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PREVISÃO DE CARGA
Uma das tarefas básicas do processo de planejamento é a previsão de carga.
A previsão do crescimento global da demanda pode ser feita por meio de
métodos estatísticos de tratamento dos dados históricos de carga, complementados
por análises e pesquisas locais e regionais das tendências de desenvolvimento.
Os métodos normalmente utilizados são:
a) Análise regressiva – método direto: Determina as cargas futuras pela análise de
dados históricos de demanda
b) Análise regressiva – método indireto: Determina as cargas futuras pela análise de
dados histórico do consumo de energia elétrica, sendo as demandas obtidas
através da evolução do fator de carga.
1. Consumidores residenciais
A previsão do consumo da classe de consumidores residenciais reveste-se de
grande importância, pela sua participação no consumo total e por servir de base
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2. Consumidores Industriais
É a classe de maior participação no consumo total. Seu crescimento
normalmente decorre da entrada em operação de novas cargas, que podem
provocar uma evolução em degraus, dependendo do seu porte em relação ao
consumo da classe.
Os consumidores devem ser divididos em dois conjuntos para fins de
projeção. O primeiro, que se pode denominar consumidores especiais é constituído
pelas indústrias com uma participação considerável no consumo, em geral atendidas
em tensão primária de distribuição (≥ 250 kW) de acordo com o porte da área em
estudo.
O segundo conjunto é constituído pelos demais consumidores da classe, ao
qual se dá a denominação usual de industrial tradicional.
A projeção do consumo industrial é feita de acordo com as etapas seguintes:
a) Partindo-se da série histórica do consumo industrial total, segregam-se os
consumidores especiais. Para a parcela restante, procede-se a um ajustamento
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3. Consumidores Comerciais
É uma classe bastante diversificado com participação percentual significativo
no consumo total abrangendo consumidores de tipos muito diferentes.
Para sua projeção, que pode ser feita pelo total da classe, sem necessidade
de considerar as subclasses em que se divide, são propostos os critérios
descriminados a seguir.
a) O consumo desta classe apresenta, em geral, elevada correlação com o
consumo residencial. Desta forma, deve-se verificar a existência da correlação,
que pode ser expressa sob forma linear ou logarítmica, determinar a função que
melhor a defina e aplicá-la aos valores já projetados do consumo residencial.
Em algumas áreas, notadamente grandes centros urbanos, estâncias
hidrominerais e balneários, surgem consumidores de porte, como: grandes
escritórios, hotéis, shopping centers, supermercados e centrais de
abastecimento, que comprometem a correlação normalmente verificada. Nestes
casos, deve-se fazer a separação destes consumidores, dando-lhes um
tratamento individualizado através de pesquisa direta, incorporando-os depois à
projeção do consumo restante, obtida por correlação direta como o consumo
residencial.
b) Opcionalmente, a projeção poderá ser feita ajustando-se diretamente uma função
à série histórica do consumo comercial. Analogamente ao critério anterior, devem
ser segregados os consumidores de porte.
4. Consumidores rurais
O consumo da classe rural pode ser projetado ajustando-se uma função à
série histórica e analisando-se os programas de eletrificação das concessionárias e
cooperativas de eletrificação rural..
5. Iluminação Pública
Analogamente à classe comercial, o consumo em iluminação pública
apresenta grande correlação com o residencial, podendo a projeção ser efetuada a
partir do ajuste de uma função às séries históricas dos consumos residencial e de
iluminação pública. Devem ser levados em conta os planos especiais de iluminação,
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6. Outros consumidores
O conjunto que abrange os demais consumidores é constituído pelas classes
de poderes público, serviços públicos e consumo próprio da concessionária.
a) Poderes Públicos. Esta classe também apresenta grande correlação com o
consumo residencial e sua projeção é obtida após se definir a relação funcional
entre os dois consumos, sob forma linear, exponencial ou logarítmica, aplicando-
a aos valores do consumo residencial já projetados. Opcionalmente, a projeção
poderá ser definida pelo ajuste de uma função à série histórica do consumo.
b) Serviços Públicos. Em geral, com exceção da subclasse de irrigação, a projeção
deve ser baseado na série histórica, acrescida dos programas de implantação de
cargas de grande porte. Quanto à subclasse de irrigação, a projeção deve ser
feita com base em pesquisa direta junto aos órgãos governamentais.
7. Perdas de energia
A estimativa das perdas de energia elétrica baseia-se na análise histórica da
evolução de seu percentual e nos planos de melhorais das redes elétricas, que
permitem o conhecimento de perspectivas de sua participação no requisito de
energia.
SISTEMA DE TRANSMISSÃO
Devem ser verificados os seguintes aspectos:
Níveis de continuidade: Análise dos índices operativos registrados, relativos a
interrupções de serviço, provocados pelo sistema de produção/transmissão, em
confronto com as metas definidas, e estudo das contingências operativas, no caso
de perda de linha de transmissão, perda de subestação ou qualquer de seus
componentes, considerando-se todos os recursos de restabelecimento disponíveis,
inclusive a possível transferência de carga para subestações vizinhas, caso estas
existam.
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
A análise do sistema de distribuição também deve ser feita para condições
normais de operação e situações de contingência, utilizando-se os critérios de
planejamento estabelecidos pela empresa e tendo-se, como objetivo, o atendimento
segundo as metas desejadas de qualidade de serviço.
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Níveis de continuidade. Esta análise deve ser conduzida a partir dos índices de
continuidade de serviço (DEC e FEC) verificados, em confronto com as metas de
qualidade de serviço previamente estabelecidas para o mercado consumidor que se
tem na área em estudo. Deverão ser mencionadas também as reclamações mais
freqüentes dos consumidores.
Níveis de Tensão. A análise dos níveis de tensão na rede secundária aérea pode
ser realizada por aplicação de métodos diretos, ou seja, com medições gráficas de
tensão nos circuitos secundários. Normalmente a quantidade de circuitos a serem
medidos corresponde a uma amostra do total existente na localidade ou região de
estudo, em torno da qual são feitas previsões para a parcela restante.
ILUMINAÇÃO PÚBLICA.
Análise e comentários gerais sobre o sistema de iluminação pública existente,
destacando-se os seguintes tópicos: estado físico; tipos de luminárias; tipo e
potência de lâmpadas empregadas; espaçamento entre luminárias; tipos de
comandos empregados; incidência de postes em vias públicas, onde não exista
ainda iluminação pública