Fragmentar para dominar pelo medo, esta tem sido a tese
reinante.
Quero, de início, admitir uma ampla ignorância dos
desmembramentos históricos dos assuntos que tratarei. Porem existem obras que realmente podem mudar as relações humanas. E, por conseguinte, as sociedades e o Mundo.
Em face de nossa condição de humanos, ou seja, mortais,
individualmente não detentores de todo conhecimento até hoje acumulado, sentimo-nos, muitas vezes, impotentes para mudar nossos conceitos.
Há mais de um século, Nietzsche dizia em sua célebre
obra O Anticristo, que “... o padre mente.”, “... a igreja mente.” Certamente ele não dispunha de toda a informação necessária para ir mais longe e afirmar, categoricamente, a não existência de Cristo.
Seu legado, não obstante, estimulou o debate e o
aprofundamento das pesquisas sobre o tema, viu o mundo sob sua nova perspectiva e reuniu as peças deste mosaico, tão vilipendiado ao longo dos séculos pelo cristianismo.
Em uma breve análise, podemos concluir que o espírito
humano nada mudou através dos séculos. Por que não conseguimos depois de tantos séculos de dominação cristã a tão propalada PAZ? Ao contrário, o que podemos constatar é que, na história da humanidade, nunca houve um período mais perverso e sangrento que os últimos dois mil anos. Por conta do desejo das igrejas de tornar o mundo governado por seu único Deus e senhor, somente para cumprir as escrituras.
Pergunto-me ainda, como seria um mundo sem o cristianismo,
embora não tenha elementos para concluir se seria pior do que este em que hoje vivemos.
Estou convencido de que a luta deve consistir na
conscientização heterodoxa dos povos, o que faria sobressair o fato de que os malefícios produzidos pela hegemonia judaico-cristã são desproporcionais às suas práticas sociais e humanitárias.
Vivemos hoje em um mundo governado pela mídia, que
nos tem sistematicamente inculcado valores e padrões completamente mentirosos. A mídia tem se encarregado de fazer com que as pessoas sintam medo, ou seja, estamos sendo governados pelo medo de que as coisas fiquem piores a partir de um trabalho muito sutil de desinformação. Meditando sobre essas questões, resolvi propor uma cruzada de conscientização, utilizando todo material disponível para a derrubada do mito Jesus Cristo.
Agora, como fazer isso sem utilizar os mesmos métodos
daqueles para quem a manutenção do mito é lucrativa como instrumento de poder?
Estou persuadido de que a derrubada de um mito não se deva fazer
com a eleição de um outro, sob pena desse novo mito ser apropriado pelos detentores do poder.
A proposta é uma revolução sem que tenhamos que
substituir um poder pelo outro. Ou seja, o não poder. Certamente as classes dominantes vão dizer que isso é impossível e nos apontarão milênios de história para corroborar sua tese (além de suas outras armas). A força desta proposta, no entanto, pode estar no fato de ela nunca, que eu saiba, ter sido efetivamente testada.
O mundo como está, desagrada a quase totalidade das
pessoas. Algo novo tem de ser feito para que possamos nos libertar desses grilhões invisíveis. Todo radicalismo até agora tentado não surtiu o efeito desejado. Não podemos mais continuar desta forma, passando de geração a geração nossos sonhos de um mundo melhor.
Já que Jesus não deu resultado, vamos destroná-lo. Mas
nada vamos colocar em seu lugar. Vamos basear-nos somente em certezas científicas.
Para isso esta ampla campanha de informação é
desejável, mas com o devido cuidado para não cair, mais uma vez, em um maniqueísmo tolo.
“Nada na vida deve ser temido, somente compreendido. Agora é hora
de compreender mais, para temer menos.” Marie Curie – física.