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Informações

Sobre

Passe
Trabalho preparado por:
Waldenir Aparecido Cuin
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Apresentação

De uma forma geral os Centros Espíritas ou agrupamentos espíritas, se


caracterizando como entidades, associações, sociedades, etc, entre outras atividades, mantém
departamentos de socorro magnético aos que desejam, ou seja, ostentam em suas fileiras
equipes de médiuns que se prestam à transmissão de passes, promovendo auxílio àqueles que
procuram em tais núcleos, um tratamento fluídico.
Pela importância, pelos benefícios que proporciona a fluidoterapia, como recurso
socorrista aos seres humanos, advindo do amor e do sincero desejo de servir que emana das
criaturas de boa vontade, tanto encarnadas como desencarnadas, é que juntamos nesta
despretensiosa apostila, informações sobre o assunto.
A literatura espírita e mesmo a não espírita, hoje vasta e abrangente, conta com
inúmeras obras que versam sobre os passes, umas tratam a questão de forma específica,
outras entre seus quesitos, abordam também a fluidoterapia. Mas o estudante atento, quando
deseja realmente um conhecimento mais amplo de determinado assunto, busca encontrar o
máximo escrito sobre ele. Mas às vezes, diante da vida agitada do momento, com a escassez
de tempo, torna-se dificultosa uma pesquisa mais detalhada, com resultados mais profundos.
Diante disso é que resolvemos coletar informações de autores espirituais e
encarnados sobre o passe, sua definição, aplicação, benefícios, etc., facilitando assim o
trabalho daqueles que desejam maiores detalhes sobre o método socorrista ministrado
através do amor associado a ação magnética.
Procuramos conservar as próprias orientações dos autores, apenas interferimos na
redação para unir as partes, mas sempre mantendo fidelidade às opiniões assinadas.
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INFORMAÇÕES SOBRE O PASSE

O PASSE COM JESUS

“Estava Jesus, um sábado, a ensinar em uma sinagoga, e encontrava-se lá uma


mulher afetada de enfermidade havia dezoito anos; andava recurvada e não podia de forma
alguma endireitar-se. Ao vê-la Jesus chamou-a e disse-lhe: “Mulher, estás livre da tua
enfermidade”, impôs-lhe as mãos sobre a cabeça, e ela endireitou-se imediatamente e
começou a louvar a Deus”. (Lucas, 13: 10 a 13).
“O passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus,
como se vê nos Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo. Sua
fonte humana e divina são as mãos de Jesus”. (Obsessão, o Passe, a Doutrinação – J.
Herculano Pires – Passe I)
“E toda multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele uma virtude que os curava a
todos”. (Lucas, 6:19)
“Jesus em sua passagem pelo Planeta, foi a sublimação individualizada do
magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe
o encanto da presença. As multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração.
Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. D’Ele emanavam radiações de amor que
neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz
que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Se pretendes, pois, um caminho mais fácil para a eclosão plena de tuas
potencialidades psíquicas, é razoável aproveites a experiência que os orientadores terrestres
te oferecem, nesse sentido, mas não te esqueças dos exemplos e vivas demonstrações de
Jesus” (Emmanuel, Pão Nosso, cap. 110, psicografia Francisco C. Xavier)
“Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o
passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos
são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório
ilimitado das forças espirituais”. (O Consolador – item 98, Emmanuel, psicografia Francisco
C. Xavier).

O PASSE PERDE-SE NO TEMPO

“...imporão as mãos nos enfermos e estes sararão”. (Marcos, 16:18)


“...No Egito dos Ramsés, velho papiro trazido aos nossos dias já preceituava quanto
ao magnetismo curativo:
- Pousa a tua mão sobre o doente e acalma a dor, afirmando que a dor desaparece.
Entretanto, importa considerar que é justamente em Nosso Senhor Jesus Cristo, que
ele atinge o seu ponto mais alto na Humanidade.
Estende a mão e cegos vêem, e paralíticos se levantam, e feridentos se alimpam e
obsediados se recuperam.
Fita Madalena em casa de Simão e dá-lhe forças para que se liberte das entidades
sóbrias que a subjugam, contempla Zaquel no sicômoro e modifica-lhe as noções de riqueza
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material; fixa Judas no cenáculo e o companheiro infeliz foge apressado, incapaz de
suportar-lhe a presença, e endereça a Pedro um simples olhar das grades da prisão, e o amigo
que o negara pranteia amargamente.
Junto ao povo, tempera cada manifestação com autoridade e doçura, humildade e
comando, respeito e compreensão.
E, para imprimir o magnetismo divino da Boa Nova na mente popular, traça no
monte as bem aventuranças da vida eterna...
Se te afeiçoas, assim, ao fenômeno magnético, seja qual for o filão de tuas atividades,
poderá estuda-lo e incrementa-lo, entende-lo e defini-lo, mas, para que dele faças motivo de
santidade e honra, somente em Jesus Cristo encontrarás o luminoso e indiscutível padrão.
(Emmanuel, Religião dos Espíritos, pág. 157 – psicografia Francisco C. Xavier)
“- De que natureza é o agente que se chama fluido magnético?
“- Fluido vital, eletricidade animalizada, que são modificações do fluido universal”.
(Livro dos Espíritos, perg, 427 Allan Kardec)

NÃO É INVENÇÃO DOS ESPÍRITAS

Como é de se observar, o passe não é uma prática inventada pelos espíritas, se perde
na noite dos tempos. É bem verdade, que ao longo da história da humanidade, ele se vestiu
de forma e de nomes variados, misturados a rituais e magias, no entanto foi com Jesus que se
enquadrou num padrão de objetivos e aproveitamento total. Posteriormente coube ao
espiritismo, o cristianismo redivivo, trazer de volta o movimento socorrista do plano
invisível, mediante a imposição das mãos.
Dentro da Doutrina Espírita, o passe se caracteriza como a ação espiritual em favor
de sofredores encarnados e desencarnados. Atuando tanto no organismo físico como no ser
espiritual, acrescentando, repondo, revigorando e substituindo energias, sempre promovendo
resultados benéficos.

DISCIPLINA DO PASSE

“O passe não pode ser dado a qualquer momento e de qualquer maneira. Deve ser
sempre precedido de preparação do passista e do ambiente, bem como do paciente. O
médium precisa de preparação para bem se dispor ao ato mediúnico do passo. Atender a
esses casos imediatamente é dar prova de ignorância das leis do passe. Tudo depende de
sintonias que precisam ser estabelecidas. Sintonia do médium com o seu estado íntimo;
sintonia do passista com o Espírito que vai atende-lo; sintonia das pessoas presentes com o
ambiente que se deve formar no recinto. Tudo isso se consegue através da prece e do
interesse de todos pela ajuda ao necessitado.
A falsa idéia de que bata estendermos as mãos sobre uma pessoa para socorre-la é
uma pretensão que tem suas raízes nas práticas mágicas. O passe não é um ato, de magia,
mas uma ação consciente de súplica às entidades espirituais superiores que nos amparam”.
(A obsessão, o passe, a Doutrinação – J. Herculano Pires – VI – Preparação para o passe).
Jamais podemos, para o bom desempenho e resultado do passe, menosprezar a
disciplina que qualquer ação organizada exige. Salvo casos emergenciais que trataremos
posteriormente, o trabalho de passe deve obedecer o dia, hora, local e médiuns determinados,
pois é notório e sabido que sempre podemos contar com o apoio espiritual dos espíritos
socorristas, mas também não podemos olvidar que eles não estão à nossa disposição. No
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mundo espiritual desempenham atividades variadas, permanecendo vinculados a
compromissos que exigem fidelidade.

QUANTO AOS FLUIDOS

Os recursos magnéticos utilizados através do passe, depositados em favor dos


necessitados, poderão advir do próprio médium, sem o concurso dos espíritos
magnetizadores, dos próprios espíritos sem a colaboração do médium e também do passista
associados aos fluidos dos espíritos socorristas.
O passe aplicado, de uma forma geral, nos Centros Espíritas, ou mesmo fora dele em
casos emergenciais, mas pelas equipes previamente organizadas para tal mister, se vinculam
mais ao trabalho dos médiuns em consonância com os mentores espirituais.
“São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo
com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no
magnetismo ordinário; outras vezes é rápida, como uma corrente elétrica. Há pessoas
dotadas de tal poder, que operam curas instantâneas em alguns doentes, por meio apenas da
imposição das mãos, ou, até exclusivamente por ato da vontade. Entre os dois pólos
extremos dessa faculdade, há infinitos matizes. Todas as curas desse gênero são variedades
do magnetismo e só diferem pela intensidade e pela rapidez da ação. O princípio é sempre o
mesmo: o fluido, a desempenhar o papel de agente terapêutico e cujo efeito se acha
subordinado à sua qualidade e a circunstâncias especiais.
A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras:
1º) – pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou
magnetismo humano, cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido;
2º) – pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um
encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono
sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral
qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do
Espírito;
3º) – pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de
veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto semi-espiritual, ou, se o preferirem,
humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime
qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde
espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador”. (A
Gênese- Cap. XIV nºs. 32 e 33 – Allan Kardec).

ENGRANDECIMENTO INTERIOR DO PASSISTA

“No conjunto dos cooperadores, encarnados, o médium passista, disciplinado e


vigilante, pode ser comparado a um interruptor que acima a passagem de forças, através das
suas próprias potencialidades, funcionando entre os desencarnados e os portadores de
quaisquer distúrbios.
Nesse ministério, ao filtrar as energias procedentes de nós outros, transmitem-nas
carregadas das forças pessoais, mais facilmente assimiláveis pelos necessitados, em função
do estágio na conjuntura fisiológica.
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Verdadeiro transreceptor, lhe é indispensável gerar energias puras, salutares, de que
nos utilizamos para os complexos misteres de restauração de perispíritos enfermos e
organizações somáticas lesadas...
Todavia, por mais alto potencial curador disponha o homem, se este não se vincula
aos labores de santificação e não se engrandece interiormente, mediante a vivência do
Cristianismo em sua pureza, torna-se detentor de graves recursos destrutivos, que são
utilizados por mentes infelizes e impiedosas com as quais sintoniza por processos especiais
de identificação de propósitos, de inconsciência e irresponsabilidade, que passam a
comanda-lo em dominação perniciosa. Aliás, a ocorrência sucede com todo aquele que se
permite licenças e desequilíbrios morais.
Cada criatura emite as vibrações que lhe são próprias, cabendo-lhe o dever inadiável
de aprimorar tais energias, colocando-se a serviço do bem operante. E esse precioso meio de
alterar provisoriamente as próprias forças é o conhecimento e a vivência do Evangelho de
Jesus em toda a sua eloqüência”. (Tramas do Destino-item 23 – Manoel Philomeno de
Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco).
“A Faculdade de curar pela imposição das mãos deriva evidentemente de uma força
excepcional de expansão, mas diversas causas concorrem para aumenta-la, entre as quais são
de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o
desejo ardente de proporcionar alívio, a prece fervorosa e a confiança em Deus: uma palavra:
todas as qualidades morais. A força magnética é puramente orgânica; pode, como a força
muscular, ser partilha de toda gente, mesmo do homem perverso; mas, só o homem de bem
se serve dela exclusivamente para o bem, sem idéias ocultas de interesse pessoal, nem de
satisfação de orgulho ou de vaidade. Mais depurado, o seu fluido possui propriedades
benfazejas e reparadoras, que não pode ter o do homem vicioso ou interesseiro.
Todo efeito mediúnico, como já foi dito, resulta da combinação de fluidos que
emitem um Espírito e um médium. Pela sua conjugação esses fluidos adquirem propriedades
novas, que separadamente não teriam, ou pelo menos, não teriam no mesmo grau. A prece,
que é uma verdadeira evocação, atrai os bons Espíritos sempre solícitos em secundar os
esforços do homem bem intencionado; o fluido benéfico dos primeiros se casa facilmente
com o do segundo, ao passo que o homem vicioso se junta ao dos maus Espíritos que o
cercam.
O homem de bem, que não dispusesse da força fluídica, pouca coisa conseguiria fazer
por si mesmo, só lhe restando apelar para a assistência dos Espíritos bons, pois quase nula
seria a sua ação pessoal; uma grande força fluídica, aliada à maior soma possível de
qualidade morais, pode operar, em matéria de curas, verdadeiros prodígios.
A ação fluídica, ao demais, é poderosamente secundada pela confiança do doente, e
Deus quase sempre lhe recompensa a fé, concedendo-lhe o bom êxito”. (Obras Póstumas –
Manifestações dos Espíritos, nºs 52 e 53 – Allan Kardec).

TIPO DE PASSE

Para uma melhor visualização do assunto, poderíamos, de uma forma geral,


classificar o passe em três tipos, obviamente entendendo que a questão poderia ser tratada
em classificações diferentes. Apenas para nosso estudo, assim apresentamos:

• Passe direto: - Quando o passista envolvido pelos fluidos curadores, procura


canalizar energias diretamente para os necessitados.
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• Passe a distância: - Também denominado de irradiação, acontece quanto o passista


procura sintonizar com o necessitado à distância, enviando fluidos salutares. Neste
caso também, os espíritos mentores poderão juntar fluidos do ambiente, e transporta-
los até o socorrido.

• Passe de Emergência: - Quando é transmitido em pessoas sem locomoção tais


como: idosas, doentes, aleijados, internados em hospitais, etc. Deve sempre ser
ministrado por mias de um passista, para maior segurança e aproveitamento, pois em
ambientes menos preparados o desgaste do médium é maior. Manter disciplina, para
que o procedimento não favoreça oportunidades para se desenvolver o comodismo do
necessitado. Muitas vees a transmissão do passe de forma indiscriminada, pode criar
no necessitado uma certa dependência, fazendo com que o mesmo não freqüente as
palestras do Centro, onde poderia encontrar informações valiosas para sua melhoria,
ou mesmo cooperar em atividades assistenciais.

“Então uma mulher, que havia doze anos sofria de uma hemorragia, a qual muito havia
sofrido nas mãos se muitos médicos, e que, tendo consumido todos os seus bens, não havia
recebido nenhum alívio, mas sempre se encontrava pior, tendo ouvido falar de Jesus, veio na
multidão por detrás, e tocou suas vestes; pois ela dizia: - Se eu pudesse ao menos tocar suas
vestes, serei curada. No mesmo momento a fonte do sangue que ela perdia secou, e ela sentiu
em seu corpo que estava curada daquela moléstia.
E logo Jesus, conhecendo a virtude que havia saído dele, voltou-se para a multidão, e
disse: Quem tocou minhas vestes? Seus discípulos lhe disseram: - Vedes que a multidão vos
comprime por todos os lados, e perguntais quem vos tocou? E ele olhava em toda a volta
para ver quem o havia tocado.
Porém a mulher, que sabia o que se havia passado com ela, tomada de medo e pavor,
veio atirar-se aos seus pés, e lhe declarou toda a verdade. E Jesus lhe disse: Minha filha, tua
fé te salvou; vai em paz, e fica curada de tua moléstia. (Marcos, Capítulo V – Vers. De 25 a
34).
“Tendo chegado a Betsaida, foi-lhe trazido um cego que lhe pediu o tocasse.
E tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; colocou-lhe saliva sobre os
olhos, e havendo lhe imposto as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa. O homem,
olhando lhe disse: Vejo andarem homens que me parecem árvores. Jesus ainda lhe colocou
as mãos sobre os olhos, e começou a ver melhor; e enfim ficou curado de tal forma, que via
distintamente todas as coisas.
Ele o mandou em seguida para casa, e lhe disse: Ide à vossa casa, e se entrais na aldeia,
não dizei a ninguém o que vos sucedeu”. (Marcos, Capítulo VIII vers. De 22 a 26)

O SOCORRO À DISTÂNCIA

“O passe, como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebe-lo,


com o respeito e a confiança que o valorizam.
-E pode, acaso, ser dispensado à distância?
-Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe.
Nesse caso, diversos companheiros espirituais se ajustam ao trabalho do auxílio,
favorecendo a realização, e a prece silenciosa será sempre o melhor veículo da força
curadora”. (Nos Domínios da Mediunidade – item 17 – André Luiz – psicografia de
Francisco C. Xavier)
“- Adianta alguém tomar passe no lugar do outro?
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- Alguém não pode substituir alguém, de maneira total, na recepção do passe, mas a
mentalização do necessitado de socorro espiritual por parte de quem recebe semelhante
auxílio magnético é apoio e assistência de grande valor para quem se pede a intervenção da
Vida Maior”. (do Livro “Chico, de Francisco” – pág 119 – Adelino da Silveira)
“Não há distância para a ação dos passes. Os espíritos Superiores não conhecem as
dificuldades das distâncias terrenas.
Não obstante, não se deve desprezar a importância do efeito psicológico da presença
do paciente num ambiente mediúnico ou da presença do passista junto a ele.
O efeito psicológico resulta dos estímulos provocados no paciente por sua presença
num ambiente de pessoas interessadas em ajudá-lo, o que lhe desperta sensação de segurança
e confiança em si mesmo”. (do Livro Obsessão, o Passe, a Doutrinação” – item IV – J.
Herculano Pires).

OBSERVAÇÃO INTERESSANTE

“- Como agir com as pessoas eu nos procuram nas horas mais impróprias?
Devemos atender a todos a qualquer hora?
Meu filho, Jesus nos abençoe. Compreendemos a extensão de seu carinho em favor de
nossos irmãos necessitados, mas todo trabalho para expressar-se em eficiência e segurança
reclama disciplina. Aprendemos a controlar os horários de ação espiritual, afim de que a
perturbação não venha a aparecer, em nossas tarefas, sob o nome de caridade. Peçamos a
Jesus nos inspire e nos abençoe para isso. A ordem preside o progresso e, por isso mesmo
não podemos perder a ordem de vista, sob a pena de desequilibrar, embora sem querer, o
nosso próprio trabalho”. (do livro Chico, de Francisco – pág. 119 – Adelino da Silveira).

QUEM PODE TRANSMITIR PASSE

Por tratar-se de um gesto de amor, qualquer pessoa pode transmitir passes,


obviamente devem ser observados alguns requisitos para o melhor aproveitamento da ação
fluídica, no entanto sendo um ato de doação, de uma forma geral, todos podem cooperar no
auxílio ao próximo.
Mas dentro do propósito da prestação de um trabalho adequado, antes de se convidar
alguém para integrar uma equipe de passistas, será sempre oportuno observar seu estado de
saúde, sua convicção doutrinária, comportamento moral, etc.
“Todos, com maior ou menor intensidade, poderão prestar concurso fraterno, nesse
sentido-respondeu o orientador, porquanto, revelada a disposição fiel de cooperar a serviço
do próximo, por esse ou aquele trabalhador, as autoridades de nosso meio designam
entidades sábias e benevolentes que orientam, indiscretamente, o neófito, utilizando-lhe a
boa vontade e enriquecendo-lhe o próprio valor.
Ainda mesmo que o operário humano revele valores muito reduzidos, pode ser
mobilizado?
Perfeitamente, aduziu Alexandre, atencioso. Desde que o interesse dele nas
aquisições sagradas do bem seja mantido acima de qualquer preocupação transitória, deve
esperar incessante progresso das faculdades radiantes, não só pelo próprio esforço, senão
também pelo concurso do Mais Alto, de que faz merecedor; (Missionários da Luz – item 19
– André Luiz – psicografia de Francisco C. Xavier)
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ILUMINAR-SE PELO CONHECIMENTO

“Então, disse Hilário, para curar, serão indispensáveis certas atitudes do espírito...
Indiscutivelmente não prescindimos do coração nobre e da mente pura, no exercício
do amor, da humildade e da fé viva, para que os raios do poder divino encontrem acesso e
passagem por nós, a benefício dos outros. Para a sustentação de um serviço metódico de
cura, isso é indispensável.
Entretanto, para o esforço desse tipo precisaremos de pessoas escolhidas, com a
obrigação de efetuarem estudos especiais?
Importa ponderar, disse Aulus, convicto que em qualquer setor de trabalho a ausência
de estudos significa estagnação. Esse ou aquele cooperador que desistam de aprender,
incorporando novos conhecimentos, condenam-se fatalmente às atividades de subnível,
todavia, em se tratando de socorro magnético, tal qual é administrado aqui, convém lembrar
que a tarefa é de solidariedade pura, com ardente desejo de ajudar, sob a invocação da prece.
E toda oração, filha da sinceridade e do dever bem cumprido, com respeitabilidade moral e
limpeza de sentimentos, permanece tocada de incomensurável poder. Analisada a questão
nestes termos, todas as pessoas dignas e fervorosas, com o auxílio da prece, podem
conquistar a simpatia de veneráveis magnetizadores do Plano Espiritual, que passam, assim,
a mobiliza-las na extensão do bem. (Nos Domínios da Mediunidade – item 17 – André Luiz
– psicografia de Francisco C. Xavier)
“O passista espírita consciente, conhecedor da Doutrina e suficientemente humilde
para compreender que ele pouco sabe a respeito dos fluidos espirituais – e o que pensa saber
é simples pretensão orgulhosa – limita-se a função mediúnica de intermediário. Se pede a
assistência dos Espíritos, com que direito se coloca depois no lugar deles? Muitas vezes os
Espíritos recomendam que não se faça movimentos com as mãos e braços para não
atrapalhar o passe.
O passe espírita é prece, concentração e doação; (Obsessão, o Passe, a Doutrinação”
– item I – o passe – J. Herculano Pires)

CONDIÇÕES

Sendo o passe, um valioso recurso socorrista colocado ao nosso dispor pelos


vanguardeiros do bem, certamente merece toda seriedade e dedicação para que possa surtir
os devidos efeitos e resultados. Para tanto enumeramos algumas condições, dentre outras,
que se observadas atentamente, poderão redundar em aproveitamento da ação fluídica.

Humildade: - o médium passista deve sempre entender que é um pequeno cooperador,


tendo sim sua importância, mas admitindo que a maior parte do
trabalho é produto do amor dos bons espíritos. Evitar a vaidade, pois
não somos melhores que os outros.

Simplicidade: - observar sempre os exemplos de Jesus, apresentados com muita


simplicidade e amor, despidos de vestimentas especiais, movimentos
determinados ou exigências descabidas.
Boa Vontade: - procurar servir sempre, não permitindo que a preguiça e o comodismo
interfiram em nossas ações, prejudicando o andamento das atividades a
que estamos vinculados.
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“Como se há visto, o fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do
perispírito, os quais são simples transformações dele. Pela identidade de sua natureza, esse
fluido, condensado no perispírito, pode fornecer princípios reparadores ao corpo; o Espírito,
encarnado ou desencarnado, é o agente propulsor que infiltra num corpo deteriorado uma
parte da substância do seu envoltório fluídico. A cura se opera mediante a substituição de
uma molécula malsão por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da
pureza da substância inoculada; mas, depende também da energia da vontade que, quanto
maior ou, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração
dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem
ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são quais substâncias
medicamentosas alteradas”. (A Gênese – XIV – item 31 – Allan Kardec).
“Esta teoria nos fornece a solução de um fato bem conhecido em magnetismo, mas
inexplicado até hoje; o da mudança das propriedades da água, por obra da vontade. O
Espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito. Ele opera
uma transmutação por meio do fluido magnético que, como atrás dissemos, é a substância
que mais se aproxima da matéria cósmica, ou elemento universal. Ora, desde que ele pode
operar uma modificação nas propriedades da água, pode também produzir um fenômeno
análogo com os fluidos do organismo, donde o efeito curativo da ação magnética,
convenientemente dirigida.
Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do
magnetismo. Porém, como se há de explicar a ação material de tão sutil agente? A vontade
não é um ser, uma substância qualquer; não é, sequer, uma propriedade da matéria mais
etérea que exista. A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante. Com o
auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria elementar, e por uma ação consecutiva, reage
sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas.
Tanto quanto do Espírito errante, a vontade é igualmente atributo do Espírito
encarnado; daí o poder do magnetizador, poder que se sabe estar na razão direta da força de
vontade. Podendo o Espírito encarnado atuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo
modo mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites. Assim, se explica a faculdade de
cura pelo contato e pela imposição das mãos, faculdade que algumas pessoas possuem em
grau mais ou menos elevado. (O Livro dos Médiuns – Capítulo VIII – item 131 – Allan
Kardec).
“...Considerando como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria
orgânica, a fim de repara-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou
atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pelo fé do doente. Com relação à
corrente fluídica, o primeiro age como uma bomba calcante e o segundo como uma bomba
aspirante. Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das duas ações; outras basta uma
só”. (A Gênese – Capítulo XV – item 11 – Allan Kardec).
“...Nossos casos de obsessão grave, o obsediado fica como que envolto e impregnado
de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação de fluidos salutares e os repele. É daquele
fluido que importa desembaraça-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro
igualmente mau. Por meio de ação idêntica a do médium curador, nos casos de enfermidade,
preciso se faz, expelir um fluido mau com o auxilio de um fluido melhor”. (A Gênese –
Capítulo XIV – item 46 – Allan Kardec)

Fé: - Cultivar sempre a confiança em Deus, em Jesus e na presença dos Espíritos Superiores.
Sempre que existe sinceridade de propósito, dedicação, perseverança e idealismo de
nossa parte, contaremos com a aquiescência dos Mentores Espirituais.
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“O poder da fé tem aplicação direta e especial na ação magnética. – Graças a ela, o
homem agem sobre os fluidos, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá um
impulso por assim dizer irresistível. Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico
normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses
estranhos fenômenos de cura de outra natureza, que antigamente eram considerados
prodígios, e que, entretanto, não passam de conseqüências de uma lei natural. Essa a razão
por que Jesus disse aos seus apóstolos: - Se não conseguistes curar, foi por causa da vossa
pouca fé”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XIX – item 05 – Allan Kardec).

Mente pura: - Desenvolver esforços constantes para o cultivo de bons pensamentos,


mantendo o clima de otimismo e esperança. Combater as más idéias, as
sugestões nocivas, o pessimismo e a incorformação diante dos fatos
que escapam de nosso controle, apesar de nosso empenho em supera-
los.

Respeito: - Respeitar os homens, os espíritos, as Leis Universais e a si próprio,


procurando manter-se em nível de equilíbrio.

Moralidade: - Para a sintonia com os bons espíritos é imprescindível manter um padrão


moral elevado. Ninguém poderá pretender boa assistência espiritual,
mantendo-se preso a comportamento menos digno.

Saúde: - O médium passista não precisará exibir atestado de plenas condições físicas,
no entanto não poderá prescindir de um mínimo de saúde, para poder
desempenhar a contento as atividades de socorro aos necessitados. Não
podemos esquecer que no trabalho de passes o médium também doa de
si e, para tanto, obviamente precisará dispor de recursos para oferecer.
Estando doente ou em más condições orgânicas a criatura deve receber
energia e não tentar doa-la.

Convicção Doutrinária: - O médium passista antes de se integrar a uma equipe de trabalho


magnético, deverá observar se realmente tem convicção doutrinária. Se
já definiu pelos postulados espíritas e se está abraçando a causa com
amor e dedicação.

Estudar: - O próprio Jesus Cristo nos conclamou a conhecer a verdade para encontrar a
liberdade. E obviamente, ninguém poderá fazer bem feito aquilo que
não conhece detalhadamente. O passista, o espírita, o cristão que se
preza não pode desprezar os estudos sérios, metódicos e contínuos. A
criatura que não se ilumina com a luz do conhecimento está fadada a
perpetuar-se nas trevas da ignorância.

EQUIPE DE PASSISTAS

Como todo agrupamento de pessoas, a equipe de passistas deve viver num clima de
organização e disciplina, procurando o cultivo da afinidade entre os membros.
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O passista necessariamente deverá ter motivos muito justos para faltar ao trabalho,
inclusive se possível, avisar o coordenador da equipe com antecedência ou faze-lo
posteriormente, mas o mais rápido possível, para não gerar preocupações.
A justificativa antecipada dá condições para que o responsável pelo grupo possa, se
necessário, promover a devida substituição.
“A justificativa antecipada dá condições para que o responsável pelo grupo possa, se
necessário, promover a devida substituição.
“- E os médiuns? São invariavelmente os mesmos?
- Sim, contudo, em casos de impedimento justo, podem ser substituídos, embora
essas circunstâncias se verifiquem, inevitavelmente, pequenos prejuízos, resultantes de
natural desajuste. (Nos Domínios da Mediunidade – André Luiz – psicografia de Francisco
C. Xavier – item 17).
“O trabalho era mantido por seis entidades, envoltas em túnicas muito alvas, como
enfermeiros vigilantes. Falavam raramente e operavam com intensidade. Todas as pessoas,
vindas ao recinto, recebiam-lhe o toque salutar, e, depois de atenderem os encarnados,
ministravam socorro eficiente às entidades infelizes do nosso plano, principalmente as que se
constituíam em séqüito familiar dos nossos amigos da Crosta.
Indagado de Alexandre, relativamente àquela secção de atividade espiritual,
indicando-lhe os companheiros, em esforços silenciosos, esclareceu o mentor, com a
bondade de sempre:
- Aqueles nosso irmãos são técnicos em auxílio magnético que comparecem aqui
para a dispensação de passes de socorro. Trata-se dum departamento delicado de nossas
tarefas, que exige muito critério e responsabilidade. (Missionários da Luz – item 19 – André
Luiz – psicografia de Francisco C. Xavier).

PRECE

“A prece, especialmente, representa elemento indispensável para que a alma do


passista estabeleça comunhão direta com as forças do Bem, favorecendo assim, a
canalização, através da mente, dos recursos magnéticos das esferas elevadas.
A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai.
Por ela, consegue o passista duas coisas importantes e que asseguram o êxito de sua
tarefa:

a) expulsar do próprio mundo interior os sombrios pensamentos remanescentes da


atividade comum, durante o dia de lutas materiais;
b) sorver do plano espiritual, as substâncias renovadoras de que se repleta, a fim de
conseguir operar com eficiência, a favor do próximo; (Estudando a Mediunidade
– item XXVI – Martins Peralva).

“A energia da corrente está na razão direta da energia do pensamento e da vontade. É


assim que a prece é ouvida pelos Espíritos, onde quer que eles se encontrem, assim que os
Espíritos se comunicam entre sim, que nos transmitem as suas inspirações, e que as relações
se estabelecem à distância entre os próprios encarnados”. (O Evangelho Segundo o
Espiritismo – Cap. XXVII – item 10 - Allan Kardec)
“Pela prece, o homem atrai o concurso dos Bons Espíritos, que o vêm sustentar nas
suas boas resoluções e inspirar-lhes bons pensamentos. Ele adquire assim a força moral
necessária para vencer as dificuldades e voltar ao caminho reto, quando dele se afastou; e
assim, também, pode desviar de si, os males que atrairia, pelas suas próprias faltas. Um
homem, por exemplo, sente a sua saúde arruinada pelos excessos que cometeu, e arrasta, até
13
o fim de seus dias, uma vida de sofrimento. Tem o direito de queixar-se, se não conseguir a
cura? Não, porque poderia encontrar na prece a força para resistir às tentações; (O
Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo XXVII – item 11 – Allan Kardec).
“Sem dúvida, a oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental
que atrai. Por ela, Clara e Henrique expulsam no próprio mundo interior os pensamentos
sombrios remanescentes da atividade comum que trazem do círculo diário de lutas e sorvem
do nosso plano as substâncias renovadoras de que se repletam, a fim de conseguirem operar
com eficiência, a favor do próximo. Desse modo, ajudam e acabam por ser firmemente
ajudados.
A oração, com o reconhecimento de nossa desvalia, coloca-nos na posição de simples
elos de uma cadeia de socorro, cuja orientação reside no alto. Somos nós aqui, neste recinto
consagrado à missão evangélica, sob a inspiração de Jesus, algo semelhante a singela tomada
elétrica, dando passagem à força que não nos pertence e que servirá na produção de energia e
luz. (Nos Domínios da Mediunidade – item 17 – André Luiz – psicografia de Francisco C.
Xavier).
“A prece impulsiona as recônditas energias do coração, libertando-as com as imagens
de nosso desejo, por intermédio da força viva e plasticizante do pensamento, imagens essas
que ascendendo às Esferas superiores, tocam as inteligências visíveis ou invisíveis que nos
rodeiam, pelas quais comumente recebemos as respostas do Plano Divino...
A vontade que ora, tange o coração que sente, produzindo reflexos iluminativos
através dos quais o espírito recolhe em silencio, sob a forma de inspiração e socorro íntimo,
o influxo dos Mensageiros Divinos que lhe presidem o território evolutivo, a lhe renovarem
a emoção e a idéia com que se lhe aperfeiçoa a existência. (Do livro: Pensamento e Vida cap.
26, Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier).

PARA MELHOR SERVIR

Sendo a vida um processo dinâmico, não pode o ser humano furtar ao dever de
sempre desenvolver recursos de aprimoramento, nas várias e diversas atividades que
desenvolve.
Também no trabalho de passe, deve o medianeiro estar sempre atento à necessidade
de melhoria, no objetivo firme de melhor servir àqueles que buscam no tratamento
magnético, os elementos energéticos salutares que carecem.
Portanto, é sumamente oportuno e interessante, que cada cooperador da seara do
bem, procure dentro do possível, assumir atitudes e comportamentos, ações e procedimentos,
que melhor se afinizem com os espíritos superiores, para estar constantemente envolto em
vibrações harmônicas e de paz. Para tanto podemos observar alguns itens:

RESIGNAÇÃO DIANTE DA VIDA

É bem verdade que na existência terrena, colhe o homem, diante das necessidades da
vida e mediante a rota que caminha, as vezes, grandes sofrimentos que se apresentam em
forma de decepções, doenças, desencarnações de familiares, revezes da fortuna, miséria, etc.,
e deve a criatura movimentar todas as possibilidades para safar-se dos quadros que
enegrecem sua vida, mas em momento nenhum pode desesperar-se ou permitir a intromissão
do inconformismo, da preguiça ou do comodismo diante dos fatos. A resignação, a
compreensão e a certeza da assistência dos espíritos mentores, devem ser aliadas de todos,
mas especificamente de quem deseja servir na causa do amor.
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CRESCER ESPIRITUALMENTE

É dever de todo cristão incorporar em seus hábitos o sincero propósito de crescer


sempre. E para que tal fato se dê, não podemos prescindir dos cuidados necessários: como
renúncia, dedicação, idealismo, desprendimento, etc...

CONTROLE DO PENSAMENTO

“Ainda aqui disse Áulus, não podemos subestimar a importância da mente. O


pensamento influi de maneira decisiva, na doação de princípios curadores. Sem a idéia
iluminada pela fé e pela boa vontade, o médium não conseguiria ligação com os Espíritos
amigos que atuam sobre essas bases.” (Nos domínios da mediunidade – item 17 – André
Luiz, psicografia de Francisco C. Xavier).
“Como um enfermo orgânico poderá transmitir, na doação ou transfusão sanguínea,
determinadas doenças ao socorrido, também o passista poderá transferir ao paciente os seus
desajustes espirituais, subordinando-se essa transmissão, é natural, à afinidade que
estabeleça entre si.
O passista poderá receber-lhe fluidos puros. Estes, porém, serão tisnados ao contato
de suas emanações individuais que lhes alteram o teor regenerativo poluindo-os antes de
transferi-los ao enfermo.
Ou poderá o passista, à semelhança do enfermo repelir o auxílio que lhe chega do
alto, por estar momentaneamente desajustado com a Espiritualidade Maior” (Passe e Passista
– item 6 – Roque Jacinto).

PERSEVERANÇA

É natural que o médium passista não transmita passes quando não esteja bem
fisicamente, mas não podemos olvidar que pequenos contra-tempos não deve atrapalhar o
socorro aos necessitados. Situações existem que podem, com boa vontade e amor, serem
superadas, como indisposições passageiras, dores corriqueiras, resfriados leves e outras.
Muitas vezes pequenos distúrbios orgânicos nascem da ação maléfica de entidades
que atentam contra o cooperador, no sentido de desvia-lo dos deveres. É preciso muita
atenção e estar atento ao “orai e vigiai”.

ALIMENTAÇÃO

“O excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das
saídas dos pulmões e do estomago, prejudicando as faculdades radiantes, porquanto provoca
dejeções anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrintestinal, interessando a
intimidade das células. O álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros
nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na
transmissão de elementos regeneradores e salutares. (Missionários da Luz – item 19 – André
Luiz – psicografia de Francisco C. Xavier).
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Obviamente quanto maior equilíbrio físico, maior produção de energia que poderá ser
canalizada ao próximo, num trabalho de auxílio. Devemos evitar o uso abusivo de carnes,
gorduras, temperos, e se possível, em dias de transmissão de passes, evita-los de tudo.
Horas antes do início das atividades, deve o cooperador do passe, fazer, se
necessário, refeições leves, evitando ingestão de pratos de difícil digestão.

INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO

“Tem conseqüências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos


Espíritos sobre os fluidos espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e
podendo este modificar-lhe as propriedades é evidente que eles devem achar-se impregnados
das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela
pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos
espirituais como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluídos que envolvem
os Espíritos maus ou que estes projetam, são, portanto, viciados, ao passo que os que
recebem a influência dos bons espíritos são tão puros quanto o comporta o grau da perfeição
moral destes.
O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos
desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom
ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.
Desde que estes se modificam pela projeção dos pensamentos dos espíritos, seu
invólucro perispirítico, que é parte constituinte do seu ser e que recebe de modo direto e
permanente a impressão de seus pensamentos, há de, ainda mais, guardar a de suas
qualidades boas ou más.
Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, eles
os assimilam com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos
exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua
irradiação, o perispírito com eles se confunde.
Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo
material com que se acha em contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo
ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e
energéticos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de
certas enfermidades.
Assim se explica os efeitos que se produzem nos lugares de reunião. Uma assembléia
é um foco de irradiação de pensamentos diversos. É como uma orquestra, um coro de
pensamentos, onde cada um emite uma nota...
Tal a causa da satisfação que se experimenta numa reunião simpática, animada de
pensamentos bons e benévolos. Envolve-a uma como salubre atmosfera moral, onde se
respira à vontade: sai-se reconfortado dali, porque impregnado de salutares eflúvios
fluídicos. (Gênese – Cap. XIV nºs 16, 18 e 19 – Allan Kardec).

ANGARIAR CONFIANÇA DOS NECESSITADOS


16
“Tendo mencionado o fenômeno hipnótico em diversas passagens de nossas
anotações, e ele recorremos, ainda uma vez, para definir o medianeiro do passe
magnético por autêntico representante do magnetizador espiritual, à frente do
enfermo.
Estabelecido o clima de confiança, qual acontece entre o doente e o médico preferido,
cria-se a ligação sutil entre o necessitado e o socorrista e, por semelhante elo de forças, ainda
imponderáveis no mundo, verte o auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de um e
outro.
Ao toque da energia emanante do passe, com a supervisão dos benfeitores
desencarnados, o próprio enfermo, na pauta da confiança e do merecimento de que dá
testemunho, emite ondas mentais características, assimilando recursos vitais que recebe,
retendo-os na própria constituição fisiopsicossomática, através das várias funções do sangue.
... O processo de socorro pelo passe é tanto mais eficiente quanto mais intensa se faça
a adesão daquele que lhe recolhe os benefícios, de vez que a vontade do paciente, erguida ao
limite máximo de aceitação determina sobre si mesmo mais elevados potenciais de cura.
... Cabe ao médium passista buscar na prece o fio de ligação com os planos mais
elevados da vida, porquanto, através da oração, contará com a presença sutil dos instrutores
que atendem aos misteres da Providência Divina, a lhe utilizarem os recursos para extensão
incessante do Eterno Bem. (Mecanismos da Mediunidade – André Luiz – Psicografia
Francisco C. Xavier)

CONQUISTAR A CONFIANÇA DOS BONS ESPÍRITOS

Os Bons Espíritos contam com recursos os mais variados e podem socorrer um


necessitado contando com o apoio de um médium mesmo sem os predicados desejáveis,
dispondo do material que no momento podem contar, no entanto assim que surgir um outro,
em melhores condições é natural que eles o prefiram em detrimento do primeiro. Diante
disso é imperioso procurarmos viver com fidelidade, para ganharmos a confiança dos
espíritos elevados e continuarmos tendo-os por perto, no socorro de nossos irmãos.

COMO TRANSMITIR O PASSE

“... e suplicou-lhe insistentemente, dizendo: Minha filhinha está moribunda; rogo-te


que venhas e lhe imponha as mãos para que sare, viva”. (Marcos, 5:23)
“... imporão as mãos nos enfermos e estes sararão”. (Marcos, 16:18)
“E toda multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele uma virtude que os curava a
todos”. (Lucas, 6:19)
“- O passe precisa ser transmitido em pé ou sentado?”.
- Constituindo-se o passe no Grupo Espírita Evangélico, em recursos administrados
pelos benfeitores da Vida Maior, através dos instrumentos humanos, a posição dos
medianeiros, qualquer que seja, é sempre digna, desde que seja digna a atitude íntima desses
mesmos medianeiros. Ainda assim, a postura de pé será sempre a mais recomendável pelo
respeito geral que inspira. (do livro Chico, de Francisco, pág. 117 – Adelino da Silveira)
“O passe espírita não comporta as encenações e gesticulações em que hoje o
envolveram alguns teóricos improvisados”.
Os espíritos realmente elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas apenas
à prece e a imposição das mãos. (do livro, Obsessão, o Passe, a Doutrinação – item I O passe
– José Herculano Pires)
17
“-Chico Xavier, não entendo a razão de determinadas explicações de alguns
confrades que dividem o passe em “passes magnéticos”, “passes espirituais” e outras
modalidades desse tratamento fluídico?”
- Quando estender as mãos sobre a cabeça do paciente, movimentando-as de alto e
baixo, não precisa se preocupar. O que for preciso, os espíritos farão. (Encontros com Chico
Xavier – item 7 – César Carneiro de Souza)
“Antes de quaisquer considerações a respeito das formas de aplicação do passe,
convém lembrar que o passista deve, em primeiro lugar, preparar-se convenientemente,
através da elevação espiritual, por meio de preces, meditação, leituras adequadas, etc. Em
segundo lugar, deve encarar a transmissão do passe como um ato eminentemente fraternal,
doando o que de melhor tenha em sentimento e vibrações.
A transmissão do passe se faz pela vontade que dirige os fluidos para atingir os fins
desejados. Daí, concluir-se que, antes de quaisquer posições, movimentos ou aparatos
exteriores, a disposição mental de quem aplica e de quem recebe o passe é mais importante.
Deve-se na transmissão do passe, evitar condicionamentos que já se tornaram usuais,
mas que unicamente desvirtuam a boa prática espírita.
Não há posições convencionadas para que o beneficiado deva postar-se para que haja
a recepção dos fluidos (pernas cruzadas, mãos em concha voltadas para o alto, etc.). O
importante, é a disposição mental para captar os fluidos que lhe são transmitidos e não a
posição do corpo.
O médium passista transmite o fluido sem a necessidade de incorporação de um
espírito para realizar a tarefa. Daí decorre que o passe deve ser silencioso, discreto, sem o
balbuciar de preces, a repetição de “chavões” ou orientações à guisa de palavras
sacramentais. (COEM – Centro Espírita Luz Eterna – Curitiba – PR)
“Atualmente, no Cristianismo redivivo, temos, de novo, o movimento socorrista do
plano invisível, através da imposição das mãos. Os passes, como as transfusões de forças
psíquicas, em preciosas energias espirituais fluem dos mensageiros do Cristo para os
doadores e beneficiários, representam a continuidade do esforço do Mestre para atenuar os
sofrimentos do mundo.”
Onde exista sincera atitude mental do bem, pode estender-se o serviço providencial
de Jesus.
Não importa a fórmula exterior. Cumpre-se reconhecer que o bem pode e deve ser
ministrado em seu nome. (Caminho, Verdade e Vida – Emmanuel – cap. 153 – psicografia
de Francisco C. Xavier)

OBSERVAÇÃO

Como é de se observar, o passe dispensa gesticulações, encenações, etc., portanto é


interessante ainda, que o médium passista evite os estalidos de dedos, esfregação das mãos,
sopros, respiração ofegante, bocejos, dar as mãos, barulho de objetos metálicos (relógios,
pulseiras, etc.).
O contato físico também é dispensável.
“O passe poderá obedecer à fórmula que forneça a maior porcentagem de confiança,
não só a quem dá, mas a quem recebe. Devemos esclarecer, todavia, que o passe é a
transmissão de uma força psíquica e espiritual, dispensando qualquer contato físico na sua
aplicação. (Emmanuel – O Consolador – item 99)
Para melhor resultado da ação magnética e sintonia com o mundo espiritual, deve o
médium passista utilizar os recursos da prece enquanto faz a transmissão dos passes.
18

PRELEÇÕES EVANGÉLICAS DURANTE AS ATIVIDADES DO PASSE

“- Nas sessões públicas, é necessário, enquanto se realizam os passes, alguém


continuar falando, mesmo com o barulho?
- Sim, ainda mesmo que os ruídos desnecessários existam e devam ser podados
pouco a pouco, as explanações doutrinárias devem continuar, de vez que são elas as
necessárias luzes para a renovação geral dos ouvintes. (Chico, de Francisco – pág. 118 –
Adelino da Silveira)
Geralmente nos Centros Espíritas, os passes são transmitidos em salas próprias, via
de regra, ao lado do salão destinado às preleções evangélicas, depois de concluída a palestra
programada. Assim sendo, no desejo de manter as vibrações em nível elevado, ao mesmo
tempo em conter as conversações do público, pode-se continuar as preleções, por outro
companheiro, enquanto a equipe de passistas promove as atividades de socorro magnético
em ambiente próprio.

COMPORTAMENTO AUXILIAR

O tarefeiro do bem, cujos propósitos se prendem ao serviço do amor, em favor do


próximo, não deve perder uma única oportunidade de sempre estar bem consigo mesmo e
com a vida.
Para o bom desempenho de suas funções num agrupamento espírita de socorro, o
cooperador sincero e determinado precisa cultivar um clima de harmonia, principalmente nos
dias de trabalho socorrista. Para tanto necessita cultivar durante as horas que antecedem as
atividades, o “orai e vigiai”, procurando manter elevação de pensamento.
Nas palestras doutrinárias que se realizam antes dos trabalhos de passes, o médium
deve concentrar máxima atenção nas explicações, objetivando absorver a mensagem do
esclarecimento, pois a luz do conhecimento afasta as trevas da ignorância.
Terminada a palestra (quando assim ocorrer), deve o trabalhador do passe dirigir-se à
sala própria em silêncio, deixando os cumprimentos e os abraços demorados para depois,
afim de não atrasar o início das atividades.
Dentro do recinto destinado ao socorro magnético, necessário se torna a manutenção
do silêncio, evitando conversas (só em casos emergenciais), deslocamento de objetos
(cadeiras, bancos, mesinhas, etc) de forma atabalhoada, arrastar os pés, bocejos, respiração
ofegante, etc.
A equipe deverá sempre contar com a direção de um coordenador, que em casos
necessários tomará as devidas providências e decisões.
No ambiente próprio e resguardado para a transmissão dos passes, não se deve dar
oportunidade para incorporações de espíritos, por parte dos necessitados. Caso isso venha a
ocorrer, não se deve doutrinar o espírito comunicante, mas rogar a ação dos mentores para
providenciar o seu afastamento e posterior encaminhamento às sessões destinadas a esse
mister.
Ainda como observação, nenhum médium passista deverá afirmar que o necessitado
encontrará a cura pelos passes, pois nunca sabemos a extensão de seus problemas, nem a
complexidade de seu caso. Nem sempre a cura ou a solução de determinada situação é, no
momento, importante para o crescimento espiritual do doente ou aflito. É sempre
interessante atentar para o merecimento da criatura e para as expiações que ela trás.
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Mesmo alimentando o sincero desejo de servir, o passista não deverá interferir nos
tratamentos médicos dos pacientes, na alteração de medicação, isso só um médico poderá
faze-lo.

SALA DE PASSES

“Nesta sala, explicou Áulus amigavelmente, se reúnem sublimadas emanações


mentais da maioria de quantos se valem do socorro magnético, tomados de amor e confiança.
Aqui possuímos uma espécie de altar interior, formado pelos pensamentos, preces e
aspirações de quantos nos procuram trazendo o melhor de si mesmo”. (Nos Domínios da
Mediunidade – item 17 – André Luiz – Pis. Francisco C. Xavier).
No interior da sala de passes, não se necessita mais do que bancos ou cadeiras de
confecção simples, mas resistentes, uma mesinha para a colocação de água para
fluidificação. Se necessário, um aparelho ventilador.
Um aparelho de som modesto para se obter música própria ao clima do passe, isso se
a equipe desejar.
Sendo este recinto um local de tratamento espiritual, onde se identifica
constantemente a presença dos bons espíritos, é interessante que não haja ali, visitação
pública ou presença de público alheio aos propósitos do trabalho, uma vez que a
movimentação indiferente poderá interferir no padrão vibratório da mesma, em prejuízo das
atividades.
Caso a sala de passe, por necessidade, precise ser utilizada para outras finalidades, é
sumamente importante não permitir que dentro dela, se dê campo a conversações
desequilibrantes ou ações menos ajustadas aos objetivos que ela encerra.

O QUE PODE ATRAPALHAR NO TRABALHO DE PASSES

“Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível


fornecer forças construtivas a alguém, ainda mesmo na condição de instrumento útil, se
fazemos sistemático desperdício das irradiações vitais. Um sistema nervoso esgotado,
oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a
paixão desvairada, a inquietude obsidente, constituem barreiras que impedem a passagem
das energias auxiliadoras. Por outro lado, é preciso examinar também as necessidades
fisiológicas, a par dos requisitos de ordem psíquica. A fiscalização dos elementos destinados
aos armazéns celulares é indispensável, por parte do próprio interessado em atender as
tarefas do bem”. (Missionários da Luz – item 19 – André Luiz – pisc. Francisco C. Xavier).
“E o veículo dessa transfusão deve, sem dúvida, ser bem cuidado.”
Aconselha Emmanuel que a “higiene, a temperança, a medicina preventiva e a
disciplina jamais deverão ser esquecidas”.
Adverte ainda, que “tudo na vida é afinidade e comunhão sob as leis magnéticas que
lhe presidem os fenômenos”.
Doentes afinam-se com doentes.
O médium receberá sempre de acordo com as atitudes que adotar perante a vida.
Naturalmente nenhum de nós, nem passista algum, terá a pretensão de obter, nos
serviços a que se consagra, os sublimes resultados alcançados por Jesus, em todos os lances
do seu apostolado de luz, e pelos apóstolos em numerosas ocasiões; entretanto, educar-nos
mentalmente e curar-nos fisicamente, a fim de melhor podermos servir ao próximo,
afiguram-se-nos impositivos a que nós não devemos subtrair.
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O médium precisa afeiçoar-se à instrução, ao conhecimento, ao preparo e à melhoria
de si mesmo, a fim de filtrar para a vida e para os homens o que signifique luz e paz.
(Estudando a Mediunidade – item XXVI – Martins Peralva)
Como já foi dito, a alimentação inadequada poderá se caracterizar como empecilho
para o trabalho de passes, bem como os alcoólicos, uso do fumo, etc. Estes últimos podendo
inclusive proporcionar o surgimento do vampirismo, por parte das entidades viciadas.
Um corpo organicamente desgastado reflete negativamente na ação fluídica, como
também trás prejuízos ao atendimento socorrista, o orgulho, a arrogância, a vaidade, etc.

CUIDADO COM OS PRESENTES

Se apresenta como sério perigo; a idolatria do médium, seu endeusamento, fazendo-o


acreditar que é imprescindível e insubstituível no trabalho. A aceitação de presentes ou
pequenos pagamentos, mesmo que em forma de favores, por parte do medianeiro é atitude
altamente comprometedora e arriscada.
Quando um passista recebe um presente, ofertado por alguém que a ele ficou muito
grato, sem jeito de recusa-lo, imediatamente deverá passa-lo à frente, de preferência
oferecendo-o a uma criatura pobre ou necessitada.
“- Chico Xavier ganha muitos presentes? O que faz com eles?”.
- Muitas vezes ele não chega nem a leva-los para casa. Os presentes que recebe de
amigos, de admiradores, presentes simples, lembranças humildes, ele os repassa a todos ali
mesmo na reunião. Nós mesmos já ganhamos alguma lembrança dele, que lhe foi dada na
reunião. Delicadamente ele recebe, espera que a pessoa se afaste, e depois diz a um outro
amigo: “Leve para você, fique para você, é uma lembrança nossa para você”. Chico cumpre
aquele mandamento evangélico: “Fazer com uma mão o bem, de tal forma que a outra não
veja”. Ele não retém nada consigo mesmo. (Carlos A. Baccelli – em entrevista concedida a
W.A.Cuin, publicada no Diário de Votuporanga e Revista Informação).

DAR DE GRAÇA

“Restitui a saúde dos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os


demônios. Dai gratuitamente o que haveis recebido gratuitamente”. (Mateus, cap. X, v. 8)
“Dai gratuitamente o que haveis recebido gratuitamente”, disse Jesus aos seus
discípulos; por esse preceito, prescreve não se fazer pagar por aquilo que nada se pagou; ora,
o que eles tinham recebido gratuitamente era a faculdade de curar os doentes e de expulsar
os demônios, quer dizer, os maus Espíritos; esse dom lhes havia sido dado gratuitamente por
Deus para o alívio daqueles que sofriam, e para ajudar a propagação da fé, e lhes disse para
dele não fazerem um tráfico, nem um objeto de especulação, nem um meio de vida. (O
Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XXVI – item 02 – Allan Kardec)
“A mediunidade é uma coisa santa que deve ser praticada santamente,
religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requer essa condição de forma ainda
mais absoluta, é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto dos seus estudos, que fez ao
preço de sacrifícios, freqüentemente penoso; o magnetizador dá o seu próprio fluido,
freqüentemente mesmo sem saúde: eles podem a isso por um preço; o médium curador
transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; ele não tem o direito de vende-lo. Jesus e os
apóstolos, conquanto pobres, não faziam pagar as curas que operavam.” (O Evangelho
Segundo o Espiritismo – Cap. XXVI – item 10 – Allan Kardec).
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NÃO DAR PASSES EM OBJETOS

Sabedores que somos de que através da prece sincera, de irradiações de amor, uma
criatura pode não só envolver uma outra em vibrações salutares, mesmo à distância, mas
também movimentar recursos da Espiritualidade Superior em favor de quem endereça seu
pensamento, não seria aceitável e nem se justificaria, diante do exposto, que o médium
socorrista se prestasse a transmitir passes em fotografias, roupas, objetos de uso pessoal, etc.,
trazidos ao Centro Espírita, por freqüentadores que desejam auxiliar amigos ou familiares
que se encontram ausentes.
Fraternalmente, o dirigente da equipe ou o passista interpelado, deverá esclarecer a
criatura portadora dos objetos, informando-a sobre o mecanismo fluídico, que pode
promover socorro aos necessitados mesmo à distância.

COMO RECEBER O PASSE

O Centro Espírita, como tema de palestras evangélicas, doutrinárias, sempre que


possível e oportuno deverá inserir explanações sobre o passe, informando aos adeptos do
Espiritismo ou mesmo aos simples freqüentadores do Centro, o que é o passe, seus efeitos
benéficos, quando e como recebe-lo, de forma a que todos possam aproveita-lo da melhor
maneira possível.
“É aconselhável, a nosso ver, ore o indivíduo, em silêncio, enquanto recebe o passe, a
fim de que sua organização psicofísica incorpore e assimile, integralmente, as energias
projetadas pelo passista”. (Estudando a Mediunidade – item XXVII – Martins Peralva).
“No caso de obsessão grave, o obsedado está como que envolvido e impregnado de
um fluido pernicioso que neutraliza a ação dos fluidos salutares, e os repele. É do fluido que
será preciso desembaraçar-se; ora, um mau fluido não pode ser repelido por um mau. Por
uma ação idêntica à do médium curador no caso de moléstia, será preciso expulsar o fluido
mau com o auxílio de um fluido melhor”. (GÊNESE – Capítulo XIV – item 46 – Allan
Kardec).
No propósito de absorver melhor os recursos magnéticos dirigidos à sua organização
física e espiritual, o paciente sempre que possível deve manter-se, na cadeira, com um certo
relaxamento muscular, procurar cultivar, na medida do possível, um clima de paz e o
pensamento em preces, confiando sempre que Jesus atende, mediante nossos merecimentos
as nossas rogativas.
“Alinhado apontamentos, começamos a reparar que alguns enfermos não alcançam a
mais leve melhoria”.
As irradiações magnéticas não lhes penetram o veículo orgânico.
Registrando o fenômeno, a pergunta de Hilário não se fez esperar.
- Por que?
- Falta-lhes o estado de confiança – esclareceu o orientador.
- Será, então, indispensável a fé para que registrem o socorro de que necessitam?
- Ah! Sim. Em fotografia precisamos da chapa impressionável para deter a
imagem, tanto quanto em eletricidade careceremos do fio sensível para a
transmissão da luz. No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o
candidato apresente uma certa “tensão favorável”. Essa tensão decorre da fé.
Certo, não nos reportamos ao fanatismo religioso ou à cegueira da ignorância,
mas sim à atitude de segurança íntima, com reverência e submissão, diante das
22
Leis Divinas, em cuja sabedoria e amor procuramos arrimo. Sem reconhecimento
e respeito na receptividade, não conseguimos fixar recursos imponderáveis que
funciona em nosso favor, porque o escárnio e a dureza de coração podem ser
comparados a espessas camadas de gelo sobre o templo da alma. (Nos Domínios
da Mediunidade – item 17 – André Luiz – psicografia de Francisco C. Xavier).
Poderíamos afirmar então, existem os pacientes ou necessitados que são receptivos
aos fluidos magnéticos, pois ostentam fé robusta, confiança, onde o coração e a mente
funcionam como imãs, atraindo os recursos salutares provenientes dos amigos encarnados e
desencarnados e os não receptivos, duros de coração, descrente, ou mesmo irônicos, agindo
com indiferença para com o tratamento a que estão sendo submetidos, repelem os bons
fluidos, criando como que uma couraça, impedindo os benefícios da ação magnética.

CONCLUSÃO

Obviamente, a coletânea de informações sobre o passe, apresentada neste humilde


trabalho, como é de entender, não poderia abranger todos os relatos escritos sobre tão
palpitante assunto. Sem dúvida, muita coisa pode ser encontrada que trate da questão, e o
pesquisador minucioso, poderá ter acesso a tais fontes com um pouco mais de tempo e
perseverança.
Apresentamos ainda, a relação das obras consultadas, caso o leitor queira manuseá-
las para uma leitura mais ampla e detalhada sobre os passes.

OBRAS PESQUISADAS

1- O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec


2- O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
3- O Livro dos Médiuns - Allan Kardec
4- Obras Póstumas - Allan Kardec
5- A Gênese - Allan Kardec
6- Obsessão, o Passe, a Doutrinação - J. Herculano Pires
7- Chico, de Francisco - Adelino da Silveira
8- Passe e Passista - Roque Jacinto
9- Novo Testamento - Edições Paulinas
10- Nos Domínios da Mediunidade – André Luiz / Francisco C. Xavier
11- Missionários da Luz - André Luiz / Francisco C. Xavier
12- Estudando a Mediunidade - Martins Peralva
13- Encontros com Chico Xavier - Cezar Carneiro de Souza
14- Tramas do Destino - Manoel P. de Miranda / Divaldo P. Franco
15- O Consolador - Emmanuel / Francisco C. Xavier
16- Pão Nosso - Emmanuel / Francisco C. Xavier
17- Religião dos Espíritos - Emmanuel / Francisco C. Xavier
18- Caminho Verdade e Vida - Emmanuel / Francisco C. Xavier
23
19- Pensamento e Vida - Emmanuel / Francisco C. Xavier
20- Revista Informação nº 137 - Mês de Abril de 1988.

Trabalho preparado por: WALDENIR APARECIDO CUIN


VOTUPORANGA-SP.

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