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Economia Colonial

INTRODUÇÃO

“Essa sociedade herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia,


mas acrescentou-lhes sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das
ocupações, raça, cor e condição social, diferenciação esta resultante da realidade vivida
na América.”

O colonialismo consiste num sistema bipolar: o pólo colonizador (a Metrópole) e o


pólo colonizado (a Colônia). As origens, as estruturas econômicas, sociais, políticas e
ideológicas e o significado das formações coloniais são condicionados pelos interesses e
ações de suas Metrópoles. A importância metodológica desse conceito é que nunca
podemos iniciar o estudo da história de uma colônia a partir dela própria, pois, em
primeiro lugar, faz-se necessária a compreensão das razões pelas quais certas nações
precisaram colonizar áreas periféricas.

Diversos países europeus buscavam acumular metais, bem como acumular produtos
em busca de obter uma balança comercial favorável. Ocorreu que a política
mercantilista de um país entrava diretamente em choque com a de outro país igualmente
mercantilista. Em outras palavras, os objetivos mercantilistas de um eram anulados
pelos esforços do outro.

Percebendo o problema, os condutores do mercantilismo concluíram que a solução


seria cada país mercantilista dominar áreas determinadas, dentro das quais pudesse ter
vantagens econômicas declaradas. Surgiram, então, com grande força, as idéias
colonialistas. Seu objetivo básico era a criação de um mercado e de uma área de
produção colonial inteiramente controladas pela metrópole.

O Sistema de Exploração Colonial

Até o século XVI, os europeus preocupavam-se essencialmente com o comércio de


especiarias da Ásia a da África _regiões onde já existia uma produção organizada_
limitando-se à compra e venda das mercadorias. A partir daquele século, houve um
declínio nesse tipo de comércio. As monarquias européias e os mercadores passaram a
participar diretamente da organização da produção nas colônias americanas, formando o
sistema colonial.

As colônias eram vistas como instrumento do poder das metrópoles. A organização


da produção colonial se fez de acordo com a política econômica do mercantilismo,
tendo como objetivos o fortalecimento do Estado nacional e a acumulação de riquezas
monetárias nas mãos das burguesias européias. Cada metrópole européia preocupava-se
fundamentalmente em manter a posse de suas colônias.

Toda administração colonial tinha como centro a própria metrópole, sendo sua
finalidade básica garantir a produção, a preços baixos, dos artigos não produzidos por
ela (matérias-primas e gêneros tropicais) e servir como mercado consumidor dos
manufaturados metropolitanos a preços mais altos.

O papel dessas colônias era servir como instrumentos geradores de riquezas para as
metrópoles. Não se permitia às colônias ter objetivos internos ou projetos de
desenvolvimento próprios. Eram os interesses econômicos da metrópole que
condicionavam os rumos da vida colonial, sendo autorizadas na colônia apenas
atividades que permitissem a exploração de suas riquezas

Sociedade Colonial

Nos dois primeiros séculos de colonização, a população brasileira é formada por


colonos brancos, escravos negros, índios aculturados e mestiços. Aumentando
lentamente, ela povoa uma estreita faixa litorânea, onde se concentram as grandes áreas
produtoras de açúcar, algodão e tabaco. Com o desenvolvimento da mineração de ouro e
diamante, a partir do século XVIII, a população se expande nas regiões das minas em
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso e avança pelo interior, nas regiões da pecuária.

Baseada na agricultura voltada para o comércio externo, na grande propriedade e no


trabalho escravo, a sociedade colonial é agrária, escravista e patriarcal. Em quase toda
colônia, é em torno da grande propriedade rural que se desenvolve a vida econômica e
social. Os povoados e as vilas têm papel secundário, limitado a funções administrativas
e religiosas. Somente a partir da expansão das atividades de mineração é que a
sociedade urbana se desenvolve na colônia, com algumas características tradicionais,
como a escravidão, e características novas, como o maior número de funcionários,
comerciantes, pequenos proprietários, artesãos e homens livres pobres.

A sede das grandes fazendas, ou do engenho, é o maior símbolo do poderio


absoluto dos senhores de terras. A família da casa-grande é numerosa: são muitos
filhos, tanto legítimos como ilegítimos, parentes, agregados, escravos e libertos. Todos
respeitam a autoridade doméstica e pública do senhor, ao mesmo tempo pai, patriarca
e chefe político. Essa é a estrutura familiar das regiões da monocultura tropical,
escravista e exportadora. Com ela convive a chamada família nuclear, bem menor,
formada quase sempre pelo casal e por poucos filhos, quando não apenas por um dos
pais e as crianças. Típica das regiões de produção pouco importante para o mercado
externo, essa organização familiar predomina em São Paulo e áreas adjacentes à
mineração.

A sociedade colonial apresenta outra característica, importante desde o início, mas


que se intensifica com o tempo: a miscigenação. Misturando raças e culturas na
convivência forçada pelo trabalho escravo dos índios e dos negros africanos, a
sociedade colonial adquire um perfil mestiço, personificado pelo mulato (branco
europeu e negro africano) e pelo caboclo (branco e índio). Essa miscigenação
condiciona as relações sociais e culturais entre colonizadores e colonizados, gerando
um modelo de sociedade original na colônia, heterogêneo e multirracial,
aparentemente harmônico, sem segregação interna. Na verdade, porém, ela não
disfarça as desigualdades estruturais entre brancos e negros, escravos e livres, livres
ricos e livres pobres, que não acabam nem mesmo com a abolição da escravatura, no
final do século XIX.
A Base Econômica da Colonização

O açúcar era a base da economia. Ao contrário dos espanhóis, os portugueses não


tiveram a sorte de topar, logo de inicio, com minas de metais preciosos. Por isso, a fim
de não perderem a posse da terra, foram forçados a optar pela colonização de base
agrícola. E nisso Pernambuco foi um importante modelo.

Os portugueses não eram propriamente inexperientes na cultura açucareira pois já a


praticavam nas ilhas do Atlântico (Açores e Cabo Verde).

O açúcar é de origem indiana. Na época das Cruzadas ele foi introduzido na Europa
e chegou a ser produzido, embora em escala modesta, na Sicília (sul da Itália). Trazido
da Índia, o açúcar es distribuído por Veneza. Devido á sua raridade e ao seu elevado
preço, o açúcar era comprado e consumido em pequenas quantidades.

A grande revolução no mercado açucareiro ocorreu com a produção das ilhas do


Atlântico, cuja distribuição na Europa foi dada à Holanda, que, assim, quebrou o
monopólio veneziano. É nesse contexto que irá se dar a produção brasileira.

O engenho não era apenas o local de fabrico do açúcar. Por esse termo entendia-se a
grande lavoura, que era uma unidade produtora típica da colônia, em que se produzia
não apenas o açúcar, mas tudo mais de que se necessitava.

De acordo com Antonil – jesuíta do inicio do século XVIII –, havia dois tipos de
engenho: os engenhos reais, movidos á água, e os trapiches, que utilizavam tração
animal (cavalos e bois).

O engenho era composto por casa-grande, senzala, casa do engenho e capela. A


casa-grande era a residência do senhor de engenho. A senzala era a habitação dos
escravos. Um engenho de porte médio contava com cinqüenta escravos; nos grandes, a
cifra subia para algumas centenas. Muitos engenhos possuíam destilarias: local de
produção de aguardente usada no escambo de escravos na África. Alguns existiam
exclusivamente para esse fim: as engenhocas ou molinetes, de proporções menores e
menos dispendiosas.

As terras do engenho eram formadas por canaviais, pastagens e áreas dedicadas ao


cultivo de alimentos. A parte destinada ao cultivo da cana era dividida em partidos,
explorados ou não pelo proprietário. No segundo caso, as terras eram cedidas aos
lavradores, que eram obrigados a moer sua produção no engenho do proprietário. Eram
as chamadas fazendas obrigadas, nas quais o lavrador recebia apenas a metade da sua
produção em açúcar e ainda pagava o aluguel pela utilização da terra.

Existiam também os lavradores livres, proprietários de suas próprias terras, que


moíam a sua cana em qualquer engenho, mas ao preço de deixar nas mãos do senhor de
engenho a metade do açúcar produzido. Os lavradores livres e de fazendas obrigadas
não eram camponeses, mas senhores de terras e escravos e, como tais, pertenciam à
camada dominante da sociedade.
A Crise do Antigo Sistema Colonial

O declínio da mineração no Brasil coincide, no plano internacional, com a crise do


Antigo Regime. Fazendo um balanço de toda a exploração colonial do Brasil, chegamos
à melancólica conclusão de que Portugal não foi o principal beneficiário da exploração
colonial.

Os benefícios da colonização haviam se transferido para outros centros europeus em


ascensão: França e, em especial, Inglaterra. De fato, o século XVIII teve a Inglaterra
como centro da política internacional e pivô das mudanças estruturais que começavam a
afetar profundamente o Antigo Regime. Como nação vitoriosa na esfera econômica, a
Inglaterra estava prestes a desencadear a Revolução Industrial, convertendo-se na mais
avançada nação burguesa do planeta.

A visível transformação econômica foi acompanhada, na segunda metade do século


XVIII, por uma ebulição no nível das idéias. Surgiu o Iluminismo e, com essa filosofia,
uma nova visão do homem e do mundo. Por trás de todo esse movimento, encontrava-se
a burguesia, comandando a crítica ao Antigo Regime e, portanto, à nobreza e ao
absolutismo.

Referência Bibliográfica

Abreu, Edriano. SABER HISTÓRIA. Disponível em:


www.saberhistoria.hpg.ig.com.br/nova_pagina_115.htm

Enciclopédia Brasileira- História, 2001. Disponível em:


http://br.geocites.com/vinicrashbr/historia/brasil/sociedadecolonial.htm

WIKIPÉDIA, A enciclopédia livre. Disponível em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Colonialismo

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