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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA

INSTITUTO DOM JOSÉ DE EDUCAÇÃO E CULTURA


CURSO DE LICENCIATURA ESPECIFICA EM BIOLOGIA

Antonia Sabryne de Alencar santos

COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS URBANOS NO MUNICÍPIO


DE ARARIPE – CE

Crato-CE
2011
ANTONIA SABRYNE DE ALENCAR SANTOS

COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS URBANOS NO MUNICÍPIO


DE ARARIPE – CE

Artigo apresentado à disciplina de estágio


supervisionado III, do curso de licenciatura
especifica de biologia, da universidade
estadual vale do Acaraú, como parte dos
requisitos para obtenção do titulo de
licenciado em biologia.

Orientador: Profa.Yedda Maria Lobo


Soares de Matos

Crato-CE
2011
COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS URBANOS NO MUNICÍPIO
DE ARARIPE-CE

IT COLLECTS SELECTIVE OF URBAN RESIDUES IN THE


ARARIPE CIT

Antonia Sabryne de Alencar Santos

RESUMO

O estudo da temática dos resíduos urbanos é um ponto critico da questão ambiental e da


administração municipal. A gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos é dever de
todos, mas, sobretudo é uma tarefa que necessita ser planejada, dirigida e fiscalizada
pelos governos, em especial, o municipal. O presente trabalho investiga a problemática
da coleta seletiva de resíduos urbanos no município de Araripe-CE. Os resultados da
pesquisa mostram que a coleta existe no município de forma precária, porém o
tratamento é inexistente e a disposição ainda é feita num local não apropriado e tem
causado muitos problemas sociais e ambientais, afetando principalmente a saúde da
população que mora próximo a esse local e o bem estar dos coletores de lixo que não
dispõem de condições adequadas de trabalho. A guia de conclusões Vê-se que os
maiores desafios que se impõem ao setor publico é escolher políticas criativas e
instrumentos gerenciais efetivos da atual política de gestão dos resíduos sólidos para
minimizar o problema na cidade de Araripe.

Palavras-chave: Resíduos urbanos. Poluição. Araripe/CE.

ABSTRACT

The study of the issue of solid waste is a critical environmental issues and the municipal
administration. The Proper management of municipal solid waste is the duty of
everyone, but above all is a task that needs to be planned, directed and supervised by
governments, particular the city. This paper investigates the problem of selective
collection of municipal waste in the municipality of Araripe-EC. The results show that
the collection exists in the city so poor, but treatment is lacking and
the layout is still done at a place not appropriate and this has caused many social and
environmental problems, mainly affecting the health of the population living next to this
place and well-being of garbage collectors that do not have proper working conditions.
By way of conclusions It is seen that the major challenges imposed on the public
sector is to choose creative policies and management instruments of the current policy
effective management of solid waste to minimize the problem in the city of Araripe.

Keywords: municipal waste. Pollution. Potengi/ EC.


3
1. INTRODUÇÃO

A coleta seletiva de lixo é um processo educacional, social e ambientalista que


se baseia no recolhimento de materiais potencialmente recicláveis (papéis, plásticos,
vidros, metais) previamente separados na origem.
O lixo produzido pelas atividades urbanas representa um dos mais graves
problemas na maioria dos municípios brasileiros. Os altos custos de implementação e
manutenção dos sistemas de coleta e tratamento de lixo têm levado ao fracasso muitas
tentativas de equacionamento. Como sempre é a comunidade que vai sofrer os maiores
impactos ambientais, com o aumento de doenças.
O referido trabalho tem como objetivo analisar de maneira critica e reflexiva a
questão da disposição e coleta do lixo domiciliar no município de Araripe e seus
impactos ambientais e sócias, haja vista que atualmente a produção e acumulação dos
resíduos sólidos são cada vez mais crescentes.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Vive-se hoje em uma sociedade extremamente consumista e despreocupada. A


todo o momento, somos “bombardeados” por inúmeros objetos e produtos, mesmo sem
nos darmos conta. As pessoas são incentivadas a comprarem um produto novo
(desfazendo-se do velho ou quebrado) e não mais a consertarem o antigo. À medida que
compramos e consumimos mais, estamos estimulando essa grande indústria que move o
mundo atual. Em termos ambientais a disposição inadequada do lixo pode contribuir
para a poluição das águas, do ar, do solo, bem como promover impactos negativos sobre
a fauna e flora dos ecossistemas locais.
Os resíduos são um dos subprodutos do conjunto de atividades desenvolvidas
pela sociedade com o objetivo de atender suas necessidades de consumo. Este
subproduto bastante heterogêneo, não pode ser disposto no meio ambiente de forma
inadequada por ocasionar danos ambientais e riscos à saúde pública. A sociedade deve
estar ciente sobre a destinação correta do lixo e sobre como evitar o aumento do volume
dos resíduos. A coleta seletiva do lixo seria uma forma adequada de diminuir o volume
de resíduos nos lixões e também contribuiria para que os catadores que sobrevivem da
coleta do lixo nas ruas e nos lixões de aumentarem suas rendas de forma a não colocar
em risco sua saúde.
Segundo Imbelloni (2004, p. 115) “a coleta seletiva de lixo gera não apenas
vantagens para a economia, mas grandes ganhos na qualidade ambiental, que tem
reflexos em toda a sociedade”.
Em termos sociais os lixões são a maior ameaça às populações de baixa renda, já
que estão localizados nas periferias, perto de áreas pobres. O lixo é depositado
deliberadamente a céu aberto e não recebe nenhuma forma de tratamento.
De acordo com Nóbrega (2003, p. 45)
Pode-se observar a partir de depoimentos obtidos
com antigos catadores do Lixão, que se tem a
inclusão econômica (ainda que os ganhos retirados
sejam baixos que mal conseguem custear o
atendimento das necessidades biológicas) e a
exclusão moral, política e social. Também se podia
verificar que havia um total descaso por parte das
autoridades no trato com as pessoas, quase que
desprovidas do direito à vida.

Muitas famílias encontram no lixão, o seu sustento, essas famílias vêem no lixão
como uma única alternativa para a sua sobrevivência – vivem de catar restos de
materiais (para serem revendidos, como por exemplo, latas de alumínio que podem ser
revendidas para as recicladoras) e até mesmo restos de comidas para se alimentarem.
Hoje, em vez de restos de alimentos, as lixeiras transbordam de embalagens
plásticas (mais de 100 anos para se decompor), papeis (de 3 a 6 meses) e vidro ( mais de
4. 000 anos para decompor). A grande preocupação de todo lixo produzido nos grandes
centros urbanos, é o destino dado a ele. Segundo Pereira Neto (1996, p. 105):
O aquecimento de lixo urbano no nosso país na maioria dos
casos restringe-se apenas a coleta constituindo-se um habitat
propicio de vetores biológicos (moscas, mosquitos, baratas,
roedores...) responsável pela transmissão de doenças
infecciosas, alem de contribuir sobremaneira com a poluição
do solo do ar e das águas.

O impacto desse volume de lixo no meio ambiente das cidades é grande. A


quantidade de dejetos só tende a aumentar e poder ocasionar escassez e esgotamento de
recursos naturais, poluições do ar, da água, do solo, alem de problemas de saúde
publica, devido a proliferação de parasitas e surgimento de doenças.
De acordo com sua origem o lixo pode ser classificado, como domiciliar e
domestico e etc., esta classificação permite escolher mais adequado a coleta seletiva.
• Resíduo domiciliar é aquele originado da vida diária das residências, n a
maior parte do lixo produzido nas cidades. É composto pelos resíduos
provenientes das residências, estabelecimentos comerciais e industriais,
alem dos resíduos resultantes da variação das ruas. Quanto mais alto o
pode aquisitivo, maiores são as quantidades de papeis, plásticos, vidros e
metais produzidos.
• Resíduos domésticos podem ser definidos como qualquer material
descartando pelos donos de casa que são potencialmente capazes de
colocar a saúde humana e o meio ambiente em risco devido a sua
natureza química e biológica. As donas de casa manipulam uma
surpreendente variedade de substancias química perigosas em suas
residências: produtos de limpeza e diversos produtos de jardinagem

Segundo Calderoni (1997, p.95):


As praticas efetivas de disposição final do lixo no Brasil em
1997, 70% dos municípios utilizava-se de lixões, somente
10% contava com aterro sanitário e outros 3% possuíam
aterros controlados e 1% dos municípios empregavam forma
de tratamento com a compostagem e reciclagem e ou a
incineração.
Os impactos ambientais causados pela disposição inadequada afeta
principalmente o meio ambiente e a saúde da população o lixo disposto no solo sem
nenhum tratamento altera as características físicas, químicas e biológicas, provocando
um problema ambiental Grave e uma seria ameaça a saúde publica. O destino do lixo na
maioria das cidades acaba sendo nicho para diversos micro e macro vetores de inúmeras
doenças como a amebíase etc.; o que afeta a qualidade de vida da população e o
desenvolvimento sustentável
Novos hábitos começam a fazer parte do nosso cotidiano, muitas organizações
não governamentais, entidades sem fins lucrativos, empresas e a própria população tem
se mobilizado para na medida do possível dar um tratamento adequado aos resíduos e a
coleta seletiva produzido nas cidades.
Mesmo sabendo que o sistema da coleta e o transporte do lixo são dos serviços
de limpeza publica e responsabilidade do município, normalmente a população tem uma
enorme vontade de participar porque esta preocupada com a questão do lixo, mas não
sabem que não é tão fácil assim. Antes de começas a coleta seletiva, é indispensável
conhecer bem o lixo produzido no local, que matérias compõem o lixo e qual a
proporção de cada material, papel, plástico, alumínio ou orgânico. Além de conhecer o
lixo é necessário se interar sobre as características como as rotinas de limpeza do
ambiente.
A necessidade e a importância da reciclagem do lixo advêm essencialmente de
um conjunto de fatores a seguir discriminados: Exaustão das Matérias-Primas, Custos
Crescentes de Obtenção de Matérias – Primas, Economia de Energia, Indisponibilidade
e Custos Crescente de Aterros Sanitários, Custos de Transportes Crescentes, Poluição e
Prejuízos à Saúde Pública, Geração de Renda e Emprego e Redução dos Custos de
Produção Calderoni, (1999, p.28).
Nos últimos anos notou-se uma grande preocupação com a destinação correta do
lixo, o reaproveitamento de produtos jogados no lixo para a fabricação de novos objetos
través da reciclagem, sendo que a coleta seletiva seria numa forma de viabilizar o
reaproveitamento dessas matérias primas, e assim evitar que se retire da natureza.
Conforme Cempre (2000, p.190) a reciclagem é uma atividade na maior parte
dos casos, industrial, que transforma os materiais já usados em outros produtos que
podem ser comercializados. Através da reciclagem, papéis velhos transformam-se em
novas folhas ou caixas de papelão; os vidros se transformam em novas garrafas ou
frascos; os plásticos podem se transformar em vassouras, potes, camisetas; os metais
transformam-se em novas latas ou recipientes.
Reciclagem é reutilização do material quanto à matéria-prima. Ele vai passar
por uma alteração de sua estrutura química e/ou física. Quando se trata de reciclagem, o
assunto se estende. Existem duas maneiras de reciclar: uma é a artesanal e a outra,
industrial. De forma artesanal é possível reciclar materiais orgânicos, como os restos de
comida, através da compostagem (processo em que o produto final é o adubo para as
plantas) ou reciclar papel (processo trabalhoso, mas muito simples). De forma
industrial, existe a reciclagem do vidro, do metal, do plástico e do papel.
Para Bihr (1998, p.86):
A experiência mostra enfim que, passado certo
tempo, o desemprego provoca verdadeiros
fenômenos de exclusão e de auto-exclusão em
relação ao mercado de trabalho, ainda que seja
simplesmente pelo fato da desvalorização de uma
qualificação profissional já fraca inicialmente. Os
desempregados de longa duração são assim
progressivamente encerrados.

A catação, mais do que uma atividade que lhes garanta alguma remuneração, é
para os trabalhadores a única forma que resta para garantir sua sobrevivência e a de sua
família dentro de uma lógica considerada socialmente como honesta, ou seja, a do
trabalho. De todo modo, sua busca do trabalho no lixo, tido como honesta, é um esforço
não reconhecido. Além de mal remunerado este tipo de atividade é socialmente
considerada execrável, desenvolvendo-se à margem das regras sociais básicas
estabelecidas, ao descaso dos poderes públicos, embora não sendo por este
desconhecido em um verdadeiro gueto social e institucional. A reciclagem e a
reutilização estão sendo vistas como duas importantes alternativas para a redução para a
quantidade de lixo no futuro, criando com isso bons hábitos de preservação do meio
ambiente.
Coleta seletiva de lixo é um processo que consiste na separação e recolhimento
dos resíduos descartados por empresas e pessoas. Desta forma, os materiais que podem
ser reciclados são separados do lixo orgânico (restos de carne, frutas, verduras e outros
alimentos). Este último tipo de lixo é descartado em aterros sanitários ou usado para a
fabricação de adubos orgânicos.
No sistema de coleta seletiva, os materiais recicláveis são separados em: papéis,
plásticos, metais e vidros. Existem indústrias que reutilizam estes materiais para a
fabricação de matéria-prima ou até mesmo de outros produtos.
Pilhas e baterias também são separadas, pois quando descartadas no meio ambiente
provocam contaminação do solo. Embora não possam ser reutilizados, estes materiais
ganham um destino apropriado para não gerarem a poluição do meio ambiente.
Sendo assim, é importante sensibilizar e informar a importância da gestão e
reciclagem do lixo e da educação ambiental como uma forma abrangente de educação,
que se propõe atingir todos os cidadãos.
A decisão de proteger os ambientes naturais e controlar a poluição não está
apenas nas mãos dos políticos e grandes industriais, Está sobretudo, na rotina diária de
cada cidadão comum do planeta. O melhor e mais eficaz caminho passa
necessariamente pela racionalização do uso dos recursos naturais. Tudo depende
basicamente da ação dos seres humanos, de sua capacidade de gerir o mundo que está
ao seu redor, de evitar as perdas e desperdícios.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O município de Araripe está situado na Mesorregião Sul e Microrregião


Chapada do Araripe. Ocupando uma área de 338.723 km da capital em linha reta. De
acordo com os dados do último censo do Instituto brasileiro de Geografia e Estatística
IBGE, realizados em 2010, o município conta com uma população de 22.000 habitantes
sendo 60% deste moram na zona rural urbana e geram diariamente uma quantia
aproximada de 7.000 Kg de resíduos.
Nesta cidade, assim como em outras, o lixo produzido provoca impactos
ambientais causados pela disposição inadequada desses resíduos afetando
principalmente o meio ambiente e a saúde da população, nata perspectiva, este trabalho
será de suma importância por contribuir de uma forma ou outra para a minimização do
problema no nosso município, afinal precisamos pensar num futuro melhor para as
gerações futuras e presentes, para tanto são necessárias concretas que venham contribuir
com o desenvolvimento regional.
A área utilizada com deposito de lixo na cidade é localizada a 2 quilômetros da
cidade, em uma área isolada, essa área segundo estudo técnico esta com vida útil
esgotada e estima se que foram depositados mais de 2.000.000 toneladas de resíduos ao
longo do período de operação e área já estão inseridos na malha habitada do município.
Os resíduos são coletados e depositados sem nenhuma forma de prevenção em um lixão
a céu aberto.
Esta forma de disposição final de resíduos sólidos é inadequada, caracteriza-se
pela simples descarga de qualquer tipo de resíduo sobre o solo inclusive lixo hospitalar,
sem nenhuma medida de proteção á saúde pública e ao meio ambiente, provocando a
proliferação de vetores de doenças, geração de maus odores e, principalmente, a
poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas, causando danos á saúde
pública, comprometendo a qualidade de vida da população.
A geração de resíduos sólidos e seu posterior abandono no ambiente podem
originar sérios problemas ambientais, os quais podem apresentar efeitos somente locais,
mas também podem ser dispersos quando atingem os seres vivos através da cadeia
alimentar, ampliando consideravelmente o problema.
O tratamento e disposição final dos resíduos sólidos (domésticos, industrial,
hospitalar) no município não segue as Normas Técnicas da ABNT, NRB – 8419/84 e
nem portaria N° 053 de 01/03/1979 e N° 124 de 20/08/1980, Ministério do Interior,
que apresenta normas aos projetos específicos de tratamento e disposição final de
resíduos sólidos, bem como a fiscalização de sua implantação, operação e manutenção.
No país são produzidos diariamente segundo dados do IBGE cerca de 242 mil
toneladas de resíduos, sendo que apenas 24 % dos resíduos gerados recebem algumas
forma de tratamento; deste 10% são dispostos em aterros sanitários, 9% são tratados em
ursinas de reciclagem, 0,1% são incinerados e 13% são dispostos em aterros
controlados. Os restantes 76% são dispostos inadequadamente em lixões a céu aberto,
constituindo – se em focos constantes de poluição e contaminação ambiental. (fonte:
IBGE, 2006).
Segundo Sousa (1999), apesar das várias opções de valorização ou de
eliminação dos resíduos sólidos, na maioria das cidades brasileiras, não são observados
critérios científicos ou ecológicos para o tratamento e disposição final de resíduos. Essa
realidade, portanto, não é diferente na cidade de Araripe, que tem uma gestão ineficiente
dos resíduos sólidos. Nesse município o lixo e um dos principais poluentes do solo e
subsolo, e passam a ser fontes de poluição dos recursos hídricos (águas superficiais e
subterrâneas), da atmosfera, devido a tratamentos e destinos inadequados empregados,
causando, por conseguinte, danos á qualidade de vida, como já enfatizado
anteriormente.
Na cidade acontece apenas á coleta domiciliar e publica e ainda em situação
precária, possui apenas dois caminhão e 36 funcionários pára a coleta de resíduos de
todo município, onde os garis trabalham sem equipamento e não há controle nem
tratamento de gases formados pelo lixo, aumentando assim cada vez mais os riscos a
saúde humana, seja dos coletores, seja da população e o meio ambiente.
Na verdade, no Brasil somente, algumas municipalidades como São Paulo,
Curitiba, porto alegre e Florianópolis vem destacando na busca de soluções, com
implantação de sistema de coleta de resíduos diferenciado (coleta comum, coleta
seletiva) centros de triagem comercialização, sistema de tratamento e/ ou disposição
ambientalmente adequada (incineradores, usinas de compostagem e aterros sanitários).
Na cidade de Araripe, assim como na maioria das cidades brasileira ainda, se espera
uma política de gestão que inclua a coleta, tratamento e disposição de resíduos de forma
eficiente. (fonte: AGETEC, 2001).
Nesta cidade, o órgão responsável pela coleta de resíduos sólidos é a secretaria
Municipal de Obras e a mesma não apresenta ainda soluções, que venham minimizar o
problema de geração de lixo. Na busca de dados sobre a coleta seletiva neste município
foram entrevistados técnicos desta secretaria e foram obtidos dados insignificantes, pois
não existe nenhum relatório técnico, relacionada á coleta seletiva do lixo. Somente na
prefeitura Municipal encontraram – se algumas informações. Mas nenhum condizia á
realidade, apenas foram apresentados projetos e orçamentos os quais não haviam
realizados. O documento na verdade tratava de uma proposta de um projeto implantação
e operação de um aterro sanitário e equipamentos necessários para segurança dos
coletores. Na verdade são propostas que ainda não foram postas em prática.
Quando se buscou dados dos coletores (garis), os mesmo declaram que o maior
problema que vivencia é a falta de equipamentos de segurança, onde muitos acabam
comprando os matérias para não correrem tanto risco ou não prejudicarem ainda mais
sua saúde, dessa forma estão procurando método para prevenção de doenças infecciosas
causadas pelos resíduos, já que a secretaria de obras não oferece condições de trabalho
digno.
Sabe- se que a saúde do trabalhador envolvido nos processos de operação do
sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos municipais está relacionada não só riscos
ocupacionais inerentes aos processos, mas também ás suas condições de vida (ANJOS
et al. 1995).
Alguns dos acidentes mais freqüentes dos garis que manuseiam diretamente os
resíduos sólidos municipais são corte com vidros, e outros objetos pontiagudos, como
espinho, pregos, agulhas e seringas, sabem- se, porém, que se a população separasse seu
lixo esse problema seria minimizado, assim como se a prefeitura comprasse luvas, botas
e outros equipamentos de seguranças do trabalho. Os garis estão também sujeitos a
picada de insetos e mordida de cães e podem ser contaminados com sangue ou outros
microorganismo patogênicos.
Os coletores afirmam que o odor é forte, talvez eles não saibam, mas ali existe
grande quantidade de vetores transmissores, responsáveis por diversas doenças, como
Leishamaniose, Febre amarela, Dengue e Filariose, que comprometem a saúde pública
precisando de um controle permanente no município.
Porém, é importante considerar que o maior risco de contaminação é a coleta de
lixo hospitalar, onde a falta de equipamento torna cada vez mais fácil o trabalho dos
coletores, prejudicando sem duvida a qualidade de vida que ficam próximo ao lixão,
onde é depositado todo o lixo da cidade.
Os resíduos sólidos hospitalares, além da incineração podem ser tratados em
esterilização a vapor, desinfecção química, inativação, térmica esterilização por gases,
radiação ionizantes e também uso de microondas. Não havendo esses cuidados com o
tratamento do lixo hospitalar vê- se o quanto os coletores e a população estão expostos a
riscos cada vez maiores, já que não se tem previsão no município de uma coleta
eficiente de se tipo de resíduos.
Como se vê é uma problemática que não tem tido a devida atenção nem pelos
órgãos públicos, nem pela própria comunidade que geralmente não tem se sensibilizado
para gerar menos lixo ou mesmo cobrar ações mais eficazes do poder público.
Em geral a preocupação limita-se apenas a exigir a coleta do lixo sem se
importar com o seu destino final e com as conseqüências ambientais que possam
ocorrer. E os moradores próximos ao lixão, ao se sentirem prejudicados só
manifestaram solicitação de retirada do lixão daquela localidade, o que não resolve o
problema, mas mesmo assim, ainda hoje, não receberão retorno da prefeitura Municipal.
Quando a população que mora próxima ao lixão foi questionada a quem cabia a
responsabilidade do lixo produzido na cidade, a maioria disse que cabe ao poder público
( prefeitura e estado), manter a cidade limpa, fazer a coleta desse lixo e dispo – lo de
forma adequada. Somente uma pequena minoria acha a população é que tem ser a
responsável pelo lixo gerado e cobrar por uma melhoria no tratamento do mesmo. A
população indagada sabe que o problema tem que ser equacionado.
O certo é que situação exige soluções, deve-se buscar soluções em conjunto,
através de uma educação, mudança de atitude e cumprimento da legislação, que é a
construção do aterro sanitário. Esse aterro pode trazer a solução da gestão dos resíduos
sólidos, juntamente com políticas publicas que apontem para a redução na forte,
reaproveitamento, reciclagem e participação comunitária. Porém, essa política não
deverá ter apenas a bandeira como a da coleta seletiva de embalagens recicláveis e
outros produtores contidos nos resíduos domiciliares. Deverá significar, na perspectiva
do saneamento ambiental, o avanço de ações integradas que ataquem o com junto dos
problemas, possibilitando, perspectivas eficientes para a compostagem e
reaproveitamento de resíduos orgânicos, solução para os resíduos perigosos e
volumosos e o equacionamento dos sérios problemas que surgem com essa
problemática.
5. CONCLUSÃO

A coleta existe no município de forma precária, porém o tratamento é inexistente


e a disposição ainda é feita num local não apropriado e isso tem causado muitos
problemas sociais e ambientais, afetando principalmente a saúde da população que
próximo a esse local e o bem- esta dos catadores de lixo que não dispõem de condições
adequadas de trabalho.
O problema decorrente do resíduo sólido municipal continua presente e sem um
equacionamento adequado. Os desenvolvimentos de capacitação técnica, tendo em vista
as questões ambientais e de saúde, dos profissionais envolvidos nos sistemas gerenciam
de resíduos, poderá, a médio e longo prazo, introduzir uma nova postura frente a essa
problemática.
Conclui-se finalmente que é preciso que haja uma consciência coletiva para a
reutilização dos resíduos. Uma consciência ecológica que vislumbre desde ou não
desperdício até o fato de maltratar a natureza, através da exposição dos resíduos sólidos
ao meio ambiente. O poder público pode oferecer soluções para tais problemas
ambientais, mas isto não ocorrerá de modo automático, dependerá da opinião e
conscientização dos setores organizadores da sociedade e pela condução de políticas
públicas ambientais do município.
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