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DIREITO TRIBUTÁRIO

Introdução ao
01 Direito Tributário

01.1 – Direito Tributário

Noções Gerais
Conceito de Direito Tributário:
Direito Tributário é o ramo do Direito Público que disciplina as relações entre o Estado e o particular
no campo da imposição, fiscalização e arrecadação de tributos (impostos, taxas, contribuições de
melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições sociais).

Autonomia do Direito Tributário:


O Direito Tributário é considerado ramo autônomo do Direito, pois preenche os requisitos para ser
considerado como tal uma vez que possui objeto próprio de estudo (disciplina dos tributos e relações
jurídica a eles pertinentes), assim como princípios e institutos próprios.

Instituto ! No direito, instituto consiste na disciplina integral de uma determinada relação jurídica.

Princípio ! Princípio é uma proposição diretora, a qual todo desenvolvimento seguinte deve estar
subordinado.

O Código Tributário Nacional:


As principais regras sobre o Direito Tributário são encontradas na Constituição Federal e na Lei nº
5.172, de 25 de outubro de 1966, denominada Código Tributário Nacional. Essa Lei adquiriu o status
de lei complementar quando a Constituição de 67 passou a exigir tal instrumento legal para o fim de
estabelecer normas gerais de Direito Tributário, dispor sobre conflitos de competência nessa matéria,
entre União, estados e municípios e regular as limitações ao poder de tributar. O Código Tributário
Nacional foi também recepcionado pela Constituição Federal de 1988 como lei complementar
(Constituição Federal, art. 146) e assim, apesar de lei ordinária em seu aspecto formal, o CTN hoje só
pode ser revogado ou alterado por uma lei complementar.

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Fontes do Direito Tributário
Fontes Materiais:
É o conjunto de fatos econômicos que acabam por ensejar a criação de uma legislação para atender a
regulamentação tributária.

Fontes Formais:
Encontramos as fontes formais do Direito Tributário no conjunto de normas e estudos que incidem
sobre os fatos e situações existentes. As fontes formais podem ser diretas ou indiretas. As fontes
indiretas são a doutrina e a jurisprudência. As fontes diretas podem ser classificadas em principais
(ou primárias) e fontes formais secundárias.

1) Fontes formais primárias:


São as leis em sentido amplo, nas suas várias formas legislativas. Compreendem:
a) a Constituição Federal e suas emendas;
b) as leis complementares;
c) as leis ordinárias;
d) as leis delegadas;
e) as medidas provisórias;
f) os decretos legislativos; e
g) as resoluções.

2) Fontes formais secundárias:


São os atos normativos administrativos como os decretos regulamentares, regulamentos, circulares,
instruções e normas complementares. Incluem-se ainda, os costumes administrativos e os convênios
entre órgãos estatais.

Relação do Direito Tributário com Outros Ramos do Direito


Direito Constitucional:
O primeiro e mais importante ramo com que está relacionado o Direito Tributário é o Direito
Constitucional. A Constituição, além de dedicar um capítulo inteiro ao sistema tributário, contém
diversos princípios e limitações ao poder de tributar.

Direito Civil:
O Direito Civil, pelas normas que fornece para a sua aplicação e interpretação, guarda uma estreita
relação com o Direito Tributário. O CTN, por exemplo, trata da restituição de tributos indevidamente
pagos, preceito inspirado na figura do enriquecimento sem causa prevista no Código Civil.

Direito Penal:
O Direito Penal pune diversas condutas relacionadas com o Direito Tributário, como o contrabando,
descaminho, sonegação e a apropriação indébita.

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01.2 – Princípios Constitucionais Tributários

O Sistema Tributário Nacional


A idéia de sistema pressupõe uma estrutura lógica e organizada de elementos de tal sorte que a
alteração em um deles causa uma modificação no todo. O sistema nacional tributário é pertinente às
regras referentes aos tributos. Conforme disposto no art. 2º do CTN, o sistema nacional tributário
deve ser entendido como o conjunto de instituições dotadas de poder conferido pelo Direito
Tributário, de regras tributárias de caráter constitutivo ou interpretativo da legislação e, mesmo, de
práticas tributárias aceitas pelos órgãos e entidades da Administração Pública, desde que, no seu
relacionamento possam produzir efeitos na vida econômica das pessoas como conseqüências de
ordem tributária. Encontramos as diretrizes do sistema tributário nacional na Constituição Federal
(arts. 145 a 156) aplicando-se complementarmente as regras gerais do CTN. É no sistema
constitucional tributário que encontramos os princípios e os limites ao poder de tributar.

Princípio da Estrita Legalidade


Princípio da Legalidade:
Há um princípio constitucional geral que diz que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei. A simples aplicação desse princípio leva à idéia de que
ninguém seria obrigado a pagar tributo que não viesse antecedido de lei.

Princípio da Estrita Legalidade:


Acontece, entretanto, que esse princípio é reforçado em matéria de tributação. Daí surgiu o que os
autores chamam de princípio da estrita legalidade. O princípio da estrita legalidade (art. 150 da
Constituição Federal) diz que só a lei pode instituir ou aumentar tributo.

Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.

Exceções:
Conforme o art. 153, § 1º da Constituição Federal, os impostos sobre importação, exportação,
IPI e IOF poderão ter suas alíquotas alteradas por ato do Poder Executivo (decreto).

Lei Complementar:
Via de regra a lei para criar, extinguir, aumentar ou reduzir tributo é ordinária, mas há duas exceções,
onde se é exigido lei complementar:
" empréstimo compulsório: pode ser instituído somente através de lei complementar;

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" impostos provenientes da competência tributária residual da União (Constituição Federal, art.
154, I): tais impostos somente serão instituídos ou aumentados por lei complementar.

Medida provisória pode criar ou aumentar tributo?


Teoricamente não poderia a medida provisória criar ou aumentar tributo, pois não é lei na
acepção estrita do termo, uma vez que não resulta de processo legislativo, pois é editada pelo
Presidente da República e apenas tem força de lei. Contudo, a Emenda Constitucional nº 32,
de 11 de setembro de 2001, alterou a redação do art. 62 da Constituição Federal, trazendo a
possibilidade de instituição ou majoração de tributo por medida provisória. Atualmente,
portanto, pode a medida provisória criar ou aumentar tributo.

Princípio da Anterioridade
Noções Iniciais:
Os tributos devem ser conhecidos com antecedência pelos contribuintes, possibilitando que estes
possam planejar sua vida financeira com razoável antecedência. Assim, de acordo com o princípio da
anterioridade, nenhum tributo pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que foi instituído
ou aumentado. Um tributo criado em agosto, por exemplo, terá que aguardar o mês de janeiro do
próximo ano para ser cobrado.

Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
CONSTITUIÇÃO Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
FEDERAL ................................................................................................................................................................
III – cobrar tributos:
................................................................................................................................................................
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou:

Princípio da Anualidade:
O princípio da anterioridade não deve ser confundido com o princípio da anualidade. O princípio da
anterioridade sucedeu ao princípio da anualidade, que, na verdade, não mais existe, embora seja
freqüentemente referido. O antigo princípio da anualidade era mais exigente que o da anterioridade.
Por ele, tornava-se necessário que cada tributo, para ser cobrado, tivesse sido previsto na lei
orçamentária elaborada e aprovada no exercício antecedente ao da cobrança.

Medidas Provisórias:
A medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos
nos arts. 153, I, II, IV, V e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se
houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

Exceções:
São exceções ao princípio da anterioridade (Constituição Federal, art. 150, § 1º):
" a instituição de empréstimos compulsórios para atender as despesas extraordinárias decorrentes
de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (CF, art. 148, inciso I);
" a possibilidade de serem alteradas as alíquotas de certos impostos (imposto de importação,
exportação, IPI e IOF) por ato do Poder Executivo;
" os impostos extraordinários (CF, art. 154, inciso II).

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Contribuições Sociais:
Existe ainda outra exceção à aplicação do princípio da anterioridade em relação às
contribuições sociais previstas no art. 195 da Constituição. Em relação a estas, vale somente a
disposição constitucional que exige um prazo de 90 dias para que tais contribuições possam
ser cobradas (CF, art. 196, § 6º), chamado de princípio da anterioridade nonagesimal.

Amplitude do Princípio da Anterioridade:


A anterioridade tributária é exigida apenas para instituição ou majoração de tributo já existente, não
sendo aplicada a outras modificações na estrutura do tributo, como por exemplo, a data de
recolhimento, como é o entendimento do Supremo Tribunal Federal.

SÚMULA Nº 669 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:


Norma legal que alterou o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao
princípio da anterioridade.

Noventena:
Além do princípio da anterioridade, existe um prazo mínimo de 90 dias (nonagesimal) exigido para a
cobrança de tributo após a sua instituição. Este prazo busca promover uma maior segurança jurídica,
evitando-se as hipóteses em que o tributo era instituído às vésperas da virada no ano. Assim como já
existia para as contribuições sociais, como já visto, foi estabelecido o mesmo prazo para os tributos,
através da Emenda Constitucional nº 42, de 31 de dezembro de 2003, só que ao contrário das
contribuições sociais, a instituição dos tributos deve obedecer o prazo mínimo de 90 dias e observar
também a regra da anterioridade.

Exceções à Regra da Noventena:


São exceções à regra da noventena (Constituição Federal, art. 150, § 1º):
" a instituição de empréstimos compulsórios para atender as despesas extraordinárias decorrentes
de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (CF, art. 148, inciso I);
" a possibilidade de serem alteradas as alíquotas de certos impostos (imposto de importação,
exportação, IPI e IOF) por ato do Poder Executivo;
" a fixação da base de cálculo do IPVA e do IPTU.

Verificamos que em relação à regra da noventena foram feitas quase as mesmas exceções
impostas aos princípios da legalidade e anterioridade, havendo, entretanto, pequenas
diferenças. É importante observar que:
" o IPI está sujeito à regra da noventena, mas não ao princípio da anterioridade;
" o Imposto de Renda está sujeito ao princípio da anterioridade, mas não à regra da
noventena.

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Princípio da Isonomia
O princípio da isonomia vem previsto na Constituição de forma geral (art. 5º, caput, e seu inciso I) e
especificamente para a cobrança de tributos (art. 150, inciso II), sendo previsto que não se deve dar
tratamento desigual a contribuintes que se encontrem em situações equivalentes, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. É assegurado desta forma, aos
contribuintes, um tratamento jurídico uniforme em relação aos demais.

Princípio da Irretroatividade
Este princípio estabelece a proibição de cobrar tributos sobre fatos geradores ocorridos antes da
instituição ou aumento de tributos, ou seja, a lei tributária só vale em relação a fatos geradores
ocorridos depois do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado (CF, art. 150,
III). Admite-se, porém, a retroatividade quando favorecer o contribuinte, chamada de retroatividade
benéfica (CTN, art. 106).

Princípio da Uniformidade Geográfica


Os tributos têm que ser uniformes quando instituídos pela União. A União não pode beneficiar ou
privilegiar uma região do País em relação à outra.

Art. 151 – É vedado à União:


CONSTITUIÇÃO
FEDERAL I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção
ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro,
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

Princípio da Não Cumulatividade


Este princípio é alcançado subtraindo-se do imposto devido na operação posterior o que foi exigível
na anterior. Não é um princípio geral, são próprios da sistemática de cobrança do IPI e ao ICMS. As
normas constitucionais prescrevem para o IPI que seja abatido em cada operação o montante cobrado
nas anteriores, e para o ICMS, que nas operações realizadas por produtores, industriais e
comerciantes, se abata, nos termos do disposto em lei complementar, o valor cobrado nas anteriores
pelo mesmo ou por outro Estado.

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Princípio da Capacidade Contributiva
Capacidade Contributiva:
Os tributos devem ser graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, ou seja, leva-se
em conta em uma relação jurídica tributária a capacidade de pagar tributos de um contribuinte.
Conforme o art. 145, § 1º da Constituição Federal, sempre que possível (em tese, nem todos os
impostos estão sujeitos à este princípio), os impostos terão caráter pessoal (deverão ser analisados
perante a identificação individual) e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à Administração Tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Art. 145 - ..............................................................................................................................................


CONSTITUIÇÃO
FEDERAL § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Capacidade econômica não é a mesma coisa que capacidade financeira. Capacidade


econômica é a capacidade da pessoa de prover recursos para pagar seus impostos. Capacidade
financeira é a disponibilidade momentânea de recursos para pagar o tributo.

Abrangência do princípio:
Aplica-se o princípio da capacidade contributiva:
" aos tributos tributos vinculados e não vinculados;
" aos tributos diretos e indiretos;
" aos impostos pessoais e reais.

Princípio da Progressividade
É o princípio segundo o qual as alíquotas devem ser crescentes conforme se eleva a base de cálculo
do tributo. Conforme o art. 153, §2º, inciso I da Constituição Federal o Imposto de Renda deve ser
progressivo.

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01.3 – Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

Confisco

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
CONSTITUIÇÃO Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
FEDERAL
................................................................................................................................................................

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

De acordo com o estabelecido, veda-se a utilização do tributo de maneira excessivamente onerosa, a


ponto de caracterizar violação ao direito de propriedade. O tributo deve ser razoável e não excessivo,
protegendo-se o contribuinte da perda da propriedade em decorrência de uma tributação exagerada.

Há dificuldade na conceituação e caracterização da expressão “confisco”, sendo analisado


cada caso concreto.

LImitação de Tráfego

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
CONSTITUIÇÃO Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
FEDERAL
................................................................................................................................................................

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou


intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder
Público;

Existe a proibição constitucional aos entes tributantes de estabelecer limitações ao tráfego de pessoas
ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.

Procedência ou Destino

CONSTITUIÇÃO
FEDERAL
Art. 152 - É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Não é permitido aos Estados, Distrito Federal e Municípios estabelecer diferença nos tributos de bens
e serviços face sua origem ou destino.

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Imunidades

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
CONSTITUIÇÃO Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
FEDERAL
................................................................................................................................................................

VI - instituir impostos sobre:


a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

................................................................................................................................................................

§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas


pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda
e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços
ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto
relativamente ao bem imóvel.

§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a
renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

Noções Iniciais:
Imunidade é uma vedação ao poder de tributar estabelecida no texto da Constituição Federal, que
impede seja este poder exercido em situações específicas que seriam, em princípio, passíveis de
tributação. Embora nunca utilize a expressão “imunidade tributária”, a Constituição exclui
diretamente a pessoa ou a situação da possibilidade de tributação.

Imunidades Subjetivas ou Objetivas:


As imunidades são classificadas doutrinariamente em subjetivas e objetivas. A imunidade subjetiva é
aquela que leva em conta a pessoa que deve recolher o tributo, já a objetiva é concedida em razão de
uma situação ou uma coisa, como é o caso da imunidade dos livros.

Imunidades de Impostos:
Os casos previstos no art. 150, VI da Constituição não são hipóteses de imunidade absoluta (relativa
a todos os tributos), são casos de imunidade previstos exclusivamente para os impostos. Outros
tributos, como as taxas e as contribuições, podem incidir sobre o patrimônio, renda ou serviços
dessas pessoas. Veremos a seguir cada uma das hipóteses de imunidade:

A Imunidade recíproca dos entes estatais (art. 150, VI, “a”):


A imunidade recíproca, tendo como fundamento o princípio federativo, impede as pessoas
políticas de instituir impostos uma das outras. O § 2º do art. 150 complementa a regra,
estabelecendo que a imunidade recíproca é extensiva às autarquias e às fundações instituídas

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e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidade essenciais ou às delas decorrentes. Assim, se se tratar de
exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, não
haverá imunidade.

B Imunidade religiosa (art. 150, VI, “b”):


Procura-se assegurar a liberdade de culto, eliminando qualquer possível empecilho, como os
impostos. O termo “templo” utilizado refere-se à qualquer entidade religiosa e de qualquer
religião. A regra é complementada pelo § 4º do art. 150, que diz que essa imunidade abrange
somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as suas finalidades essenciais.

Imunidade dos partidos políticos, sindicatos dos trabalhadores e das instituições


C de educação e de assistência social (art. 150, VI, “c”):
É vedada a instituição de impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Não
abrange sindicatos patronais, mas só de empregados. Em relação à cobrança do IPTU de
imóvel alugado, existe súmula STF sobre o assunto.

SÚMULA Nº 724 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:


Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer
das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja
aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

D Imunidade da imprensa (art. 150, VI, “d”):


Consiste na vedação de se cobrar impostos sobre livros, jornais e periódicos e o papel
destinado à sua impressão. Pelo entendimento jurisprudencial, a imunidade alcança qualquer
livro, jornal ou periódico, não importando o conteúdo, aplicando-se o conceito também às
listas telefônicas, cromos ilustrados, propagandas (desde que estejam impressas no corpo do
jornal ou periódico) e guias turísticos de cidades, mas não são imunes agendas, cadernos,
calendários, manuais de instrução, encartes publicitários independentes, CD-ROMs, fitas de
vídeo e DVDs.

Outros Casos de Imunidades:


Os principais casos de imunidade estão previstos no art. 150, inciso VI, da Constituição, porém não
são os únicos. Encontramos outros casos de imunidades no texto da Constituição e nem todos os
casos de imunidades se referem à impostos. São alguns casos:
" São imunes as entidades beneficentes de assistência social, que atendam às exigências
estabelecidas em lei complementar, da tributação pela União das contribuições sociais
destinadas ao custeio da Seguridade Social (CF, art. 195, § 7º).
" A imunidade das contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico sobre as
receitas decorrentes de exportação (CF, art. 149, § 2º, I).
" Imunidade do IPI das exportações de produtos industrializados no País (CF, art. 153, § 3º, III).

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" Imunidade do ICMS sobre as operações de exportação de produtos industrializados
internamente.
" Imunidade do ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial (CF,
art. 155, § 2º, X, “c”).
" São imunes de todos os impostos, exceto do ICMS, do imposto de importação e do imposto de
exportação, as operações relativas à energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados
de petróleo combustíveis e minerais do país.
" Imunidade do ITBI sobre as transmissões de bens ou direitos quando incorporados ao
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital ou quando decorrentes de fusão,
incorporação, cisão ou extinção da pessoa jurídica, desde que a referida pessoa jurídica não
desenvolva atividade de exploração mercantil do mercado imobiliário (CF, art. 156, § 2º, I).
" Imunidade do ITR das pequenas glebas rurais, quando exploradas por proprietário e sua família
(CF, art. 153, § 4º).
" Imunidade absoluta dos imóveis destinados à reforma agrária (CF, art. 184, § 5º).

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Questões de Concursos

Nas questões a seguir, assinale a alternativa que julgue correta.

01 - (Magistratura/SP – 177) O princípio da imunidade recíproca não beneficia, em regra,


( ) a) as autarquias e fundações mantidas pelo Poder Público.
( ) b) a União, Estados e Distrito Federal.
( ) c) os Municípios.
( ) d) os concessionários de serviços públicos, nem as empresas públicas e sociedades de
economia mista.

02 - (Magistratura/SP – 177) O princípio da não-cumulatividade é um atributo do


( ) a) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, imposto sobre operações de
crédito, câmbio e seguro, ou relativo a títulos ou valores mobiliários.
( ) b) imposto sobre produtos industrializados e imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e prestação de serviços.
( ) c) imposto sobre veículos automotores e do imposto sobre serviços de qualquer natureza.
( ) d) imposto sobre propriedade territorial rural e do imposto sobre propriedade territorial
urbana.

03 - (Magistratura/SP – 175) O princípio da capacidade contributiva, contido no § 1º do art. 145 da


Constituição Federal,
( ) a) escuda-se no princípio da isonomia.
( ) b) é atendido com a progressividade do imposto sobre a renda.
( ) c) é atendido com a aplicação de alíquota proporcional à base de cálculo.
( ) d) todas as alternativas estão corretas.

04 - (Magistratura/SP – 173) No que pertine aos princípios constitucionais tributários, é certo que
( ) a) o princípio da anualidade impede a cobrança de tributos no mesmo exercício
financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
( ) b) as contribuições sociais destinadas ao custeio da seguridade social, diferentemente das
contribuições de melhoria, estão sujeitas ao princípio da anterioridade nonagesimal.
( ) c) por força do princípio de estrita legalidade, a lei tributária não poderá alterar os
conceitos e as formas de direito privado.
( ) d) o princípio da uniformidade geográfica impede a concessão de incentivos fiscais
quando estes estiverem apenas voltados para a correção de desequilíbrios regionais.

05 - (Procurador da República - 21) Dispositivo de lei que altera, antecipando o prazo de recolhimento
de obrigação tributária:
( ) a) apenas tem aplicação no ano seguinte ao da data da sua edição;
( ) b) recai sobre as exações fiscais de imediato;
( ) c) incide a partir da vigência da lei desde que a alteração do prazo propicie algum
benefício ao contribuinte;
( ) d) implicando aumento do tributo, indiretamente, fica sobrestada a sua eficácia para o
ano seguinte ao da sua edição se se trata de tributo cujo lançamento é por
homologação.

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06 - (Procurador da República - 20)
Considerando o princípio da legalidade estrita em matéria
tributária, é certo afirmar que a criação de novos tributos ou a majoração dos existentes:
( ) a) pode ocorrer mediante edição de medida provisória;
( ) b) somente pode ocorrer mediante lei em sentido formal;
( ) c) pode ocorrer mediante edição de medida provisória somente se se tratar de taxa que
tenha base de cálculo própria de impostos;
( ) d) somente pode ocorrer mediante lei em sentido formal, de iniciativa do chefe do Poder
Executivo do ente político respectivo, a que a Constituição, atribui o poder de tributar.

07 - (Procurador da República – 20) A imunidade tributária do patrimônio e renda das instituições de


assistência social (Constituição Federal, art. 150, VI, c):
( ) a) alcança a renda de qualquer natureza e em qualquer circunstância;
( ) b) se aplica para afastar a incidência do IPTU sobre imóveis de propriedade dessas
instituições, ainda quando alugados a terceiros;
( ) c) na hipótese da alínea anterior (“b”) desde que a renda dos aluguéis seja aplicada em
suas finalidades sociais;
( ) d) na hipótese das alíneas anteriores (“b” e “c”), não incide a imunidade tributária porque
a natureza do imposto é real.

08 - (Procurador da República – 18) A Constituição vigente abre exceção ao princípio da não


cumulatividade no imposto sobre:
( ) a) rendas e proventos;
( ) b) exportação;
( ) c) serviços de qualquer natureza;
( ) d) circulação de mercadorias e serviços.

09 - (Procurador/GO– 8) No ordenamento jurídico nacional, identifica-se o Direito Tributário


positivo como:
( ) a) ramo do Direito Constitucional, porque depende da previsão da Carta Magna para sua
existência;
( ) b) ramo didaticamente autônomo, porque integra conjunto das proposições jurídico-
normativas que correspondem à instituição e arrecadação de tributos;
( ) c) ramo complementar do Direito Civil, porque disciplina a previsão legal das hipóteses
de cobrança compulsória de obrigação pecuniária;
( ) d) ramo didaticamente dependente do Direito Administrativo, porque regula
obrigatoriamente a ação do Estado para a cobrança de tributos.

10 - (Procurador/SC - 2005) Em atenção às limitações do poder de tributar, assinale a alternativa


correta, de acordo com a Constituição da República:
( ) a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos
sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, incluídas as autarquias, as
fundações e as empresas públicas destas entidades.
( ) b) É vedado à União cobrar impostos sobre produtos industrializados no mesmo
exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
( ) c) É vedado à União cobrar imposto sobre importação de produtos estrangeiros antes de
decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou.
( ) d) É vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios instituir impostos sobre
templos de qualquer culto, limitação essa, que compreende somente o patrimônio, a
renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais destas entidades.

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Gabarito

01.D 02.B 03.D 04.B 05.B 06.A 07.C 08.D 09.B 10.D

Bibliografia

■ CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL ■ CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E DE DIREITO


TRIBUTÁRIO TRIBUTÁRIO
Roque Antônio Carrazza Celso Ribeiro Bastos
Malheiros Saraiva

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Direito Tributário
01 – Introdução ao Direito Tributário

Atualizada em 10.08.2006

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