TRABALHO
Wolfgang Leo Maar
O trabalho social tem uma dupla "natureza": ele é tanto o trabalho envolvido no
processo de produção da sociedade em que se trabalha, que determina socialmente,
quanto o trabalho concreto na sociedade vigente, socialmente determinado.
"(...) os economistas burgueses, enredados nas idéias capitalistas, vêem sem dúvida
como se produz no interior da relação capitalista, mas não como se produz esta relação
propriamente dita (...)" (2).
Contudo o único acesso à "essência" ocorre pela via da aparência, que não é imagem
ilusória, mas forma real efetiva da essência. Isto é, o acesso ao trabalho como forma do
metabolismo entre os homens em sua vida social e a natureza, e que é produtor da
sociedade, ocorre a partir de uma apreensão crítica das formas sociais determinadas do
trabalho na sociedade vigente.
O sentido da questão da centralidade do trabalho está em sua relação com a sociedade.
Por mais que haja consciência das condições que, pela centralidade do trabalho na
formação social vigente, alienam os homens do próprio processo de trabalho,
subordinando-os ao mesmo em vez de possibilitar que, por seu intermédio, se formem
enquanto sujeitos; por mais que assim se delimitem com clareza as ações práticas
capazes de promover a transformação pretendida nesta relação entre sociedade e
trabalho como uma possibilidade objetiva; isso não basta. É preciso principalmente
estabelecer os nexos desse objetivo com a realidade efetiva. Só assim será possível
conferir materialidade à prática e não incorrer nos equívocos apontados acima.
Nessa medida cabe decifrar como a questão do trabalho e sua centralidade estão
presentes nas formas concretas e contraditórias da reprodução social vigente. Conforme
exposto a seguir, a sociedade do trabalho é determinada a partir de sua base econômica
pela perspectiva da acumulação do capital, e é determinante seja dos indivíduos que
atuam e trabalham na sociedade, seja das suas relações sociais, seja das suas relações
com a natureza. A partir dessa situação concreta, invertida em relação ao trabalho, o
mesmo precisará ser decantado como elemento contraditório essencial à reprodução da
sociedade por um prisma humano. Isto foi caracterizado por Kant em sua
Fundamentação da metafísica dos costumes, onde contrapõe a sociedade em que tudo
tem um preço e os fins são contrapostos aos homens e a sociedade em que se efetiva a
dignidade humana, onde os homens são fins em si mesmos.
Por esse prisma pode-se configurar, como contraponto à sociedade vigente do trabalho,
da formação social pela perspectiva do capital e suas determinações, uma configuração
da sociedade pela perspectiva do trabalho, um "modelo" de sociedade contraposto e
crítico em relação àquele do modo de produção capitalista.
De outro lado, ao mesmo tempo em que se sustenta em uma presença inexorável e cada
vez mais dominante do trabalho em sua forma social existente, mediando todas as
relações sociais, desenvolve também uma apreensão negativa desse trabalho nos termos
da dinâmica de suas contradições nas formas sociais vigentes – forças produtivas e
relações de produção – que conduzem, contraditoriamente, a um quadro de deterioração
das próprias relações com o trabalho.
Em suma: a tese da centralidade do trabalho, ao mesmo tempo em que postula uma
posição central para o trabalho na sociedade vigente e em seu dinamismo social, é
crítica em relação à sociedade do trabalho vigente e negativa em relação à
tendência evolutiva da mesma; tendência dominada pelo processo de acumulação
capitalista que aliena os homens do próprio processo de reprodução material de sua
vida.
A formação social assim constituída aparece no dia a dia como se fosse "objetiva", isto
é, como produto abstraído do processo de sua formação material, instalando-se como se
fosse a verdadeira "natureza" da sociedade.
"O capital é, ele próprio, a contradição em processo (porque) procura reduzir o tempo
de trabalho a um mínimo, ao mesmo tempo em que, de outro lado, dispõe o tempo de
trabalho como única medida e fonte da riqueza (...) Por um lado conclama à vida todos
os poderes da ciência e da natureza, bem como da combinação social e do intercâmbio
social para tornar a criação da riqueza (relativamente) independente do tempo de
trabalho neles aplicado. De outro lado pretende medir as enormes forças sociais assim
criadas pelo tempo de trabalho, e aprisioná-las nos limites exigidos para conservar como
valor o valor já criado."(6).
4.TRABALHO SEM DIALÉTICA? Por fim algumas questões para nós, brasileiros,
refletirmos. O tema da centralidade do trabalho possui no Brasil um sentido especial.
Em um país cujo nome é o de uma commodity, que se constituiu como Estado antes de
ser uma nação e onde o trabalho escravo era até ontem a forma social dominante de
geração de riquezas, a crítica ao trabalho nas formas sociais vigentes ou a defesa de sua
centralidade correm um risco não desprezível de se converterem em abstração cultural.
De uma parte, como a formação social se deu quase exclusivamente pelo Estado,
privilegiou construções sociais imediatamente a serviço da ordem vigente, sem maiores
contradições e sempre à procura posterior de uma base – ou, parafraseando Roberto
Schwarz em seu As idéias fora do lugar (8) – de um lugar para a organização posta
como idéia necessária aos estamentos dominantes em sua reprodução. O paradigma
escravista com sua violência estrutural, por sua vez, transitou sem freios à estrutura
social, de modo que atingem alturas quase inimagináveis as relações de dominação
imediata e direta exploratórias, seja no que concerne aos nexos sociais, seja no que se
refere aos nexos com a natureza em sua materialidade objetiva, seja no que diz respeito
às relações de trabalho. Em conseqüência, ocorre a proporcional redução dos direitos
sociais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Kant, I. Grundlegung zur metaphysyk der sitten. Hamburg: pg. 58. Felix Meiner,
1965. Ed. Brasileira: Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: pg. 65.
Martin Claret, 2002. Tradução do original pelo autor.
2. Marx, K.Capítulo sexto — inédito de O Capital. São Paulo: pg. 138 Centauro, 2004.
6. Marx, K. Grundrisse. Frankfurt am Main: Europäische, s/d – pg. 594; Ed. Inglesa:
Grundrisse. New York: Penguin, pg. 706. 1983.
"Uma formação social nunca perece antes que estejam desenvolvidas todas as
forças produtivas para as quais ela é suficientemente desenvolvida, e novas
relações de produção mais adiantadas jamais tomarão o lugar, antes que suas
condições materiais de existência tenham sido geradas no seio da mesma
velha sociedade. É por isso que a humanidade só se propõe as tarefas que
pode resolver, pois, se se considera mais atentamente, se chegará a
conclusão de que a própria tarefa só aparece onde as condições materiais de
sua solução já existem, ou, pelo menos, são captadas no processo de seu
devir."
"O que essas coisas ainda representam é apenas que em sua produção foi
despendida força de trabalho humano, foi acumulado trabalho humano. Como
cristalização dessa substância social comum a todas elas, são elas valores,
valores mercantis."
Sendo o exercício do trabalho em
qualquer regime econômico sucedido
ao longo da História um dispêndio
físico de energia, somente sob o
regime capitalista vamos encontrar na
força de trabalho humana a
particularidade de ser fonte de valor.
O valor é um fenômeno puramente
social; o valor de um produto é
portanto, uma função social e não
função natural adquirida por
representar um valor de uso ou
trabalho nos sentidos fisiológicos ou
técnico material.
No sistema atual o trabalhador produz bens que não lhe pertencem e cujo
destino, depois de prontos, escapa ao seu controle. O trabalhador, assim, não
pode se reconhecer no produto de seu trabalho; não há a percepção daquilo
que ele criou como fruto de suas capacidades físicas e mentais, pois se trata
de algo que ao trabalhador não terá utilidade alguma. A criação (o produto), se
apresenta diante do mesmo como algo estranho e por vezes hostil, e não como
o resultado normal de sua atividade e do seu poder de modificar livremente a
natureza.
Muito mais do que conhecer, ele se propôs a ensinar, através de sua obra,
aquilo que pôde conhecer e desvendar. Mais do que qualquer tese, foi um
homem disposto a mudar o mundo em vivia.
O Futuro do Trabalho - 3
Autoria de Giovanni Alves (colunista)
Uma primeira dimensão estrutural da categoria de trabalho, a que diz respeito a seu
significado histórico-ontologico, é o trabalho como intercâmbio orgânico entre o homem e
a Natureza. Eis o pressuposto estrutural (e estruturante) da atividade humano-genérica. É
o principio ontológico constitutivo do ser social. É traço distintivo primordial da espécie
homo sapiens diante dos demais animais superiores. Apenas o animal homem tornou-se
capaz de constituir tal intercâmbio orgânico, consciente e racional, com a Natureza, no
sentido de mudar as formas da matéria, constituindo objetivações (que aparecem como
"segunda natureza"), em sua busca pela satisfação das necessidades vitais.
É claro que a caça, coleta, pesca e até extração mineral pressupunham uma atividade
sócio-gregária, mas é o trabalho da agricultura, que surgiu mais tarde no processo de
evolução da espécie humana, que tende a impor novas formas de socialidade, de relação
com a Natureza e consigo mesmo. É com a agricultura que surgem as primeiras
civilizações humanas (Mesopotâmia, Egípcia e Chinesa), as aglomerações urbanas, ainda
esparsas, e um complexo de socialidade, de organziação social e política de novo tipo, às
margens dos afluentes férteis dos grandes rios (Tigre/Eufrates, Nilo, Amarelo). Esta
primeira Revolução Urbana, ocorrida há cerca de 10.000 anos, que acompanha a invenção
da agricultura, foi um notável salto no desenvolvimento das forças produtivas sociais.
É com a civilização propriamente dita, que o trabalho será atribuído a uma classe social
determinada, que obedece a ordens de potentados superiores. É nesse sentido que surge
uma socialidade estranhada propriamente dito. Mas é um estranhamento ligado a
metabolismo social primitivo, vinculado às determinações de poder político e de domínio
de recursos naturais por conta da escassez e da apropriação de meios de trabalho e de
poder por parte de grupos humanos particulares através da força bruta.
Pode-se dizer que a Antiguidade não conhecia o trabalho estranhado tal como nós o
conhecemos. É claro que o trabalho escravo era um trabalho estranhado, mas poderíamos
considera-lo exceção no mundo Antigo. Ou seja, apesar da Antiguidade se basear no
trabalho escravo, ele não se integrava na forma societal. Na verdade, o escravo, ao
contrário do trabalhador assalariado, era um pária social, não constituindo mercado
consumidor ou classe social propriamente dita. Os homens escravos estavam imersos na
negação total de si próprio, inclusive como força de trabalho, trabalho vivo, tendo em vista
que eram em si, mercadorias.
Deste modo, o trabalho estranhado que, naquela época, era o trabalho escravo, não
constituiu a socialidade do mundo antigo. Um detalhe importante: o trabalho estranhado irá
constituir o mundo moderno; não mais é claro como trabalho escravo, mas sim, como
trabalho proletário, do trabalhador livre. Na sociedade capitalista, o trabalhador assalariado
não é um pária social, mas um citoyen integrado à sociabilidade mercantil vigente, imerso,
por outro lado, no trabalho estranhado.
É importante salientar que, é com o capitalismo, que a força de trabalho, o próprio trabalho
vivo, irá se tornar mercadoria. É uma fato histórico da mais alta importância civilizatória. É
a instituição social da força de trabalho como mercadoria que irá contribuir para que a
forma-mercadoria se torne a célula-mater da sociabilidade ocidental. Por isso, Marx
principia "O Capital", sua obra-prima, com o capítulo intitulado A Mercadoria. Ele começa
com a célula-mater da sociedade burguesa. É a forma-mercadoria que irá estruturar as
relações sociais de produção (e de reprodução) da vida de homens e mulheres.
Na Antiguidade, a mercadoria não tinha tanta proeminência no metabolismo social. Só
com a forma social capitalista, a primeira da história, a mercadoria tende a se imiscuir cada
vez mais na lógica societal, constituindo e determinando trajetórias e expectativas dos
agentes sociais. Os próprios elementos do processo de trabalho, tornam-se mercadorias.
É esta mercadorificação da vida social que irá ser destacada pelos mais diversos clássicos
da sociologia a partir do século XIX. Tal processo de mercantilização universal se
aprofunda com o mercado mundial, que surge com a grande indústria e o sistema de
máquinas. É outro processo de largo espectro histórico na qual estamos inseridos. É no
seu bojo que irá se desenvolver uma forma de trabalho capitalista, o salariato, com todas
as suas determinações. É o que iremos tratar no próximo artigo.
O Futuro do Trabalho – 9
Autoria de Giovanni Alves (colunista)
A centralidade do trabalho no século XXI é tão decisiva enquanto determinação
sociológica que é a partir dela que constituímos a categoria de barbárie social, que irá
determinar o complexo de sociabilidade emergente na terceira modernidade do capital. É
importante apreendermos o significado desta periodização histórica, de primeira, segunda
e terceira modernidade do capital. Ela nos ajudara a situar a novidade candente e as
tarefas políticas urgentes deste nosso tempo histórico, baseado no precário mundo do
trabalho e no sócio-metabolismo da barbárie.
Tal recursos analítico irá nos ajudar a situar a constituição do precário mundo do trabalho
como traço indelével deste nova sociabilidade do capital no século XXI. Suas implicações
sociais são múltiplas, não apenas no campo do trabalho e da política, mas também da
cultura e da psicologia de massa.
O próprio conceito de barbárie social, que é parte desta terceira modernidade, decorre
desta nova condição social da precariedade do trabalho no capitalismo global (o que
expõe a seguinte verdade: a centralidade do trabalho no século XXI é tão decisiva
enquanto determinação sociológica que, a partir dela, constituimos a categoria de barbárie
social, que irá determinar o complexo de sociabilidade emergente).
Deste modo, apresentemos, com mais clareza, a seguinte periodização histórica deste
período de longa duração da modernidade do capital: haveria uma primeira modernidade,
aquela que transcorreria dos primórdios do capitalismo moderno, do século XVI ao século
XVIII e primórdios do século XIX, caracterizado ainda pelo capitalismo comercial e
capitalismo manufatureiro, onde as sociedades européias imersas ainda em relações
sociais tradicionais, de dominação de classe aristocráticas e agrárias, ainda não
subsumidas à lógica do capital industrial, mas apenas à lógica do capital mercantil.
Este período histórico que ainda nos constrange e que ainda é parte de nós – como
memória e imagem social - é a segunda modernidade ( o tempo do fordismo-
heynesianismo, da qual muitos têm nostalgia política). A segunda modernidade seria a
modernidade do modernismo, da forma cultural prenhe de projetos de utopias concretas
(como diria Ernst Bloch), projetos sociais do comunismo político, por exemplo; não mais de
utopias abstratas, como a de Thomas Morus (“A Utopia”) ou de Tomazo di Campanella
(“Cidade do Sol”) – que marcaram a primeira modernidade; ou mesmo de Charles Fourier
ou mesmo Robert Owen (que não apreenderam os nexos sociológicos do novo tempo
histórico da grande indústria).
Poderíamos dizer que a segunda modernidade, possui como marco histórico primordial a
data de 1848, a do Manifesto Comunista e a das barricadas do proletariado parisiense,
insurgente contra a República burguesa. As Revoluções de 1848 abrem um novo período
histórico da luta de classes, que o filósofo Georg Lukács iria identificar como sendo o da
decadência histórica da burguesia. Para ele, a burguesia torna-se puramente reacionária –
abandona seu conflito com a nobreza, numa escala continental, para engajar-se numa luta
total contra o proletariado.
É importante salientar que a utopia social do trabalho é uma conquista civilizatória da alta
modernidade do capital, da sociedade de classes, que ainda irá caracterizar a
modernidade tardia, a última modernidade, a modernidade sem modernismo.
O que se coloca é o seguinte: qual será a natureza da utopia social do século XXI, da
utopia social da modernidade sem modernismo, da sociedade de classes pós-
modernista ?
Este é o enigma que nos provoca nos últimos trinta anos de modernidade do capital, de
modernidade pós-modernista, onde alguns autores buscam caracterizar de determinado
modo, como Frederic Jameson que coloca a cultura como tendo ocupado papel central. E
David Harvey, que caracteriza tal modernidade sem modernismo como sendo a condição
pós-moderna, da acumulação flexível e agora, da acumulação por espoliação, e, portanto,
da barbárie social.
Outros iriam buscar caracterizar tal novo período histórico como desdobramento da
modernidade ou de negação/ruptura da modernidade, considerando-o pós-modernidade.
Esquecem ou desprezam que a modernidade sem modernismo ainda é a modernidade do
capital em sua fase de declínio histórico, de sua crise estrutural, o que coloca novas
determinações inclusive em seu estilo cultural e estilo político.
A modernidade do capital exige utopia social, prescinde delas. Pois o surgimento das
utopias sociais na modernidade do modernismo, expunha nexos transitivos de
contradições dilacerantes desta nova ordem social, o sistema do capital, que avançava de
forma diruptiva. Na verdade, não existe modernidade do capital sem utopia social, pois ela
é apenas a transcrição de possibilidades objetivas pressupostas no processo civilizatório
do capital. O ainda-não ser de uma sociedade cada vez mais social, mas que, em sua fase
de crise estrutural, expõe traços de dessocialização.
Frederic Jamenson ao indicar a cultura como traço totalizador desta nova ordem da
terceira modernidade, a modernidade sem modernismo, a modernidade sem utopia social
clássica, conseguiu vislumbrar um elementos estrutural significativo. A práxis política que
não for também práxis (contra)cultural tenderá a perder seu caráter utópico.
Perguntemos: em que medida a nova utopia social do século XXI ainda pode ser a utopia
social do trabalho?
A utopia social do século XXI ainda é uma utopia do trabalho, tendo em vista que o
trabalho é uma dimensão ineliminável desta contradição que caracteriza a modernidade
pós-modernista do capital. O pós-modernismo ainda é o espírito cultural da modernidade
do capital, da sociedade de classes, da sociedade antagônica. Alterou-se o estilo de
relações de classe, de mediação política propriamente dita, onde a cultura subsumiu a
política e se interverteu em sócio-metabolismo dominante, de campo de luta social.
Nos primórdios do século XXI ainda não está claro o que quer nascer. Ora, vivemos em
tempos mórbidos, mas de uma morbidez com esperança, posto que sabemos o que não
nos serve mais, embora não saibamos o que irá nos servir. Enfim, vislumbramos um
conteúdo sem forma – o precário mundo do trabalho, elemento típico deste sócio-
metabolismo bárbaro do capital, irá exigir novas formas culturais de luta e organização de
classe, sob pena de não resgatar, enquanto sujeito histórico coletivo, a civilização humana
da sua morte anunciada pelos desdobramentos convulsivos da terceira modernidade do
capital.
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