

Comentários do debate:

 O polimento final pode ser dado na mesma sessão, sem necessidade de esperar sete ou
quinze dias como sugerem outros autores. O cuidado é para não gerar calor. Sem calor a
contração de polimerização não forma os gaps;
 Outro cuidado a ser tomado é para não incluir bolhas ao dobrarmos as camadas de resina
sobre elas mesmas.

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MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA

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